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#Livro_Engenharia no Brasil

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TRAJETÓRIA 
E ESTADO DA ARTE
DA FORMAÇÃO EM
ENGENHARIA,
ARQUITETURA
E AGRONOMIA
VOLUME I
ENGENHARIAS
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA EXECUTIVA DO MEC
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS
EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (Inep)
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, 
ARQUITETURA E AGRONOMIA (Confea) 
VOLUME I ENGENHARIAS
1
TRAJETÓRIA E
ESTADO DA ARTE
DA FORMAÇÃO EM
ENGENHARIA,
ARQUITETURA
E AGRONOMIA
VOLUME I
ENGENHARIAS
TRAJETÓRIA E
ESTADO DA ARTE
DA FORMAÇÃO EM
ENGENHARIA,
ARQUITETURA
E AGRONOMIA
VOLUME I
ENGENHARIAS
Brasília I DF I outubro I 2010
© Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
ASSESSORIA TÉCNICA DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES
ASSESSORIA EDITORIAL
Jair Santana Moraes
PROJETO GRÁFICO/CAPA
Marcos Hartwich
DIAGRAMAÇÃO E ARTE-FINAL
Márcia Terezinha dos Reis
José Miguel dos Santos
REVISÃO
Formas Consultoria e Editoração Ltda.
NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Cibec/Inep/MEC
TIRAGEM
3.000 exemplares
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP/MEC)
SRTVS, Quadra 701, Bloco M, Edifício-Sede do Inep
CEP: 70340-909 – Brasília-DF
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA (CONFEA)
SEPN 508 - Bloco A - Ed. Confea
CEP: 70740-541 – Brasília-DF
gco@confea.org.br
DISTRIBUIÇÃO
CONFEA
A exatidão das informações e os conceitos e opiniões emitidos são de exclusiva responsabilidade dos autores.
ESTA PUBLICAÇÃO NÃO PODE SER VENDIDA. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.
PUBLICADA EM OUTUBRO DE 2010
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
Trajetória e estado da arte da formação em Engenharia, Arquitetura e Agronomia – volume I: Engenharias / Organizador: 
Vanderlí Fava de Oliveira. – Brasília : Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, 2010.
304 p. : il., tabs.
Também em CD-ROM.
ISBN: 978-85-7863-001-0
1. Educação superior. 2. Engenharia. I. Oliveira, Vanderlí Fava de. II. Título: Engenharias.
CDU: 378:62
SUMÁRIO
Mensagem do Confea 9
Apresentação do compêndio 11
Apresentação do Volume I – Engenharias 17
Capítulo I RETROSPECTO E ATUALIDADE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA 21
Vanderlí Fava de Oliveira (Confea/UFJF)
Nival Nunes de Almeida (Abenge/UERJ)
Antecedentes da educação em Engenharia no Brasil 21
Origens dos cursos de Engenharia regulares 22
A primeira escola de Engenharia do Brasil 26
A Escola de Minas de Ouro Preto 34
As escolas de Engenharia criadas na República até 1950 36
As escolas de Engenharia no Brasil a partir da década de 1950 40
Eventos relacionados à Educação em Engenharia 44
Referências bibliográficas 46
Bibliografia consultada 48
Capítulo II EVOLUÇÃO DOS CURSOS DE ENGENHARIA 53
Vanderlí Fava de Oliveira (Confea/UFJF)
Crescimento do número de cursos de Engenharia 53
Novos enfoques dos cursos de Engenharia 58
Dados principais sobre os cursos de Engenharia na atualidade 61
Importância da formação em Engenharia 64
Referências bibliográficas 67
Capítulo III O EXERCÍCIO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA: PANORAMA DA REGULAÇÃO 
E DA FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA ENGENHARIA, 
ARQUITETURA E AGRONOMIA NO BRASIL 71
Roldão Lima Júnior (Confea)
Introdução 71
A regulação e a fiscalização do exercício profissional da Engenharia e da Arquitetura 
no Brasil Colonial (1500-1822) 72
A regulação e a fiscalização do exercício profissional da Engenharia e da Arquitetura 
no Brasil Imperial (1822-1889) 85
A regulação e a fiscalização do exercício profissional da Engenharia e da Arquitetura 
no Brasil Republicano (1889-2009) 94 
Conclusão 97
Referências bibliográficas 99
ADENDO: A RESOLUÇÃO Nº 1.010/2005 103
Paulo Roberto da Silva (Confea)
A reforma da educação superior no Brasil e os primórdios da Resolução 
nº 1.010/2005 102
Resolução nº 1.010/2005: a revolução na concepção das atribuições profissionais 
106
Referências bibliográficas 116
Capítulo IV A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA (Abenge) 119
João Sérgio Cordeiro (Abenge/UFSCar)
Pedro Lopes de Queirós (Confea),
Mario Neto Borges (UFSJR/Fapemig)
Introdução 119
Primórdios da Abenge 121
A Abenge hoje 122
A revista da Abenge 123
Os congressos e eventos da Abenge 124
As Diretrizes Curriculares (Resoluções nº 48/76 e nº 11/2002) 125
A Abenge e parceiros 127
Considerações finais 128
Referências bibliográficas 128
Capítulo V PERFIL, DESEMPENHO E AVALIAÇÃO DISCENTE DOS CURSOS DE ENGENHARIA 
NO BRASIL: ENADE 2005 131
Márcia Regina F. de Brito (Unicamp)
Considerações Iniciais 131
Delineamento do estudo 135
Características gerais dos estudantes dos grupos da Engenharia 139
Conhecimento e uso de informática 148
Avaliação das instalações físicas e da infraestrutura do curso e da IES pelo estudante 
de Engenharia – Enade 2005 149
Avaliação global das atividades docentes 152
Os professores segundo os estudantes de Engenharia – Enade 2005 156
Média das notas brutas nos componentes de formação geral e nas questões básicas 
de Engenharia 160
Referências bibliográficas 171
Capítulo VI ENADE 2005: EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DAS PROVAS DOS CURSOS DE 
ENGENHARIA 179
Márcia Regina F. de Brito (Unicamp)
Claudette Maria Medeiros Vendramini (USF)
Considerações iniciais 179
Método: fonte de dados 183
Instrumento 186
Procedimentos de análise de dados 186
Resultados 187
Referências bibliográficas 192
ANEXOS 193
Dados sobre os Cursos de Engenharia – 1991-2007 195
Cursos de Engenharia existentes em 2007 nas instituições de ensino superior (IES), 
distribuídos por região e Estado 259
SOBRE OS AUTORES 297
VOLUME I ENGENHARIAS
9
A publicação de um compêndio sobre a Trajetória e Estado da Arte da Formação em Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia resulta de um projeto idealizado pelo Inep/MEC desde 2006. Em 2009, o Confea 
passou a coordenar os trabalhos por meio de sua Diretoria Institucional que, em conjunto com a Diretoria 
de Avaliação do Inep, realizou inúmeras reuniões com diversos professores colaboradores das Escolas de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, os quais se dedicaram com afinco a esta desafiante tarefa.
A obra, composta por três volumes gerais, um para cada categoria – Engenharia, Arquitetura 
& Urbanismo e Agronomia – , constitui um marco bibliográfico para essas áreas de conhecimento 
tecnológico. Foi levantado o estado da arte da formação superior, iniciando-se pelos primórdios da 
formação, que remontam ao século XVIII, mais precisamente ao ano de 1747, com a criação do primeiro 
curso de Engenharia na França e com referências, ainda, ao primeiro livro técnico da Ciência da Engenharia 
editado naquele país, em 1729.
Os autores abordam o tema por uma retrospectiva que registra não somente o nascimento dos 
primeiros cursos da área tecnológica no mundo e no Brasil, mas, também, a evolução da ciência e 
da formação superior tecnológica, ao longo de quase 280 anos de história do Brasil. Nesse contexto, 
apresentam minuciosa análise dos diversos enfoques e aspectos pedagógicos pelos quais passaram 
os cursos da área tecnológica desde 1792, quando foi criado o primeiro curso de Engenharia na Real 
Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, no Rio de Janeiro.
MENSAGEM 
DO CONFEA
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
10
Não bastasse a hercúlea tarefa de se levantar toda a situação do ensino superior da Engenharia, 
Arquitetura & Urbanismo e Agronomia, os autores também destacaram a evolução da regulamentação 
do exercício da profissão de engenheiro, arquiteto urbanista e agrônomo desde o século XV. Destaca-
se, nesta retrospectiva, que, ao longo do século passado, o processo de concessão de atribuições 
profissionais acompanhou as transformações ocorridas na área da Educação, chegando-se à moderna 
Resolução nº 1.010,de 2005. Essa resolução do Confea revolucionou a sistemática de concessão de 
atribuições profissionais, ao encampar os novos paradigmas da reforma educacional preconizada pela Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 1996, indicando que a graduação é 
formação inicial, devendo ser complementada com a pós-graduação. Assim, o profissional será estimulado 
a atualizar-se continuamente, pois a pós-graduação ampliará as suas atribuições em qualquer nova área 
do conhecimento tecnológico a que vier especializar-se.
Por tudo isso, o Confea se sente orgulhoso com essa parceria com o Inep/MEC, que permitiu 
oferecer mais uma fonte de consulta sobre a formação tecnológica de grande importância para a sociedade 
brasileira.
Marcos Túlio de Melo
Presidente do Confea
VOLUME I ENGENHARIAS
11
APRESENTAÇÃO
DO COMPÊNDIO
Compêndio composto por 11 volumes sobre a Trajetória e Estado da Arte da 
Formação em Engenharia, Arquitetura e Agronomia no Brasil, em termos de história, 
evolução, crescimento e atualidade.
A ideia de se publicar um compêndio sobre a trajetória da formação em Engenharia, Arquitetura e 
Agronomia tem origem no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com 
a publicação, em 2006, do compêndio A Trajetória dos Cursos de Graduação na Saúde. Em 2007, o Inep 
convidou o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e a Associação Brasileira 
de Educação em Engenharia (Abenge) para participarem da coordenação e elaboração de compêndio 
similar ao publicado para a área da Saúde. Para tanto, foi constituído um grupo que se encarregaria de 
elaborar esse compêndio, constituído por 11 volumes, correspondente ao período de 1991 a 2005, que 
era o período abrangido pelo Censo da Educação Superior existente à época. Esses volumes seriam 
constituídos por um volume geral sobre as engenharias, um volume para cada grupo de modalidades de 
Engenharia, organizados para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2005, e mais um 
volume para a Arquitetura e outro para a Agronomia. Houve reuniões desse grupo durante o ano de 2007, 
momento em que os trabalhos foram iniciados, mas por uma série de razões os prazos não puderam ser 
cumpridos e os trabalhos foram paralisados.
