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apontamentos-neuropsicologia (1)-convertido

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(
Sebenta
 
| 2017/1018
)46
 (
lOMoARcPSD|4992736
)
 (
Descarregado por Carolina Silva (gsilvacm@hotmail.com)
)
Emoção
A emoção é um processo transitório, brusco e agudo, desencadeado por uma percepção (interna ou externa). A maior parte das emoções, tal como a ira , o medo ou a surpresa, levam a alterações somáticas (a nível glandular , vascular , muscular , respiratório entre outros.
James Langue
Defendem que o ser humano percebe o estimulo ameaçador e regae com manifestações físicas. E são estas manifestações que geram uma emoção.
EstimuloReação física  Emoção
Connon-Bard
Defendem que o estimulo ameaçador conduz primeiro ao sentimento de medo, o qual gera posteriormente uma reação física.
Estimulo Emoção  Reação física
O sistema límbico
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)O Lobo Límbico de Broca
Utilizando a palavra latina para “borda” (limbus), Broca designou essa coleção de áreas corticais como lobo límbico, uma vez que elas formam um anel, ou borda, ao redor do tronco encefálico. De acordo com essa definição, o lobo límbico é constituído por córtex ao redor do corpo caloso, córtex na superfície medial do lobo temporal e hipocampo.
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A palavra límbico e as estruturas no lobo límbico de Broca foram associadas fortemente à emoção.
O Circuito de Papez
Outra teoria, enunciada por Papez, defende que o sistema límbico é tem um papel importante na emoção. Segundo Papez, existiria um sistema de emoção que ligaria o córtex ao hipotálamo.
Papez propôs um sistema de emoção, no qual fazia parte o sistema límbico. O sistema límbico é responsável não so pela memoria e aprendizagem mas também pela sensação e expressão da emoção. É composto pelo hipotálamo, amigdala hipocampo entre outras estruturas. A amigdala situa-se no lobo temporal e está ligada ao hipocampo por meio de duas vias: amigadofugal central e estria terminal. Esta estrutura é considerada um centro fundamental de controlo das reações comportamentais relacionadas com o medo e a raiva. Foi comprovado que pacientes com lesão na amigdala ficam mais simpáticos, generosos e desenvergonhados não possuindo quaisquer medos de nenhum estimulo ameaçador, o que pode ser considerado perigoso.
No circuito de Papez, o hipotálamo governa a expressão comportamental da emoção. O hipotálamo e o neocórtex estão arranjados de forma que um pode influenciar o outro, ligando, assim, a expressão e a experiência da emoção. O fato de que a comunicação entre o córtex e o hipotálamo é bidirecional significa que o circuito de Papez é compatível com ambas as teorias da emoção, a de James-Lange e a de Cannon-Bard. Você talvez tenha percebido a correlação entre os elementos que compõem tanto o circuito de Papez quanto o lobo límbico de Broca. Por causa de sua similaridade, o grupo de estruturas no circuito de Papez é frequentemente eferido como sistema límbico, embora a noção anatômica do lobo límbico de Broca originalmente nada tivesse a ver com a emoção.
Dificuldades com o Conceito de um Sistema Único para as Emoções
Definimos um grupo de estruturas anatômicas interconectadas que, a grosso modo, circundam o tronco encefálico como o sistema límbico.Dada a diversidade das emoções que experimentamos e a diferente atividade encefálica associada a cada uma delas, não há uma razão forte que nos faça pensar que apenas um sistema esteja envolvido, em vez de diversos sistemas.Por sua vez, evidências sólidas indicam que algumas estruturas envolvidas no processamento da emoção estão também envolvidas em outras funções; não há uma relação “uma estrutura, uma função” neste caso.
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)Embora o termo sistema límbico seja ainda comumente utilizado em discussões acerca dos mecanismos encefálicos da emoção, está se tornando cada vez mais claro que não existe um sistema único e bem delimitado para as emoções
Teorias da emoção e representações neurais
As teorias iniciais da emoção e as descrições subsequentes do sistema límbico foram construídas sobre uma combinação de introspecção e inferência, baseada principalmente em exemplos de lesões e doenças encefálicas: se uma estrutura do encéfalo é lesionada e isso altera a expressão ou a experiência emocional, inferimos que tal estrutura é importante para a função emocional normal.
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Teorias da Emoção Básica
Acredita-se, de acordo com as teorias da emoção básica, que certas emoções sejam experiências indivisíveis e únicas que são inatas e universais entre culturas, uma ideia que parece uma extensão lógica das observações iniciais de Darwin sobre a universalidade de um pequeno número de emoções. Em geral, são consideradas como emoções básicas a raiva, o desgosto, o medo, a felicidade, a tristeza e a surpresa.
