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Crimes em Espécie 
CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA 
COMPETÊNCIA: TRIBUNAL DO JÚRI - art. 5º, XXXVIII CF/88 (garantia 
constitucional) 
 
Homicídio ​- art. 121, “caput”, CP: ​matar​ alguém. 
Matar​ é verbo nuclear do tipo. 
Objetividade jurídica (bem jurídico tutelado): vida humana extrauterina 
Tipicidade subjetiva: dolo ou culpa 
Sujeito ativo: qualquer pessoa | Sujeito passivo: qualquer pessoa = Crime comum 
Crime material: só se consuma com a produção de resultados e prevê a modalidade 
tentado. 
Previsto na modalidade culposa - art. 121, §3º, CP. 
 
Homicídio privilegiado - art. 121, §1º, CP: 
Caso de diminuição de pena (2ª fase da dosimetria da pena). Quando o indivíduo: 
(1) Impelido por motivo de relevante valor social - interesse da coletividade, 
homicídio de traidor da pátria ou político corrupto; 
(2) Valor moral - eutanásia: piedade, misericórdia ou matar o estuprador da filha 
do homicida; 
(3) Sob domínio de violenta emoção, ​logo em seguida a injusta provocação da 
vítima. 
Precisa​ ser contemporâneo aos fatos que causaram a violenta emoção. 
 
Homicídio privilegiado-qualificado: é possível? 
Sim. Desde que a qualificadora seja de natureza objetiva (art. 121, §2º, III e IV, CP), 
uma vez que o privilégio tem natureza subjetiva. 
 
QUALIFICADORAS DO HOMICÍDIO: 
Motivo torpe - art. 121, §2º, I, CP:​ mediante paga ou promessa de recompensa. 
O motivo deve ser ignóbil, abjeto, repugnante. Fala-se em homicídio mercenário. 
Natureza subjetiva - relativa ao agente (foro íntimo) 
Motivo fútil - art. 121, §2º, II, CP:​ motivo insignificante. 
Exemplo: caso do Ketchup de Alvorada. 
Natureza subjetiva - relativa ao agente (foro íntimo) 
Meios - art. 121, §2º, III e IV, CP: emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, 
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e à 
traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou 
torne impossível a defesa do ofendido. 
Natureza objetiva - relativa aos meios empregados no cometimento do crime 
Feminicídio - art. 121, §2º, VI e §2A: homicídio cometido contra mulher por razões 
da condição do sexo feminino (são consideradas razões em condição do sexo 
feminino o homicídio motivado por questões de gênero ou oriundo de violência 
afetiva e familiar) 
É qualificadora, ​não tipo penal autônomo. Pode coexistir com a torpeza, sem 
caracterizar ​bis in idem​ (STJ - Informativo nº 625) 
Sujeito ativo: qualquer pessoa | Sujeito passivo: mulher, nos termos abaixo = crime 
próprio (exige qualidade especial do sujeito) 
Para ser considerada mulher, deve haver (1) identidade social + (2) cirurgia de 
transvaginização + (3) processo de reconhecimento judicial. De outra sorte, é 
considerado homicídio o crime praticado contra transexual que não atenda a algum 
dos requisitos, sem haver reconhecimento da qualificadora do feminicídio visando 
evitar analogia ​in mallam partem​. 
Travesti não pode ser sujeito passivo de feminicídio (jurisprudência TJRS). 
 
Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio​ - art. 122, CP: 
Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça. 
Verbo nuclear do tipo: ​induzir​, ​instigar​ e/ou ​auxiliar​. 
Objetividade jurídica: vida humana extrauterina. 
Tipicidade subjetiva: dolo. 
É crime formal e punível em caso de consumação do suicídio ou se da tentativa 
resultar em lesão corporal ​grave (art. 122, Pena, parte final)​. De outra sorte, é fato 
atípico. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa | Sujeito passivo: qualquer pessoa = Crime comum 
Pode ter a pena duplicada nos casos previstos no art. 122, §ú, I e II, CP: 
I - Crime praticado por motivo egoístico; 
II - Vítima é ​menor ou tem diminuída, por qualquer causa, sua capacidade de 
resistência. 
Para significação da palavra ​menor aqui, subentende-se o conceituado pelo ECA na 
idade limite da inimputabilidade (18 anos). 
 
