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Globalização, Individualismo e Intolerância

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LUCIANO PORTO

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O historiador inglês Eric Hobsbawm (1917-2012) afirmava que, com a globalização, surgiu uma espécie de dissolidarização de classes, constituída pelo que classificou como “valores de um individualismo associal absoluto”.
Considerando a linha de raciocínio acima sobre individualismo e a globalização, leia com atenção as afirmativas a seguir:
I    Há um novo ciclo sistêmico do capitalismo, caracterizado pelo fenômeno da circulação global de capital, de modo a lançar luzes em seus sintomas sociais, na forma de indivíduos egocentrados.
II    As novas necessidades de manutenção do frágil e já consolidado modo de produção moldaram inéditas relações sociais, em uma espécie de isolamento em que os indivíduos se alienam da condição de classe, ou seja, de pertencerem a grupos de interesses comuns.
III    A ideologia vigente é a da solidariedade e irmandade social e cultural, de modo que a globalização foi um meio de produzir a formação de redes sociais – de maior interação social.
É FALSO o que se afirma em III, apenas
Enquanto o discurso neoliberal, na periferia do sistema capitalista, defende a abertura de suas fronteiras fiscais e de seus mercados para a penetração de seus produtos e tecnologias, no centro do sistema vigora o nacionalismo econômico.
Considerando o fragmento de texto acima apresentado, analise as asserções abaixo quanto à veracidade das proposições para, em seguida, assinalar a alternativa CORRETA:
A hegemonia política de Estados centrais no sistema capitalista caminha ao passo do chamado imperialismo cultural, ascendente principalmente após o término da Segunda Guerra Mundial, com os tratados de concessão para emissoras televisivas norte-americanas e de garantia de mercado para produções cinematográficas hollywoodianas, em acordos firmados com diversos países.
PORQUE
A globalização cultural, lê-se no discurso de Jameson (2001), atua como tentativa de tornar o mundo mais diversificado, ou seja, com maior pluralidade cultural, respeito às diversas etnias e grupos.
Sobre estas duas asserções, é CORRETO afirmar que a primeira é verdadeira e a segunda é falsa..
Atualmente, os exemplos mais latentes de intolerância no mundo globalizado são:
I    As constantes epidemias de fome em países periféricos do sistema capitalista; o reinventado imperialismo e o velho discurso civilizador dos países ricos; a ascensão de uma direita ultrarreacionária como força política na Europa.
II    O conflito israelense-palestino; a retórica de negação iraniana em relação ao Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial; a ascensão do terrorismo como ameaça global; os novos/velhos terrorismos de Estado; os conflitos étnico-nacionalistas na África; golpes militares; a hiperexploração de trabalhadores pobres em vários lugares do mundo; o trabalho infantil e a pedofilia.
III    A pena de morte nos Estados Unidos e em tantos outros países; o estupro legalizado no matrimônio afegão; o fundamentalismo em qualquer religião; a ideia de que matar pode ter um propósito divino.
É VERDADEIRO o que se afirma em I, II e III.
Pode-se afirmar, sob vários aspectos, que ao invés de valores de tolerância à diversidade, estamos na vigência de uma cultura de ódio expresso, vazado nos mais variados âmbitos da vida social, o que nos impõe uma imensa e urgente tarefa a fazer:
I    Construir uma contracultura da tolerância para reafirmar o homem, os próprios valores humanísticos, no seio de uma sociedade planetária que desumaniza, valorando o "ser" pelo "ter", como nos disse o psicanalista e escritor alemão Erich Fromm.
II    A afirmação parece dura pelas adjetivações que traz, afinal, o mundo vem se tornando melhor – logo, menos desigual ou racista.
III    Nos casos de guerras ideológicas, religiosas e étnicas, a intolerância chega a ultrapassar os limites da irracionalidade com relação a indivíduos ou grupos específicos.
É FALSO o que se afirma em II, apenas.
Da tecnologia para a política, Jameson dedica parte de seu estudo ao papel desempenhado pelo Estado-nação que, segundo alguns teóricos, teria dado lugar às corporações transnacionais – conhecidas na década de 1970 apenas como multinacionais.
Considerando a linha de raciocínio acima, leia com atenção as afirmativas a seguir, pontuando V para VERDADEIRO ou F para FALSO:
I    A Revolução da Informática e as novas tecnologias da informação pouco transformaram a forma de produção e organização industriais e comercialização de produtos.
II    O neoliberalismo – ou a doutrina de livre mercado – defendido para que referidas corporações pudessem operar circulando capitais em âmbito global.
III    As novas tecnologias vêm atingindo a totalidade da população mundial, em sua grande maioria incluída no dialeto digital.
IV    Ao passo do frágil discurso de “aldeia global”, temos a ascensão de partidos políticos de extrema direita, ligados muitas vezes a grupos religiosos intolerantes, políticas racistas e xenófobas, na maior parte da Europa.
As afirmativas I, II, III e IV são, RESPECTIVAMENTE: F, V, F, V.
Sintetizando a metodologia de Fredric Jameson no estudo Globalização e estratégia política, o autor elege cinco níveis a partir dos quais discorre sobre os resultados de sua análise. O primeiro nível é o tecnológico e, logo de início, o termo já evidencia um dos principais antagonismos do conceito de globalização, que supõe a totalidade de algo.
Considerando a linha de raciocínio acima, leia com atenção as afirmativas a seguir:
I    Todavia, a Revolução da Informática, para Fredric Jameson, trouxe inovações que têm servido para tornar o mundo uma aldeia global, onde a igualdade vem prevalecendo.
II    A Revolução da Informática e as novas tecnologias de informação, apesar de terem se constituído de forma irreversível na produção e organização industriais e comercialização de produtos, não atingem a totalidade da população mundial.
III    A exclusão digital produzida no bojo de um sistema que se pretende totalizante, assiste ainda à formação de um exército de analfabetos digitais, cada vez mais excluídos das relações de produção mecanizadas e de acesso restrito à mão de obra extremamente especializada.
É FALSO o que se afirma em I, apenas
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