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AUTARQUIA EDUCAIONAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
FACULDADE DE CIÊNCIAIS APLICADAS E SOCIAIS DE PETROLINA
CURSO DE DIREITO
CAMILLA TAUNI FERREIRA TAVARES
VETORES METODOLÓGICOS DO NOVO CPC
PETROLINA
2020
AUTARQUIA EDUCAIONAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
FACULDADE DE CIÊNCIAIS APLICADAS E SOCIAIS DE PETROLINA
CURSO DE DIREITO
CAMILLA TAUNI FERREIRA TAVARES
VETORES METODOLÓGICOS DO NOVO CPC
Trabalho apresentado à matéria de Prática Civil II, da Faculdade de Ciências Aplicas e Sociais de Petrolina, como requisito parcial para obtenção de nota da primeira unidade, sob a orientação do Professor Marlone Montalvão.
PETROLINA
2020
VETORES METODOLÓGICOS DO NOVO CPC
É sabido que o Código de Processo Civil1 é um dispositivo completamente novo, não fazendo parte de um projeto de reformulação da legislação anterior, pois até mesmo a inserção de artigos já existentes, não podem ser encarados como meras repetições, tendo em vista que seus sentidos foram ressinificados e em contextos diversos podem virar normas completamente opostas. 
Para que possamos compreender essa nova proposta de pensamento jurídico, é importante tomar para si, que a construção dessa abordagem foi pautada na análise de algumas diretrizes básicas, a partir das quais se desdobram os vetores metodológicos do novo CPC. 
A primeira diretriz é o reconhecimento da força normativa da Constituição, o que nos permitirá fazer uma análise da legalidade estrita à pluralidade das fontes do direito.
O Código Civil de 19732 é todo pautado na lei como única fonte do direito, uma vez que só é possível observar referências a nossa Constituição, quando prever o Recurso Extraordinário. Não existia a ideia de Constituição como força normativa.
Em contraponto, o NCPC em seu primeiro artigo, nos traz a seguinte redação: “O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil , observando-se as disposições deste Código”. 
Mas não é apenas essa a modificação, várias menções que o antigo código fazia a lei, foram substituídas pelo termo ordenamento jurídico, justamente por reconhecer que há uma pluralidade de fontes. E um exemplo prático dessa alteração está no art. 18 do NCPC, que cuida da legitimação extraordinária, que corresponde ao art. 6 do CPC/1973. 
Outra importante modificação a ser ressaltada é trazida no art. 140 do NCPC em detrimento do art. 126 do CPC/1973 que não menciona mais princípio como técnica de integração de lacuna. Principio é norma.
Nos dizeres de Luís Roberto Barroso3:
"são o conjunto de normas que espelham a ideologia da Constituição, seus postulados básicos e seus fins. Dito de forma sumária, os princípios constitucionais são as normas eleitas pelo constituinte como fundamentos ou qualificações essenciais da ordem jurídica que institui." 
A segunda diretriz pode ser observada a partir de dois pontos, que vai da tutela diferenciada à tutela diferenciável.
Bastante debatido por juristas italianos dos anos 70, o tema tutela diferenciada foi um dos assuntos que atraiu muito a doutrina brasileira em meados dos anos 80. Sua discursão se pautava em quais seriam as técnicas as serem utilizadas na construção de procedimentos distintos, para situações de direito material distintas, que pelo procedimento comum não seriam bem tuteladas. Ou seja, visa promover um processo mais rápido.
Nas palavras de Carlos Aberto Garbi4 (2000):
“Na verdade, o que se tem a partir da chamada tutela jurisdicional diferenciada é uma preocupação maior com a efetividade do processo, endereçado sempre à satisfação do direito. É a aproximação do direito substancial ao processo que assume, definitivamente, sua instrumentalidade, sem renúncia à autonomia da ciência processual que não se afirma propriamente com a repetição da velha lição de teoria civilista da ação.” (p. 62)
Observa-se que o novo código adota esse conceito quando prever a distribuição dinâmica do ônus da prova. Da mesma maneira quando em seu art. 139, inciso IV, dispõe sobre a possibilidade de o juiz criar medidas atípicas na execução por quantia.
Contudo, o código foi ainda mais abrangente ao consagrar a possibilidade de as partes diferenciarem o processo por meio dos negócios processuais atípicos, como positiva o art. 190 do NCPC. 
Uma terceira diretriz evidente é a transformação do sistema de precedentes judiciais de um sistema de precedentes persuasivos a um sistema de precedentes obrigatórios ou vinculativos. E o que se percebe é a possibilidade de celeridade dos processos, uma vez que, com a edição de súmulas, IRDRs, dentre outros, os tribunais puderam resolver questões com muito mais economia de tempo.
Expostas essas, dentre outras diretrizes trazidas na obra do professor Fredie Didier5, como a boa-fé subjetiva em contraponto com a boa-fé objetiva, da prova destinada ao convencimento do juiz à prova produzida para o convencimento de todos os sujeitos do processo, percebem-se as inúmeras inovações aclamadas com o advento do Novo Código de Processo Civil, que teve como objetivo principal provocar uma epifania nos operadores do direito, fazendo-os verdadeiramente compreender a essência desse novo sistema jurídico. Dessa forma, espera-se que os impactos causados sejam acompanhados diariamente pelas propostas de evolução trazidas em seus artigos.
 
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Código Processo Civil: Lei 13.105/2015. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mar. 2015.
2. BRASIL. Código Processo Civil: Lei 5.869/1973. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 1973.
3. BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constituição: fundamentos de uma dogmática constitucional transformadora. São Paulo, Saraiva, 1999, pág. 147.
4. GARBI, Carlos Alberto. Tutela jurisdicional diferenciada e a efetividade do processo. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 782, p. 48-67, dez 2000.
5. DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento I.17. ed. Salvador: Jus Podivm, 2015. v. I;

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