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DOUTRINAS BIBLICAS RESUMO DAS 10 PRINCIPAIS DOUTRINAS BIBLICAS

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DOUTRINAS BIBLICAS RESUMO DAS 10 PRINCIPAIS DOUTRINAS BIBLICAS: 
1. Bibliologia – A doutrina da Bíblia 2. Teologia – A doutrina de Deus 3. Cristologia – A doutrina de Cristo 4. Paracletologia – A doutrina do Espirito Santo 5. Angeologia – A doutrina dos Anjos 6. Eclesiologia – A doutrina da Igreja 7. Antropologia – A doutrina dos Homens 8. Soterologia – A doutrina da Salvação 9. Harmatiologia – A doutrina do Pecado 10. Escatologia – A doutrina das ultimas Coisas 1.BIBLIOLOGIA: BIBLIOLOGIA - Doutrina das Escrituras I. INTRODUÇÃO A) Terminologia: Bíblia - Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17) Escrituras - Termo usado no Novo Testamento (N.T.) para, os livros sagrados do A.T., que eram considerados inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2Pe 3.16) Palavra de Deus - Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo 10.35; Hb 4.12) B) Atitudes em Relação à Bíblia: Racionalismo - a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural. b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final da razão humana. Romanismo - A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final. Misticismo - A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia. Neo-ortodoxia - A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo. Seitas - A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor. Ortodoxia - A Bíblia é a nossa única base de autoridade. C) As Maravilhas da Bíblia: 1) Sua formação: levou cerca de 1500 anos. 2) Sua Unidade: Tem cerca de 40 autores, mas é um só livro. 3) Sua Preservação. 4) Seu Assunto. 5) Sua Influência. II. REVELAÇÃO A) Definição: “Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem” B) Meios de Revelação: 1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19) 2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17) 3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17) 4) Através de Milagres (Jo 2.11) 5) Por Comunicação Direta (At 22.17-21) 6) Através de Cristo (Jo 1.14) 7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12) III. INSPIRAÇÃO A) Definição: Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos). B) Teorias sobre a Inspiração: 1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento. 2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje. 3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (e.g., os Dez mandamentos). 4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais) 5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados. 6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos. 7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível. 8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras (plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima. 9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta de erros. C) Características da Inspiração Verbal e Plenária: 1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais. 2) Ela se estende às próprias palavras. 3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os. 4) Inclui a inerrância. D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária: 1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de Seu sopro criador. 2) 2Pe 1.20,21. O “como” da inspiração - homens “movidos” (lit., “carregados”) pelo Espírito Santo. 3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2). 4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25). 5) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (A.T.) (Mt 5.17; Jo 10.35). 6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16). 7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12) E) Provas de Inerrância: 1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4). 2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35). 3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, “descendente”; Mt 22.31,32, “sou”). IV. CANONICIDADE. A) Considerações fundamentais: 1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros. 2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido. B) Cânon do Antigo Testamento (A.T.): 1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.). 2) O N.T. se refere a A.T. como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje “de Gênesis a Malaquias”; cf. Mt 21.42; 22.29). 3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T. C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do Novo Testamento (N.T.): 1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos? 2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente? 3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja? 4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração? D) A Formação do Cânon do Novo Testamento (N.T.): 1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16). 2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João. 3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T. V. ILUMINAÇÃO A) Em Relação aos Não-Salvos: 1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4) 2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11) B) Em Relação ao Crente: 1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2). 2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15) VI. INTERPRETAÇÃO A) Princípios de Interpretação: 1) Interpretar histórica e gramaticalmente. 2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplo. 3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura. B) Divisões Gerais da Bíblia: 1) Antigo Testamento (A.T.): A- Livros históricos: de Gênesis a Ester. B- Livros poéticos: de Jó a Cantares. C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias. 2) Novo Testamento (N.T.): A- Evangelhos: Mateus a João. B- História da Igreja: Atos. C- Epístolas: de Romanos a Judas. D- Profecia: Apocalipse. C) Alianças Bíblicas: Noética (Gn 8.20-22) Abraâmica (Gn 12.1-3) Mosaica (Ex 19.3 - 40.38) Palestiniana (Dt 30) Davídica (2Sm 7.5-17) Nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28) Transcrito da “A Bíblia Anotada” Pg 1624,1625. 2.TEOLOGIA: TEOLOGIA - A DOUTRINA DE DEUS - “DEUS É O INFINITO E PERFEITO ESPÍRITO NO QUAL TODAS AS COISAS TÊM ORIGEM, PRESERVAÇÃO E FINALIDADE”. “DEUS É ESPÍRITO, INFINITO-ETERNO-IMUTÁVEL EM SEU: SER, SABEDORIA, PODER, SANTIDADE, JUSTIÇA, BONDADE, E VERDADE.” -TEOLOGIA É a disciplina que estuda Deus e Suas obras. Ela se distingue da Ética, mesmo da Ética Cristã; da Religião (exteriorização do meu relacionamento com Deus); e da Filosofia (tentativa de conhecer todas as coisas só pelo uso da observação e da razão, sem partir de Deus e Sua Palavra, e nunca podendo trazer ninguém a Cristo 1Co 1:21 (1Co 2:6-8)).  . Teologia é incontornável: mesmo quem se recusa a formular suas crenças teológicas tem doutrinas (=ensinos) consideravelmente definidas, ainda que grosseiríssimas. Isto é inevitável, devido ao instinto sistematizante do intelecto, que não se contenta com uma mera acumulação de fatos, mas busca organizá-losnum sistema. Assim, é indispensável o estudo da teologia com nosso mais alto esforço, para nos assegurarmos de que nossa teologia é a certa, sã. Teologia é necessária para o crente: por causa da penetrante descrença e heresias desta época 1pe 3:15b (Lc 18:8; ef 4:14); porque Deus não quis nos dar as escrituras em forma sistematizada (Mt 13:11-13), deixando a nós o estudá-las e sistematizá-las 2tm 2:15; para desenvolver em nós o caráter de cristo (só crendo certo é que podemos viver certos) (ef 4:13); para podermos servir ao senhor efetivamente (2tm 4:2; Tt 1:9). DEUS EXISTE A EXISTÊNCIA DE DEUS É ESTABELECIDA PELA RAZÃO a. Argumento da “Intuitividade” ou “Crença Universal” Rm 2:15 [14-16]; 1:19-20 (Rm 1:19-23, 28,32; Jó 32:8; At 17:28-29): 1) A Crença na existência de Deus é universal; é também necessária (no sentido de que é a “posição normal do pêndulo”: qualquer desvio dela é temporário e contra nossa natureza); portanto, esta crença é intuitiva, inata; não é mero resultado de tradições, educação, raciocínio acurado e educado; 2) Portanto, a crença na existência de Deus foi colocada no coração do homem; 3) Só Deus poderia fazê-lo; 4) Logo Deus existe. b. Argumento da Causa-e-Efeito: Todo efeito tem uma causa apropriada (Hb 3:4). Portanto: 1) O poder, a inteligência, o propósito evidentes na natureza exigem e provam que Deus existe e que tem infinitos poder, inteligência e propósito; 2) O fato de o homem ser uma pessoa e ser moral exige e prova que Deus existe e que é a perfeição do saber, do sentir, do decidir, e do bem. PODERÍAMOS DIVIDIR O ARGUMENTO DA CAUSA-E-EFEITO EM QUATRO: - Argumento Cosmológico (da causa do universo) Hb 3:4: 1) A 2a. Lei da Termodinâmica diz que a entropia do universo sempre aumenta (o caos e desordem do universo aumentam, sua energia disponível diminui); Daí: Se o universo fosse eterno, sua energia utilizável, na eternidade passada, teria que ter sido infinita, o que é impossível; Logo o universo teve origem; 2) No universo, todo efeito tem que ter tido uma causa apropriada; 3)Logo o universo é o efeito de uma causa sem causa, transcendente (fora do universo e  em tudo seu superior): Deus.   -Argumento Teleológico (da causa da ordem e propósito no universo) Sl 19:1-3; Rm 1:20 (Sl 8:3-5; 94:9; Rm 1:18-23): 1) A ordem e propósito num sistema  implicam inteligência e propósito na sua causa; 2) Há assombrosa ordem e propósito no universo (o “ateu” Galeno criou “hino” de louvor a Deus, ao dissecar anatomia humana; Isaac Newton tapou a boca de “ateu” ao deslumbrá-lo com miniatura do sistema solar e dizer “não teve designer”;...); 3) Logo, o universo tem um designer transcendente, um originador e mantenedor das suas leis, inigualavelmente inteligente e com propósito: Deus.   - Argumento Ontológico (da causa da idéia de Deus): Todo homem, mesmo que sufocada e vagamente, tem a idéia de um Deus infinito e perfeito (At 17:21-23 [“ao Deus desconhecido”]; Rm 1:18-20); Esta idéia, por ser infinitamente superior ao homem e ao universo, neles não pode ter se originado; Logo ela só pode ter se originado em Deus, que existe e é infinito e perfeito.   - Argumento Antropológico ou da Causa da Moral Rm 2:14-15 (Gn 39:9 [José e a esposa de Potifar; Sl 32:3-5; 38:1-4; Ec 12:14; Mq 6:8; Rm 1:19-32; 2:14-16].): Uma voz insilenciável  fala incessantemente à consciência, exige-lhe obediência e assevera de um Juiz que punirá cada desobediência [“Não fora esta voz... e eu seria ateu” cardeal Newman]; Esta voz sobre a consciência não é nem imposta pelo indivíduo nem pela sociedade (freqüentemente lhes é contrária!); Portanto, existe alguém que fala à nossa consciência, que é bom, justo juiz, senhor, autor e mantenedor de uma lei moral permanente, absoluta e mandatória: Deus. c. Argumento da “congruência” ou “harmonia com os fatos”: Se um postulado é o único que (ou, de longe, o que mais) se harmoniza com (e explica) uma série de fatos, então ele é crido e tomado como verdadeiro (exemplo: a teoria subatômica). a existência de Deus é a única (ou, de longe, a melhor) explicação para a: crença universal na sua existência, nossa natureza moral e mental, nossa natureza religiosa, os fatos e as leis do universo. (ateísmo, panteísmo, agnosticismo, etc. não provêm uma explicação adequada, nem satisfazem nosso coração). portanto, Deus existe, é bom e santo, e todo-poderoso. A EXISTÊNCIA DE DEUS É ASSUMIDA PELA REVELAÇÃO: Gn 1:1 (Sl 14:1; 94:9-10; Is 40:12-31; Hb 11:6). A Natureza De Deus (Revelada Por Seus Atributos) - Nossa razão, mesmo imperfeita, já nos ensinou muito sobre os atributos de Deus. - a natureza, de um modo que deixa o homem sem desculpas Rm 1:20, prega que  Deus é: glorioso Sl 19:1; bom At 14:17; eterno e poderoso Rm 1:20; - APRENDAMOS, AGORA, DA SUA PALAVRA, PERFEITA: OS ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS a. Deus é a Vida: Jo 5:26 (Jr 10:10-15; At 14:15; 17:25; 2Cr 16:9; Sl 94:9-10). Deus é a fonte de toda a vida 1 Ts 1:9 (Jr 10:10-16; Ha 2:18-20). b. Deus é Espírito, incorpóreo, invisível, sem substância material, sem paixões ou partes físicas, portanto livre de todas as limitações temporais. Jo 4:24. No V.T.: Dt 4:15-20, 23 (Is 40:25; Ex 20:4). No N.T.: Lc 24:39 (1Tm 1:17; Cl 1:15; At 17:22-29; At 14:8-18). c. Deus é Pessoa, existência dotada de autoconsciência e autodeterminação [plano para futuro]. De intelecto [poder de pensar], sensibilidade [poder de emoções e sentir], e volição [poder de decidir, vontade]. Tem Nomes de Pessoa: Ex 3:14 (Jo 8:58): “EU SOU” = “Eu sou o que sou” --> auto-suficiência + soberania absoluta + imutabilidade. OS NOMES DE DEUS DIZEM-NOS QUE ELE É PESSOA, E ENSINAM-NOS MUITOS DOS SEUS ATRIBUTOS: ADONAI SENHOR  (=dono-controlador-provedor » KURIOS) MERECE OBEDIÊNCIA GN 24:3, 7,12; JS 5:14 (APLIC: ML 1:6; JO 13:13; DÁ-NOS PROVISÃO FP 4:19). EL O PODEROSO E MAJESTOSO GN 1:1; SL 19:1 ELOHIM PLURAL DE “EL”, ALUDINDO À TRINDADE GN 1:1 (VERBO SINGULAR!) EL ELION O PODEROSO ALTÍSSIMO, SUMAMENTE PODEROSO CUIDA DE TUDO, CUIDA PELOS FILHOS GN 14:22 EL OLAM O PODEROSO ETERNO NUNCA CANSA DE CUIDAR DOS SEUS IS 40:28-31 EL ROI O PODEROSO QUE VÊ Nunca esquece nem deixa de cuidar dos Seus Gn 16:13 EL SHADAI O TODO-PODEROSO CUIDA DOS SEUS, COMO MÃE A BEBÊZINHO @ SL 91:1; GN 17:1 YAHWEH (JEOVÁ) O ETERNO E AUTO-EXISTENTE (“EU SOU”) GN 2:4. O DEUS DO PACTO @ JEOVÁ ELION O AUTO-EXISTENTE ALTÍSSIMO DEUS DOS DEUSES, EXALTADO, ELEVADO, TRANSCEDENTE SL 7:17;47:2 JEOVÁ JIRÉ O AUTO-EXISTENTE PROVERÁ GN 22:13-14. CORDEIRO SUBSTITUINDO ISAAC @ JEOVÁ MIKADISKIM O AUTO-EXISTENTE VOS SANTIFICA EX 31:13. DÁ REMISSÃO, PRESERVA, SANTIFICA @ JEOVÁ NISSI O AUTO-EXISTENTE NOSSA BANDEIRA CONDUZ, LIDERA, FAZ-NOS MAIS QUE VENCEDORES EX 17:15 @ (APLIC.: SL 20:7). JEOVÁ RAA O AUTO-EXISTENTE MEU PASTOR SL 23:1 (SL 95:7). GUARDA, GUIA, NUTRE... @ JEOVÁ ROPECA = JEOVÁ RAFA O AUTO-EXISTENTE NOS SARA EX 15:26. RECOSTURA @ JEOVÁ SABAOTE O SENHOR DOS EXÉRCITOS 1 SM 1:3; IS 6:1-3. PODER E GOVERNO (HOMENS, ESTRELAS, ANJOS) JEOVÁ SHALOM O AUTO-EXISTENTE NOSSA PAZ JZ 6:24. PAZ COM E DE DEUS... @ JEOVÁ SHAMÁ O SENHOR ESTÁ PRESENTE EZ 48:35. PRESENÇA PESSOAL! @ JEOVÁ TSIDEKENU O AUTO-EXISTENTE NOSSA JUSTIÇA JR 23:6 JUSTIÇA IMPUTADA @ (APLIC.: 1CO 1:30) Tem Pronomes de Pessoa (masculinos, não neutros): Sl 116:1-2; Jo 17:3. Tem Características e Propriedades de Pessoa: Provê Sl 104:27-30. Cuida 1Pe 5:6-7. Conhece Jo 10:15. Entristece-se Gn 6:6; Ef 4:30. Ira-se 1Rs 11:9. Odeia Pv 6:16. Tem zelo (ciúme, cuidado) Dt 6:15 @. Ama Jo 3:16; Ap 3:19 Decide Jo 6:40. É amigo Jo 15:15; Hb 4:15-16. Mantém Relações de Pessoa com o Universo e com os Homens: É o: -Criador (poder eterno e infinito) de tudo: Gn 1:1 (Gn 1:26; Jo 1:1-3; Ap 4:11); -Preservador de tudo (em contínua relação pessoal) Hb 1:3 (Cl 1:15-17) (isto refuta o Deísmo); -Benfeitor de todas as vidas Mt 10:29-30 (1Rs 19:5-7; Sl 104:27-30; Mt 6:26; At 17:28; Tg 1:17); -Governante e Dominador das atividades humanas Rm 8:28 @ (Gn 39:21; 50:20; Sl 75:5-7; 76:10; Dn 1:9); - Pai de Seus filhos Gl 3:26 (Jo 1:11-13; Hb 12:5-11). Deus é Tri-Uno (3 pessoas em 1 só Deus) Consoantes à Bíblia,cremos em (e adoramos) 1 só DEUS, que em substância e natureza é 1, único, indivisível e sem similar, mas que, ó infinito mistério, é também 3 pessoas (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) eternamente: co-iguais, inter-existentes; inter-constituídas; inter-relacionadas; não separáveis mas não confundíveis; em concorde união e comunhão; as mesmas em substância mas distintas em subsistência. O Filho foi “gerado eternamente” pelo Pai Jo 1:14, o Espírito “procede eternamente” do Pai e do Filho Jo 14:16,26; 15:26. Deus é 1 Só: A razão diz que há 1 só Deus, pois Ele é Todo-Poderoso, Todo-Suficiente, Auto-Existente, é Toda a Perfeição. A Revelação diz o mesmo, que há 1 Só Deus: Dt 6:4 (Dt 4:35; Is 43:10; 44:6-8; 45:5-6; 46:9; Mc 10:18; 12:29; Ef  4:4-6; 1Tm 2:5; Tg 2:19). Deus é 3 Pessoas (Pai, Filho, e Espírito Santo): -No V.T.: a Tri-Uni-Divindade é expressa diretamente Is 48:16; 61:1-2. É insinuada em SL 2:6-9 (SL 2:1-9; 45:6-8; 110:1-5; 63:9-10; ZC 2:10-11; AT 13:33); O Espírito Santo é aludido na criação GN 1:2; O Anjo do Senhor (CRISTOFANIA) é distinguido de Deus e identificado como Ele GN 22:11-12 (GN 21:17-18; 16:7-10,13). Deus tem nome plural “ELOHIM” (com verbo singular, EM GN 1:1, ETC.!). -No N.T.: a Tri-Uni-Divindade é expressa mais explicitamente 1Jo 5:7 (Textos Recebidos!). É vista na comissão apostólica MT 28:19-20; Na bênção apostólica 2CO 13:13-14; No batismo de Jesus MT 3:16-17; No seu ensino JO 14:16,26 (JO 16:7-10); No ensino de Paulo 1CO 12:4-6 (AT 20:28; EF 4:4-6). Deus é AUTO-Existente (portanto transcendente), causador incausado, sem início. Jo 5:26 (Ex 3:14 [“Eu Sou”]; At 17:24-28; Rm 11:36; 1Tm 6:15-16). Deus é Eterno, sem princípio nem fim, não limitado pelo tempo (mas autor e consciente dele e da sua seqüência) Gn 21:33 (Ex 3:14; Dt 33:27; Sl 90:2; 93:2; 102:11,12,24-27; Is 44:6; 57:15; Jo 8:56-58; Hb 1:1-12; 2Pe 3:8; Ap 1:8). Deus é Imutável, porque o Perfeito não muda na Sua natureza, atributos e conselhos (decretos). Mas Ele sente e age, só que sempre em coerência com Sua natureza e caráter, imutáveis. Ml 3:6 (Nu 23:19 + Hb 6:17-18; 1Sm 15:29 e Sl 102:26-27; 2Tm 2:13; Hb 13:8; Tg 1:17). Deus é Onisciente, conhece perfeita e simultaneamente, e como em um eterno “agora”, todas as coisas que são Rm 11:33 (Dt 29:29; Sl 147:4-5; Is 40:28). Deus conhece: nosso coração 1JO 3:20; tudo o que acontecerá AT 15:18 (IS 46:9-10; AT 2:23); tudo que aconteceria em todas as circunstâncias possíveis (1SM 23:12; MT 11:23); o plano total dos séculos EF 1:9-12 (PV 5:21; RM 8:28-30; EF 3:4-9; CL 1:25-26); o bem