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alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 1 SUMÁRIO EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2 https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 2 EXERCÍCIOS Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Ano: 2019 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Defensor Público Com relação aos delitos tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item subsecutivo. 1. Segundo o STJ, a previsão legal do crime de desacato a funcionário público no exercício da função não viola o direito à liberdade de expressão e de pensamento previstos no Pacto de São José da Costa Rica. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O crime de desacato é previsto no art. 331 do Código Penal e classifica-se como crime praticado por particular contra a Administração em Geral. O desacato exige que a ofensa seja proferida na presença do funcionário público, do contrário, ter-se-ia crime contra a honra de funcionário público. A questão aborda uma polêmica decisão do STJ (Info 596) em que o Tribunal chegou a reconhecer a incompatibilidade do tipo penal do desacato com o Pacto de San José da Costa Rica sob argumento de que violaria a liberdade de expressão. Contudo, em posterior julgado da Terceira Seção do STJ e, também, do STF restou pacificado o entendimento de que o desacato continua a ser crime e, inclusive, compatível com o mencionado tratado internacional, já que a liberdade de expressão deve ser exercida dentro dos limites legais, não devendo se confundir contra ofensas aos agentes públicos. Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Ano: 2019 Assunto: Furto Cargo: Defensor Público Com relação aos delitos tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item subsecutivo. 2. Situação hipotética: Pedro, réu primário, valendo-se da confiança que lhe depositava o seu empregador, subtraiu para si mercadoria de pequeno valor do estabelecimento comercial em que trabalhava. Assertiva: Nessa situação, apesar de configurar a prática de furto qualificado pelo abuso de confiança, o juiz poderá reconhecer o privilégio. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: No caso concreto, Pedro praticou o crime de furto qualificado pelo abuso de confiança (CP, art. 155, §4º, II). Como sabido, o abuso de confiança é uma qualificadora subjetiva, portanto, incompatível com a figura privilegiada do furto (CP, art. 155, §2º). https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 3 Segundo a jurisprudência dos Tribunais Superiores, o furto privilegiado- qualificado requer uma qualificadora objetiva, já que o privilégio tem caráter subjetivo (ou seja, relacionada com a figura do agente). Banca: CESPE Órgão: DPE-DF Ano: 2019 Assunto: Lei Penal no Espaço Cargo: Defensor Público Considerando o Código Penal brasileiro, julgue o item a seguir, com relação à aplicação da lei penal, à teoria de delito e ao tratamento conferido ao erro. 3. Em razão da teoria da ubiquidade, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria ter sido produzido o resultado. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: A questão é mera reprodução do art. 6º do Código Penal: Art. 6º do CP: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir- se o resultado.” Dessa forma, percebe-se que o Código Penal optou por considerar o local do crime tanto o da atividade, quanto o do resultado, ou seja, teoria mista, também conhecida como teoria da ubiquidade. Banca: CESPE Órgão: CGE-CE Ano: 2019 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Auditor de Controle Interno Milton, valendo-se de sua condição de servidor público e cedendo a pedido de amigo íntimo, deixou de cumprir seu dever funcional ao não ter promovido ação para apurar infração de determinada empresa vinculada à administração pública. 4. Nessa situação hipotética, apurada a conduta de Milton, ele deverá responder pelo crime de a) advocacia administrativa qualificada. b) corrupção passiva privilegiada. c) corrupção ativa. d) concussão. e) condescendência criminosa. Gabarito: B Comentário: O caso concreto amolda-se ao tipo penal da corrupção passiva privilegiada (CP, art. 317, §2º). Art. 317, §2º, CP: “Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração do dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.” https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 4 É muito comum o candidato confundir a corrupção passiva privilegiada com a prevaricação (CP, art. 319, caput). Contudo, apesar do agente público, em ambos os casos, deixar de praticar ato de ofício (ou praticá-lo irregularmente), na corrupção passiva privilegiada, o agente age por pedido de terceiro, ao passo que, na prevaricação, age para satisfazer sentimento pessoal. Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Ano: 2019 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Juiz Substituto Joaquim, fiscal de vigilância sanitária de determinado município brasileiro, estava licenciado do seu cargo público quando exigiu de Paulo determinada vantagem econômica indevida para si, em função do seu cargo público, a fim de evitar a ação da fiscalização no estabelecimento comercial de Paulo. 5. Nessa situação hipotética, Joaquim praticou o delito de a) constrangimento ilegal. b) extorsão. c) corrupção passiva. d) concussão. e) excesso de exação. Gabarito: D Comentário: Joaquim praticou o crime de concussão (CP, art. 316, caput), pois exigiu para si vantagem econômica indevida. Por outro lado, se tivesse solicitado vantagem econômica indevida, ter-se-ia o crime de corrupção passiva (CP, art. 317). Uma “pegadinha” muito comum ocorre quando o enunciado menciona o verbo “exigir” acrescido da violência ou da grave ameaça, nesse caso, ainda que seja praticado por um funcionário público, trata-se do crime de extorsão (CP, art. 158, caput). Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Ano: 2019 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Analista Judiciário João, valendo-se da sua condição de servidor público de determinado estado, livre e conscientemente, apropriou-se de bens que tinham sido apreendidos pela entidade pública onde ele trabalha e que estavam sob sua posse em razão de seu cargo. João chegou a presentear diversos parentes com alguns dos referidos produtos. Após a apuração dos fatos, João devolveu os referidos bens, mas, ainda assim, foi denunciado pela prática de peculato-apropriação, crime para o qual é prevista pena privativa de liberdade, de dois anos a doze anos de reclusão, e multa. A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, considerando a disciplina acerca dos crimes contra a administração pública. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 5 6. De acordo com o entendimento do STJ, se João for réu primário e o prejuízo ao erário causado por ele tiver sido de pequena monta, será possível a aplicação do princípio da insignificância. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Apesar de decisões do STF admitindo a aplicação do princípio da insignificância para os crimes contra a Administração Pública, o entendimento a ser adotado na banca CESPE é o prescrito na Súmula nº 599 do STJ, que veda, expressamente, o princípio da bagatela para os crimes contra a Administração Pública. Súmula nº 599 do STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública.” Registra-se que mesmo o STJ admite a aplicação do princípio da insignificância para o crime dedescaminho (CP, art. 334), que se classifica como crime praticado por particular contra a Administração em Geral. Banca: CESPE Órgão: PGE-PE Ano: 2019 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Analista Judiciário Com relação ao tempo e ao lugar do crime e à aplicação da lei penal no tempo, julgue o item seguinte. 7. A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que a nova lei se aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso o início da vigência da referida lei seja anterior à cessação da continuidade ou da permanência. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: Não obstante a regra da aplicação da lei penal benéfica prevista no art. 2º, parágrafo único, do Código Penal, no caso de crime continuado ou de crime permanente, se a lei penal mais gravosa entrar em vigor antes da cessação da continuidade ou da permanência, deverá ser aplicada ao caso concreto. Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Ano: 2019 Assunto: Roubo Cargo: Juiz Substituto Múcio, com o objetivo de ter a posse de um carro, abordou Cláudia, que dirigia devagar na saída de um estacionamento. Ao surpreendê-la, ele fez sinal para que ela parasse e, após Cláudia sair do veículo, Múcio a colocou, com violência, dentro do porta- malas, para impedir que ela se comunicasse com policiais que estavam próximos ao local. Horas depois do crime, Múcio liberou a vítima em local ermo. