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PRÁTICAS-DE-GESTÃO-EM-SERVIÇOS-SOCIAIS-1

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1 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................3 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL..........................4 
3 DEFINIÇÃO DE SERVIÇO SOCIAL.................................................................7 
4 POLÍTICAS SOCIAIS E SERVIÇO SOCIAL.....................................................7 
5 POLÍTICAS PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL......................................11 
5.1 LOAS...........................................................................................................12 
5.2 PNAS...........................................................................................................14 
5.3 SUAS...........................................................................................................16 
5.3.1 CRAS........................................................................................................17 
5.3.2 CREAS......................................................................................................19 
6 O ASSISTENTE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE................................20 
6.1 CAMPO DE ATUAÇÃO................................................................................23 
7 O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL.............25 
8 A PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL.............................................................28 
9 A GESTÃO NO SERVIÇO SOCIAL: COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES.....34 
10 REFERÊNCIAS............................................................................................38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado Aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o 
tema tratado. o comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos 
ouvirem e todos ouvirão a resposta. no espaço virtual, é a mesma coisa. Não 
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de 
atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. no caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. a vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL 
 
 
Fonte: cress-ce.org.br 
 
O Serviço Social teve sua origem dentro da Igreja Católica e seus 
fundamentos foram estruturados no final do século XIX e coincidem com o início 
do processo de industrialização e do crescimento da população urbana. 
No Brasil, a história do Serviço Social surgiu na década de 1930, período 
no qual o país passava sérias turbulências, com diversas manifestações da 
classe trabalhadora, que reivindicava por melhores condições de trabalho e 
justiça social. 
Como confirma Olema Pellizzer: 
 
“O serviço social nasce no Brasil, na terceira década do século XX, 
em resposta à evolução do capitalismo, sob a influência europeia (em 
especial sob o influxo belga, francês e alemão), como fruto direto de 
vários setores particulares da burguesia fortemente respaldados pela 
Igreja Católica. Nessa década, o Brasil vivia um processo incipiente 
de industrialização de importações, num contexto de capitalismo 
dependente e agroexportador. No período de 1930 a 1935, o governo 
brasileiro sofre pressões da classe trabalhadora, que é então 
controlada através da criação de organismos normatizadores e 
disciplinares das relações de trabalho, em especial pelo Ministério do 
Trabalho, Indústria e Comércio. Em meio a pressões populares, 
reassume o governo Getúlio Vargas (1935), cuja opção pelo 
crescimento urbano – industrial fez emergir, na sua gênese capitalista, 
a Questão Social, que também decorre das pressões e dos 
questionamentos da sociedade da época, que passava por grandes 
transformações, no plano do conhecimento científico, sob a influência 
de Durkheim, Darwin, Marx, Freud e outros.” (PELLIZZER, 2008, p. 
15). 
 
5 
 
 
Nesse período, a Igreja passou a oferecer uma formação específica para 
moças de famílias tradicionais com intuito de exercer ações sociais. Desta forma, 
surgiu em 1936 a primeira Escola de Serviço Social, em São Paulo, coordenada 
por Albertina Ferreira Ramos e Maria Kiehl, ambas sócias do Centro de Estudos 
de Ação Social, vinculado a Igreja Católica. 
Neste centro eram organizados cursos de qualificação para organizações 
leigas no catolicismo, adequando política e ideologicamente a classe operária, 
nesta perspectiva surgiu o Serviço Social. 
Em resumo, pode-se dizer, assim, que o Serviço Social é nascido por 
influência direta da Igreja Católica, e a profissão teve como suporte filosófico o 
neotomismo. Em sua primeira fase, intervém no aparecimento da questão social, 
produzida pela relação de trabalho capitalista. O surgimento do trabalho livre 
profundamente marcado pela escravidão coloca a força do trabalho como moeda 
de troca. 
Dessa forma, para Carvalho e Iamamoto, as leis sociais marcam o: 
 
“[...] deslocamento da questão social de ser apenas a contradição entre 
abençoados e desabençoados pela fortuna, pobres e ricos, ou entre 
dominantes e dominados, para constituir-se, essencialmente, na 
contradição antagônica entre burguesia e proletariado, 
independentemente do pleno amadurecimento das condições 
necessárias à sua superação”. (CARVALHO; IAMAMOTO, 1988, 
p.129). 
 
Portanto, o Serviço Social em sua “fase inicial”, é pautado num 
posicionamento moralizador em face das expressões da “questão social”, 
“captando o homem de maneira abstrata e genérica, configurou-se como uma 
das estratégias concretas de disciplinamento e controle da força de trabalho, no 
processo de expansão do capitalismo monopolista.” (FORTI, 2013, p. 99). 
Essa concepção conservadora ignora a estrutura societária, contribuindo 
para obscurecer para os Assistentes Sociais – durante um amplo lapso de tempo 
– os determinantes da “questão social” o que caracterizou uma cultura 
profissional acrítica, sem um horizonte utópico que os impulsionasse para o 
questionamento e às ações consequentes em prol da construção de novos e 
diferentes rumos em face das diretrizes sociais postas e assumidas pela 
profissão. (FORTI, 2013, p. 99). 
 
6 
 
Já nos anos 1940 e 1950, o Serviço Social brasileiro passou a receber 
grande influência norte-americana, sendo muito marcado pelo tecnicismo. 
Nessas décadas, se destacou uma base positivista e funcionalista e sistêmica, 
que bebia na fonte da psicanálise e da sociologia. 
Entre os anos 60 e 70, por sua vez, iniciou-se um movimento de 
renovação da profissão, que buscou a reatualização do tradicionalismo 
profissional e uma ruptura com o conservadorismo, ao passo que, no final da 
década, em 1979, ocorreu o Congresso da Virada, um marco para o Serviço 
Social no Brasil. Nesse evento, a profissão se tornou laica e passou a fazer parte 
das Ciências Sociais. 
Já na década de 90, o Serviço Social começou a tomar grandes 
dimensões no mundo e no Brasil, especialmente em relação a questões sociais 
e que ferem os direitos a cidadania, moral e ética. Com a ampliação de seus 
campos de atuação, ele passou a atuar no chamado terceiro setor, nos 
conselhos de direitos e a ocupar funções de assessoria. 
Nessa mesma época, devido às mudanças ocorridas tanto na sociedade, 
quanto na categoria, a profissão foi regulamentada pela Lei nº 8662, de 7 de 
junho de 1993, que legitima o ConselhoFederal de Serviço Social e os 
Conselhos Regionais. 
Nos anos 2000, aumentou a discussão em torno da eficiência das políticas 
sociais e do agravo da questão social. Com isso, também cresceu o número de 
cursos de graduação pensando em garantir uma ampliação da categoria do 
Serviço Social, nos mais diversos setores da sociedade. 
A renovação do Serviço Social é, portanto, fruto de um processo histórico 
que possibilita o pluralismo no seio do Serviço Social, ao encontrarmos a 
diversidade no que diz respeito às maneiras de enfrentar a realidade social, de 
compreender a questão social e o próprio Serviço Social. Diversidade teórico-
metodológica, ético-política e técnico-operativa na profissão: do modo de pensar, 
fazer e escolher. (CARDOSO, 2013, p. 135). 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3 DEFINIÇÃO DE SERVIÇO SOCIAL 
 
Atualmente, a definição global e mais recente de serviço social, segundo 
foi aprovado pelo Comité Executivo da FIAS e o Conselho da AIESS, em Julho 
de 2014, em Melbourne, é a seguinte: 
 
“Social work is a practice-based profession and an academic discipline 
that promotes social change and development, social cohesion, and the 
empowerment and liberation of people. Principles of social justice, 
human rights, collective responsibility and respect for diversities are 
central to social work. Underpinned by theories of social work, social 
sciences, humanities and indigenous knowledge, social work engages 
people and structures to address life challenges and enhance 
wellbeing.”1 (ISFW, 2014 apud SOUSA, 2015). 
 
Com esta proposta, é sublinhado, pela primeira vez, na definição global, 
que o Serviço Social é uma profissão e uma área científica. Por outro lado, é 
recuperada a ideia do Serviço Social enquanto promotor, e não apenas como 
facilitador, da mudança social e do desenvolvimento, da coesão social, do 
empowerment e da autonomia das pessoas. Relativamente à definição anterior, 
releva-se a introdução de conceitos como o desenvolvimento, a coesão social, a 
responsabilidade coletiva e o respeito pela diversidade. É reiterada a ideia de 
que o Serviço Social está profundamente vinculado à justiça social, aos direitos 
humanos e ao reforço da emancipação das pessoas, para a promoção do bem-
estar. (SOUSA, 2015). 
 