Teorias Dimensionais da Emoção
Uma alternativa para as teorias básicas das emoções são as teorias dimensionais da emoção. Essas teorias são baseadas na ideia de que as emoções, mesmo as emoções básicas, podem ser desmontadas em elementos fundamentais menores combinados em formas e quantidades diferentes, assim como os elementos da tabela periódica são feitos de prótons, nêutrons e elétrons.
As teorias psicológico-construcionistas da emoção são uma variação das teorias dimensionais. Essas teorias são semelhantes às teorias dimensionais no sentido em que consideram as emoções como constituídas de pequenos blocos construtivos. Uma diferença-chave é que, nos modelos construcionistas, as dimensões não possuem peso afetivo. Em vez de dimensões como agradabilidade, um estado emocional é construído de processos fisiológicos que, por si, não se referem apenas às emoções.
O Que é uma Emoção?
Damásio por seu lado indica que o nosso comportamento resulta da interacção entre o córtex cerebral, as estruturas subcorticais e a periferia orgânica. Existindo assim para Damásio três tipos de emoções: De fundo (as mais vagas) , Primárias (as mais pontuais) e Socioculturais (adquiridas por meio da interação social).
O medo e a amígdala
Tem sido sugerido que a amígdala desempenha um papel especial no medo. Enquanto estudamos as evidências conectando a amígdala ao medo, temos de ter em mente que outras estruturas do encéfalo também parecem estar envolvidas no medo e que a amígdala também está ativa em outros estados emocionais.
A Síndrome de Klüver-Bucy
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)Heinrich Klüver e Paul Bucy, descobriram que a remoção bilateral dos lobos temporais, ou lobotomia temporal, em macacos rhesus, tem um efeito dramático sobre as tendências agressivas dos animais e suas respostas a situações capazes de produzir medo. A cirurgia produz numerosas anomalias comportamentais bastante bizarras, coletivamente denominadas síndrome de Klüver-Bucy. Além de problemas de reconhecimento visual, tendências orais e hipersexualidade, esses pacientes parecem ter as emoções “atenuadas”.
Efeitos da Estimulação e de Lesões da Amígdala
Os pesquisadores têm demonstrado que lesões da amígdala atenuam as emoções de modo semelhante à síndrome de Klüver-Bucy. A amigdalectomia bilateral em animais pode reduzir profundamente o medo e a agressividade. Em diferentes estudos, déficits associados a medo, raiva, tristeza e desgosto têm sido relatados. A variedade de déficits provavelmente reflete, em parte, diferenças nas lesões: duas lesões raramente são iguais e, em geral, incluem lesões a
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outras estruturas além da amígdalaA ativação da amígdala era específica para o medo, uma vez que não houve diferença na atividade em resposta a expressões felizes ou neutras. Outros estudos relataram ativação da amígdala em resposta a outras expressões faciais, incluindo felicidade, tristeza e raiva. A função que a amígdala desempenha nessas várias emoções não foi ainda esclarecida, mas todas as evidências em conjunto sugerem que a amígdala tenha um papel-chave na detecção de estímulos amedrontadores e ameaçadores.
Embora não se acredite que a amígdala seja um sítio de armazenamento primário da memória, alterações sinápticas na amígdala parecem estar envolvidas na formação de memórias para eventos emocionais.
ComponentesNeurais da Raiva e da Agressividade Além da Amígdala
Agressividade Além da Amígdala Tem sido relatado que, além da amígdala, uma variedade de estruturas encefálicas estão envolvidas na raiva e na agressividade. Veremos agora alguns poucos desses importantes marcos na pesquisa. Raiva, Agressividade e o Hipotálamo. Uma das primeiras estruturas a ser relacionada à raiva e a comportamentos agressivos foi o hipotálamo. A implicação desse achado é que o hipotálamo posterior pode ser particularmente importante para a expressão da raiva e da agressividade e que é normalmente inibido pelo telencéfalo.
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)50
Linguagem
A linguagem é um conjunto de processos que permitem a comunicação.
A linguagem chega ao nosso cérebro através dos sistemas visual e auditivo, e produzimos a fala e a escrita com o nosso sistema motor. Contudo, é o processamento encefálico entre os sistemas sensoriais e motores a essência da linguagem.
Como em muitas outras áreas das neurociências, foi apenas no século passado que tivemos uma compreensão clara da relação entre a linguagem e o encéfalo. Na linguagem estão envolvidas três áreas do cérebro: Área de Broca (situada no Cortéx associativo Frontal e cuja função é a de articular a linguagem) Área de Wernicke (Situada no córtex associativo temporal e cuja função é a da compreensão da linguagem) e o Feixe arqueado (que liga a área de Wernicke à de Broca)
Existem dois modelos na linguagem o modelo neurológico classico e o modelo de Modelo de Broca- Wernicke-Lichteim-Geschwind. O modelo classico é bastante simples e foi este que permitiu estudar as afasias, o segundo modelo, descrito mais a frente, é mais complexo.
