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Sistema Nervoso Central

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4. Sistema Nervoso Central (SNC)
 O Sistema Nervoso Central (SNC) é o centro de comando e integração, onde ele recebe informações captadas pelo Sistema Nervoso Periférico (SNP), interpretando-as e realiza as respostar motoras (processo associado com os neurônios sensitivos e motores). Um exemplo disso é a sensação de frio: o corpo sente a baixa temperatura por meio do sistema nervoso periférico, essa informação vai até o sistema nervoso central e o mesmo coordena ações contra isso, como o calafrio, que é a contração dos músculos de forma involuntária para produzir calor.
O Sistema Nervoso Central é composto por duas estruturas: o encéfalo (constituído pelo cérebro, cerebelo e o tronco encefálico e a medula espinal.
ENCÉFALO
 O encéfalo a estrutura do sistema nervoso central que recebe as informações e as processa. É um dos maiores órgãos do corpo, pesando aproximadamente 1,3kg, que contém em sua composição cerca de 85 bilhões de neurônios 
A anatomia e fisiologia do encéfalo é dividida da seguinte forma:https://br.pinterest.com/pin/598345500469902662/
 Começando pelo cérebro, é composto por duas divisões: o telencéfalo e diencéfalo. 
Telencéfalo
O telencéfalo é a parte mais exterior do encéfalo sendo composto por giros e sulcos (a região ondulada). Essa divisão do cérebro é formada por duas camadas finas que são as substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é camada mais exterior, onde estão presentes os neurônios. A substância cinzenta é também conhecida como córtex cerebral e a ausência de mielina (bainha que envolve as células nervosas). Já a substância branca é composta em sua maior parte por axônios de neurônios (liga o córtex cerebral a outras regiões cerebrais e áreas idênticas nos dois hemisférios.) e tem a coloração branca por estar recheada de mielina. O telencéfalo é dividido em dois hemisférios por uma fissura longitudinal, como pode ser visto na imagem.
TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
Conexões Corticais 
A superfície enrolada dos hemisférios cerebrais contém os neurônios corticais, que compreendem a substância cinzenta e estão localizados acima da substância branca que se situa profundamente, a qual inclui as conexões de fibras que percorrem desde regiões profundas do encéfalo ou as interconexões que permitem a comunicação entre os dois hemisférios. Essas vias de fibras são denominadas substância branca, porque elas aparecem mais brancas devido à mielina que isola mais essas conexões de fibras. O principal trato de substância branca é:
• Corpo caloso: fibras comissurais que interconectam os dois
hemisférios
 HANSEN, John T. Netter, anatomia para colorir. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.il
Divisão lobar do cérebro e suas respectivas funções TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
ZIERI, R. Anatomia Humana 1. 1. ed. Editora Pearson, 2015.
ZIERI, R. Anatomia Humana 1. 1. ed. Editora Pearson, 2015.
ZIERI, R. Anatomia Humana 1. 1. ed. Editora Pearson, 2015.
Neuróglia do Sistema Nervoso Central (SNC)
Ao contrário dos neurônios, a neuroglia não gera ou propaga potenciais de ação e pode se multiplicar e se dividir no sistema nervoso maduro. Quando ocorre uma lesão ou uma doença, a neuróglia se multiplica para preencher os espaços anteriormente ocupados pelos neurônios. 
Tumores encefálicos derivados da neuróglia, chamados gliomas, tendem a ser altamente malignos e a crescer rapidamente. Dos seis tipos de células da neuróglia, quatro – astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e células ependimárias – são encontradas apenas no SNC.
· Aristrócitos: são as células mais numerosas da neuroglia e possuem diversas funções, tais como: 
· Os astrócitos contêm microfilamentos que lhes conferem uma força considerável, permitindo que suportem os neurônios.
· Os prolongamentos dos astrócitos que envolvem capilares sanguíneos isolam os neurônios do SNC de substâncias potencialmente nocivas, por meio da produção de substâncias que mantêm a característica de permeabilidade seletiva exclusiva das células endoteliais dos capilares.
· Os astrócitos ajudam a manter o ambiente químico adequado para a geração de impulsos nervosos.
· Os astrócitos também parecem ter uma função no aprendizado e na memória, influenciando a formação de sinapses neuronais.