e o mal PV 15:3 (ML 3:16); os homens PV 5:21 (EX 3:19; 2 RS 7:1-2; SL 33:13-15; 41:9; SL 69:5; Jr 1:5; MT 10:30; 20:17-19; AT 3:17-18; GL 1:15-16; Hb 4:13; 1PE 1:2; 1:20 + MC 13:32); tudo na natureza, toda estrela, todo passarinho JÓ 37:16; SL 147:4; IS 42:9; MT 10:29-30; os feitos do homem SL 139:2-3; JR 16:17; as palavras do homem SL 139:4; os pensamentos e imaginações do homem 1Rs 8:39; 1CR 28:9; SL 44:21; 139:2,4,11,13; Lc 16:15; Rm 8:27; 1Jo 3:20; as  necessidades e tristezas do homem Ex 3:7; Mt 6:32. Deus é Onipotente, tem todo o poder, pode fazer acontecer tudo que deseje Mt 19:26 (Gn 17:1; 18:14; Ex 6:3; Jó 42:2; Sl 93:3-4; 115:3; Jr 32:17; Ap 19:6). Fp 4:13. Deus domina sobre: a natureza GN 1:1-3 (SL 33:6-9; 107:25-29; NA 1:3-6); A experiência humana GN 39:2-3,21; EX 7:1-5; SL 75:6-7; DN 1:9; 4:19-37 (SL 76:10; LC 12:13-21; JO 17:2; AT 17:28; TG 4:12-15); os anjos DN 4:35 (HE 1:13-14); os demônios JÓ 1:12 (JÓ 2:6; LC 22:31-32; TG 4:7; AP 20:2). Deus é Imenso e Infinito: enche e ultrapassa todo o espaço (1Rs 8:27; Is 66:1; Jr 23:23-24). Deus é Onipresente: imanente, simultaneamente presente em todos os locais Sl 139:7-10 (Jr 23:23-34; Mt 18:20; At 17:24-28). No presente tempo: a presença, o trono e a glória de Deus se manifestam de forma toda especial e plena no céu JO 20:17 (1RS 8:30; MC 1:9-11; JO 14:28; AP 21:2-3,10,22-23; 22:1,3). Deus Filho manifestou-se na terra JO 3:13 e agora está no céu AT 7:56; EF 1:20. Deus Espírito Santo manifesta-se: na natureza GN 1:2; SL 104:30; em todos os crentes @ JO 14:16-17,19-20,23; RM 8:9; e junto aos descrentes JO 16:7-11.: Deus é Auto-Suficiente: não precisa de nada nem de ninguém Sl 50:10-12. Deus é Sábio: 1Tm 1:17; Jd 1:25. Deus é Soberano sobre tudo e todos: 1Sm 2:6-8; 1Cr 29:11-12; Ap 4:11. Deus é Incompreensível: Jó 11:7-9; Rm 11:33. Deus é Inescrutável: Rm 11:33. OS ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS Deus é Santo, exaltado sobre tudo, inteiramente separado de todo o mal e tudo que conspurca Lv 11:44 (Ex 15:11; Lv 11:43-45; Dt 23:14; Jó 34:10), absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e caráter 1Jo 1:5; Sl 99:9 (Is 57:15; Ha 1:13; 1Pe 1:15-16). Hb 12:28-29; 1Pe 1:15-16. A santidade de Deus é o Seu atributo mais exaltado e destacado, que governa todos os demais! Is 6:3; Ap 4:8. São Santos: O Pai JO 17:11, O Filho AT 3:14 (IS 41:14) E o Espírito Santo EF 4:30. Deus odeia o pecado HA 1:13 (GN 6:5-6; DT 25:16; PV 6:16-19; 15:9,26); Deleita-se naquilo que é santo e reto PV 15:9 (LV 19:2; 20:26); Não ouve, antes se separa do pecador IS 59:1-2 (EF 2:13; JO 14:6); Liberta o piedoso arrependido, fazendo-o frutificar 1PE 2:24 (RM 8:1-4; 6:22). a santidade de Deus: revela a negritude de nosso pecado JÓ 42:5-6 (IS 6:5); exige arrependimento + expiação (por sangue!) antes do perdão HB 9:22; 10:19; EF 1:7 (CL 1:14); exalta a graça e o amor remidor de Deus RM 5:6-8; (JO 3:16); Causa-nos reverência e temor HB 12:28-29 (EX 3:4-6; IS 6:1-3). Portanto, Deus é Reto e Justo: É reto no que é e faz (Sl 89:14), e ao impor lei e exigências retas Sl 145:17 (Ed 9:15; Sl 116:5; Jr 12:1; 17:25;); É justo por executar as penalidades impostas pelas Suas leis Sf 3:5 (Dt 32:4; Sl 119:137-138). a retidão e justiça de Deus manifestam-se nos Seus infalíveis: amor à retidão e indignação contra o pecado Sl 11:4-7; punição dos perversos e injustos Dn 9:12,14 (Gn 6:5,7; Ex 9:23-27; 34:6-7; Sl 5:4-6; 2Co 12:5-6; Ap 16:5-6); perdão ao arrependido-crente 1Jo 1:9; cumprimento de Sua Palavra e  Suas promessas aos que Lhe pertencem Ne 9:7-8; libertação e defesa de Seu povo Sl 103:6 (Sl 129:1-4); recompensa aos justos-em-Cristo Hb 6:10 (Jo 6:29; 1Co 3:11-15; 2Tm 4:8; 2Jo 8); propiciação para perdoar o pecado e justificar aquele que exercer fé no substituto Rm 3:24-26. Deus é Amor: 1Jo 4:8 (Ef 3:19; 1Jo 4:16); dá-Se (Jo 3:16; Tg 1:15), desejando, buscando e deleitando-se no melhor interesse das Suas criaturas Rm 5:8 (Mt 5:44-45; 1Jo 3:16-17; 4:7,8,16). - Deus ama: Seu Filho Mt 3:17 (Mt 17:5; Lc 20:13; Jo 17:24) (amor original e desde a eternidade); Aos unidos ao Seu Filho  Jo 16:27 (Jo 14:21,23); A cada ser humano Jo 3:16 (1Tm 2:3-4; 2Pe 3:9); aos “mortos no pecado” Rm 5:6-8; (Ez 33:11; Ef 2:4-5); A Israel Dt 7:7-8; Is 49:15; Jr 31:3; À Igreja Ef 5:25-32; A quem contribui com alegria 2 Co 9:7. - O amor de Deus se manifesta em: o sacrifício do seu Filho jo 3:16 (1JO 4:9-10); levar-nos a arrepender RM 2:4; perdoar os arrependidos-crentes IS 55:7; guiar e proteger os amados-obedientes DT 32:9-12 (DT 33:3,12; IS 48:14,20-21); castigar-para-o-bem seus filhos HB 12:6-11, afligir-se por seus filhos IS 63:9 (IS 49:15-16). - Matizes do amor de Deus: infinitos: Deleitar-se-na-aprovação Sf 3:16 (Mt 17:5); Compadecer-se  da aflição Is 63:9; Íntima e profunda afeição Jo 17:23; Lc 6:35; Is 55:7 (Sl 32:10; 86:5). Portanto, Deus é Misericórdia e Graça: É misericordioso ao cancelar as penalidades merecidas e aliviar os angustiados Sl 103:8 (Dt 4:31; Sl 62:12; 86:15; 103:8-17; 145:8-9; Jn 4:2); É gracioso ao por amor em ação e conceder bênçãos àqueles que só merecem o contrário, mas arrependeram-se e creram Ef 2:8-10 (Sl 111:4; 116:5; At 20:24,32; Rm 3:24; 5:20; 11:6; 2Co 9:14; Tt 2:11; Hb 4:16; 1Pe 2:3; 4:10; 5:10). 1Jo 4:7-8. -A LEI E A GRAÇA CONTRASTADAS (C. I. SCOFIELD): A  Lei A GRAÇA DEUS PROÍBE E EXIGE EX 20:1-17 DEUS ROGA E CONCEDE 2CO 5:18,21 MINISTÉRIO DE CONDENAÇÃO RM 3:19 MINISTÉRIO DE PERDÃO EF 1:7 CONDENA GL 3:10 REDIME DA CONDENAÇÃO GL 3:13; DT 21:22-23 MATA RM 7:9,11 DÁ VIDA, VIVIFICAJO 10:10 FECHA TODAS AS BOCAS PERANTE DEUS GL 3:19 ABRE OS LÁBIOS PARA LOUVÁ-LO RM 10:9-10; SL 107:2 PÕE INTRANSPONÍVEL DISTÂNCIA ENTRE O PECADOR E DEUS EX 20:18-19 TRÁS O CULPADO AOS BRAÇOS DE DEUS EF 2:13 “OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE” EX 21:24 “... A QUALQUER QUE TE FERIR NA FACE DIREITA, VOLTA-LHE TAMBÉM A OUTRA” MT 5:39 “FAZE, E VIVERÁS” LC 10:28 “CRÊ, E VIVERÁS” JO 5:24 CONDENA TOTALMENTE O MELHOR DOS HOMENS FP 3:4-9 JUSTIFICA GRATUITAMENTE O PIOR LC 23:34; RM 5:6; 1TM 1:15; 1CO 6:9-11 É UM SISTEMA DE PROVAÇÃO GL 3:23-25 É UM SISTEMA DE FAVOR EF 2:4-5 APEDREJA TODOS OS ADÚLTEROS DT 22:21 “NEM EU TAMPOUCO TE CONDENO...” JO 8:1,11 (T. RECEBIDOS!) A OVELHA MORRE PELO PASTOR 1SM 7:9; LV 4:32 O PASTOR MORRE PELA OVELHA JO 10:11 @ - A MISERICÓRDIA E A GRAÇA CONTRASTADAS: A MISERICÓRDIA A GRAÇA   PERDOA JUSTIFICA 1TM 1:13; RM 3:24 (EX 34:7) REMOVE A CULPA E A PENA IMPUTA A JUSTIÇA PV 28:13; RM 4:5 SALVA DA PERDIÇÃO, E DO INFERNO PROVÊ UMA NOVA NATUREZA, O CÉU SL 6:4; EF 2:8-10 LIBERTA TRANSFORMA LC 10:33,37; TT 2:11-12 (EF 4:22-23). Deus é Verdadeiro e Fiel: Dt 7:9; Sl 36:5; 89:1-2; Lm 3:22-23; Jo 17:3; Tt 1:1-2; Hb 6:18 // Gn 8:22; Sl 119:90; Cl 1:17 // Js 23:14; 2Sm 7:12-13 // 2Co 10:13 // Sl 119:75; Hb 12:6 // 1Jo 1:9 // Sl 143:1 // 1Co 1:8-9; 1Ts 5:23-24; 2Ts 3:3 // 1Sm 12:22; 2Tm 2:13. Deus é Luz: 1Jo 1:5,7; 2Co 4:6. Deus é Bom, bondoso: Sl 23:6; 107:8; Rm 2:4. AS OBRAS DE DEUS NA CRIAÇÃO a. Em Deus foram criadas todas as cousas, visíveis e invisíveis: Cl 1:16. b. Deus criou os céus e a terra: GN 1:1; c. De modo todo especial, Deus criou o homem, Adão, do pó da terra: GN 2:7. NA PRESERVAÇÃO (Deus preserva, mantém e sustém tudo que trouxe à existência) a. NEle tudo subsiste: Cl 1:17. b. Ele preserva todas as coisas: os homens e animais SL 36:6. O caminho dos seus santos PV 2:8. O céu e seus exércitos, a terra, mares, e tudo que neles há NE 9:6. NA SUA PROVIDÊNCIA Deus antevê, guia, dirige e governa todos os eventos para os Seus santos propósitos: Tudo Sl 103:19. O universo Js 10:12-14 (parou o sol); SL 147:16-18. Os animais e plantas Jn 1:17 (o grande peixe); Mt 6:30,33 (os lírios do campo). As nações Sl 66; Dn 2:21. O homem Ex 10:27 (Faraó); Sl 75:7. O crente Sl 4:8; 1CO 10:13 (O escape das provações). O DECRETO (CONSELHO) DE DEUS O decreto (conselho) de Deus é o eterno e infalível propósito ou plano pelo qual Ele tem declarado fixas todas as coisas. O decreto de Deus abrange sua vontade eficaz e sua vontade permissiva. dentro do Seu plano soberano, Deus deu ao homem a liberdade de escolher, este é responsável por suas decisões (Jz 21:25; AT 2:23). Seu decreto é eterno Sl 33:11. Sábio Sl 104:24. Livre (sem obrigação interna ou externa, mas em harmonia com sua natureza) Is 40:13-14 (Sl 135:6). Eficaz (tudo que Deus decretou acontecerá): Is 14:24,27. Traz glória a si mesmo Ap 4:11. Podemos descansar no Seu poder e promessas! Rm 8:28-32. O PLANO DE DEUS EM RELAÇÃO AO UNIVERSO E AOS HOMENS: O Plano de Deus cobre tudo e todos: Sl 46:10; 119:89-91; Is 14:26-27; 46:10-11; Dn 4:35. Cobre nossa salvação Ef 1:4, 5, 9,11; Os tempos e limites da habitação da raça humana AT 17:26; A extensão da vida humana JÓ 14:5, 14; SL 139:16; As boas obras do crente EF 2:10; FP 2:12-13; O mal que Deus torna em bem GN 50:20; O reino de Cristo Sl 2:6-8; MT 25:34.   