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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
EXERCÍCIOS 
Banca: CESPE 
Órgão: DPE-DF 
Ano: 2019 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Defensor Público 
Com relação aos delitos tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item 
subsecutivo. 
1. Segundo o STJ, a previsão legal do crime de desacato a funcionário público no exercício 
da função não viola o direito à liberdade de expressão e de pensamento previstos no 
Pacto de São José da Costa Rica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O crime de desacato é previsto no art. 331 do Código Penal e 
classifica-se como crime praticado por particular contra a Administração em Geral. 
O desacato exige que a ofensa seja proferida na presença do funcionário 
público, do contrário, ter-se-ia crime contra a honra de funcionário público. 
A questão aborda uma polêmica decisão do STJ (Info 596) em que o Tribunal 
chegou a reconhecer a incompatibilidade do tipo penal do desacato com o Pacto de 
San José da Costa Rica sob argumento de que violaria a liberdade de expressão. 
Contudo, em posterior julgado da Terceira Seção do STJ e, também, do STF 
restou pacificado o entendimento de que o desacato continua a ser crime e, inclusive, 
compatível com o mencionado tratado internacional, já que a liberdade de expressão 
deve ser exercida dentro dos limites legais, não devendo se confundir contra ofensas 
aos agentes públicos. 
Banca: CESPE 
Órgão: DPE-DF 
Ano: 2019 
Assunto: Furto 
Cargo: Defensor Público 
Com relação aos delitos tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item 
subsecutivo. 
2. Situação hipotética: Pedro, réu primário, valendo-se da confiança que lhe 
depositava o seu empregador, subtraiu para si mercadoria de pequeno valor do 
estabelecimento comercial em que trabalhava. Assertiva: Nessa situação, apesar 
de configurar a prática de furto qualificado pelo abuso de confiança, o juiz poderá 
reconhecer o privilégio. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: No caso concreto, Pedro praticou o crime de furto qualificado pelo 
abuso de confiança (CP, art. 155, §4º, II). 
Como sabido, o abuso de confiança é uma qualificadora subjetiva, portanto, 
incompatível com a figura privilegiada do furto (CP, art. 155, §2º). 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
Segundo a jurisprudência dos Tribunais Superiores, o furto privilegiado-
qualificado requer uma qualificadora objetiva, já que o privilégio tem caráter 
subjetivo (ou seja, relacionada com a figura do agente). 
Banca: CESPE 
Órgão: DPE-DF 
Ano: 2019 
Assunto: Lei Penal no Espaço 
Cargo: Defensor Público 
Considerando o Código Penal brasileiro, julgue o item a seguir, com relação à aplicação da 
lei penal, à teoria de delito e ao tratamento conferido ao erro. 
3. Em razão da teoria da ubiquidade, considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria 
ter sido produzido o resultado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: A questão é mera reprodução do art. 6º do Código Penal: 
Art. 6º do CP: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação 
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado.” 
Dessa forma, percebe-se que o Código Penal optou por considerar o local do 
crime tanto o da atividade, quanto o do resultado, ou seja, teoria mista, também 
conhecida como teoria da ubiquidade. 
Banca: CESPE 
Órgão: CGE-CE 
Ano: 2019 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Auditor de Controle Interno 
Milton, valendo-se de sua condição de servidor público e cedendo a pedido de 
amigo íntimo, deixou de cumprir seu dever funcional ao não ter promovido ação para 
apurar infração de determinada empresa vinculada à administração pública. 
4. Nessa situação hipotética, apurada a conduta de Milton, ele deverá responder pelo crime 
de 
a) advocacia administrativa qualificada. 
b) corrupção passiva privilegiada. 
c) corrupção ativa. 
d) concussão. 
e) condescendência criminosa. 
 Gabarito: B 
Comentário: O caso concreto amolda-se ao tipo penal da corrupção passiva 
privilegiada (CP, art. 317, §2º). 
Art. 317, §2º, CP: “Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de 
ofício, com infração do dever funcional, cedendo a pedido ou influência de 
outrem: 
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.” 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
É muito comum o candidato confundir a corrupção passiva privilegiada com a 
prevaricação (CP, art. 319, caput). 
Contudo, apesar do agente público, em ambos os casos, deixar de praticar ato 
de ofício (ou praticá-lo irregularmente), na corrupção passiva privilegiada, o agente 
age por pedido de terceiro, ao passo que, na prevaricação, age para satisfazer 
sentimento pessoal. 
Banca: CESPE 
Órgão: TJ-SC 
Ano: 2019 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Juiz Substituto 
Joaquim, fiscal de vigilância sanitária de determinado município brasileiro, estava 
licenciado do seu cargo público quando exigiu de Paulo determinada vantagem 
econômica indevida para si, em função do seu cargo público, a fim de evitar a ação da 
fiscalização no estabelecimento comercial de Paulo. 
5. Nessa situação hipotética, Joaquim praticou o delito de 
a) constrangimento ilegal. 
b) extorsão. 
c) corrupção passiva. 
d) concussão. 
e) excesso de exação. 
Gabarito: D 
Comentário: Joaquim praticou o crime de concussão (CP, art. 316, caput), pois 
exigiu para si vantagem econômica indevida. 
Por outro lado, se tivesse solicitado vantagem econômica indevida, ter-se-ia o 
crime de corrupção passiva (CP, art. 317). 
Uma “pegadinha” muito comum ocorre quando o enunciado menciona o verbo 
“exigir” acrescido da violência ou da grave ameaça, nesse caso, ainda que seja 
praticado por um funcionário público, trata-se do crime de extorsão (CP, art. 158, 
caput). 
Banca: CESPE 
Órgão: PGE-PE 
Ano: 2019 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Judiciário 
João, valendo-se da sua condição de servidor público de determinado estado, livre 
e conscientemente, apropriou-se de bens que tinham sido apreendidos pela entidade 
pública onde ele trabalha e que estavam sob sua posse em razão de seu cargo. João 
chegou a presentear diversos parentes com alguns dos referidos produtos. Após a 
apuração dos fatos, João devolveu os referidos bens, mas, ainda assim, foi denunciado 
pela prática de peculato-apropriação, crime para o qual é prevista pena privativa de 
liberdade, de dois anos a doze anos de reclusão, e multa. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, considerando a disciplina 
acerca dos crimes contra a administração pública. 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
6. De acordo com o entendimento do STJ, se João for réu primário e o prejuízo ao erário 
causado por ele tiver sido de pequena monta, será possível a aplicação do princípio da 
insignificância. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Apesar de decisões do STF admitindo a aplicação do princípio da 
insignificância para os crimes contra a Administração Pública, o entendimento a ser 
adotado na banca CESPE é o prescrito na Súmula nº 599 do STJ, que veda, 
expressamente, o princípio da bagatela para os crimes contra a Administração 
Pública. 
Súmula nº 599 do STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes 
contra a Administração Pública.” 
Registra-se que mesmo o STJ admite a aplicação do princípio da insignificância 
para o crime dedescaminho (CP, art. 334), que se classifica como crime praticado 
por particular contra a Administração em Geral. 
Banca: CESPE 
Órgão: PGE-PE 
Ano: 2019 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Analista Judiciário 
Com relação ao tempo e ao lugar do crime e à aplicação da lei penal no tempo, julgue o 
item seguinte. 
7. A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que a nova lei se 
aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso o início da vigência da 
referida lei seja anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: Não obstante a regra da aplicação da lei penal benéfica prevista 
no art. 2º, parágrafo único, do Código Penal, no caso de crime continuado ou de 
crime permanente, se a lei penal mais gravosa entrar em vigor antes da cessação da 
continuidade ou da permanência, deverá ser aplicada ao caso concreto. 
Banca: CESPE 
Órgão: TJ-PR 
Ano: 2019 
Assunto: Roubo 
Cargo: Juiz Substituto 
Múcio, com o objetivo de ter a posse de um carro, abordou Cláudia, que dirigia 
devagar na saída de um estacionamento. Ao surpreendê-la, ele fez sinal para que ela 
parasse e, após Cláudia sair do veículo, Múcio a colocou, com violência, dentro do porta-
malas, para impedir que ela se comunicasse com policiais que estavam próximos ao 
local. Horas depois do crime, Múcio liberou a vítima em local ermo. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
8. Nessa situação hipotética, a conduta de Múcio o sujeita a responder pelo crime de 
a) extorsão mediante sequestro. 
b) roubo em concurso material com sequestro. 
c) extorsão qualificada mediante a restrição da liberdade da vítima. 
d) roubo qualificado, pelo agente ter mantido a vítima em seu poder, restringindo-lhe a 
liberdade. 
Gabarito: D 
Comentário: Inicialmente, é importante ressaltar que há um equívoco na 
alternativa correta, pois não se trata de roubo qualificado, mas majorado (com 
aumento de pena). 
A restrição da liberdade da vítima é prevista no art. 157, §2º, V, do Código 
Penal como majorante do roubo. 
Art. 157, §2º, V, do CP: “(...) se o agente mantém a vítima em seu poder, 
restringindo sua liberdade.” 
Assim, quando o agente restringe a liberdade da vítima apenas para assegurar 
a subtração patrimonial, não há autonomia suficiente para caracterizar o crime de 
sequestro. 
Banca: CESPE 
Órgão: TJ-PR 
Ano: 2019 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Juiz Substituto 
Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos penais previstos 
nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro de 2014. 
9. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a referida legislação é um 
exemplo de lei penal. 
a) excepcional. 
b) temporária. 
c) corretiva. 
d) intermediária. 
Gabarito: B 
Comentário: Como a Lei Geral da Copa estabeleceu prazo final de vigência dos 
tipos penais, trata-se de lei penal temporária. 
É importante destacar que, mesmo após sua revogação, a lei penal temporária 
será aplicada para os fatos praticados durante sua vigência. 
Art. 3º do CP: “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de 
sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência.” 
Banca: CESPE 
Órgão: PRF 
Ano: 2019 
Assunto: Crime contra a Administração Pública 
Cargo: Policial Rodoviário Federal 
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MUDE SUA VIDA! 
7 
 
Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um 
caminhão foi parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e 
de um passageiro, o veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de 
mercadoria lícita de procedência estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos 
impostos de importação. O motorista, penalmente imputável e proprietário do 
caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O passageiro, que se identificou como 
servidor público alfandegário lotado no posto de fiscalização fronteiriço pelo qual o 
veículo havia passado para adentrar no território nacional, alegou desconhecer a 
existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o motorista. 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
10. Caso fique comprovada a participação do servidor público na conduta delituosa, ele 
responderá pelo delito de descaminho em sua forma qualificada: ela tinha o dever 
funcional de prevenir e de reprimir o crime. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: A questão está errada, pois se trata de uma exceção (pluralista) 
à teoria monista. 
A teoria monista afirma que, no concurso de pessoas, os envolvidos num 
mesmo contexto criminoso, devem responder pelo mesmo tipo penal. 
Contudo, excepcionalmente, é possível que a imputação aos agentes seja 
diversa. 
No caso concreto, há exceção à teoria monista, já que os particulares 
respondem pelo descaminho (CP, art. 334) e os agentes públicos pelo crime de 
facilitação de descaminho (CP, art. 318). 
É importante ressaltar que o tema é recorrentemente questionado em 
concursos públicos federais, pois, muitas vezes, o candidato se esquece do tipo penal 
do art. 318 do CP. 
Banca: CESPE 
Órgão: PRF 
Ano: 2019 
Assunto: Crime contra a Administração Pública 
Cargo: Policial Rodoviário Federal 
Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um 
caminhão foi parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e 
de um passageiro, o veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de 
mercadoria lícita de procedência estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos 
impostos de importação. O motorista, penalmente imputável e proprietário do 
caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O passageiro, que se identificou como 
servidor público alfandegário lotado no posto de fiscalização fronteiriço pelo qual o 
veículo havia passado para adentrar no território nacional, alegou desconhecer a 
existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o motorista. 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
11. A conduta do motorista configura crime de descaminho em sua forma consumada, ainda 
que não tenha havido constituição definitiva do crédito tributário e a ocorrência de 
efetivo prejuízo ao erário. 
Certo ( ) Errado ( ) 
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MUDE SUA VIDA! 
8 
 
Gabarito: CERTO 
Comentário: A questão está correta. De fato, o crime de descaminho (CP, art. 
334) é formal, ou seja, prescinde da constituição definitiva do crédito tributário. 
Dessa forma, não se aplica ao descaminho a Súmula Vinculante nº 24 do STF, 
como ocorre com os crimes tributários materiais da Lei nº 8.137/90. 
Banca: CESPE 
Órgão: SEFAZ-RS 
Ano: 2019 
Assunto: Lei Penal Benéfica 
Cargo: Auditor Fiscal da Receita Estadual 
12. No que tange à aplicação da lei penal, a lei penal nova que 
a) diminui a pena de crime contra a ordem tributária não retroage. 
b) tipifica penalmente a conduta de deixar de cumprir alguma obrigação fiscal acessória retroage. 
c) torna atípica determinada conduta aplica-se aos fatos anteriores, desde que ainda não decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado. 
d) estabelece nova hipótese de extinção de punibilidade não se aplica aos fatos anteriores. 
e) torna atípica determinada conduta cessa os efeitos penais da sentença condenatória decorrente 
dessa prática, ainda que já tenha transitado em julgado. 
Gabarito: E 
Comentário: O art. 2º, parágrafo único, do Código Penal prevê a retroatividade 
da lei penal benéfica para fatos anteriores, mesmo que tenham sido decididos por 
sentença condenatória transitada em julgado. 
Assim, o item E está correto, pois afirma que uma lei posterior que torna atípica 
determinada conduta (lei penal benéfica) é aplicada, ainda que já tenha transitadoem julgado. 
Banca: CESPE 
Órgão: SEFAZ-RS 
Ano: 2019 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Auditor Fiscal da Receita Estadual 
Determinado auditor fiscal da SEFAZ exigiu do contribuinte o pagamento de tributo 
que sabia ser indevido, afirmando que iria recolher o valor aos cofres públicos. 
13. Nessa situação hipotética, o auditor fiscal deverá responder pelo cometimento do crime 
de 
a) peculato. 
b) excesso de exação. 
c) corrupção passiva. 
d) peculato mediante erro de outrem. 
e) crime funcional contra a ordem tributária. 
Gabarito: B 
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9 
 
Comentário: A conduta descrita no enunciado amolda-se ao tipo penal do art. 
316, §1º, do Código Penal. 
Art. 316, §1º, do CP: “Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que 
sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio 
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza (...).” 
Trata-se de crime contra a Administração Pública praticado por funcionário 
público responsável pela atividade fiscal, não devendo se confundir, portanto, com o 
crime de concussão, que possui o mesmo núcleo “exigir”. 
Banca: CESPE 
Órgão: SEFAZ-RS 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Assistente Administrativo Fazendário 
14. Em relação à aplicação da lei penal, assinale a opção correta. 
a) A lei penal não admite a extraterritorialidade. 
b) A falta de cominação legal não inviabiliza a aplicação de pena. 
c) A lei penal não retroage quando uma conduta deixa de ser considerada crime. 
d) A lei penal retroage quando uma conduta passa a ser considerada crime pelo ordenamento 
jurídico. 
e) A lei temporária continua aplicável a fato praticado em sua vigência, ainda que decorrido 
o seu período de duração. 
Gabarito: E 
Comentário: O item A está errado, pois, excepcionalmente, é cabível a 
aplicação da extraterritorialidade, nos termos do art. 7º do Código Penal. 
O item B está errado, pois, pelo princípio da legalidade, só há cominação legal 
mediante lei em sentido estrito, nos termos do art. 1º do Código Penal. 
O item C e D estão errados, uma vez que a lei penal mais benéfica retroage em 
benefício do réu, nos termos do art. 2º, parágrafo único, do Código Penal. 
O item E está correto, já que de acordo com o art. 3º do Código Penal. 
Art. 3º do CP: “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de 
sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência.” 
Banca: CESPE 
Órgão: SEFAZ-RS 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Técnico Tributário da Receita Estadual 
15. para efeitos penais, o conceito de funcionário público 
a) engloba somente os empregados públicos regidos pela CLT das empresas públicas. 
b) abrange empregado de empresa prestadora de serviço público contratada pelo poder 
público. 
c) não abrange aquele que exerce função pública de forma transitória. 
d) não abrange aquele que exerce função pública de forma gratuita, sem remuneração. 
e) não abrange ocupante de cargo eletivo. 
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MUDE SUA VIDA! 
10 
 
