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Introdução à História da Arquitetura - Resumo capítulo 14, 15 e 16

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1 
 
Universidade Paulista - UNIP 
Curso: Arquitetura e Urbanismo 
Aluna: 
Turma: 
 
RESUMO – CAPÍTULO 14 - O RENASCIMENTO. 
Leonardo Benevolo afirma que: “Se os últimos desenvolvimentos do pós-gótico são 
interrompidos pela difusão do classicismo italiano, é porque o classicismo traz justamente 
o que falta à cultura do pós-gótico: um novo método de controle geral capaz de satisfazer 
as necessidades da sociedade na Idade Moderna”. 
O novo método consiste no retorno as estruturas simples de conhecimento, e não as 
estruturas mentais. Essa nova arquitetura se baseia em duas perspectivas fundamentais, 
sendo o uso das figuras geométricas de relações matemáticas e a reutilização das ordens 
clássicas gregas e romanas (dórica, jônica, coríntia, toscana e compósita). 
Figura 1: As 5 ordens da arquitetura proposta por Serlio. 
 
Fonte: Ice Berg Arquitetura. 
O renascimento tem a partir desse ponto uma concepção de mundo, estabelecendo 
oposição entre o velho e o antigo, ou seja, entre as arquiteturas medievais e a arquitetura 
clássica. A beleza passa a ser entendida como uma expressão da verdade e assim atribui às 
invenções humanas uma importância próxima ao Criador. 
O tratado de vitrúvio quando descoberto abriu um período histórico esplêndido no 
Ocidente. Os homens do quatrocentro e do cinquecentro tentam conversar com o arquiteto 
2 
 
por trás dos tratados ao invés de fazerem análises. A arquitetura apoiou-se cem anos em 
arquitetura humanística. 
Alberti tenta alcançar novos métodos para um sistema linguístico e metodológico 
total, com a intenção de fundir as teorias abstratas com as normas práticas de projeto e 
construção da arquitetura. 
O tratadismo está inteiramente ligado a utopia de cidade ideal. Utopia é um local ou 
situação ideal onde tudo é perfeito, harmônico e feliz; refere-se especialmente a um tipo de 
sociedade com uma situação econômica e social ideal. Pode ser entendida de forma estática 
ou dinâmica, a primeira se referindo a sociedade perfeita que não necessita de mudanças, e 
a segunda referindo ao estado que se aspira e nunca se alcança. 
A utopia clássica propõe uma cidade ao mesmo tempo cristã e platônica sendo uma 
referência ideal, mais do que um instrumento diretamente aplicável. Mantendo assim até o 
Iluminismo, quando se unem os mitos da utopia e da arcádia, que ao mesmo tempo se 
corroboram e se contradizem, pois o primeiro se relaciona com o final da história e o 
segundo com o seu começo. 
“A cidade ideal renascentista é o corolário arquitetônico da utopia, e como tal é uma 
cidade mental: uma referência platônica que se antecipa a sua expressão literária, já que o 
famoso livro de Thomas Morus, Utopia, não aparece até 1516, quando a utopia já estava 
firmemente assentada na arquitetura há meio século.” (José Ramon, Introdução a história 
da arquitetura) 
O renascimento parte das cidades italianas concretas e trabalha com 
aperfeiçoamento: um conceito de realidade muito próximo ao antropomorfismo grego. 
Alberti propõe a inserção de fragmentos novos nos contextos antigos, que atuem 
como metástases benignas seletivas, dessa forma ele consegue evitar o ideal abstrato na 
realidade histórica. Assim escritos, desenhos, pintura e etc seguiram elaborando cidades 
ideais geométricas. 
As atividades urbanas dos séc. XV e XVI serão baseadas em grande parte nas 
reformas internas das velhas cidades, pode-se destacar entre elas devido sua 
individualidade, três praças paradigmáticas: a Annunziata, em Florença, a Piccolomini, em 
Pienza, e a Praça do Capitólio, em Roma. 
3 
 
A praça Annunziata é um belíssimo exemplo de espaço peristilo cujas edificações 
perimetrais levam ao máximo a regularidade e a harmonia arquitetônica. 
Por sua vez, a praça de Pienza é um conjunto harmônico, cuja planta em forma de 
trapézio é dominada pela catedral, junto à qual se alçam o mercado municipal e dois palácios 
laterais que, refletindo a curvatura das ruas existentes, divergem em relação à igreja, em 
uma solução talvez casual, mas que servirá de inspiração à do Capitólio romano. 
Na praça do Capitólio culmina toda a série de experiências renascentistas e já se 
antecipa o Barroco, assim, seus elementos e formas arquitetônicas serão retomados mais 
adiante. Nela está presente o sentido de unidade e da correspondência entre as partes. 
Figura 2: Esquema cronológico praça Annunziata em Florença. 
 