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 6 8. Nessa situação hipotética, a conduta de Múcio o sujeita a responder pelo crime de a) extorsão mediante sequestro. b) roubo em concurso material com sequestro. c) extorsão qualificada mediante a restrição da liberdade da vítima. d) roubo qualificado, pelo agente ter mantido a vítima em seu poder, restringindo-lhe a liberdade. Gabarito: D Comentário: Inicialmente, é importante ressaltar que há um equívoco na alternativa correta, pois não se trata de roubo qualificado, mas majorado (com aumento de pena). A restrição da liberdade da vítima é prevista no art. 157, §2º, V, do Código Penal como majorante do roubo. Art. 157, §2º, V, do CP: “(...) se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.” Assim, quando o agente restringe a liberdade da vítima apenas para assegurar a subtração patrimonial, não há autonomia suficiente para caracterizar o crime de sequestro. Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Ano: 2019 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Juiz Substituto Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro de 2014. 9. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a referida legislação é um exemplo de lei penal. a) excepcional. b) temporária. c) corretiva. d) intermediária. Gabarito: B Comentário: Como a Lei Geral da Copa estabeleceu prazo final de vigência dos tipos penais, trata-se de lei penal temporária. É importante destacar que, mesmo após sua revogação, a lei penal temporária será aplicada para os fatos praticados durante sua vigência. Art. 3º do CP: “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.” Banca: CESPE Órgão: PRF Ano: 2019 Assunto: Crime contra a Administração Pública Cargo: Policial Rodoviário Federal https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 7 Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de mercadoria lícita de procedência estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos impostos de importação. O motorista, penalmente imputável e proprietário do caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O passageiro, que se identificou como servidor público alfandegário lotado no posto de fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia passado para adentrar no território nacional, alegou desconhecer a existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o motorista. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir. 10. Caso fique comprovada a participação do servidor público na conduta delituosa, ele responderá pelo delito de descaminho em sua forma qualificada: ela tinha o dever funcional de prevenir e de reprimir o crime. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: A questão está errada, pois se trata de uma exceção (pluralista) à teoria monista. A teoria monista afirma que, no concurso de pessoas, os envolvidos num mesmo contexto criminoso, devem responder pelo mesmo tipo penal. Contudo, excepcionalmente, é possível que a imputação aos agentes seja diversa. No caso concreto, há exceção à teoria monista, já que os particulares respondem pelo descaminho (CP, art. 334) e os agentes públicos pelo crime de facilitação de descaminho (CP, art. 318). É importante ressaltar que o tema é recorrentemente questionado em concursos públicos federais, pois, muitas vezes, o candidato se esquece do tipo penal do art. 318 do CP. Banca: CESPE Órgão: PRF Ano: 2019 Assunto: Crime contra a Administração Pública Cargo: Policial Rodoviário Federal Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de mercadoria lícita de procedência estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos impostos de importação. O motorista, penalmente imputável e proprietário do caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O passageiro, que se identificou como servidor público alfandegário lotado no posto de fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia passado para adentrar no território nacional, alegou desconhecer a existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o motorista. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir. 11. A conduta do motorista configura crime de descaminho em sua forma consumada, ainda que não tenha havido constituição definitiva do crédito tributário e a ocorrência de efetivo prejuízo ao erário. Certo ( ) Errado ( ) https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 8 Gabarito: CERTO Comentário: A questão está correta. De fato, o crime de descaminho (CP, art. 334) é formal, ou seja, prescinde da constituição definitiva do crédito tributário. Dessa forma, não se aplica ao descaminho a Súmula Vinculante nº 24 do STF, como ocorre com os crimes tributários materiais da Lei nº 8.137/90. Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Ano: 2019 Assunto: Lei Penal Benéfica Cargo: Auditor Fiscal da Receita Estadual 12. No que tange à aplicação da lei penal, a lei penal nova que a) diminui a pena de crime contra a ordem tributária não retroage. b) tipifica penalmente a conduta de deixar de cumprir alguma obrigação fiscal acessória retroage. c) torna atípica determinada conduta aplica-se aos fatos anteriores, desde que ainda não decididos por sentença condenatória transitada em julgado. d) estabelece nova hipótese de extinção de punibilidade não se aplica aos fatos anteriores. e) torna atípica determinada conduta cessa os efeitos penais da sentença condenatória decorrente dessa prática, ainda que já tenha transitado em julgado. Gabarito: E Comentário: O art. 2º, parágrafo único, do Código Penal prevê a retroatividade da lei penal benéfica para fatos anteriores, mesmo que tenham sido decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Assim, o item E está correto, pois afirma que uma lei posterior que torna atípica determinada conduta (lei penal benéfica) é aplicada, ainda que já tenha transitadoem julgado. Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Ano: 2019 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Auditor Fiscal da Receita Estadual Determinado auditor fiscal da SEFAZ exigiu do contribuinte o pagamento de tributo que sabia ser indevido, afirmando que iria recolher o valor aos cofres públicos. 13. Nessa situação hipotética, o auditor fiscal deverá responder pelo cometimento do crime de a) peculato. b) excesso de exação. c) corrupção passiva. d) peculato mediante erro de outrem. e) crime funcional contra a ordem tributária. Gabarito: B https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 9 Comentário: A conduta descrita no enunciado amolda-se ao tipo penal do art. 316, §1º, do Código Penal. Art. 316, §1º, do CP: “Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza (...).” Trata-se de crime contra a Administração Pública praticado por funcionário público responsável pela atividade fiscal, não devendo se confundir, portanto, com o crime de concussão, que possui o mesmo núcleo “exigir”. Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Assistente Administrativo Fazendário 14. Em relação à aplicação da lei penal, assinale a opção correta. a) A lei penal não admite a extraterritorialidade. b) A falta de cominação legal não inviabiliza a aplicação de pena. c) A lei penal não retroage quando uma conduta deixa de ser considerada crime. d) A lei penal retroage quando uma conduta passa a ser considerada crime pelo ordenamento jurídico. e) A lei temporária continua aplicável a fato praticado em sua vigência, ainda que decorrido o seu período de duração. Gabarito: E Comentário: O item A está errado, pois, excepcionalmente, é cabível a aplicação da extraterritorialidade, nos termos do art. 7º do Código Penal. O item B está errado, pois, pelo princípio da legalidade, só há cominação legal mediante lei em sentido estrito, nos termos do art. 1º do Código Penal. O item C e D estão errados, uma vez que a lei penal mais benéfica retroage em benefício do réu, nos termos do art. 2º, parágrafo único, do Código Penal. O item E está correto, já que de acordo com o art. 3º do Código Penal. Art. 3º do CP: “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.” Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Técnico Tributário da Receita Estadual 15. para efeitos penais, o conceito de funcionário público a) engloba somente os empregados públicos regidos pela CLT das empresas públicas. b) abrange empregado de empresa prestadora de serviço público contratada pelo poder público. c) não abrange aquele que exerce função pública de forma transitória. d) não abrange aquele que exerce função pública de forma gratuita, sem remuneração. e) não abrange ocupante de cargo eletivo. