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Vernância Júlio Machava Teorias da orientação escolar e profissional Licenciatura em Psicologia Educacional. Universidade- Save Massinga 2020 Vernância Júlio Machava Teorias da orientação escolar e profissional Universidade- Save Massinga 2020 Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado no Departamento de Ciências de Educação e Psicologia. Docenteː Flávio Fulete Índice Capitulo I: Introdução ................................................................................................... 4 1.1.1.Geral ..................................................................................................................... 4 1.1.2.Específicos ........................................................................................................... 4 Capitulo II: Fundamentação Teórica ............................................................................ 5 2.1.Conceitos Básicos ................................................................................................... 5 2.2.Teorias em orientação escolar e profissional .......................................................... 5 2.3.Importância da orientação escolar e profissional .................................................... 5 2.4.Teorias psicológicas ................................................................................................ 6 2.5.Teorias psicodinâmicas ........................................................................................... 6 2.7.Teoria traço e factor .............................................................................................. 10 2.8.Teorias desenvolvimentistas ................................................................................. 12 Capitulo III: Metodologia ........................................................................................... 15 Capitulo IVː Conclusão .............................................................................................. 16 4.1.Referência bibliográfica ........................................................................................ 17 4 Capitulo I: Introdução O seguinte trabalho, cujo o tema: Teoria de orientação escolar e profissional, surge no ambito da cadeira da Psicologia vocacional, leccionada na Universidade-Save, Eextensao de Massinga, Tendo em conta que a teoria é o conjunto de ideias organizadas sobre um determinado assunto, a OEP como qualquer outra área de conhecimento baseia-se em algumas teorias. No entanto, apresentamos algumas teorias a ter em conta no Processo de Orientação Escolar e Profissional. As teorias psicológicas de OEP, apresentam um conjunto de ideias que olham para escolha como um processo que deve privilegiar aspectos internos do indivíduo, as teorias psicológicas “ analisam os determinantes internos do indivíduo que explicam seus movimentos de escolha”. A teoria psicodinâmica é, na verdade, uma colecção de teorias psicológicas. Elas enfatizam a importância dos impulsos e outras forças humanas, a teoria psicodinâmica é, na verdade, uma colecção de teorias psicológicas. Na visão Parsons (1909) é considerado o fundador da teoria moderna da evolução da carreira e das áreas relacionadas com a psicologia vocacional e o aconselhamento psicológico. Teoria de GINZBERG supõe que o individuo realiza escolhas durante o processo de desenvolvimento vocacional e a sua última escolha leva a uma compatibilização entre características pessoais e oportunidades ocupacionais; o orientador vocacional, portanto, não tem um papel definido. 1.1.1.Geral Compreender as teorias da orientação escolar e profissional. 1.1.2.Específicos Identificar as teorias da orientação escolar e profissional; Conceituar a importância da orientação escolar e profissional; Caracterizar as teorias da orientação escolar e profissional; Explicar as teorias da orientação escolar e profissional; 5 Capitulo II: Fundamentação Teórica 2.1.Conceitos Básicos Orientação é acção ou efeito de orientar, determinar ou mostrar a direcção, caminho a seguir. Orientação profissional é um procedimento no qual um profissional capacitado realiza uma analise detalhada do individuo, identificando suas aptidões e possibilidades de actuação no mercado de trabalho, de acordo com as competências descobertas, 2.2.Teorias em orientação escolar e profissional Tendo em conta que a teoria é o conjunto de ideias organizadas sobre um determinado assunto, a OEP como qualquer outra área de conhecimento baseia-se em algumas teorias. No entanto, apresentamos algumas teorias a ter em conta no Processo de Orientação Escolar e Profissional. Assim, apresentam-se algumas delas que se acham convenientes e que se relacionam com a nossa realidade. Importa frisar que o maior número de teorias em OEP são de natureza psicológica, pois, “nesse processo fundamental o conhecimento de si (autoconhecimento) na escolha escolar e profissional, por um lado, e por outro, porque as mesmas apoiam-se em muitas “escolas” Psicológicas, como por exemplo a psicanálise” (BOHOSLAVSKY,1977). 