Fonte: Introdução à História da Arquitetura. 
Figura 3: Praça Piccolomini. Figura 4: Praça Capitólio. 
 
Fonte: Introdução à História da Arquitetura. Fonte: Introdução à História da Arquitetura. 
4 
 
O vaticano entre os séculos VX e XVI é um ótimo exemplo de cidadela, entendido 
como sede do governo e como cidadela Papal em permanente relação dialética com a cidade 
de Roma. 
Em 1569 o globo terrestre é considerado um cilindro, a primeira nova visão do 
mundo, a nova imago mundi renascentista, derivada do descobrimento da América, que o 
conceberá como dois discos: o novo e o velho mundo, definindo e desenvolvendo uma 
contraposição dialética entre os dois termos que tem seu reflexo na concepção da forma 
urbana, na forma urbis dos séculos XVI e XVII. 
No ano 1573, quando as experiências americanas já haviam sido feitas, em grande 
parte, Felipe II promulga as famosas Leis das Índias, primeira legislação urbanística do 
mundo, nas quais o peso da experiência prática se une às ideias teóricas do Renascimento. 
Desse modo, consolidando uma realidade, essas leis ordenam “que sempre se leve pronta a 
planta do lugar que se vai fundar”. E a planta da cidade americana que consagram essas leis 
é o traçado urbano em tabuleiro de xadrez. (José Ramon, Introdução a história da 
arquitetura) 
As cidades hispano-americanas te traçados que não se encontram a variedade dos 
esquemas especulativos dos tratadistas do Renascimento, nem seu desejo de beleza 
arquetípica; somente é expresso nelas o desejo prático de facilitar o projeto, a circulação e 
a defesa. 
RESUMO – CAPÍTULO 15 - O PROJETO E A PERSPECTIVA RENASCENTISTA. 
A forma urbis se torna realidade mediante a arquitetura e a construção da cidade. 
Após a crise no Renascimento, dá-se início ao princípio da criação artística como a obra de 
um autor, dessa forma a partir daí ao se falar da obra questionamentos como “de quem é?” 
também serão atribuídos, e assim a obra será valorizada. 
A arquitetura se insere no movimento humanista, o arquiteto começa a deixar as 
práticas de estrutura, custo e o processo construtivo para o engenheiro, pedreiro e ao 
empreiteiro, de forma que o mestre de obras se encarregue de seu ofício e o arquiteto, figura 
individual se encarregue de projetar e desenhar a imagem do edifício. 
Brunelleschi traz o surgimento da biografia, de forma que seja reconhecida uma nova 
condição do arquiteto como intelectual e como artista. Diante disso as execuções das 
5 
 
divisões do trabalho são revolucionadas, os ritmos e a extensão das atividades edificatórias , 
obrigando a racionalizar os métodos do projeto. 
Surge um novo conceito: conceito de projeto como um sistema entre vários. No 
processo de produção artística sabe-se de pouquíssimos pintores que pintam sozinhos sem 
plagiar, na mitificação do artista a obra pictórica se vê desvalorizada quando a sua figura 
individual se torna sinônimo da obra de seu ateliê. 
Na arquitetura faz-se uma distinção entre concepção, composição e execução, de 
maneira que a execução de um projeto por outras pessoas não desvalorizem a autoria da 
obra. Como exemplo pode-se citar a obra de Michelangelo, a pintura na Capela Sistina ou 
o projeto na arquitetura urbana do Capitólio Romano, que mesmo terminada quase 100 
depois, não perde seu valor de autoria. 
É preciso separar a arquitetura in nuance da arquitetura construída, de forma que seja 
possível a visão de que mandar fazer é diferente de fazer. 
O projeto de arquitetura tenta a realizar a união de idealização e realização,e também 
as separando em fases diferenciadas. Enquanto o mestre de obras toma decisões sobre a 
estrutura, o que é feito enquanto se vai trabalhando, o arquiteto pensa em uma planta, 
trabalha em cima de um conjunto de anotações, cálculos e desenhos até que sejam 
desenvolvidas as diversas fases do processo de projeto. 
A tridimensionalidade se encontra nas representações de maquetes, a maquete de 
madeira é a melhor representação de projeto desde o século XV até o século XIX. Com a 
maquete tem-se a visualização de todo o projeto, pois ela é a figura tátil da realidade 
projetada e está em contraste com as representações abstratas, cientificas e geométricas 
posteriores. 
As representações abstratas são encarregadas de verificar a passagem entre o projeto 
e a arquitetura. Para a realização disto é necessário um código confiável de valor universal. 
Os arquitetos começam a falar de um ato ideal de desenhar, que é dependente das operações 
concretas da pintura, escultura e arquitetura. O ato ideal de desenhar se baseia este ato ideal 
de desenhar se baseia no desenho, mas não em um desenho livre ou casual, e sim no desenho 
científico que é representado pela perspectiva arquitetônica. 
6 
 
 
Figura 5: Praça da Signoria em Florença, traçada de acordo com os novos princípios da perspectiva cientifica. 
 