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 10 Gabarito: B Comentário: Não obstante o gabarito ser B, há evidente equívoco na classificação adotada, pois o empregado de empresa prestadora de serviço público contratada pelo poder público se amolda à figura de “equiparado” a funcionário público, nos termos do art. 327, §1º, do Código Penal. Art. 327, §1º, do CP: “Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.” Banca: CESPE Órgão: MPU Ano: 2018 Assunto: Crime contra a Administração Pública Cargo: Analista Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária. 16. No crime de peculato, o proveito a que se refere o tipo penal pode ser tanto material quanto moral, consumando-se o delito mesmo que a vantagem auferida pelo agente não seja de natureza econômica. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O item está correto. Em relação ao peculato-desvio (parte final do art. 312, caput, do Código Penal) o proveito a que se refere a lei tanto pode ser material como moral, auferindo o agente qualquer vantagem ainda que não de natureza econômica. Art. 312, caput, do CP: “(...) ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio (...)” Banca: CESPE Órgão: MPU Ano: 2018 Assunto: Roubo Cargo: Analista Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária. 17. Situação hipotética: Um indivíduo, penalmente imputável, ameaçou com arma de fogo um adolescente e subtraiu-lhe todos os pertences, incluindo-se valores e objetos pessoais. O autor foi preso logo depois, em flagrante delito, todavia, quando da abordagem policial, já não mais portava a arma utilizada no roubo. Assertiva: Nessa situação, o agente responderá pelo roubo na forma simples, sendo indispensável a apreensão da arma de fogo pela autoridade policial para a caracterização da correspondente majorante do crime. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Segundo o STJ, o reconhecimento da majorante do roubo pelo uso de arma de fogo prescinde da apreensão e da realização de perícia na arma. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 11 Contudo, caso seja possível a realização de perícia e for constatada a inaptidão para a produção de disparos, o roubo será na modalidade simples. Banca: CESPE Órgão: MPU Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Pessoa Cargo: Analista Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária. 18. Situação hipotética: João, penalmente imputável, dominado por violenta emoção após injusta provocação de José ateou fogo nas vestes do provocador, que veio a falecer em decorrência das graves queimaduras sofridas. Assertiva: Nessa situação, João responderá por homicídio na forma privilegiada-qualificada, sendo possível a concorrência de circunstâncias que, ao mesmo tempo, atenuam e agravam a pena., Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: A doutrina e jurisprudência admitem a figura do homicídio privilegiado-qualificado, isso, quando concorrem uma causa de privilégio (CP, art. 121, §1º) e uma qualificadora de caráter objetivo (relacionada ao meio empregado para o crime). É importante ressaltar que, apesar da existência de uma qualificadora, o homicídio privilegiado-qualificado não é classificado como crime hediondo. Banca: CESPE Órgão: MPU Ano: 2018 Assunto: Princípio da Legalidade Cargo: Analista Cada um do item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, a respeito da aplicação e da interpretação da lei penal, do concurso de pessoas e da culpabilidade. 19. Um indivíduo, penalmente imputável, em continuidade delitiva, foi flagrado por autoridade policial no decorrer da prática criminosa de furtar sinal de TV a cabo. Nessa situação, de acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, aplica-se a analogia ao caso concreto, no sentido de imputar ao agente a conduta típica do crime de furto de energia elétrica. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: O princípio da legalidade exige lei em sentido estrito para se criar crime e cominar penas. Dessa forma, não é possível a utilização da analogia (integração da lei) para criar tipos penais não previstos na lei. Não obstante o art. 155, §3º, do Código Penal prever o furto de energia elétrica, tal tipo penal não pode ser estendido, por analogia,para a hipótese de furtar sinal de TV a cabo. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 12 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Ano: 2018 Assunto: Homicídio Cargo: Delegado Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida. Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 20. Na situação considerada, em que Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso haja vínculo familiar entre eles, o reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe e de feminicídio não caracterizará bis in idem. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: Segundo o STJ (Info 625), não há bis in idem no caso de reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe e feminicídio, pois esta é de ordem objetiva, compatível, portanto, com a torpeza (qualificadora de caráter subjetivo). Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Ano: 2018 Assunto: Princípios Cargo: Agente Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado inquérito policial. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 21. Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que diminua a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito penal brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à época do fato. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: A lei penal benéfica tem efeito retroativo, razão pela qual deve beneficiar José, nos termos do art. 2º, parágrafo único, do Código Penal. Art. 2º, parágrafo único, do CP: “A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transita em julgado.” Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Ano: 2018 https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 13 Assunto: Lei Penal no Espaço Cargo: Papiloscopista Na tentativa de entrar em território brasileiro com drogas ilícitas a bordo de um veículo, um traficante disparou um tiro contra agente policial federal que estava em missão em unidade fronteiriça. Após troca de tiros, outros agentes prenderam o traficante em flagrante, conduziram-no à autoridade policial local e levaram o colega ferido ao hospital da região. 22. Nessa situação hipotética, para definir o lugar do crime praticado pelo traficante, o Código Penal brasileiro adota o princípio da ubiquidade. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: De fato, o Código Penal brasileiro adota a teoria da ubiquidade para o local do crime, conforme preceitua o art. 6º do Código Penal. Art. 6º do CP: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir- se o resultado.” Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Ano: 2018 Assunto: Crime contra a Administração Pública Cargo: Escrivão João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. Considere que João e sua organização criminosa utilizem transporte marítimo clandestino para fazer ingressarem no território brasileiro os cigarros contrabandeados. 23. Nessa situação, a pena pelo crime de contrabando será aumentada pela metade. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: A questão está errada, pois afirma que o aumento de pena é de metade, quando, na realidade, a pena é dobrada, nos termos do art. 334-A, §3º, do Código Penal. Art. 334-A, §3º, do CP: “A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.” Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Ano: 2018 Assunto: Crime contra a Administração Pública Cargo: Escrivão João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 14 24. O crime de contrabando, como o praticado por João e sua organização criminosa, foi tipificado no Código Penal brasileiro em decorrência do princípio da continuidade normativo-típica. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: Antes de 2014, o contrabando e o descaminho eram tipificados no art. 334 do Código Penal. Contudo, por meio de alteração legislativa, foi criado o tipo penal do art. 344- A do Código Penal, prevendo, especificamente, o crime de contrabando e mantendo o descaminho, sozinho, no art. 344 do Código Penal. Dito isso, o princípio da continuidade normativo-típica ocorre quando a alteração legislativa não afasta a tipicidade da conduta, hipótese em que a subsunção se dará por meio de outro tipo penal, como ocorreu com a revogação do crime de atentado violento ao pudor, hoje, tipificado no crime de estupro. Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Ano: 2018 Assunto: Roubo Cargo: Delegado Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de exclusão da culpabilidade, concurso de agentes, prescrição e crime contra o patrimônio. 