Gabarito: B 
Comentário: Não obstante o gabarito ser B, há evidente equívoco na 
classificação adotada, pois o empregado de empresa prestadora de serviço público 
contratada pelo poder público se amolda à figura de “equiparado” a funcionário 
público, nos termos do art. 327, §1º, do Código Penal. 
Art. 327, §1º, do CP: “Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, 
emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa 
prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica 
da Administração Pública.” 
Banca: CESPE 
Órgão: MPU 
Ano: 2018 
Assunto: Crime contra a Administração Pública 
Cargo: Analista 
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o 
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária. 
16. No crime de peculato, o proveito a que se refere o tipo penal pode ser tanto material 
quanto moral, consumando-se o delito mesmo que a vantagem auferida pelo agente não 
seja de natureza econômica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O item está correto. Em relação ao peculato-desvio (parte final do 
art. 312, caput, do Código Penal) o proveito a que se refere a lei tanto pode ser 
material como moral, auferindo o agente qualquer vantagem ainda que não de 
natureza econômica. 
Art. 312, caput, do CP: “(...) ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio (...)” 
Banca: CESPE 
Órgão: MPU 
Ano: 2018 
Assunto: Roubo 
Cargo: Analista 
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o 
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária. 
17. Situação hipotética: Um indivíduo, penalmente imputável, ameaçou com arma de fogo 
um adolescente e subtraiu-lhe todos os pertences, incluindo-se valores e objetos 
pessoais. O autor foi preso logo depois, em flagrante delito, todavia, quando da 
abordagem policial, já não mais portava a arma utilizada no roubo. Assertiva: Nessa 
situação, o agente responderá pelo roubo na forma simples, sendo indispensável a 
apreensão da arma de fogo pela autoridade policial para a caracterização da 
correspondente majorante do crime. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Segundo o STJ, o reconhecimento da majorante do roubo pelo uso 
de arma de fogo prescinde da apreensão e da realização de perícia na arma. 
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Contudo, caso seja possível a realização de perícia e for constatada a inaptidão 
para a produção de disparos, o roubo será na modalidade simples. 
Banca: CESPE 
Órgão: MPU 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Pessoa 
Cargo: Analista 
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o 
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária. 
18. Situação hipotética: João, penalmente imputável, dominado por violenta emoção após 
injusta provocação de José ateou fogo nas vestes do provocador, que veio a falecer em 
decorrência das graves queimaduras sofridas. Assertiva: Nessa situação, João 
responderá por homicídio na forma privilegiada-qualificada, sendo possível a 
concorrência de circunstâncias que, ao mesmo tempo, atenuam e agravam a pena., 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: A doutrina e jurisprudência admitem a figura do homicídio 
privilegiado-qualificado, isso, quando concorrem uma causa de privilégio (CP, art. 
121, §1º) e uma qualificadora de caráter objetivo (relacionada ao meio empregado 
para o crime). 
É importante ressaltar que, apesar da existência de uma qualificadora, o 
homicídio privilegiado-qualificado não é classificado como crime hediondo. 
Banca: CESPE 
Órgão: MPU 
Ano: 2018 
Assunto: Princípio da Legalidade 
Cargo: Analista 
Cada um do item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a 
ser julgada, a respeito da aplicação e da interpretação da lei penal, do concurso de pessoas e da 
culpabilidade. 
19. Um indivíduo, penalmente imputável, em continuidade delitiva, foi flagrado por 
autoridade policial no decorrer da prática criminosa de furtar sinal de TV a cabo. Nessa 
situação, de acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, aplica-se a 
analogia ao caso concreto, no sentido de imputar ao agente a conduta típica do crime de 
furto de energia elétrica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O princípio da legalidade exige lei em sentido estrito para se criar 
crime e cominar penas. 
Dessa forma, não é possível a utilização da analogia (integração da lei) para 
criar tipos penais não previstos na lei. 
Não obstante o art. 155, §3º, do Código Penal prever o furto de energia elétrica, 
tal tipo penal não pode ser estendido, por analogia,para a hipótese de furtar sinal 
de TV a cabo. 
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Banca: CESPE 
Órgão: PC-SE 
Ano: 2018 
Assunto: Homicídio 
Cargo: Delegado 
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente 
Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, 
Carlos foi à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver 
pertencente à corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de 
quarenta minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na 
frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no 
local antes mesmo de ser socorrida. 
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
20. Na situação considerada, em que Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso 
haja vínculo familiar entre eles, o reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe 
e de feminicídio não caracterizará bis in idem. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: Segundo o STJ (Info 625), não há bis in idem no caso de 
reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe e feminicídio, pois esta é de 
ordem objetiva, compatível, portanto, com a torpeza (qualificadora de caráter 
subjetivo). 
Banca: CESPE 
Órgão: Polícia Federal 
Ano: 2018 
Assunto: Princípios 
Cargo: Agente 
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José 
passou a portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. 
O comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de 
rotina. Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde 
foi instaurado inquérito policial. 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
21. Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que diminua 
a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito 
penal brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à época do fato. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: A lei penal benéfica tem efeito retroativo, razão pela qual deve 
beneficiar José, nos termos do art. 2º, parágrafo único, do Código Penal. 
Art. 2º, parágrafo único, do CP: “A lei posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença 
condenatória transita em julgado.” 
Banca: CESPE 
Órgão: Polícia Federal 
Ano: 2018 
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Assunto: Lei Penal no Espaço 
Cargo: Papiloscopista 
Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um 
veículo, um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em 
missão em unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o 
traficante em flagrante, conduziram-no à autoridade policial local e levaram o colega 
ferido ao hospital da região. 
22. Nessa situação hipotética, para definir o lugar do crime praticado pelo traficante, o 
Código Penal brasileiro adota o princípio da ubiquidade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: De fato, o Código Penal brasileiro adota a teoria da ubiquidade 
para o local do crime, conforme preceitua o art. 6º do Código Penal. 
Art. 6º do CP: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação 
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado.” 
Banca: CESPE 
Órgão: Polícia Federal 
Ano: 2018 
Assunto: Crime contra a Administração Pública 
Cargo: Escrivão 
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, 
vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada 
cidade brasileira. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
Considere que João e sua organização criminosa utilizem transporte marítimo clandestino 
para fazer ingressarem no território brasileiro os cigarros contrabandeados. 
23. Nessa situação, a pena pelo crime de contrabando será aumentada pela metade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: A questão está errada, pois afirma que o aumento de pena é de 
metade, quando, na realidade, a pena é dobrada, nos termos do art. 334-A, §3º, do 
Código Penal. 
Art. 334-A, §3º, do CP: “A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando 
é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.” 
Banca: CESPE 
Órgão: Polícia Federal 
Ano: 2018 
Assunto: Crime contra a Administração Pública 
Cargo: Escrivão 
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, 
vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada 
cidade brasileira. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
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24. O crime de contrabando, como o praticado por João e sua organização criminosa, foi 
tipificado no Código Penal brasileiro em decorrência do princípio da continuidade 
normativo-típica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: Antes de 2014, o contrabando e o descaminho eram tipificados no 
art. 334 do Código Penal. 
Contudo, por meio de alteração legislativa, foi criado o tipo penal do art. 344-
A do Código Penal, prevendo, especificamente, o crime de contrabando e mantendo 
o descaminho, sozinho, no art. 344 do Código Penal. 
Dito isso, o princípio da continuidade normativo-típica ocorre quando a 
alteração legislativa não afasta a tipicidade da conduta, hipótese em que a subsunção 
se dará por meio de outro tipo penal, como ocorreu com a revogação do crime de 
atentado violento ao pudor, hoje, tipificado no crime de estupro. 
Banca: CESPE 
Órgão: Polícia Federal 
Ano: 2018 
Assunto: Roubo 
Cargo: Delegado 
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a 
ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a 
respeito de exclusão da culpabilidade, concurso de agentes, prescrição e crime contra o 
patrimônio. 
25. Severino, maior e capaz, subtraiu, mediante o emprego de arma de fogo, elevada quantia 
de dinheiro de uma senhora, quando ela saía de uma agência bancária. Um policial que 
presenciou o ocorrido deu voz de prisão a Severino, que, embora tenha tentado fugir, foi 
preso pelo policial após breve perseguição. Nessa situação, Severino responderá por 
tentativa de roubo, pois não teve a posse mansa e pacífica do valor roubado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Ao contrário do afirmado no enunciado, a consumação do roubo 
ocorre com a chamada inversão da posse, conforme preceitua a teoria da amotio. 
O tema é inclusive objeto da Súmula nº 582 do STJ, com a seguinte redação: 
“Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem, mediante emprego 
de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida a 
perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível 
a posse mansa e pacífica ou desvigiada.” 
Vale ressaltar que a teoria da amotio também é aplicável ao crime de furto. 
Banca: CESPE 
Órgão: Polícia Federal 
Ano: 2018 
Assunto: Roubo 
Cargo: Delegado 
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a 
ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a 
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respeito de execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime impossível e 
arrependimento posterior. 
26. Sílvio, maior e capaz, entrou em uma loja que vende aparelhos celulares, com o propósito 
de furtar algum aparelho. A loja possui sistema de vigilância eletrônica que monitora as 
ações das pessoas, além de diversosagentes de segurança. Sílvio colocou um aparelho no 
bolso e, ao tentar sair do local, um dos seguranças o deteve e chamou a polícia. Nessa 
situação, está configurado o crime impossível por ineficácia absoluta do meio, uma vez 
que não havia qualquer chance de Sílvio furtar o objeto sem que fosse notado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O entendimento sumulado do STJ é no sentido de que a existência 
de sistema de monitoramento eletrônico, por si só, não configura hipótese de crime 
impossível. 
Súmula nº 567 do STJ: “Sistema de vigilância realizado por monitoramento 
eletrônico ou por existência de segurança no interior do estabelecimento comercial, 
por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.”. 
No caso concreto, trata-se de hipótese de roubo consumado, tendo em vista 
que o Direito Penal brasileiro adota a teoria da amotio, ou seja, basta a inversão da 
posse para a consumação do crime. 
Banca: CESPE 
Órgão: Polícia Federal 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Delegado 
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a 
ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a 
respeito de execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime impossível e 
arrependimento posterior. 
27. Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse 
tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo 
penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu 
a abolitio criminis com a edição da nova lei. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: De fato, não houve revogação do crime (abolitio criminis), mas o 
fenômeno conhecido como continuidade normativo-típica, ou seja, ocorreu apenas 
um deslocamento do tipo penal para outro, mantendo, portanto, a tipicidade da 
conduta praticada. 
Banca: CESPE 
Órgão: EMAP 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Portuário 
Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública. 
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28. As condutas dos ilícitos de corrupção passiva e de corrupção ativa são bilaterais e, assim, 
a condenação do corrupto passivo está vinculada à condenação do corruptor ativo. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Para responder a questão, faz-se transcrição do voto dado no STJ 
(Info 551): 
“Prevalece o entendimento de que, em regra, os crimes de corrupção passiva 
e ativa, por estarem previstos em tipos penais distintos e autônomos, são 
independentes, de modo que a comprovação de um deles não pressupõe a do outro. 
Tal compreensão foi reafirmada pelo STF no julgamento da Ação Penal 470-DF, 
extraindo-se, dos diversos votos nela proferidos, a assertiva de que a exigência de 
bilateralidade não constitui elemento integrante da estrutura do tipo penal do delito 
de corrupção.” 
Banca: CESPE 
Órgão: EMAP 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Portuário 
Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública. 
29. Funcionário público que utilizar o cargo para exercer defesa de interesse privado lícito e 
alheio perante a administração pública, ainda que se valendo de pessoa interposta, 
cometerá o crime de advocacia administrativa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O enunciado descreve, com perfeição, o tipo penal do art. 321 do 
Código Penal (advocacia administrativa). 
Ressalta-se que a advocacia administrativa pode ser praticada por meio de 
interposta pessoa, ou seja, de forma indireta, como prevê, taxativamente, o tipo 
penal. 
Art. 321 do CP: “Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante 
a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena – detenção, 
de um a três meses, ou multa.”. 
Banca: CESPE 
Órgão: EMAP 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Portuário 
Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública. 
30. Constitui crime de peculato na modalidade de desvio a aplicação de recurso para o 
alcance de finalidade diversa da prevista em lei, ainda que tal aplicação atenda ao 
interesse público. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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Gabarito: ERRADO 
Comentário: No crime de peculato-desvio (CP, art. 312), o agente dá 
destinação indevida ao recurso público em proveito próprio ou alheio. 
Por outro lado, no crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas 
(CP, art. 315), o agente desvia o recurso, mas mantém o interesse público em sua 
destinação. Por exemplo, agente público, ao invés de alocar os recursos na 
construção de uma creche (como previa a lei), decide aplicar o dinheiro na reforma 
de um hospital. 
Não há dúvidas que há maior desvalor na prática do peculato ao se comprar 
com o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas. 
Banca: CESPE 
Órgão: EMAP 
Ano: 2018 
Assunto: Princípio da Legalidade 
Cargo: Analista Portuário 
A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. 
31. A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal, 
só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio 
da reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: De fato, segundo o princípio da legalidade, previsto no art. 1º do 
Código Penal, somente por meio de lei em sentido estrito é possível criar crimes e 
cominar penas. 
De todo modo, a jurisprudência e doutrina admitem a utilização da analogia no 
Direito Penal, desde que sua aplicação seja em prol do acusado (in bonam partem). 
Banca: CESPE 
Órgão: EMAP 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Analista Portuário 
A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. 
32. No ordenamento jurídico brasileiro, é adotada a teoria da ubiquidade quando se fala do 
tempo do crime, ou seja, o crime é considerado praticado no momento da ação ou da 
omissão. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Ao contrário do afirmado no enunciado, o Código Penal adota a 
teoria da atividade em relação ao tempo do crime (CP, art. 4º). 
Por outro lado, a teoria da ubiquidade é adotada para o local do crime, conforme 
previsto no art. 6º do Código Penal. 
 
