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Citologia 01/06/20 Liquidos cavitarios Liquido peritoneal Peritônio Membrana serosa formada por dois folhetos que recobre o abdome e a superfície dos órgãos digestivos, En- tre esse folhetos existe um espaço de- nominado cavidade peritoneal ou ascistico , onde, em condições nor- mais, possui aproximadamente 50ml de fluido (liquido, transpa- rente, amarelo claro, viscoso, este- ril). O acumulo desse liquido pode comprimir os órgãos do paciente e passa a ser uma substancia puru- lenta Principal função é a lubrificação reduzindo o atrito entre os órgãos Complicações Ascite (barriga d’agua): acumulo de líquidos na cavidade peritoneal. Não é considerada uma doença, mas uma condição associada a ou- tras doenças como insuficiências renal, cardíaca, e hepática, cân- cer, tuberculose, esquistossomose Causas Problemas associados: Cirrose hepática Câncer de colon Hepatites B e C Infecção como tuberculose Câncer de fígado Pancreatite Câncer de pâncreas Fatores de risco Uso excessivo de bebidas alcoolicas é o principal fator de risco envol- vido na ocorrência da Ascite Sintomas Assintomática por um longo perí- odo. Com evolução do quadro, no entanto, dependendendo do vo- lume de liquido retido podem sur- gir: Ganho de peso Inchaço Crescimento na região da barriga e cintura Dor abdominal Perda de apetite Náuseas e vomito Dificuldade pra respirar Diagnostico Na fase inicial, o exame é físico para detectar a presença de liquido na cavidade Diagnostico definitivo (quando quer saber causa e estagio) Exame de sangue – bioquímica e he- mograma Exames de imagem (identifica quantidade de liquido) - USG abdo- minal; Tomografia e RMN Punção abdominal (paracentese)- introdução de agulha fina para ex- tração (entre 30 e 100ml) de mate- rial do abdômen As amostras devem ser coletadas em três tubos identificados com: • Nome • Número de registro • Data da coleta Tubos • 1 – deve conter anti-coagulante (EDTA ou heparina) para a conta- gem global e diferencial de células sanguíneas. (tampa roxa) • 2 – Seco (sem anti-coagulante) para análise bioquímica (tampa vermelha ou amarela) • 3 – É destinado para a microbio- logia (necessário ser de vidro e esté- ril). (tampa preta) Analise de amostra • Exame macroscópico Aspecto visual (Citrino, hemorrá- gico, purulento, esverdeado) Líquido normal: Transparente e amarelo claro, estéril e viscoso •Cor de palha, tinto de bile(ama- relo esverdeado) - Cirrose • Turvo - Infecção • sanguinolento - Paracentese trau- mática e Ascite maligna • Leitoso - Ascite quilosa • Castanho - Perfuração de úlcera duodenal e Ruptura da vesícula bi- liar Análise microscópica • Contagem total e diferencial de células: • <500 leucócitos/μL e <250 PMN’s/μL = Normal • >250 PMN’s/μL = processo inflama- tório agudo/ peritonite bacteriana - iniciar tratamento empírico com antibiótico de largo espectro • Leucocitose com predomínio linfo- citário = Tuberculose Peritoneal- Carcinomatose Analise microbiológica • Cultura do líquido ascitico (agar-sangue macconkey e posteri- ormente Coloração de Gram: Analise Bioquimica Glicose Proteína Amônia Sódio Líquido Cefalorraquidiano - LCR É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A são fun- ção primordial é proteção mecâ- nica do sistema nervoso central. Esse líquido apresenta diversas fun- ções, entre elas, o fornecimento de nutrientes essenciais ao cérebro, a remoção de produtos da atividade neuronal do SNC e a proteção mecâ- nica das células cerebrais. A produ- ção desse liquido ocorre nos ventrí- culos laterais e no 3º e no 4º ventrí- culo A composição do líquor é seme- lhante a um ultrafiltrado de- plasma, porém, contém 99% de água e apresenta maior concentra- ção de magnésio e íons clorídricos e menor concentração de glicose, proteínas, aminoácidos, ácido úrico, cálcio, fosfato e íons de Mag- nésio, quando comparado a um ul- trafiltrado de plasma O volume ventricular normal é de 20 ml e o volume líquórico total, em um adulto, é de 120 ml a 150 ml. A renovação do líquor é diária e sua constante produção atinge em torno de 500 ml/dia. Tanto a pro- dução quanto a composição do LCR podem ser afetadas pela presença de Ascite quilosa: rara complicação após procedimentos cirúrgicos abdominais e após trauma