 
4 POLÍTICAS SOCIAIS E SERVIÇO SOCIAL 
 
Consoante os ensinamentos de Damasceno: 
 
“nos países centrais do sistema capitalista, as políticas sociais e o 
Serviço Social tiveram sua consolidação na fase de intensa 
acumulação e desenvolvimento do Estado interventivo, denominado de 
 
1 Versão em português: “o trabalho social é uma profissão especializada na prática e uma 
disciplina acadêmica que facilita uma mudança social e desenvolvimento, um coesão social e 
empoderamento e libertação de pessoas. Princípios de justiça social, direitos humanos, 
responsabilidade coletiva e respeito pela diversidade são fundamentais para o trabalho 
social. Sustentada por teorias de trabalho social, ciências sociais, ciências humanas e 
conhecimento indígena, trabalho social envolve pessoas e estruturas para os desafios da vida 
de contatos e melhorar o bem-estar”. 
 
8 
 
“Bem-Estar Social” ou “Welfare State”. A partir dos anos de 1970, após 
o capital vivenciar sua fase de “anos dourados”, este modelo se torna 
“insustentável” aos seus interesses. Obviamente essas datas são 
referências e marcos, não correspondendo a “quebras” históricas, pois 
esta é processual. Os contextos também não se dão da mesma forma 
em países centrais e periféricos do capital, haja vista seu 
“desenvolvimento desigual e combinado”.” (DAMASCENO, 2019, p. 
330). 
 
O capital financeiro ou novo imperialismo é a fase atual do sistema, 
caracterizada pela forte ofensiva do capital ao trabalho, com uma repressão sem 
precedentes. 
Segundo Harvey (2010, p. 58), trata-se de um novo tipo de sistema, pois 
“[...] abandonou-se o ouro como base material dos valores monetários e desde 
então o mundo tem tido de conviver com um sistema monetário 
desmaterializado.” 
As características econômicas da nova fase, de financeirização do capital, 
mascaram sua essência de exploração do trabalho e da existência de classes 
sociais antagônicas. No entanto, não há alterações na natureza desumana 
desse sistema e, socialmente, vivenciamos a barbárie nas relações sociais. 
Novas configurações do Estado se apresentam ante esse novo contexto. 
Uma importante contribuição para entender a atual “decadência do Estado” é 
apresentada por Soares, quando diz: 
 
“É o avanço do capitalismo, portanto - através do aumento da rivalidade 
entre suas corporações gigantes, ‘solidarizando’ os espaços 
econômicos nacionais, homogeneizando os padrões de produção e 
consumo e introduzindo profundas diferenças sociais nas áreas de 
penetração recente -, que determina a tão propalada decadência do 
‘estatismo’. Ou seja, o intenso processo de internacionalização dos 
mercados, dos sistemas produtivos e da tendência à unificação 
monetária e financeira que o acompanharam, levou a uma perda 
considerável da autonomia dos Estados Nacionais, reduzindo o espaço 
e a eficácia de suas políticas econômicas e demonstrando a 
precarização de suas políticas sociais.” (SOARES, 2009, p. 12 apud 
DAMASCENO, 2019) 
 
Essa “redução” do Estado significa não apenas alterações de natureza 
econômica, mas redefinições das relações sociais na tentativa de resolver a crise 
do modelo social de acumulação capitalista. Sua configuração de “ajuste 
neoliberal” é usada como estratégia pelo capital na contemporaneidade e inclui: 
 
“[...] a informalidade no trabalho, o desemprego, o subemprego, a 
desproteção trabalhista e, consequentemente, uma ‘nova’ pobreza. Ao 
 
9 
 
contrário, portanto, do que se afirma, a reprodução em condições 
críticas de grandes parcelas da população faz parte do modelo, não 
impedindo a reprodução do capital.” (SOARES, 2009, p. 12 apud 
DAMASCENO, 2019, p. 335). 
 
Ocorre, então, a funcionalidade da “nova” pobreza e as formas de 
enfrentamento desta ao novo modelo social de acumulação. Ideologicamente, 
torna-se um desafio neste contexto a pós-modernidade, que abrange novas 
formas de fazer ciência e traz consigo um forte neoconservadorismo e 
valorização do individualismo. Nas políticas sociais, essas influências se 
apresentam consoante a: 
 
“[...] lógica da fragmentação e do curto prazo [...]; o trato com a 
realidade exige apenas conhecimento de pequeno alcance, pois o local 
se sobrepõe ao geral; as prestações sociais são ditadas pelo 
imediatismo e pela rapidez de resultados, geralmente quantitativos e 
referenciados na renda; o mérito desbanca o direito, até mesmo entre 
os pobres, que se transformam em vítimas meritórias da proteção 
social, por sua situação de penúria; as preferências individuais 
substituem as necessidades sociais na definição das políticas; e a 
história, cujo sentido de totalidade é essencial para se pensarem 
mudanças complexas e de longo prazo, se restringe a acontecimentos 
localizados ou isolados que requerem respostas pontuais. (PEREIRA 
et al., 2010, p. 107-108 apud GONÇALVES et al., 2016, p. 271). 
 
Com base nessas concepções, as particularidades das expressões da 
“questão social”, diferenciadas em cada contexto e formação sócio-histórica, 
devem ser compreendidas. Na contemporaneidade, novas expressões da velha 
e mesma “questão social” se apresentam como demandas à intervenção das 
políticas sociais e, por mais que o pensamento conservador aponte alternativas 
para reforma e/ou naturalização da “questão social”, somente a supressão da 
ordem burguesa acarretará o seu fim. (PAULO NETTO, 2011, p. 155-156 apud 
GONÇALVES et al., 2016, p. 271). 
É comum aos profissionais o debate sobre o papel do Estado, 
especialmente em tempo de redução de sua intervenção nas expressões da 
“questão social” e na retirada de direitos anteriormente conquistados pelos 
trabalhadores. Noentanto, se essa perspectiva crítica de compreender as 
configurações do Estado, associadas diretamente ao sistema capitalista, não 
estiverem presentes, corre-se o risco de dissociar a defesa de direitos à luta de 
classes, que é a luta por uma sociedade justa e igualitária, sem opressão e 
exploração do trabalho pelo capital. 
 
10 
 
De acordo com Paulo Netto, o grau de exploração do trabalho humano e 
a “escassez produzida socialmente”, próprios da ordem burguesa, constituem a 
questão social, que, a cada nova fase do capitalismo, expressam-se de forma 
diferenciada. Para ele, “a caracterização da ‘questão social’, em suas 
manifestações já conhecidas e em suas expressões novas, tem de considerar 
as particularidades histórico-culturais e nacionais”. (PAULO NETTO, 2011). 
A emergência do Serviço Social possui relação intrínseca com a “questão 
social” e as políticas sociais e seu objeto do Serviço Social são as expressões 
da questão social. 
E assim, a assistência social passou a ser vista por um novo prisma: a 
proteção socioassistencial – a que faz jus qualquer pessoa que necessitar - 
ocupa-se das fragilidades, vitimizações, vulnerabilidades e contingências que os 
cidadãos e suas famílias enfrentam durante a vida, devendo, em suas ações, 
produzir aquisições materiais, sociais, socioeducativas e desenvolver 
capacidades, talentos, protagonismo e autonomia. (GOIÁS, 2015, p. 18-19). 
Ainda de acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás, a 
assistência social hoje, portanto, não pode se confundir com o assistencialismo 
do passado, já que apresenta características e objetivos próprios, como se 
depreende do quadro abaixo: 
 
ASSISTENCIALISMO ASSISTÊNCIA SOCIAL 
• Filantropia 
• Fragmentação 
• Segmentação 
• Práticas eventuais / eleitoreiras; 
 •Foco nas necessidades individuais; 
• Política Pública 
• Sistema 
• Continuidade 
• Base normativa concreta 
• Direito do cidadão 
• Desenvolvimento de capacidades, 
talentos, protagonismo e autonomia 
• Foco nas necessidades coletivas 
 
As práticas de gestão em Serviço Social, portanto, não devem ser 
consideradas como novas competências profissionais, pois estão interligadas à 
capacidade do profissional em saber planejar, organizar, dirigir e controlar as 
ações e as relações interpessoais em seu espaço de atuação. 
 