Através do modelo neurológico clássico foram estudadas as afasias. As afasias são a deterioração da função da linguagem. Resultam de uma lesão focal no sistema nervoso central. Normalmente caracterizam-se por dificuldades em nomear pessoas e objetos. Podem, no entanto evoluir para um comprometimento grave de linguagem escrita e falada e da repetição da linguagem.
Se um hemisfério é considerado mais fortemente envolvido com uma tarefa em particular, é chamado de dominante. A região do lobo frontal esquerdo dominante que Broca identificou como crucial para articular a fala passou a ser chamada de área de Broca. O neurologista alemão Karl Wernicke relatou que lesões no hemisfério esquerdo, em uma região distinta da área de Broca, também prejudicavam a fala normal. Localizada na superfície superior do lobo temporal, entre o córtex auditivo e o giro angular, essa região é atualmente chamada de área de Wernicke. A natureza da afasia que Wernicke observou é diferente daquela associada à lesão da área de Broca. Tendo sido estabelecida a existência de duas áreas para a linguagem no hemisfério esquerdo, Wernicke e outros começaram a mapear as áreas cerebrais de processamento da linguagem. Foram feitas hipóteses acerca de interconexões entre o córtex auditivo, a área de Wernicke, a área de Broca e os músculos necessários para a fala, e diferentes tipos de incapacidades relacionadas à linguagem foram atribuídos a lesões em diferentes partes desse sistema.
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)Assim como nos estudos de Broca e de Wernicke, a técnica mais antiga para o estudo da relação entre a linguagem e o encéfalo envolve a correlação de deficiências funcionais com lesões em determinadas áreas encefálicas. A ocorrência de diferentes tipos de afasias, como mostrado na Tabela 20.1, sugere que a linguagem seja processada em vários estágios, em diferentes locais no cérebro.
Em síntese:
Existem três afasias: Afasia de Broca , Afasia de Wernicke e Afasia de Condução.
A afasia de Broca resulta da lesão da área de broca , da substancia branca ou dos gânglios da base. Se a lesão for só na área de broca e na substancia branca , a afasia é moderada. Os sintomas que caracterizam esta afasia são as dificuldades que a pessoa tem na articulação das palavras, ficando, no entanto, com a compreensão das mesmas intacta. A afasia de broca é um distúrbio de carácter motor. Pessoas com afasia de Broca apresentam dificuldade em falar qualquer coisa,
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fazendo seguidas pausas para procurar a palavra certa. A incapacidade em encontrar palavras é chamada de anomia (i.e.,
literalmente “sem nome”).
A afasia de Wernicke resulta da lesão da área de Wernicke e embora a fala do paciente seja fluente, a sua compreensão do discurso é pobre, pelo que não conseguem compreender questões básicas e simples. Alguns têm sugerido que a área de Wernicke é uma área de ordem superior para o reconhecimento de sons, da mesma forma que o córtex temporal inferior é considerado uma área de ordem superior para o reconhecimento visual. Um déficit no reconhecimento do som explicaria por que os afásicos de Wernicke não compreendem bem a fala. No entanto, deve haver mais sobre a área de Wernicke que explique os padrões estranhos da fala e os déficits de compreensão. O discurso na afasia de Wernicke sugere que a área de Broca e o sistema responsável pela produção da fala estejam em livre curso, sem controle sobre o conteúdo.
Na afasia de Broca, a fala é perturbada, mas a compreensão se encontra relativamente intacta. Na afasia de Wernicke, o discurso é fluente, mas a compreensão é pobre. (Embora essas descrições sejam simplificadas, elas são úteis para lembrar essas síndromes.)
A afasia de condução resulta da quebra na transmissão da informação da área de Wernicke para a área de Broca. Os sintomas consistem em alguns defeitos na articulação, repetição perturbada e dificuldade em nomear objetos. Curiosamente, uma pessoa com afasia de condução compreende frases que lê em voz alta, apesar daquilo que é dito em voz alta conter muitos erros parafásicos. Isso é consistente com a ideia de que a compreensão é boa e o déficit ocorre na comunicação entre regiões envolvidas na compreensão e na fala.
Vimos que lesões em certas partes do encéfalo levam a uma variedade de afasias. Como indicam os primeiros trabalhos de Broca, a linguagem não é igualmente processada pelos dois hemisférios cerebrais. Alguns dos mais valiosos e fascinantes achados acerca das diferenças no processamento da linguagem nos dois hemisférios provêm dos estudos em comissurotomizados, nos quais os hemisférios são cirurgicamente desconectados. Os cientistas especularam que os dois hemisférios cerebrais competem até que, em determinada tentativa, um acaba ganhando.
Modelo de Broca-Wernicke-Lichteim-Geschwind: Deste modelo fazem parte a Área de broca , a Área de Wernicke , o Feixe Arqueado , o Giro angular e as Áreas Sensoriais e Motoras (para receber e produzir linguagem).
