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Procedimento Comum - Processo do Conhecimento CPC/2015 Art. 10 - O juiz não pode decidir em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. Art. 46 - A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. § 1º. Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. Art. 47 - Para ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. §1º. O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. Competências - salvo exceções: Direito Pessoal Foro de Domicílio do Réu Direito Real Foro de situação da coisa Heranças Foro de domicílio do ‘de cujus’ Art. 64 - A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. §1º. A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. Art. 104 - O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. Art. 106 - Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado I - Declarar, na petição inicial ou na contestação o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa para o recebimento das intimações. §1º. Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pna de indeferimento da petição. Art. 113 - Duas ou mais pessoas podem litigar no mesmo processo em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. Art. 139 - O juiz dirigirá o processo conforme disposições deste Código, incumbindo-lhe: VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso (interrogatório) Impedimento: causas do artigo 144. Suspeição: causas do artigo 145. Ser o juiz amigo íntimo ou inimigo, de qualquer das partes ou de seus advogados, receber presentes de qualquer parte da causa, quando uma das partes for seu cônjuge ou companheiro ou que tenha interesse no julgamento. Art. 165 - Conciliação e mediação judicial: §2º. O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. §3º. O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. Conciliação: negociação Mediação: restabelecimento do diálogo Princípios da conciliação e mediação: independência, imparcialidade, autonomia da vontade, confidencialidade, oralidade, informalidade e da decisão informada. Não pode-se depor acerca dos fatos oriundos da conciliação ou da mediação. As partes podem escolher, de comum acordo, o mediador ou conciliador. Art. 180 - O Ministério Público gozará de prazos em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, §1º. Art. 183 - A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir de intimação pessoal. §2º. Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para ente público. REGRA COMUM PARA MP, UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIO E DF, DEFENSORIA PÚBLICA. Art. 186 - A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. Art. 191 - De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. §1º. O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. §2º. Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário. Art. 192 - Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado. Art. 203 - Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. §1º. Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. §2º. Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no §1º. §3º. São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. §4º. Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. Art. 212 - Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) as 20 (vinte) horas. Art. 213 - A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo. Art. 219 - Na contagem de prazos em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais. Art. 224 - Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. Art. 229 - Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal independentemente de requerimento. §1º. Cessa a contagemdo prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. §2º. Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. Art. 230 - O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público será contado da citação, da intimação ou da notificação. Art. 231 - Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento (AR), quando a citação ou intimação for pelo correio. Art. 241 - Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento. Art. 276 - Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. Art. 277 - Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. Art. 278 - A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento. Art. 291 - A toda causa será atribuída valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. Art. 292 - O valor da causa constará na petição inicial ou da reconvenção e será: V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido. Art. 293 - O réu poderá impugnar em preliminar da contestação o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas. Art. 300 - A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Art. 301 - A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. Art 302 - Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa de: incisos I, II, III, IV. Art. 311 - A tutela de evidência srá concedida independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo quando: incisos I, II, III, IV. Art. 319 - Requisitos da petição inicial. Teoria da substanciação - descrever todos os fatos e os pedidos. A fundamentação jurídica não vincula o juiz, uma vez que iura novit curia. Prazo para emendar a inicial: 15 (quinze) dias, o juiz deve indicar com precisão o que precisa ser emendado. Esse prazo não é preclusivo segundo a doutrina, uma vez que se o juiz não analisou a inicial após os 15 dias, ainda o autor pode emendá-la. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a inicial, nunca podendo indeferir de plano. O autor deve junto da inicial fazer o pedido das tutelas antecipatórias. Tutela de urgência - não satisfatória (risco de dano ou resultado útil) Tutela de antecipação - satisfatória
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