3.CRISTOLOGIA: A. Definição Cristologia é o estudo da Doutrina de Cristo segundo as Escrituras. "Jesus" quer dizer "Javé é Salvador"; é a forma grega de "Josué" (#Mt 1.21). "Cristo" quer dizer "Ungido"; é o mesmo que o termo hebraico MESSIAS . B. Quem é Jesus Cristo Jesus Cristo é a segunda pessoa da Trindade. Através dele o universo foi criado e é mantido em existência (Jo 1.3; Cl 1.16-17). Ele é o ANJO do Senhor que aparece no AT (Gn 18). Esvaziou-se da sua glória e se humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6-11). O seu ministério terreno durou mais ou menos 3 anos e meio. Jesus ensinou a verdade de Deus por preceitos e por parábolas. Ele fez milagres, curando enfermos e endemoninhados, fazendo sempre o bem. Foi rejeitado pela maioria do povo e pelas autoridades, sendo submetido à morte de cruz. Foi sepultado, mas ressuscitou ao terceiro dia. Depois subiu ao céu, onde está para interceder pelos seus (Hb 7.25). E o salvo está unido com Cristo, que vive nele pelo seu Espírito (Rm 8.9-11; Gl 2.20; 4.6; Fp 1.19). Na sua segunda vinda Jesus Cristo julgará os vivos e os mortos (2Tm 4.1). I. A Natureza de Cristo A. A Natureza Humana de Cristo 1. Ascendência Humana 1.1 Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8). 1.2 Feito da Semente (esperma) de Davi: a) Sem (Gn.9:27). b) Abraão (Gn.12:1-3). c) Isaque (Gn.26:2-5). d) Jacó (Gn.28:13-15). e) Judá (Gn.49:10). f) Davi (IISm.7:12-16). 2. Crescimento e Desenvolvimento Naturais: 2.1 Vigor Físico (Lc.2:52). 2.2 Faculdades Mentais (Lc.2:40). 3. Aparência Pessoal (Jo.4:9). 4. Natureza Humana Completa: 4.1 Corpo (Mt.26:12). 4.2 Alma (Mt.26:38). 4.3 Espírito (Lc.23:46). 5 Limitações Humanas: 5.1 Limitações Físicas: a. Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28). b. Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5). c. Fome (Mt.21:18). d. Sede (Jo.19:28). e. Sofrimento e Dor (Lc.22:44). f. Sujeição à Morte (ICo.15:3). 5.2 Limitações Intelectuais: a) Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52). b) Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc.11:13). c) Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32). 5.3 Limitações Morais (Hb.2:18; 4:15). [Hélio discorda, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm] 5.4 Limitações Espirituais:[Hélio discorda, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm] a) Dependia das Orações (Mc.1:35). b) Dependia do Espírito Santo (At.10:38; Mt.12:28). 6. Nomes Humanos: a. Jesus (Mt.1:21). b. Filho do Homem (Lc.19:10). c. O Nazareno (At.2:22). d. O Profeta (Mt.21:11). e. O Carpinteiro (Mc.6:3). f. O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5). 7. Relação Humana com Deus: a. Como Mediador e Sacerdote; Como representante da humanidade Jesus falava com Deus (Mc.15:34). b. Kenosis: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua natureza divina; não houve auto extinção. Também o Ser divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus (Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o uso independente do Seu poder para depender do Espírito Santo. [Hélio discorda de algumas coisas, ver CristologiaADoutrinaDeusFilho-CursoHelio.htm e Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm] B. A Natureza Divina de Cristo 1. Nomes Divinos: a. Deus (Jo.1:1; Jo.1:18 (ARA); Jo.20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8). b. Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36; c. Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6). d. O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9). e. Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6; Jz.13:18). f. Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21). g. Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21; Sl.24:8-10). h. Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11). O termo "Senhor" em grego é Kurios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à pessoas humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados deuses, e somente à eles era permitido aplicar este título, no sentido de divindade (At.2:36; IICo.4:5; Ef.4:5; IIPe.2:1; Ap.19:16). 2. Pelo culto divino que Lhe é atribuido: a. Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10). b. Jesus aceitou e não impediu Sua adoração (Mt.14:33; Lc.5:8;24:52). c. O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23 com Fp.2:10,11). d. A Igreja primitiva o adorou e orava Ele (At.7:59,60; IICo.12:8-10). 3. Pelos ofícios divinos que Lhe foram atribuídos: a. Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16). b. Preservador (Cl.1:17). c. Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49). d. Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4 com Jo.1:23; Is.8:13,14 com IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e Sl.118:22; Nm.21:6,7 com ICo.10:9(ARA = Senhor; ARC = Cristo; nogrego = Criston); Sl.102:22-27 com Hb.1:10-12; Is.60:19 com Lc.2:32; Zc.3:1,2). 4. Pela associação de Jesus, o Filho, com o nome de Deus Pai (IICo.13:14; ICo.12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3; Mt.28:19). 5. Atributos divinos Lhe são atribuídos: 5.1 Atributos de Natureza: a) Onisciência (Jo.1:47-51;4:16-19,29;6:64;16:30;8:55; Jo.10:15;21:6,17; Mt.11:27;12:25;17:27; Cl.2:3). b) Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23). c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8). d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2). e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6). f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27). g) Auto-Existência (Jo.1:1,2). h) Espiritualidade (IICo.3:17,18). 5.2 Atributos Morais: a) Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35; Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24). b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1). c) Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20). 6. Títulos dados igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo: a. Deus: Deus Pai (Dt.4:39; IISm.7:22; IRs.8:60; IIRs.19:15; ICr.17:20; Sl.86:10; Is.45:6;46:9; Mc.12:32), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1; Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20). b. Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20). c. Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6). d. Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1; Tt.2:13; Jd.25). e. Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23). f. Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo (Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5). g. Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5). h. Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5). i. Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus Cristo (IIPe.1:11;2:20;3:18). j. Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6). l. Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6). m. Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo (IJo.4:14). n. O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo (Is.41:14;43:3;47:4;54:5). o. Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo (Ap.17:14;19:16). p. Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58). q. O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo (Ap.1:11,17;2:8;22:13). r. O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9). s. O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20). 7. Obras atribuídas igualmente a Deus e a Jesus Cristo: a. Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10). b. Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1) c. Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24; Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18). d. Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; IICo.1:9;4:14), Jesus Cristo (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21). e. É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29). II. Os Ofícios de Cristo 1. Profeta a. Como Profeta Jesus pregou a salvação. Is 61. 1-2; Lc 4.17-19. b. Como Profeta Jesus anunciou o reino. Mt 4.17 c. Como Profeta Jesus predisse o futuro. Mt 24 - 25 2. Sacerdote Jesus Cristo é o eterno Grande Sacerdote, que se ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito a Deus a fim de tirar os pecados da humanidade. É por meio dele que Deus faz uma nova e perfeita aliança com o seu povo. E é por meio de Jesus Cristo que se consegue a salvação eterna. Hb 9. 11 - 27   3. Rei a. Profetizado II Sm 7.12 - 16: "Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre." Preste atenção às palavras grifadas. b. Cumprido. Lc 1. 30 - 33: "Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.". Preste atenção novamente às palavras giifadas. C. Estabelecido. Dn 2.44; Ap 11.15; 12.10; 19.16; 20. 1-4; Sl 2. 4-9; III. A Obra de Cristo 1. Sua Morte. a. Sua importância. ICo 15.3 b. Seu significado. 2Co 5.21 2. Sua Ressurreição a. O fato. ICo 15.20 b. A evidência. Mt 28. 