Buscar

Teorias de orientacao escolar e profissional Vernancia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Vernância Júlio Machava 
 
 
 
 
 
 
Teorias da orientação escolar e profissional 
Licenciatura em Psicologia Educacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Universidade- Save 
Massinga 
2020 
Vernância Júlio Machava 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias da orientação escolar e profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Universidade- Save 
Massinga 
2020
Trabalho de carácter avaliativo a ser 
apresentado no Departamento de Ciências de 
Educação e Psicologia. 
Docenteː Flávio Fulete 
 
Índice 
Capitulo I: Introdução ................................................................................................... 4 
1.1.1.Geral ..................................................................................................................... 4 
1.1.2.Específicos ........................................................................................................... 4 
Capitulo II: Fundamentação Teórica ............................................................................ 5 
2.1.Conceitos Básicos ................................................................................................... 5 
2.2.Teorias em orientação escolar e profissional .......................................................... 5 
2.3.Importância da orientação escolar e profissional .................................................... 5 
2.4.Teorias psicológicas ................................................................................................ 6 
2.5.Teorias psicodinâmicas ........................................................................................... 6 
2.7.Teoria traço e factor .............................................................................................. 10 
2.8.Teorias desenvolvimentistas ................................................................................. 12 
Capitulo III: Metodologia ........................................................................................... 15 
Capitulo IVː Conclusão .............................................................................................. 16 
4.1.Referência bibliográfica ........................................................................................ 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Capitulo I: Introdução 
O seguinte trabalho, cujo o tema: Teoria de orientação escolar e profissional, surge no 
ambito da cadeira da Psicologia vocacional, leccionada na Universidade-Save, 
Eextensao de Massinga, Tendo em conta que a teoria é o conjunto de ideias organizadas 
sobre um determinado assunto, a OEP como qualquer outra área de conhecimento 
baseia-se em algumas teorias. No entanto, apresentamos algumas teorias a ter em conta 
no Processo de Orientação Escolar e Profissional. As teorias psicológicas de OEP, 
apresentam um conjunto de ideias que olham para escolha como um processo que deve 
privilegiar aspectos internos do indivíduo, as teorias psicológicas “ analisam os 
determinantes internos do indivíduo que explicam seus movimentos de escolha”. A 
teoria psicodinâmica é, na verdade, uma colecção de teorias psicológicas. Elas 
enfatizam a importância dos impulsos e outras forças humanas, a teoria psicodinâmica 
é, na verdade, uma colecção de teorias psicológicas. Na visão Parsons (1909) é 
considerado o fundador da teoria moderna da evolução da carreira e das áreas 
relacionadas com a psicologia vocacional e o aconselhamento psicológico. Teoria de 
GINZBERG supõe que o individuo realiza escolhas durante o processo de 
desenvolvimento vocacional e a sua última escolha leva a uma compatibilização entre 
características pessoais e oportunidades ocupacionais; o orientador vocacional, portanto, 
não tem um papel definido. 
1.1.1.Geral 
Compreender as teorias da orientação escolar e profissional. 
1.1.2.Específicos 
 Identificar as teorias da orientação escolar e profissional; 
 Conceituar a importância da orientação escolar e profissional; 
 Caracterizar as teorias da orientação escolar e profissional; 
 Explicar as teorias da orientação escolar e profissional; 
 
 
 
