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Coluna & Neurocirurgia Disco intervertebral, dar estabilidade Entre atlas e áxis não tem, tem somente o dente ou processo odontóide ele que faz essa articulação (instabilidade atlanto-axial ocorre ali). O processo odontóide, ou dente do áxis, é uma extensão do corpo da segunda vértebra cervical. Serve para articular a segunda vértebra com o arco anterior do Atlas (primeira vértebra). Temos o processo espinhoso e nas torácicas ele fica bem alto e vai diminuindo de tamanho nas lombares. Temos os farâmen onde saem os ramos nervosos, inervando os órgãos e membros. Acesso ao canal medular é abordado na torácica por cima, as mais craniais têm acesso mais difícil porque o canal está profundo. Temos o esterno e as costelas ficam presas no esterno com a articulação costocondral dando estabilidade nessa região, nas ultimas flutuantes e as lombares, lombo-sacral e cervical é onde abordamos mais as hérnias por ter menos estabilidade, o disco sofre um trauma muito maior nessa região. O acesso ventral na região cervical só afastando a traqueia no tórax não é possível e no abdômen não é possível. Algumas acessa pelo processo articular. Os ramos saem pelos foramens para irrigar os órgãos. Casuística · Doença do disco intervertebral · Trauma · Instabilidades mecânicas de origem anatômica · Deformidades congênitas · Deformidades degenerativas · Neoplasias *Medula: caixa óssea estanque Deve ser muito bem protegida, pancadas podem levar lesão medular muito fácil Lacerações e esmagamento Ferimento penetrante ou fraturas e luxações graves Compressões • Podem se estabelecer sob alta ou baixa velocidade, • Causadoras de processo isquêmicocompartimental, • Nas ocorrências de alta velocidade associa-se fenômeno de contusão, • Alta velocidade: fragmentação ou subluxação traumática, extrusões discais, • Baixa velocidade: neoplasias, extrusões discais. Contusão • Onda de choque no trauma raquimedular, • Contusões nas extrusões discais de alta velocidade. Síndrome compartimental raquimedular: O SEGUNDO TRAUMA Prejudica retorno venoso, capilares não tem pressão suficiente pra chegar na parte inflamada, só nas margens, não irriga a medula, sofre isquemia dessa forma e morre. Ocorre em todos fenômenos de contusão, de alta velocidade. Cadeia de eventos que se retro alimenta: • Injúria inicial › edema local › isquemia › amplificação do edema › amplificação da isquemia. • COMPRESSÃO DIRETA X QUADRO EXPANSIVO Mielomalácia Morte do sistema nervoso, ele se liquefaz, é uma região muito sensível, vira um requeijão, então é um processo irreversível de morte celular. Quando se instala na medula evolui para obtido por disfunção ventilatória; • Processo irreversível, não preditivo, resultante em necrose aguda, hemorrágica e progressiva da medula espinal, que termina em sua liquefação e se estabelece a partir de foco isquêmico pontual; • Evolui invariavelmente para óbito por disfunção ventilatória; • Incide em 5 a 11% dos casos de isquemia medular localizada; • Pode estabelecer-se por fenômeno reperfusão loco regional, 3,4,5(podendo ser até umas semana) dias após o pós operatório; Paralisação progressiva de pélvico para torácico, vai subindo pro centro respiratório Tipos de compressão com base anatômica • Extradural- fora da duramater (trauma, defeitos anatômicos, luxações traumáticas ou congênitas ou neo) • Intradural (neo cistos ou tumores dentro da medula) e extramedular • Intramedular Status Neurológico Exame físico - Postural • Animais com dor cervical