Embora não tenha sido viabilizada em 2007, a ideia de publicação do compêndio não arrefeceu. 
Em reuniões realizadas no Inep e no Confea em 2008, com objetivo de tratar de questões de avaliação de 
cursos de Engenharia e do Enade 2008, sempre havia referência à retomada da elaboração do compêndio. 
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
12
Em 2009, por iniciativa do Confea, o seu presidente, engenheiro Marco Túlio de Melo, delegou competência 
ao conselheiro federal do Confea professor Pedro Lopes de Queirós para articular-se com o presidente 
do Inep, professor Reynaldo Fernandes, para, assim, dar continuidade à elaboração do compêndio e 
coordenar os trabalhos de forma conjunta Inep/Confea. Com esse objetivo, foram realizadas, nos dias 4 
e 5 de fevereiro de 2009, reuniões em Brasília convocadas pelo Confea.
No dia 4 de fevereiro, a reunião ocorreu nas dependências do Confea1 e tratou da recuperação das 
diretrizes para elaboração do compêndio em termos de estrutura dos volumes (Quadro A.1), determinação 
dos respectivos coordenadores e das equipes participantes da elaboração dos seus 11 volumes. Também, 
nessa reunião, foi proposto um cronograma para a consecução desses trabalhos.
No dia 5 de fevereiro, foram realizadas reuniões no Inep com a presença de participantes da 
reunião do dia 4 e dirigentes do Inep.2 Nessa reunião, foi feita uma apresentação da proposta de retomada 
da elaboração do compêndio sobre a trajetória da formação em Engenharia, Arquitetura e Agronomia 
como uma continuidade dos trabalhos iniciados em 2007, assim como do cronograma de trabalho, da 
estrutura dos volumes e das respectivas coordenações. Houve concordância do Inep com as propostas 
apresentadas e ficou estabelecido que a diretora de Avaliação da Educação Superior, professora Iguatemy 
Maria Martins de Lucena, coordenaria a elaboração desse compêndio juntamente com o professor Pedro 
Lopes de Queiros. 
O presidente do Inep, professor Reynaldo Fernandes concordou com esses encaminhamentos e 
ainda reafirmou os compromissos manifestados em 2007 quanto à elaboração do compêndio. A diretora 
de Estatísticas Educacionais, professora Maria Inês Gomes de Sá Pestana, ficou com a incumbência de 
viabilizar todos os contatos, visando atender às necessidades de dados estatísticos sobre os cursos de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, para a elaboração dos volumes do compêndio. Ficou estabelecido 
ainda que esta obra, guardadas as suas especificidades, teria projeto gráfico e estrutura semelhante ao 
adotado para a área da Saúde, publicado em 2006 e que contém 15 volumes organizados como um 
compêndio.
Após o estabelecimento dessas diretrizes gerais, foi estruturado o organograma para o 
desenvolvimento dos trabalhos e constituídas as coordenações e equipes, conforme disposto no Quadro 
A.2. Além da coordenação geral, ficou definida uma coordenação para cada um dos 11 volumes.
1 Presentes: Pedro Lopes de Queirós (Coordenador Geral/Ceap/Confea), Andrey Rosenthal Schlee (Abea/UnB), Marcelo Cabral Jahnel 
(Abeas/Puc-Pr), Márcia R. Ferreira de Brito Dias (Enade/Unicamp), Nival Nunes de Almeida (Abenge/Uerj), Paulo R. de Queiroz 
Guimarães (Confea), Roldão Lima Júnior (Confea) e Vanderlí Fava de Oliveira (Confea/UFJF).
2 Dirigentes do Inep: Reynaldo Fernandes (Presidente); Iguatemi Maria de Lucena Martins (Diretora de Avaliação); Maria Inês Gomes 
de Sá Pestana (Diretora de Estatísticas Educacionais).
VOLUME I ENGENHARIAS
13
QUADRO A.1 ORGANIZAÇÃO DOS VOLUMES DO COMPÊNDIO
(*) Grupos de modalidades de Engenharia definidos com base na Portaria do Inep nº 146/2008 referente ao 
Enade 2008. As modalidades não contempladas na portaria foram inseridas nos grupos de maior afinidade com 
as mesmas, de acordo com o enquadramento na tabela da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE) realizado pelo Inep.
Para a consecução desses trabalhos, foram realizadas reuniões mensais dos coordenadores, 
entre março e agosto de 2009, e também das equipes de cada volume em separado. Essas equipes 
desenvolveram as suas atividades de pesquisa para elaboração do retrospecto e atualidade sobre as 
modalidades de cada volume. A equipe do Inep tabulou os dados atinentes a essas modalidades, por 
meio da elaboração de um conjunto de tabelas e gráficos, que se referiam a número de cursos, vagas 
oferecidas, candidatos inscritos, ingressantes, matriculados e concluintes, organizados segundo categorias 
administrativas, organização acadêmica e distribuição geográfica dos cursos. As tabelas, que constam 
Vol
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
Engenharia Geral
Engenharia Cartográfica, Engenharia Civil, Engenharia de Agrimensura, Engenharia
de Construção, Engenharia de Recursos Hídricos, Engenharia Geológica e Engenharia
Sanitária
Engenharia da Computação, Engenharia de Comunicações, Engenharia de Controle
e Automação, Engenharia de Redes de Comunicação, Engenharia de
Telecomunicações, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia
Eletrotécnica, Engenharia Industrial Elétrica e Engenharia Mecatrônica
Engenharia Aeroespacial, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Automotiva,
Engenharia Industrial Mecânica, Engenharia Mecânica e Engenharia Naval
Engenharia Bioquímica, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Bioprocessos e
Biotecnologia, Engenharia Industrial Química, Engenharia Industrial Têxtil,
Engenharia Química e Engenharia Têxtil
Engenharia de Materiais e suas ênfases e/ou habilitações, Engenharia Física,
Engenharia Metalúrgica e Engenharia de Fundição
Engenharia de Produção e suas ênfases
Engenharia, Engenharia Ambiental, Engenharia de Minas, Engenharia dePetróleo
e Engenharia Industrial
Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal e Engenharia de Pesca
Arquitetura e Urbanismo
Agronomia
Composição dos Volumes (*)
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
14
QUADRO A.2 PARTICIPANTES DO COMPÊNDIO (Continua)
do Anexo de cada volume, foram posteriormente objeto de análise das equipes e referenciadas ao longo 
do texto de cada volume.
Coord.
Geral
Inep
Confea
Volume I
Engenharias
Volume II
(Civil)
Volume III
(Elétrica)
Volume V
(Química)
Volume IV
(Mecânica)
Iguatemy Maria Martins
Pedro Lopes de Queirós
Vanderlí Fava de Oliveira
(Confea/UFJF)
Ericson Dias Mello (CUML);
Marcos José Tozzi (UP)
Benedito Guimarães de Aguiar
Neto (UFCG)
Ana Maria de Mattos Rettl
(UFSC/Unicastelo)
José Alberto dos Reis Parise
(PUC-Rio)
Maria Inês G Sá Pestana,
Laura Bernardes,
Nabiha Gebrim,
José Marcelo Schiessl
Vanderlí Fava de Oliveira,
Roldão Lima Júnior
Benedito Guimarães Aguiar
Neto (UFCG), Claudette Maria
Medeiros Vendramini (USF),
João Sérgio Cordeiro
(Abenge/UFSCar),
Márcia Regina F. de Brito Dias
(Unicamp),
Mário Neto Borges
(Fapemig/UFSJR),
Nival Nunes de Almeida (UERJ),
Paulo Roberto da Silva (Confea),
Pedro Lopes de Queirós (Confea)
e Roldão Lima Júnior (Confea)
Antonio Pedro F. Souza (UFCG),
Creso de Franco Peixoto
(Unicamp/CUML), Fredmarck
Gonçalves Leão (Unifei), João
Fernando Custódio da Silva
(Unesp), Manoel Lucas Filho
(UFRN), Miguel Prieto (Mútua-SP)
e Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF)
Mario de Souza Araújo Filho
(UFCG)
Adriane Salum (UFMG); Iracema
de Oliveira Moraes (UNICAMP);
Letícia S. de Vasconcelos
Sampaio Suñé (UFBA)
João Bosco da Silva (UFRN),
Lílian Martins de Motta Dias
(Cefet-RJ), Marcos Azevedo
da Silveira (PUC-Rio), Nival Nunes
de Almeida (UERJ) e Vinício
Duarte Ferreira (Confea)
Volume
Atividade
Autores
Coordenadores
Autores
Colaboradores
VOLUME I ENGENHARIAS
15
QUADRO A.2 PARTICIPANTES DO COMPÊNDIO (Conclusão)
O trabalho final é o resultado de um esforço coletivo que reuniu o sistema educacional, representado 
pelo Inep/MEC, e o sistema profissional, representado pelo Confea/Creas, e ainda contou com importante 
contribuição do sistema representativo organizado da formação em Engenharia, Arquitetura e Agronomia, 
representados, respectivamente, pela Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), 
Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (Abea) e Associação Brasileira de Educação 
Volume VIII
(Amb/Minas)
Volume IX
(Florestal
Agrícola
Pesca)
Volume X
Arquitetura
Volume VI
(Materiais)
Volume VII
(Produção)
Volume XI
Agronomia
Luiz Paulo Mendonça Brandão
(IME)
Vanderli Fava de Oliveira
(Confea/UFJF)
Manoel Lucas Filho (UFRN)
Vanildo Souza de Oliveira
(UFRPE)
Andrey Rosenthal Schlee (UnB)
Francisco Xavier R. do Vale
(UFV), Lauro Francisco
Mattei (UFSC), Marcelo Cabral
Jahnel (PUC-PR) e Paulo
Roberto da Silva (Confea)
Luis M Martins de Resende
(UTFPR), Severino Cesarino
Nóbrega Neto (IFPB), Vitor Luiz
Sordi (UFSCar)
Milton Vieira Júnior (Uninove) e
Gilberto Dias da Cunha (UFRGS)
Adierson Erasmo de Azevedo
(UFRPE), Ana Lícia Patriota
Feliciano (UFRPE), Augusto José
Nogueira (UFRPE), Carlos Adolfo
Bantel (SBEF), Glauber Márcio
Sumar Pinheiro (Sbef), José
Geraldo de Vasconcelos Baracuhy
(Abeas), José Milton Barbosa
(UFRPE), José Wallace Barbosa
do Nascimento (UFCG) e Renaldo
Tenório de Moura (Ibama)
Ester Judite Bendjouya Gutierrez
(UFPEL), Fernando José
de Medeiros Costa (UFRN),
Gogliardo Vieira Maragno (UFMS),
Isabel Cristina Eiras de Oliveira
(UFF) e Wilson Ribeiro
dos Santos Jr. (PUC-Camp.)