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Banca: CESPE 
Órgão: EMAP 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Espaço 
Cargo: Analista Portuário 
A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. 
33. Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço 
do governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O conceito de território para o Direito Penal abrange, além do 
território geográfico, as embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou 
a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem (CP, art. 5º, §1º). 
Dessa forma, como o navio estava a serviço do governo brasileiro, será aplicada 
a lei brasileira para o crime cometido dentro da embarcação, uma vez que, para fins 
penais, é território brasileiro. 
Banca: CESPE 
Órgão: EMAP 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Analista Portuário 
A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. 
34. Situação hipotética: João cometeu crime permanente que teve início em fevereiro de 
2011 e fim em dezembro desse mesmo ano. Em novembro de 2011, houve alteração 
legislativa que agravou a pena do crime por ele cometido. Assertiva: Nessa situação, deve 
ser aplicada a lei que prevê pena mais benéfica em atenção ao princípioda 
irretroatividade da lei penal mais gravosa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Em regra, aplica-se retroativamente a lei penal mais benéfica. 
Contudo, nos crimes continuados e nos crimes permanentes, deve ser aplicada a lei 
vigente no momento da cessão da continuação ou da permanência, mesmo que a 
norma trate o tema de forma mais gravosa. 
Súmula nº 711 do STF: “A lei penal mais gravosa aplica-se ao crime continuado 
ou permanente se era a lei vigente quando da cessação da permanência ou 
continuidade.”. 
Banca: CESPE 
Órgão: EBSERH 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra o Patrimônio 
Cargo: Advogado 
Julgue o item seguinte, relativos aos tipos penais dispostos no Código Penal e nas leis 
penais extravagantes. 
 
