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FISIOLOGIA DA DOR

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FISIOLOGIA DA DOR 
 
A dor é mecanismo protetor. Ocorre sempre que 
os tecidos são lesionados, fazendo com que o 
indivíduo reaja para remove o estímulo doloroso. 
 
Tópicos sobre a dor (observações): 
 
 
- Pessoa começa a sentir dor quando a pele é 
aquecida acima de 45°C, temperatura na qual os 
tecidos começam a ser lesionados. 
- Isquemia tecidual: quando o fluxo sanguíneo 
é bloqueado, o tecido fica dolorido em poucos 
minutos. Quanto maior a intensidade do 
metabolismo do tecido, mais rápido a dor aparece. 
Causas da dor durante a isquemia é o acumulo de 
ácido lático nos tecidos, formada em consequência 
do metabolismo anaeróbio. 
- Espasmo muscular: a dor resulta do efeito 
direto do espasmo (estimulação de receptores 
para dor mecanossensíveis) efeito indireto 
(compressão dos vasos que leva à isquemia). 
 
Tipos: 
Dor rápida: (dor pontual, dor em agulha, dor 
aguda, dor elétrica) a dor é sentida dentro de 0,1 
segundo após a aplicação de estímulo doloroso. 
É sentida quando agulha entra na pele, corte com 
faca, pele é queimada, pele submetida a choque 
elétrico. Não é sentida nos tecidos mais profundos. 
Dor lenta: (dor em queimação, dor persistente, 
dor pulsátil, dor nauseante, dor crônica) a dor 
começa somente após 1 segundo ou mais, 
aumentando lentamente durante vários segundos 
ou minutos. 
Está associada à lesão tecidual, pode levar a 
sofrimento prolongado, pode ocorrer na pele e em 
quase todos órgãos ou tecidos profundos. 
 
Os receptores para dor são terminações 
nervosas livres. Elas ficam nas camadas 
superficiais da pele, em tecidos internos (como 
periósteo, paredes das artérias, superfícies 
articulares, foice e tentório da abóbada craniana). 
As terminações utilizam duas vias separadas 
para a transmissão de sinais de dor para o SNC. 
Uma via para dor pontual rápida e uma para a 
dor lenta crônica. 
 
Tipos de estímulos que excitam os receptores 
para dor: mecânicos, térmicos e químicos. 
A dor rápida é desencadeada pelos mecânicos 
e térmicos (transmitida para a medula por fibras Aδ 
– mielinizadas, com velocidade 6-30m/s), a dor 
crônica pelos três tipos, principalmente pelo 
químico (transmitida para a medula por fibras C – 
não mielinizadas, com velocidade 0,2-5m/s). 
 
Devido ao sistema duplo de inervação, o 
estímulo doloroso súbito causa sensação de dor 
dupla: dor pontual rápida transmitida para o 
cérebro por fibra Aδ, seguida, em 1 ou mais 
segundos, por dor lenta transmitida pela via de 
fibras C. 
 
As fibras, ao entrarem na medula espinhal, 
terminam, os sinais tomam duas vias para o 
encéfalo. Trato neoespinotalâmico e trato 
paleoespinotalâmico. 
 
 
 
Trato neoespinotalâmico – dor rápida: as 
fibras Aδ terminam na lâmina I (marginal), e 
excitam neurônios de 2° ordem do trato 
neorspinotalâmico. Esses neurônios dão origem a 
fibras longas que cruzam para o lado oposto da 
medula pela comissura anterior e depois 
ascendem para o encéfalo nas colunas 
anterolaterais. 
Algumas fibras terminam nas áreas reticulares 
do tronco, a maioria segue até o tálamo, 
terminando no complexo ventrosabal, junto com o 
trato da coluna dorsal-lemnisco medial para 
sensações táteis. 
 
Trato paleoespinotalâmico – dor lenta: as 
fibras tipo C terminam nas lâminas II e III (juntas 
referidas como substância gelatinosa). Maior parte 
dos sinais passa por outros neurônios de fibra 
curta antes de chegar na lâmina V. Os últimos 
neurônios da série são origem a axônios longos, 
que se unem às fibras de dor rápida, passam pela 
comissura anterior para o lado oposto da medula e 
ascendem para o encéfalo pela via anterolateral. 
A maioria das fibras termina no tronco em uma 
dessas áreas: núcleos reticulares do bulbo, ponte 
e mesencéfalo, na área tectal do mesencéfalo, ou 
na região cinzenta periaquedutal que circunda o 
aqueduto de Sylvius. Somente entre 1/10 e 
1/4 das 
fibras ascendem até o tálamo. 
 