5 
 
Capitulo II: Fundamentação Teórica 
2.1.Conceitos Básicos 
Orientação é acção ou efeito de orientar, determinar ou mostrar a direcção, caminho a 
seguir. 
Orientação profissional é um procedimento no qual um profissional capacitado realiza 
uma analise detalhada do individuo, identificando suas aptidões e possibilidades de 
actuação no mercado de trabalho, de acordo com as competências descobertas, 
2.2.Teorias em orientação escolar e profissional 
Tendo em conta que a teoria é o conjunto de ideias organizadas sobre um 
determinado assunto, a OEP como qualquer outra área de conhecimento baseia-se em 
algumas teorias. No entanto, apresentamos algumas teorias a ter em 
conta no Processo de Orientação Escolar e Profissional. 
Assim, apresentam-se algumas delas que se acham convenientes e que se 
relacionam com a nossa realidade. Importa frisar que o maior número de teorias 
em OEP são de natureza psicológica, pois, “nesse processo fundamental o 
conhecimento de si (autoconhecimento) na escolha escolar e profissional, por 
um lado, e por outro, porque as mesmas apoiam-se em muitas “escolas” 
Psicológicas, como por exemplo a psicanálise” (BOHOSLAVSKY,1977). 
2.3.Importância da orientação escolar e profissional 
Atendendo e considerando que a OEP é um serviço especializado na ajuda dos 
alunos quanto ao seu percurso escolar e profissional, é inegável a sua 
importância na vida do homem, pois, é através dela que pode conhecer as suas 
potencialidades, o mundo de trabalho e as principais características de cada profissão. 
Os serviços de OEP visam “ assistir o aluno no desenvolvimento das suas capacidades 
de fazer opções, devendo-o a identificar suas potencialidades e limitações, as do meio, e 
a adquirir habilidades necessárias ao processo decisório”. Portanto, a OEP é uma 
ferramenta que permite a ligação entre a educação/profissão e a consequente inserção do 
individuo na sociedade em que se encontra, permitindo assim uma boa adaptação do 
mesmo, para além de fornecer aos alunos o conhecimento das profissões que existem 
para posteriormente fazer a devida escolha, por um lado, e por outro, aos empregadores 
na medida em que fornece informações sobre as qualificações e competências dos 
tel:1977
6 
 
futuros empregadores, bem como potencia recursos humanos dentro do país no geral e 
nas províncias em particular. (BOHOSLAVSKY,1977) 
2.4.Teorias psicológicas 
Na óptica de BOCK (2006:27), as teorias psicológicas de OEP, apresentam um 
conjunto de ideias que olham para escolha como um processo que deve privilegiar 
aspectos internos do indivíduo, as teorias psicológicas “ analisam os determinantes 
internos do indivíduo que explicam seus movimentos de escolha”. Pautando na ideia do 
autor, essas teorias teriam um papel importante e as condições socioeconómicas e 
culturais teriam uma tarefa secundária no processo de escolha. 
Sob esta perspectiva, o indivíduo teria um papel activo ou parcial e as condições sócio-
económica-culturais teriam uma função secundária no processo, Justamente por 
pressuporem participação activa do sujeito 
Segundo Cites citado por BOCK (2002: 31) as teorias psicológicas englobam as 
vertentes denominadas de: 
 Teorias de traço e factor; teorias psicodinâmicas; teorias desenvolvimentistas; teorias 
de decisão e teorias socioeconómicas 
2.5.Teorias psicodinâmicas 
A teoria psicodinâmica é, na verdade, uma colecção de teorias psicológicas. Elas 
enfatizam a importância dos impulsos e outras forças humanas, a teoria psicodinâmica 
é, na verdade, uma colecção de teorias psicológicas. Elas enfatizam a importância dos 
impulsos e outras forças no funcionamento humano, especialmenteos impulsos 
inconscientes. A abordagem sustenta que a experiência da infância é a base para a 
personalidade e os relacionamentos adultos, a teoria psicodinâmica originou-se nas 
teorias psicanalíticas de Freud. Ela inclui quaisquer teorias baseadas em suas ideias, 
incluindo as de Anna Freud, Erik Erikson e Carl Jung. (GEMELLI,1963) 
2.6.Origem 
Entre o final dos anos 1890 e 1930, Sigmund Freud desenvolveu uma variedade de 
teorias psicológicas. Elas eram baseadas em suas experiências com pacientes durante a 
terapia. Ele chamou sua abordagem de terapia psicanalítica. Suas ideias se 
popularizaram através de seus livros, como „A Interpretação dos Sonhos‟. 
Em 1909, ele e seus colegas viajaram para os EUA e deram palestras sobre psicanálise, 
tel:1977
tel:1963
tel:1890
tel:1930
tel:1909
7 
 