Claudette Maria Medeiros
Vendramini (USF), José Geraldo
de Vasconcelos Baracuhy (Abeas),
Márcia Regina F. de Brito
(Unicamp) e Ricardo
Primi (Unicamp)
Coord.
Volume
Atividade
Autores
Coordenadores
Autores
Colaboradores
Ericson Dias Mello (CUML),
Marcos José Tozzi (UP) e
Vanderlí Fava de Oliveira (UFJF)
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
16
Agrícola Superior (Abeas), além de outras entidades relacionadas às diversas modalidades de Engenharia 
que compõem os 11 volumes do compêndio.
Estiveram engajados neste trabalho mais de 60 professores e pesquisadores de diferentes 
Instituições de Ensino Superior (IES), entidades e organismos de diversos Estados da Federação, 
representando as diversas modalidades contempladas nos volumes do compêndio, num esforço inédito 
para produzir uma obra que, certamente, é de significativa importância para a implementação de ações 
no plano educacional, profissional, tecnológico e político do País.
Brasília, dezembro de 2009.
Iguatemy Maria Martins
Pedro Lopes de Queirós
Vanderlí Fava de Oliveira
Coordenadores
VOLUME I ENGENHARIAS
17
APRESENTAÇÃO
DO VOLUME I:
ENGENHARIAS
Este volume geral sobre a Engenharia é parte do compêndio sobre A Trajetória e o Estado da Arte 
da Formação em Engenharia, Arquitetura e Agronomia, que é composto por mais 11 volumes.
O livro contém um retrospecto sobre a formação em Engenharia, devidamente contextualizada 
aos principais aspectos tecnológicos e políticos que influenciaram a trajetória, a evolução, o crescimento 
do número de instituições, de cursos e de modalidades de Engenharia. O volume apresenta ainda 
um conjunto de gráficos elucidativos da evolução desses cursos em termos de vagas oferecidas, 
candidatos inscritos, ingressantes, total de matriculados e concluintes, referentes ao período de 
1991 a 2007, que corresponde ao período de coleta desses dados pelo Inep, por meio do Censo da 
Educação Superior.
Neste volume há também uma retrospectiva sobre a atuação de duas importantes organizações 
que contribuíram para o desenvolvimento da Engenharia no nosso país: o Conselho Federal de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia (Confea) e a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge). A 
participação dessas duas organizações neste volume, ao lado do Inep/MEC, permite apresentar à sociedade 
brasileira um quadro abrangente sobre a formação em Engenharia no nosso país em termos históricos, 
profissionais e políticos.
Espera-se que este trabalho possa contribuir com a geração atual e futura em relação às informações 
e reflexões sobre a Engenharia, assim como para a formulação de políticas que visem ao aprimoramento 
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
18
dos mecanismos de avaliação, regulação e de fomento de pesquisa, de formação e de aprimoramento 
das instituições relacionadas à formação e ao exercício profissional em Engenharia.
Vanderlí Fava de Oliveira
Organizador 
VOLUME I ENGENHARIAS
19
CAPÍTULO I
VOLUME I ENGENHARIAS
21
RETROSPECTO 
E ATUALIDADE 
DA FORMAÇÃO 
EM ENGENHARIA
Vanderlí Fava de Oliveira (Confea/UFJF)
Nival Nunes de Almeida (Abenge/UERJ) 
Antecedentes da educação em Engenharia no Brasil
A origem da engenharia confunde-se com a origem da civilização, se for considerada como o 
emprego de métodos e técnicas para construir, transformar materiais e fabricar ferramentas. Ao descobrir 
vantagem mecânica com o uso de um pedaço de madeira como prolongamento do braço ou ao arremessar 
uma pedra contra um alvo, pode-se dizer que o homem começou a utilizar-se da engenharia em seu 
benefício. De outro lado, ao se considerar a engenharia como conhecimento organizado e estruturado em 
bases científicas, sua origem é relativamente recente, principalmente se considerada dentro do contexto 
da educação superior.
A educação superior brasileira tem sua gênese nos cursos superiores de Artes (Filosofia e 
Ciências) e de Teologia em Collégios mantidos pela Companhia de Jesus na Bahia,3 Rio de Janeiro, Olinda-
Recife, Belém-São Luís, São Paulo e Mariana (CUNHA, 1989). Até a expulsão dos jesuítas dos territórios 
portugueses, em 1759, as experiênciasrelativas à educação superior no Brasil estiveram atreladas às 
3 Em 1575, foram concedidos os primeiros graus de bacharel aos formados pelo primeiro curso de Artes do Colégio da Bahia. Em 1578, 
foram conferidos os primeiros títulos de mestre em Artes e, em 1581, os primeiros graus de doutor (SCHWARTZMAN, 1979).
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
22
ações dos “soldados de Cristo”, cujos estudos “humanistas” visavam preparar uma elite letrada para 
as funções burocráticas e bacharelescas na direção do reino português no Brasil. Assim, ao término do 
curso, havia aqueles que, por exemplo, buscavam a Universidade de Coimbra como caminho para a 
complementação de sua formação, caso quisessem se dedicar ao estudo de Direito; ou de Montpellier, 
na França, para fazer seus estudos de Medicina (FÁVERO, 1977).
Concomitante aos empreendimentos dos jesuítas, desenvolviam-se estudos de matemática e 
cartografia em algumas fortificações militares do Brasil-Colônia, cujo objetivo era aprimorar as técnicas 
de defesa com construções cada vez mais estruturadas para esse fim. Nessa perspectiva de defesa e 
inovação de técnicas de edificações, é possível apontar a gênese das experimentações de engenharia 
no Brasil, que, após a sua consolidação como demanda militar, passa a ser uma matéria de estudos, 
especialmente na formação dos oficiais que planejavam as estratégias defensivas, desde a logística até a 
aplicação da artilharia. Dessa forma, a Carta Régia (PARDAL, 1985), de 15 de janeiro de 1699, pretendia 
iniciar as atividades de ensino de Engenharia Militar no Brasil, estabelecendo as bases para a formação 
de técnicos na arte de construções e fortificações, por meio da Aula de Fortificação.4
Além dos colégios humanistas, os jesuítas foram precursores da ciência e da pesquisa, atribuindo-
se a eles experimentações científicas, dentre as quais se destaca a instalação de um observatório 
astronômico em 1730, no Morro do Castelo, no Rio de Janeiro. Posteriormente, essa herança jesuítica 
foi levada adiante por dois astrônomos portugueses, Sanches d”Orta e Oliveira Barbosa, que realizaram 
estudos e observações regulares a partir de 1780 (OBSERVATÓRIO NACIONAL, 2009).
Ainda durante o século XVIII, várias experiências de ensino militar foram realizadas, funcionando, 
por exemplo, no Rio de Janeiro, o sistema de Aulas Régias, que se consubstanciavam em estudos pautados 
em uma bibliografia clássica que tinha como manual, dentre outros instrumentos, o Método lusitânico 
de desenhar as fortificações das praças regulares e irregulares. Sabe-se que esse ensino foi mais bem 
organizado em 1738 na Aula do terço de artilharia, no entanto, não se conhece o regulamento nem o 
programa desta Aula, sabendo-se apenas que durava cinco anos (PARDAL; LEIZER, 1996).
Origens dos cursos de Engenharia regulares
É importante ressaltar que o desenvolvimento da Engenharia e da Educação em Engenharia está 
intrinsecamente relacionado com os avanços da ciência e da tecnologia. À medida que a tecnologia vai 
se tornando mais complexa, em termos de necessidade de conhecimentos de base matemática, física, 
química, expressão gráfica, entre outros, para solucionar problemas e projetar soluções, torna-se objeto de 
estudo e aplicação do campo da Engenharia. Observa-se que a origem dos cursos de Engenharia com 
4 Uma instituição de ensino começava, em geral, com a denominação de Aula, passando, depois, à de Academia (PARDAL, 
1985).
VOLUME I ENGENHARIAS
23
FIGURA 1.1 CAPA DO LIVRO La science des ingenieurs dans conduite dês travaux de fortification et 
 d”architecture civile. Dedié au roy.
 Fonte: Instituto Datini (2009).
organização semelhante à dos atuais coincide com a Revolução Industrial Europeia, iniciada no Reino 
Unido no século XVIII.
A École Nationale des Ponts et Chausseés, fundada em 1747 na França, foi o primeiro 
estabelecimento destinado à formação em engenharia que se organizou com características que mais se 
assemelham às atuais, sendo considerada a primeira escola para o ensino formal de engenharia do mundo e 
que diplomou profissionais com o título de engenheiro (PARDAL, 1986). Essa escola formava basicamente 
construtores e, se assim for, o ensino de engenharia iniciou-se pela Engenharia hoje conhecida como 
Engenharia Civil, sendo os primeiros engenheiros diplomados os precursores do engenheiro civil atual.
O que é considerado como o primeiro livro que organizou o que havia até então de conhecimento 
de engenharia, La science des ingenieurs dans conduite dês travaux de fortification et d”architecture civile. 
Dedié au roy. (Figura 1.1), foi publicado em 1729 por Bernard Forest de Belidor (1698-1761). Esse livro 
constituía-se um manual de mecânica mais voltado para a hoje conhecida Engenharia Civil, que trata das 
forças que agem nos arcos, a pressão do solo e a construção de muros de contenção, entre outros. Foi 
reeditado diversas vezes nos cem anos seguintes.
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
24
O nome “engenheiro civil” teria sido usado, pela primeira vez em 1768, pelo engenheiro inglês 
John Smeaton (Figura 1.2), que foi, inclusive, um dos descobridores do cimento Portland – que assim 
se autodenominou para distinguir-se dos engenheiros militares (BBC, 2003).
FIGURA 1.2 JOHN SMEATON (1724-1792)
 Fonte: Walton, 2009.
Embora na França as primeiras Escolas de Engenharia tenham sido fundadas por civis, em 
outros países as primeiras escolas foram de origem militar. Nestas, além dos conhecimentos inerentes à 
formação militar, havia também o ensino de técnicas relacionadas à construção com fins militares, como 
fortificações, caminhos, pontes, calçamento, calçadas, entre outros, mas que também se aplicavam à 
construção não militar, ou seja, à hoje conhecida como construção civil. Posto isto e considerando-se 
a iniciativa de John Smeaton de autodenominar-se engenheiro civil, pode-se deduzir que a origem das 
denominações “arquitetura civil”, “engenharia civil”, “construção civil” e “engenheiro civil” deve-se à 
diferenciação que se estabelecia no uso dos conhecimentos de engenharia, quando o uso era não militar, 
o que ocorreu em fins do século XVIII.