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)Este modelo aplica-se a três tarefas:
1- Repetição de palavras ouvidas: De acordo com este modelo, a informação tem de passar pela área de Wernicke para ser compreendida. Depois de ter sido compreendida tem de ser enviada para a área de Broca através do feixe arqueado para haver a repetição. Por fim, para que o individuo consiga repetir a informação através da fala, a informação parte da área de Broca para o Cortex Motor para haver um movimento articulado de modo que o individuo fale.
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2- Produção de Linguagem: De acordo com este modelo tem de haver primeiro um pensamento sobre aquilo que se quer falar. Depois de se dicidir o que se quer falar, a informação passa para a área de Wernicke para haver uma escolha de palavras que sejam indicadas para comunicar o que o individuo quer falar. Posteriormente, a informação passa para a área de Broca através do feixe arqueado, e é nesta área que é feita a análise para haver uma articulação gramatical correta do que se quer dizer. De seguida, a informação é transferida para o Córtex Motor para que a fala seja possível.
3- Leitura Mental e em Voz Alta: Através da leitura adquire-se a informação. O córtex visual permite a leitura da informação e no giro angular produz-se a interação viso-auditiva. Posteriormente a informação é dirigida para a área de Wernickepara que possa ser compreendida. Isto são os passos da leitura mental, caso a leitura seja em voz alta , a informação segue o seu caminho através do feixe arqueado para a Área de Broca para haver uma articulação do que foi lido e compreendido, passando por fim para a Área Facial do córtex motor para que o individuo consiga comunicar aquilo que leu e compreendeu.
Na maioria das pessoas, ler, falar e escrever são todos controlados pelo hemisfério esquerdo. No entanto, em uma mulher comissurotomizada, conhecida com V. J., verificou-se que isso não é verdadeiro. Palavras eram mostradas tanto para um hemisfério quanto para o outro.
No momento, parece que pode haver alguma correlação entre a assimetria de tamanho da área de Broca e do plano temporale com o hemisfério dominante para a linguagem, mas não é forte o suficiente para prever o hemisfério dominante para a linguagem a partir, unicamente, de medidas anatômicas
Até o final do século XX, o processamento da linguagem no cérebro foi examinado principalmente correlacionando déficits de linguagem com a análise post-mortem de dano cerebral. Todavia, hoje em dia, aspectos do processamento da linguagem foram revelados pela estimulação elétrica e pelo imageamento do encéfalo com IRMf e TEP em seres humanos vivos.
Os Efeitos da Estimulação Cerebral na Linguagem
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)Esses efeitos ocorreram em três categorias principais: vocalizações, suspensão da fala e dificuldades de fala semelhantes à afasia. A estimulação elétrica do córtex motor na área que controla a boca e os lábios causava suspensão imediata da fala. Tal resposta é lógica, pois os músculos ativados determinavam algumas vezes a contração da boca de um lado ou uma contração forte da mandíbula. A estimulação do córtex motor ocasionalmente evocava gritos ou vocalizações rítmicas. É importante observar que esses efeitos ocorriam com a estimulação do córtex motor de qualquer um dos lados do cérebro. Penfield descobriu três outras áreas onde a estimulação elétrica interferia na fala, mas estas eram localizadas apenas no hemisfério esquerdo dominante. Uma delas parece corresponder à área de Broca. Se essa área fosse estimulada enquanto a pessoa estivesse falando, a fala era suspensa totalmente (com estimulação forte) ou se tornava hesitante (com estimulação mais fraca). Confusão verbal e suspensão da fala também ocorriam em alguns pacientes ao estimular dois outros locais: o
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lobo parietal posterior, próximo à fissura lateral, e o lobo temporal. Essas duas regiões se encontram na vizinhança do fascículo arqueado e da área de Wernicke, embora não perfeitamente alinhadas aos locais estimados a essas áreas Por exemplo, a estimulação de pequenas regiões do córtex em diferentes locais pode interferir na nomeação, leitura ou repetição de movimentos faciai. Em primeiro lugar, há claramente uma grande variabilidade entre pessoas quanto às áreas do encéfalo em que a linguagem é afetada pela estimulação elétrica. Em segundo lugar, nos segmentos de córtex entre as áreas corticais envolvidas em diferentes aspectos da linguagem, existem regiões que não são afetadas pelo estímulo. Não sabemos se mais testes revelariam algum papel na linguagem ainda não avaliado para essas regiões ou se realmente não estão envolvidas na linguagem. Em terceiro lugar, a estimulação elétrica em locais próximos pode evocar efeitos bastante diferentes e, inversamente, a estimulação em locais distantes pode ter o mesmo efeito. Esses resultados sugerem que as áreas de linguagem no encéfalo são muito mais complexas do que sugere o modelo de
Imageamento do Processamento da Linguagem no Encéfalo Humano