espalhando ainda mais as ideias de Freud. Nos anos que se seguiram, foram realizadas 
reuniões regulares para discutir teorias e aplicações psicanalíticas. Freud influenciou 
vários pensadores psicológicos importantes. Estes incluíam Carl Jung e Alfred Adler. 
Foi Freud quem introduziu pela primeira vez o termo psicodinâmica. Ele observou que 
seus pacientes exibiam sintomas psicológicos sem base biológica. No entanto, esses 
pacientes não conseguiram interromper seus sintomas apesar de seus esforços 
conscientes. (BOCK, 2006) 
Freud concluiu que, se os sintomas não pudessem ser evitados pela vontade consciente, 
eles deveriam surgir do inconsciente. Portanto, os sintomas eram o resultado de o 
inconsciente se opor à vontade consciente, era uma interacção que ele apelidou de 
“psicodinâmica”. 
A teoria psicodinâmica foi formada para abranger qualquer teoria derivada dos 
princípios básicos de Freud. Como resultado, os termos psicanalítico e psicodinâmico 
são frequentemente usados de forma intercambiável. 
No entanto, há uma distinção importante: o termo psicanalítico refere-se apenas às 
teorias desenvolvidas por Freud. Já o termo psicodinâmico referencia as teorias de 
Freud e aquelas baseadas em suas ideias. Isso inclui a teoria psicossocial do 
desenvolvimento humano de Erik Erikson e o conceito de arquétipos de Jung. 
De fato, muitas teorias são abrangidas pela teoria psicodinâmica, que é muitas vezes 
referida como uma abordagem ou uma perspectiva em vez de uma teoria. 
São aquelas que visam explicar a forma como os indivíduos constroem a sua 
personalidade e a consequente aproximação às profissões. Todavia, fundamentam-se na 
“psicanálise ao debruçar-se sobre o desenvolvimento afectivo sexual, principalmente na 
infância, para entender o desenvolvimento das aptidões, interesses e características da 
personalidade, na relação dos impulsos com o meio que as pessoas constituem sua 
individualidade. (BOCK, 2006) 
Surgem a partir da década de 50, como alternativa à abordagem do traço e factor, 
trazem uma crítica à ideia de momento de escolha e defendem a concepção de 
desenvolvimento vocacional, considerando que o individuo possui um ciclo de vida e a 
questão profissional perpassa-o como um todo, ou seja, os indivíduos desenvolvem-se 
vocacionalmente e este processo dura por toda a sua vida. (BOCK,2006) 
8 
 
De acordo com FERRETTI (1997), a teoria de GINZBERG supõe que o individuo 
realiza escolhas durante o processo de desenvolvimento vocacional e a sua última 
escolha leva a uma compatibilização entre características pessoais e oportunidades 
ocupacionais; o orientador vocacional, portanto, não tem um papel definido. Para ele, a 
escolha vocacional é um processo em grande parte irreversível, se iniciando com o 
nascimento acompanhando o desenvolvimento da pessoa. 
 Já Super dividia o processo de desenvolvimento vocacional em cinco etapas 
crescimento (infância), exploração (adolescência), estabelecimento (idade adulta), 
permanência (maturidade), declínio (velhice). Sendo que esse processo ocorreria devido 
a cinco tarefas que facilitariam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos 
específicos: cristalização, especificação, implementação, estabilização e consolidação: 
da experiência profissional. 
Supõe que o individuo realiza escolhas através de um processo de diferenciação e 
integração da personalidade frente à necessidade de optar, afirmam que ao individuo 
cabe cumprir as tarefas do desenvolvimento vocacional, de modo a tornar-se mais 
maduro. 
SUPER, desenvolveu muitas das ideias de GINZBERG. Ele identificou que o trabalho 
de GINZBERG tinha algumas fraquezas, sendo uma delas o facto de não tomar em 
conta a informação significativa existente sobre o desenvolvimento educacional e 
vocacional. 
 DONAL SUPER foi o percursor do entendimento do comportamento vocacional 
através de uma perspectiva de desenvolvimento humano. Ele alterou as fases de vida 
criadas por GINZBERG de três para cinco, com ligeiras diferenças nos sue estágios, 
argumentando que as situações de vida do indivíduo, as preferências e as competências 
vocacionais e, consequentemente, o seu autoconceito, mudam com a experiência e com 
o tempo. Ele também desenvolveu o conceito de maturidade vocacional, que podem ou 
não corresponder à idade cronológica. Os cinco estágios de que SUPER desenvolveu 
foram: 
● Crescimento, que dura desde o nascimento até aos quatorze anos; 
● Exploração duradoura dos anos quinze aos vinte e quatro anos e incorpora os 
subestágios de cristalização, especificação e implementação; 
9 
 
