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Unidade II PRÁTICA CLÍNICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO Profa. Cristina Coiado Consulta de Enfermagem em Ambulatório de Especialidades – caso de asma Entrevista: Claudia, 21 anos, encaminhada pela UBS com antecedente de asma desde a infância com várias internações devido a crises asmáticas. Atualmente faz uso de dois tipos de bombinha, somente quando tem crise, porém não sabe os nomes dos medicamentos. Refere muita falta de ar durante as crises e não sabe o que fazer nesses momentos. Tem receio de usar os medicamentos, pois apresenta tremor e o coração dispara, além do medo de viciar nos medicamentos. Consulta de Enfermagem em Ambulatório de Especialidades – caso de asma Exame físico: Consciente, orientada, descorada e hidratada. Dispneia com FR24mpm e saturação O2 96%. Apresenta tosse com pequena expectoração clara, boa expansibilidade pulmonar simétrica com MV+ e sibilos difusos. Taquicardia, normotensa, BRnF em 2T s/s. Refere boa alimentação, IMC nl, abdome plano, flácido, RHA+, eliminações vesical e intestinal sem alterações. MMSS e II com boa perfusão periférica, sem edema. Diagnóstico de Enfermagem Problemas identificados: Várias internações devido a crises asmáticas. Uso da bombinha só quando tem crise. Não sabe os nomes dos medicamentos. DE CD FR/Risco Falta de adesão Comportamento de falta de adesão, exacerbação dos sintomas Regime de tratamento complexo Diagnóstico de Enfermagem: falta de adesão Resultado esperado (NOC) Intervenções de Enfermagem (NIC) Autocontrole da asma 1. Ensino: medicamento prescrito e habilidade psicomotora 2. Ensino: processo da doença 3. Ensino: procedimentos e tratamento Diagnóstico de Enfermagem: falta de adesão Prescrição de Enfermagem 1. Orientar e determinar a compreensão do paciente em relação à doença e como controlá-la. 2. Orientar a diferença de medicamentos sprays anti- inflamatórios e broncodilatadores e quando utilizar. 3. Ensinar a técnica e treinar a utilização de medicamentos sprays inalatórios. 4. Orientar sobre os fatores desencadeantes da crise e auxiliar o paciente a identificar os alérgenos que causam crise. 5. Estabelecer estratégias com o paciente para evitar contato com os alérgenos. Interatividade A avaliação respiratória de cliente asmático identificou: Dispneia e uso de musculatura acessória, tosse com pequena expectoração clara, MV+ e sibilos difusos. Assinale a alternativa que correlaciona corretamente a avaliação ao quadro de asma. a) Broncoespasmo na asma ocorre quando o indivíduo entra em contato com alérgenos, ocasionando murmúrio vesicular. b) O uso de musculatura acessória ajuda melhorar a broncoconstrição e a dispneia. c) A asma é uma doença alérgica inflamatória que causa hipo-reatividade brônquica, levando aos sibilos. d) É comum o portador de asma ter sensibilidade a odores fortes, ocasionando crise de broncodilatação. e) Na asma ocorre hiper-reatividade brônquica com broncoespasmo e, na ausculta, identificamos sibilos. Diagnóstico de Enfermagem Problemas identificados: Dispneia com FR24mpm e Sat O2 96%. Tosse com pequena expectoração clara. Sibilos difusos na ausculta. DE CD FR Troca de gases prejudicada Dispneia, padrão respiratório anormal Desequilíbrio na relação ventilação perfusão Diagnóstico de Enfermagem: troca de gases prejudicada Resultado esperado (NOC) Intervenções de Enfermagem (NIC) Monitorização respiratória 1. Controle da asma 2. Assistência ventilatória Diagnóstico de Enfermagem: troca de gases prejudicada Prescrição de Enfermagem 1. Monitorar frequência, ritmo, profundidade e esforço da respiração com uso de musculatura acessória. 2. Manter repouso em posição de Fowler. 3. Orientar exercício respiratório, estimulando a expiração. 4. Administrar medicação CPM. Diagnóstico de Enfermagem Problemas identificados: Falta de ar durante as crises. Não sabe o que fazer nesses momentos. Receio de usar os medicamentos e medo de viciar. DE CD FR Enfrentamento ineficaz Dificuldade para organizar informações e medo Alto grau de ameaça, incerteza secundária à crise asmática Diagnóstico de Enfermagem: enfrentamento ineficaz Resultado esperado (NOC) Intervenções de Enfermagem (NIC) Autocontrole na crise de asma 1. Ensino: procedimentos e tratamento durante a crise asmática Diagnóstico de Enfermagem: enfrentamento ineficaz Prescrição de Enfermagem 1. Estabelecer com o paciente um plano escrito para o controle das exacerbações. 2. Ajudar a reconhecer sinais e sintomas de crise asmática iminente e implementar medidas adequadas. 3. Utilizar medicação spray broncodilatadora por, no máximo, 3 vezes com intervalo de 15 minutos. Se a crise não melhorar, procurar o pronto-atendimento. 4. Orientar sobre os efeitos colaterais dos medicamentos e que a medicação não vicia. 