Ainda na França, em 1783 foi fundada a École des Mines, em Paris. Nessa época a exploração 
de minas exigia aplicação das mais avançadas técnicas construtivas e mecânicas existentes. No entanto, 
tanto na École Nationale des Ponts et Chausseés quanto na École des Mines os estudos se iniciavam 
direto nas disciplinas “profissionalizantes”. Como os alunos iniciavam seus estudos com diferentes níveis 
de conhecimento do básico (matemática, física etc.), havia problemas de acompanhamento do curso. 
Somente no final do século XVIII esse problema foi resolvido com a criação da École Polytechnique.
VOLUME I ENGENHARIAS
25
A École Polytechnique (Figura 1.3), fundada em 1795 por iniciativa de Gaspard Monge (1746-
1818) e Antoine François Fourcroy (1755-1809), tem sido considerada como “modelo de outras escolas 
de engenharia pelo mundo afora. Esta Escola tinha o curso em três anos, cujos professores de alto nível 
(Monge, Lagrange, Fresnel, Prony, Fourrier, Poisson, Gay Lussac etc.) ensinavam as matérias básicas 
de engenharia, sendo os alunos depois encaminhados a outras escolas especializadas como a Ponts et 
Chausseés e École de Mines” (ÉCOLE POLYTECHNIQUE, 2009).
FIGURA 1.3 ÉCOLE POLYTECHNIQUE
 Fonte: Ministère de I”Enseignement Supérieur et de la Recherche, 2009.
Como se pode observar, “a separação, na estruturação curricular, entre as diversas ciências que 
participam na formação do engenheiro, colocando-se primeiramente (em bloco) as básicas, depois 
as básicas de engenharia e, por fim, as aplicadas de engenharia, remonta já às primeiras escolas” 
(BRINGUENTI, 1993).
Conforme registrado por Pardal (1986), na École Polytechnique “a matéria essencial era a geometria 
descritiva, que dominava o curso, especialmentenas cadeiras de Estereotomia5 (1o ano), Arquitetura (2o 
ano) e Fortificação (3o ano), fato explicável por ter Monge, criador da Geometria Descritiva, redigido os 
programas da Escola”. A Geometria Descritiva chegou ao Brasil, também, como matéria essencial para 
5 Estereotomia: arte de dividir e cortar com rigor os materiais de construção, principalmente pedras.
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
26
a formação dos engenheiros e até recentemente vinha ocupando um grande destaque nos cursos de 
Engenharia.
Os primeiros cursos regulares de Engenharia, em outros países, estão dispostos no Quadro 1.1. 
Sabe-se que havia profissionais que atuavam como engenheiros antes destas primeiras Escolas regulares. 
A formação destes ocorria por meio da prática e do aprendizado ou de “aulas” com os que detinham 
conhecimentos de matemática, física e de técnicas disponíveis à época.
QUADRO 1.1 PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENGENHARIA NO MUNDO
A primeira escola de Engenharia do Brasil
No Brasil, a implantação e o crescimento dos cursos de Engenharia também estão intrinsecamente 
relacionados ao desenvolvimento da tecnologia e da indústria, além das condições econômicas, políticas e 
sociais do país e suas relações internacionais. Desta forma, pode-se verificar que o crescimento do número de 
cursos acompanha os diversos ciclos políticos e econômicos pelos quais passaram o Brasil e o mundo.
A data de início formal dos cursos de Engenharia foi 17 de dezembro de 1792, com a criação 
da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, na cidade do Rio de Janeiro, sendo instalada 
inicialmente na ponta do Calabouço, na Casa do Trem de Artilharia (atual Museu Histórico Nacional) (Figura 
1.4). Esta Escola foi a primeira das Américas e seguia o mesmo modelo da Real Academia de Artilharia, 
Fortificação e Desenho criada pela rainha Dona Maria I em 2 de janeiro de 1790, em Portugal.
A Real Academia é a precursora em linha direta e contínua da atual Escola de Politécnica da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro (Quadro 1.2) e faz parte também da origem do Instituto Militar de Engenharia (IME). À 
época, o Brasil era uma colônia de Portugal e a Europa estava em plena 1ª Revolução Industrial e sob os ecos da 
Revolução Francesa. Em seguida, a política expansionista de Napoleão teve como uma de suas consequências 
a fuga da família Real para o Brasil, o que foi determinante para a consolidação da Real Academia.
ANO LOCAL DENOMINAÇÃO
1790 Lisboa/Portugal Academia Real de Artilharia, Fortificação e Desenho
1792 Rio de Janeiro/Brasil Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho
1802 West Point/E. Unidos Academia de West Point
1803 Espanha (sem informação de nome e local)
1815 Viena/Áustria Instituto Politécnico de Viena
1821 Berlim/Alemanha (sem informação de nome e local)
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira com base em Telles (1994a).
VOLUME I ENGENHARIAS
27Na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, os futuros oficiais da infantaria e artilharia 
concluíam seus cursos, respectivamente, em três e cinco anos, e os oficiais de Engenharia tinham um 
ano a mais, durante o qual cursavam “cadeiras” de Arquitetura Civil, Materiais de Construção, Caminhos e 
Calçadas, Hidráulica, Pontes, Canais, Diques e Comportas (PARDAL, 1985). A formação técnica recebida 
por esse seleto grupo de sujeitos, naquele período, tornava-os aptos a estudos científicos avançados. 
Com isso, era preparada uma elite militar que daria forma aos primeiros estudos superiores de Ciências 
Exatas e as suas aplicações no país. No entanto, o marco fundamental para o ensino superior no país 
foi a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, fato que permitiu a criação de diversas 
instituições, algumas delas oferecendo cursos de ensino superior, como a Academia Real dos Guardas-
Marinha,6 o curso de Cirurgia na Bahia e o curso de Anatomia no Rio de Janeiro, futuros cursos de 
Medicina (FÁVERO, 1977).
No Rio de Janeiro, além de criar o Jardim Botânico e a Biblioteca Nacional para que a corte 
portuguesa desfrutasse de algumas das instituições acadêmico-científicas deixadas no além-mar, o 
Príncipe Regente D. João cria, por meio da Carta de Lei de 4 de dezembro de 1810,7 a Academia Real 
Militar, a partir das instalações da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho. O curso de 
6 Atual Escola Naval, que outorga o título de bacharel em Ciências Nacionais.
7 O texto desta lei está integralmente reproduzido no livro do professor Telles (1994a) e mostra todos os detalhes sobre as finalidades, 
currículos, disciplinas, professores e como deveria funcionar a Academia.
FIGURA 1.4 CASA DO TREM: local onde a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho iniciou 
as suas atividades em 1792
Fonte: Escola Politécnica/UFRJ (2009)
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
28
1 Resultado da fusão da Academia Militar e de Guardas-Marinha, que voltaram a separar-se em 1833.
2 A Escola Militar desdobra-se em duas ficando a Escola Central com a incumbência de formar os engenheiros 
“civis” e a Escola Militar os engenheiros “militares”, mas continuando ambas ligadas ao Ministério da 
Guerra.
3 A partir de 1874, com o nome de Escola Politécnica, desvincula-se do Ministério da Guerra, passando para o 
Ministério da Instrução.
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira com base em um quadro sem autor, encontrado na Revista de 
Ensino de Engenharia (1983).
Engenharia da Academia Real Militar tinha duração de 7 anos (Quadro 1.3). O ano letivo era de 9 meses, 
de 1o de abril até véspera do Natal, sendo o mês de janeiro dedicado aos exames.
QUADRO 1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PRIMEIRA ESCOLA DE ENGENHARIA DO BRASIL
1792 Real Academia de Artilharia,
Fortificação e Desenho
1810
Academia Real Militar
1822 Academia Imperial Militar
1832* Academia Militar e de Marinha
1833
1839
18551858
Escola Militar e de
Aplicação do Exército
1874
1896
1928
Escola de Engenharia Militar
1937
1933
Escola Técnica do Exército
1965 1959Instituto Militar
de Engenharia (IME)
Academia Militar da Corte1
Escola Militar da Corte
Escola Central 2
Escola Politécnica 3
Escola Politécnica
do Rio de Janeiro
Escola Nacional
de Engenharia
Atual
Escola Politécnica da UFRJ
VOLUME I ENGENHARIAS
29
ANO LENTES CONTEÚDOS
1
1º 1 Aritmética, Álgebra, Geometria e Trigonometria Retilínea
2º 1
Resolução de Equações, Geometria Analítica, Cálculo Diferencial e Integral,
Geometria Descritiva e Desenho
3º 1 Mecânica (Estática e Dinâmica), Hidráulica, Balística e Desenho 2
4º 2
Trigonometria Esférica, Óptica, Astronomia, Geodésia, Cartas Geográficas
e Geografia Terrestre, Desenho e Física
2
5º 2
Tática, Estratégia, Castrametação , Fortificação de Campanha,
Reconhecimento de Terreno e Química
3
6º 2
Fortificação, Ataque e Defesa de Praças, Princípios de Arquitetura Civil,
Traço e Construção de Estradas, Pontes, Canais e Portos, Orçamento
de Obras e Mineralogia
7º 2
Artilharia Teórica e Prática, Minas e Geometria Subterrânea,
e História Natural
2
QUADRO 1.3 PROGRAMA DO CURSO DE ENGENHARIA DA ACADEMIA REAL MILITAR
 (Carta de Lei de 4 de dezembro de 1810)
1 Além de contar com 11 professores, ainda foram previstos mais cinco substitutos “de maneira que jamais se 
dê o caso de haver cadeiras que deixem de ser servidas, havendo alunos que possam ouvir as lições”. (Cada 
lição deveria durar uma hora e meia).
2 A disciplina Desenho era oferecida por um lente em separado.
3 Escolha e levantamento para fortificação ou acampamento.
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira com base em Telles (1994a).
O registro mais antigo encontrado na bibliografia e que apresenta de forma estruturada a organização 
de um curso de Engenharia no Brasil é essa Carta de Lei, que criou a Academia Militar, até recentemente 
considerada como a primeira Escola de Engenharia do Brasil. A seguir são apresentados os principaisaspectos sobre esta Carta de Lei baseados nas publicações dos professores Pardal (1986), Pardal e Leizer 
(1996) e Telles (1994a).
Sobre o que se ensinava na Academia Real Militar:
No Título II (Número dos professores, ciências que devem ensinar, e dos seus substitutos) desta 
“Carta de Lei”, os termos “ensinar”, “explicar” e “dar” (o conteúdo) são utilizados quase como sinônimos; 
aliás, ainda são muito usados nos cursos da atualidade. São dignos de nota os termos elogiosos utilizados 
para referir-se aos tópicos de disciplinas e aos seus principais autores de referência como em “[...] o 
lente ensinará logo a Álgebra, cingindo-se quanto puder, ao método do célebre Euler, nos seus excelentes 
elementos da mesma ciência [...]”. Também há recomendação de exercícios e aplicações para os alunos, 
como nesta referência à Trigonometria: “de que lhe mostrará suas vastas aplicações, trabalhando muito em 
exercitá-los nos diversos problemas e procurando desenvolver aquele espírito de invenção, que nas ciências 
matemáticas conduz às maiores descobertas”. (OLIVEIRA, V., 2004, p. 3).