Com o advento de modernas técnicas de imagem, tem se tornado possível observar o processamento da linguagem no encéfalo humano. Com a tomografia por emissão de pósitrons (TEP) e a ressonância magnética funcional (IRMf), o nível de atividade neural em diferentes partes do encéfalo é inferido a partir do fluxo sanguíneo regional. De várias maneiras, o imageamento do encéfalo confirma aquilo que já sabíamos acerca das áreas da linguagem. Por exemplo, várias tarefas de linguagem ativam diferentes áreas do córtex cerebral, e as áreas ativadas são geralmente consistentes com as áreas implicadas nos estudos de afasias. No entanto, o imagemento do encéfalo sugere que o processamento da linguagem é mais complexo. Em um experimento realizado por Lehericy e associados, a atividade encefálica foi registrada enquanto os sujeitos realizavam três tarefas diferentes de linguagem. Observe que a localização das áreas encefálicas ativadas é aproximadamente coerente com as áreas temporal e parietal de linguagem vistas em análises de afasias por lesões encefálicas. Mais surpreendente é seu grau de ativação bilateral. Pelo procedimento de Wada para a lateralização de linguagem, o sujeito da Figura tinha um hemisfério esquerdo fortemente dominante. Os resultados de IRMf sugerem que há mais coisas acontecendo no hemisfério não dominante do que sugere o procedimento de Wada. Uma significativa ativação bilateral é comumente observada em estudos de IRMf, havendo um debate constante sobre o seu significado. Estudos recentes de TEP e IRMf também sugerem similaridades e diferenças fascinantes no processamento da linguagem falada, da linguagem de sinais e da escrita em Braille.
Acredita-se que a atividade nos córtices frontal e temporal esteja relacionada ao desempenho da tarefa de associação de palavras, ao passo que a atividade no cingulado esteja relacionada à atenção. Há também evidências de numerosos estudos com TEP e IRMf de que diversas áreas distribuídas pelo encéfalo armazenam informações sobre diferentes categorias de objetos. Esses relatos parecem consistentes com as observações de que o dano cerebral, por vezes, leva a perdas específicas da capacidade de nomear objetos.
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)54
Motivação
Definição de motivação.
Motivação é tudo o que mobiliza as pessoas a agir com a intenção de atingir os seuso bjetivos, é o que potencializa uma ação, um comportamento. E esta envolve processos emocionais, biológicos e sociais.
A motivação pode ter origem no nosso interior, podendo ser denominada de automotivaçãoou motivação intrínseca, ou pode ter origem no ambiente que nos rodeia,sendo desta vez chamada de motivação extrínseca.
“O estudo da motivação tem por objetivo compreender as razões que levam as pessoas a fazerem o que fazem, ou seja,
estudar os processos que regulam a energia e a direção do comportamento …” (Reeve, 2001)
Segundo Reeve, a energia tem a ver com a força, intensidade e persistência do comportamento e a direção está relacionada com o facto de o comportamento ter um objetivo e de estar orientado para um determinado fim.
Alguns grandes temas que atravessam o estudo da motivação:
O estudo da motivação e da natureza humana consegue explicar as razões que levam à existência de diferentes comportamentos entre as pessoas e responde a questões tais como:
Porque é que certas pessoas:
São naturalmente ativas e outras passivas? São altruístas e outras egocêntricas?
São capazes de utilizar o seu livre arbítrio e outras se submetem a pressões(fisiológicas, psicológicas, sociais)? Preocupam-se com o desenvolvimento enquanto pessoa e outras estão alheias aeste tipo de preocupação?
Motivações homeostáticas. fatores fisiológicos.
Para chegar às respostas é necessário entender as fontes de motivação:
Para chegar às respostas é necessário entender as fontes de motivação:
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)Necessidades: “O estudo da motivação é o estudo das necessidades humanas e dos processos dinâmicos relacionados com essas necessidades” (Deci, 1980)
Necessidades fisiológicas: associado a necessidades biológicas como a fome e a sede por exemplo. São alertas do organismo para se adotar um comportamento reativo. Por exemplo, quando temos sede o organismo é informado do equilíbrio da água e, através de processos biológicos, o organism reajusta o seu meio interno através de uma Acão dirigida – beber água
· mantendoassim a homeostasia.
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Necessidades psicológicas: associado a uma motivação para o desenvolvimento saudável, para um envolvimento ativo com o meio e para o desenvolvimento de habilidades.
Adquiridas: de origem externa ao indivíduo, são interiorizadas ou aprendidas através de experiências de vida e da socialização.
Organísmicas:
· Autodeterminação/autonomia: os interesses e preferências guiam a decisão de se envolver ou não numa determinada atividade (capacidade de escolha e vontade
· Competência: vontade de desenvolver capacidades, talentos, potencialidades e de ser eficiente nas interações com o meio.