Fonte: Introdução à História da Arquitetura. 
 A forma de desenhar agora é através da perspectiva, de forma que consiga 
representar em uma superfície plana os objetos de três dimensões da maneira que os vemos. 
As regras de proporção e perspectiva condicionam os esquemas urbanísticos e 
arquitetônicos dos séculos XV e XVI, antecipados pelas arquiteturas desenhadas pelos 
pintores italianos do quattrocento. 
A cidade ideal representada na célebre perspectiva da cidade de Urbino de cerca de 
1470, nas pinturas da Capela Sistina em torno de 1480, no Casamento da Virgem, em 1500, 
e em tantas outras obras pictórias da época, explicam e antecipam, com sua pintura, a 
espacialidade, axialidade e centralidade renascentista e buscam um espaço ideal que crie 
em torno de sua arquitetura um espaço sereno, equilibrado, simétrico e ritmado, no qual o 
monumento aparece rodeado de seu temenos, como um espaço circundante fundamental para a 
concepção do próprio monumento. 
RESUMO – CAPÍTULO 16 - A LINGUAGEM CLÁSSICA NOS SÉCULOS XV E XVI. 
A arte europeia se esforça para imitar os modelos clássicos, os arquitetos escultores 
e pintores acreditam que de suas obras renasce a arte daquelas ruínas romanas tão 
admiradas, mas na realidade, eles produzem uma arte nova e scrinal. 
O Humanismo volta a empregar os elementos construtivos e decorativos clássicos, 
mas com liberdade e certas preferências que levam a reformulação da gramática da 
antiguidade como disciplina universal. Propõe-se criar um novo método de construção no 
qual as formas da arquitetura clássica possam ser empregadas livremente para criar novos 
modelos de beleza e harmonia. 
7 
 
De acordo com a estruturação de Vasari, o ciclo humanista apresenta uma evolução 
progressiva, onde distinguem-se várias etapas que são: primeira maneira, inclui-se os 
precursores; segunda maneira, coloca-se os problemas sem desenvolver todas as suas 
consequências; terceira maneira, supera-se os exemplos dos antigos. Após elas vem a 
decadência linguística da arquitetura., ou seja, o maneirismo. 
A linguagem é a expressão linguística comum a espaços e tempos muito diferentes; 
o estilo concretiza essa expressão em um tempo mais preciso e a reserva em um espaço mais 
definido; enquanto a maneira é uma forma particular de expressão de um artista ou grupo 
de artistas em um lugar e momento preciso e determinado. Assim, podemos distinguir, 
dentro da mesma linguagem clássica da arquitetura, entre o estilo helenístico ou o barroco, 
e entre a maneira de Palladio ou de Herrera. 
• Quattrocento Florentino 
O renascer arquitetônico do século XV se centra em um artista, o Brunelleschi e em 
uma cidade, Florença, com justiça, como o berço da cultura humanista. Filippo volta sua 
atenção à recuperação de ideias e técnicas do mundo romano. 
Em sua obra se destaca especialmente a utilização do arco de triunfo romano como 
fonte de inspiração para criar o novo tipo de igreja renascentista. Alfonso V de Aragão já 
havia decorado o velho castelo gótico de Nápoles com um grande portal concebido como 
arco de triunfo, e essa sugestão é reutilizada por Alberti no Templo Malatestiano de Rímini, 
para o qual projeta uma fachada baseada no arco romano que se eleva justo às portas da 
cidade. Em Santo André de Mântua, Alberti leva esta mesma ideia da fachada ao interior e a 
toma como modelo para as arcadas das naves, como se toda a igreja fosse um arco de triunfo 
levado às três dimensões, criando assim uma estrutura lógica que serve de modelo 
eclesiástico durante os séculos seguintes. 
A obra artística mais significativa do quattrocento romano será a fachada da capela 
Sistina do Vaticano (Figura 16.4), traçada talvez pelo próprio Alberti e construída por Giovanni 
Dolci, assim como sua primeira decoração pictórica executada por volta de 1480 por 
Botticelli, Ghirlandaio e Perugino. 
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• Cinquecento Romano 
O espírito do cinquecento pode ser representado por uma cidade (Roma), um artista 
(Bramante) e o projeto de um edifício (São Pedro do Vaticano). Houve uma reorganização 
dos Estados Pontifícios e então Roma não era mais apenas o lugar de peregrinação, de 
artistas que vão estudar as ruínas da antiguidade, mas a cidade onde são construídas as obras 
mais importantes da época. 
Bramante fixa sua atenção na grandiosidade da arquitetura romana, na simplicidade 
e harmonia de suas massas e nas questões puramente construtivas, sem ter interesse nos 
temas ornamentais.

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