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Resolução de exercícios União das Faculdades dos Grandes Lagos - UNILAGO Aula de Graduação em Engenharia Química Disciplina: Operações Unitárias I Profa. Dra. Carolina Médici Veronezi Exercício (16/04) 1. No processamento de açúcar a partir de caldo de cana é usada a operação de decantação para separar as partículas indesejáveis. O processo ocorre a 30°C e o diâmetro das partículas foi obtido experimentalmente, sendo encontrado 2,9 x 10-6 m2 e a densidade das partículas é de 1180 kg/m3. Determine a velocidade terminal dessas partículas considerando escoamento em regime laminar e adote as propriedades da água para o caldo clarificado. Dados: viscosidade = 8 x 10-4 Pa densidade = 995,67 kg/m3 Exercício Para escoamento em regime laminar, CD = 24/ NRe,p. e NRe,p = ρ v Dp µ Consequentemente, vt = (ρp-ρ) g Dp 2 18 µ vt = (1180 – 995,6) 9,81 (2,9 x 10 -6)2 18 (8 x 10-4) vt = 1,056 x 10 -6 m/s Exercício (23/04) 1. Sementes de maracujá dispostas em um secador semi-industrial de leito fixo são submetidas às seguintes condições: velocidade do ar de 0,7 m/s e temperatura de 50°C (ρar = 1,095 kg/m3; µar = 2,025 x 10-5 Pa/s). A altura do leito fixo é de 20 cm e as dimensões da bandeja do secador são 70 cm x 80 cm. A variação das dimensões das sementes, bem como da porosidade do leito para diferentes umidades foram obtidas experimentalmente em laboratório, cujos valores estão apresentados na Tabela 1. Exercício (23/04) Tabela 1. Diâmetro da partícula (Dp) e a porosidade (ɛb) a partir de dados experimentais de sementes de maracujá durante o processo de secagem em m leito fixo, de acordo com o conteúdo de umidade (Xw) Adote a esfericidade das sementes constante ao longo de todo o processo de secagem e igual a 0,76. Determine a potencia do ventilador para atender as condições desejadas do secador. Xw (kg/kg total) Dp (mm) ɛb (adimensiona) 0,493 5,034 0,357 0,408 4,967 0,366 0,295 4,922 0,372 0,211 4,894 0,374 Exercício (23/04) 1. Primeiro deve-se determinar o NRe,p para cada conteúdo de umidade, sendo: NRe,p = ρ v Dp = (1,095) (0,7) (5,034 10 -3) (kg/m 3 ) (m/s) (m) = 191 µ 2,025 10 -5 kg/m s NRe,p = ρ v Dp = (1,095) (0,7) (4,967 10 -3) (kg/m 3 ) (m/s) (m) = 188 µ 2,025 10 -5 kg/m s NRe,p = ρ v Dp = (1,095) (0,7) (4,922 10 -3) (kg/m 3 ) (m/s) (m) = 186 µ 2,025 10 -5 kg/m s NRe,p = ρ v Dp = (1,095) (0,7) (4,894 10 -3) (kg/m 3 ) (m/s) (m) = 185 µ 2,025 10 -5 kg/m s Exercício (23/04) 1. Observe que todos os valores são superiores a 100, assim o regime é turbulento e é utilizado a equação de Burke-Plummer para a perda de carga para cada conteúdo de umidade. ΔP = 1,75 ρ (1 - εb) vs 2 HL Desf (εb) 3 Desf = esfericidade x Dp HL = 0,2 m ΔP = 1,75 1,095 x (1 – 0,357) (0,7) 2 0,2 (0,76 x 5,034x10 -3 ) x (0,357) 3 ΔP = 694 Pa Xw (kg/kg total) NRe,p ΔP (Pa) 0,493 191 694 0,408 188 643 0,295 186 612 0,211 185 604 Exercício (28/04) 1. O escoamento de fluidos através de leitos empacotados é aplicado em operações como filtração, adsorção, secagem e outras. No escoamento através de um leito constituído por partículas irregulares, observa-se que: a) a fase fluida que escoa através dos canais é repetidamente acelerada e desacelerada com perda de energia cinética. Falso, isso ocorre em escoamento através de leitos compactos b) a transição do escoamento laminar para o turbulento, nos canais largos, ocorre a uma vazão do fluido muito maior do que ocorre nos canais estreitos. Falso, esta transição ocorrerá a uma vazão do fluído muito menor do que ocorreria em canais estreitos. Exercício (28/04) 1. O escoamento de fluidos através de leitos empacotados é aplicado em operações como filtração, adsorção, secagem e outras. No escoamento através de um leito constituído por partículas irregulares, observa-se que: c) a queda de pressão por unidade de comprimento do leito é a mesma para o fluido que segue uma trajetória mais tortuosa e para o que segue por canais mais retos. d) o escoamento através de canais largos é mais lento que o escoamento através de canais estreitos e paralelos. Falso, escoamento através de canais largos é mais rápido que o escoamento por canais estreitos e paralelos, pois a queda de pressão por unidade de comprimento do leito deve ser constante, independentemente do canal que estiver considerado e) os canais e poros apresentam uma mesma