2.3.Importância da orientação escolar e profissional Atendendo e considerando que a OEP é um serviço especializado na ajuda dos alunos quanto ao seu percurso escolar e profissional, é inegável a sua importância na vida do homem, pois, é através dela que pode conhecer as suas potencialidades, o mundo de trabalho e as principais características de cada profissão. Os serviços de OEP visam “ assistir o aluno no desenvolvimento das suas capacidades de fazer opções, devendo-o a identificar suas potencialidades e limitações, as do meio, e a adquirir habilidades necessárias ao processo decisório”. Portanto, a OEP é uma ferramenta que permite a ligação entre a educação/profissão e a consequente inserção do individuo na sociedade em que se encontra, permitindo assim uma boa adaptação do mesmo, para além de fornecer aos alunos o conhecimento das profissões que existem para posteriormente fazer a devida escolha, por um lado, e por outro, aos empregadores na medida em que fornece informações sobre as qualificações e competências dos tel:1977 6 futuros empregadores, bem como potencia recursos humanos dentro do país no geral e nas províncias em particular. (BOHOSLAVSKY,1977) 2.4.Teorias psicológicas Na óptica de BOCK (2006:27), as teorias psicológicas de OEP, apresentam um conjunto de ideias que olham para escolha como um processo que deve privilegiar aspectos internos do indivíduo, as teorias psicológicas “ analisam os determinantes internos do indivíduo que explicam seus movimentos de escolha”. Pautando na ideia do autor, essas teorias teriam um papel importante e as condições socioeconómicas e culturais teriam uma tarefa secundária no processo de escolha. Sob esta perspectiva, o indivíduo teria um papel activo ou parcial e as condições sócio- económica-culturais teriam uma função secundária no processo, Justamente por pressuporem participação activa do sujeito Segundo Cites citado por BOCK (2002: 31) as teorias psicológicas englobam as vertentes denominadas de: Teorias de traço e factor; teorias psicodinâmicas; teorias desenvolvimentistas; teorias de decisão e teorias socioeconómicas 2.5.Teorias psicodinâmicas A teoria psicodinâmica é, na verdade, uma colecção de teorias psicológicas. Elas enfatizam a importância dos impulsos e outras forças humanas, a teoria psicodinâmica é, na verdade, uma colecção de teorias psicológicas. Elas enfatizam a importância dos impulsos e outras forças no funcionamento humano, especialmenteos impulsos inconscientes. A abordagem sustenta que a experiência da infância é a base para a personalidade e os relacionamentos adultos, a teoria psicodinâmica originou-se nas teorias psicanalíticas de Freud. Ela inclui quaisquer teorias baseadas em suas ideias, incluindo as de Anna Freud, Erik Erikson e Carl Jung. (GEMELLI,1963) 2.6.Origem Entre o final dos anos 1890 e 1930, Sigmund Freud desenvolveu uma variedade de teorias psicológicas. Elas eram baseadas em suas experiências com pacientes durante a terapia. Ele chamou sua abordagem de terapia psicanalítica. Suas ideias se popularizaram através de seus livros, como „A Interpretação dos Sonhos‟. Em 1909, ele e seus colegas viajaram para os EUA e deram palestras sobre psicanálise, tel:1977 tel:1963 tel:1890 tel:1930 tel:1909 7 espalhando ainda mais as ideias de Freud. Nos anos que se seguiram, foram realizadas reuniões regulares para discutir teorias e aplicações psicanalíticas. Freud influenciou vários pensadores psicológicos importantes. Estes incluíam Carl Jung e Alfred Adler. Foi Freud quem introduziu pela primeira vez o termo psicodinâmica. Ele observou que seus pacientes exibiam sintomas psicológicos sem base biológica. No entanto, esses pacientes não conseguiram interromper seus sintomas apesar de seus esforços conscientes. (BOCK, 2006) Freud concluiu que, se os sintomas não pudessem ser evitados pela vontade consciente, eles deveriam surgir do inconsciente. Portanto, os sintomas eram o resultado de o inconsciente se opor à vontade consciente, era uma interacção que ele apelidou de “psicodinâmica”. A teoria psicodinâmica foi formada para abranger qualquer teoria derivada dos princípios básicos de Freud. Como resultado, os termos psicanalítico e psicodinâmico são frequentemente usados de forma intercambiável. No entanto, há