Esse regulamento contido na Carta de Lei era baseado no que regia a École Polytechnique de Paris, 
que enfatizava as disciplinas básicas e as aulas práticas, e previa que os professores deviam escrever os 
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
30
seus próprios compêndios (livros). Talvez uma das heranças dessa prática de escrever compêndios seja 
as apostilas que ainda existem em muitos dos cursos de Engenharia do país.
Sobre os “exercícios diários e semanários” na Academia Real Militar:
No Título VII (Dos exercícios diários e semanários, e forma dos exames no fim do ano letivo; assim 
como dos que são obrigados a seguir estes estudos): “Cada lente será obrigado a explicar nos primeiros três 
quartos de hora sua lição aos discípulos; depois procederá a fazê-los dar conta da lição do dia precedente, 
chamando aqueles dos discípulos que bem lhe parecer, e procurará que a mesma exposição, que eles fizerem, 
possa ser útil aos outros, de maneira que a todos seja profícua. No sábado, de cada semana, fará o lente 
repetir o que tiver explicado em toda semana e procurará fazer conhecer aos discípulos, não só o necessário 
encadeamento do que se seguem das verdades mostradas e também os diferentes métodos de as ministrar, 
preparando-lhes assim o espírito para tentarem descobertas, e despertando o gênio inventor, que a natureza 
possa ter dotado alguns dos discípulos. Para o mesmo fim dará cada professor aos seus discípulos, de 
certas em certas épocas, problemas análogos ao aproveitamento dos discípulos, e indicando-lhes o modo 
de os resolver, deixará aos seus esforços a conclusão do trabalho, para assim conhecer aqueles que têm 
mais talento e disposição para fazerem grandes progressos”. (OLIVEIRA, V., 2004, p. 3-4).
Sobre as aulas na Academia Real Militar:
O primeiro parágrafo deste Título VII mostra que as aulas eram predominantemente “expositivas” 
e que os alunos deveriam saber “reproduzir” o que o professor ensinava, ao ter que dar conta da lição. 
Ressalte-se que o previsto nestes três parágrafos guarda muitas semelhanças com o praticado no ensino 
de engenharia da atualidade. (OLIVEIRA, V., 2004, p. 4).
Sobre os exames na Academia Real Militar:
Ainda no Título VII, é explicado como ocorreriam os exames: 
“A forma de exame será também diferente e se fará sobre todo o compêndio que se explicará, 
escolhendo cada examinador o ponto que quiser e dando o livro ao candidato, para que leia ali e depois 
explique fechando o livro; pois que assim é que se pode ficar no conhecimento que o estudante sabe todo 
seu compêndio e está no caso de se servir dele em qualquer circunstância, que lhe seja necessário, vindo 
também por este modo evitar-se que o estudante de grande talento e pouco estudo, possa fazer exame que 
seja de aparência brilhante, sem que contudo conheça a doutrina, que lhe explicou em toda sua generalidade, 
de que deve dar conta”. (OLIVEIRA, V., 2004, p. 4).
Pelo que se sabe, esse formato de exame vigorou em muitas escolas até a década de 60 e também 
não está muito distante das “provas” que ainda hoje são baseadas na apostila ou nas “listas de exercícios” 
que o professor “passa” para os estudantes.
Sobre os exercícios práticos:
No Título VIII (Dos exercícios práticos), estabelecem-se como obrigação as aulas práticas: “Os lentes 
serão obrigados a sair ao campo com seus discípulos, para exercitar na prática da operação e que nas aulas 
VOLUME I ENGENHARIAS
31
lhes ensinam; assim o lente de Geometria lhes fará conhecer o uso dos instrumentos e prática medindo 
distâncias e alturas inacessíveis, nivelando terrenos e tirando planos; enquanto os de Fortificações e Artilharia 
lhes mostrarão todos os exercícios práticos das ciências que explicam [...] lembrando-se sempre que o olho 
ativo e vigilante de seu soberano está sempre pronto para premiar os que fizerem suas maternais metas, e 
para castigar os que não correspondem a tão louvável fim”. Esta obrigação de ir ao “campo”, ao que tudo 
indica, nunca foi muito seguida. Telles (1994) registra que “embora exigidos em todos os regulamentos, eram 
muitas vezes esquecidos e outras vezes mal planejados e completamente inúteis”. Ainda cita o Visconde 
de Taunay, que teria dito sobre as aulas de campo da Academia Real Militar: “de que não tiramos o menor 
proveito, empregávamos o tempo em vadiagens, excelentes banhos de rio, em flirtation com umas mocinhas 
e em queixas contra a temperatura [...]”. Conta ainda que, um belo dia, apareceu o Imperador. Vindo de 
Petrópolis, lembrou-se de inspecionar os trabalhos práticos que os alunos realizavam na Fábrica de Pólvora 
da Estrela na “Raiz da Serra” e perguntou ao comandante da Escola:
“– Os seus alunos têm trabalhado muito?
– Muito, Senhor.
– Feito observações astronômicas?
– Todas as noites, exceto quando chove.
– Com que instrumentos?
– Temos uma excelente luneta.
– Deixe-me ver”.
Aí começou a entornar o caldo: veio a caixa, mas estava sem a chave! Afinal apareceu a tal chave, 
mas foi pior, pois a mais descuidada inspeção, um simples relancear de olhos, mostrava que o instrumento 
de há muito não saía da caixa.
Qualquer semelhança com muitas das “visitas técnicas” que hoje são realizadas...
No século XIX, a Academia Real Militar ainda sofreria alterações de denominação, de organização 
e de estrutura de funcionamento. Para abrigá-la, foi construído, no centro do Rio de Janeiro, no Largo 
de São Francisco (Figura 1.5), o primeiro prédio dedicado ao ensino superior de Engenharia no Brasil, 
FIGURA 1.5 ESCOLA POLITÉCNICA EM 1858
Fonte: Escola Politécnica/UFRJ (2009)
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
32
também conhecido como “berço da engenharia nacional” e que, de 1812 até 1966, permaneceu como 
centro do ensino de Engenharia.
A partir de 1858, a Escola Militar da Corte sucessora da Academia Real Militar (Quadro 1.2) 
desdobrou-se em Escola Central destinada à formação de engenheiros civis, ficando a Escola Militar e 
de Aplicação do Exército com a formação do engenheiro militar. No entanto, as duas escolas continuavam 
vinculadas ao Ministério da Guerra. Os profissionais formados no país desde as origens da Educação em 
Engenharia na Brasil estão listados nos Quadros 1.4 e 1.5.
QUADRO 1.4 PRIMEIRA ESCOLA DE ENGENHARIA DO BRASIL
CURSOS - (A) - ANOS ALS
1699 Aula de Fortificação oficiais engenheiros militares e artilheiros (?a)
1792
Real Academia
de Artilharia,
Fortificação
e Desenho
oficiais infantaria e artilharia (3a)
oficiais artilharia (5a)
curso matemático (6a)2
M
IL
IT
AR
ES
1
1832 Academia Militar
e de Marinha
3
1833
Academia Militar
da Corte
engenheiro militar (3a) – engenheiro geógrafo (4a)
– engenheiro de pontes e calçadas (5a) – construtor
naval (5a)
1839
1842
Escola Militar
da Corte
engenheiro militar: Infantaria, cavalaria, artilharia (5a)
tese: ciências
físicas e matemáticas– ciências físicas e naturais
incluído: bacharéis (?a) e doutor mediante
1858 Escola Central
4
bacharéis (4a):
ciências físicas e matemáticas– ciências
físicas e naturais – engenheiro geógrafo (4a)
M
IL
IT
AR
ES
E
C
IV
IS
1874 Escola Politécnica
bacharéis(2a):
ciências físicas e naturais – ciências físicas e matemáticas
–engenheiro geógrafo (3a) – engenheiro (5a) – civil –
de minas – industrial
C
IV
IS
ANO DENOMINAÇÃO
1738 Aula do Terço
depois Regimento
de Artilharia
oficiais engenheiros militares e artilheiros (5a)
1810 Academia Real
Militar
1822 Academia Imperial
Militar
oficiais de artilharia e de engenharia – ciências
matemáticas, físicas e naturais – engenheiros geógrafos
e topógrafos – curso completo: duração 7 anos
1 No início do funcionamento da Academia de 1792, havia 73 alunos, dos quais dois civis.
2 O 6º ano era dedicado exclusivamente à hoje conhecida como Engenharia Civil.
3 Resultado da fusão da Academia Militar e de Guardas-Marinha, que se separaram em 1833.
4 A Escola Central é o resultado do desmembramento do ensino de engenharia “militar” do “civil” (primeira 
vez que aparece o termo “engenharia civil”), embora continuasse vinculada ao Ministério da Guerra. A Escola 
Central iniciou-se com 312 alunos militares e 256 civis.
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira com base em Pardal (1986), Pardal e Liezer (1996) e Telles 
(1994a).
VOLUME I ENGENHARIAS
33
QUADRO 1.5 PRIMEIRA ESCOLA DE ENGENHARIA DO BRASIL REPÚBLICA
1874
5
Escola Politécnica curso fundamental (4a) engenharia (8a): civil – industrial
CURSOS - (A) - ANOSANO DENOMINAÇÃO
1896
curso geral (3a) (título de agrimensor)
engenharia (6a): civil – de minas – industrial – mecânica
agronômica (5a)
1901
curso geral (3a)
engenheiro geógrafo – bacharéis (notas superior a 6) (3a)
– ciências físicas e naturais – ciências físicas e matemáticas
engenharia (5a): civil – de minas – industrial – mecânica
– agronômica
19116 engenharia (5a): civil – industrial – mecânica – eletricista
1925
Escola Politécnica
do Rio de Janeiro
7
curso geral (3a)
engenharia (6a): civil - eletricista – industrial
1937 Escola Nacional de Engenharia
1965 Escola de Engenharia da UFRJ
5 Proclamada a República em 1889, a Politécnica passou para o Ministério da Instrução que, em 1890, tendo 
como Ministro Benjamim Constant, promoveu uma reforma de estatutos de cunho positivista, separando o 
básico (4 anos) do profissionalizante (mais 4 anos), o que gerou protestos. Em 1896, a duração do básico 
e do profissionalizante passou para 3 anos cada.