seção reta média e mesmo comprimento total constante Exercício (28/04) 2. Várias operações unitárias na indústria de alimentos ocorrem em leitos porosos. O que são leitos porosos? Dê exemplo de UMA operação que utiliza leito poroso. Denominam-se aos meios que possuem canais pequenos através dos quais pode passar um fluido de meios porosos ou leitos porosos, ou seja, um meio poroso é uma fase sólida contínua que contém poros ou espaços vazios. Como exemplos têm-se os processos de filtração, fluidização, operações de transferências de calor e massa, etc. Exercício (28/04) 3. Em muitos processos industriais são aplicados diversos tipos de leitos. Qual a diferença entre leito fluidizado e vibrofluidizado? Fluidizado: Quando a velocidade do fluído é suficiente para provocar um movimento aleatório das partículas no leito, ou ainda no caso de grandes vazões do fluído que carrega os particulados, a operação é conhecida como fluidização Vibrofluidizado: Este leito possui algumas vantagens em relação ao leito fluidizado, em que a aplicação da vibração mecânica tem o intuito de facilitar a fluidização, reduzir o tempo de processo e a quantidade de ar para a fluidização, e eliminar as zonas mortas dentro do equipamento. Neste caso, a fluidização pode ser alcançada para materiais coesos, aderentes e pastas Exercício (28/04) 4. A fluidização é uma operação de contato sólido fluído, que pode ser utilizada em processos que requerem elevados coeficientes de transferência de massa e calor, como no craqueamento catalítico de naftas e outras frações de petróleo. Além da indústria de petróleo, o processo de fluidização pode ser também empregado na indústria química, petroquímica e metalúrgica, devido, principalmente, às excelentes características obtidas do contato entre as fases sólida e fluida. Considerando o processo de fluidização, julgue os itens abaixo em V (verdadeiro) ou F (falso). Exercício (28/04) ( F ) Em leitos rasos e com diâmetro elevado, pode haver a passagem do gás sob a forma de bolhas, que, devido ao fenômeno da coalescência, ocasiona a formação de bolhas maiores, dando origem ao que se conhece como slugging, que deve ser evitado na prática. O uso de partículas grandes e pesadas ajuda a diminuir a ocorrência de slugging. Falso. Em alguns leitos fundos em vasos de diâmetro reduzido surgem “slugs”, grandes bolhas formadas pela coalescência de bolhas menores, cujo diâmetro é equivalente ao diâmetro do leito e movimentam-se num fluxo pistonado Exercício (28/04) ( F ) Em um sistema líquido-sólido, um aumento no fluxo de líquido acima da condição de mínima fluidização, resulta em expansão progressiva do leito. As instabilidades decorrentes do aumento da vazão de líquido são pequenas, e regiões com elevadas porosidades ou heterogeneidade do leito são comuns. O leito nessa condição recebe o nome de leito fluidizado incipiente. Falso. Em sistemas líquido-sólido, o aumento da vazão acima da velocidade mínima de fluidização, resulta em uma fluidização suave, com expansão progressivado leito. Grandes instabilidades na vazão são amortizadas e permanecem pequenas, e a heterogeneidade, ou vazios de líquido em grande escala, não são observadas sob condições normais. Este leito é chamado de leito fluidizado particulado, leito fluidizado homogêneo ou suave. Em sistemas gás- sólido, este leito pode ser observado somente em condições especiais de partículas muito finas com gás de elevada massa específica e a altas pressões. Exercício (28/04) ( V ) Quando partículas pequenas são fluidizadas a uma vazão de gás suficientemente elevada, a velocidade terminal dos sólidos é excedida, a superfície do leito desaparece e suspensões ou mistura de partículas tornam-se evidentes, dando origem ao movimento intenso de porções de partículas e bolhas de gás de vários tamanhos, caracterizando o que se conhece como leito fluidizado turbulento. ( V ) Além das altas taxas de transferência de calor e massa entre o fluido e as partículas sólidas, entre as vantagens obtidas pelo uso da fluidização, destacam-se a eficiência do processo de mistura, a capacidade do leito, a obtenção de condições praticamente isotérmicas no leito e a possibilidade de circulação das partículas entre duas ou mais unidades de fluidização. Alguma dúvida Aula • Filtração Próxima aula
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