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35. A distinção entre o roubo e a extorsão está no grau de participação da vítima, tendo em 
vista que, no segundo tipo penal, é exigida a participação efetiva do agente lesado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O roubo (CP, art. 157) e a extorsão (CP, art. 158) se assemelham 
pela subtração patrimonial da vítima e pela existência de violência ou grave ameaça. 
Contudo, no roubo, o comportamento da vítima é irrelevante para a subtração 
patrimonial, ao passo que na extorsão, para que o agente, de fato, consiga obter a 
vantagem indevida, a vítima deve ceder a coação sofrida. 
Diante disso, a questão está correta, pois o grau de participação da vítima, no 
crime de extorsão, deve ser efetiva, o que não ocorre no caso de roubo. 
Banca: CESPE 
Órgão: EBSERH 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Advogado 
Com referência à lei penal no tempo, ao erro jurídico-penal, ao concurso de agentes e aos 
sujeitos da infração penal, julgue o item que se segue. 
36. Situação hipotética: Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena 
de multa para essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em vigor 
nova lei, que, revogando a anterior, passou a atribuir ao referido crime a pena privativa 
de liberdade. Assertiva: Nessa situação, dever-se-á aplicar a lei vigente ao tempo da 
prática do crime. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: No enunciado, como a lei posterior é mais gravosa que a lei 
vigente no momento da conduta, deve esta ser aplicada ao caso concreto. 
É importante ressaltar que a lei penal gravosa não tem efeito retroativo, apenas 
a lei penal mais benéfica. 
Banca: CESPE 
Órgão: STJ 
Ano: 2018 
Assunto: Crime contra o Patrimônio 
Cargo: Técnico Judiciário 
No que diz respeito à extinção da punibilidade, julgue o item seguinte. 
37. A extinção da punibilidade pela prática do crime de furto alcança o crime de receptação, 
haja vista que este último só foi possível em razão do primeiro. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O crime de receptação (CP, art. 180) é classificado como crime 
acessório, ou seja, depende da existência de um crime antecedente. 
Contudo, ainda que seja acessório, é possível afirmar que, também, é 
autônomo. Em outras palavras, a isenção de pena no crime antecedente não 
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repercute na receptação. Isso, inclusive, tem expressa previsão legal, nos termos do 
art. 180, §4º, do Código Penal. 
Art. 180, §4º, do CP: “A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento 
de pena o autor do crime de que proveio a coisa.”. 
Banca: CESPE 
Órgão: STJ 
Ano: 2018 
Assunto: Crime contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Judiciário – Oficial de Justiça 
Considerando a doutrina e a jurisprudência dos tribunais superiores acerca dos crimes 
em espécie, julgue o seguinte item. 
38. Situação hipotética: Um médico de hospital particular conveniado ao Sistema Único de 
Saúde praticou conduta delituosa em razão da sua função, configurando-se, a princípio, 
o tipo penal do peculato-furto. Assertiva: Nessa situação, como não detém a qualidade de 
servidor público, o agente responderá pelo crime de furto em sua forma qualificada. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O conceito de funcionário público para fins penais é amplo, nos 
termos do art. 327 do Código Penal. 
Além disso, no art. 327, §1º, do Código Penal, há a figura do equiparado à 
funcionário público, categoria em que se enquadra o médico de hospital particular 
conveniado ao SUS. 
Art. 327, §1º, do CP: “Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, 
emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa 
prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica 
da Administração Pública.” 
Nesse sentido, deverá o agente infrator responder por crime próprio, no caso 
concreto, peculato-furto. 
Banca: CESPE 
Órgão: STJ 
Ano: 2018 
Assunto: Crime contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Judiciário – Oficial de Justiça 
Julgue o item que se segue, acerca de extinção da punibilidade no direito penal brasileiro. 
39. É causa de extinção da punibilidade a reparação de dano decorrente de peculato culposo 
por funcionário público, antes do trânsito em julgado de sentença condenatória. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O peculato-culposo (CP, art. 312, §2º) concede ao agente que 
reparar o dano a extinção de punibilidade, desde que o faça antes da sentença 
irrecorrível, ou seja, antes do trânsito em julgado. 
Art. 312, §3º, do CP: “No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se 
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de 
metade a pena imposta.” 
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Ressalta-se que a extinção de punibilidade por meio da reparação do dano só 
é cabível para o peculato-culposo, jamais para a modalidade dolosa. 
Banca: CESPE 
Órgão: STJ 
Ano: 2018 
Assunto: Roubo 
Cargo: Analista Judiciário 
Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item 
a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos. 
40. Na hipótese de tentativa de subtração patrimonial e morte consumada, o agente 
responderá pelo crime de latrocínio consumado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O latrocínio é uma modalidade qualificada de roubo (CP, art. 157, 
§3º, II), contudo, mesmo se tratando de crime contra o patrimônio, a consumação 
será determinada pela ocorrência (ou não) do evento morte. 
Nesse sentido, mesmo que não haja efetiva subtração patrimonial, mas 
morrendo a vítima, tratar-se-á de hipótese de latrocínio consumado. 
Por outro lado, subtraída a coisa mas não ocorrendo a morte, o latrocínio será 
na modalidade tentada. 
Banca: CESPE 
Órgão: STJ 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Analista Judiciário 
Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item 
a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos. 
41. Tratando-se de crimes permanentes, aplica-se a lei penal mais grave se esta tiver vigência 
antes da cessação da permanência 
Certo ( ) Errado ( ). 
Gabarito: CERTO 
Comentário: Não obstante a regra da aplicação retroativa da lei penal mais 
benéfica, nos casos de crime continuado e crime permanente, deve ser aplicada a lei 
vigente no momento da cessação da continuidade ou permanência. 
Súmula nº 711 do STF: “A lei penal mais gravosa aplica-se ao crime continuado 
ou permanente se era a lei vigente quando da cessação da permanência ou 
continuidade.” 
Banca: CESPE 
Órgão: ABIN 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Oficial Técnico 
À luz do Código Penal, julgue o item que se segue. 
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42. No caso de entrar em vigor lei penal que inove o ordenamento jurídico ao prevercomo 
crime conduta até então considerada atípica, será aplicada a retroatividade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: A lei penal posterior que torna típica conduta atípica, ou seja, que 
cria nova hipótese de crime é considerada gravosa, portanto, não se aplica a 
retroatividade. 
Banca: CESPE 
Órgão: ABIN 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Oficial Técnico 
Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a seguir. 
43. Para a configuração do crime de prevaricação faz-se necessário um ajuste de vontade 
entre o agente do Estado e o beneficiário do seu ato. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: No crime de prevaricação, ao contrário do enunciado, o funcionário 
público deixa de praticar, ou pratica irregularmente, ato de ofício para atender 
sentimento pessoal. 
Em outras palavras, não há pedido de particular em prol da atuação desviada 
do agente público, como ocorre, por exemplo, na chamada corrupção passiva 
privilegiada (CP, art. 317, §2º). 
Art. 319 – “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou 
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento 
pessoal: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.” 
Banca: CESPE 
Órgão: ABIN 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Oficial Técnico 
Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a seguir. 
44. O crime de corrupção ativa e o de corrupção passiva são considerados crimes próprios 
praticados contra a administração pública. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Crime próprio é aquele que exige alguma característica particular 
do agente, por exemplo, o crime de infanticídio (só pode praticar o tipo penal a mãe 
no estado puerpural). 
Dessa forma, não obstante a corrupção passiva (CP, art. 317) exigir a condição 
de funcionário público do agente, a corrupção ativa (CP, art. 333) pode ser praticado 
por qualquer pessoa. 
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MUDE SUA VIDA! 
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Banca: CESPE 
Órgão: ABIN 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Oficial Técnico 
Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a seguir. 
45. O crime de peculato pode ser praticado por quem exerce emprego público, ainda que sua 
atividade seja transitória ou sem remuneração. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O conceito de funcionário público para fins penais é ampliativo, 
abarcando todo aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, mesmo que 
transitoriamente ou sem remuneração, nos termos do art. 327, caput, do Código 
Penal. 
Assim, por se tratar de crime funcional, o crime de peculato exige que o agente 
seja funcionário público, hipótese que se adequa ao enunciado. 
Banca: CESPE 
Órgão: PRF 
Ano: 2019 
Assunto: Princípio da Legalidade 
Cargo: Policial Rodoviário Federal 
O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que 
o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. 
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas 
dele decorrentes, julgue o item que se segue. 
46. O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida 
provisória para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena 
agravada ocorra somente após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O princípio da legalidade afirma que a criação de crimes e 
cominação de penas exige lei em sentido estrito. 
Dessa forma, medida provisória não é apta para criar crimes, até mesmo diante 
da vedação constitucional prevista no art. 62, §1º, I, b, do Código Penal. 
Contudo, segundo pacífica jurisprudência do STF, a vedação constitucional deve 
ser restrita às hipóteses em que a medida provisória veicule matéria penal de forma 
gravosa ao acusado, ou seja, caso a MP seja benéfica, não há óbice para tratar sobre 
o tema. 
Na questão, percebe-se que a medida provisória seria utilizada para gravar a 
pena do tipo penal, razão pela qual não seria vedada (medida provisória in malam 
partem). 
 
