Buscar

Aula de Implantodontia 02 - UFN - Osseointegração

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet 
Osseointegração 
 Branemark foi o primeiro a publicar que era possível utilizar implantes de titânio em forma de parafuso 
como sistema de ancoragem (1969). 
o “Na luz da microscopia óptica é o contato direto, estrutural e funcional entre osso ordenado e 
saudável com a superfície do implante, estável e capaz de suportar as forças mastigatórias” (1985). 
o Mas em 1991, definiu-se osseointegração como: “Na luz da ultra microscopia, é o processo pelo 
qual a fixação rígida e assintomática de um material aloplástico no osso é obtida e mantida durante 
função. 
o Ou seja, atualmente, a osseointegração não é considerada um contato direto do implante com o 
tecido ósseo, e sim uma fixação rígida. 
 O titânio é um material bioinerte (o corpo não rejeita o corpo estranho) e estável (não causam processos 
inflamatórios) e dá suporte, retenção e estabilidade pois forma uma ancoragem direta e forte do metal 
com o osso. 
o Não causam processos inflamatórios desde que não haja contaminação durante a cirurgia. 
 Osseointegração: aposição íntima de osso neoformado ao redor da superfície do implante sendo capaz de 
suportar as cargas funcionais. 
 Pré-requisitos da osseointegração: 
 Biocompatibilidade: a liga metálica do implante deve ser o titânio pois ele é estável, bioinerte e osteocondutor. É 
um material osteocondutor (permite aposição óssea ao redor do implante) e osteoindutores (induz a neoformação 
de tecido ósseo). 
 Desenho do implante: o formato do implante deve 
fornecer uma boa área de contato. As roscas dão maior 
estabilidade primária ao implante. O formato cônico 
condensa mais enquanto o cilíndrico é mais cortante. 
 Superfície do implante: a superfície do implante tratada com jateamento químico é melhor que a superfície lisa 
pois aumenta a área de contato entre o osso e o implante e estimula seu crescimento. 
 Leito receptor: o tipo, a qualidade e a quantidade óssea influencia a osseointegração. 
1. Muito compacto e pouco vascularizado. Ex: osso do 
mento/sínfese. 
2. É compacto e vascularizado. É a melhor opção para 
colocação de implantes. Ex: maxila. 
3. É menos compacto e mais vascularizado que o 2. Ex: maxila; 
4. Pouco osso compacto e muito vascularizado. Demora mais 
para cicatrizar. Ex: túber. 
 O osso da mandíbula é mais compacto e menos vascularizado enquanto a maxila é mais esponjoso e mais 
vascularizado. 
 Osso compacto/cortical: duro e denso. 
 Osso esponjoso/trabecular: estrutura cavernosa e menos densa. 
 Técnica cirúrgica: quanto menos trauma for provocado no local da cirurgia, melhor. Não deve haver 
superaquecimento (máximo 42°C). Irrigação constante. Usar brocas novas e afiadas. Velocidade de rotação e torque 
controlados. O trauma térmico pode desnaturar as proteínas, prejudicando a capacidade reparadora. A velocidade 
de rotação deve ser suave para estimular o remodelamento ósseo, pois se for severo, vai induzir uma reabsorção 
óssea. 
Prof. Eduardo Bortolas Universidade Franciscana Carolina Mallet 
 
 Osteoindução: induzem a formação de osteoblastos, que irão fazer a neoformação óssea. As células 
mesenquimais indiferenciadas se transformam em osteoblastos e iniciam a osteogênese. 
 Osteogênese: os osteoblastos vão formar e depositar tecido ósseo ao redor do implante. 
 Osteocondução: atrai as células que vão produzir tecido ósseo permitindo a deposição óssea. 
 
Sequência do processo de osseointegração: 
 Fase de hemostasia: ao instalar um implante, as plaquetas fazem a agregação plaquetária para estancar o 
sangramento através de uma rede de fibrina e uma vasoconstrição que irá diminuir a hemorragia. O coágulo, ao 
entrar em contato com a superfície do implante, irá formar o peróxido de titânio, gerando o arcabouço onde serão 
depositados o osso neoformado. 
 Fase inflamatória: os macrófagos ao redor do implante removem os produtos de degradação, favorecendo a 
angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) e formando tecido de granulação (processo de cicatrização). 
 Fase proliferativa: os osteoblastos (realizam a formação óssea) migram para perto do implante através da rede 
de fibrina que se formou através do coágulo. A osteocondução entra em atividade, permitindo a aposição de novo 
tecido ósseo. A formação óssea se fazer por crescimento aposicional. 
 Fase de remodelação: calcificação e amadurecimento (maturação) do tecido ósseo a longo prazo. 
 
Os processos de reparo ósseo em casos de fratura e formação óssea peri-implantar são muito parecidos, a 
diferença é que no implante as células osteogênicas são originadas da região peri-implantar enquanto o reparo de 
fraturas as células osteogênicas se originam da medula óssea. 
 
 Fases de estabilidade aos quais o implante está submetido: 
 Estabilidade primária: no momento da instalação do implante. 
 Estabilidade secundária: participação celular e qualidade da superfície do implante. 
 Estabilidade terciária: na longevidade das reabilitações osseointegradas.

Continue navegando