25. Severino, maior e capaz, subtraiu, mediante o emprego de arma de fogo, elevada quantia de dinheiro de uma senhora, quando ela saía de uma agência bancária. Um policial que presenciou o ocorrido deu voz de prisão a Severino, que, embora tenha tentado fugir, foi preso pelo policial após breve perseguição. Nessa situação, Severino responderá por tentativa de roubo, pois não teve a posse mansa e pacífica do valor roubado. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Ao contrário do afirmado no enunciado, a consumação do roubo ocorre com a chamada inversão da posse, conforme preceitua a teoria da amotio. O tema é inclusive objeto da Súmula nº 582 do STJ, com a seguinte redação: “Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem, mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida a perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.” Vale ressaltar que a teoria da amotio também é aplicável ao crime de furto. Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Ano: 2018 Assunto: Roubo Cargo: Delegado Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 15 respeito de execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime impossível e arrependimento posterior. 26. Sílvio, maior e capaz, entrou em uma loja que vende aparelhos celulares, com o propósito de furtar algum aparelho. A loja possui sistema de vigilância eletrônica que monitora as ações das pessoas, além de diversosagentes de segurança. Sílvio colocou um aparelho no bolso e, ao tentar sair do local, um dos seguranças o deteve e chamou a polícia. Nessa situação, está configurado o crime impossível por ineficácia absoluta do meio, uma vez que não havia qualquer chance de Sílvio furtar o objeto sem que fosse notado. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: O entendimento sumulado do STJ é no sentido de que a existência de sistema de monitoramento eletrônico, por si só, não configura hipótese de crime impossível. Súmula nº 567 do STJ: “Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior do estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.”. No caso concreto, trata-se de hipótese de roubo consumado, tendo em vista que o Direito Penal brasileiro adota a teoria da amotio, ou seja, basta a inversão da posse para a consumação do crime. Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Delegado Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a respeito de execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime impossível e arrependimento posterior. 27. Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio criminis com a edição da nova lei. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: De fato, não houve revogação do crime (abolitio criminis), mas o fenômeno conhecido como continuidade normativo-típica, ou seja, ocorreu apenas um deslocamento do tipo penal para outro, mantendo, portanto, a tipicidade da conduta praticada. Banca: CESPE Órgão: EMAP Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Analista Portuário Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 16 28. As condutas dos ilícitos de corrupção passiva e de corrupção ativa são bilaterais e, assim, a condenação do corrupto passivo está vinculada à condenação do corruptor ativo. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Para responder a questão, faz-se transcrição do voto dado no STJ (Info 551): “Prevalece o entendimento de que, em regra, os crimes de corrupção passiva e ativa, por estarem previstos em tipos penais distintos e autônomos, são independentes, de modo que a comprovação de um deles não pressupõe a do outro. Tal compreensão foi reafirmada pelo STF no julgamento da Ação Penal 470-DF, extraindo-se, dos diversos votos nela proferidos, a assertiva de que a exigência de bilateralidade não constitui elemento integrante da estrutura do tipo penal do delito de corrupção.” Banca: CESPE Órgão: EMAP Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Analista Portuário Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública. 29. Funcionário público que utilizar o cargo para exercer defesa de interesse privado lícito e alheio perante a administração pública, ainda que se valendo de pessoa interposta, cometerá o crime de advocacia administrativa. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O enunciado descreve, com perfeição, o tipo penal do art. 321 do Código Penal (advocacia administrativa). Ressalta-se que a advocacia administrativa pode ser praticada por meio de interposta pessoa, ou seja, de forma indireta, como prevê, taxativamente, o tipo penal. Art. 321 do CP: “Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.”. Banca: CESPE Órgão: EMAP Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Analista Portuário Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública. 30. Constitui crime de peculato na modalidade de desvio a aplicação de recurso para o alcance de finalidade diversa da prevista em lei, ainda que tal aplicação atenda ao interesse público. Certo ( ) Errado ( ) https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 17 Gabarito: ERRADO Comentário: No crime de peculato-desvio (CP, art. 312), o agente dá destinação indevida ao recurso público em proveito próprio ou alheio. Por outro lado, no crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (CP, art. 315), o agente desvia o recurso, mas mantém o interesse público em sua destinação. Por exemplo, agente público, ao invés de alocar os recursos na construção de uma creche (como previa a lei), decide aplicar o dinheiro na reforma de um hospital. Não há dúvidas que há maior desvalor na prática do peculato ao se comprar com o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas. Banca: CESPE Órgão: EMAP Ano: 2018 Assunto: Princípio da Legalidade Cargo: Analista Portuário A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. 31. A analogia constitui meio para suprir lacuna do direito positivado, mas, em direito penal, só é possível a aplicação analógica da lei penal in bonam partem, em atenção ao princípio da reserva legal, expresso no artigo primeiro do Código Penal. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: De fato, segundo o princípio da legalidade, previsto no art. 1º do Código Penal, somente por meio de lei em sentido estrito é possível criar crimes e cominar penas. De todo modo, a jurisprudência e doutrina admitem a utilização da analogia no Direito Penal, desde que sua aplicação seja em prol do acusado (in bonam partem). Banca: CESPE Órgão: EMAP Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Analista Portuário A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. 32. No ordenamento jurídico brasileiro, é adotada a teoria da ubiquidade quando se fala do tempo do crime, ou seja, o crime é considerado praticado no momento da ação ou da omissão. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Ao contrário do afirmado no enunciado, o Código Penal adota a teoria da atividade em relação ao tempo do crime (CP, art. 4º). Por outro lado, a teoria da ubiquidade é adotada para o local do crime, conforme previsto no art. 6º do Código Penal. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 18 Banca: CESPE Órgão: EMAP Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Espaço Cargo: Analista Portuário A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. 33. Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço do governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O conceito de território para o Direito Penal abrange, além do território geográfico, as embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem (CP, art. 5º, §1º). Dessa forma, como o navio estava a serviço do governo brasileiro, será aplicada a lei brasileira para o crime cometido dentro da embarcação, uma vez que, para fins penais, é território brasileiro. Banca: CESPE Órgão: EMAP Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Analista Portuário A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir. 34. Situação hipotética: João cometeu crime permanente que teve início em fevereiro de 2011 e fim em dezembro desse mesmo ano. Em novembro de 2011, houve alteração legislativa que agravou a pena do crime por ele cometido. Assertiva: Nessa situação, deve ser aplicada a lei que prevê pena mais benéfica em atenção ao princípioda irretroatividade da lei penal mais gravosa. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Em regra, aplica-se retroativamente a lei penal mais benéfica. Contudo, nos crimes continuados e nos crimes permanentes, deve ser aplicada a lei vigente no momento da cessão da continuação ou da permanência, mesmo que a norma trate o tema de forma mais gravosa. Súmula nº 711 do STF: “A lei penal mais gravosa aplica-se ao crime continuado ou permanente se era a lei vigente quando da cessação da permanência ou continuidade.”