 
11 
 
5 POLÍTICAS PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Inicialmente, é importante apresentar a definição de políticas públicas 
trazida por Dilmestein (2011), que as tem como: 
 
“(...) respostas a determinados problemas sociais. São formuladas a 
partir das demandas e tensões geradas na nossa sociedade. Logo, 
elas são estratégias de regulação de relações sociais. Essas 
estratégias se institucionalizam por meio de ações, de programas, de 
projetos, de regulamentações, de leis, de normas, que o Estado 
desenvolve para administrar de maneira mais equitativa os diferentes 
interesses sociais. Isso indica que as políticas públicas são criadas 
porque igualmente é criada uma demanda de proteção social” 
(DILMESTEIN, 2011, p. 119 apud TELES et al., 2019, p. 1.019). 
 
Assim, como reflexo das lutas populares em prol da defesa e efetivação 
de direitos civis e sociais, a Constituição Federal brasileira de 1988 definiu e 
implementou a Seguridade Social, na qual, Assistência Social, Previdência 
Social e Saúde constituem a tríade que sustenta esta política no país (SANTANA 
et al., 2013). 
Desta forma, a partir da Constituição Cidadã de 1988, a Assistência 
Social, é firmada como política pública que deve atender a todos que dela 
necessitar, configurando-se, desta forma, como direito de cidadão e dever do 
Estado (SANTANA et al., 2013). 
Tal direito é ratificado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) nº 
8.742 de 1993 e, pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), 2005, que 
por meio de um sistema descentralizado e participativo contribuem na criação de 
medidas que assistem e defendem os cidadãos que se encontram em situação 
de vulnerabilidade social (SANTANA et al., 2013). 
Amparada nos estatutos legais, é instituída a POLÍTICA NACIONAL DE 
ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS), 2004, que como política pública de direito social 
é assegurada pela Constituição, sistematizada e aprovada a partir do SUAS, e 
normatizada pela LOAS, a qual garante a universalidade dos direitos sociais e o 
acesso aos serviços socioassistenciais, que serão a posteriori, melhor 
elucidados (SANTANA et al., 2013). 
Como política de Estado, a assistência social brasileira organiza-se em 
Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Social Especial (PSE), que se 
distinguem pela função dos programas, serviços, ações e benefícios. As ações 
 
12 
 
de proteção básica são de caráter preventivo, com vistas à diminuição das 
vulnerabilidades e riscos sociais, pautando-se pelos direitos de cidadania. A 
assistência especial - PSB - diz respeito aos serviços oferecidos prioritariamente 
pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), unidade pública estatal 
de base territorial, que se localiza, em geral, em áreas de maior vulnerabilidade 
social. A PSE tem por objetivo oferecer serviços, programas, ações e benefícios 
de caráter protetivo, quando há iminência ou já ocorreu a violação de direitos 
(SERPA et al., 2015). 
Na Proteção Social Especial de média complexidade, o CREAS- Centros 
de Referência Especializada de Assistência Social, como integrante do SUAS, 
constitui o polo de referência, coordenador e articulador, responsável pela oferta 
de orientação e apoio especializados e continuados de assistência social a 
indivíduos e famílias com seus direitos violados. (...) (MDS, 2011; MDS, 2008; 
Cruz & Guareschi, 2010 apud FREIRE, Mayara Limeira et al., 2013). 
 
 
5.1 LOAS 
 
 
Fonte: lilianadelfino.jusbrasil.com.br 
 
A lei 8.742/1993, também conhecida como Lei Orgânica de Assistência 
Social (LOAS) foi criada como forma de regulamentar o disposto nos artigos 203 
e 204 da Constituição Federal de 19882 (BRASIL, 1988), que dispõe sobre os 
 
2 “Art. 203 - A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
 
13 
 
princípios, diretrizes, organização e gestão, prestações e financiamento da 
Assistência Social. (SANTOS et al., 2015). 
O LOAS tem como pretensão prestar serviços continuados para grupos e 
famílias de baixa renda, sendo um direito fundamental social da estrutura do 
Governo. 
A LOAS, traz um novo significado para a Assistência Social enquanto 
Política pública de seguridade, direito do cidadão e dever do Estado e prevê um 
sistema de gestão descentralizado e participativo. Cria também o Conselho 
Nacional de Assistência Social, com composição paritária, deliberativo e 
controlador da política de assistência social, para que fossem aplicados os 
pressupostos da C. F e LOAS; Tendo como objetivos, a proteção social, 
vigilância socioassistencial e defesa de direitos. (SANTOS et al., 2015). 
A organização da Assistência Social prevê intervenções que podem ser 
caracterizadas como serviços, programas, projetos e benefícios. Entre os 
benefícios ofertados pela LOAS, temos o BPC (Benefício de prestação 
Continuada), que é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com 
deficiência e ao idoso com sessenta e cinco anos ou mais que comprovem não 
possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua 
família. (SANTOS et al., 2015). 
 
 
 
 
II - amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefíciomensal à pessoa portadora de deficiência e ao 
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por 
sua família, conforme dispuser a lei. 
 
Art. 204 - As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos 
do orçamento da seguridade social previstos no art. 195, além de outras fontes e organizadas 
com base nas seguintes diretrizes: 
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera 
federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e 
municipal, bem como, a entidade beneficentes e de assistência social; 
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das 
políticas e no controle das ações em todos os níveis”. 
 
 
14 
 
5.2 PNAS 
 
Fonte: joia.rs.gov.br/ 
 
Em setembro de 2004, foi aprovada na Reunião Descentralizada e 
Ampliada do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, a Política 
Nacional de Assistência Social – PNAS. 
A Política de Assistência Social estabelece princípios e diretrizes para a 
implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e é resultado de 
amplos debates realizados em todos os Estados e no Distrito Federal durante o 
ano de 2004, a partir de uma proposta preliminar elaborada pela Secretaria 
Nacional de Assistência Social – SNAS/MDS com a participação ativa do CNAS, 
dando cumprimento às deliberações da IV Conferência Nacional de Assistência 
Social (2003). 
A PNAS expressa a materialidade do conteúdo da Assistência Social e da 
LOAS, criando uma nova matriz para a assistência social, inserida no sistema de 
bem-estar social, compondo o tripé da seguridade social, juntamente com a 
previdência e a saúde. (SERPA et al., 2015). 
A PNAS busca incorporar as demandas presentes na sociedade 
brasileira, no que tange à responsabilidade política, objetivando tornar claras 
suas diretrizes na efetivação da assistência social, como direito de cidadania e 
responsabilidade do Estado. (MDS, 2005, p.13). 
A gestão proposta por esta Política pauta-se no pacto federativo, no qual 
devem ser detalhadas as atribuições e competências dos três níveis de governo 
na provisão das ações socioassistenciais, em conformidade com o preconizado 
 
15 
 
na LOAS e NOB1, a partir das indicações e deliberações das Conferências, dos 
Conselhos e das Comissões de Gestão Compartilhada (Comissões 
Intergestoras Tripartite e Bipartites – CIT e CIB’s), as quais se constituem em 
espaços de discussão, negociação e pactuação dos instrumentos de gestão e 
formas de operacionalização da Política de Assistência Social. (MDS, 2005, 
p.13). 
Frente ao desafio de enfrentar a questão social, a descentralização 
permitiu o desenvolvimento de formas inovadoras e criativas na sua 
implementação, gestão, monitoramento, avaliação e informação. No entanto, a 
compreensão de que a gestão democrática vai muito além de inovação gerencial 
ou de novas tecnologias é bastante limitada neste país. A centralização ainda é 
uma marca a ser superada. Junto ao processo de descentralização, a Política 
Nacional de Assistência Social faz diferença no manejo da própria política, 
significando considerar as desigualdades socioterritoriais na sua configuração. 
(MDS, 2005, p.14). 
A Política Nacional de Assistência Social na perspectiva do Sistema Único 
de Assistência Social ressalta o campo da informação, monitoramento e 
avaliação, salientando que as novas tecnologias da informação e a ampliação 
das possibilidades de comunicação contemporânea têm um significado, um 
sentido técnico e político, podendo e devendo ser consideradas como veios 
estratégicos para uma melhor atuação no tocante às políticas sociais e a nova 
concepção do uso da informação, do monitoramento e da avaliação no campo 
da política de assistência social. (BRASIL, 2005, p.14). 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
16 
 