· Relacionamento afetivo: vontade de estabelecer laços emocionais e afetivos com outras pessoas.
Motivação Intrínseca: são propensões internas inatas para se envolver em atividades que interessam ao sujeito de modo a exercitar as suas capacidades. Emerge das necessidades psicológicas organísmicas, da curiosidade e de forças inatas de crescimento. Alguém que se sente competente e autodeterminado nas atividades em que se envolve, experimenta uma motivação intrínseca que fornece energia ao seu comportamento na ausência de recompensas ou de pressões exteriores
Motivação Extrínseca: a partir de uma postura passiva faz-se algo na esperança de se obter uma recompensa, ou seja, o comportamento torna-se uma forma de alcançar um determinado fim. Este tipo de motivação pode ser observado no condicionamento operante em que uma ação leva a um efeito desejado. Tal como o nome indica os motivos são externos ao sujeito (por exemplo: dinheiro, elogio, aprovação, etc.). Assim, adotam-se comportamentos que produzem consequências favoráveis e evitam-se comportamentos com consequências desagradáveis.
O hipotálamo na regulação da homeostase
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)Se nos centrarmos mais uma vez nas necessidades Fisiológicas, podemos falar na função do hipotálamo. O comportamento motivado é administrado por um mecanismo neuronal localizado no hipotálamo. Este é considerado um centro integrador da motivação, devido ao facto de se comunicar com um grande número de regiões do SNC e com diversos órgãos periféricos através do SNA e do sistema endócrino; Assim, o hipotálamo tem um papel chave na regulação da homeostase. É ele o responsável pela temperatura corporal e pelo balanço energético, entre outros. Quanto à regulação hipotalâmica da homeostase, um parâmetro regulado (por ex. a temperatura) é medido por neurónios concentrados na região periventricular do hipotálamo. Estes neurónios articulam uma resposta integrada para trazer o parâmetro de volta ao seu valor ótimo. A resposta geralmente tem 3 componentes: 1. Resposta humoral: os neurónios hipotalâmicos respondem a sinais sensoriais estimulando ou inibindo a libertação de hormônios hipofisários na corrente sanguínea. 2. Resposta viscero-motora: os neurónios no hipotálamo respondem a sinais sensoriais ajustando o balanço de atividades simpática e parassimpática do sistema neurovegetativo.
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1. Resposta somático-motora: os neurónios hipotalâmicos, particularmente no hipotálamo lateral, respondem a sinais sensoriais estimulando uma resposta somático-motora apropriada. Em modo de exemplo, consideremos que estamos com frio, desidratados e sem energia. As respostas humorais e viscero-motoras adequadas são automaticamente disparadas. Se trememos, o sangue é desviado da superfície corporal, a produção de urina diminui, as reservas de gordura corporal são mobilizadas, entre outras reações… Assim, a forma mais rápida e eficaz de corrigir estas perturbações é tentando gerar ou procurar calor, comer e beber água, sendo estes comportamentos motivados gerados pelo sistema somático-motor e desencadeados pela atividade do hipotálamo lateral.
A motivação a fome.
A regulação a longo prazo do comportamento alimentar Assim como é indispensável ao nosso organismo receber oxigénio, o mesmo acontece com o alimento, que em forma de glicose é uma necessidade imprescindível ao nosso sistema nervoso. Mas enquanto o ambiente externo fornece uma fonte constante de oxigénio, a disponibilidade de comida não é tão garantida. Assim, o nosso corpo desenvolveu a capacidade de armazenar energia para que esta esteja disponível sempre que necessário. Uma razão primária pela qual somos motivados a comer é a manutenção destas reservas num nível suficiente para assegurar que não haverá falta de abastecimento energético, sendo que estas reservas energéticas são repostas durante e imediatamente após uma refeição. Porém, se a ingestão e o armazenamento de energia excede a utilização, a quantidade de gordura corporal, ou adiposidade, aumenta, causando eventualmente a obesidade. E se, por outro lado, falhar em alcançar as necessidades corporais, ocorre perda de tecido adiposo, resultando eventualmente em inanição (que é uma debilidade extrema por falta prolongada de alimentação).
O hipotálamo e a ingestão de alimento Durante algum tempo, a ideia de que o hipotálamo lateral era o “centro da fome” atuando em oposição ao “centro da saciedade” no hipotálamo ventromedial, tornouse bastante popular. Assim, lesões no hipotálamo medial ou lateral fazem com que o sistema perca o seu equilíbrio. Hoje em dia, temos uma ideia mais consistente da razão pela qual lesões hipotalâmicas afetam a gordura corporal e o comportamento alimentar. Tem muito a ver com a sinalização da leptina.