. Banca: CESPE Órgão: EBSERH Ano: 2018 Assunto: Crimes contra o Patrimônio Cargo: Advogado Julgue o item seguinte, relativos aos tipos penais dispostos no Código Penal e nas leis penais extravagantes. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 19 35. A distinção entre o roubo e a extorsão está no grau de participação da vítima, tendo em vista que, no segundo tipo penal, é exigida a participação efetiva do agente lesado. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O roubo (CP, art. 157) e a extorsão (CP, art. 158) se assemelham pela subtração patrimonial da vítima e pela existência de violência ou grave ameaça. Contudo, no roubo, o comportamento da vítima é irrelevante para a subtração patrimonial, ao passo que na extorsão, para que o agente, de fato, consiga obter a vantagem indevida, a vítima deve ceder a coação sofrida. Diante disso, a questão está correta, pois o grau de participação da vítima, no crime de extorsão, deve ser efetiva, o que não ocorre no caso de roubo. Banca: CESPE Órgão: EBSERH Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Advogado Com referência à lei penal no tempo, ao erro jurídico-penal, ao concurso de agentes e aos sujeitos da infração penal, julgue o item que se segue. 36. Situação hipotética: Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena de multa para essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em vigor nova lei, que, revogando a anterior, passou a atribuir ao referido crime a pena privativa de liberdade. Assertiva: Nessa situação, dever-se-á aplicar a lei vigente ao tempo da prática do crime. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: No enunciado, como a lei posterior é mais gravosa que a lei vigente no momento da conduta, deve esta ser aplicada ao caso concreto. É importante ressaltar que a lei penal gravosa não tem efeito retroativo, apenas a lei penal mais benéfica. Banca: CESPE Órgão: STJ Ano: 2018 Assunto: Crime contra o Patrimônio Cargo: Técnico Judiciário No que diz respeito à extinção da punibilidade, julgue o item seguinte. 37. A extinção da punibilidade pela prática do crime de furto alcança o crime de receptação, haja vista que este último só foi possível em razão do primeiro. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: O crime de receptação (CP, art. 180) é classificado como crime acessório, ou seja, depende da existência de um crime antecedente. Contudo, ainda que seja acessório, é possível afirmar que, também, é autônomo. Em outras palavras, a isenção de pena no crime antecedente não https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 20 repercute na receptação. Isso, inclusive, tem expressa previsão legal, nos termos do art. 180, §4º, do Código Penal. Art. 180, §4º, do CP: “A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa.”. Banca: CESPE Órgão: STJ Ano: 2018 Assunto: Crime contra a Administração Pública Cargo: Analista Judiciário – Oficial de Justiça Considerando a doutrina e a jurisprudência dos tribunais superiores acerca dos crimes em espécie, julgue o seguinte item. 38. Situação hipotética: Um médico de hospital particular conveniado ao Sistema Único de Saúde praticou conduta delituosa em razão da sua função, configurando-se, a princípio, o tipo penal do peculato-furto. Assertiva: Nessa situação, como não detém a qualidade de servidor público, o agente responderá pelo crime de furto em sua forma qualificada. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: O conceito de funcionário público para fins penais é amplo, nos termos do art. 327 do Código Penal. Além disso, no art. 327, §1º, do Código Penal, há a figura do equiparado à funcionário público, categoria em que se enquadra o médico de hospital particular conveniado ao SUS. Art. 327, §1º, do CP: “Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.” Nesse sentido, deverá o agente infrator responder por crime próprio, no caso concreto, peculato-furto. Banca: CESPE Órgão: STJ Ano: 2018 Assunto: Crime contra a Administração Pública Cargo: Analista Judiciário – Oficial de Justiça Julgue o item que se segue, acerca de extinção da punibilidade no direito penal brasileiro. 39. É causa de extinção da punibilidade a reparação de dano decorrente de peculato culposo por funcionário público, antes do trânsito em julgado de sentença condenatória. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O peculato-culposo (CP, art. 312, §2º) concede ao agente que reparar o dano a extinção de punibilidade, desde que o faça antes da sentença irrecorrível, ou seja, antes do trânsito em julgado. Art. 312, §3º, do CP: “No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.” https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 21 Ressalta-se que a extinção de punibilidade por meio da reparação do dano só é cabível para o peculato-culposo, jamais para a modalidade dolosa. Banca: CESPE Órgão: STJ Ano: 2018 Assunto: Roubo Cargo: Analista Judiciário Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos. 40. Na hipótese de tentativa de subtração patrimonial e morte consumada, o agente responderá pelo crime de latrocínio consumado. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O latrocínio é uma modalidade qualificada de roubo (CP, art. 157, §3º, II), contudo, mesmo se tratando de crime contra o patrimônio, a consumação será determinada pela ocorrência (ou não) do evento morte. Nesse sentido, mesmo que não haja efetiva subtração patrimonial, mas morrendo a vítima, tratar-se-á de hipótese de latrocínio consumado. Por outro lado, subtraída a coisa mas não ocorrendo a morte, o latrocínio será na modalidade tentada. Banca: CESPE Órgão: STJ Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Analista Judiciário Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos. 41. Tratando-se de crimes permanentes, aplica-se a lei penal mais grave se esta tiver vigência antes da cessação da permanência Certo ( ) Errado ( ). Gabarito: CERTO Comentário: Não obstante a regra da aplicação retroativa da lei penal mais benéfica, nos casos de crime continuado e crime permanente, deve ser aplicada a lei vigente no momento da cessação da continuidade ou permanência. Súmula nº 711 do STF: “A lei penal mais gravosa aplica-se ao crime continuado ou permanente se era a lei vigente quando da cessação da permanência ou continuidade.” Banca: CESPE Órgão: ABIN Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Oficial Técnico À luz do Código Penal, julgue o item que se segue. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 22 42. No caso de entrar em vigor lei penal que inove o ordenamento jurídico ao prevercomo crime conduta até então considerada atípica, será aplicada a retroatividade. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: A lei penal posterior que torna típica conduta atípica, ou seja, que cria nova hipótese de crime é considerada gravosa, portanto, não se aplica a retroatividade. Banca: CESPE Órgão: ABIN Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Oficial Técnico Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a seguir. 43. Para a configuração do crime de prevaricação faz-se necessário um ajuste de vontade entre o agente do Estado e o beneficiário do seu ato. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: No crime de prevaricação, ao contrário do enunciado, o funcionário público deixa de praticar, ou pratica irregularmente, ato de ofício para atender sentimento pessoal. Em outras palavras, não há pedido de particular em prol da atuação desviada do agente público, como ocorre, por exemplo, na chamada corrupção passiva privilegiada (CP, art. 317, §2º). Art. 319 – “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.” Banca: CESPE Órgão: ABIN Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Oficial Técnico Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a seguir. 44. O crime de corrupção ativa e o de corrupção passiva são considerados crimes próprios praticados contra a administração pública. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Crime próprio é aquele que exige alguma característica particular do agente, por exemplo, o crime de infanticídio (só pode praticar o tipo penal a mãe no estado puerpural). Dessa forma, não obstante a corrupção passiva (CP, art. 317) exigir a condição de funcionário público do agente, a corrupção ativa (CP, art. 333) pode ser praticado por qualquer pessoa. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 23 Banca: CESPE Órgão: ABIN Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Oficial Técnico Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a seguir. 45. O crime de peculato pode ser praticado por quem exerce emprego público, ainda que sua atividade seja transitória ou sem remuneração. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O conceito de funcionário público para fins penais é ampliativo, abarcando todo aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, nos termos do art. 327, caput, do Código Penal. Assim, por se tratar de crime funcional, o crime de peculato exige que o agente seja funcionário público, hipótese que se adequa ao enunciado. Banca: CESPE Órgão: PRF Ano: 2019 Assunto: Princípio da Legalidade Cargo: Policial Rodoviário Federal O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele decorrentes, julgue o item que se segue. 46. O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida provisória para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra somente após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: O princípio da legalidade afirma que a criação de crimes e cominação de penas exige lei em sentido estrito. Dessa forma, medida provisória não é apta para criar crimes, até mesmo diante da vedação constitucional prevista no art. 62, §1º, I, b, do Código Penal. Contudo, segundo pacífica jurisprudência do STF, a vedação constitucional deve ser restrita às hipóteses em que a medida provisória veicule matéria penal de forma gravosa ao acusado, ou seja, caso a MP seja benéfica, não há óbice para tratar sobre o tema. Na questão, percebe-se que a medida provisória seria utilizada para gravar a pena do tipo penal, razão pela qual não seria vedada (medida provisória in malam partem). https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 24 Banca: CESPE Órgão: PRF Ano: 2019 Assunto: Princípio da Legalidade Cargo: Policial Rodoviário Federal O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas dele decorrentes, julgue o item que se segue. 47. A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em caráter absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para fundamentar ou alterar a pena. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: De fato, a norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito. Contudo, a doutrina e jurisprudência entendem ser cabível a analogia (hipótese de integração legislativa) no Direito Penal, desde que seja em benefício do acusado, ou seja, analogia in bonam partem. Assim, a vedação não é absoluta, mas restrita à analogia in malam partem, razão pela qual a questão está errada. Banca: CESPE Órgão: PC-SE Ano: 2018 Assunto: Princípios Cargo: Delegado Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às garantias constitucionais. 48. O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do delito. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: O enunciado descreve o princípio da intranscendência da pena (pessoalidade). Por outro lado, o princípio da individualização da pena, prevista no art. 5º, XLVI, da CF/88, afirma que a pena deve ser individualizada para cada agente infrator, conforme a gravidade do delito praticado. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 25 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Ano: 2018 Assunto: Princípios Cargo: Delegado Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às garantias constitucionais. 49. Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Para o princípio da legalidade (CP, art. 1º), a criação de crimes e cominação de penas exige lei em sentido estrito, ou seja, lei em sentido material e formal. Vale registrar que lei em sentido material é ter conteúdo de norma, ao passo que lei em sentido formal é obedecer ao processo legislativo de criação de lei. Por envolver restrição de direitos fundamentais (liberdade), a criação de um tipo penal exige tanto conteúdo, quanto forma de lei. Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Pessoa Cargo: Perito Criminal Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de infanticídio, após ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado à luz. Segundo a ocorrência policial, um familiar da suspeita disse que ela havia escondido a gravidez e que negava que houvesse praticado aborto. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 50. A configuração do crime de infanticídio independe da existência de estado puerperal, bastando para tal que o sujeito passivo seja uma criança. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: O estado puerpural é elemento essencial do tipo penal do infanticídio (CP, art. 123). Art. 123 do CP: “Matar, sob a influência do estado puerpural, o própriofilho, durante o parto ou logo após: Pena – detenção, de dois a seis anos.” Assim, caso a mãe mate a criança sem sofrer influência do estado puerpural, responderá pelo homicídio (CP, art. 121). https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 26 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Crime contra o Patrimônio Cargo: Investigador Antônio utilizava diariamente o serviço de manobrista de determinado shopping center para estacionar seu carro. Lara, frequentadora do mesmo local, passou a observar a rotina de Antônio e, certa tarde, se apresentou ao manobrista como namorada daquele, informando que havia vindo buscar o carro a pedido do namorado. O manobrista entregou as chaves do carro a Lara, que entrou no veículo e saiu da garagem do estabelecimento em alta velocidade. 51. A conduta de Lara caracteriza crime de a) estelionato. b) furto mediante fraude. c) furto com abuso de confiança. d) apropriação de coisa havida por erro. e) apropriação indébita. Gabarito: A Comentário: No crime de estelionato (CP, art. 171), a fraude serve para que a vítima entregue o bem ao agente. Assim, como no caso concreto o manobrista entregou a chave à Lara, que se passou por namorada de Antônio, tem-se hipótese de estelionato. Por outro lado, se a fraude servisse para diminuir a vigilância da vítima de modo que facilitasse a subtração do bem, ter-se-ia o crime de furto mediante fraude (CP, art. 155, §4º, II). Banca: CESPE Órgão: STJ Ano: 2018 Assunto: Princípio da Insignificância Cargo: Analista Judiciário Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos. 52. É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública, desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: O enunciado faz referência à jurisprudência sumulada dos Tribunais Superiores, por tal razão, invoca-se a Súmula nº 599 do STJ para solucionar a questão. Súmula nº 599 do STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública.” De toda forma, a parte final do enunciado, ao apontar um valor limite para aplicação do princípio da insignificância, está errada, pois não há tal previsão. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 27 Banca: CESPE Órgão: EMAP Ano: 2018 Assunto: Princípio da Insignificância Cargo: Analista Portuário Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública. 53. Em razão do princípio da proteção da coisa pública, o tipo penal que prevê o crime de descaminho não permite a aplicação do princípio da insignificância. Gabarito: ERRADO Comentário: O princípio da insignificância é aplicável ao tipo penal do descaminho, desde que limitado ao valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em tributos não declarados. Antigamente, havia uma divergência entre os Tribunais Superiores (STF e STJ) quanto ao valor limite de aplicação, contudo, hoje, o tema se encontra pacificado. Vale registrar que o descaminho é a conduta de deixar de pagar os tributos de importação quando da entrada do produto no território nacional. Ex: compras feitas no exterior sem a declaração na chegada ao Brasil. Por outro lado, o contrabando é a internalização de produto proibido no país, ou seja, não se trata de pagamento de tributo, mas da entrada irregular de produtos que o Brasil entendeu serem vedados. Em regra, não se aplica o princípio da insignificância para o crime de contrabando, contudo, em hipóteses excepcionais, a jurisprudência dos Tribunais Superiores admite o instituto, como no caso em que o agente trouxe do exterior pequena quantidade de medicamento, para uso próprio, que não tinha autorização nos órgão sanitários brasileiros. De toda forma, a regra é: aplica-se o princípio da insignificância para o descaminho e não se aplica para o contrabando. Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Lesão Corporal Cargo: Médico Legista Mário, ao envolver-se em uma briga, lesionou Júlio. 