5.3 SUAS 
 
Fonte: pinhalzinho.sc.gov.br 
 
O Sistema Único da Assistência Social - SUAS - é um sistema não 
contributivo, descentralizado e participativo que tem por função a gestão do 
conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social 
brasileira. Configura-se como o novo reordenamento da Política de Assistência 
Social na perspectiva de promover maior efetividade de suas ações. (MPDFT, 
[ca. 201-]). 
No Sistema Único de Assistência Social, os serviços, programas, projetos 
e benefícios da Assistência Social são reorganizados por níveis de Proteção 
Social Básica e Proteção Social Especial. (MPDFT, [ca. 201-]). 
A Proteção Social Básica tem como objetivo a prevenção, por meio do 
desenvolvimento de potencialidades, aquisições e o fortalecimento de vínculos 
familiares e comunitários. (MPDFT, [ca. 201-]). 
A Proteção Social Especial tem por finalidade proteger de situações de 
risco as famílias e indivíduos cujos direitos tenham sido violados ou que já tenha 
ocorrido rompimento dos laços familiares e comunitários. (MPDFT, [ca. 201-]). 
A unidade executora das ações de Proteção Social Básica é o Centro de 
Referência da Assistência Social - CRAS - e a unidade executora das ações de 
Proteção Social Especial é o Centro de Referência Especializado de Assistência 
Social - CREAS. (MPDFT, [ca. 201-]). 
De acordo com Petry (2013): 
 
“[...] o SUAS tem como objetivos e diretrizes a universalização do 
sistema; a territorialização da rede; a descentralização político 
administrativa; a padronização dos serviços; a integração de objetivos, 
 
17 
 
ações, serviços, benefícios, programas e projetos; a proteção social; a 
substituição do paradigma assistencialista e a articulação de ações e 
competências com os demais sistemas de defesa dos direitos 
humanos, políticas sociais e esferas de governo.” (PETRY, 2013, p. 30 
e 31 apud SANTOS, 2016). 
 
 
5.3.1 CRAS 
 
Fonte: luzerna.sc.gov.br 
 
O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) é um equipamento 
da Política de Assistência Social, vinculado a Proteção Social Básica, que busca 
atender os direitos básicos dos usuários dos serviços, para que possam obter o 
mínimo para sua sobrevivência. 
No CRAS “[...] o planejamento baseia-se em uma leitura da realidade e 
visa promover uma mudança na situação encontrada, segundo objetivos 
estabelecidos pela Política Nacional de Assistência Social” (BRASIL, 2009, p.15 
apud ALBIERO et al, 2019). 
A Lei nº 12.435/2011, por sua vez, dista que CRAS “é a unidade pública 
municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de 
vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços 
socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, 
programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias.” 
(BRASIL, 2011). 
 
18 
 
Conforme Albiero (et al., 2019), o CRAS funciona como um aparelho 
estatal para executar os programas, serviços e projetos sociais: 
 
“O CRAS é uma unidade de proteção social básica do SUAS, que tem 
por objetivo prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidades e 
riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de 
potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares 
e comunitários, e da ampliação do acesso aos direitos de cidadania. 
Esta unidade pública do SUAS é referência para o desenvolvimento de 
todos os serviços socioassistenciais de proteção básica do Sistema 
Único de Assistência Social – SUAS, no seu território de abrangência. 
Estes serviços, de caráter preventivo, protetivo e proativo, podem ser 
ofertados diretamente no CRAS, desde que disponha de espaço físico 
e equipe compatível. Quando desenvolvidos no território do CRAS, por 
outra unidade pública ou entidade de assistência social privada sem 
fins lucrativos, devem ser obrigatoriamente a ele referenciados. A 
oferta dos serviços no CRAS deve ser planejada e depende de um bom 
conhecimento do território e das famíliasque nele vivem suas 
necessidades, potencialidades, bem como do mapeamento da 
ocorrência das situações de risco e de vulnerabilidade social e das 
ofertas já existentes.” (BRASIL, 2009, p.9 apud ALBIERO et al., 2019). 
 
Todo CRAS, obrigatoriamente, desenvolve “[...] a gestão da rede sócio-
assistencial de proteção social básica do seu território [...]” (BRASIL, 2009, p. 11 
apud SANTOS, 2016) e oferta o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à 
Família (PAIF). Em conformidade com a Tipificação Nacional de Serviços 
Socioassistenciais, além do PAIF, outros serviços podem ser ofertados ou 
referenciados ao CRAS. 
O CRAS atua, portanto, na minimização dos fatores de risco no sistema 
familiar e na sua relação com demais sistemas sociais e serviços públicos, 
através da garantia de direitos e acesso a informações. Para isto o profissional 
precisa ter elementos para apreender tanto as relações complexas presentes no 
contexto de vulnerabilidade social associado à violação de direitos, quanto à 
maneira como esse sujeito percebe e vivencia este contexto. (SANTOS, 2016). 
Segundo a NOB/SUAS citada por Souza (2011 apud SANTOS, 2016), as 
principais técnicas utilizadas no CRAS são: a entrevista, a visita domiciliar, o 
acompanhamento individual da família e grupos. Para o autor a entrevista é o 
processo que oferece acolhimento, conhecimento, coleta de dados, orientação, 
acompanhamento e avaliação da família em busca de mudança, e deve basear-
se em um roteiro, que esteja de acordo com os objetivos do programa. 
 
 
 
19 
 
5.3.2 CREAS 
 
 
 
Fonte: garopaba.sc.gov.br 
 
Pela definição expressa na Lei nº 12.435/2011 (art. 26º-C, §2º), o CREAS 
(Centro de Referência Especializado de Assistência) é: 
 
“[...] a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou 
regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que 
se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de 
direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas 
da proteção social especial.” (BRASIL, 2011). 
 
Conforme explanado no caderno de Orientações Técnicas: Centro de 
Referência Especializado de Assistência Social- CREAS, da Secretaria Nacional 
de Assistência Social e do MDS, o papel do CREAS no SUAS define suas 
competências que, de modo geral, compreendem: 
 
“• ofertar e referenciar serviços especializados de caráter continuado 
para famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por 
violação de direitos, conforme dispõe a Tipificação Nacional de 
Serviços Socioassistenciais; 
• a gestão dos processos de trabalho na Unidade, incluindo a 
coordenação técnica e administrativa da equipe, o planejamento, 
monitoramento e avaliação das ações, a organização e execução 
direta do trabalho social no âmbito dos serviços ofertados, o 
relacionamento cotidiano com a rede e o registro de informações, sem 
 
20 
 
prejuízo das competências do órgão gestor de assistência social em 
relação à Unidade.” (BRASIL, 2011, p. 23). 
 
O papel do CREAS e as competências decorrentes estão 
consubstanciados em um conjunto de leis e normativas que fundamentam e 
definem a política de assistência social e regulam o SUAS. Devem, portanto, ser 
compreendidos a partir da definição do escopo desta política do SUAS, qual seja, 
afiançar seguranças socioassistenciais, na perspectiva da proteção social. 
(BRASIL, 2011, p. 23). 
 