· Oligodendrócitos: são responsáveis pela formação e pela manutenção da bainha de mielina encontrada ao redor dos axônios do SNC.
· Micróglia: As células da micróglia funcionam como fagócitos. Da mesma maneira que os macrófagos, elas removem restos celulares formados durante o desenvolvimento normal do tecido nervoso e fagocitam microrganismos e tecido nervoso danificado.
· Células ependimárias: as células ependimárias produzem, possivelmente monitoram, e auxiliam na circulação do líquido cerebrospinal. Elas também formam a barreira hematencefálica.
TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
Sinapses
As sinapses nervosas, ou seja, aquelas que acontecem entre neurônio-neurônio ou entre neurônio e célula
Há dois tipos de sinapses: elétricas e químicas
· Sinapse Elétrica: são caracterizadas por canais que conduzem eletricidade de uma célula para a próxima. A maior parte dessas sinapses consiste em pequenas estruturas tubulares proteicas chamadas de gap junctions (junções comunicantes), que permitem o movimento livre de íons de uma célula para a outra. 
Em uma sinapse elétrica, o potencial de ação passa diretamente da célula pré­sináptica para a pós­sináptica, ou seja, isso a torna mais rápido que uma sinapse química.
As sinapses elétricas podem sincronizar (coordenar) a atividade de um grupo de neurônios ou fibras musculares. Em outras palavras, um grande número de neurônios ou fibras musculares pode produzir potenciais de ação em uníssono, caso eles estejam conectados por junções comunicantes. 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/human-biology/neuron-nervous-system/a/the-synapse
· Sinapse Química: Apesar das membranas plasmáticas dos neurônios pré­ e pós­sinápticos em uma sinapse química estarem próximas entre si, elas não se tocam. Elas são separadas pela fenda sináptica, um espaço de 20 a 50 nm* que é preenchido com líquido intersticial. Os impulsos nervosos não podem ser conduzidos pela fenda sináptica; assim, ocorre uma forma alternativa e indireta de comunicação.
 Em resposta a um impulso nervoso, o neurônio pré­sináptico libera um neurotransmissor que se difunde pelo líquido da fenda sináptica e se liga a receptores na membrana plasmática do neurônio pós­sináptico. O neurônio pós­sináptico recebe o sinal químico e, na sequência, produz um potencial pós­sináptico, um tipo de potencial graduado. Desse modo, o neurônio pré­sináptico converte o sinal elétrico (impulso nervoso) em um sinal químico (neurotransmissor liberado). O neurônio pós­sináptico recebe o sinal químico e, em contrapartida, gera um sinal elétrico (potencial pós­sináptico).
 O tempo necessário para que isso ocorra em uma sinapse química, um retardo sináptico de cerca de 0,5 ms, é o motivo pelo qual as sinapses químicas transmitem sinais mais lentamente que as sinapses elétricas. Além disso, a sinapse química não ocorre de forma sincronizada, elas processam os sinas, a quantidade de neurotransmissores transmitidos e a modulação da frequência podem variar com a situação. 
Uma sinapse química comum transmite um sinal da seguinte maneira: 
1. Um impulso nervoso chega a um botão (varicosidade) sináptico de um neurônio pré- sináptico.
2. A fase de despolarização do impulso nervoso abre canais de Ca2+ dependentes de voltagem, que estão presentes na membrana dos botões sinápticos. Como os íons cálcio estão mais concentrados no líquido extracelular, o Ca2+ entra no botão sináptico pelos canais abertos.
3. O aumento na concentração de Ca2+ dentro do neurônio pré-sináptico serve como um sinal que dispara a exocitose das vesículas sinápticas. À medida que as membranasvesiculares se fundem com a membrana plasmática, as moléculas de neurotransmissores que estão dentro das vesículas são liberadas na fenda sináptica. Cada vesícula sináptica contém milhares de moléculas de neurotransmissores.TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
Tipos de sinapsesTORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
Potenciais pós-sinápticos excitatórios e inibitórios
Um neurotransmissor pode gerar um potencial graduado excitatório ou inibitório. O neurotransmissor que causa despolarização da membrana pós­sináptica é excitatório, pois ele deixa a membrana próximo de seu. O potencial pós­sináptico despolarizante é chamado potencial pós­sináptico excitatório (PPSE). Embora um único PPSE não consiga gerar um impulso nervoso, a célula pós­sináptica se torna mais excitável. Como ela está parcialmente despolarizada, é mais provável que ela atinja seu limiar quando ocorrer um novo PPSE.