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)57
A regulação a curto prazo do comportamento alimentar
Todos sabemos que a motivação para comer depende de quanto tempo passou desde a última refeição e da quantidade que ingerimos na mesma. Além disso, uma vez iniciada a refeição, a motivação para continuar a comer depende de quanto e de que tipo de comida foi ingerido. São estes exemplos, portanto, da regulação a curto prazo do comportamento alimentar. Explicando duma forma simples, o que acontece é que o estímulo para comer é inibido por sinais de saciedade que ocorrem quando comemos e o processo digestivo é iniciado e posteriormente estes sinais vão se vagarosamente dissipando até que o estimulo para comer novamente se sobressaia.
Mas afinal, porque comemos? Já falámos então sobre os sinais que motivam o comportamento alimentar, mas ainda não discutimos o que isto significa em termos psicológicos. Ora, a resposta é bem lógica, Comemos porque gostamos de comida. O que nos motiva a comer é tanto a fome como a satisfação de um desejo/prazer. Outros comportamentos motivados É importante notar que utilizamos o comportamento alimentar e o balanço energético para criar um quadro detalhado dos mecanismos encefálicos que Joana Bolsa Henriques 54 impulsionam o comportamento. Porém, os sistemas envolvidos na motivação de diversos outros comportamentos básicos para a sobrevivência também têm sido estudados, como a regulação da temperatura e o ato de beber água
 (
Sebenta
 
| 2017/1018
)58
Sinteses
Neurónio como unidade estrutural e funcional do Sistema Nervoso (SN)
· Potenciais da membrana
· Potencial de repouso
· Potenciais possinapticos (excitadores e inibidores)
· Potencial de Ação
· Descrição biofísica do potencial de repouso, potencial de despolarização (excitação) e potencial de hiperpolarização (inibição)
Neuropsicologia do Sistema Visual
· O problema do reconhecimento da forma, da cor e do movimento.
· O reconhecimento de objetos como a identificação de invariantes.
· O processamento paralelo, serial, interdependente e com integração de mensagens ascendentes e descendentes na via visual: a via m (dorsal), a via p (ventral) e a via não não p.
· O problema do binding das mensagens processadas nas vias paralelas
· Agnosias visuais. A distinção entre agnosias visuais percetivas e associativas.
Neuropsicologia do sistema auditivo
· Características dos estímulos físicos e sua relação com a perceção (Altura - frequência; intensidade - amplitude; complexidade das componentes harmónicas - timbre).
· A constituição do ouvido.
o Funções do ouvido externo, médio (transmissão mecânica comajuste da impedância; o reflexo de atenuação na transmissão das vibrações no ouvido médio)
· O Ouvido interno. Estrutura da Cóclea com enfase na função de transdução da membrana basilar. A teoria do ressoador harmónico de Helmholtz (sec. XIX) e a demonstração experimental de vonBèkezi (sec. XX). Membrana basilar: propriedade mecânicas e o principio da localização da resposta da membrana basilar a diferentes frequências da onda sonora: Tonotopia da membrana basilar e do nervo vestíbulo - coclear e de todas as estações sinápticas da via auditiva: gânglio espiral - núcleos cocleares
- oliva superior - colículo inferior - núcleo geniculado médio (tálamo) e córtex auditivo.
· O processamento da via auditiva e a localização da posição da fonte sonora no espaço (eixo horizontal e vertical).
· O córtex auditivo primário (circunvolução de Heshl do Lobo Temporal; área associativas auditivas. Lateralização das funções hemisféricas e agnosias verbais e não verbais. O caso especial das amusias
Neuropsicologia do Sistema sensorial somático
· A organização neuroanatómica das vias de condução da informação somática sensorial - a via colunar dorsal (ou do lemnisco médio) e a via antero lateral (ou espino - talamica).
· (
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)Respetivas funções e participação na representação das experiências percetivas dos sentidos do corpo.
· As múltiplas representações corticais no córtex sensorial somático do Lobo Parietal: Área Somática I da circunvolução poscentral (3a, 3b 1 e 2); Cortex Somático II e áreas Parietais Posteriores (5 e 7)
· Agnosias somatossensoriais: Síndromes e sintomas neuropsicológicos. estereognosias e as perturbações da representação do corpo. As autotopagnosias. Síndromes de negligência e de Heminegligência.
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Neuropsicologia dos sistemas de regulação da conduta voluntária.
· Os síndromes motores, cognitivos e emocionais resultantes de disfunção dos sistemas neuronais (Áreas corticais premotoras e motora primária, cerebelo e Núcleos Cinzentos da Base).
Os fundamentos da Neuropsicologia: A. Sistemas e processos da memória - os estudos clássicos da Neuropsicologia
· Os Sistemas e processos de memória
· Os estudos clássicos da Neuropsicologia
· O estudo efeito de lesões cerebrais: o conceito de dissociação de sintomas. Exemplo do caso HM de Brenda Milner. O caso KF e a crítica ao modelo clássico de Atkinson e Shiffrin.