 
6 O ASSISTENTE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE 
 
 
Fonte: trt6.jus.br 
 
Segundo a Comissão de Orientação e Fiscalização Profissional – Cofi – 
CFESS (apud CRESS/18ª Região, 2016), a profissão Serviço Social foi 
regulamentada no Brasil em 1957, mas as primeiras escolas de formação 
profissional surgiram a partir de 1936. 
É uma profissão de nível superior e, para exercê-la, é necessário que o 
graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serviço Social – CRESS 
– do Estado onde pretende atuar profissionalmente. A lei que a regulamenta é a 
nº 8.662/93. 
Desde seus primórdios aos dias atuais, a profissão tem se redefinido, 
considerando sua inserção na realidade social do Brasil, entendendo que seu 
significado social se expressa pela demanda de atuar nas sequelas da questão 
 
21 
 
social brasileira, que, em outros termos, revela-se nas desigualdades sociais e 
econômicas, objeto da atuação profissional, manifestas na pobreza, violência, 
fome, desemprego, carências materiais e existenciais, dentre outras. 
(CRESS/18ª Região, 2016). 
Depreende-se desta forma que a formação do assistente social é de 
cunho humanista, portanto, comprometida com valores que dignificam e 
respeitam as pessoas em suas diferenças e potencialidades, sem discriminação 
de qualquer natureza, tendo construído como projeto ético-político e profissional, 
referendado em seu Código de Ética Profissional, o compromisso com a 
liberdade, a justiça e a democracia. (CRESS/18ª Região, 2016). 
Portanto, a gestão enquanto competência deve ser analisada além das 
questões técnicas, pois competência é, no conceito de Zarifian (1996 apud 
SALGADO, 2016), assumir responsabilidades frente a situações complexas de 
trabalho, ou seja, o profissional necessita ser dinâmico ao lidar com as situações 
adversas e inusitadas. 
Segundo Queiroz (2004 apud SALGADO, 2016), as organizações estão 
cada vez mais interessadas em pessoas que saibam usar sua habilidade e toda 
sua competência em prol do crescimento das mesmas. Somente o conhecimento 
e os diplomas adquiridos ao longo da vida não são suficientes, é preciso colocar 
em prática tudo que se aprendeu. 
Assim, é necessário que os profissionais, independente da área em que 
atuam, analisem suas práticas constantemente, refletindo os impactos das 
mesmas nas tarefas em que se propõem realizar, enfatizando a importância de 
sua interação na convivência com os outros (equipe de trabalho; público atendido 
e sociedade em geral). Torna-se imprescindível construir a sua competência nas 
relações estabelecidas com os demais, não trabalhando com o conhecimento 
técnico isolado ou apenas na execução de tarefas rotineiras, mas articulando-as 
em seu desenvolvimento humano e profissional. (SALGADO, 2016) 
Para um bom relacionamento humano, é necessário saber lidar com o 
outro (SÁ, 2001 apud SALGADO, 2016). As práticas de gestão aliadas às 
relações humanas tornaram-se bastante debatidas atualmente, pois, as pessoas 
representam a principal ferramenta da gestão, do desenvolvimento e 
crescimento das organizações. Sendo assim, faz-se necessário que cada um se 
 
22 
 
torne um agente de transformação de si e de sua própria realidade (ROGERS, 
1970 apud SALGADO, 2016). 
Acredita-se que o Assistente Social através de sua formação generalista, 
que possibilita o contato com as ciências humanas e sociais, como dito 
anteriormente, possui o domínio de ferramentas necessárias para ser um bom 
gestor e desenvolver-se pessoal e profissionalmente em suas relações com as 
pessoas. (SALGADO, 2016). 
Para tanto, o assistente social deve desenvolver como postura 
profissional a capacidade crítica/reflexiva para compreender a problemática e as 
pessoas com as quais lida, exigindo-se a habilidade para comunicação e 
expressão oral e escrita, articulação política para proceder a encaminhamentos 
técnico-operacionais, sensibilidade no trato com as pessoas, conhecimento 
teórico, capacidade para mobilização e organização. (CRESS/18ª Região, 
2016). 
O mercado de trabalho exige do assistente social um novo perfil de 
competências e a questão da educação e da formação acadêmica precisa 
corresponder às exigências dos campos de atuação entre instituições 
educacionais e de formação profissional (1993 apud SALGADO, 2016). É 
descobrir alternativas de ação, captando novas mediações e requalificando o 
fazer profissional (IAMAMOTO, 1997 apud SALGADO, 2016). 
Pensando sobre o perfil profissional do assistente social pode-se dizer 
que: 
 
“Aformação dos assistentes sociais é um dos eixos fundamentais do 
projeto ético‑político profissional que vem sendo construído e 
consolidado desde a década de 1980. Tem como um de seus marcos 
a elaboração de novas diretrizes curriculares, que buscam um perfil 
profissional dotado de competência teórico‑crítica e técnico‑política, 
comprometido com valores democráticos e ético‑humanistas na defesa 
de uma nova cidadania coletiva, capaz de abranger as dimensões 
econômicas, políticas e culturais da vida dos produtores de riqueza, do 
conjunto das classes subalternas”. (IAMAMOTO, 2003, p. 185 apud 
CISLAGHI, 2011). 
 
 
Fleury e Fleury (1995 apud SALGADO, 2016) mencionam que devido ao 
acelerado processo de mudanças por que passam as organizações e as 
sociedades, o processo de aprendizagem se torna cada vez mais indispensável. 
 
23 
 
A aprendizagem possibilita o aperfeiçoamento e o desenvolvimento de 
ferramentas que gerenciam as situações apresentadas no cotidiano de trabalho. 
Todavia, várias questões estão relacionadas às configurações do Serviço 
Social enquanto profissão no Brasil, como apontam Braz e Rodrigues (2013 apud 
TINTI, 2015), e que vão além da questão da formação: 
 
“Há desdobramentos políticos, organizativos, éticos e teóricos que 
repercutiram e repercutem intensamente no Serviço Social brasileiro. 
Dentre eles, destacaríamos [...]: as profundas alterações das bases 
objetivas da profissão, que, por sua vez, envolvem três pontos 
principais: a precarização da formação profissional; o avanço do 
processo de desregulamentação das profissões; e um novo 
direcionamento dos padrões de intervenção na “questão social” 
através de um processo que, reduzindo a proteção social (e a 
seguridade social) à assistência social, podemos chamar de 
“assistencialização”. (p.259) 
 
 
6.1 CAMPO DE ATUAÇÃO 
 
Se engana quem pensa que o profissional de Serviço Social está presente 
apenas nas cadeiras das Secretarias de Assistência Social. Ele pode atuar nos 
mais diversos campos, no setor público, privado, ou ainda em organizações não 
governamentais. No poder público, ajuda a implementar a política de assistência 
social em qualquer uma das áreas que perpassem a garantia de direitos. No 
setor privado, atua prioritariamente na promoção da qualidade de vida do 
trabalhador e em programas de prevenção de riscos sociais das empresas. 
(CRESS/18ª Região, 2015). 
O terceiro setor, que engloba as iniciativas da sociedade civil organizada 
sem fins lucrativos, também representam um leque de possibilidades para o 
profissional do serviço social, seja acompanhamento de projetos e ações que 
buscam defender e garantir os direitos da população, seja realizando no 
atendimento de famílias em situação de vulnerabilidade social. (CRESS/18ª 
Região, 2015). 
 
 
24 
 
 
Fonte: seguranca.mg.gov.br 
 
De modo geral, as instituições que requisitam o profissional de Serviço 
Social ocupam-se de problemáticas relacionadas a: crianças moradoras de rua, 
em trabalho precoce, com dificuldades familiares ou escolares, sem escola, em 
risco social, com deficiências, sem família, drogadas, internadas, doentes; 
adultos desempregados, drogados, em conflito familiar ou conjugal, 
aprisionados, em conflito nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, 
organizados em grupos de interesses políticos em defesa de direitos, portadores 
de deficiências; idosos asilados, isolados, organizados em centros de 
convivência, hospitalizados, doentes; minorias étnicas e demais expressões da 
questão social. (CRESS/18ª Região, 2016). 
Devido à experiência acumulada no trabalho institucional, o assistente 
social tem-se caracterizado pelo seu interesse, competência e intervenção na 
gestão de políticas públicas e hoje contribuindo efetivamente na construção e 
defesa delas, a exemplo do Sistema Único de Saúde – SUS –, da Lei Orgânica 
da Assistência Social – Loas – e do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA 
–, participando de conselhos municipais, estaduais e nacionais, bem como das 
conferências nos três níveis de governo, onde se traçam as diretrizes gerais de 
execução, controle e avaliação das políticas sociais. (CRESS/18ª Região, 2016). 
 