O neurotransmissor que causa hiperpolarização da membrana pós­sináptica) é inibitório. Durante a hiperpolarização, a formação de um potencial de ação se torna mais difícil que o habitual porque o potencial de membrana se torna mais negativo dentro da célula e, consequentemente, ainda mais longe de seu limiar do que no repouso. O potencial pós­sináptico hiperpolarizante é conhecido como potencial pós­sináptico inibitório (PPSI).
Diencéfalo
 O diencéfalo forma o núcleo central de tecido encefálico logo acima do cerebelo. Ele é quase completamente circundado pelos hemisférios cerebrais e contém vários núcleos envolvidos com processamento sensitivo e motor entre os centros encefálicos superiores e inferiores. O diencéfalo se estende do tronco encefálico até o telencéfalo (cérebro) e circunda o terceiro ventrículo; ele inclui o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo. Do hipotálamo se projeta a glândula hipófise. 
· Tálamo
 O tálamo, que mede cerca de 3 cm de comprimento e forma cerca de 80% do diencéfalo, é composto por duas massas ovais de substância cinzenta organizadas em núcleos com tratos de substância branca de permeio. É a principal estação de retransmissão de impulsos sensitivos que chegam ao córtex cerebral vindos de outras partes do encéfalo e da medula espinalTORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
 A localização central do tálamo é representativa da sua importância; essencialmente, nenhuma informação sensitiva – com exceção da informação olfatória – passa para as regiões corticais superiores sem realizar sinapse no tálamo. Dessa forma, o tálamo é caracterizado como o “secretário executivo” do cérebro, porque ele classifica e edita as informações. As informações sensitivas, motoras e autônomas da medula espinal e do tronco encefálico são conduzidas para o córtex através do tálamo. Da mesma forma, os núcleos do tálamo estão reciprocamente interconectados com o córtex. Um trato da substância branca, a lâmina medular, segue através do tálamo e retransmite a informação para o córtex.
· Hipotálamo
 O hipotálamo controla muitas atividades corporais e é um dos principais reguladores da homeostasia. Impulsos sensitivos relacionados com sensações somáticas e viscerais chegam ao hipotálamo, bem como impulsos de receptores visuais, gustatórios e olfatórios. Outros receptores hipotalâmicos monitoram continuamente a pressão osmótica, a glicemia, certas concentrações hormonais e a temperatura sanguínea. O hipotálamo tem várias importantes conexões com a hipófise. Algumas funções podem ser atribuídas a núcleos hipotalâmicos específicos, mas outras ainda não estão localizadas com precisão.
• Regulação do sistema nervoso autônomo (frequência cardíaca, pressão sanguínea, respiração e digestão)
• Expressão e regulação das respostas emocionais
• Equilíbrio hídrico e sede
• Sono e vigília relacionados aos nossos ciclos biológicos diários
• Regulação da temperatura
• Ingestão de alimentos e regulação do apetite
• Comportamentos reprodutivo e sexual
• Controle endócrino
 HANSEN, John T. Netter, anatomia para colorir. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.il
No sistema autônomo, o hipotálamo estimula os músculos lisos (vasos sanguíneos, estômago, intestino). Na imagem abaixo é possível ser visto onde se localiza o hipotálamo:
ZIERI, R. Anatomia Humana 1. 1. ed. Editora Pearson, 2015.
· O Sistema Límbico 
 Ele é chamado também de “cérebro emocional” por estar relacionado sobre o impacto das emoções sobre nós, atuando na resposta emocional, criação, armazenamento e recuperação dessas emoções. As estruturas do sistema límbico forma um anel (limbus: faixa de cabeça) e se conecta com cada hemisfério na região medial do telencéfalo.
ZIERI, R. Anatomia Humana 1. 1. ed. Editora Pearson, 2015.
