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TEORIAS PSICANALÍTICAS SIGMUND FREUD – 1856 – 1938 → judeu → médico – psiquiatra e pesquisador → desenvolve a psicanálise em Viena 5 LIÇÕES DE FREUD 1ª Lição → Charcot – Hipnose – enfoque na manifestação da mente (Paris) → Breur – primeiro a utilizar a cura pela fala → Freud constata que a hipnose não é totalmente eficaz no tratamento → Caso Anna O. → Histéricos sofrem de reminiscências (lembrança vaga ou incompleta) 2ª Lição → Não há mais o processo de hipnose. Início do processo catártico → Freud defende o conceito de inconsciente Conceitos: Resistência – força que mantém a lembrança inconsciente Repressão – um processo que mantém as pulsões no pré- consciente. Evita que ideias vindas de desejos proibidos entrem em conflito com aspirações morais. Recalque – mantém as pulsões no inconsciente repelindo-as do consciente. Ideias perigosas 3ª Lição → Sonhos – entrada para o inconsciente -Conteúdo latente: sentido real do sonho -Conteúdo manifesto: substituto deformado das ideias do inconsciente → Realidade psíquica – realidade interna do sujeito → Determinismo psíquico – fatos que vamos guardando Quando o recalque falha os complexos se tornam sintomas – a angústia é uma das reações do ego contra fortes desejos recalcados. Atos falhos – são extraordinariamente significativos Chiste – um disfarce para falar a verdade Associação livre – método que substitui a hipnose. O paciente deita no divã e é encorajado a dizer o que vier a sua mente. 4ª Lição → Bebês – 1ª vez (instintos); 2ª vez (pulsão – satisfação plena) - vai em busca dessa satisfação A pulsão é a força que nos move e a libido é a energia. Neurose – quem possui a integração do eu Perverso – faz qualquer coisa para satisfazer-se Sintoma: conflito entre realizar o desejo e a força do recalque 5ª Lição → realidade insatisfatória – motivo de mantermos uma vida de fantasia → transferência – paciente vive seus afetos na relação com o psicanalista → é apenas por esse ressurgimento ocorrido na transferência é que o paciente se dá conta da existência e do poder desses sentimentos sexuais inconscientes O INCONSCIENTE É ATEMPORAL → Deslocamento: a energia – afeto – ligada à representação que sofreu o recalque – desejo – desloca-se dessa representação e anda por caminhos associativos até outras representações. Ex: ver o rosto de outra pessoa no caixão → Condensação: o sonho tem um conteúdo manifesto – o que aparece no sonho – e um conteúdo latente – o que provocou o sonho. Isso quer dizer que um mesmo elemento do conteúdo manifesto é determinado por várias significações latentes. 1ª TÓPICA – Sistemas INCONSCIENTE Traços mnêmicos – traços primitivos relativos à memória (memorizar) → Faz parte do que constitui o inconsciente além de conteúdos recalcados → mecanismo de defesa contra ideias incompatíveis com o eu. O inconsciente é considerado a primeira instância de aparelho psíquico. → Onde brotam as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e morte. PRÉ-CONSCIENTE Fica no meio do caminho entre o consciente e inconsciente. Acumula informação suscetível a alcançar o consciente. CONSCIENTE Se atribui a tudo aquilo que se encontra disponível na mente – opera códigos e leis de maneira diferente ao inconsciente. → É marcada pela nomeação – representação em palavras. ● A partir da 2ª tópica esses três passam a ser uma qualidade do conteúdo → ID – EGO – SUPEREGO = instâncias (aparelho psíquico). 2ª TÓPICA ID (DESEJO) – coincide com o inconsciente – é considerado um reservatório de pulsões. → Onde se encontra a primeira expressão psíquica (desejos e vontades primitivas) – INSTINTOS. → O narcisismo é considerado uma parte do ID influenciado pelo mundo externo sofrendo uma ação específica. EGO (MEDIADOR) – Introdução do princípio da realidade – a razão e o senso comum. → Representa a razão - começa a se desenvolver nos primeiros anos de vida. → Percepção do mundo externo. → AUTOPRESERVAÇÃO. → Obter o controle das exigências do ID. SUPEREGO (MORAL) – influência dos sucessores e substitutos dos pais – professores e modelos de ideias sociais admirados. → Consciência moral – auto-observação → Interiorização das exigências e das interdições parentais GLOSSÁRIO COMPLEXO: mecanismo que classifica uma perturbação mental INCONSCIENTE: campo psíquico de pouco acesso – desejos, vontades reprimidas e sonhos. TRANSFERÊNCIA: o analisado projeta suas impressões no psicanalista associando-o com uma figura importante de sua vida. INSTINTO: resposta involuntária a algum fator externo do ambiente. LIBIDO: energia sexual que movimenta o ser humano, ela visa o desenvolvimento das mais variadas formas, não apenas sexual. SONHO: manifestações do inconsciente que dizem respeito sobre nós mesmos. Revelam vontades, desejos e traumas. SEXUALIDADE INFANTIL: percepção desde a infância de partes do corpo que nos causam prazer quando estimuladas. COMPLEXO DE ÉDIPO: etapa da vida onde a criança se liga com seu oposto sexual e rivaliza com seu semelhante. RECALQUE: negação – tudo aquilo que é negado simbolicamente e acaba retornando como chistes, sonhos. Desejos que não são admitidos. PULSÃO: energia psíquica profunda que direciona a ação para um fim. → PULSÃO DE MORTE: pulsão em direção a morte e autodestruição. MÉTODO CATÁRTICO: descarga adequada dos afetos patogênicos (que podem gerar doenças) NEUROSE: fenômenos