1-6 c. O significado. Rm 1.4 3. Sua Ascenção. At 1.9   4.PARACLETOLOGIA: 6 - PNEUMATOLOGIA – A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO O Espírito Santo é uma das pessoas da Trindade Divina, sendo constituído da mesma essência da divindade e plenamente Deus, como Deus o Pai e Deus o Filho. A palavra espírito tem sua origem no hebraico – RUAH – ou no grego – PNEUMA – de onde vem a palavra pneumatologia, a doutrina do Espírito Santo. As doutrinas da Trindade e das pessoas da divindade não são passíveis de entendimento racional pela mente do homem finito, mas são claramente reveladas pela Escritura. Por este motivo, é necessário buscar a confirmação bíblica de todas as afirmações referentes ao estudo da doutrina do Espírito Santo, a pneumatologia. O Pai e o Filho são termos que indicam relacionamento, da mesma forma, o Espírito Santo é assim chamado pela sua natureza e pela sua operação como a causa da regeneração e santificação dos homens. O Filho é a perfeita imagem de Deus, e o Espírito é a operação do poder de Deus. A natureza e ofício do Espírito: Natureza: O Espírito não é uma emanação ou manifestação do poder de Deus, mas uma pessoa eterna e coexistente na essência do Deus único da Trindade Divina, ele é infinito, perfeito e santo possuindo todas as qualidades e atributos divinos em posse de sua pessoa, sendo distinto do Pai e do Filho em uma essência única que é o Deus da Escritura. 2 Coríntios 3,17: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. O Espírito de Deus é referido já no segundo verso da bíblia e em várias partes do Velho Testamento, porém os hebreus consideravam o Espírito como uma emanação de Deus ou como a simples presença ou o poder de Deus. O Espírito não deve ser visto como criado ou simplesmente emanando ou emanado do poder de Deus, mas como uma pessoa divina coeterna e coexistente com Deus. O Espírito pairava sobre o caos, transformando a matéria criada em um universo ordenado conforme a vontade de Deus. Gênesis 1,2: “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”. Ofício: O Espírito executa no mundo criado as decisões de Deus, sempre procedente do Pai e do Filho. Ele é a fonte de toda a vida, ele habita no crente e provê a preservação de sua salvação, toda a inteligência dos seres vivos, desde a estrutura genética das plantas e animais microscópicos até o mais sofisticado cientista, tem sua fonte única na onipresença e onisciência do Espírito de Deus, a matéria é inanimada e só possui vida, movimento e intelectualidade através do Espírito, sempre provindo do Pai e do Filho. Salmo 104,29-30: “Se ocultas o rosto, elesse perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem e voltam ao seu pó. Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra”. As operações gerais do Espírito referem-se às obras da criação e providência, pelas quais ele origina, mantém e dirige toda a vida natural, concedendo dons e restringindo o poder do pecado na realização do plano eterno de Deus. As operações especiais do Espírito referem-se à operação da redenção onde ele aplica a obra de Cristo nos escolhidos do Pai, concedendo, unicamente pela graça, os dons da fé, do arrependimento e preservando a salvação, pela sua comunhão permanente, durante toda a vida terrena do crente. Romanos 8,11: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”. Cristo é a luz do mundo, dele emana todo o conhecimento de homens e anjos, salvos ou caídos, mas o Espírito é quem distribui estes dons, sendo a origem e razão da vida intelectual em toda a terra. O Espírito se relaciona com o homem através da mente extracorpórea, entende-se aqui a mente como a alma (espírito), que constitui juntamente com o corpo a unidade psicossomática do homem. O Espírito opera a natureza racional do homem através da alma, esta ação do Espírito é geral para toda a humanidade e não se relaciona com a ação santificadora que exerce nos regenerados para a preservação de sua salvação. Jó 32,8: “Na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz sábio”. Jó 35,10-11: “Mas ninguém diz: Onde está Deus, que me fez, que inspira canções de louvor durante a noite, que nos ensina mais do que aos animais da terra e nos faz mais sábios do que as aves dos céus?”. Esta sabedoria referida nestes versos, no livro de Jó, pode ser a sabedoria secular: cientistas, artistas, técnicos e enfim, todas as qualidades intelectuais que fazem o homem sábio em suas atividades no mundo. O dom artístico e especial também provém do Espírito. Êxodo 31,2-5: “Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício, para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores”. A habilidade política e administrativa também é concedida pelo Espírito, como se pode ver em Moisés, Josué, nos Juízes, em Gideão e todos os líderes do povo judaico e também de outros povos, como por exemplo: Ciro e Dario. Números 27,18: “Disse o SENHOR a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos”. Ofício do Espírito na redenção do homem: A encarnação: O corpo de Cristo no ventre da virgem foi gerado pelo poder de Deus através do Espírito Santo. Lucas 1,35: “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus”. A natureza humana de Cristo: Os dons da natureza humana de Cristo foram elevados a um patamar superior ao de todos os homens da história da humanidade através da ação do Espírito. João 3,34: “Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida”. O profeta Isaías já profetiza este fato alguns séculos antes: Isaías 42,1: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios”. A revelação: o Espírito é o único revelador da verdade divina, todos os profetas falaram pelo Espírito, todos os escritores bíblicos foram inspirados pelo Espírito e toda a revelação da Palavra aos eleitos de Deus é feita através do Espírito. Miquéias 3,8: “Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado”. É preciso lembrar sempre que a ação salvadora e preservadora do Espírito é proveniente da graça de Deus e da redenção adquirida por Cristo, sendo que o Espírito atua procedente do Pai e do Filho, toda a ação da salvação e da revelação da Palavra é obra da Trindade Divina, operada pelo Espírito em pleno consenso dentro da Trindade. Lucas 11,13: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”. A verdade de Deus: toda a verdade é revelada pelo Espírito, que transmite este conhecimento aos homens em maior ou menor grau, conforme os dons definidos pela graça de Deus, mas também pode trazer aos reprovados a operação do erro, afim de que não vejam, não ouçam e não sejam salvos. Os réprobos, todavia, não necessitam da operação do erro para que não venham a crer, pois o homem natural não discerne as coisas de Deus e nem pode conhecê-las, pois elas somente se conhecem através do Espírito. 1 Coríntios 2,14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. O ofício geral da redenção: todas estas funções do Espírito conduzem a uma atividade particular na redenção do homem que pode ser definida como: transmitir o conhecimento, convencer o mundo do pecado, aplicar o dom da fé em Cristo aos eleitos justificados, regenerar o homem e preservar sua salvação, trazer o arrependimento e a necessidade de mudança de vida, unir os crentes a Cristo e a si mesmos através da igreja. A restrição do pecado: esta também é uma importante função do Espírito onde ele atua restringindo a possibilidade de homens e anjos caídos realizarem todo o mal que pretendem. Pode-se ver, desta forma, que o Espírito Santo é o operador de toda a verdade, da santidade, da consolação e preservação dos eleitos e da igreja, assim como o equilíbrio do mundo pela restrição da maldade pretendida pelos réprobos e anjos caídos. A DOUTRINA DO ESPÍRITO NA IGREJA CRISTÃ Os cristãos primitivos, até o início do quarto século, acreditavam que havia um Espírito Santo, da mesma natureza do Pai e do Filho, pelo qual eles eram, por meio de Cristo, reconciliados com o Pai. Os crentes confessavam esta fé no ato do batismo e no recebimento da bênção apostólica. Não havia entre os teólogos da época uma definição da pessoa e ofício do Espírito Santo, mas no século terceiro a controvérsia ariana tomou vulto, e o Concílio de Nicéia, em 325 d.C. e logo em seguida o Concílio de Constantinopla, em 381 d.C. foi convocado para definir a doutrina do Espírito Santo. O Credo Apostólico afirma simplesmente: Creio no Espírito Santo, estas mesmas palavras foram afirmadas no Credo Niceno, mas no Credo de Constantinopla, ficou definida a doutrina do Espírito, com a seguinte forma: “Creio no Espírito Santo, o divino, o doador de vida, que procede do Pai, o qual deve ser adorado e glorificado com o Pai e com o Filho, e o qual falou pela boca dos profetas”. O Credo Atanasiano, que veio logo em seguida afirma que: “O Espírito é consubstancial com o Pai