uma distinção importante: o termo psicanalítico refere-se apenas às teorias desenvolvidas por Freud. Já o termo psicodinâmico referencia as teorias de Freud e aquelas baseadas em suas ideias. Isso inclui a teoria psicossocial do desenvolvimento humano de Erik Erikson e o conceito de arquétipos de Jung. De fato, muitas teorias são abrangidas pela teoria psicodinâmica, que é muitas vezes referida como uma abordagem ou uma perspectiva em vez de uma teoria. São aquelas que visam explicar a forma como os indivíduos constroem a sua personalidade e a consequente aproximação às profissões. Todavia, fundamentam-se na “psicanálise ao debruçar-se sobre o desenvolvimento afectivo sexual, principalmente na infância, para entender o desenvolvimento das aptidões, interesses e características da personalidade, na relação dos impulsos com o meio que as pessoas constituem sua individualidade. (BOCK, 2006) Surgem a partir da década de 50, como alternativa à abordagem do traço e factor, trazem uma crítica à ideia de momento de escolha e defendem a concepção de desenvolvimento vocacional, considerando que o individuo possui um ciclo de vida e a questão profissional perpassa-o como um todo, ou seja, os indivíduos desenvolvem-se vocacionalmente e este processo dura por toda a sua vida. (BOCK,2006) 8 De acordo com FERRETTI (1997), a teoria de GINZBERG supõe que o individuo realiza escolhas durante o processo de desenvolvimento vocacional e a sua última escolha leva a uma compatibilização entre características pessoais e oportunidades ocupacionais; o orientador vocacional, portanto, não tem um papel definido. Para ele, a escolha vocacional é um processo em grande parte irreversível, se iniciando com o nascimento acompanhando o desenvolvimento da pessoa. Já Super dividia o processo de desenvolvimento vocacional em cinco etapas crescimento (infância), exploração (adolescência), estabelecimento (idade adulta), permanência (maturidade), declínio (velhice). Sendo que esse processo ocorreria devido a cinco tarefas que facilitariam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos específicos: cristalização, especificação, implementação, estabilização e consolidação: da experiência profissional. Supõe que o individuo realiza escolhas através de um processo de diferenciação e integração da personalidade frente à necessidade de optar, afirmam que ao individuo cabe cumprir as tarefas do desenvolvimento vocacional, de modo a tornar-se mais maduro. SUPER, desenvolveu muitas das ideias de GINZBERG. Ele identificou que o trabalho de GINZBERG tinha algumas fraquezas, sendo uma delas o facto de não tomar em conta a informação significativa existente sobre o desenvolvimento educacional e vocacional. DONAL SUPER foi o percursor do entendimento do comportamento vocacional através de uma perspectiva de desenvolvimento humano. Ele alterou as fases de vida criadas por GINZBERG de três para cinco, com ligeiras diferenças nos sue estágios, argumentando que as situações de vida do indivíduo, as preferências e as competências vocacionais e, consequentemente, o seu autoconceito, mudam com a experiência e com o tempo. Ele também desenvolveu o conceito de maturidade vocacional, que podem ou não corresponder à idade cronológica. Os cinco estágios de que SUPER desenvolveu foram: ● Crescimento, que dura desde o nascimento até aos quatorze anos; ● Exploração duradoura dos anos quinze aos vinte e quatro anos e incorpora os subestágios de cristalização, especificação e implementação; 9 ● Estabelecimento dos vinte e cinco aos quarenta e quatro anos, com subestágios de estabilização, consolidação e avanço; ● Manutenção dos quarenta e cinco aos sessenta e quatro anos, com subestágios de exploração, actualização e inovação; ● Finalmente, a quinta fase de declínio que vais dos sessenta e cinco anos de idade em diante, com os subestágios de desaceleração, planificação da reforma e o modo de viver na reforma. Para a SUPER, a perspectiva temporal foi sempre importante para o processo de desenvolvimento da carreira. Ele sempre achou importante manter as três perspectivas temporais: o passado, donde o indivíduo veio, o presente, na qual o indivíduo actua, e o futuro, a direcção pela qual o indivíduo se dirige. SUPER, desenvolveu as suas ideias durante cinquenta anos e enfatizou a importância dos diferentes papéis que os indivíduos participam em diferentes fases da sua vida (especificamente criança, estudante, cidadão, trabalhador, esposo, dona de casa e reformado (a) e o conceito de espaço vital (ou seja, quatro momentos importantes da vida: em casa, na comunidade, no trabalho e na educação), (Idem). SUPER utiliza o conceito de “papéis” para