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Disciplina: Patologias em Processos Construtivos. Identificação da tarefa: Tarefa 2. Unidade 2. Envio de arquivo. Pontuação: 10 pontos. Tarefa 2 Orientações: • Tome cuidado com o plágio; • Dê preferência a utilizar as suas palavras; • Faça a devida referência de cada material de autoria diversa que utilizar; • Leia o tutorial de referências e citações que se encontra na biblioteca; • Todos os cálculos devem ser demonstrados; • Para tarefas respondidas por meio digital, o formato utilizado deve ser .doc ou .docx. Para tarefas manuscritas, as mesmas devem ser digitalizadas e entregues em formato .pdf. Lembre-se: apenas 1 arquivo para cada tarefa (arquivos extras serão desconsiderados). 1) Uma obra em concreto armado que já estava na etapa de acabamento apresentou fissuras na maioria das alvenarias, conforme Figura 1. A causa apresentada pelo diagnóstico foi deformação da estrutura de concreto armado, o que gerou solicitações de tração nas alvenarias. Como as alvenarias não foram capazes de absorver essas tensões, as mesmas sofreram fissurações. De acordo com a memória de cálculo apresentada pelo projetista da estrutura, as deformações das vigas encontravam-se dentro do Estado Limite de Serviço (ELS), de acordo com a NBR 6118/2014. Elucide a situação, identificando o profissional responsável pelo ocorrido e justifique. Explane de quem falhou: o projetista estrutural, o projetista de alvenarias ou o executor. Figura 1 – Patologias em alvenarias. Fonte: Thomaz, 1989. Resposta: A patologia apresentada na figura e a descrição da questão, conclui-se que a estrutura de concreto armado deformou além do esperado, e quem primeiro sofre nesses casos é a alvenaria. As vigas de concreto armado podem ter deformado por falhas no projeto estrutural, mas o enunciado informa que o projetista estrutural comprovou, por meio da memória de cálculo, que o Estado Limite de Serviço foi respeitado conforme especificação da NBR 6118/2014, sendo assim, as fissurações e deformações da estrutura estão dentro do esperado. Caso exista projeto de alvenaria, deverá ser verificado se está especificado a resistência mínima a compressão dos tijolos / blocos que compõem o sistema. Como a configuração da falha não indica um rompimento generaliza do dos tijolos / blocos, nem mesmo na argamassa de assentamento, já que, se isso ocorresse, as fissuras observadas deveriam ser mais horizontais e disseminadas em todo plano. Por fim, o erro está relacionado ao executor, durante o processo de construção da estrutura e alvenaria. Essa falha humana está atrelada à utilização incorreta dos materiais de construção e inexistência de controle de qualidade. 2) Em algumas cidades do sul do Brasil há ampla solicitação diária relacionadas a movimentações térmicas e de ventos que podem refletir nas fachadas externas das edificações dessas regiões. Muitas vezes ocorrem patologias nos revestimentos dessas fachadas, como por exemplo, nos revestimentos em pastilhas cerâmicas (Figura 2). Comente o motivo das pastilhas cerâmicas das fachadas descolarem. Qual providência deve ser tomada para diminuir os riscos de aparecimento dessa patologia. Exponha, também, a importância do projeto de fachadas para uma edificação, quais são os tipos de juntas e suas funções e como deve ser a escolha da argamassa colante numa região com movimentação térmica elevada. Figura 2 – Patologias em revestimentos cerâmicos em fachadas. Fonte: Techne, 2014. Resposta: O desplacamento ocorre devido falhas no assentamento, pelo preenchimento incompleto do verso das placas, pelo tempo em aberto excedido da argamassa colante e falta de juntas de movimentação, pois as juntas tem a função de combater as movimentações térmicas nos panos da fachada, seja de retração e expansão. Deve ser utilizado: • adotar as juntas de movimentação na obra, assim evitando surgimento de patologias. • O projeto de fachada detalhado onde são especificados os materiais a serem utilizados e as técnicas de aplicação. Classificam das juntas de dilatação: • Junta de Assentamento: É o espaço regular existente entre duas placas cerâmicas adjacentes. As juntas entre peças são muito importantes, pois absorvem parte das deformações do revestimento cerâmico, permitem que as diferenças dimensionais entre peças ou placas sejam compensadas e facilitam eventuais trocas de placas cerâmicas, evitando que outras sejam danificadas. A largura das juntas deve ser feita conforme recomendação do fabricante. Material de preenchimento: rejunte cimentício, conforme NBR 14.992/2003, rejunte acrílico ou rejunte epóxi. • Junta de dessolidarização: É o espaço regular cuja função é subdividir o revestimento do piso para aliviar tensões provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento. Situada em mudanças de planos (quinas de paredes, tanto internas quanto externas) e perímetro das áreas revestidas. • Junta estrutural: É o espaço regular entre estruturas. A função é aliviar tensões provocadas pela movimentação do concreto. • Junta de movimentação: É o espaço regular que define as divisões da superfície revestida com placas cerâmicas. Sua função é permitir o alívio de tensões originadas pela movimentação da base onde é aplicado o revestimento ou pela própria expansão das placas cerâmicas. o Parede: Área interna: a cada 32 m2 ou quando uma das dimensões for maior que 8 m. Área externa: a cada 3 m na horizontal e a cada 6 m na vertical, no máximo. o Piso: Área interna: a cada 32 m2 ou quando uma das dimensões for maior que 8 m. Área externa: a cada 20 m2 ou quando uma das dimensões for maior que 4 m. • Junta estrutural: É o espaço regular entre estruturas. A função é aliviar tensões provocadas pela movimentação do concreto. De acordo com a NBR 14.081-5:2012, deverá ser utilizado a argamassa AC-II, pois é mais resistente a variações climáticas, como umidade, temperatura e ação do vento, podendo ser utilizada em ambientes internos ou externos e permite a aplicação em diversos tipos de revestimento em paredes, fachadas, piscinas de água fria, lajes, pisos cerâmicos industriais, entre outros. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.755/2017: Revestimentos cerâmicos de fachadas e paredes externas com utilização de argamassa colante - Projeto, execução, inspeção e aceitação – Procedimento. Rio de Janeiro, 2017. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.081- 5:2012: Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas Parte 5: Determinação do deslizamento. Rio de Janeiro, 2012. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.992/2003: A.R. - Argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento de placas cerâmicas - Requisitos e métodos de ensaios. Rio de Janeiro, 2003. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.753/1997: Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento. Rio de Janeiro, 1997. CAPORRINO, C. F. Patologias em Alvenarias. 2ª. Ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2018. RIBEIRO, F. A. Especificação de junta de movimentação em revestimento cerâmico de fachada. Dissertação (Mestrado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia de Construção II.t. São Paulo, 2006. SARAIVA, A.G. Contribuição ao estudo de tensões de natureza térmica em sistema de revestimento cerâmico de fachada. Dissertação (Mestrado). Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Brasília. Brasília, 1998. THOMAZ, E. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação. São Paulo: Pini,1989. QUARTZOLIT, Saint-Gobain. Tudo sobrejuntas. 2020. disponível em < https://www.quartzolit.weber/ajuda-e-dicas-para-construir/tudo-sobre-juntas>. Acesso em: mai. 2020.
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