● Estabelecimento dos vinte e cinco aos quarenta e quatro anos, com 
subestágios de estabilização, consolidação e avanço; 
● Manutenção dos quarenta e cinco aos sessenta e quatro anos, com 
subestágios de exploração, actualização e inovação; 
● Finalmente, a quinta fase de declínio que vais dos sessenta e cinco 
anos de idade em diante, com os subestágios de desaceleração, planificação da reforma 
e o modo de viver na reforma. 
 Para a SUPER, a perspectiva temporal foi sempre importante para o processo de 
desenvolvimento da carreira. Ele sempre achou importante manter as três perspectivas 
temporais: o passado, donde o indivíduo veio, o presente, na qual o indivíduo actua, e o 
futuro, a direcção pela qual o indivíduo se dirige. 
SUPER, desenvolveu as suas ideias durante cinquenta anos e enfatizou a importância 
dos diferentes papéis que os indivíduos participam em diferentes fases da sua vida 
(especificamente criança, estudante, cidadão, trabalhador, esposo, dona de casa e 
reformado (a) e o conceito de espaço vital (ou seja, quatro momentos importantes da 
vida: em casa, na comunidade, no trabalho e na educação), (Idem). 
SUPER utiliza o conceito de “papéis” para descrever os vários aspectos da 
carreira durante toda a vida de um indivíduo. Algumas ideias-chave indicam por 
exemplo que o número de papéis executados pelo indivíduo podem variar e cada 
papel tem importância diferente para os indivíduos dependendo do espaço e do 
tempo em que estes se encontram (e.g., estudante), e que o sucesso num papel 
de vida tende a facilitar o sucesso dos outros e vice-versa, (BOCK,1999). 
O desenvolvimento das suas ideias sobre o conceito de auto-regulação profissional 
resultou numa redefinição da orientação profissional indicando que o processo de ajudar 
uma pessoa a desenvolver uma visão integrada e adequada de si mesmo e do seu papel 
no mundo do trabalho, leva-o a transformar a realidade, havendo uma satisfação 
individual e benefícios para a sociedade. O seu modelo de arco-íris, reconhece a 
importância do contexto das influências (a política social, as práticas de emprego, a 
família, a comunidade e a economia) que operam na escolha individual e atribuem a 
mesma importância aos factores individuais (valores, necessidades, interesses, 
inteligência, aptidões). 
10 
 
SUPER também reconhece as contribuições de um conjunto disciplinas académicas para 
a compreensão da escolha profissional. 
Uma das maiores contribuições de SUPER para o desenvolvimento da carreira 
foi a ênfase que ele deu ao papeldo desenvolvimento do autoconceito. SUPER 
reconheceu que as mudanças do autoconceito desenvolvem-se ao longo da 
vida das pessoas, como resultado da experiência. As pessoas que sucessivamente 
refinam os seus autoconceitos (s) ao longo do tempo e as aplicam ao mundo do trabalho 
criam uma adaptação na sua escolha de carreira. Embora esta teoria de desenvolvimento 
de carreira forneça uma base para as teorias do desenvolvimento vocacional ela omite as 
mulheres, as pessoas não caucasianas e os pobres (SAVICKAS, 1994). 
2.7.Teoria traço e factor 
Segundo OJER, (1965), é considerado o fundador da teoria moderna da evolução da 
carreira e das áreas relacionadas com a psicologia vocacional e o aconselhamento 
psicológico. A sua contribuição mais conhecida é a identificação de três elementos-
chave da escolha da carreira, nomeadamente: 
 A compreensão de atributos pessoais (e.g., aptidões, habilidades, interesses, 
recursos, limitações); 
 Conhecimento do trabalho (e.g., requisitos e condições de sucesso, vantagens e 
desvantagens, remuneração); 
 O reconhecimento da relação existente entre o indivíduo e o trabalho. A teoria de 
PARSONS, descrita como a teoria dos traços e factores, é uma abordagem que 
continua a dominar a teoria do desenvolvimento da carreira dos nossos dias. 
O pressuposto subjacente da abordagem traço-factor é que estas influenciam e 
orientam as características pessoais e a escolha vocacional. Esta ideia continua ainda a 
ser essencial para muitas teorias actuais do desenvolvimento na carreira. Durante os 
últimos cem anos, muitos teóricos têm discutido a importância de se reconhecer, 
descrever, definir e avaliar os atributos pessoais (personalidade, valores e interesses), 
Cada um desses três elementos representa um importante contributo para a teoria prática 
da carreira (SAVICKAS & WALSH, 1996). 
A abordagem de PARSONS para o primeiro elemento acima indicado, o 
autoconhecimento, é extremamente coerente com a prática contemporânea da avaliação 
tel:1965
11 
 