descrever os vários aspectos da carreira durante toda a vida de um indivíduo. Algumas ideias-chave indicam por exemplo que o número de papéis executados pelo indivíduo podem variar e cada papel tem importância diferente para os indivíduos dependendo do espaço e do tempo em que estes se encontram (e.g., estudante), e que o sucesso num papel de vida tende a facilitar o sucesso dos outros e vice-versa, (BOCK,1999). O desenvolvimento das suas ideias sobre o conceito de auto-regulação profissional resultou numa redefinição da orientação profissional indicando que o processo de ajudar uma pessoa a desenvolver uma visão integrada e adequada de si mesmo e do seu papel no mundo do trabalho, leva-o a transformar a realidade, havendo uma satisfação individual e benefícios para a sociedade. O seu modelo de arco-íris, reconhece a importância do contexto das influências (a política social, as práticas de emprego, a família, a comunidade e a economia) que operam na escolha individual e atribuem a mesma importância aos factores individuais (valores, necessidades, interesses, inteligência, aptidões). 10 SUPER também reconhece as contribuições de um conjunto disciplinas académicas para a compreensão da escolha profissional. Uma das maiores contribuições de SUPER para o desenvolvimento da carreira foi a ênfase que ele deu ao papeldo desenvolvimento do autoconceito. SUPER reconheceu que as mudanças do autoconceito desenvolvem-se ao longo da vida das pessoas, como resultado da experiência. As pessoas que sucessivamente refinam os seus autoconceitos (s) ao longo do tempo e as aplicam ao mundo do trabalho criam uma adaptação na sua escolha de carreira. Embora esta teoria de desenvolvimento de carreira forneça uma base para as teorias do desenvolvimento vocacional ela omite as mulheres, as pessoas não caucasianas e os pobres (SAVICKAS, 1994). 2.7.Teoria traço e factor Segundo OJER, (1965), é considerado o fundador da teoria moderna da evolução da carreira e das áreas relacionadas com a psicologia vocacional e o aconselhamento psicológico. A sua contribuição mais conhecida é a identificação de três elementos- chave da escolha da carreira, nomeadamente: A compreensão de atributos pessoais (e.g., aptidões, habilidades, interesses, recursos, limitações); Conhecimento do trabalho (e.g., requisitos e condições de sucesso, vantagens e desvantagens, remuneração); O reconhecimento da relação existente entre o indivíduo e o trabalho. A teoria de PARSONS, descrita como a teoria dos traços e factores, é uma abordagem que continua a dominar a teoria do desenvolvimento da carreira dos nossos dias. O pressuposto subjacente da abordagem traço-factor é que estas influenciam e orientam as características pessoais e a escolha vocacional. Esta ideia continua ainda a ser essencial para muitas teorias actuais do desenvolvimento na carreira. Durante os últimos cem anos, muitos teóricos têm discutido a importância de se reconhecer, descrever, definir e avaliar os atributos pessoais (personalidade, valores e interesses), Cada um desses três elementos representa um importante contributo para a teoria prática da carreira (SAVICKAS & WALSH, 1996). A abordagem de PARSONS para o primeiro elemento acima indicado, o autoconhecimento, é extremamente coerente com a prática contemporânea da avaliação tel:1965 11 da carreira. O seu formato de entrevistas de orientação vocacional foi desenhado de modo a reunir informações detalhadas dos indivíduos através de um processo de questionamento através do qual o conselheiro seja capaz, em regra, de classificar os candidatos com um grau razoável de precisão (OJER, 1965) Entretanto, PARSONS reconheceu que os indivíduos diferem em termos dos seus interesses, habilidades, valores, personalidade e habilidades. Parsons sugeriu que este processo levaria quinze minutos, um período de tempo que por padrões de orientação de hoje parece extremamente curto. Ele também desenvolveu o primeiro formulário de auto-avaliação, onde os clientes respondiam a um questionário com mais de cem perguntas antes da entrevista de aconselhamento carreira. Este seu processo de avaliação e entrevista estabeleceu o formato de aconselhamento de carreira O segundo elemento que PARSONS indica diz respeito ao conhecimento sobre o mundo do trabalho, um conceito que ele considerava vital para o planeamento de carreira e do desenvolvimento global, e ainda é um conceito que é visto como crucial no para o desenvolvimento de carreira, com esta ideia de PARSONS pode-se estabelecer uma relação com as preconizadas e usadas pelos conselheiros de carreira modernos incluindo as informações sobre treinamentos e cursos, e informações