54. Nessa situação hipotética, Mário responderá por lesão corporal de natureza grave se tiver a) causado a morte de Júlio em circunstâncias que evidenciem que Mário assumiu o risco de produzir o resultado. b) provocado a incapacitação de Júlio para ocupações habituais, como, por exemplo, o trabalho e o estudo, por quinze dias. c) provocado em Júlio debilidade permanente de função, como, por exemplo, a redução da capacidade mastigatória pela perda dentária. d) ofendido a integridade corporal de Júlio, causando-lhe diversas escoriações no corpo. e) causado a morte de Júlio, ainda que em circunstâncias que evidenciem que Mário não queria matá-lo. Gabarito: C https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 28 Comentário: Em relação ao tipo penal de lesão corporal (CP, art. 129) é importante saber distinguir quais são as hipóteses das espécies: GRAVE e GRAVÍSSIMA. Na questão, o examinador apresentou diversas situações e a resposta correta corresponde ao art. 129, §1º, III, do Código Penal. Art. 129, § 1º, do CP: “Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena - reclusão, de um a cinco anos.” Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Princípios Cargo: Investigador 55. O princípio da legalidade compreende a) a capacidade mental de entendimento do caráter ilícito do fato no momento da ação ou da omissão, bem como de ciência desse entendimento. b) o juízo de censura que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de imposição de pena. c) a oposição entre o ordenamento jurídico vigente e um fato típico praticado por alguém capaz de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente protegidos. d) a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo. e) a conformidade da conduta reprovável do agente ao modelo descrito na lei penal vigente no momento da ação ou da omissão. Gabarito: D Comentário: O princípio da legalidade, previsto no art. 1º do Código Penal, afirma que para se criar crimes e cominar penas é necessário lei em sentido estrito, ou seja, lei sentido material (conteúdo) e formal (obediência aos procedimentos). Dessa forma, a resposta correta é a letra D. Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Investigador Uma investigadora de polícia exigiu de um traficante de drogas o pagamento de determinada importância em dinheiro a fim de que evitasse o indiciamento dele em inquérito policial. O traficante pediu um prazo para o pagamento do valor acordado e, dois dias depois, entregou o dinheiro à investigadora, a qual, então, ocultou as provas contra o traficante. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 29 56. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) A conduta da investigadora configura crime de concussão, consumado quando ela exigiu do traficante o pagamento do valor pecuniário. b) A investigadora e o traficante, pela aplicação da teoria monista, deverão responder pelo mesmo tipo penal. c) A investigadora cometeu crime de corrupção passiva, consumado a partir do momento em que o traficante efetuou o pagamento. d) O cumprimento, pela investigadora, do acordado com o traficante configura circunstância qualificadora do crime. e) O traficante deverá responder pelo crime de corrupção ativa, consumadoa partir do momento em que as provas contra ele foram ocultadas. Gabarito: A Comentário: A investigadora praticou o crime de concussão (CP, art. 316, caput), pois exigiu para si vantagem econômica indevida. Por outro lado, se tivesse solicitado vantagem econômica indevida, ter-se-ia o crime de corrupção passiva (CP, art. 317). Uma “pegadinha” muito comum ocorre quando o enunciado menciona o verbo “exigir” acrescido da violência ou da grave ameaça. Nesse caso, ainda que seja praticado por um funcionário público, trata-se do crime de extorsão (CP, art. 158, caput). A modalidade é consumada, pois o crime de concussão é classificado como formal, ou seja, independe da obtenção da vantagem indevida pelo agente, bastando, portanto, apenas a prática da exigência. Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Escusas Absolutórias Cargo: Escrivão Por estar com problemas financeiros, Lara convidou um colega para subtrair bens do patrimônio de Jair. O colega aceitou o convite e o ilícito foi cometido. 57. Nessa situação, haverá isenção de pena se a) Jair for genitor de Lara, ainda que não tenha reconhecido formalmente a paternidade. b) Jair for avô de Lara e tiver idade superior a sessenta anos. c) Lara for mãe dos filhos de Jair, mesmo que ambos estejam divorciados. d) o crime tiver sido praticado sem violência física, mesmo que sob grave ameaça. e) o colega dela não tiver vínculo familiar com Jair, ainda que saiba da existência de parentesco entre este e aquela. Gabarito: A Comentário: A questão aborda o tema: escusas absolutórias. Em linhas gerais, as escusas absolutórias são hipóteses de abrandamento de aplicação do Direito Penal em crimes patrimoniais quando haja, entre agente e vítima, vínculo familiar. A intenção do legislador, portanto, foi preservar os laços familiares em detrimento da proteção do bem jurídico patrimônio. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 30 As escusas absolutórias são de 02 espécies: 1) isenção de pena (CP, art. 181); 2) necessidade de representação (CP, art. 182). No enunciado, o examinador indaga a respeito da 1ª modalidade, razão pela qual a resposta correta é letra A, já que Jair é genitor de Lara, mesmo que não reconhecida (ilegítima). Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Escrivão Adão, alegando ter poder de persuasão sobre seu primo, delegado de polícia que presidia inquérito policial em que Cláudio estava sendo investigado, solicitou deste determinada quantia de dinheiro, a pretexto de repassá-la ao delegado, para impedir o indiciamento de Cláudio pela prática de estupro. 58. Nessa situação hipotética, a conduta de Adão configurou o crime de a) corrupção passiva privilegiada. b) advocacia administrativa. c) tráfico de influência. d) exploração de prestígio. e) corrupção passiva. Gabarito: C Comentário: O tráfico de influência ocorre quando o agente, sob a alegação de poder influenciar o ato de um funcionário público, solicita, exige ou cobra vantagem indevida, nos termos do art. 332 do Código Penal. Nesse sentido, como o Delegado de Polícia se enquadra na definição de funcionário público, a resposta certa é letra C. Contudo, é importante destacar que o tipo penal denominado exploração de prestígio (CP, art. 357), apesar de similar com o tráfico de influência, trata da possibilidade de influenciar juiz, jurado, MP, etc, ou seja, funcionário público, mas ligado à Justiça, sendo, portanto, mais específico do que este. Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Escrivão 59. A aplicação do princípio da retroatividade benéfica da lei penal ocorre quando, ao tempo da conduta, o fato é a) típico e lei posterior suprime o tipo penal. b) típico e lei posterior provoca a migração do conteúdo criminoso para outro tipo penal. c) típico e lei posterior aumenta a pena correspondente ao crime. d) típico e lei posterior acrescenta hipótese de aumento de pena. e) atípico e lei posterior o torna típico. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 31 Gabarito: A Comentário: Nos termos do art. 2º, parágrafo único, do Código Penal, a lei penal benéfica terá efeito retroativo. Dessa forma, para que se tenha o efeito retroativo, deve sobrevir uma lei posterior benéfica em relação à lei vigente. No enunciado, é o que ocorre no item A, já que uma conduta típica deixou de ser, ou seja, a conduta não é mais considerada criminosa (lei penal benéfica posterior, portanto, com efeito retroativo). Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Delegado 60. Com relação aos crimes contra a administração pública, assinale a opção correta. a) irrelevantes para a formulação da pena-base dos crimes contra a administração pública. b) A corrupção ativa não pode existir na ausência de corrupção passiva, pois tais condutas são tipicamente bilaterais. c) O princípio da insignificância poderá ser aplicado aos crimes contra a administração pública quando o agente for primário e o prejuízo causado ao erário for inexpressivo. d) A circunstância elementar do crime de peculato se comunica ao coautor ou partícipe, mesmo que estes não integrem o serviço público. e) O crime de corrupção ativa é de natureza material e se consuma com a efetiva entrega da vantagem oferecida. Gabarito: D Comentário: O item A está errado, pois a condição de ser membro de poder ou exercer cargo de elevada envergadura pode não levar a aplicação imediata da causa de aumento de pena do art. 327, §2º, do Código Penal, mas pode influenciar, negativamente, na culpabilidade, quando da dosimetria da pena. O item B está errado, pois a corrupção, em ambas modalidades, não exige como condição de tipicidade a prática de sua contraparte, sendo exceção à denominada teoria monista. O item C está em discordância com a Súmula nº 599 do STJ. Além disso, mesmo para a corrente favorável à aplicação do princípio da insignificância para os crimes contra a Administração Pública, não há os requisitos apresentados no enunciado (primariedade e inexpressivo prejuízo ao erário). Em relação ao item D, de fato, o particular, conhecedor da qualidade de funcionário público de seu comparsa, pode praticar crime funcional, devido a comunicabilidade das circunstâncias pessoais de caráter pessoal, nos termos do art. 30 do Código Penal. Por fim, o item E está errado, pois o crime de corrupção ativa é formal, não havendo a necessidade de recebimento da vantagem indevida pelo funcionário público para sua consumação, sendo, portanto, mero exaurimento. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 32 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Furto Cargo: Delegado No interior de um estabelecimento comercial, João colocou em sua mochila diversos equipamentos eletrônicos, com a intenção de subtraí-los para si. Após conseguir sair do estabelecimento sem pagar pelos produtos, João foi detido, ainda nas proximidades do local, por agentes de segurança que visualizaram trechos de sua ação pelo sistema de câmeras de vigilância. Os produtos em poder de João foram recuperados e avaliados em R$ 1.200. 61. Nessa situação hipotética, caracterizou-se a) uma tentativa inidônea de crime de furto. b) um fato atípico, pela incidência do princípio da insignificância. c) a prática de crime de furto. d) uma situação de crime impossível por ineficácia absoluta do meio. e) uma situação de crime impossível por absoluta impropriedade do objeto. Gabarito: C Comentário: O entendimento sumulado do STJ é no sentido de que a existência de sistema de monitoramento eletrônico, por si só, não configura hipótese de crime impossível. Súmula nº 567 do STJ: “Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico oupor existência de segurança no interior do estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.”. Portanto, de pronto, eliminam-se as alternativas A, D e E. Por outro lado, o crime de furto se consuma no momento em que há inversão da posse (teoria da amotio), ou seja, quando João coloca os equipamentos na sua mochila. O valor dos bens subtraídos (R$ 1.200) impede a aplicação do princípio da insignificância no enunciado, portanto, a resposta certa é letra C. Banca: CESPE Órgão: PC-MA Ano: 2018 Assunto: Lei Penal no Tempo Cargo: Delegado 62. Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto afirmar que à lei penal mais a) severa aplica-se o princípio da ultra-atividade. b) benigna aplica-se o princípio da extra-atividade. c) severa aplica-se o princípio da retroatividade mitigada. d) severa aplica-se o princípio da extra-atividade. e) benigna aplica-se o princípio da não ultra-atividade. Gabarito: B Comentário: O efeito extra-ativo (retroativo e ultra-ativo) é característica apenas da lei penal benéfica, jamais da lei penal severa (gravosa). https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 33 Portanto, a resposta certa é letra B. Banca: CESPE Órgão: DPE-PE Ano: 2018 Assunto: Homicídio Cargo: Defensor Público 63. No que se refere aos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta. a) Ocorre o feminicídio quando o homicídio é praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, como quando o crime envolve a violência doméstica e familiar ou o menosprezo ou a discriminação à condição de mulher. b) A pena pela prática do homicídio doloso simples será aumentada de um terço se o agente deixar de prestar imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as consequências do seu ato ou fugir para evitar a prisão em flagrante. c) Em se tratando de homicídio doloso simples, o juiz poderá deixar de aplicar a pena caso as consequências da infração atinjam o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. d) A pena do feminicídio poderá ser aumentada se o crime for praticado durante a gestação ou nos seis meses posteriores ao parto. e) Se o agente cometer o crime de homicídio qualificado sob violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima, o juiz deve considerar essa circunstância como atenuante genérica na aplicação da pena. Gabarito: A Comentário: O item A está correto é a definição legal do homicídio qualificado pelo feminicídio, nos termos do art. 121, §2º, VI, c/c art. 121, §2º-A, ambos, do Código Penal. No item B, o erro está em afirmar que o aumento de pena ocorre no crime de homicídio doloso, quando, na verdade, é na modalidade culposa, nos termos do art. 121, §4º, do CP. No item C, o perdão judicial só pode ser aplicado ao homicídio culposo, nos termos do art. 121, §5º, do CP. No item D, o erro está no prazo, que é de 03 meses, nos termos do art. Art. 121, §7º, do CP. Por fim, no item E, não se trata de atenuante genérica, mas de modalidade privilegiada de homicídio, nos termos do art. 121, §1º, do CP. Banca: CESPE Órgão: TCE-PB Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Auditor de Contas 64. O funcionário público que, aproveitando-se de seu cargo, utilizar-se ilegalmente de passagens e diárias pagas pelos cofres públicos cometerá o delito denominado a) prevaricação. b) conduta atípica. c) corrupção passiva. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 34 d) peculato culposo. e) peculato. Gabarito: E Comentário: A conduta de utilizar-se, ilegalmente, de passagens e diárias configura o crime de peculato-desvio, nos termos do art. 312, caput, do Código Penal (parte final). Art. 312, caput, do CP: “(...) ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio (...)” Banca: CESPE Órgão: TCE-PB Ano: 2018 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Auditor de Contas 65. Para fins penais, considera-se funcionário(a) público(a) a) o tutor. b) o inventariante. c) o dirigente sindical. d) a esposa pensionista de servidor público falecido. e) o estagiário de defensoria pública. Gabarito: E Comentário: A definição de funcionário público se encontra no art. 327, caput, do Código Penal. Art. 327, caput, do CP: “Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.” Dessa forma, o estagiário da Defensoria Pública se amolda, perfeitamente, à definição de funcionário público, já que abarca situações transitórias ou sem remuneração. Banca: CESPE Órgão: TRF 1ª Região Ano: 2017 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Analista Judiciário Julgue o item subsequente, relativo a crimes contra a administração pública. 66. A distinção fundamental entre os tipos penais tráfico de influência e exploração de prestígio diz respeito à pessoa sobre a qual recairá a suposta prática delitiva. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: CERTO Comentário: O tráfico de influência ocorre quando o agente, sob a alegação de poder influenciar o ato de um funcionário público, solicita, exige ou cobra vantagem indevida, nos termos do art. 332 do Código Penal. Por outro lado, o tipo penal denominado exploração de prestígio (CP, art. 357), apesar de similar com o tráfico de influência, trata da possibilidade de influenciar https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 35 juiz, jurado, MP, etc, ou seja, funcionário público, mas ligado à Justiça, sendo, portanto, mais específico do que esse. Banca: CESPE Órgão: TRF 1ª Região Ano: 2017 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Analista Judiciário Julgue o item seguinte, acerca do tratamento do sigilo e do segredo no direito penal no âmbito dos crimes contra a administração pública. 67. O empréstimo de senha entre servidores de uma mesma repartição para acesso a banco de dados ou a sistema de informações da administração pública comum aos usuários caracteriza crime contra a administração pública. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: Ao contrário do apresentado no enunciado, a figura típica do crime de violação de sigilo funcional exige que a senha seja compartilhada com pessoas não autorizadas, nos termos do art. 325, §1º, I, do Código Penal. Art. 325, § 1º, do CP: “Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública;” Banca: CESPE Órgão: TRF 1ª Região Ano: 2017 Assunto: Crimes contra a Administração Pública Cargo: Analista Judiciário Julgue o item seguinte, acerca do tratamento do sigilo e do segredo no direito penal no âmbito dos crimes contra a administração pública. 68. Servidor público que tenha revelado fato do qual teve conhecimento em razão do cargo que exerce e que deveria permanecer em segredo terá cometido crime de divulgação de segredo. Certo ( ) Errado ( ) Gabarito: ERRADO Comentário: A conduta descrita no enunciado corresponde ao crime de violação de sigilo funcional, já que a divulgação se deu em razão do cargo. Art. 325 do CP: “Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.” Por outro lado, o crime de divulgação de segredo se dá em razão da função, ministério, ofício ou profissão, não sendo, portanto, um crime contra a Administração Pública. Art. 154 do CP: “Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação
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