da carreira. O seu formato de entrevistas de orientação vocacional foi desenhado de 
modo a reunir informações detalhadas dos indivíduos através de um processo de 
questionamento através do qual o conselheiro seja capaz, em regra, de classificar os 
candidatos com um grau razoável de precisão (OJER, 1965) 
Entretanto, PARSONS reconheceu que os indivíduos diferem em termos dos seus 
interesses, habilidades, valores, personalidade e habilidades. Parsons sugeriu que este 
processo levaria quinze minutos, um período de tempo que por padrões de orientação de 
hoje parece extremamente curto. Ele também desenvolveu o primeiro formulário de 
auto-avaliação, onde os clientes respondiam a um questionário com mais de cem 
perguntas antes da entrevista de aconselhamento carreira. Este seu processo de 
avaliação e entrevista estabeleceu o formato de aconselhamento de carreira 
 
O segundo elemento que PARSONS indica diz respeito ao conhecimento sobre 
o mundo do trabalho, um conceito que ele considerava vital para o planeamento 
de carreira e do desenvolvimento global, e ainda é um conceito que é visto como 
crucial no para o desenvolvimento de carreira, com esta ideia de 
PARSONS pode-se estabelecer uma relação com as preconizadas e usadas pelos 
conselheiros de carreira modernos incluindo as informações sobre treinamentos 
e cursos, e informações gerais do mundo de trabalho. Assim, o desenvolvimento 
de sistemas de informação de carreira tão essenciais para a orientação 
vocacional moderno também têm as suas origens na obra de, (idem). 
Nos conceitos de PARSONS ele identifica os processos cognitivos e habilidades 
analíticas como fundamentais para a escolha da carreira. Isto reflecte a natureza 
visionária do seu trabalho e novamente enfatiza a sua relevância para a 
orientação vocacional moderna. 
Para Ferretti citado por Bock (2006:29), a esperança de PARSONS era de que os 
indivíduos que participassem activamente no processo de exploração e escolha 
vocacional se sentissem mais satisfeitos e fossem mais eficientes nos seus postos de 
trabalho, resultando neste caso, numa diminuição de custos dos empregadores. 
O trabalho de PARSONS representa neste sentido, o primeiro passo para um quadro 
conceptual para a decisão de carreira, bem como o primeiro guia para os conselheiros de 
tel:1965
12 
 