Infanticídio ​- art. 123, CP: 
Matar​, ​sob a influência do estado puerperal​, o próprio filho, durante o parto ou logo 
após. 
Verbo nuclear do tipo penal: ​matar ​o próprio filho. 
Objetividade jurídica: vida humana extrauterina. 
Tipicidade jurídica: dolo. 
Crime material: exige produção de resultado para haver consumação. Admite 
tentativa. 
Sujeito ativo: mãe | Sujeito passivo: filho = Crime de próprio (pois admite 
participação do pai ou de 3º, mesmo que não responda pelo tipo penal ​infanticídio​) 
Estado puerperal - início e duração: existem 3 posições distintas quanto ao início do 
estado puerperal, quais sejam: (1) com a expulsão do feto das entranhas maternas 
(mais aceita); (2) com a dilatação do colo do útero (pouco aceita); (3) com as dores 
do parto (quase nada aceita). Sua duração ficaria entre +- 45 a 60 dias. 
Há divergência doutrinária quanto à possibilidade de haver partícipe no crime de 
infanticídio. Desta forma, entende-se majoritariamente que o pai que participa da 
execução do crime deve responder por: (1) em caso de morte - art. 121, CP; (2) em 
caso de lesão corporal - art. 129, CP, enquanto a mãe responderia pelo crime de 
infanticídio - art. 123, CP. 
 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento​ - art. 124, CP: 
Provocar aborto​ em si mesma ou ​consentir​ que outrem lhe provoque. 
Verbo nuclear do tipo: provocar aborto ou consentir. 
Objetividade jurídica: vida humana intrauterina. 
Tipicidade jurídica: dolo. 
Sujeito ativo: mulher grávida | Sujeito passivo: feto, nascituro = crime próprio 
Crime material: exige produção de resultado para haver consumação. Admite 
tentativa. 
Não é punível no caso de crime impossível pela absoluta impropriedade do objeto 
(crime impossível), caso a mãe pense estar grávida e não esteja. 
ADPF 54/STF - Se o feto for anencéfalo, não é considerado crime o abortamento. 
 
Aborto provocado por terceiro​ - art. 125, CP: 
Provocar aborto, sem o consentimento da gestante. 
Verbo nuclear do tipo: provocar aborto. 
Objetividade jurídica: vida humana intrauterina. 
Tipicidade jurídica: dolo. 
Sujeito ativo: médico ou terceiro | Sujeito passivo: feto (1ª vítima) + mãe (2ª vítima) 
dupla passividade = Crime próprio 
 
Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante​ - art. 126, CP: 
Provocar aborto, com consentimento da gestante. 
Verbo nuclear do tipo: provocar aborto. 
Objetividade jurídica: vida humana intrauterina. 
Tipicidade jurídica: dolo. 
Sujeito ativo: médico ou terceiro | Sujeito passivo: feto = crime próprio 
 
Aborto necessário e em caso de gravidez resultante de estupro ​- art. 128, CP: 
Não se pune o aborto: (I) se não há outro meio de salvar a vida da gestante - sujeito 
ativo: parteira, enfermeira ou médico; (II) se a gravidez resulta de estupro e o aborto 
é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu 
representante legal - sujeito ativo: médico. 
Exige-se, para o segundo caso, a apresentação de Boletim de Ocorrência e da 
realização de exame pericial. 
Sendo feito B.O sem ter havido o cometimento do crime de estupro, ainda na 
Delegacia, há falsa comunicação de crime - art. 340, CP; se houver então impulso 
judicial, configura crime de denunciação caluniosa - art. 339, CP. 
 
Lesão corporal ​- art. 129, CP: 
Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem 
Verbo nuclear do tipo: ofender a integridade corporal ou saúde 
Objetividade jurídica: incolumidade da pessoa física e psíquica 
Tipicidade subjetiva: Dolo, culpa e preterdolo 
Sujeito ativo: qualquer pessoa | Sujeito passivo: qualquer pessoa = Crime comum 
 
Classificação - lesão corporal: 
Lesãocorporal leve - art. 129, ​“caput”​, CP; 
Lesão corporal grave - art. 129, §1º, CP; 
Lesão corporal gravíssima - art. 129, §2º, CP; 
Lesão corporal seguida de morte - art. 129, §3º, CP; 
Lesão corporal culposa - art. 129, §6º, CP.

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