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HIV O período de maior risco de transmissão do vírus concentra-se no 3.º trimestre da gravidez e principalmente no momento do parto. Quanto menor for a carga viral da mãe, menor será a possibilidade de transmissão vertical. Como atualmente são feitos testes de triagem pré-natal para o HIV, a taxa de transmissão transplacentária diminuiu bastante, sendo a principal via de transmissão atual o canal do parto. Os artigos tratavam muito mais sobre a influência do tratamento antiretroviral para o feto. Para o tratamento, geralmente são associadas três categorias diferentes de ARVS. As duas principais categorias de arvs são: * inibidores da transcriptase reversa * inibidores da enzima viral protease O principal efeito adverso relacionado aos ARVs é a toxicidade mitocondrial, secundária à inibição da gamapolimerase mitocondrial, o que leva à produção deficiente de ATP. Como sabemos, o processo de embriogênese no SNC envolve diversas multiplicações celulares e processos dependentes de energia, justificando a relação de neuropatia relacionada aos inibidores da transcriptase reversa. Além disso, o efavirenz, inibidor da transcriptase reversa, foi associado à DFTN, porém em uma porcentagem muito baixa (entre 2527, 90). Talidomida • diminuição da expressão de vários receptores de superfície ligados à adesão celular, causando alterações na comunicação intercelular e destas com a matriz extracelular, inibindo a diferenciação cartilaginosa (condroblastos em condrócitos), pré-requisito para a ossificação endocondral. • indução direta de apoptose de células embrionárias, semelhante à ação imunomoduladora da inibição de reações autoimunes. • aumento da concentração de derivados de glutaramida no tecido fetal, inibidores da síntese proteica. • reação direta com o DNA embriônico, provocando danos oxidativos mediante liberação de radicais livres. • capacidade de ligação dos metabólitos ativos da talidomida a sítios promotores G-C dos genes responsáveis pela angiogênese dos brotos dos membros, inibindo a transcrição desses genes, levando à interrupção do desenvolvimento dos membros por falta de aporte vascular. O estresse oxidativo gerado pela talidomida induz a sinalização de bmps (proteínas morfogenéticas ósseas), que estão relacionadas com o bloqueio da neuralização no estágio inicial do desenvolvimento do tubo neural. Além disso, também suprime a sinalização Akt. Relembrando do refinamento das sinapses, as neurotrofinas interagem com os receptores tkr para impedir a apoptose dessas células. Com a supressão dessa via, esse fator de proteção se perde e há um estímulo exacerbado de morte celular dependente de apoptose
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