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MUDE SUA VIDA! 
24 
 
Banca: CESPE 
Órgão: PRF 
Ano: 2019 
Assunto: Princípio da Legalidade 
Cargo: Policial Rodoviário Federal 
O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que 
o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. 
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas 
dele decorrentes, julgue o item que se segue. 
47. A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em 
caráter absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja 
para fundamentar ou alterar a pena. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: De fato, a norma penal deve ser instituída por lei em sentido 
estrito. 
Contudo, a doutrina e jurisprudência entendem ser cabível a analogia (hipótese 
de integração legislativa) no Direito Penal, desde que seja em benefício do acusado, 
ou seja, analogia in bonam partem. 
Assim, a vedação não é absoluta, mas restrita à analogia in malam partem, 
razão pela qual a questão está errada. 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-SE 
Ano: 2018 
Assunto: Princípios 
Cargo: Delegado 
Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às garantias 
constitucionais. 
48. O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa 
do condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não 
alcançarão parentes do autor do delito. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O enunciado descreve o princípio da intranscendência da pena 
(pessoalidade). 
Por outro lado, o princípio da individualização da pena, prevista no art. 5º, XLVI, 
da CF/88, afirma que a pena deve ser individualizada para cada agente infrator, 
conforme a gravidade do delito praticado. 
 
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Banca: CESPE 
Órgão: PC-SE 
Ano: 2018 
Assunto: Princípios 
Cargo: Delegado 
Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às garantias 
constitucionais. 
49. Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser 
feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido 
formal. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Para o princípio da legalidade (CP, art. 1º), a criação de crimes e 
cominação de penas exige lei em sentido estrito, ou seja, lei em sentido material e 
formal. 
Vale registrar que lei em sentido material é ter conteúdo de norma, ao passo 
que lei em sentido formal é obedecer ao processo legislativo de criação de lei. 
Por envolver restrição de direitos fundamentais (liberdade), a criação de um 
tipo penal exige tanto conteúdo, quanto forma de lei. 
Banca: CESPE 
Órgão: Polícia Federal 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Pessoa 
Cargo: Perito Criminal 
Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de infanticídio, 
após ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado à luz. Segundo a ocorrência 
policial, um familiar da suspeita disse que ela havia escondido a gravidez e que negava 
que houvesse praticado aborto. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
50. A configuração do crime de infanticídio independe da existência de estado puerperal, 
bastando para tal que o sujeito passivo seja uma criança. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O estado puerpural é elemento essencial do tipo penal do 
infanticídio (CP, art. 123). 
Art. 123 do CP: “Matar, sob a influência do estado puerpural, o própriofilho, 
durante o parto ou logo após: Pena – detenção, de dois a seis anos.” 
Assim, caso a mãe mate a criança sem sofrer influência do estado puerpural, 
responderá pelo homicídio (CP, art. 121). 
 
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26 
 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Crime contra o Patrimônio 
Cargo: Investigador 
Antônio utilizava diariamente o serviço de manobrista de determinado shopping 
center para estacionar seu carro. Lara, frequentadora do mesmo local, passou a observar 
a rotina de Antônio e, certa tarde, se apresentou ao manobrista como namorada daquele, 
informando que havia vindo buscar o carro a pedido do namorado. O manobrista 
entregou as chaves do carro a Lara, que entrou no veículo e saiu da garagem do 
estabelecimento em alta velocidade. 
51. A conduta de Lara caracteriza crime de 
a) estelionato. 
b) furto mediante fraude. 
c) furto com abuso de confiança. 
d) apropriação de coisa havida por erro. 
e) apropriação indébita. 
Gabarito: A 
Comentário: No crime de estelionato (CP, art. 171), a fraude serve para que a 
vítima entregue o bem ao agente. 
Assim, como no caso concreto o manobrista entregou a chave à Lara, que se 
passou por namorada de Antônio, tem-se hipótese de estelionato. 
Por outro lado, se a fraude servisse para diminuir a vigilância da vítima de modo 
que facilitasse a subtração do bem, ter-se-ia o crime de furto mediante fraude (CP, 
art. 155, §4º, II). 
Banca: CESPE 
Órgão: STJ 
Ano: 2018 
Assunto: Princípio da Insignificância 
Cargo: Analista Judiciário 
Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item 
a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos. 
52. É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração 
pública, desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O enunciado faz referência à jurisprudência sumulada dos 
Tribunais Superiores, por tal razão, invoca-se a Súmula nº 599 do STJ para solucionar 
a questão. 
Súmula nº 599 do STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes 
contra a Administração Pública.” 
De toda forma, a parte final do enunciado, ao apontar um valor limite para 
aplicação do princípio da insignificância, está errada, pois não há tal previsão. 
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MUDE SUA VIDA! 
27 
 
Banca: CESPE 
Órgão: EMAP 
Ano: 2018 
Assunto: Princípio da Insignificância 
Cargo: Analista Portuário 
Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública. 
53. Em razão do princípio da proteção da coisa pública, o tipo penal que prevê o crime de 
descaminho não permite a aplicação do princípio da insignificância. 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: O princípio da insignificância é aplicável ao tipo penal do 
descaminho, desde que limitado ao valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em 
tributos não declarados. 
Antigamente, havia uma divergência entre os Tribunais Superiores (STF e STJ) 
quanto ao valor limite de aplicação, contudo, hoje, o tema se encontra pacificado. 
Vale registrar que o descaminho é a conduta de deixar de pagar os tributos de 
importação quando da entrada do produto no território nacional. Ex: compras feitas 
no exterior sem a declaração na chegada ao Brasil. 
Por outro lado, o contrabando é a internalização de produto proibido no país, 
ou seja, não se trata de pagamento de tributo, mas da entrada irregular de produtos 
que o Brasil entendeu serem vedados. 
Em regra, não se aplica o princípio da insignificância para o crime de 
contrabando, contudo, em hipóteses excepcionais, a jurisprudência dos Tribunais 
Superiores admite o instituto, como no caso em que o agente trouxe do exterior 
pequena quantidade de medicamento, para uso próprio, que não tinha autorização 
nos órgão sanitários brasileiros. 
De toda forma, a regra é: aplica-se o princípio da insignificância para o 
descaminho e não se aplica para o contrabando. 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Lesão Corporal 
Cargo: Médico Legista 
Mário, ao envolver-se em uma briga, lesionou Júlio. 
54. Nessa situação hipotética, Mário responderá por lesão corporal de natureza grave se 
tiver 
a) causado a morte de Júlio em circunstâncias que evidenciem que Mário assumiu o risco de 
produzir o resultado. 
b) provocado a incapacitação de Júlio para ocupações habituais, como, por exemplo, o 
trabalho e o estudo, por quinze dias. 
c) provocado em Júlio debilidade permanente de função, como, por exemplo, a redução da 
capacidade mastigatória pela perda dentária. 
d) ofendido a integridade corporal de Júlio, causando-lhe diversas escoriações no corpo. 
e) causado a morte de Júlio, ainda que em circunstâncias que evidenciem que Mário não 
queria matá-lo. 
Gabarito: C 
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Comentário: Em relação ao tipo penal de lesão corporal (CP, art. 129) é 
importante saber distinguir quais são as hipóteses das espécies: GRAVE e 
GRAVÍSSIMA. 
Na questão, o examinador apresentou diversas situações e a resposta correta 
corresponde ao art. 129, §1º, III, do Código Penal. 
Art. 129, § 1º, do CP: “Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos.” 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Princípios 
Cargo: Investigador 
55. O princípio da legalidade compreende 
a) a capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no momento da ação ou da 
omissão, bem como de ciência desse entendimento. 
b) o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do 
responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de 
imposição de pena. 
c) a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico praticado por alguém 
capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos. 
d) a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, 
principalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo. 
e) a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na lei penal vigente 
no momento da ação ou da omissão. 
Gabarito: D 
Comentário: O princípio da legalidade, previsto no art. 1º do Código Penal, 
afirma que para se criar crimes e cominar penas é necessário lei em sentido estrito, 
ou seja, lei sentido material (conteúdo) e formal (obediência aos procedimentos). 
Dessa forma, a resposta correta é a letra D. 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Investigador 
Uma investigadora de polícia exigiu de um traficante de drogas o pagamento de 
determinada importância em dinheiro a fim de que evitasse o indiciamento dele em 
inquérito policial. O traficante pediu um prazo para o pagamento do valor acordado e, 
dois dias depois, entregou o dinheiro à investigadora, a qual, então, ocultou as provas 
contra o traficante. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
29 
 
56. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) A conduta da investigadora configura crime de concussão, consumado quando ela exigiu 
do traficante o pagamento do valor pecuniário. 
b) A investigadora e o traficante, pela aplicação da teoria monista, deverão responder pelo 
mesmo tipo penal. 
c) A investigadora cometeu crime de corrupção passiva, consumado a partir do momento em 
que o traficante efetuou o pagamento. 
d) O cumprimento, pela investigadora, do acordado com o traficante configura circunstância 
qualificadora do crime. 
e) O traficante deverá responder pelo crime de corrupção ativa, consumadoa partir do 
momento em que as provas contra ele foram ocultadas. 
Gabarito: A 
Comentário: A investigadora praticou o crime de concussão (CP, art. 316, 
caput), pois exigiu para si vantagem econômica indevida. 
Por outro lado, se tivesse solicitado vantagem econômica indevida, ter-se-ia o 
crime de corrupção passiva (CP, art. 317). 
Uma “pegadinha” muito comum ocorre quando o enunciado menciona o verbo 
“exigir” acrescido da violência ou da grave ameaça. Nesse caso, ainda que seja 
praticado por um funcionário público, trata-se do crime de extorsão (CP, art. 158, 
caput). 
A modalidade é consumada, pois o crime de concussão é classificado como 
formal, ou seja, independe da obtenção da vantagem indevida pelo agente, bastando, 
portanto, apenas a prática da exigência. 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Escusas Absolutórias 
Cargo: Escrivão 
Por estar com problemas financeiros, Lara convidou um colega para subtrair bens 
do patrimônio de Jair. O colega aceitou o convite e o ilícito foi cometido. 
57. Nessa situação, haverá isenção de pena se 
a) Jair for genitor de Lara, ainda que não tenha reconhecido formalmente a paternidade. 
b) Jair for avô de Lara e tiver idade superior a sessenta anos. 
c) Lara for mãe dos filhos de Jair, mesmo que ambos estejam divorciados. 
d) o crime tiver sido praticado sem violência física, mesmo que sob grave ameaça. 
e) o colega dela não tiver vínculo familiar com Jair, ainda que saiba da existência de 
parentesco entre este e aquela. 
Gabarito: A 
Comentário: A questão aborda o tema: escusas absolutórias. 
Em linhas gerais, as escusas absolutórias são hipóteses de abrandamento de 
aplicação do Direito Penal em crimes patrimoniais quando haja, entre agente e 
vítima, vínculo familiar. 
A intenção do legislador, portanto, foi preservar os laços familiares em 
detrimento da proteção do bem jurídico patrimônio. 
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MUDE SUA VIDA! 
30 
 
As escusas absolutórias são de 02 espécies: 1) isenção de pena (CP, art. 181); 
2) necessidade de representação (CP, art. 182). 
No enunciado, o examinador indaga a respeito da 1ª modalidade, razão pela 
qual a resposta correta é letra A, já que Jair é genitor de Lara, mesmo que não 
reconhecida (ilegítima). 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Escrivão 
Adão, alegando ter poder de persuasão sobre seu primo, delegado de polícia que 
presidia inquérito policial em que Cláudio estava sendo investigado, solicitou deste 
determinada quantia de dinheiro, a pretexto de repassá-la ao delegado, para impedir o 
indiciamento de Cláudio pela prática de estupro. 
58. Nessa situação hipotética, a conduta de Adão configurou o crime de 
a) corrupção passiva privilegiada. 
b) advocacia administrativa. 
c) tráfico de influência. 
d) exploração de prestígio. 
e) corrupção passiva. 
Gabarito: C 
Comentário: O tráfico de influência ocorre quando o agente, sob a alegação de 
poder influenciar o ato de um funcionário público, solicita, exige ou cobra 
vantagem indevida, nos termos do art. 332 do Código Penal. 
Nesse sentido, como o Delegado de Polícia se enquadra na definição de 
funcionário público, a resposta certa é letra C. 
Contudo, é importante destacar que o tipo penal denominado exploração de 
prestígio (CP, art. 357), apesar de similar com o tráfico de influência, trata da 
possibilidade de influenciar juiz, jurado, MP, etc, ou seja, funcionário público, mas 
ligado à Justiça, sendo, portanto, mais específico do que este. 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Escrivão 
59. A aplicação do princípio da retroatividade benéfica da lei penal ocorre quando, ao tempo 
da conduta, o fato é 
a) típico e lei posterior suprime o tipo penal. 
b) típico e lei posterior provoca a migração do conteúdo criminoso para outro tipo penal. 
c) típico e lei posterior aumenta a pena correspondente ao crime. 
d) típico e lei posterior acrescenta hipótese de aumento de pena. 
e) atípico e lei posterior o torna típico. 
 
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Gabarito: A 
Comentário: Nos termos do art. 2º, parágrafo único, do Código Penal, a lei 
penal benéfica terá efeito retroativo. 
Dessa forma, para que se tenha o efeito retroativo, deve sobrevir uma lei 
posterior benéfica em relação à lei vigente. 
No enunciado, é o que ocorre no item A, já que uma conduta típica deixou de 
ser, ou seja, a conduta não é mais considerada criminosa (lei penal benéfica 
posterior, portanto, com efeito retroativo). 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Delegado 
60. Com relação aos crimes contra a administração pública, assinale a opção correta. 
a) irrelevantes para a formulação da pena-base dos crimes contra a administração pública. 
b) A corrupção ativa não pode existir na ausência de corrupção passiva, pois tais condutas 
são tipicamente bilaterais. 
c) O princípio da insignificância poderá ser aplicado aos crimes contra a administração 
pública quando o agente for primário e o prejuízo causado ao erário for inexpressivo. 
d) A circunstância elementar do crime de peculato se comunica ao coautor ou partícipe, 
mesmo que estes não integrem o serviço público. 
e) O crime de corrupção ativa é de natureza material e se consuma com a efetiva entrega da 
vantagem oferecida. 
Gabarito: D 
Comentário: O item A está errado, pois a condição de ser membro de poder ou 
exercer cargo de elevada envergadura pode não levar a aplicação imediata da causa 
de aumento de pena do art. 327, §2º, do Código Penal, mas pode influenciar, 
negativamente, na culpabilidade, quando da dosimetria da pena. 
O item B está errado, pois a corrupção, em ambas modalidades, não exige 
como condição de tipicidade a prática de sua contraparte, sendo exceção à 
denominada teoria monista. 
O item C está em discordância com a Súmula nº 599 do STJ. Além disso, mesmo 
para a corrente favorável à aplicação do princípio da insignificância para os crimes 
contra a Administração Pública, não há os requisitos apresentados no enunciado 
(primariedade e inexpressivo prejuízo ao erário). 
Em relação ao item D, de fato, o particular, conhecedor da qualidade de 
funcionário público de seu comparsa, pode praticar crime funcional, devido a 
comunicabilidade das circunstâncias pessoais de caráter pessoal, nos termos do art. 
30 do Código Penal. 
Por fim, o item E está errado, pois o crime de corrupção ativa é formal, não 
havendo a necessidade de recebimento da vantagem indevida pelo funcionário 
público para sua consumação, sendo, portanto, mero exaurimento. 
 