6 Lei Rivadávia Correa cria a autonomia didático-administrativa e a “Livre-Docência”.
7 Em 1920 foi criada a Universidade do Rio de Janeiro, que englobava a Escola Politécnica.
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira com base em Pardal (1986), Pardal e Liezer (1996) e Telles 
(1994a, 1994b).
Com o Decreto nº 5.529, de 17 de janeiro de 1874, o exército deixa a formação de 
engenheiros para instituições civis desvinculando a sucessora da Real Academia do Ministério 
da Guerra, transformando-a em Escola Politécnica, localizada no Largo de São Francisco. Nasce, 
então, a primeira Escola de Engenharia do país efetivamente não militar. É importante destacar 
que, pela bibliografia consultada (PARDAL, 1986; PARDAL; LIEZER, 1996; TELLES, 1994), o 
nome “Engenharia Civil”, ao que tudo indica, só começou a ser empregado no Brasil a partir 
dessa desvinculação.
Nas salas dessa Escola ocorreram as primeiras demonstrações públicas de ciência no país: de 
transmissão telegráfica (1851), de iluminação a gás de mamona (1851), de iluminação elétrica (1857) 
e de chapas de radiografia (1896) (PARDAL, 1985).
Provavelmente, baseado na experiência anterior do final do século XVIII, o Observatório Nacional foi 
criado, no Morro do Castelo, em 1827, por Decreto de D. Pedro I, cuja ocupação principal era a instrução 
de alunos das Escolas militares de terra e mar. Em 1871, o Observatório é retirado da administração 
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
34
militar e passa a ser dedicado a funções de pesquisa de meteorologia, astronomia, geofísica e medição 
do tempo e da hora.8
Além da Escola Militar e suas sucessoras, nenhuma outra iniciativa de criação de Escola 
de Engenharia prosperou até fins do século XIX. Na província de São Paulo, foi criado o Gabinete 
Topográfico, fundado em 1835 na capital, o que seria o segundo estabelecimento de ensino de 
Engenharia no Brasil. Esse curso, com duração de 2 anos, destinava-se a formar topógrafos e 
“engenheiros de estradas”. Esse estabelecimento funcionou de 1836 até 1838, reabriu em 1840 e 
fechou definitivamente em 1849, pela Lei nº 388 de abril de 1949, devido a uma disputa na Assembleia 
da província de São Paulo vencida pelos Conservadores contra os Liberais que propugnavam pela 
continuidade do Gabinete Topográfico. Enquanto existiu, esse Gabinete chegou a ter 14 alunos e foi 
dirigido por engenheiros militares (LIMA, 2009).
A primeira Escola de Engenharia do Brasil acabou servindo de modelo para a fundação da maioria 
das Escolas de Engenharia do país. Ainda hoje, muitos buscam referências nos cursos de Engenharia da 
Escola de Engenharia da UFRJ. Isso significa que, ao se estudar a evolução dessa primeira Escola, tem-se 
uma boa noção da evolução da educação em Engenharia no Brasil em termos de organização, formação 
e também de métodos, técnicas e recursos didáticos.
A Escola de Minas de Ouro Preto
Com a não viabilização do Gabinete Topográfico de São Paulo, a que pode ser considerada como a 
segunda Escola de Engenharia do Brasil e também a única fundada durante o Império é a Escola de Minas 
de Ouro Preto. A sua fundação foi “uma decisão política do Imperador D. Pedro II”, que contratou em 1874, 
por indicação do cientista francês Auguste Daubrée, o engenheiro francês Claude Henri Gorceix (1842-
1919), então com 32 anos de idade, para organizar o ensino de geologia e mineralogia no Brasil.
Gorceix escolheu a cidade de Ouro Preto, então capital da província de Minas, para fundar a Escola 
de Minas, justificando que “se o professor quisesse falar de veieiros, em vez de desenhar no quadro, 
abriria a janela e mostraria com o dedo, que a paisagem os fornecia”. A Escola de Minas de Ouro Preto 
foi inaugurada em 12 de outubro de 1876. “Em muito pequena extensão de terreno pode-se acompanhar 
a série quase completa das rochas metamórficas que constituem grande parte do território brasileiro e 
todos os arredores da cidade se prestam a excursões mineralógicas proveitosas e interessantes” – assim 
era descrita a cidade de Ouro Preto pelo ilustre fundador da Escola em relatório enviado ao Imperador D. 
Pedro II (ESCOLA DE MINAS, 2009).
8 Ver histórico acerca do tema no site do Observatório Nacional (2009).
VOLUME I ENGENHARIAS
35
A orientação da Escola de Minas era francesa, inclusive o seu calendário. O ano letivo era de 
10 meses, iniciava-se em 15 de setembro e terminava em junho do ano seguinte. Esse calendário foi 
conservado até 1943. O estatuto proposto por Gorceix para a Escola de Minas tinha por pontos mais 
importantes, segundo o professor Telles (1994a, 1994b):
	 seleção de alunos por um concurso de admissão e verificação constante do seu aproveitamento 
por exames frequentes durante o ano;
	 tempo integral para os professores e alunos, inclusive com parte de sábados e domingos;
	 limitação do número de alunos, máximo de dez por turma;
	 boa remuneração para os professores;
	 ensino eminentemente objetivo, com intensa prática de laboratórios e viagens de estudos, 
acompanhados pelos professores;
	 ênfase especial nas matérias básicas, como Matemática, Física e Química, e também nos 
trabalhos de pesquisa;
	 curso de dois anos, com dez meses de duração; os dois meses restantes seriam empregados 
em excursões e trabalhos práticos;
	 ensino gratuito, com bolsas de estudo para os alunos pobres;
	 viagem à Europa ou aos EstadosUnidos para os melhores alunos, para estágio de 
aperfeiçoamento em escolas, minas ou indústrias; e
	 contratação pelo Estado para os que mostrassem melhor aproveitamento nas viagens ao 
exterior.
O estatuto de Gorceix, muito avançado para a época, causou controvérsias, mas acabou sendo 
aprovado e promulgado pelo decreto de 6 de novembro de 1875, com modificações relativas às bolsas, 
viagens e contratação de engenheiros pelo governo, que passaram de obrigação a simples possibilidade.
É importante registrar que, referindo-se ao ensino superior que encontrou no Brasil na década 
de 80 do século XIX, Gorceix dizia: “dirigindo-se unicamente à memória, paralisa o desenvolvimento da 
inteligência; ensina-se ao aluno a discorrer com acerto, mas não se lhe ensina a pensar e refletir”. Deve-se 
ressaltar que, antes disso, na Academia Militar e depois na Escola Central, já havia muitas reclamações 
sobre a existência de pouca aula prática, conforme registrado em Telles (1994a, 1994b). Essas críticas de 
Gorceix e também as reclamações sobre o fato de o curso de Engenharia ser pouco prático atravessaram 
os séculos e chegaram aos dias atuais, podendo ser perfeitamente aplicadas à significativa parcela dos 
cursos de Engenharia atualmente em funcionamento.
O curso da Escola de Minas começou com dois anos de duração (Quadro 1.6), e, em 1882, 
passou para três anos e houve a incorporação dos conhecimentos relativos ao curso de Engenharia Civil 
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
36
e introduzindo as cadeiras Resistência dos Materiais, Construção de Pontes e Canais e Estradas de Ferro. 
Esse fato deveu-se à pouca procura pelo curso de Engenharia de Minas que, além de muito pesado, era 
considerado muito científico e técnico e seus formandos tinham dificuldade em conseguir emprego. Com 
a introdução dessas cadeiras e o aumento para três anos de duração, houve um aumento significativo de 
alunos, pois o grande empregador de engenheiros à época eram as estradas de ferro (TELLES, 1994a, 
1994b).
QUADRO 1.6 PROGRAMA DO CURSO DE ENGENHARIA DA ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO 
(1874 a 1882)
Complementos de Álgebra, Geometria, Geometria Analítica, Geometria Descritiva,
Trigonometria Esférica, Mecânica, Física, Química Geral, Mineralogia,
Noções de Topografia e Levantamento de Planos de Minas, Exploração de Minas;
Trabalhos Gráficos: Desenho de Imitação;
Trabalhos Práticos: Manipulações de Química, Determinação Prática dos Minerais,
Excursões Mineralógicas.
CONTEÚDOSANO
1º
2º
Geologia, Química dos Metais, Metalurgia, Preparação Mecânica dos Minérios,
Mecânica, Estudo de Máquinas, Construção, Estereotomia, Madeiramento,
Trabalhos Gráficos, Legislação de Minas;
Trabalhos Práticos: Ensaios Metalúrgicos, Manipulações de Química, Explorações
Geológicas, Visita a fábricas.
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira, baseado em Telles (1994a).
Em 1885, o curso foi novamente reformulado e foi dividido em geral com três anos de duração, 
que formava o agrimensor, e o superior, com mais três anos de duração e que formava o Engenheiro de 
Minas, “com regalias e direitos dos engenheiros civis”.
Em 1931, a Escola de Minas perdeu sua autonomia quando foi incorporada à Universidade do 
Rio de Janeiro, mais tarde Universidade do Brasil. Em 1957, voltou a ser um curso isolado e, em 1969, 
passou a integrar a Universidade Federal de Ouro Preto, oferecendo os cursos de graduação em Engenharia 
Civil, Metalúrgica, Geológica, de Minas e de Produção.
As escolas de Engenharia criadas na República até 1950
Ao longo do século XIX, outras tantas experiências de instituições científicas foram desenvolvidas, 
bem como criados diversos estabelecimentos de ensino para a formação profissional em nível superior, 
como, por exemplo, as Escolas de Medicina e os cursos jurídicos, além de cursos “técnicos superiores” 
para, inicialmente, atender as necessidades da corte portuguesa e, posteriormente, a uma consolidação 
do Brasil-Império. Porém, todas essas experiências se constituíram em iniciativas isoladas e atreladas a 
determinados contextos específicos. Cabe ressaltar, no entanto, que, na Constituição Imperial de 1824, 
no Art. 179, inciso XXXIII, já se previa o estabelecimento de “Collegios, e Universidades, aonde serão 
VOLUME I ENGENHARIAS
37
ensinados os elementos das Sciencias, Bellas Letras, e Artes”, pretensão essa relativa às universidades 
que só lograria êxito formal no século XX.
Após a Proclamação da República (1889), houve mudanças em diversos setores que 
determinaram a necessidade de mais engenheiros para atender às demandas da nascente República 
e, assim, foram fundadas, ainda no século XIX, mais cinco Escolas de Engenharia. Novas escolas só 
foram fundadas entre 1910 e 1914, registrando-se mais cinco (Quadro 1.7), sendo três em Minas 
Gerais. Das 12 Escolas de Engenharia existentes até então no Brasil (um terço delas em Minas), 
apenas uma não possuía curso de Engenharia Civil (Itajubá/MG). Não havia Universidade no país e 
todas surgiram como faculdades isoladas.