 
25 
 
7 O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL 
 
 
Fonte: cfess.org.br 
 
A primeira elaboração de um Código de Ética Profissional para a categoria 
de Assistentes Sociais ocorreu em 1947, sendo o mesmo revisto nos anos de 
1965 e 1975. No entanto, tais revisões não implicaram em uma ruptura com as 
concepções filosóficas da elaboração inicial, assentadas no neotomismo. É 
somente com o Código de Ética de 1986 que há uma ruptura com o Serviço 
Social Tradicional e o com o conservadorismo na profissão, e que requeria para 
o Assistente social um novo papel profissional e, portanto, uma formação 
diferenciada que o qualificasse para realizar pesquisas, bem como formular e 
gerir políticas sociais. “(creio que a formação diferenciada não seja só por isso.)” 
(SIMÕES, 2012). 
Neste sentido, o Código de Ética de 1986 representa um “marco de 
ruptura ética e ideopolítica do Serviço Social com o neotomismo e também com 
o funcionalismo” (Paiva e Sales in Bonetti e outros (1996:175). Tal ruptura com 
as influências tradicionais do Serviço Social se explicita através de novos 
deveres para os Assistentes Sociais, tais como: buscar alterar a correlação de 
forças no âmbito institucional; denunciar as falhas das instituições e a conduta 
antiética de outros profissionais. O Código de 1986, portanto se contrapõe aos 
Códigos anteriores que tinham uma perspectiva de apaziguamento de conflitos 
 
26 
 
e de ajustamento social, negando as contradições sociais e as possibilidades de 
uma intervenção profissional crítica. (SIMÕES, 2012). 
Entretanto, houve a necessidade de uma revisão do Código de 1986, na 
medida em que ele apresentou fragilidades em sua operacionalização, sendo 
ainda insuficiente do ponto de vista teórico e metodológico. Foi ineficaz por 
desconsiderar a singularidade do exercício profissional do Assistente social, 
enfatizando excessivamente os aspectos políticos e ideológicos em detrimento 
dos aspectos normativos. (SIMÕES, 2012). 
Segundo Silva (In: Bonetti et al, 2010, p. 144 apud SIMÕES, 2012) no 
processo de reformulação do Código de Ética de 1986, o Conselho Federal de 
Serviço Social, recebeu inúmeras avaliações, por parte dos CRESS apontando 
as suas lacunas, enquanto instrumento de fiscalização. Alguns dirigentes dos 
CRESS e Agentes Fiscais consideraram que o Código se parecia mais com: 
“uma carta de intenções”, com algumas expressões nos seus artigos que são 
vagas, ambíguas e sem um significado mais objetivo”. 
De acordo com Barroco (2001 apud SIMÕES, 2012) o Código de Ética 
Profissional de 1986 expressa uma concepção de ética mecanicista, pois não 
apreende as mediações, peculiaridades e dinâmicas da ética. Estabelece uma 
vinculação profissional com a classe trabalhadora reproduzindo uma visão tão 
abstrata quanto à dos Códigos de Ética anteriores. Para a autora, os códigos de 
ética devem comprometer-se com valores e não com classes, pois se assim for, 
pode ficar subentendido que a priori, determinada classe é detentora de valores 
positivos, revelando uma visão idealista. 
No atual Código de Ética Profissional elaborado em 1993 foi mantida a 
mesma perspectiva ideológica e os valores contidos no Código anterior, ou seja, 
“buscar fortalecer uma clara identidade profissional articulada com um projeto de 
sociedade mais justa e igualitária” (p.178 apud SIMÕES, 2012), mas, além de 
constituir-se em um instrumento político e educativo, contemplou os aspectos 
normativo e punitivo. 
Segundo Paiva e Sales (2010 apud SIMÕES, 2012) o atual Código 
buscou traduzir e materializar as diversas situações inerentes ao exercício 
profissional do Assistente social, no intuito de abranger os dilemas éticos, sendo 
que duas preocupações nortearama sua elaboração: torná-lo um mecanismo 
 
27 
 
concreto de defesa da qualidade dos serviços profissionais e fornecer respaldo 
jurídico à profissão. 
O Código de Ética de 1993 apresenta onze princípios ético-profissionais3 
que, estando articulados entre si, expressam os valores que a categoria de 
Assistentes Sociais elegeu como norteadores do seu exercício profissional nas 
diversas relações que estabelecem com os usuários, com as instituições 
empregadoras, com profissionais de outras áreas e com entidades da categoria. 
Em capítulos específicos trata também do sigilo profissional e das relações do 
Assistente social com a justiça, estabelecendo os direitos, os deveres e as 
obrigações do profissional. (SIMÕES, 2012). 
De acordo com Simões (2012, p. 51) a autonomia profissional aparece no 
atual Código de Ética como uma prerrogativa do Assistente social estando 
diretamente assegurada no artigo 2º, alíneas b e h, respectivamente: o “livre 
exercício das atividades inerentes à profissão” e a “ampla autonomia no exercício 
da profissão, não sendo obrigados a prestar serviços profissionais incompatíveis 
com as suas atribuições”. As demais prerrogativas constantes no artigo 2º, que 
trata dos direitos e das responsabilidades gerais do/a Assistente social, 
mencionadas abaixo, de forma menos direta, também visam assegurar a 
autonomia técnico-profissional do Assistente social, ou seja, a sua expertise: 
 
“Art. 2º Constituem direitos do/a Assistente social: 
a- garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas 
na Lei de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados 
neste código; 
b- livre exercício das atividades inerentes à Profissão; 
c- participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e 
na formulação e implementação de programas sociais; 
d- inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e 
documentação, garantindo o sigilo profissional; e- desagravo público 
por ofensa que atinja a sua honra profissional; 
f- aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço 
dos princípios deste Código; 
g- pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo 
quando se tratar de assuntos de interesse da população; 
 
3 O código de ética utiliza-se de 11 princípios que determinam a atuação do assistente social, 
permitindo que ele haja com liberdade, justiça e respeito para com as pessoas da sociedade e 
as demais classes profissionais. Compõem estes princípios: a liberdade, os direitos humanos, a 
cidadania, a democracia, a equidade e a justiça social, o respeito à vida, o pluralismo, o projeto 
profissional, os movimentos sociais, a qualidade dos serviços prestados, a indiscriminação. 
 
 
28 
 
h- ampla autonomia no exercício da Profissão, não sendo obrigado a 
prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, 
cargos ou funções; 
i- liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados 
os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus 
trabalhos.” (BRASIL, 1993 apud SIMÕES, 2012). 
 
Ainda, há algumas Resoluções emitidas pelo Conselho Federal de 
Serviço Social- CFESS4 que regulamentam prerrogativas do Código de Ética 
Profissional do Assistente Social e têm uma significativa importância na medida 
em que expressam a concepção ampliada de fiscalização, os princípios e valores 
éticos adotados pela categoria profissional e, ao mesmo tempo, respaldam 
juridicamente as ações dos profissionais. 
Ao fim, denota-se, que o Código representa a dimensão ética da profissão, 
tendo caráter normativo e jurídico. Delineia parâmetros para o exercício 
profissional, define direitos e deveres dos assistentes sociais, buscando a 
legitimação social da profissão e a garantia da qualidade dos serviços prestados. 
O Código é expressão da renovação e do amadurecimento teórico-político do 
Serviço Social e evidencia, em seus princípios fundamentais, o compromisso 
ético-político assumido pela categoria. (CRESS/7ªRegião-RJ, [ca. 20010]) 
 
 
8 A PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL 
 
Fonte: tre-ma.jus.br 
 
4 Resolução CFESS nº: 443/03; Resolução CFESS nº 493/06; Resolução nº 533/08; Resolução 
nº 556/09; Resolução nº 557/09; Resolução nº 559/09; Resolução nº 569/10. 
 