tendem à ficar com a cabeça baixa; • Apresentam cifose em dores toraco-lombares; • Flexionam região lombar e tendem à jogar o peso para os membros torácicos em dores lombo-sacrais; Exames físicos Propriocepção consciente: vira a patinha e ele tem que corrigir • Deficits torácicos e pélvicos Exames físicos aplicados à região cervical – DOR Para cima, para baixo, nas laterais, se ele chorar já para no começo · Dorso flexão · Lateralização direita e esquerda · Ventro Flexão Deficit proprioceptivo Deficit sensitivo Schiff – Sherrington Doença do disco intervertebral – DDIV Funções biomecânicas do DIV • NP – 80% água; • Atua como um amortecedor hidráulico, dissipando forças compressivas; • Proporciona mobilidade e estabilidade para a coluna vertebral; Falhas acontecem quando o disco está degenerado Falhas Biomecânicas do DIV • Exercícios estenuantes e Trauma podem levar à protusão / extrusão do NP não degenerado - extrusão aguda não compressiva de núcleo pulposo; Tipo III • Alta velocidade; 1. DDIV em condrodistróficos • DDIV precoce, a conformação genética com matriz aberrante degenera muito rápido, ressacando podendo ser na coluna inteira, mais em cervical e lombar; • Componente genético – síntese aberrante de matriz extracelular do NP; • Ocorre em toda coluna; • Principalmente em cervical e transição toraco-lombar; • Ruptura do AF e extruso do NP (Hansen tipo I); 2. DDIV em raças não-condrodistróficas • Ocorre gradualmente; • Menos traumáticas - baixa velocidade; • Ruptura de AF independente da degeneração do NP; • Protusão do DIV e ligamento longitudinal dorsal - Hansen tipo II; • C5-C7 – L7-S1 são mais frequentes; Síndrome de Wobbler (Espondilomielopatia cervical) Conjunto de alteração congênitas em cervical, raças grandes ou gigantes (doberman são os principais mas acontece nos outros também); • Doença de base congênita com predisposição racial; • Acomete animais de raças grandes e gigantes; • Causa compressão cervical (forma discal e óssea); Jovens com andar cambaleante, paralisia, perda de sensibilidade, já podemos imaginar que é uma forma grave da doença; Diagnóstico • Radiografia – triagem/obsoleta • TC – boa definicão de alterações ósseas – perda de definição de tecidos moles (medula); • RM Tratamento • Conservador - fisioterapia, acupuntura, anti-inflamatório, analgésico (sintomas neurológicos brandos). • Cirúrgico – indicado quando o tratamento conservador não surtir efeito satisfatório ou quando houver déficit neurológico importante. Tratamento cirúrgico • Se baseia em técnicas de descompressão – Laminectomia dorsal, slot ventral, foraminotomia. • Técnicas de estabilização/ distração cervical – placas ósseas / cages A visão do clínico que recebe o caso • Qual nível de conhecimento técnico; • Atendimento – Hospitalar X Consultório; • Existe senso de urgência? • A visão tradicional sobre as afecções raquimedulares; A visão do tutor • Diferentes níveis de esclarecimento; • Acesso à informação (web); • Confronta a linha de atendimento frente às expectativas de resultado; • Disposição de investimento A visão dos serviços de imagem • Capacitação X equipamentos; • Percepção e senso de urgência; • Linha direta com o cirurgião; • Network; A visão dos serviços de reabilitação • Qual a real visão sobre a limitação dos serviços de reabilitação? • Cirurgia X Reabilitação; PRINCIPIOS GERAIS DA CIRURGIA DE COLUNA · CARACTERÍSTICAS GERAIS · OBJETIVOS · TÉCNICAS CIRÚRGICAS ROTINEIRAS · CASOS CARACTERÍSTICAS GERAIS • Exige conhecimentos técnicos em cirurgia geral, ortopédica