Dentre as Escolas de Engenharia fundadas no final do século XIX, registra-se a criação da primeira 
privada, a Escola de Engenharia Mackenzie, de cunho confessional e sujeita, pelas injunções de sua 
criação, às leis do Estado de Nova York, sendo que os diplomas eram expedidos pela Universidade de 
Nova York até 1927 (MACKENZIE, 2009).
QUADRO 1.7 ESCOLAS DE ENGENHARIA CRIADAS NA 1ª REPÚBLICA (1889-1930)
LOCAL
ANO
FUND.
1893
1895
1896
1896
1897
1911
1912
1912
1913
1914
São Paulo/SP
Recife/PE
São Paulo/SP
Porto Alegre/RS
Salvador/BA
Belo
Horizonte/MG
Curitiba/PR
Recife/PE
Itajubá/MG
de ForaJuiz /MG
Escola Politécnica de
São Paulo
Escola de Engenharia
de Pernambuco
Escola de Engenharia
Mackenzie
Escola de Engenharia
de Porto Alegre
Escola Politécnica
da Bahia
Escola Livre
de Engenharia
Faculdade de
Engenharia do Paraná
Escola Politécnica
de Pernambuco
Instituto Eletrotécnico
de Itajubá
Escola de Engenharia
de Juiz de Fora
DENOMINAÇÃO
DEPENDÊNCIA
FUND. HOJE
Estado USP
Estado UFPE
Privado Mackenzie
Partic. UFRGS
Estado UFBA
Estado
(?)
UFMG
Privado UFPR
Privado UPE
Privado EFEI
Privado UFJF
CURSOS INICIAIS
(A) ANOS
Civil – Industrial (5a)
Agronômico
e Mecânica (3a)
Agrimensor (2a)
Agrimensor (2a)
Civil (5a)
Civil (5a)
Civil (?)
Geógrafo (4a)
Civil (5a)
Civil (5a)
Civil
Civil e Química Industrial
Mecânica e Elétrica (3a)
Civil (4a)
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira, baseado em Telles (1994a, 1994b), Pardal (1986) e Pardal e 
Lezier (1996).
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
38
A Escola de Engenharia de Juiz de Fora foi fundada formalmente em 17 de agosto de 1914, no 
entanto, cabe observar que neste mesmo ano foi formada a sua primeira turma. Esses formandos eram 
oriundos do Curso Politécnico da Academia de Comércio, que fora criado em 1909 com o intuito de formar 
engenheiros; todavia, não chegou a ser reconhecido e não houve diplomados, sendo parte dos seus alunos 
incorporados à escola recém-criada, de modo que eles tornaram-se os primeiros engenheiros formados 
na Escola de Engenharia de Juiz de Fora (FACULDADE DE ENGENHARIA/UFJF, 2009). Isso significa que 
a origem da Escola de Engenharia de Juiz de Fora remonta, na verdade, ao ano de 1909.
As mudanças no mundo decorrentes da 1ª Guerra Mundial (1914-1918) e as dificuldades econômicas 
dos anos seguintes, principalmente a crise de 1929, tiveram reflexos no país e foram fatores que contribuíram 
para que não se criasse mais Escolas de Engenharia no Brasil. Registra-se apenas, em 1928, a criação da 
Escola de Engenharia Militar, que formava o engenheiro de fortificações e construções e que em 1941 passou 
a denominar-se Instituto Militar de Engenharia (IME). O IME, na verdade, também tem origem na primeira 
Escola de Engenharia do Brasil, visto que é sucessor da Escola Militar, que resultoudo desmembramento 
ocorrido em 1839 e que em 1858 ficou com a incumbência de formar os engenheiros militares. O país 
chegou aos anos 30 com 13 Escolas de Engenharia, nas quais funcionavam 30 cursos.
Durante o primeiro período Vargas, de 1930 a 1936 (Segunda República), só houve a criação da 
Escola de Engenharia do Pará em 1931. É desse período também a primeira regulamentação nacional da 
profissão de engenheiro pelo Decreto Federal nº 23.569/1933, que “Regula o exercício das profissões de 
engenheiro, de arquiteto e de agrimensor” (BRASIL, 1933). Nesse decreto eram previstos os seguintes 
títulos de engenheiro: civil, arquiteto, industrial, mecânico, eletricista, de minas e agrimensor, além de 
arquiteto, agrônomo e geógrafo.
Durante o Estado Novo de Vargas (1937-1945) e 2ª Guerra Mundial (1939-1945), os 
acontecimentos explicam em parte o não surgimento de novas Escolas de Engenharia no país. Somente 
a partir de 1946 surgiram novas Escolas de Engenharia com a criação da Escola de Engenharia Industrial 
(1946) em São Paulo e da Escola Politécnica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-
Rio) em 1948, ambas de origem confessional.
Até 1950 havia 16 Escolas de Engenharia (Quadro 1.8) com cerca de 70 cursos funcionando, 
concentrados em apenas 8 Estados, a saber:
	Nordeste (3 escolas): Pernambuco 2
 Bahia 1
	Norte (1 escola): Pará 1
	Sudeste (10 escolas): Rio de Janeiro (DF) 3
		 	 Minas Gerais 4
 São Paulo 3
VOLUME I ENGENHARIAS
39
 Sul (2 escolas): Rio Grande do Sul 1
 Paraná 1
Observa-se que Minas Gerais era o único Estado que tinha Escolas de Engenharia em cidades 
do interior (Ouro Preto, Itajubá e Juiz de Fora) até 1950. Até então havia escolas em apenas 8 Estados 
da Federação (Quadro 1.8). A distribuição das escolas era proporcional aos indicadores econômicos e 
sociais do país à época. Nessas escolas ainda predominava o modelo francês, ou seja, todas criadas 
como escolas isoladas e dedicadas apenas à Engenharia.
A primeira Universidade criada no Brasil pelo governo federal, em 1920, foi a Universidade do 
Rio de Janeiro, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que resultou da reunião das escolas 
Politécnica, de Medicina e de Direito. Esse princípio de criação de Universidades floresceu em outros 
diferentes Estados brasileiros. Não obstante, por intermédio da perspectiva política de um regime liberal-
democrático, em 1934, com um modelo diferenciado, foi criada a Universidade de São Paulo pelo governo 
paulista e, em 1935, foi criada a Universidade do Distrito Federal9 pelo governo distrital, agregando escolas 
já existentes, que propugnava como missão de sua Escola de Ciências a formação de pesquisadores, 
reunindo professores brasileiros e estrangeiros (SCHWARTZMAN, 1979).
QUADRO 1.8 ESCOLAS DE ENGENHARIA CRIADAS NO BRASIL ATÉ 1950
 (Continua)
9 Esta universidade foi extinta pelo Decreto-Lei nº 1.063, de 20 de janeiro de 1939, e seus cursos foram absorvidos pela Universidade 
do Brasil, antiga Universidade do Rio de Janeiro (BRASIL, 1939).
1 1792 Rio de
Janeiro-RJ
Real Academia de Artilharia,
Fortificação e Desenho (*)
Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ)
Instituto Militar de Engenharia
(IME)
5 1896 São Paulo-SP Escola de Engenharia Mackenzie
Universidade Presbiteriana
Mackenzie (UPM)
7 1897 Salvador-BA Escola Politécnica da Bahia Universidade Federal
da Bahia (UFBA)
LOCALOR DENOMINAÇÃO NA FUNDAÇÃO ATUALFUND
2 1874 Ouro Preto-
MG
Escola de Minas Universidade Federal
de Ouro Preto (UFOP)
3 1893 São Paulo-SP Escola Politécnica
de São Paulo
Universidade de São
Paulo (USP)
4 1895 Recife-PE
Escola de Engenharia
de Pernambuco
Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE)
6 1896 Porto
Alegre-RS
Escola de Engenharia
de Porto Alegre
Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS)
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
40
QUADRO 1.8 ESCOLAS DE ENGENHARIA CRIADAS NO BRASIL ATÉ 1950
(Conclusão)
LOCALOR DENOMINAÇÃO NA FUNDAÇÃO ATUALFUND
14 1931 Belém-PA Escola de Engenharia do Pará
Universidade Federal
do Para (UFPA)
15 1946 São Paulo-SP Escola de Engenharia Industrial
Faculdade de Engenharia
Industrial (FEI)
16 1948
Rio de
Janeiro-RJ
Escola Politécnica
Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
8 1911
Belo
Horizonte-MG
Escola Livre de Engenharia
Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG)
9 1912 Curitiba-PR
Faculdade de Engenharia
do Paraná
Universidade Federal
do Paraná (UFPR)
10 1912 Recife-PE Escola Politécnica de Pernambuco
Universidade de Pernambuco
(UPE)
11 1913 Itajubá-MG Instituto Eletrotécnico de Itajubá
Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI)
12 1914 Juiz de
Fora-MG
Escola de Engenharia de Juiz
de Fora
Universidade Federal de Juiz
de Fora (UFJF)
13 1928 Rio de
Janeiro-RJ
Escola de Engenharia Militar
Instituto Militar
de Engenharia (IME)
* Em negrito, a primeira escola de cada Estado da Federação.
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira, com base no Cadastro do Inep (BRASIL, 2009).
As escolas de Engenharia no Brasil a partir da década de 1950
O início da década de 50 foi caracterizado pela retomada do desenvolvimento da maioria dos 
países envolvidos na 2ª Guerra Mundial, cujos reflexos chegaram ao Brasil, especialmente no governo 
Juscelino Kubitschek. Depois de 37 anos (1914–1952), período no qual apenas mais um Estado, o Pará, 
criou uma Escola de Engenharia, outros Estados passaram a contar com cursos de Engenharia. Durante a 
década de 50, além de se criar escolas em cidades do interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande 
do Sul e Minas Gerais, outros Estados passaram a contar com Escolas de Engenharia, como foi o caso do 
Espírito Santo, Ceará, Paraíba, Alagoas e Goiás. Com isso, 14 Estados do total de 21 existentes à época 
passaram a contar com Escolas de Engenharia; sendo que ainda não tinham Escolas de Engenharia os 
Estados do Amazonas, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Santa Catarina e Mato Grosso 
(ainda não era dividido em dois Estados), além dos então “territórios federais”: Acre, Rondônia, Roraima 
e Amapá. O Quadro 1.9 apresenta as Escolas de Engenharia criadas na década de 50. 