29 
 
A concepção geral de pesquisa que orienta o debate do Serviço Social no 
tempo atual é resultado de um processo de críticas ao conservadorismo 
profissional, que estão presentes nos princípios da organização curricular da 
ABEPSS de 1996 e no perfil profissional delineado por tais diretrizes. (MORAES, 
2017). 
A análise desse documento indica que a produção de conhecimentos na 
formação e no trabalho profissional não apenas contribui para o debate teórico-
metodológico do Serviço Social, mas é reconhecida como fenômeno político e 
estratégico-interventivo. Isso significa que os desdobramentos da produção de 
conhecimentos no Serviço Social não se dissociam dos valores profissionais 
relativos ao projeto de sociedade, articulados à sua materialização por meio da 
construção de intervenções individuais e coletivas qualificadas, que realimentam 
novas possibilidades de desvendar as contradições da sociedade capitalista do 
século XXI. (MORAES, 2017). 
Diante disso, não é surpreendente a afirmação de que a pesquisa para o 
Serviço Social, na atualidade, é entendida como uma atribuição profissional que 
se expressa na formação e no trabalho do assistente social. Na formação 
profissional ela tem sido denominada pesquisa acadêmico-científica, que é 
realizada na graduação e tem a pós-graduação como espaço privilegiado, na 
tentativa de analisar a realidade social e, ao mesmo tempo, responder às 
exigências das instituições financiadoras que avaliam os projetos de pesquisa, e 
também aquelas (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 
Superior - CAPES; e Ministério da Educação - MEC) que apreciam e 
recomendam os cursos de graduação e pós-graduação. (MORAES, 2017). 
Para associar a pesquisa ao trabalho profissional, o assistente social 
precisa investir em sua capacidade investigativa, por meio de postura e ação, 
articulando-as à construção do hábito de anotação sistemática do fazer 
profissional. (MORAES, 2017). 
À medida que o assistente social parte do princípio de que a realidade se 
manifesta em sua aparência e de que é preciso buscar a concretude de cada 
fato, o seu relacionamento com as outras partes que compõem a totalidade do 
ser social, analisando contradições e possibilidades de superação, ele passa a 
compreender a necessidade de estranhar seu cotidiano e entendê-lo como 
categoria analítica, fundamental para conhecer o objeto em seus aspectos 
 
30 
 
gerais e, também, como categoria empírica, capaz de denotar as determinações 
e especificidades que se expressam na realidade. (MORAES, 2017). 
Nesse sentido, além de embasarem decisões profissionais e serem 
fundamentais para a construção de sua capacidade argumentativa e seus 
posicionamentos político-interventivos junto a usuários, familiares, profissionais 
de forma geral e gestores, as investigações construídas ao longo do trabalho do 
assistente social também podem indicar a necessidade de o profissional 
aprofundar seus estudos a respeito de aspectos específicos do fenômeno 
investigado, a fim de descortinar suas determinações, expressões, contradições, 
consequências e os desafios vinculados ao contexto particular em que se 
manifesta, caracterizado por aspectos singulares e determinado pela totalidade 
social. (MORAES, 2017). 
Assim, se a dimensão investigativa se apresenta como uma primeira 
tentativa de aproximação crítica para construção de análises críticas, suas 
problematizações podem indicar a necessidade de aprofundar os estudos 
referentes às determinadas problemáticas. (MORAES, 2017). 
Nessa situação, a pesquisa se apresenta como uma estratégiaque, ao 
ser articulada a postura investigativa, pode desvendar questões enigmáticas no 
trabalho profissional. Nesse processo, efetivar o acesso do usuário a um 
benefício, ao atendimento médico, a uma passagem para retornar para sua 
cidade de origem, dentre outros, embora seja importante e caminhe na direção 
de garantir o que lhe é de direito, não é suficiente. Faz-se necessário refletir e 
construir estratégias para compreender as semelhanças e diferenças que 
existem entre esses usuários; o que determina sua busca pelos serviços 
institucionais para além da finalidade expressa na fala imediata do usuário; as 
regras que estão por detrás das interações de tais sujeitos, analisando a 
importância dessas informações para o trabalho profissional. (MORAES, 2017). 
Essas questões, que devem ser constantes durante o trabalho 
profissional, denotam real significado ao valor da dimensão investigativa ao 
longo do fazer do assistente social. No entanto, em muitos momentos, o 
profissional perceberá que o caráter de horizontalidade e permanência da 
dimensão investigativa também supõe processualidade e transitoriedade para 
intervenções, bem como para reflexões mais aprofundadas referentes a 
aspectos mais específicos da realidade, o que requererá planejar sua 
 
31 
 
abordagem teórica e empírica por meio do trabalho de pesquisa. (MORAES, 
2017). 
Esse planejamento da pesquisa supõe que sua proposta seja 
sistematizada por meio de um projeto que seja reflexivo e convincente em termos 
de delimitação do que se quer pesquisar, os motivos para sua realização, as 
variáveis que se pretende investigar, os objetivos que se intenciona alcançar e a 
metodologia adotada para se aproximar dos sujeitos, mantendo o respeito e a 
ética necessária à condução do trabalho. Além disso, é fundamental que o 
assistente social recorra à bibliografia produzida sobre o assunto na tentativa de 
lapidar seu olhar e problematizações, ampliando seu horizonte de análise. 
(MORAES, 2017). 
Assim, pode-se dizer que a dimensão investigativa constitui uma primeira 
forma de aproximação crítica para a construção de análises críticas, a pesquisa 
associada ao trabalho profissional avança na aproximação crítica da realidade 
ao particularizar determinados aspectos da realidade de trabalho e ter a 
possibilidade de construção de alianças com outros profissionais no 
desenvolvimento de suas propostas, de se aprofundar os estudos teóricos, 
direcionar o olhar investigativo durante a construção dessas propostas, debater 
as variáveis encontradas na pesquisa bibliográfica e de campo, discutir e analisar 
as diferentes dimensões interpretativas presentes na formação dos profissionais 
participantes da pesquisa e construir análises capazes de enriquecer teórica e 
subjetivamente profissionais e usuários, além de poder proporcionar à instituição 
possibilidades de ações democráticas e pautadas na justiça social. E, embora 
não deva ser confundida com a pesquisa acadêmico-científica, nessas 
condições, expressa um nível elevado de problematização de realidade, capaz 
de alimentar e indicar novos caminhos à pesquisa científica na (re)construção de 
teorias. (MORAES, 2017). 
Dessa forma, sinalizou-se a necessidade de “plasmar a pesquisa” 
(BATTINI, 2009, p. 54 apud MORAES, 2017) na intervenção profissional do 
assistente social, compreendendo que ela pode ser fundamental para romper o 
academicismo e até a unidisciplina no trabalho profissional. 
O indicativo é que o trabalho profissional, no sentido ampliado, tem sido o 
principal fundamento/base para construção do processo de pesquisa em Serviço 
Social (acadêmico-científica e em serviços). Assim, o olhar da investigação e a 
 
32 
 
própria sistematização deverão estar presentes em todos os momentos, mesmo 
naqueles em que não se está propondo um trabalho de pesquisa propriamente 
dito. (MORAES, 2017). 
É de fundamental importância tomar o processo de produção de 
conhecimentos como elemento de transformação da realidade social, 
reconhecendo o conhecimento como uma das expressões da práxis, como uma 
das objetivações possíveis do trabalho humano. (MORAES, 2017). 
No entanto, nota-se que nem sempre aquilo que o profissional tem a 
intenção de fazer torna-se possível. Portanto, a análise da pesquisa, associada 
ao trabalho profissional, não pode ser reduzida à exclusiva responsabilização e 
iniciativa do assistente social, visto que existem determinantes que se 
relacionam à formação profissional cada vez mais precária e vinculada à 
perspectiva mercadológica; ao mercado de trabalho, por meio de vínculos 
temporários, contratos para atividades específicas; às políticas sociais, que têm 
sofrido novas configurações em que predomina a separação entre seus 
formuladores e executores; ao autoritarismo; clientelismo; coronelismo; e à 
corrupção. Além de mudanças cíclicas em curto período de tempo entre gestores 
de políticas, que implicam compreensões diferenciadas a respeito do Serviço 
Social, desenhando novas demandas institucionais à categoria. (MORAES, 
2017). 
Todos estes processos supracitados atingem diretamente o trabalho 
profissional, tentando reduzi-lo aos interesses dominantes, expressos na gestão 
municipal, estadual ou federal, ou no interior de instituições privadas, 
ameaçando o profissional de perda do vínculo empregatício no caso de contrato 
de trabalho, ou de remanejamento para locais distantes e de difícil acesso, em 
caso de profissionais efetivados por meio de concursos públicos. (MORAES, 
2017). 
Assim, não raras vezes, é possível identificar que o discurso de 
valorização da pesquisa, presente entre os assistentes sociais, não tem se 
materializado em seu trabalho profissional. As justificativas por parte dos 
assistentes sociais são muitas e se referem, sobretudo, aos processos de 
precarização do trabalho e da formação profissional. (MORAES, 2017). 
Mesmo com essas restrições, é possível deparar-se com situações em 
que a pesquisa é incorporada ao trabalho do assistente social, sobretudo por 
 