carreira, Parson na sua teoria privilegiava os traços da personalidade do orientando, na 
qual deveria ter em conta o conhecimento de si no que concerne, as suas atitudes, 
habilidades, interesses, ambições, conhecimento dos requisitos, como por exemplo, as 
condições para o sucesso, vantagens e desvantagens, remunerações e oportunidades em 
diferentes trabalhos. 
 Trata-se de um procedimento racional e objectivo para a escolha, pois, pressupõe que: 
Os indivíduos diferenciam-se entre si em termos de habilidades físicas, aptidões, 
interesses e características pessoais, por sua vez, as profissões também diferenciam-se 
entre si e é possível conduzir à compatibilidade ideal dessa dupla ordem de factores 
através do processo racional de escolha. Refere-se a um procedimento que deve ter em 
conta não apenas os traços já mencionados (atitudes, habilidades, interesses, ambições, 
habilidades), mas também a personalidade do mesmo. (idem) 
2.8.Teorias desenvolvimentistas 
De acordo com FERRETTI, (1997), surgem a partir da década de 50, como 
alternativa à abordagem do traço e factor. Trazem uma crítica à ideia de momento de 
escolha e defendem a concepção de desenvolvimento vocacional, considerando que o 
individuo possui um ciclo de vida e a questão profissional perpassa-o como um todo, ou 
seja, os indivíduos desenvolvem-se vocacionalmente e este processo dura por toda a sua 
vida. 
Teoria de GINZBERG supõe que o individuo realiza escolhas durante o processo de 
desenvolvimento vocacional e a sua última escolha leva a uma compatibilização entre 
características pessoais e oportunidades ocupacionais; o orientador vocacional, portanto, 
não tem um papel definido. Para ele, a escolha vocacional é um processo em grande 
parte irreversível, se iniciando com o nascimento acompanhando o desenvolvimento da 
pessoa. 
Já Super dividia o processo de desenvolvimento vocacional em cinco etapas: 
crescimento (infância), exploração (adolescência), estabelecimento (idade adulta), 
permanência (maturidade), declínio (velhice). Sendo que esse processo ocorreria devido 
a cinco tarefas que facilitariam o desenvolvimento de atitudes e comportamentos 
específicos: cristalização, especificação, implementação, estabilização e consolidação: 
da experiência profissional. 
13 
 
De acordo com Super, (1982), supõem que o individuo realiza escolhas através de um 
processo de diferenciação e integração da personalidade frente à necessidade de optar, o 
individuo cabe cumprir as tarefas do desenvolvimento vocacional, de modo a tornar-se 
mais maduro. 
 SUPER, desenvolveu muitas das ideias de GINZBERG. Ele identificou que o trabalho 
de GINZBERG tinha algumas fraquezas, sendo uma delas o facto de não tomar em 
conta a informação significativa existente sobre o desenvolvimento educacional e 
vocacional. 
DONAL SUPER foi o percursor do entendimento do comportamento vocacional através 
de uma perspectiva de desenvolvimento humano. Ele alterou as fases de vida criadas 
por GINZBERG de três para cinco, com ligeiras diferenças nos sub-estágios, 
argumentando que as situações de vida do indivíduo, as preferências e as 
competências vocacionais e, consequentemente, o seu autoconceito, mudam 
com a experiência e com o tempo. Ele também desenvolveu o conceito de 
maturidade vocacional, que podem ou não corresponder à idade cronológica. Os 
cinco estágios de que SUPER desenvolveu foram: 
 Crescimento, que dura desde o nascimento até aos catorze anos; 
 Exploração duradoura dos anos quinze aos vinte e quatro anos e incorpora os 
subestágios de cristalização, especificaçãoe implementação; 
 Estabelecimento dos vinte e cinco aos quarenta e quatro anos, com 
subestágios de estabilização, consolidação e avanço; 
 Manutenção dos quarenta e cinco aos sessenta e quatro anos, com 
subestágios de exploração, actualização e inovação; 
 Finalmente, a quinta fase de declínio que vais dos sessenta e cinco 
anos de idade em diante, com os subestágios de desaceleração, planificação da 
reforma e o modo de viver na reforma (idem). 
Uma das maiores contribuições de SUPER para o desenvolvimento da carreira 
foi a ênfase que ele deu ao papel do desenvolvimento do autoconceito. SUPER 
reconheceu que as mudanças do autoconceito desenvolvem-se ao longo da 
vida das pessoas, como resultado da experiência. As pessoas que 
sucessivamente refinam os seus autoconceitos (s) ao longo do tempo e as 
aplicam ao mundo do trabalho criam uma adaptação na sua escolha de carreira. 
14 
 