e neurocirurgia, • Exige instrumentação delicada e de baixo trauma, • Instrumentação específica e ambientação com implantes, • A sedução da atuação de baixa expertise: A combinação de : proprietário desesperado + cirurgia bem remunerada + baixa obrigatoriedade de resultados DEMANDAS PARA A CIRURGIA • INSTALAÇÕES DE CENTRO CIRÚRGICO E POSICIONAMENTO DO PACIENTE E EQUIPAMENTOS, • INSTRUMENTAL CIRURGICO E EQUIPAMENTOS, • INSUMOS E IMPLANTES ESPECÍFICOS, • SERVIÇO ANESTÉSICO ROBUSTO, • SUPORTE PÓS OPERATÓRIO DE INTERNAÇÃO. QUESTÕES DIAGNÓSTICAS • NÃO EXISTE CIRURGIA DA COLUNA VERTEBRAL DE CARÁTER EXPLORATÓRIO, • O PLANEJAMENTO CIRÚRGICO DEVE SER LEVADO AO EXTREMO, • OS DIVERSOS EXAMES DE IMAGEM TÊM CADA QUAL SUA APTIDÃO NO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES. EXAME RADIOGRÁFICO SIMPLES • CONFIGURA-SE COMO DIAGNÓSTICO DE MERA TRIAGEM, • É DEFINITIVO PARA FRATURAS OU LUXAÇÕES GRAVES MIELOGRAFIA • APRESENTA RESTRIÇÕES SEVERAS QUANTO À DEFINIÇÃODO PLANO CIRÚRGICO OU ATÉ MESMO DIAGNÓSTICO DEFINITIVO · Contraste para antes do ponto da hérnia algumas vezes, por conta de inflamação e edema, é limitante o uso, acabava tendo que abrir mais de uma vertebra por conta da margem de erro TOMOGRAFIA - MIELOTOMOGRAFIA • TEM ÓTIMA ACUIDADE PARA DEFINIÇÃO DIAGNÓSTICA, MAS COM LIMITAÇÕES, tecidos moles não é legal, mas pra osso é legal • APTIDÃO PARA DIFERENCIAÇÃO DE TECIDO ÓSSEO OU MINERALIZADO (TAL QUAL O RX), • APRESENTA LIMITAÇÕES NA DIFERENCIAÇÃO DE TEXTURAS DOS TECIDOS MOLES (HEMATOMAS, NEOPLASIAS, ...), não tem sensibilidade nos tecidos moles RESSONÂNCIA MAGNÉTICA • APTIDÃO PARA REFINAMENTO DA DIFERENCIAÇÃO DE TECIDOS MOLES. · Parte óssea deixa a desejar OBJETIVOS DA CIRURGIA • Profilaxia das compressões, • Descompressão, • Estabilização, • Biópsia. OBJETIVOS x TÉCNICAS CIRÚRGICAS ROTINEIRAS • Profilaxia = fenestração, • DESCOMPRESSÃO = HEMILAMINECTOMIA, LAMINECTOMIA DORSAL, SLOT VENTRAL (CORPECTOMIA), • ESTABILIZAÇÕES = IMPLANTES DE ESTABILIZAÇÃO INTERVERTEBRAL, • BIÓPSIA ÓSSEA OU ACESSO PARA BIÓPSIA RAQUIMEDULAR Fenestrações do disco • Aplicabilidade • Pontos positivos e negativos Não é viável, tem que fazer acesso extenso. Acesa pelo corpo da vertebra no canal medular por baixo fazendo uma janela e remove a hérnia(material) ficando com uma abertura em um intervalo, faz na região cervical, em hérnias cervicais. Não é simples. Lâmina (em cima da vertebra), que são acessos para o canal, essa técnica faz tóraco-lombar e lombar, hérnia lateralizada, precisa escolher o lado, janela pequena, cureta e remove o material lá de dentro, não destrói o processo articular, faz pouco essa técnica. Remove metade da lâmina da vertebra, torácica, tóraco-lombar e lombar, escolhe um dos lados e desgasta com a driler até chegar no canal, amplia e tem acesso grande do canal medular. Descompressão e pra hérnias É completa, pega toda lamina dorsal, destrói dois processos articulares, tira a tampa da vertebra, ela serve pra descompressão, faz em cervical, torácica, lombar e lombro-sacra, mas usa mais L7-S1, na síndrome de wobler, hipertrofia do ligamento, quando tem fraturas. A parte negativa é destruir os processos. Estabilizações Vertebrais • Uso de material ortopédico convencional, • Cimento ósseo, • PLACAS BLOQUEADAS, • Estabilizadores de coluna Resistência e que caiba Utilizado em fraturas e coluna, fixador interno e funciona muito bem Padrão ouro para fixar coluna, inseri na angulação adequada, posiciona barra e trava
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