 A amígdala é responsável pela detecção, geração e manutenção das emoções relacionadas ao medo, bem como pelo reconhecimento de expressões faciais de medo e coordenação de respostas apropriadas à ameaça e ao perigo. Além disso tudo, ao relembrar de um momento em especial muito emotivo, ela revive as emoções que foram sentidas naquele momento
 A lesão da amígdala em humanos produz redução da emocionalidade e da capacidade de reconhecer o medo. Por outro lado, a estimulação da amígdala pode levar a um estado de vigilância ou atenção aumentada, ansiedade e medo.
 Os corpos mamilares são duas projeções pequenas e arredondadas que funcionam como estações de transmissão para reflexos relacionados com o olfato.
 O giro do cíngulo, estrutura importante, contorna o Corpo Caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal. Sua porção frontal coordena odores e visões, agradáveis de emoções anteriores.
 Participa da reação emocional à dor e da regulação do comportamento agressivo. Ablação (cinguloctomia) em animais causa domesticação total. No homem já foi empregada, em psicóticos graves.
 Já o Giro para-hipocampal se relaciona com o armazenamento da memória de longo prazo
 Septo: relaciona-se com a raiva, o prazer e o controle neurovegetativo;
 Área pré-frontal: relaciona-se com tomada de decisões e estratégias comportamentais mais adequadas; parece controlar o comportamento emocional;
· Hipocampo
O hipocampo se estende a partir do corpo amigdaloide e arqueia para cima e para frente até o interior do diencéfalo em íntima associação com o giro denteado. Ele se assemelha a um cavalo-marinho (em secções coronais), que é o que o termo hipocampo realmente significa. Ele ocupa uma porção
 medial dos lobos temporais, se situando medialmente ao polo temporal dos ventrículos laterais. O trato de fibras eferentes do hipocampo é o fórnice, o qual arqueia para frente sob o corpo caloso e em direção aos corpos mamilares do hipotálamo, onde muitas dessas fibras terminam. A formação hipocampal (giro denteado, hipocampo propriamente dito e subículo) possui muitas interconexões com o sistema límbico e as áreas de associações corticais. 
Funcionalmente, o hipocampo e o corpo amigdaloide são importantes na consolidação e no acesso à memória. Além disso, o hipocampo tem um papel na relação espacial, enquanto o corpo amigdaloide associa uma variedade de memórias sensoriais e as ligam às nossas respostas emocionais, especialmente medo e aversão.
https://www.news-medical.net/health/Hippocampus-Functions-(Portuguese).aspx
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 HANSEN, John T. Netter, anatomia para colorir. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.il
TRONCO ENCEFÁLICO
 
 O Tronco encefálico se conecta superiormente com o diencéfalo e inferiormente com a medula espinal, ou seja, ele é como se fosse a ponte que conecta ambos. 
 Ele está associado com vários sinais vitais, como o ciclo sono-vigília, consciência e controle respiratório e cardiovascular. Nele também ficam a maioria dos núcleos dos nervos cranianos e, através dos tratos neurais, ele facilita a comunicação entre cérebro, medula espinhal e cerebelo.
O tronco encefálico é formado por três partes: bulbo, ponte (protuberância)e mesencéfalo.
Bulbo
 O bulbo é a porção mais inferior do tronco cerebral, que fica na fossa posterior do crânio. Ela se continua com a medula espinhal abaixo e com a ponte cerebral acima.
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https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-nervoso/tronco-encefalico/
 
 A separação de bulbo e medula espinal dá-se pela região do forame magno, ou seja, abaixo deste é o que chamamos de medula espinal
 O suprimento arterial do bulbo é feito pelas artérias cerebelares anterior e posterior, juntamente com a artéria espinhal anterior. 
TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
 
 Logo acima da junção do bulbo com a medula espinal, 90% dos axônios da pirâmide esquerda cruzam para o lado direito, e 90% dos axônios da pirâmide direita cruzam para o lado esquerdo. Este cruzamento é conhecido como decussação das pirâmides e explica por que cada lado do encéfalo é responsável pelos movimentos voluntários do lado oposto do corpo
 O bulbo também apresenta diversos núcleos. (Lembre-se de que núcleo é um agrupamento de corpos celulares neuronais no SNC.) Alguns destes núcleos controlam funções vitais, como:TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
· O centro cardiovascular regula a frequência e a intensidade do batimento cardíaco, bem como o diâmetro dos vasos sanguíneos
· O centro respiratório bulbar ajusta o ritmo basal da respiração
· O centro do vômito é responsável pelo vômito, a expulsão forçada do conteúdo da parte alta do sistema digestório pela boca
· O centro da deglutição controla a deglutição do bolo alimentar da cavidade oral em direção à faringe
· O ato de espirrar envolve a contração espasmódica de músculos ventilatórios que expelem forçadamente o ar pelo nariz e pela boca.
· Tossir envolve inspiração longa e profunda sucedida por uma forte expiração que expele um jato de ar pelos orifícios respiratórios superiores
· O soluço é causado por contrações espasmódicas do diafragma que geram um som agudo durante a inspiração
Ponte
 Um pouco acima do bulbo é possível ser visto a ponte. Ela é a porção central do tronco cerebral interposta entre o bulbo e o mesencéfalo. Está situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenoide
 
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 A ponte é dividida em duas estruturas principais: uma região ventral e outra dorsal. A região ventral da ponte forma uma grande estação de transmissão sináptica composta por núcleos pontinos. Vários tratos de substância branca entram e saem destes núcleos, e cada um deles conecta o córtex de um hemisfério a outro. Este complexo conjunto de circuitos tem um papel essencial na coordenação e na otimização da eficiência da atividade motora voluntária em todo o corpo. A região dorsal da ponte é semelhante às demais regiões do tronco encefálico – bulbo e mesencéfalo. Ela contém tratos ascendentes e descendentes e núcleos de nervos cranianos.
 A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório.
Mesencéfalo 
 E por último, mas não menos importante, chegamos à terceira parte do tronco cerebral, denominada mesencéfalo. É a porção mais superior, situando-se entre a ponte (protuberância) inferiormente e o tálamo superiormente. Desempenha um importante papel no movimento dos olhos, no processamento visual e auditivo, no estado de alerta e na regulação da temperatura. 
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 Primeiramente, o mesencéfalo é dividido em duas metades pelo aqueduto cerebral, que o atravessa. A parte anterior é conhecida como tegmento e a posterior como teto mesencefálico.
Tegmento: apresenta feixes pareados de axônios conhecidos como pedúnculos cerebrais. Os pedúnculos cerebrais são compostos por axônios dos tratos corticospinal, corticobulbar e corticopontino, que conduzem impulsos nervosos de áreas motoras do córtex cerebral para a medula espinal, o bulbo e a ponte, respectivamente.
Teto mesencefálico: Rodeando o mesencéfalo, encontramos várias estruturas visíveis na sua face posterior. As mais proeminentes são os corpos quadrigêmeos, que se apresentam como quatro eminências arredondadas, chamadas de colículos (superiores e inferiores). Cada colículo superior representa a estação retransmissora para reflexos visuais, enquanto cada colículo inferior, localizados inferiormente, funciona como uma estação retransmissora da via auditiva.TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
O mesencéfalo contém vários outros núcleos, incluindo a substância negra esquerda e direita, que é grande e apresenta pigmentação escura. Neurônios que liberam dopamina e se estendem da substância negra para os núcleos da base auxiliam no controle da atividade motora subconsciente. A perda destes neurônios está associada à doença de Parkinson. Os núcleos rubros esquerdo e direito também se encontram no mesencéfalo e parecem avermelhados devido a sua farta irrigação sanguínea e à pigmentação rica em ferro presente em seus corpos celulares neuronais. Axônios do cerebelo e do córtex cerebral fazem sinapses nos núcleos rubros, que ajudam no controle dos movimentos musculares.TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA,
FORMAÇÃO RETICULAR
Essa formação passa pelo interior do tronco encefálico. A formação reticular é uma coleção de neurônios interpostos entre os núcleos cranianos e os tratos do tronco cerebral. Esta região de substância cinzenta se estende da medula espinhal até ao tálamo e é responsável por manter a sua consciência durante o dia e por acordar você do seu sono. 
Certos neurônios reticulares enviam um fluxo contínuo de impulsos para o cérebro (através de retransmissões no talámo, mantendo assim o córtex cerebral em alerta, consciente. 