Embora esta teoria de desenvolvimento de carreira forneça uma base para as 
teorias do desenvolvimento vocacional ela omite as mulheres, as pessoas não 
caucasianas e os pobres (SAVICKAS, 1994). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Capitulo III: Metodologia 
O método de pesquisa usado quanto a natureza é qualitativa pois, está mais relacionado 
no levantamento de dados sobre visa promover o conhecimento das profissões bem 
como do mundo do trabalho onde o aluno está inserido, pois faz parte de um processo 
mais amplo que abrange todo o comportamento humano a partir de informações 
fornecidas pelo meio social e cultural do qual faz parte, a opinião e as espectativas dos 
indivíduos de uma população. 
Quanto aos objectivos é explicativa pois, analisa, identifica e interpreta problemas 
relacionados com e jovens na escolha profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Capitulo IVː Conclusão 
Findo trabalho conclui que a globalização e o desenvolvimento tecnológico estão 
gerando mudanças na relação homem-trabalho. A partir desse estudo, pode-se chegar a 
conclusões de que o trabalho desenvolvido em instituições, com Orientação 
Profissional, em sua maior parte destina-se a um público restrito. Pode-se também 
perceber o papel do psicólogo educacional que atua no programa e nas relações inter e 
intrapessoais envolvidas no processo, realizando intervenções individuais ou em grupo, 
visando à compreensão e elucidação de uma escolha, o programa de orientação 
profissional, conforme Bock, contribui para a incorporação de novos determinantes que 
levam à reflexão sobre a escolha da profissão, superação de preconceitos e uma visão 
mais completa e complexa sobre a realidade, faz-se importante considerar a base sócio 
histórica, interagindo no programa de Orientação Profissional que se constitui enquanto 
um "conjunto de intervenções que visam a apropriação dos determinantes de escolha". 
A "escolha da profissional" deve ser regida pela real conscientização das diversas 
ocupações e o conhecimento das perspectivas do mercado de trabalho em termos 
ocupacionais. Além dessa desmistificação, é necessário aumentar a oferta de escolas 
que ofereçam tal orientação, bem como melhorar a capacitação dos profissionais, para 
que os orientados, e não desorientados, possam buscar o caminho mais adequado, sem 
desperdiçar tempo ou recursos, evitando desajustes profissionais e pessoais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4.1.Referência bibliográfica 
1. BOCK, A. M. & Aguiar, W. M. Por uma prática promotora de saúde em Orientação 
Vocacional. 2002. 
2. BOCK, Ana M. B. A escolha de uma profissão. 13ed. São Paulo: Saraiva, 1999. 
3. BOCK, Silvio Duarte. Trabalho e profissão. São Paulo: Edicon, 2006. 
4. BOHOSLAVSKY, Rodolfo. Orientação Vocacional. São Paulo, 1977. 
5. FERRETTI, Celso João. Uma Nova Proposta de Orientação Profissional. São Paulo, 
1997. 
6. GEMELLI, Agostino. Orientação Profissional. Rio de Janeiro: Livro Íbero-
Americano. 1963. 
7. OJER, Luís. Orientação Profissional. Buenos Aires: Editorial Kapelisz. 1965. 
8. Savickas, M. L., & Lent, R. W. Convergence in career development theories. 
Implications for science and practice. 1994. 
9. Super, D. E. Um novo modelo prático de avaliação dos indivíduos em orientação 
escolar e profissional, 1982. 
 
tel:1999
tel:1986
tel:1977
tel:1963
tel:1965
tel:1982
	1.1.1.Geral
	1.1.2.Específicos
	Capitulo II: Fundamentação Teórica
	2.1.Conceitos Básicos
	Orientação é acção ou efeito de orientar, determinar ou mostrar a direcção, caminho a seguir.
	Orientação profissional é um procedimento no qual um profissional capacitado realiza uma analise detalhada do individuo, identificando suas aptidões e possibilidades de actuação no mercado de trabalho, de acordo com as competências descobertas,
	2.2.Teorias em orientação escolar e profissional
	2.3.Importância da orientação escolar e profissional
	2.4.Teorias psicológicas
	2.5.Teorias psicodinâmicas
	2.7.Teoria traço e factor
	2.8.Teorias desenvolvimentistas
	Capitulo IVː Conclusão
	4.1.Referência bibliográfica

Outros materiais