33 
 
motivo de cursos de especialização. Nesses casos, predomina a compreensão 
de que pesquisa deve ser realizada na academia e que o trabalho é o lugar da 
ação (MORAES et al, 2010 apud MORAES, 2017). 
Assim, se por um lado há um discurso de valorização da pesquisa em 
serviços, por outro, majoritariamente, ela não tem sido associada ao trabalho 
profissional, seja por questões ligadas à sua situação de trabalho, marcadas 
fortemente pela precarização, seja por questões vinculadas à formação e à falta 
do aprimoramento profissional constante ou, ainda, por vincular a pesquisa 
exclusivamente à academia. (MORAES, 2017). 
Nesse compasso, associado ao discurso de valorização da pesquisa, o 
profissional, por vezes, articula pequenos e eventuais levantamentos empíricos 
realizados sem planejamento, em seu local de trabalho, ao termo pesquisa, 
construindo um processo de banalização, enfraquecendo o modo como esses 
dados e análises são produzidos, restringindo-a ao empirismo e desvalorizando 
suas possíveis contribuições teóricas e ético-políticas para a intervenção 
profissional (MORAES, 2016b apud MORAES, 2017). 
Com tais considerações, reforça-se a concepção de pesquisa em serviços 
como aquela que se origina de demandas institucionais e/ou de uma 
preocupação ético-política profissional de garantir a qualidade dos serviços 
prestados à população, articulando-se, muitas vezes, a atividades acadêmicas 
(do profissional e/ou de estagiários) e compreendendo que o processo de 
indagação inacabada - desnaturalização dos fenômenos sociais e compreensão 
de seus determinantes - não se alicerça exclusivamente na intenção da ação, 
mas na construção de informações e dados edificados e sistematizados ao longo 
do trabalho profissional, por meio de postura e ação investigativa indissociadas 
da dimensão interventiva. (MORAES, 2017). 
Associada ao prazer da descoberta,à autonomia e à liberdade na 
construção de conhecimentos instrumentalizadores da intervenção e encarada 
como um desafio capaz de mobilizar a consciência do próprio profissional, na 
tentativa do progresso intelectual e social, a pesquisa enobrece a experiência 
humana de conhecer o mundo e de capturar o teórico, o histórico e o concreto 
para ações transformadoras. Assim, a pesquisa também é prática política, 
porque, ao imergir e manter o elo com uma realidade em constante movimento, 
descortina um leque de possibilidades reflexivas no interior da categoria 
 
34 
 
profissional para construção de estratégias coletivas de superação da situação 
analisada, além de realimentar novas aproximações e sucessivas reflexões e 
problematizações. (MORAES, 2017). 
 
 
Fonte: tce.pb.gov.br 
 
 
9 A GESTÃO NO SERVIÇO SOCIAL: COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES 
 
As competências e atribuições do assistente social estão regulamentadas 
nos arts. 4º e 5º da Lei nº 8.662/93. As competências são qualificações 
profissionais necessárias para prestar serviços, que a lei reconhece, 
independentemente de serem, também, atribuídas aos profissionais de outras 
categorias. As atribuições privativas são exercidas exclusivamente pelo 
profissional graduado em Serviço Social, regularmente inscrito no 
CRESS.(INSS, 2012). 
A Lei de Regulamentação da Profissão (Lei nº 8.662/93) estabelece no 
seu Artigo 4 como competências da(o) assistente social: 
 
“Art. 4º Constituem competências do Assistente Social: 
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a 
órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, 
entidades e organizações populares; 
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos 
que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação 
da sociedade civil; 
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, 
grupos e à população; 
IV - (Vetado); 
 
35 
 
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no 
sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no 
atendimento e na defesa de seus direitos; 
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; 
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para 
a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; 
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração 
pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com 
relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; 
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria 
relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos 
civis, políticos e sociais da coletividade; 
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e 
de Unidade de Serviço Social; 
XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de 
benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública 
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades.” (BRASIL, 
1993. 
 
No Artigo 5 a Lei supracitada apresenta como atribuições privativas da(o) 
Assistente Social: 
 
“Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social: 
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, 
pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social; 
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade 
de Serviço Social; 
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta 
e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de 
Serviço Social; 
 IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações 
e pareceres sobre a matéria de Serviço Social; 
 V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de 
graduação como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam 
conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular; 
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de 
Serviço Social; 
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, 
de graduação e pós-graduação; 
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de 
pesquisa em Serviço Social; 
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões 
julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes 
Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço 
Social; 
 
36 
 
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos 
assemelhados sobre assuntos de Serviço Social; 
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e 
Regionais; 
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas 
ou privadas; 
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão 
financeira em órgãos e entidades representativas da categoria 
profissional.” (BRASIL, 1993). 
 
O Código de Ética Profissional (1993) também apresenta ferramentas 
fundamentais para a atuação profissional no cotidiano, ao colocar como 
princípios: 
• reconhecimento da liberdade como valor ético central: 
• defesa intransigente dos direitos humanos; 
• ampliação e consolidação da cidadania, com vistas à garantia dos 
direitos civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras; 
• defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização 
política e da riqueza socialmente produzida; 
• posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure 
universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas 
e políticas sociais, bem como sua gestão democrática; 
• empenho na eliminação de todas as formas de preconceito; 
• garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais 
democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso 
com o constante aprimoramento intelectual; 
• opção por um projeto vinculado ao processo de construção de uma 
nova ordem societária, sem dominação/exploração de classe, etnia e 
gênero; 
• articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que 
partilhem dos princípios deste código e com a luta geral dos 
trabalhadores; 
• compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e 
com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência 
profissional; 
 
37 
 
• exercício do Serviço Social sem discriminação. Esses instrumentos 
legais são fundamentais para a delimitação das atribuições e 
competências dos assistentes sociais na saúde que serão abordadas 
a seguir. 
Esses instrumentos legais são fundamentais para a delimitação das 
atribuições e competências dos assistentes sociais. 
Ademais, tem-se que a direção política, o compromisso ético, a leitura 
crítica da realidade para subsidiar a intervenção, assim como o domínio do 
instrumental técnico-operativo são dimensões que se imbricam no que 
denomina-se competências básicas da profissão de assistete social, e que 
podem ser sintetizadas na seguinte forma: competência ético-política, 
competência teórico-metodológica e competência técnico-operativa (FREITAS, 
2017). 
A competência teórico-metodológica nas palavras de Guerra (2013 apud 
BONFIM et al., 2018, p. 79) representa a habilidade de conhecer a realidade 
sendo necessário um conhecimento teórico para desvelar a realidade, um 
método que nos guie perante a realidade social compreendendo a forma como 
os fenômenos se manifestam e as mediações que o compõem. 
A competência ético-política está direcionada à capacidade de elencar 
alternativas mediante juízos de valor bem como o direcionamento político das 
ações almejando um fim desejado. (BONFIM et al., 2018, p. 79). 
Em relação a dimensão técnico - operativa, esta não se reduz aos 
instrumentos e técnicas, possuindo outros componentes bem como articula as 
dimensões teórico - metodológica e ético - política para sua operacionalização. 
Desta forma, a dimensão técnico - operativa possui as ações profissionais que 
representamo fazer profissional em si, sendo mais abrangentes e consoantes 
com as regulamentações profissionais. Os procedimentos são o conjunto de 
atividades que o profissional realiza e os instrumentos são os conjuntos de 
elementos que efetivam a ação (SANTOS et al, 2013 p. 26 apud BONFIM et al., 
2018, p. 79). 
Essas três dimensões são indissociáveis, deixando claro e evitando assim 
concepções equivocadas que constantemente surgem na intervenção 
profissional cotidiana de alguns assistentes sociais que afirmam que a “teoria é 
 
38 
 
diferente da prática”. Quando sabemos que ambas andam juntas. (SANTOS, 
2019). 
Consideradas essas dimensões, vemos que é fundamental o 
posicionamento político desse profissional Assistente Social em se colocar na 
linha de frente, rompendo com as tradições, outrora fatalistas e messiânicas, 
fazendo-se necessário apreender em sua totalidade o caráter investigativo que 
tange a profissão. (SANTOS, 2019). 
 
 
Fonte: abin.gov.br 
 
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