e com o Filho, é eterno e não criado, onipotente, igual em majestade e glória e procede do Pai e do Filho”. As afirmações do Credo de Constantinopla, complementadas pelo Credo Atanasiano, permanecem até hoje como norma de igreja cristã, sendo todas as variações assumidas pelos arianos, sabelianos, socinianos, arminianos e dispensacionalistas consideradas heréticas e abomináveis a Deus e à igreja de Cristo. A personalidade do Espírito A personalidade, ou pessoalidade, do Espírito Santo somente é abordada com clareza no Novo Testamento, mas existem várias afirmações deste fato no Velho Testamento que não foram reveladas aos hebreus como manifestações pessoais, eles consideravam o Espírito como uma emanação do poder de Deus. Na criação do mundo, de acordo com livro do Gênesis, além do segundo verso, onde o Espírito paira sobre o caos, Deus manifesta claramente a pluralidade de pessoasna sua essência. Gênesis 1,26: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”. Gênesis 11,7: “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro”. AS PROFECIAS SOBRE O ESPÍRITO SANTO NO VELHO TESTAMENTO Existem no Velho Testamento profecias sobre a obra do Espírito Santo e o ministério de Jesus Cristo. A unção do Espírito: Isaías 61,1: (*) “O Espírito (RUAH) do SENHOR (YAHWEH) Deus (ADONAI) está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados”. (*) Também fica definida, neste verso, a pluralidade de Deus, as três pessoas da divindade são apresentadas de forma distinta e pessoal. O conhecimento: Isaías 11,1-2: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR. A salvação do povo de Deus: Isaías 44,3: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes”. A regeneração: Ezequiel 36,27: “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”. O Pentecostes: O profeta Joel prevê o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes. Joel 2,28-29: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias”. A PROMESSA DO ESPÍRITO NO NOVO TESTAMENTO Antes de sua morte, Jesus prometeu que ele e o Pai enviariam a seus discípulos outro consolador, ou paráclito (Parakletos) - o Espírito Santo - um ajudador e conselheiro que daria continuidade à obra de Cristo. O fato de Jesus prometer outro paráclito indica que Jesus foi o primeiro deles e promete outro que irá proceder à aplicação e manutenção de sua obra, em seu nome e como um dom de Deus, infundindo e mantendo no crente justificado a fé e o arrependimento para a vida, necessários à salvação. O ministério do Espírito Santo é um ministério relacional e pessoal, o que implica na pessoalidade do Espírito. João 14,16-17: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”. Após sua ressurreição Jesus coloca o Espírito sobre os apóstolos, afim de que o recebessem, como um dom de Deus, para a realização da obra a eles destinada. Pode-se observar claramente pela Escritura, que os apóstolos somente venceram o seu medo e timidez após a ressurreição. A obra dos apóstolos é a continuação da obra de Jesus, motivo pelo qual ele os envia no poder do Espírito. João 20,22: “E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”. Os apóstolos não receberam somente a ousadia através do Espírito, mas também foram guiados pela instrução do Espírito em seu ministério. João 16,13-14: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”. O Pentecostes O dia de Pentecostes é o dia da comemoração da colheita, era uma data festiva comemorada pelos judeus cinquenta dias após a páscoa, sendo uma festa importante no calendário judaico. Este foi o dia em que os primeiros cristãos receberam o Espírito publicamente, como demonstração do poder de Deus, falando em línguas diversas que eram entendidas pelos judeus de diversas localidades que haviam vindo a Jerusalém para a festa. Este foi um milagre de Deus, e, como todo o milagre, teve uma finalidade específica e determinada, demonstrando aos presentes o poder de Deus em Cristo através do Espírito para a salvação daquele que crê, tanto gentios como judeus. Pode-se notar claramente nos versos abaixo, no livro de Atos, que as línguas faladas neste dia eram perfeitamente inteligíveis às pessoas presentes, tratando-se de línguas utilizadas usualmente em diversos outros países e regiões, línguas oficiais e reconhecidas pelos visitantes presentes como linguagem corrente em seus países de origem. Não se pode utilizar estes versos para justificar o falar em línguas que se vê hoje nas igrejas pentecostais, que não passam de grunhidos e sons grotescos e ininteligíveis, constituindo nada mais que superstição grosseira que desonra a igreja de Cristo. Atos 2,4-6: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua”. João Batista profetizou que Jesus batizaria com o Espírito, este fato havia sido previsto no Velho Testamento pelo profeta Joel e Jesus tinha repetido a promessa. O Pentecostes selou de forma definitiva o final da era do Velho Testamento e marcou o início do cristianismo. A partir do derramamento do Espírito no Pentecostes, o desenvolvimento do ministério cristão recebeu um avivamento formidável que o levou a todos os povos do mundo conhecido naquela época. Colossences 1,6: “Que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade”. A pessoalidade do Espírito Santo: O Espírito Santo é descrito na Escritura como uma pessoa, tanto quanto o Pai ou o Filho. A negação da pessoalidade ou divindade do Espírito se constitui em heresia grave, pois nega a Trindade Divina e como consequência todo cristianismo. Por outro lado, existe hoje na igreja evangélica grande abuso no relacionamento com o Espírito nas religiões pentecostais e carismáticas. É necessário muito cuidado com as referências e relações com o Espírito, não é possível ter muito ou pouco de um ser infinito, também não é possível a um ser onipresente estar em um lugar e não estar em outro, também não é possível a um ser onipotente estar em algum lugar com muito poder e em outro com menor poder, não se deve esquecer que o Espírito é Deus e usar o seu nome em vão é desobedecer aos mandamentos divinos, principalmente ao terceiro, que é o único mandamento que vem com advertência. Êxodo 20,7: “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”. Nenhuma igreja ou denominação detém o poder de manipular o Espírito pretendendo fazer uso de seu poder em batismos, curas ou qualquer outra atividade, o batismo é em o nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e não no Espírito. João 3,8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”. Provas bíblicas da pessoalidade do Espírito Santo: O Espírito Santo Fala: Atos 8,29: “Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o”. O Espírito Santo ensina: João 14,26: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”. O Espírito Santo busca: 1 Coríntios 2,10: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus”. O Espírito Santo testemunha: João 15,26: “Quando,porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”. O Espírito Santo determina: 1 Coríntios 12,11: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente”. O Espírito Santo intercede: Romanos 8,27: “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos”. O Espírito Santo se aborrece: Efésios 4,30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”. Estas afirmações somente podem ser dirigidas a um ser pessoal. A divindade do Espírito Santo O Espírito Santo é representado na Escritura como possuindo a autoridade e os atributos divinos, os Pais da Igreja nunca apresentaram dúvidas quanto à divindade do Espírito e também concordam com o fato de que ele é uma pessoa. No velho testamento as realizações de Deus e do Espírito são usadas frequentemente de forma intercambiável. Salmo 51,11: “Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito”. Salmo 104,30: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra”. A bênção apostólica: 2 Coríntios 13,14: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”. A fórmula batismal: Mateus 28,19: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. O Espírito Santo é eterno: Hebreus 9,14: “Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” O Espírito Santo é Onipresente: Salmo 139,7: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” Deixar de reconhecer a divindade do Espírito Santo é perverter e deturpar a doutrina da Trindade, perdendo-se assim o conhecimento do verdadeiro Deus. Não há serviço ou louvor verdadeiro quando o Deus da Escritura não é cultuado: o Deus da Trindade Divina. Oséias 6,6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”. As obras de Deus são realizadas pelo Espírito: Criação: Jó 33,4: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida”. Encarnação: Mateus 1,18: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo (*)”. (*) Pelo poder de Deus, através do Espírito Santo. Regeneração: João 3,5: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. A nova vida: Romanos 8,11: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”. As profecias: 2 Pedro 1,21: “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. Vê-se ainda que no livro de Isaías, onde ele apresenta o SENHOR dos exércitos falando, o apóstolo Paulo reapresenta estes mesmos versos no livro de Atos como o Espírito assumindo esta fala; Isaías 6,5-9: “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais”. Atos 28,25-26: “E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis”. Novamente em Isaías, onde Deus foi contristado, o Espírito foi contristado e se tornou em inimigo pelejando contra eles. Isaías 63,7-10: “Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades. Porque ele dizia: Certamente, eles são meu povo, filhos que não mentirão; e se lhes tornou o seu Salvador. Em toda a angústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade. Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles”. PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO A maior prova da divindade do Espírito Santo é o pecado imperdoável conforme afirmado por Jesus quando confrontado pelos fariseus quanto à realização dos milagres em seu ministério. Os fariseus atribuíram os milagres de Jesus, executados através do Espírito Santo, a espíritos vulgares - a Belzebu, o chefe dos demônios - desprezando e blasfemando contra a ação do Espírito, o que provocou a reação de Jesus, afirmando que esta blasfêmia jamais seria perdoada neste mundo nem no mundo do provir. Esta é uma revelação inconteste da dignidade absoluta do Espírito. A blasfêmia contra o Espírito santo: Mateus 12, 31-32: “Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”. O Espírito Santo tem o ministério de atuar na vida dos crentes, aplicando e preservando a salvação adquirida por Cristo. A perseverança do crente somente é possível pela ação do Espírito, o homem natural, ou mesmo o regenerado, não tem capacidade, por si mesmo, para manter sua salvação. O Espírito também atua nos homens ímpios e nos anjos caídos, mantendo-os sempre voltados para o mau, mas exercendo a função de restrição do pecado, de forma que estes homens e anjos nunca conseguem executar todo o mal que pretendem. Ele habita nos crentes e também defende o crente das operações dos ímpios e do maligno, Satanás não está autorizado a tocar nos filhos de Deus. Jó 1,12: “Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR”. Por tudo que já foi dito, pode-se afirmar que o Espírito é uma pessoa e sua atuação é pessoal, por isso, são revelados na bíblia, alguns pecados contra o Espírito. Mentir ao Espírito é mentir a Deus: Atos 5,3-4: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Entristecer o Espírito: Efésios 4,30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”. Resistir ao Espírito: Atos 7,51: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”. O pecado contra o Espírito é gravíssimo, como afirmou Jesus, todavia, não se deve esquecer que as pessoas que assim o fazem foram destinadas a isso na eternidade, os ímpios existem para que a glória de Deus se manifeste na salvação dos eleitos, e continuam praticando o mal para que se encha a medidade sua iniquidade. Gênesis 15,16: “Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus”. Mateus 23,32: “Enchei vós, pois, a medida de vossos pais”. PRINCIPAIS HERESIAS RELACIONADAS AO ESPÍRITO SANTO Movimentos principais: A personalidade e/ou divindade do Espírito Santo foi negada na igreja primitiva pelos monarquistas sabelianos, pelos pneumatomaquianos, arianistas e outros. Monarquismo: A divindade e pessoalidade do Espírito Santo foram negadas por Sabellius no terceiro século desta era e deu origem ao movimento chamado monarquismo. Sabellius sustentava que não existiam três pessoas na deidade, mas um só Deus que se manifestava em três formas diferentes (modalismo). Arianismo: O bispo Árius, da igreja de Alexandria, também no terceiro século, sustentava que Cristo foi criado por Deus como um deus de menor poder, que por sua vez trouxe à existência o Espírito Santo. Dessa forma existiam três deuses diferentes (triteísmo). Pneumatomaquianos: Também chamados macedônios, em referência ao bispo Macedônio, opunham-se à divindade do Espírito Santo, isto foi no final do século IV. Socinianos: Durante a reforma, os socinianos, baseados nas idéias de Lélio Socínio, propagadas por seu sobrinho Fausto Socínio, consideram que em Deus há uma única pessoa e que Jesus Cristo é um homem comum. Unitarianismo (Os irmãos que negam a trindade): O unitarianismo foi inicialmente uma manifestação dentro da reforma protestante, o intelectual espanhol Miguel de Servetto discordou da doutrina da Trindade e publicou vários livros a este respeito dando início às primeiras igrejas unitárias, os anabatistas. Este unitarismo pode se manifestar como uma forma de modalismo, ou seja, Deus é um só que se manifesta de várias formas ao longo da história, ou ainda pode também considerar Deus como uma só pessoa que é o pai de Jesus, um homem que foi elevado à divindade no seu batismo, ou ainda uma forma de arianismo. Esta vertende existe até hoje e não há uma definição única em sua manifestação. O testemunho Interior do Espírito Santo A Escritura revela por si mesma a prova inquestionável de sua autoridade divina, além disso, apresenta muitos sinais desta autoridade, todavia todas essas provas e evidências não são por si mesmas suficientes para persuadir qualquer pessoa de sua veracidade. Este convencimento e persuasão somente acontecem pelo testemunho interior do Espírito Santo, este era o ensino claro dos reformistas, principalmente João Calvino. Existe uma grande diferença entre apresentar as provas e persuadir a pessoa, é preciso sempre, expor a Palavra com veracidade, paciência e conhecimento, mas, ainda assim, o ministério do ensino pertence ao testemunho interior do Espírito Santo, que atua unicamente mediante a pregação expositiva fiel das verdades bíblicas, abrindo a mente e o coração do homem para o entendimento e aceitação da Palavra. Por este motivo, nenhum pregador tem, por si mesmo, a capacidade de conversão de seus ouvintes a não ser pelo ministério do Espírito. Romanos 8,16: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. Esta persuasão do Espírito não se manifesta em atos exteriores, nem apresenta sinais evidentes da persuasão ou conversão, como por exemplo: falar em línguas ou entrar em êxtase. Muito menos é possível que uma pessoa, seja ela quem for, possa induzir, por sua vontade, algum ato do Espírito. João 3,8: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”. A ação do Espírito é interna e pessoal, não se constitui em apresentação de novas informações, nenhum segredo, nada que não seja possível pela simples leitura ou pregação. Ele simplesmente age através da Palavra em conjunção com a graça de Deus e a redenção que há em Jesus Cristo, operando a regeneração que segue à justificação. Somente a pessoa justificada por Deus consegue entender as coisas do Espírito, antes disso a mente humana somente é capaz de pensar e agir em discordância e revolta deliberada contra Deus. 1 Coríntios 2,14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. Iluminação A iluminação da pessoa destinada à salvação é um ministério do Espírito Santo, ela faz parte da graça concedida por Deus e começa no ato da justificação, despertando o interesse do crente pela Escritura, a curiosidade a respeito de Jesus Cristo, a compreensão progressiva da Palavra, a necessidade de se congregar com outros crentes e o serviço na obra de Deus. A iluminação do Espírito se manifesta unicamente pela aceitação absoluta das verdades da Escritura - a soberania de Deus, a suficiência do sacrifício de Cristo e a total incapacidade humana - sem este entendimento, a iluminação do Espírito certamente não aconteceu, é isto exatamente o que diz Jesus. João 16,13: “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”. Existe, de fato, bastante radicalismo nisso; deve-se culpar a Jesus? Ele diz que o Espírito guia a “TODA A VERDADE”. Não é uma aceitação parcial da Escritura, não é uma salvação a ser complementada, não é uma salvação a ser aceita ou rejeitada; todas essas coisas não provêm do Espírito, mas do ego humano. O Espírito certamente guiará os filhos de Deus a “TODA A VERDADE”; ou então, o homem, ainda natural, acreditando em seus próprios méritos, engana-se a si mesmo em uma religiosidade vazia e desprovida de sentido que não leva à salvação de forma alguma, mas à hipocrisia, ao engano e à mentira. Romanos 3,3-4: “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”. A OBRA DO ESPÍRITO NA SALVAÇÃO Regeneração, o novo nascimento: A regeneração: A regeneração é o dom da graça de Deus, é a obra sobrenatural do Espírito Santo realizada no salvo após a justificação pela exclusiva determinação