gerais do mundo de trabalho. Assim, o desenvolvimento de sistemas de informação de carreira tão essenciais para a orientação vocacional moderno também têm as suas origens na obra de, (idem). Nos conceitos de PARSONS ele identifica os processos cognitivos e habilidades analíticas como fundamentais para a escolha da carreira. Isto reflecte a natureza visionária do seu trabalho e novamente enfatiza a sua relevância para a orientação vocacional moderna. Para Ferretti citado por Bock (2006:29), a esperança de PARSONS era de que os indivíduos que participassem activamente no processo de exploração e escolha vocacional se sentissem mais satisfeitos e fossem mais eficientes nos seus postos de trabalho, resultando neste caso, numa diminuição de custos dos empregadores. O trabalho de PARSONS representa neste sentido, o primeiro passo para um quadro conceptual para a decisão de carreira, bem como o primeiro guia para os conselheiros de tel:1965 12 carreira, Parson na sua teoria privilegiava os traços da personalidade do orientando, na qual deveria ter em conta o conhecimento de si no que concerne, as suas atitudes, habilidades, interesses, ambições, conhecimento dos requisitos, como por exemplo, as condições para o sucesso, vantagens e desvantagens, remunerações e oportunidades em diferentes trabalhos. Trata-se de um procedimento racional e objectivo para a escolha, pois, pressupõe que: Os indivíduos diferenciam-se entre si em termos de habilidades físicas, aptidões, interesses e características pessoais, por sua vez, as profissões também diferenciam-se entre si e é possível conduzir à compatibilidade ideal dessa dupla ordem de factores através do processo racional de escolha. Refere-se a um procedimento que deve ter em conta não apenas os traços já mencionados (atitudes, habilidades, interesses, ambições, habilidades), mas também a personalidade do mesmo. (idem) 2.8.Teorias desenvolvimentistas De acordo com FERRETTI, (1997), surgem a partir da década de 50, como alternativa à abordagem do traço e factor. Trazem uma crítica à ideia de momento de escolha e defendem a concepção de desenvolvimento vocacional, considerando que o individuo possui um ciclo de vida e a questão profissional perpassa-o como um todo, ou seja, os indivíduos desenvolvem-se vocacionalmente e este processo dura por toda a sua vida. Teoria de GINZBERG supõe que o individuo realiza escolhas durante o processo de desenvolvimento vocacional e a sua última escolha leva a uma compatibilização entre características pessoais e oportunidades ocupacionais; o orientador vocacional, portanto, não tem um papel definido. Para ele, a escolha vocacional é um processo em grande parte irreversível, se iniciando com o nascimento acompanhando o desenvolvimento da pessoa. Já Super dividia o processo de desenvolvimento vocacional em cinco etapas: crescimento (infância), exploração (adolescência), estabelecimento (idade adulta), permanência (maturidade), declínio (velhice). Sendo que esse processo ocorreria devido a cinco tarefas que facilitariam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos específicos: cristalização, especificação, implementação, estabilização e consolidação: da experiência profissional. 13 De acordo com Super, (1982), supõem que o individuo realiza escolhas através de um processo de diferenciação e integração da personalidade frente à necessidade de optar, o individuo cabe cumprir as tarefas do desenvolvimento vocacional, de modo a tornar-se mais maduro. SUPER, desenvolveu muitas das ideias de GINZBERG. Ele identificou que o trabalho de GINZBERG tinha algumas fraquezas, sendo uma delas o facto de não tomar em conta a informação significativa existente sobre o desenvolvimento educacional e vocacional. DONAL SUPER foi o percursor do entendimento do comportamento vocacional através de uma perspectiva de desenvolvimento humano. Ele alterou as fases de vida criadas por GINZBERG de três para cinco, com ligeiras diferenças nos sub-estágios, argumentando que as situações de vida do indivíduo, as preferências e as competências vocacionais e, consequentemente, o seu autoconceito, mudam com a experiência e com o tempo. Ele também desenvolveu o conceito de maturidade vocacional, que podem ou não corresponder à idade cronológica. Os cinco estágios de que SUPER desenvolveu foram: Crescimento, que dura desde o nascimento até aos catorze anos; Exploração duradoura dos anos quinze aos vinte e quatro anos e incorpora os subestágios de cristalização, especificaçãoe implementação; Estabelecimento dos vinte e cinco aos quarenta e quatro anos, com subestágios de estabilização, consolidação e avanço; Manutenção dos quarenta e cinco aos