Esse braço da formação reticular que mantém a consciência e vigília é denominado de “sistema ativador reticular ascendente” 
Segue o esquema de seu funcionamento:ZIERI, R. Anatomia Humana 1. 1. ed. Editora Pearson, 2015.
CEREBELO
O cerebelo está situado na fossa posterior do crânio, atrás da ponte (protuberância) cerebral e do bulbo, separado deles pelo quarto ventrículo. 
O cerebelo consiste em dois hemisférios, conectados na parte central pelo verme do cerebelo, com substância cinzenta (neurônios) na superfície, semelhante ao córtex cerebral. Os núcleos profundos também estão incrustados na substância cinzenta, que forma um padrão semelhante a uma árvore quando observada grosseiramente em uma secção.
TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
Funcionalmente, os núcleos profundos do cerebelo fornecem o ajustamento da direção, sob o qual está superposto o ajustamento refinado fornecido pelo córtex cerebelar. Geralmente, as funções do cerebelo são:
• Regular os músculos posturais do corpo para manter o equilíbrio e os movimentos estereotipados associados à locomoção
• Ajustar os movimentos dos membros, iniciados pelo córtex motor cerebral
• Participar no planejamento e na programação dos movimentos voluntários, aprendidos e rápidos
• Ter um papel no movimento dos olhos
• Ter um papel na cognição
· Como a informação é processada no cerebelo?
1. O cerebelo recebe as informações planejadas pelo cérebro: a área do cérebro que inicia movimentos voluntários é o córtex motor;
2. Após receber tais informações, o cerebelo compara o que foi planejado a se fazer com a posição e movimentos reais (ou seja, no momento em que foi processada a informação);
3. O cerebelo envia instruções de volta ao córtex cerebral a respeito de como resolver quaisquer diferençasentre os movimentos planejados e a posição real.ZIERI, R. Anatomia Humana 1. 1. ed. Editora Pearson, 2015.v
MEDULA ESPINAL
A medula espinal é um componente do Sistema Nervoso Central (SNC) em fuma de um tubo cilíndrico formado por tecido nervoso que se inicia do bulbo passando pelo forame magno do crânio e desce pelas vértebras da coluna vertebral através do forame vertebral 
ZIERI, R. Anatomia Humana 1. 1. ed. Editora Pearson, 2015.
Funções
· Transmitir informações do encéfalo para a periferia do corpo, e vice-versa
· Também é responsável por cooerdenar atividades musculares e reflexos
Anatomia
A medula espinal possui um diâmetro levemente grande nas
regiões cervical e lombar (tais regiões são chamadas de intumescências), essa medida grande é por causa da presença aumentada de neurônios e axônios nessas regiões relacionados à inervação de um grande número de músculos nos membros superiores e inferiores. A medula espinal termina em uma região afunilada denominada cone medular, o qual está situado aproximadamente no nível das vértebras L 1–L 2 Inferiormente, a partir desse ponto, as raízes nervosas seguem para seus respectivos níveis e formam um feixe denominado cauda equina, porque ele é semelhante à cauda de um cavalo. A medula espinal é ancorada inferiormente pelo filamento terminal, o qual está aderido ao cóccix. Os componentes da medula espinal incluem:
• 31 pares de nervos espinais (8 pares cervicais, 12 pares
torácicos, 5 pares lombares, 5 pares sacrais e 1 par coccígeo
• Cada nervo espinal é formado pelas raízes posterior e anterior
• Os neurônios motores residem na substância cinzenta da
medula espinal (corno anterior).