tora- coabdominal polimorfonucleares - neutrófilo, basófilo e eosinófilo/ granulocitos células epidemarias: constituem a mucosa dessas cavidades tumores, infecções, traumas, isque- mias e hidrocefalias A meningite é uma das patologias que provoca alterações liquóricas e consiste em um processo infeccioso ou não das meninges, a qual pode ter evolução aguda ou crônica e é considerada um grave problema de saúde pública. As meninges são membranas que revestem (dura- máter, aracnoide e pia-máter) o sistema nervoso central, e entre elas circula o LCR. O exame do LCR vem sendo usado como diagnóstico desde o final do século XIX, contribuindo significa- tivamente para a confirmação da patologia. Coleta da amostra Trata-se de um procedimento inva- sivo (assinar termo de consenti- mento); A coleta da amostra de lí- quor é de responsabilidade do mé- dico requisitante; Vias de coleta: lombar (mais utilizada); subocci- pital; •Material: LCR obtido por punção lombar Procedimento: • Após desinfetar a pele lombar, o paciente deitado de lado (D. late- ral) com o tronco dobrado para frente, afim de separar as apófises espinhais das vertebras lombares; • Sob anestesia local, introduz-se uma agulha no canal espinhal, en- tre a terceira e quarta vertebra lom- bar Coleta da amostra • O LCR deve ser coletado sem anti- coagulantes, em três (3) tubos ou frascos estéreis numerados em (1,2 e 3) conforme a ordem de coleta; • 1 tubo (coleta) – o LCR é usado para a realização das análises bio- químicas e sorológicas; • 2 tubo (coleta) - será utilizado para os exames microbiológicos; • 3 tubo (coleta) - destina-se às contagens celulares. Caso a amostra(não pode aspirar, tem que ser gotejamento) tenha sido coletada apenas em um único frasco, ele deve ser enviado, primei- ramente, à seção de bacteriologia (pesquisa de microrganismos); em seguida, à seção de hematologia (células) e, posteriormente, à seção de imunoquímica (testes bioquími- cos). Transporte e armazenamento do LCR A amostra coletada deve chegar ao laboratório o mais rápido possível, no máximo em 2 horas, pois, após esse tempo, podem ocorrer degrada- ção e/ou alterações morfológicas de hemácias, leucócitos e outros tipos celulares, diminuição da glicose, aumento de concentração das pro- teínas e de bactérias A temperatura de armazenamento do líquor nativo deve estar entre 5 °C e 12 °C, para minimizar danos às células. Após realizadas as análises, uma pequena porção do LCR centri- fugado deve ser devidamente iden- tificada e armazenada na gela- deira, durante 30 dias, para even- tual necessidade de se realizar ou- tras dosagens Preparo da amostra • Setor de citologia/hematologia: amostra fresca e centrifugada para a análise visual; • Fresca e não centrifugada e ho- mogeinizada para a contagem de leucócitos e hemácias; • Para confecção de laminas é uti- lizado a amostra total ou sedi- mento obtido em baixa rotação. Exame físico • Condições normais: Incolor (água) • Em condições patológicas pode apresentar alteração na coloração. A coloração deve ser registrada an- tes e depois da centrifugação. A amostra é considerada xantocrô- mica quando, após centrifugação, tem tonalidade que varia entre rosa, amarelo ou laranja, o que ocorre pela presença de hemoglo- bina (hemólise)ou pelas concen- trações elevadas de proteínas ou bi- lirrubina Aspecto • Deve ser realizado em um local de boa iluminação, que pode ser defi- nido como: • Límpido – LCR normal • Levemente turvo • Turvo • Turvo-leitoso - em virtude da pre- sença de células sanguíneas, mi- crorganismos ou taxas elevadas de proteínas ou lipídeos Exame microscópico • Contagem global de células: A contagem global de leucócitos e he- mácias da amostra pode ser reali- zada em qualquer tipo de câmara de contagem. • Contagem diferencial de leucóci- tos: A contagem diferencial de leu- cócitos é uma etapa fundamental da análise laboratorial, pois a con- duta terapêutica adequada é de acordo com o significado clínico. Analise bacteriológica A análise microbiológica consiste na coloração de Gram e a cultura para bactérias piogênicas e, caso haja a suspeita de meningite tuber- culosa, a coloração de Ziehl-Nielsen e cultura em meio específico. Agar chocolate e TM chocolate .
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