sessenta e quatro anos, com subestágios de exploração, actualização e inovação; Finalmente, a quinta fase de declínio que vais dos sessenta e cinco anos de idade em diante, com os subestágios de desaceleração, planificação da reforma e o modo de viver na reforma (idem). Uma das maiores contribuições de SUPER para o desenvolvimento da carreira foi a ênfase que ele deu ao papel do desenvolvimento do autoconceito. SUPER reconheceu que as mudanças do autoconceito desenvolvem-se ao longo da vida das pessoas, como resultado da experiência. As pessoas que sucessivamente refinam os seus autoconceitos (s) ao longo do tempo e as aplicam ao mundo do trabalho criam uma adaptação na sua escolha de carreira. 14 Embora esta teoria de desenvolvimento de carreira forneça uma base para as teorias do desenvolvimento vocacional ela omite as mulheres, as pessoas não caucasianas e os pobres (SAVICKAS, 1994). 15 Capitulo III: Metodologia O método de pesquisa usado quanto a natureza é qualitativa pois, está mais relacionado no levantamento de dados sobre visa promover o conhecimento das profissões bem como do mundo do trabalho onde o aluno está inserido, pois faz parte de um processo mais amplo que abrange todo o comportamento humano a partir de informações fornecidas pelo meio social e cultural do qual faz parte, a opinião e as espectativas dos indivíduos de uma população. Quanto aos objectivos é explicativa pois, analisa, identifica e interpreta problemas relacionados com e jovens na escolha profissional. 16 Capitulo IVː Conclusão Findo trabalho conclui que a globalização e o desenvolvimento tecnológico estão gerando mudanças na relação homem-trabalho. A partir desse estudo, pode-se chegar a conclusões de que o trabalho desenvolvido em instituições, com Orientação Profissional, em sua maior parte destina-se a um público restrito. Pode-se também perceber o papel do psicólogo educacional que atua no programa e nas relações inter e intrapessoais envolvidas no processo, realizando intervenções individuais ou em grupo, visando à compreensão e elucidação de uma escolha, o programa de orientação profissional, conforme Bock, contribui para a incorporação de novos determinantes que levam à reflexão sobre a escolha da profissão, superação de preconceitos e uma visão mais completa e complexa sobre a realidade, faz-se importante considerar a base sócio histórica, interagindo no programa de Orientação Profissional que se constitui enquanto um "conjunto de intervenções que visam a apropriação dos determinantes de escolha". A "escolha da profissional" deve ser regida pela real conscientização das diversas ocupações e o conhecimento das perspectivas do mercado de trabalho em termos ocupacionais. Além dessa desmistificação, é necessário aumentar a oferta de escolas que ofereçam tal orientação, bem como melhorar a capacitação dos profissionais, para que os orientados, e não desorientados, possam buscar o caminho mais adequado, sem desperdiçar tempo ou recursos, evitando desajustes profissionais e pessoais. 17 4.1.Referência bibliográfica 1. BOCK, A. M. & Aguiar, W. M. Por uma prática promotora de saúde em Orientação Vocacional. 2002. 2. BOCK, Ana M. B. A escolha de uma profissão. 13ed. São Paulo: Saraiva, 1999. 3. BOCK, Silvio Duarte. Trabalho e profissão. São Paulo: Edicon, 2006. 4. BOHOSLAVSKY, Rodolfo. Orientação Vocacional. São Paulo, 1977. 5. FERRETTI, Celso João. Uma Nova Proposta de Orientação Profissional. São Paulo, 1997. 6. GEMELLI, Agostino. Orientação Profissional. Rio de Janeiro: Livro Íbero- Americano. 1963. 7. OJER, Luís. Orientação Profissional. Buenos Aires: Editorial Kapelisz. 1965. 8. Savickas, M. L., & Lent, R. W. Convergence in career development theories. Implications for science and practice. 1994. 9. Super, D. E. Um novo modelo prático de avaliação dos indivíduos em orientação escolar e profissional, 1982. tel:1999 tel:1986 tel:1977 tel:1963 tel:1965 tel:1982 1.1.1.Geral 1.1.2.Específicos Capitulo II: Fundamentação Teórica 2.1.Conceitos Básicos Orientação é acção ou efeito de orientar, determinar ou mostrar a direcção, caminho a seguir. Orientação profissional é um procedimento no qual um profissional capacitado realiza uma analise detalhada do individuo, identificando suas aptidões e possibilidades de actuação no mercado de trabalho, de acordo com as competências descobertas, 2.2.Teorias em orientação escolar e profissional 2.3.Importância da orientação escolar e profissional 2.4.Teorias psicológicas 2.5.Teorias psicodinâmicas 2.7.Teoria traço e factor 2.8.Teorias desenvolvimentistas Capitulo IVː Conclusão 4.1.Referência bibliográfica
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