VOLUME I ENGENHARIAS
41
QUADRO 1.9 ESCOLAS DE ENGENHARIA CRIADAS NA DÉCADA DE 50 NO BRASIL
LOCALOR DENOMINAÇÃO NA FUNDAÇÃO ATUALFUND
17 1950
São José dos
Campos-SP
Instituto Tecnológico
de Aeronáutica
Instituto Tecnológico
de Aeronáutica (ITA)
18 1952 Vitória-ES
Escola Politécnica
do Espírito Santo
Universidade Federal
do Espírito Santo (UFES)
19 1952 Niterói-RJ
Escola Fluminense
de Engenharia
Universidade Federal
Fluminense (UFF)
20 1953 São Carlos-SP
Escola de Engenharia
de São Carlos
Universidade de São
Paulo (USP)
21 1954
Campina
Grande-PB Escola Politécnica da Paraíba
Universidade Federal
de Campina Grande (UFCG)
22 1954 Goiânia-GO
Escola de Engenharia
do Brasil Central
Universidade Federal
de Goiás (UFG)
23 1955 Maceió-AL
Escola de Engenharia
de Alagoas
Universidade Federal
de Alagoas (UFAL)
24 1955 Fortaleza-CE Universidade Federal do Ceará
Universidade Federal
do Ceará (UFC)
25 1956 Rio Grande-RS Escola de Engenharia Industrial
Fundação Universidade Federal
do Rio Grande (FURG)
26 1956 Uberaba-MG
Escola de Engenharia
do Triângulo Mineiro
Universidade de Uberaba
(UNIUBE)
27 1956
João
Pessoa-PB
Escola de Engenharia da Paraíba
Universidade Federal
da Paraíba (UFPB)
28 1959
Porto
Alegre-RS Escola Politécnica da PUCRS
Pontifícia Univer
Grande
do Sul (PUCRS)
sidade
Católica do Rio
* Em negrito, a primeira escola de cada Estado da Federação.
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira com base no Cadastro do Inep (BRASIL, 2009).
Em 1950, é digna de nota a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), vinculado ao Ministério 
da Aeronáutica, com o curso de Engenharia Aeronáutica.10 Em 1951, foi criado o curso de Engenharia 
Eletrônica, que foi um dos primeiros cursos a incorporar disciplinas relacionadas à computaçãono 
país.
Ao final da década de 50, havia 28 Escolas de Engenharia distribuídas por 14 Estados da Federação, 
correspondendo ao desenvolvimento econômico destes, ou seja, continuando concentrados nos Estados 
do Sudeste.
10 O curso de Engenharia Aeronáutica era oferecido desde 1939 pela Escola Técnica do Exército, atual IME. Em 1947, esse curso 
passou para a responsabilidade do Ministério da Aeronáutica (criado em 1941), embora continuasse sendo oferecido no IME.
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
42
Na década de 60, mais cinco Estados, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Amazonas, Maranhão 
e Mato Grosso passaram a contar com Escolas de Engenharia (Quadro 1.10). Somente na década de 70 
os Estados do Piauí e Sergipe passaram também a contar com Escolas de Engenharia.
QUADRO 1.10 ESCOLAS DE ENGENHARIA CRIADAS NA DÉCADA DE 60 NO BRASIL
(Continua)
30 1960 Salvador-BA Escola de Engenharia de Agrimensura (EEA)
31 1961 Petrópolis-RJ Universidade Católica de Petrópolis (UCP)
32 1961
Volta
Redonda-RJ
Universidade Federal Fluminense (UFF)
33 1962 Santa Maria-RS Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
34 1962Florianópolis-SC
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC)
36 1962 Taubaté-SP Universidade de Taubaté (UNITAU)
37 1963 Uberlândia-MG Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
38 1963 Seropédica-RJ
Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro (UFRRJ)
39 1964 Viçosa-MG Fundação Universidade Federal de Viçosa (UFV)
40 1964
Belo
Horizonte-MG
Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais (PUC-Minas)
41 1964 Lins-SP Centro Universitário de Lins (UNILINS)
42 1965 Araraquara-SP Faculdades Integradas de Araraquara (FIAR)
43 1966 Manaus-AM Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
44 1966
Belo
Horizonte-MG Universidade FUMEC
45 1966 Barretos-SP
Centro Univ. da Fundação Educacional
de Barretos (UNIFEB)
46 1966 Guaratinguetá-SP
Universidade Est. Paulista Júlio de
Mesquita Filho (UNESP)
47 1967 São Luis-MA Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
48 1967
Rio de
Janeiro-RJ Faculdades Souza Marques
49 1967
Ribeirão
Preto-SP Centro Universitário Moura Lacerda (CUML)
LOCALOR ATUALFUND
29 1960 Natal-RN Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (UFRN)
35 1962
São Caetano
do Sul-SP
Centro Univ. do Instituto Mauá
de Tecnologia (CEUN-IMT)
50 1967 Campinas-SP Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
VOLUME I ENGENHARIAS
43
QUADRO 1.10 ESCOLAS DE ENGENHARIA CRIADAS NA DÉCADA DE 60 NO BRASIL
(Conclusão)
LOCALOR ATUALFUND
51 1967 Bauru-SP
Universidade Est. Paulista Júlio
de Mesquita Filho (UNESP)
52 1968
Belo
Horizonte-MG Escola de Engenharia Kennedy (EEK)
53 1968
Belo
Horizonte-MG
Faculdade de Engenharia de Minas
Gerais (FEAMIG)
54 1968
Governador
Valadares-MG Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE)
55 1968 Cuiabá-MT* Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
56 1968 Pelotas-RS Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)
57 1968
São José
dos Campos-SP Centro de Tecnologia e Ciência (CETEC/ETEP)
58 1968
Mogi
das Cruzes-SP Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)
59 1968 Jacareí-SP Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)
60 1969
Rio de
Janeiro-RJ Universidade Gama Filho (UGF)
Esp. Sto.
do Pinhal-SP
Centro Regional Univ. de Esp. Sto.
do Pinhal (UNIPINHAL)61 1969
62 1969 Piracicaba-SP Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP)
63 1969 São Paulo-SP
Faculdade de Engenharia da Fundundação
Armando A. Penteado (FEFAAP)
64 1969 São Paulo-SP Faculdades Oswaldo Cruz (FOC)
Obs.: Em negrito, a primeira escola de cada Estado da Federação.
* Em 1968, o Mato Grosso englobava também o Mato Grosso do Sul.
A partir da década de 60, com o processo de industrialização iniciado no país pelo governo 
Juscelino Kubitschek, foram abertas novas Escolas. Ao final da década de 70 havia 117 Escolas em 
funcionamento. Na década de 80 o crescimento foi menor, mas permitiu que o Brasil entrasse nos anos 
90 com mais de 130 Escolas de Engenharia. A partir da segunda metade da década de 90, houve um 
crescimento significativo no número de Escolas, que fez com que esse número fosse quadruplicado em 
menos de 30 anos. No final de 2008, já havia mais de 450 Escolas de Engenharia abertas país afora, no 
entanto, continuando a refletir as desigualdades regionais em termos socioeconômicos.
TRAJETÓRIA E ESTADO DA ARTE DA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
44
A Figura 1.6 mostra o crescimento do número de Escolas de Engenharia a partir de 1950.
FIGURA 1.6 CRESCIMENTO DO NÚMERO DE ESCOLAS DE ENGENHARIA PÚBLICAS E PRIVADAS 
(1950-2008)
Fonte: Organizado por Vanderlí Fava de Oliveira, com base em dados coletados por Douglas Duarte (UFJF) do 
site do Inep (BRASIL, 2009).
Até o início da década de 60, mais de 80% das Escolas de Engenharia eram públicas. A partir 
dessa década houve um crescimento maior de Escolas Privadas e no início da década de 70 estas já 
eram praticamente a metade das Escolas existentes. Crescimento esse que ocorreu na esteira do chamado 
“milagre econômico”. Na década de 80, considerada a década perdida, esse crescimento arrefeceu e 
voltou aos índices dos anos 50, porém ainda foi maior no setor privado. No ano de 2008 verificou-se que 
aproximadamente 80% das Escolas pertencem ao setor privado. 
O capítulo seguinte apresenta uma análise mais detalhada desse crescimento, considerando o 
número de cursos em funcionamento.
Eventos relacionados à educação em Engenharia
Os registros mais antigos sobre eventos relacionados à Educação em Engenharia encontrados 
pelo autor foram os anais do World’s Engineering Congress, também citado como International Congress 
of Engineering, promovido pela Society for the Promotion of Engineering Education e realizado de 31 de 
julho a 5 de agosto de 1893, na cidade de Chicago (Illinois/EUA) (Figura 1.7). Esses anais foram 
encontrados na Biblioteca da North Carolina State University, na cidade de Raleigh (North Carolina/EUA), 
e constam como o primeiro da sequência de eventos promovidos pela American Society for Engieering 
Education.
Até 1960: 80%
das Escolas de
Engenharia Públicas.
Década de 50:
criadas ~3 escolas
a cada 2 anos
Décadas 60/70:
Criadas ~9 escolas
a cada 2 anos.
Privadas passam de
20% para mais de 50%
do total de Escolas.
Década de 90:
criadas ~8
escolas / ano
A partir de 2000:
criadas ~25
escolas / ano.
Privadas passam
de 80% do total
Anos 80:
«Década perdida».
criadas 3 escolas
a cada 2 anos
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
19
50
19
52
19
54
19
56
19
58
19
60
19
62
19
64
19
66
19
68
19
70
19
72
19
74
19
76
19
78
19
80
19
82
19
84
19
86
19
88
19
90
19
92
19
94
19
96
19
98
20
00
20
02
20
04
20
06
20
08
Público Privado Total
VOLUME I ENGENHARIAS
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Nesse evento, a palestra de abertura formal, The ideal engineering education, foi proferida pelo 
professor Willian H. Burr, professor of Engineering, Harvard College, Cambridge Massachusetts, conforme 
disposto na programação. No texto da palestra, o autor, professor Burr, aparece como sendo professor 
“of Civil Engineering, Columbia College Schooll of Mines, New York”. Talvez fosse professor das duas 
instituições.
Da palestra proferida pelo professor Burr (1893) e que consta destes anais, podem-se destacar 
alguns pontos, como: o método de instrução a ser buscado pelas escolas para atingirem o ideal de educação 
em engenharia deve ter, como característica, produzir os melhores resultados em menor tempo junto aos 
estudantes, que devem ser treinados para se tornarem pensadores independentes.
Nesse evento, estiveram presentes representantes de vários países, mas só mereceram menção 
os dos principais países, quais sejam: Inglaterra (“país-mãe”), França, Alemanha, Áustria-Hungria, Rússia 
e Itália. A Figura 1.7 é uma fotocópia da capa desses anais, que contêm 329 páginas.
FIGURA 1.7 CAPA DOS ANAIS DO 1º CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA 
Fonte: Coletado

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