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32 
 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Furto 
Cargo: Delegado 
No interior de um estabelecimento comercial, João colocou em sua mochila diversos 
equipamentos eletrônicos, com a intenção de subtraí-los para si. Após conseguir sair do 
estabelecimento sem pagar pelos produtos, João foi detido, ainda nas proximidades do local, 
por agentes de segurança que visualizaram trechos de sua ação pelo sistema de câmeras de 
vigilância. Os produtos em poder de João foram recuperados e avaliados em R$ 1.200. 
61. Nessa situação hipotética, caracterizou-se 
a) uma tentativa inidônea de crime de furto. 
b) um fato atípico, pela incidência do princípio da insignificância. 
c) a prática de crime de furto. 
d) uma situação de crime impossível por ineficácia absoluta do meio. 
e) uma situação de crime impossível por absoluta impropriedade do objeto. 
Gabarito: C 
Comentário: O entendimento sumulado do STJ é no sentido de que a existência 
de sistema de monitoramento eletrônico, por si só, não configura hipótese de crime 
impossível. 
Súmula nº 567 do STJ: “Sistema de vigilância realizado por monitoramento 
eletrônico oupor existência de segurança no interior do estabelecimento comercial, 
por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.”. 
Portanto, de pronto, eliminam-se as alternativas A, D e E. 
Por outro lado, o crime de furto se consuma no momento em que há inversão 
da posse (teoria da amotio), ou seja, quando João coloca os equipamentos na sua 
mochila. 
O valor dos bens subtraídos (R$ 1.200) impede a aplicação do princípio da 
insignificância no enunciado, portanto, a resposta certa é letra C. 
Banca: CESPE 
Órgão: PC-MA 
Ano: 2018 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Cargo: Delegado 
62. Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto afirmar que à 
lei penal mais 
a) severa aplica-se o princípio da ultra-atividade. 
b) benigna aplica-se o princípio da extra-atividade. 
c) severa aplica-se o princípio da retroatividade mitigada. 
d) severa aplica-se o princípio da extra-atividade. 
e) benigna aplica-se o princípio da não ultra-atividade. 
Gabarito: B 
Comentário: O efeito extra-ativo (retroativo e ultra-ativo) é característica 
apenas da lei penal benéfica, jamais da lei penal severa (gravosa). 
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MUDE SUA VIDA! 
33 
 
Portanto, a resposta certa é letra B. 
Banca: CESPE 
Órgão: DPE-PE 
Ano: 2018 
Assunto: Homicídio 
Cargo: Defensor Público 
63. No que se refere aos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta. 
a) Ocorre o feminicídio quando o homicídio é praticado contra a mulher por razões da 
condição de sexo feminino, como quando o crime envolve a violência doméstica e familiar 
ou o menosprezo ou a discriminação à condição de mulher. 
b) A pena pela prática do homicídio doloso simples será aumentada de um terço se o agente 
deixar de prestar imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as consequências do 
seu ato ou fugir para evitar a prisão em flagrante. 
c) Em se tratando de homicídio doloso simples, o juiz poderá deixar de aplicar a pena caso as 
consequências da infração atinjam o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal 
se torne desnecessária. 
d) A pena do feminicídio poderá ser aumentada se o crime for praticado durante a gestação 
ou nos seis meses posteriores ao parto. 
e) Se o agente cometer o crime de homicídio qualificado sob violenta emoção, logo após 
injusta provocação da vítima, o juiz deve considerar essa circunstância como atenuante 
genérica na aplicação da pena. 
Gabarito: A 
Comentário: O item A está correto é a definição legal do homicídio qualificado 
pelo feminicídio, nos termos do art. 121, §2º, VI, c/c art. 121, §2º-A, ambos, do 
Código Penal. 
No item B, o erro está em afirmar que o aumento de pena ocorre no crime de 
homicídio doloso, quando, na verdade, é na modalidade culposa, nos termos do art. 
121, §4º, do CP. 
No item C, o perdão judicial só pode ser aplicado ao homicídio culposo, nos 
termos do art. 121, §5º, do CP. 
No item D, o erro está no prazo, que é de 03 meses, nos termos do art. Art. 
121, §7º, do CP. 
Por fim, no item E, não se trata de atenuante genérica, mas de modalidade 
privilegiada de homicídio, nos termos do art. 121, §1º, do CP. 
Banca: CESPE 
Órgão: TCE-PB 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Auditor de Contas 
64. O funcionário público que, aproveitando-se de seu cargo, utilizar-se ilegalmente de 
passagens e diárias pagas pelos cofres públicos cometerá o delito denominado 
a) prevaricação. 
b) conduta atípica. 
c) corrupção passiva. 
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34 
 
d) peculato culposo. 
e) peculato. 
Gabarito: E 
Comentário: A conduta de utilizar-se, ilegalmente, de passagens e diárias 
configura o crime de peculato-desvio, nos termos do art. 312, caput, do Código Penal 
(parte final). 
Art. 312, caput, do CP: “(...) ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio (...)” 
Banca: CESPE 
Órgão: TCE-PB 
Ano: 2018 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Auditor de Contas 
65. Para fins penais, considera-se funcionário(a) público(a) 
a) o tutor. 
b) o inventariante. 
c) o dirigente sindical. 
d) a esposa pensionista de servidor público falecido. 
e) o estagiário de defensoria pública. 
Gabarito: E 
Comentário: A definição de funcionário público se encontra no art. 327, caput, 
do Código Penal. 
Art. 327, caput, do CP: “Considera-se funcionário público, para os efeitos 
penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, 
emprego ou função pública.” 
Dessa forma, o estagiário da Defensoria Pública se amolda, perfeitamente, à 
definição de funcionário público, já que abarca situações transitórias ou sem 
remuneração. 
Banca: CESPE 
Órgão: TRF 1ª Região 
Ano: 2017 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Judiciário 
Julgue o item subsequente, relativo a crimes contra a administração pública. 
66. A distinção fundamental entre os tipos penais tráfico de influência e exploração de 
prestígio diz respeito à pessoa sobre a qual recairá a suposta prática delitiva. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
Comentário: O tráfico de influência ocorre quando o agente, sob a alegação de 
poder influenciar o ato de um funcionário público, solicita, exige ou cobra 
vantagem indevida, nos termos do art. 332 do Código Penal. 
Por outro lado, o tipo penal denominado exploração de prestígio (CP, art. 357), 
apesar de similar com o tráfico de influência, trata da possibilidade de influenciar 
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juiz, jurado, MP, etc, ou seja, funcionário público, mas ligado à Justiça, sendo, 
portanto, mais específico do que esse. 
Banca: CESPE 
Órgão: TRF 1ª Região 
Ano: 2017 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Judiciário 
Julgue o item seguinte, acerca do tratamento do sigilo e do segredo no direito penal no 
âmbito dos crimes contra a administração pública. 
67. O empréstimo de senha entre servidores de uma mesma repartição para acesso a banco 
de dados ou a sistema de informações da administração pública comum aos usuários 
caracteriza crime contra a administração pública. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: Ao contrário do apresentado no enunciado, a figura típica do crime 
de violação de sigilo funcional exige que a senha seja compartilhada com pessoas 
não autorizadas, nos termos do art. 325, §1º, I, do Código Penal. 
Art. 325, § 1º, do CP: “Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: 
 I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de 
senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de 
informações ou banco de dados da Administração Pública;” 
Banca: CESPE 
Órgão: TRF 1ª Região 
Ano: 2017 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Cargo: Analista Judiciário 
Julgue o item seguinte, acerca do tratamento do sigilo e do segredo no direito penal no 
âmbito dos crimes contra a administração pública. 
68. Servidor público que tenha revelado fato do qual teve conhecimento em razão do cargo 
que exerce e que deveria permanecer em segredo terá cometido crime de divulgação de 
segredo. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: A conduta descrita no enunciado corresponde ao crime de violação 
de sigilo funcional, já que a divulgação se deu em razão do cargo. 
Art. 325 do CP: “Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva 
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui 
crime mais grave.” 
Por outro lado, o crime de divulgação de segredo se dá em razão da função, 
ministério, ofício ou profissão, não sendo, portanto, um crime contra a 
Administração Pública. 
Art. 154 do CP: “Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência 
em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação

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