· O síndrome de Korsakoff e as funções do Diencéfalo na memória.
· Sistemas de memória declarativa, processual, emocional e circuitos regulação reflexa (características, redes neuronais e perturbações Neuropsicológicas em consequência de lesão cerebral).
Continuação do estudo da memória :
· a sinapse, as funções de neurotransmissão e os processos de plasticidade sináptica na formação de memórias.
· Revisão dos conceitos sobre a sinapse, as funções de neurotransmissão. Os processos de plasticidade sináptica e sua relação com a formação de memórias de curta e de longa duração..
· Descrição dos mecanismos de neurotransmissão no Sistema Nervoso: o primeiro e o segundo sistema de sinalização.
· As funções de neurotransmisão dos sistemas mediados por segundo mensageiro (conceito de neurotransmissão em sentido lato englobando ações de regulação da síntese, armazenamento de neurotransmissóres, regulação da atividade metabólica; regulação da transcrição do genoma.
· Os processos de plasticidade sináptica e a formação de memórias de curta e de longa duração - modelos neuronais do grupo de Kandel e col. na Aplysia.
Neuropsicologia da regulação dos ciclos de vigília-sono;
· Os ciclos de vigília - sono. Características comportamentais. Os estudos poligráficos e a caracterização das fases do sono (4 estádios do sono L e sono REM) . O electroencefalograma (EEG).O EEG de uma noite completa de sono. Hipnograma.
· Modificações da estrutura do sono durante o desenvolvimento.
· Mecanismos de regulação dos ciclos de vigília-sono e as funções do Hipotálamo (núcleo supraquiasmático). Os marcapassos cerebrais (relógios biológicos)
· (
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)Vigília e a atividade do Sistema Reticular Ativador (SAR). Conceito moderno de Sistema ascendente de ativação (ascending arousal system) envolvendo um padrão de ligações de entrada e de saída especificas, com funções de regulação motora, sensorial e de ativação do córtex. Os diversos sistemas de neurotransmissores monoaminérgicos envolvidos na regulação do estado de ativação do encéfalo. Revisão do conceito de Sistemas de Neurotransmissor e suas funções. Exemplo da regulação da vigília/sono e os sistemas da serotonina, noradrenalina e acetilcolina .
Sistemas de regulação do sono L e do sono REM
· A cronorregulação do comportamento
Neuropsicologia da linguagem
· As características especificas dos sistemas de comunicação linguísticos.
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· Os modelos de aquisição da linguagem. Os argumentos inatistas. A aquisição da língua e a análise das características (frequência, regularidades estatísticas) do input linguístico.
· Linguagem e localização das funções cerebrais. Os modelos neurológicos clássicos das Afasias (evolução histórica dos conhecimentos). Afasia de Broca, Afasia de Wernicke, Afasia de condução, Afasia transcortical motora e Afasia transcortical sensorial (diagnóstico, manifestações clínicas e localização da lesão). Distinção entre fase aguda e crónica da lesão cerebral.
· Os modernos estudos imagiológicos modernos com PET e MRIf com participantes saudáveis. As redes neuronais envolvidas na audição, leitura, produção e acesso lexical. Efeitos neuropsicologicos da aprendizagem como uma reorganização da rede neuronal envolvida no processamento da linguagem.
Neuropsicologia da emoção. O Sistema Nervoso Autónomo, SNA (ou vegetativo). O sistema Límbico e a regulação emocional.
· A conceito de comportamento emocional. A natureza multicomponencial da emoção. Sistemas emocionais e os modelos categoriais de inspiração neurobiológica; os modelos dimensionais. As teorias clássicas da emoção: modelos periferalistas (James-Lange) e centralistas (criticas de Cannon, estudos de Cannon - Bard sobre efeitos da secção do tronco cerebral no comportamento de raiva). A organização neuroanatómica do SNA (simpatico, parassimpatico e divisão entérica). Funções do SNA e participação nas respostas emocionais e cognitivas. O conceito de sistema Limbico e as funções emocionais (Proposta de Papez, trabalhos de Kluver- Bucy sobre os efeitos de perda do medo e da agressividade após lesão da amígdala, a revisão do conceito de Sistema Limbico de Paul MacLean integrando a Amígdala e o Córtex Frontal). Criticas ao modelo do sistema límbico como base fisiológica das emoções.
· 	Funções da amígdala, córtex prefrontal e córtex da insula, respectivamente, considerando emoções especificas. Perturbações das funções emocionais após lesão da Amígdala - síndrome de Urbach-Wieth. A heterogeneidade dos síndromes do Lobo Frontal: manifestações neuropsicológicas de lesões, respetivamente, no lobo Frontal medial, dorsolateral e orbito-frontal.
Neuropsicologia da motivação
Definição de motivação. Motivações homeostáticas. fatores fisiológicos. A motivação a fome.
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