que são gerados por um conflito psíquico. Os sintomas são expressões desses conflitos que tem raízes na história infantil. IMPULSO: o que impele o indivíduo para a atividade. ENERGIA PSÍQUICA: é uma parte dos impulsos CATEXIA: quantidade de energia psíquica que se dirige a representação mental de uma pessoa ou coisa.. FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL Fase oral – 0 até 18 meses → a satisfação vem da boca → objeto de desejo – seio da mãe → sucção Fase anal – 1 a 3 anos → criança descobre o controle das fezes – esfíncter → primeira experiência de controle → zona de maior satisfação = ânus Fase fálica – 3 a 6 anos → se localiza na região genital → preocupação com as diferenças: possuir ou não o falo → menino pausa pela ansiedade da castração – medo de perder o falo. Tira o menino do Édipo. → menina entra em angústia indo atrás do falo do pai → para resolver esse conflito a criança se identifica com os genitais do mesmo sexo introjetando suas características. Período de latência – 6 até a puberdade → a libido é impelida de se manifestar e os desejos sexuais não resolvidos deste período não são atendidos pelo ego e são reprimidos pelo superego → energia sexual voltada para outros fins – intelectual e social → não é uma fase, pois não condiz com nenhuma área erógena. → período intermediário Fase genital – adolescência → integração das pulsões parciais → libido direcionada para objetos → interesse pelo outro AUTOEROTISMO – as experiências de um bebê não são externas. São corporais e vão fazendo inscrições psíquicas. Relação de um. NARCISISMO – o bebê passa a experimentar o mundo. A função materna ajuda o bebê a entrar no narcisismo onde a mãe funciona como um espelho para o bebê. Ex: bebê sente frio, a mãe oferece a coberta. Relação dual. COMPLEXO DE ÉDIPO → um limite ao desejo narcisista da criança de ser um com a mãe → limite – complexo de castração → a criança precisa ter a experiência de a mãe olhar para outras coisas além dela → desejos amorosos e hostis que a criança experimenta em relação aos pais → ele sofre repressões, mas continua a agir no inconsciente. NO MENINO – seu primeiro objeto de amor = mãe → constata a existência do menino desprovida do pênis e a existênciade alguém forte (pai) – teme perder seu órgão se ficar totalmente preso à mãe → por amor e admiração ao pai o menino se volta para ele primeiramente como objeto de amor e depois como objeto de identificação → surge o superego que se sobrepõe ao desejo NA MENINA – primeiro objeto de amor = mãe → tem um ressentimento com a mãe diante da angústia de castração → se volta para o pai em busca do falo: Édipo → toma o pai como objeto de amor mas seu amor erótico não é dela → busca nele uma identificação que falha por ele ser homem → precisa então se voltar para a mãe para criar identificação → dissolve o complexo de Édipo FUNÇÃO PATERNA – induzir a lei → superego herdeiro – quando a experiência é bem sucedida a criança começa a interpretar as leis civilizatórias = entender que não se pode realizar tudo o que deseja → quando não é bem sucedida há então um psiquismo que não se submete às leis Psicótico – não compreende as leis. Não escreve no psiquismo o proibido. Perverso – entende as leis, mas não se submete. Faz as próprias leis. Neurótico – entende e se submete, mas sofre com elas. Quando transgride a lei se sente culpado Na transgressão: Psicótico – pode ser considerado inimputável, por não ter o registro da lei no psiquismo. Perverso – conhece a lei, sabe que está errado e não se sente culpado. Pode ser condenado. Neurótico – normalmente se entrega ou deixa rastros. Sofre com isso. O pai é tudo aquilo que representa a lei. A não-mãe. Sem a presença do pai a mãe precisa direcionar a criança para outras leis que não sejam a dela. PULSÕES → representante psíquico dos estímulos que provém do interior do organismo – alimenta a vida psíquica. Instinto – restringe-se a comportamentos hereditários. 4 características das pulsões: Fonte – processo somático localizado em uma parte do corpo, cuja excitação é representada no regrismo pela pulsão. Força – essência da pulsão. Motor da atividade psíquica. Alvo – a dominação da excitação que se encontra na origem da pulsão. Objeto – as pulsões sexuais podem ter 4 destinos: → inversão → reversão → repressão → sublimação Pulsão – conceito de demarcação entre o psiquismo e o somático. → formada em seu caráter sexual como um conjunto de pulsões parciais cuja soma constitui a base da sexualidade infantil ligada a determinados zonas do corpo (zonas erógenas). PULSÃO DE VIDA x PULSÃO DE MORTE → um processo inconsciente no qual o sujeito se sente obrigado a repetir atos, ideias, pensamentos e sonhos que inicialmente geraram sofrimento e ao serem repetidos não perdem esse sentido, mas por força de vontade não é possível abandoná-los. De vida – antes estavam sob denominação de pulsões sexuais. Agora sobre Eros. De morte – retorno do que está vivo ao inorgânico. CASO DORA – TRANSFERÊNCIA Para Freud a transferência é o motor da análise → impulsos e fantasias que são criadas e se tornam conscientes durante a análise substituindo uma figura anterior pela figura do analista. → transferência é uma necessidade inevitável -positiva = pulsão amorosa -negativa = pulsão hostil → manejo da transferência - interpretação
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