5. Encorajar verbalização de sentimentos quanto ao diagnóstico, tratamento e impacto no estilo de vida. Interatividade Analise as orientações fornecidas a um cliente asmático que apresenta muitas crises, usa spray broncodilatador sem critério e refere que não faz efeito. Assinale a alternativa que contém a orientação adequada para esse cliente. a) Ajudar a reconhecer sinais e sintomas iniciais de crise asmática e utilizar precocemente o spray broncodilatador. b) Utilizar spray de corticoide no momento da crise e broncodilatador para prevenção da crise. c) Utilizar spray broncodilatador uma vez e, se a crise não melhorar, procurar o pronto-atendimento. d) Orientar sobre o efeito colateral de bradicardia independente da dose do medicamento. e) Orientar que a bombinha vicia e deve ser utilizada somente quando necessário. Consulta de Enfermagem em Ambulatório de Especialidades – caso de Diabetes Mellitus Senhor EFS, 50 anos, encaminhado pela UBS com DM há 3 anos, faz tratamento com hipoglicemiante oral (sulfunilureia e metformina), mas os exames laboratoriais mostram hiperglicemia persistente. Durante a consulta, relata poliúria, polidpsia e polifagia, além de cansaço e dor nos MMII. Diz que tem problema com o filho mais velho, usuário de drogas. Sai pouco de casa e briga frequentemente com a esposa. É trabalhador autônomo e tem dificuldade para obtenção de renda para sustento da família. Não faz atividade física porque não tem tempo. Apresenta IMC 30 e não consegue realizar a dieta para diabetes. Refere que toma os remédios, mas esquece algumas vezes, verificação de glicemia capilar apenas quando vai ao posto. Na consulta médica foi introduzido insulina NPH. Diagnóstico de Enfermagem Problemas identificados: Hiperglicemia persistente. Poliúria, polidipsia e polifagia. Cansaço e dor nos MMII. Esquece de tomar remédios. Glicemia capilar só quando vai ao posto. Introduzido insulina NPH – SC. DE CD FR Controle ineficaz da saúde Dificuldade com o regime terapêutico Regime de tratamento complexo Diagnóstico de Enfermagem: controle ineficaz da saúde Resultado esperado (NOC) Intervenções de Enfermagem (NIC) Autocontrole do diabetes 1. Educação para a saúde 2. Assistência na automodificação Diagnóstico de Enfermagem: controle ineficaz da saúde Prescrição de Enfermagem 1. Orientar e determinar a compreensão do paciente em relação à doença. 2. Orientar e treinar a técnica para monitorização da glicemia capilar. 3. Orientar a indicação dos medicamentos e a diferença entre a insulina regular e NPH. 4. Ensinar a técnica e treinar a autoaplicação da insulina. 5. Orientar e determinar a compreensão do paciente em relação ao risco de hipoglicemia e como evitar. 6. Orientar e determinar a compreensão do paciente em relação ao risco de hiperglicemia e como evitar. Interatividade Paciente portador de Diabetes Mellitus, descompensado em uso de hipoglicemiante oral, sendo introduzido insulina. Analiseas afirmativas sobre as orientações a serem fornecidas a esse cliente para a autoaplicação da insulina e assinale a adequada. a) Orientar a diferença das insulinas: regular, utilizar diariamente e NPH quando a glicemia se elevar. b) Ensinar a automonitorização da glicemia capilar e quando utilizar a insulina regular. c) Orientar a comparecer diariamente na UBS para administração da insulina regular e se autoaplicar a NPH. d) Ensinar a autoadministração das insulinas via intramuscular. e) Comparecer à UBS para realização da glicemia capilar e administração da insulina regular. Diagnóstico de Enfermagem Problemas identificados: Problema com o filho mais velho. Briga com a esposa. Dificuldade para obtenção de renda para sustento da família. DE CD FR Processos familiares disfuncionais Abuso verbal de filho, escalada de conflitos, desvantagem financeira Habilidades insuficientes de solução de problemas Diagnóstico de Enfermagem: processos familiares disfuncionais Resultado esperado (NOC) Intervenções de Enfermagem (NIC) Enfrentamento familiar 1. Melhora do enfrentamento 2. Promoção do envolvimento familiar Diagnóstico de Enfermagem: processos familiares disfuncionais Prescrição de Enfermagem 1. Utilizar a comunicação terapêutica para a mobilização familiar e mediação de conflitos. 2. Encaminhar para terapia familiar. Diagnóstico de Enfermagem Problemas identificados: IMC 30. Refere que não consegue realizar a dieta para diabetes. DE CD FR Obesidade IMC >30Kg/m2 Comportamento alimentar inadequado Diagnóstico de Enfermagem: obesidade Resultado esperado (NOC) Intervenções de Enfermagem (NIC) Apetite Comportamento de aceitação: dieta prescrita 1. Aconselhamento nutricional 2. Monitorização nutricional 3. Controle de ambiente 4. Intermediação cultural Diagnóstico de Enfermagem: obesidade Prescrição de Enfermagem 1. Oferecer informação sobre a necessidade de saúde para a modificação da dieta: perda de peso e restrição de açúcares e carboidratos. 2. Identificar com o paciente os comportamentos alimentares a serem mudados. 3. Estabelecer metas com o paciente a curto e longo prazo em relação às mudanças no estado nutricional. 4. Estabelecer estratégias com o paciente para modificar a dieta. 5. Discutir hábitos de compra de alimentos e limites orçamentários. 6. Pesar o paciente e avaliar circunferência abdominal. Interatividade Durante consulta de Enfermagem, cliente com DM referiu não conseguir realizar a dieta para diabetes e apresenta muita fome. Analise as afirmativas sobre as orientações a serem fornecidas a esse cliente e assinale a adequada. a) Polidpsia é um sintoma de hipoglicemia que causa aumento do apetite. b) Oferecer informação sobre a necessidade de modificar a dieta: perda de peso e restrição de proteínas na dieta. c) Polifagia é sintoma de hiperglicemia e causa fome excessiva. d) Estabelecer o prazo para que o paciente perca peso e o que poderá consumir de alimento nesse período. e) Poliúria é um sintoma de hipoglicemia que causa aumento do volume urinário. ATÉ A PRÓXIMA!
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