Sistema da analgesia: controla aferências e 
magnitude das sensações de dor. Mecanismos 
que aliviam/reduzem as sensações de dor, como 
um fármaco analgésico. 
 
Analgesia periférica: controla a entrada 
(começo) da informação. Reduz a aferência de dor 
reduzindo a frequência dos potenciais de ação 
(PAs). 
A comunicação da fibra com um neurônio 
ascendente é estimulatória (glutamato). O neurônio 
recebe a info e ascende levando para o SNC. 
Esse neurônio tem outras conexões na ME. Por 
ex, com um interneurônio com ação inibitória. Com 
o acionamento da fibra da dor, a informação vai 
ser diretamente ativada e a INIBIÇÃO será 
INIBIDA, aumentando a condução de informação. 
Outra comunicação do circuito é com fibras Aδ 
que ativarão o neurônio ascendente, mas sua 
comunicação com o neurônio inibitório será 
excitatória. A fibra é excitatória para o neurônio 
ascendente, mas é excitatória para o interneurônio 
que tem ação inibitória. Assim, a frequência de 
PAs diminui, a sensação de dor é amenizada. Por 
isso após uma martelada no dedo costumamos 
esfrega-lo, ativando a fibra do tato. 
 
Analgesia central: origem em áreas mais 
superiores no SN, reduz a frequência dos PAs, 
através de vias de projeção descendentes. 
Uma região do SNC relacionada a esse 
processo é a Substância Cinzenta Periaquedutal, 
esses neurônios enviam sinais para o núcleos 
magno da rafe e reticular paragigantocelular 
(localizados na lateral do bulbo), os sinais são 
transmitidos pelas colunas dorsolaterais da ME 
para o complexo inibitório da dor (cornos dorsais). 
Nesse ponto os sinais de analgesia bloqueiam a 
dor antes de ser transmitida para o encéfalo. 
Neurotransmissores: encefalina e serotonina. 
 
 
 
* além da dor rápida e lenta há também a dor 
nociceptiva (ativação de nociceptores), neuropática 
(lesão na fibra nervosa) e mista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dor referida: pessoa sente dor em parte do 
corpo que fica distante do tecido da dor. A dor em 
órgãos viscerais é referida à áreas na superfície do 
corpo, por exemplo. 
 
Dor visceral: a dor é transmitida por fibras C. 
Causas: isquemia, estímulos químicos, 
espasmos da musculatura de víscera oca, 
distensão excessiva de víscera oca, distensão do 
tecido conjuntivo. 
 
Cefaleia: dor referida para a superfície da 
cabeça a partir de estruturas profundas. 
Origem intracraniana: distensão dos seios 
venosos, lesões no tentório, distensão da dura (na 
base do encéfalo), esmagamento ou distensão dos 
vasos sanguíneos das meninges, meningite, baixa 
pressão do LCR, enxaqueca, consumo excessivo 
de álcool. 
Origem extracraniana: espasmos musculares, 
irritação nasal, distúrbios visuais. 
 
Sensações térmicas: os receptores para dor 
são estimulados por graus extremos de frio ou 
calor. São responsáveis, junto com receptores 
para frio e calor, pelas sensações de frio 
congelante e calor extremo. 
Os receptores para frio e calor se localizam 
abaixo da pele. Existem entre 3-10x mais pontos 
para frio que para calor. 
 
 
 
Processos envolvidos: (parte do livro de resumo) 
Transdução: Processo no qual um estímulo 
 nociceptivo (mecânico/térmico/químico) é convertido em 
 um impulso elétrico nas terminações nervosas livres. 
Há três tipos de nociceptores: mecanoceptores 
 (estímulos mecânicos); termoceptores (estímulos 
 térmicos); polimodais (estímulos mecânicos, térmicos e 
 químicos). 
Transmissão: É a condução do impulso elétrico 
 desde a sua origem até o córtex cerebral.

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