de Deus. A Escritura revela que o homem natural não tem a capacidade de escolher a Deus, mas que todos os salvos foram escolhidos por Ele, por isso o ‘novo nascimento’ implica não só em uma nova vida agora, como também a vida eterna no mundo do porvir. O efeito da regeneração é fazer com que o crente passe da morte para a vida espiritual através da mudança na disposição da mente, voltando o seu pensamento e suas ações para a obediência e o prazer na Palavra de Deus, os dons concedidos na regeneração são: a fé em Cristo e o arrependimento para a vida, desta forma, a justificação antecede à fé, pois a fé é um dom de Deus procedente da salvação, sendo infundida no crente através da ação do Espírito Santo. Uma criança pode ser regenerada, tanto quanto um adulto ou idoso ou ainda uma pessoa incapaz, não existe a consciência de quando ou onde ocorreu a regeneração, somente se pode perceber a regeneração pelo amor a Cristo e a aceitação incondicional da Palavra (veja acima: “TODA A VERDADE”). João 3,5-7: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”. John Gill: “Água e Espírito (twnv – twlm), duas palavras hebraicas que expressam a mesma coisa: “A graça de Deus derramada através do Espírito”. Habitação: Quando a pessoa é justificada, ela recebe o Espírito, que passa a habitar com os filhos de Deus. 1 Coríntios 6,19: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”. Batismo no (ou do) Espírito: Somente Cristo pode batizar os eleitos com o Espírito Santo, unindo todos em um só corpo que é aIgreja de Deus (a Igreja Universal), nenhuma igreja, eclesiástico ou denominação detêm o poder de batizar no Espírito ou salvar quem quer que seja. A expressão Batismo no Espírito ou Batismo do Espírito não existe na bíblia, somente a expressão Batismo com o Espírito e somente Jesus batiza com o Espírito: - A previsão de João Batista: Mateus 3,11: “Eu vos batizo com {com; ou em} água, para {para; ou à vista de} arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo”. Marcos 1,8: “Eu vos tenho batizado com {com; ou em} água; ele, porém, vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo”. Lucas 3,16: “Disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com {com; ou em} água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com {com; ou em} o Espírito Santo e com {com; ou em} fogo”. João 1,33: “Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com {com; ou em} água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com {com; ou em} o Espírito Santo”. Em todos os versos paralelos nos evangelhos, João Batista afirma o seu batismo com água para arrependimento, ao passo que Jesus iria batizar com o Espírito. Ele contrasta o sinal externo do batismo, que é a água com o sinal interno que é privativo dos eleitos de Deus por intermédio de Cristo somente: o batismo com o Espírito. O Pentecostes: Joel 2,28: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões”. Jesus promete que ele iria batizar os apóstolos com o Espírito no dia de Pentecostes, esta é uma promessa feita através do profeta Joel no Velho Testamento que foi cumprida neste dia, mas vemos que nenhum ministro ou apóstolo efetuou o batismo, este batismo com o Espírito aconteceu espontaneamente, pela única ação de Deus em Cristo, sem adição de nenhuma iniciativa por parte dos apóstolos. Atos 1,5: “Porque João, na verdade, batizou com {com; ou em} água, mas vós sereis batizados com {com; ou em} o Espírito Santo, não muito depois destes dias”. O que vemos aqui é que Jesus não outorgou a nenhum dos apóstolos este batismo, ele mesmo envia o seu Espírito a batizar aqueles destinados à salvação. O verdadeiro sentido do batismo com o Espírito está na Carta aos Coríntios, esta sim é uma declaração da universalidade do batismo como um ato salvífico de Cristo. 1 Coríntios 12,13: “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”. Este verso se refere ao batismo real, aquele que não é apenas uma manifestação externa ministrada pelo homem, este batismo é o “novo nascimento” outorgado diretamente pela graça de Deus em Cristo na justificação do crente, este é um ato divino concedido a todos os que passam, pela graça de Deus, a fazer parte do reino de Deus, ou da Igreja Universal que não é conhecida dos homens, somente Deus conhece seus filhos. João 3,6: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito”. Este é um ato único que ocorre uma só vez na vida do eleito, a partir deste momento ele é eternamente salvo e jamais poderá perder esta salvação, pois é uma obra de Deus e não do homem, por este motivo, Jesus promete a suas ovelhas, nada menos que a vida eterna, não existe em toda a bíblia uma única justificativa, que seja, para a necessidade de uma segunda obra do Espírito na vida do crente, esta é, sem dúvida, uma heresia grave que não deve ser aceita em nenhuma hipótese. João 10,27-29: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”. Não existem classes de crentes diferenciadas através de sacramentos, esta idéia é herética e antibíblica. O maior perigo dos dons espirituais na atualidade constitui-se no ensino fundamental das igrejas pentecostais e carismáticas: O Batismo no (ou do) Espírito. Esta é uma concepção, segundo a qual o crente precisa de uma nova obra de salvação que se manifesta em dons, supostamente concedidos pelo “espírito” e imediatamente após esse “batismo”. A consideração pentecostal é que a pessoa a ser imersa é o “velho homem”; a mesma pessoa que emerge do batismo é o “novo homem” prenunciado no evangelho. Além da necessidade totalmente antibíblica da segunda obra da salvação o Batismo no Espírito atribui ao homem que batiza a capacidade da salvação e do novo nascimento, o que é uma heresia e uma versão moderna do pecado imperdoável, pois atribui ao homem a ação do Espírito, que procede somente do Pai e do Filho. Já foi visto acima que expressão “Batismo no (ou do) Espírito” não ocorre na bíblia, as formas em que a fórmula do batismo ocorre são: Batismo de João, Batismo de Arrependimento ou Batismo com o Espírito Santo, este último realizado exclusivamente por Jesus. Mateus 21,25: “Donde era o batismo de João, do céu ou dos homens? E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele?” Lucas 3,3: “Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados”. O selo do Espírito: Todos os homens e mulheres eleitos em Jesus Cristo têm uma garantia eterna de que perseverarão até o final e serão glorificados, essa regeneração somente pode acontecer pela obra do Espírito Santo, o selo e o penhor do Espírito são outorgados por Deus de forma imediata e permanente no ato da justificação. É completamente errado e herético pensar que o crente somente irá receber o selo ou o penhor do Espírito pela perseverança e aperfeiçoamento após a justificação (Lloyd Jones), o selo e o penhor do Espírito fazem parte imediata da justificação, que é um ato judicial de Deus. 2 Coríntios 1,22: “Que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração”. Não se deve, em hipótese alguma, fazer distinções entre os crentes, sempre irão existir diferenças entre estes crentes, os dons de Deus são diversos e distribuídos pelo Espírito como convém a ele, não existem crentes mais santos ou melhores que outros, existem sim, crentes com dons diversos, mas isto não implica em diferença por classes, pois a eleição é eterna e assim é o chamado de Deus, uma vez que o crente foi justificado, ele está eternamente salvo. A única diferença que existe é entre os eleitos e os réprobos, não importa o quanto estes réprobos sejam religiosos e falem em nome de Cristo, eles jamais aceitarão toda a Palavra sem que coloquem jeitosamente, à exemplo dos fariseus, alguma restrição. Romanos 11,29: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”. Encher-se do Espírito: O enchimento com o Espírito é um dom de Deus, ninguém é capaz, por si mesmo, de atingir esta meta; a plenitude do Espírito nos crentes leva ao crescimento e amadurecimento no conhecimento e na adoração a Deus em Cristo. Este é um assunto delicado, não existe perante Deus um crente melhor ou mais habilitado que outro, não existem categorias de crentes, todos os eleitos são exatamente iguais perante Deus, pois ninguém é salvo pelos seus méritos, mas, todos são salvos somente pela justiça perfeita de Cristo, que é a mesma para todos. Não existem pecadores condenados e santos salvos, o que existe são pecadores condenados e pecadores salvos pela justiça de Cristo. Os eleitos, já regenerados, apesar de constrangidos, continuam nos seus pecados e delitos carregando o peso do pecado original e dos pecados do dia a dia, incapazes em toda sua vida de agradar a Deus e perseverar em sua salvação à parte da comunhão permanente do Espírito. Efésios 5,18: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas

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