• Os neurônios sensitivos residem no gânglio sensitivo do nervo
espinal
• Os ramos anteriores dos nervos espinais frequentemente
convergem para formar plexos (uma rede entrelaçada de
axônios de nervos)
 1
 Medula Espinal
	2
 Cauda equina: conjunto de raízes de nervos, inferior à medula espinal 
HANSEN, John T. Netter, anatomia para colorir. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.il
O esquema típico para um nervo periférico somático (inerva a pele e o músculo esquelético) mostra um neurônio motor no corno anterior (substância cinzenta) da medula espinal enviando um axônio mielinizado através da raiz anterior e dentro de um nervo periférico, que termina em uma junção neuromuscular no
musculoesquelético. Da mesma forma, um nervo terminando na pele envia um axônio sensitivo em direção à medula espinal em um nervo periférico
	 3
 Substância branca da medula espinal vista em corte transversal: trato de fibras ascendentes e
descendentes
4
 Axônio sensitivo e seu neurônio pseudounipolar
(no gânglio sensitivo do nervo espinal)
5
Substância cinzenta central da medula espinal
(vista em corte transversal)
6
HANSEN, John T. Netter, anatomia para colorir. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.il
 Neurônio motor e seu axônio indo em direção a um
músculo esquelético
Assim, cada nervo periférico contém centenas ou milhares de axônios motores e sensitivos. O neurônio sensitivo é um neurônio pseudounipolar que reside em um gânglio sensitivo do nervo espinal (um gânglio na periferia é um conjunto de neurônios, da mesma forma que um núcleo que está no cérebro) e envia o seu axônio central dentro do corno posterior (substância cinzenta) da medula espinal. Em cada nível da medula espinal, a substância cinzenta é visível como um conjunto central de neurônios no formato de uma borboleta (parecido com a letra “H”, essa região é chama de H medular), exibindo um corno posterior e um corno anterior.
A substância cinzenta do córtex cerebral está situada na superfície do cérebro, enquanto na medula espinal, a substância cinzenta e seus neurônios associados estão situados no centro da medula, onde eles formam uma região com o formato de uma borboleta ou H, que pode ser distinguida da substância branca que a cerca. Os níveis da medula espinal associados à inervação dos membros possuem uma grande quantidade de substância cinzenta (níveis C5–T1 e L1–S4, correspondendo aos plexos braquial e lombossacral, respectivamente). A substância cinzenta é dividida em um corno posterior, o qual recebe axônios sensitivos da periferia, e um corno anterior, onde os axônios eferentes saem da medula para entrar em um nervo espinal. Entre os níveis da medula espinal T1 e L2, um corno lateral ou coluna de células está presente para os neurônios pré-ganglionares simpáticos do SNA. A substância branca da medula espinal diminui conforme ela continua inferiormente da região rostral para a caudal. A substância branca é dividida em funículos (“feixes”) posterior, lateral e anterior, que contêm vários tratos de fibras.
Geralmente, esses tratos incluem:
 • Funículo posterior: vias ascendentes que, dito de maneira geral, conduzem propriocepção (posição dos músculos e das articulações), contato e discriminação tátil (discriminação de tamanho e forma) a partir do membro
inferior (fascículo grácil) e do membro superior (fascículo cuneiforme)
• Funículo lateral: vias ascendentes que conduzem as sensações de propriocepção, dor, temperatura e contato para os centros superiores, e conduzem vias descendentes relacionadas com os movimentos rápidos e as informações autônomas para os neurônios pré-ganglionares
• Funículo anterior: algumas vias ascendentes que conduzem dor, temperatura e contato, e vias descendentes que conduzem informações que facilitam ou inibem os músculos flexores e extensores; os movimentos de reflexo que controlam o tônus, a postura e os movimentos da cabeça; e alguns movimentos rápidos
HANSEN, John T. Netter, anatomia para colorir. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.il
Irrigação Sanguínea 
A medula espinhal é vascularizada por ramos das artérias vertebrais e segmentares.
A artéria vertebral dá origem às artérias espinhais anterior e posterior. Artérias segmentares, tais como as artérias cervical profunda, cervical ascendente e intercostal posterior, dão origem a 31 pares de ramos arteriais radiculares que suprem as raízes dos nervos espinhais.
Veias com nomes semelhantes acompanham as artérias. As veias espinhais anterior e posterior drenam para as veias radiculares, que então desembocam na rede venosa epidural. Esta rede acaba drenando para os seios venosos durais.Fwww.kenhub.com
 
Referências 
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· https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832008000200003
· http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/assets/12_sistema_limbico.pdf
· http://mundodapsi.com/estudando-emocoes-e-comportamentos-nosso-sistema-limbico/
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· TORTORA, G. Princípios de Anatomia e Fisiologia: 14. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2016
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· GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica : 12 .ed. Rio de Janeiro: Elsevier LTDA, 2011.

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