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MCGARRY - O contexto dinâmico da informação

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0 CONTEXTO QINAMICO DA INFQRMAQAQ;
UMA ANALISE INTRODUTORIA
Kevin McGar1y
Q contexto dinémico
da informagéo
Uma anélise introdutéria
Tradugio dc I-Ieiena Vilar cle Lcmos
\;
E‘ E‘ £1333 <?_.
vi
‘Y
4~' /~ - ,=?1
BRIQUET DE LEMOS
LTVRO S
._... 7 ——.-._ 2 "v:::-::-rm
© Library Association Publishing I993
Titulo original: The chmzging r:0nte.\'t of information: rm introductory cmrllysis
Trzlclrrgzio cla scgunrla ccligfro inglcsa pul>1ic.1(l:1cm 1993
Adquiriclos os'"clircil0s exclusives dc tmclugfio para os pafses cl: fingua porhrgucsa
Todos as ciircilos reservudos. De iICOFCl0 com 1: lei, ncnllunla parts clcste Eivro pods scr
fotocopizrcla, gravzrcla, rcprocluzida on armazenzrcla num sistcma cle rccrrperzigfio dc informa-
gfio ou trzmsnliticln sob qunlqucr forum on por qualqucr meio clctrénico ou mccfizxico scm
0 prévio consentimcnto do rlctentor dos clircifos 11 uforais, do fraclutor c do editor.
Revisfioz 1\/laria Lucia Vilzlr dc Lemos
Dndos imcrraaciorniis ale C;1t;xl0ga<;;'|0 me Publica *0 (CIP)g.l(Ccrmara Brasilcim do Livro, S50 Paulo, SP, Bmsil)
McCnrry, Kevin
O confexto dinfimico (Ea infommgzio; uma zmélisc introcluhfirin
I Kevin McCarry; tradugfio clc Helena Vilar dc Lcmos. — Brasilia,
DP; Briquet dc Lemos/Livros, 1999,
Tifulo original: The changing context of infomlarionz an intro-
ductory anal is.5'5
Bibliografizz.
1. Ciéncia (la inf0r|n:|§§0 - Aspcctos socinis I. Tftulo
98—*~°>‘P‘P CDD-206.42ISBN 3§_s§5z7-121)
lndices para catzilogo sistclmiticuz
1. Ciénciu dn informagfio : Aspcctos sociais : Sociologia 306.42
2. lnformngio : Ciénciu : Aspectos suciuis : Sociologia 306.42
. . V BIBLIOTECA VALER /*5
( BIBL!OT£EC.4§Fii?§\,
.. " R. "1.-=
REGISTRO: cfiibkjii \\ l //’ [7
\.. i9Q_§),//
Briqucr dc Lemos / Livros
Lemos lriforiimgfio c C0munic:i<;fi0 Ltda.
SRTS —- Quzulra 7U] —— Bloco K ~ Sula 831
Edificio Embassy Tower
Brasilia, D17 7U3‘lD—UUO
'li:lcf0:16$ (O61) 322 98 06/ 3Z2 24 20 (rzinml 183])
Fax (061) 22; 17 2;
cwmzail: lJriquet@z::z.com.br
11rtp;//\\'\vw.l_ariquct.cjb.ncr
Sumério
Capilulo 1
Sobre c0n11eciment0 e mfonnagao
1 1 "Fer conhecimento c ser inforlllildfl
1.2 Eventos, fatos c os dados da cxpenfillflfl
1.3 A reprcselfiagfio cla u1f0rmaga0 M 1
1.4 C0n11<-zcianento, informagao c perccpgao mmanfl
1,5 Temas c quesfées
Capitulo 2
Aspectos psicolégicos da lnformagao
2.1 Conceitos e llnguagem ' n _ H
2 Z Tcoriq cia aprendizagem e 2| 0rgflI1lZ*1§i‘° (la mfonnagao
2,3 A criagfio dc conliccinientos‘ e iilforiiaagffies novas
2 4 Mcméria c processamcnto da mformagao
2.5 Temas 6 6111681565
Capfiulo 3 - ~ ' ‘ 1a socieclaclcAnnazenamento e fransinissao cle 111f0rm§§06$ 1
3 1 A cultura c 0 processo cle trzmsn11SS£l0
3.2 A tracligfio oral
3.3 Escrifa alfabética
3.4 A fase cle Gutenberg ' _ 1
3.5 A imprensa e 0 CO111l€C1l116l11O rcglsltriw 0
3 6 Oq contextos dinfimicos do alfallfiflfilfio
3,7 A era clctrénica
3.8 Tamas e quesrées
Capitulo 4 ' f " socieclade~ ' - s naArmazenamento c recL11)§ragao dc 111 ormagoe
4 1 A biblioteca na SOCl6(_lEl(.lC
4 2 Redcs <-3 trzinsferéncia cle inforinagées
4.3 Textos e bibliografia
4 4 Os textos c suas caracterishcas
4.5 Tamas e queslées
_ »-»o\>-—---
26
30
35
35
42
46
47
51
62
62
65
71
75
80
83
93
98
111
111
122
126
130
136
Capitulo 5
A or zmiza " ~ ' - .5 I g CI 9? s-Oelal e10 .COl1l1€Cll1l6l1fO e (la liaforlalagfio
5-Z A assi zcagao l)1l)ll0gI£1fic3
5.3 PS1OlEgCl1S soclars (las Cl1SC1Pl11‘135
. ac roes cle crescnnento clas (l1SC1pli1];]3
5 4 Como ' ' '- as drsc1 l " ' .t_ d I P maf $30 Cllfcrentes, c problemas da
5 ges ao a mfornlagao
-5 '1e1nas c qu@3t5@S
Capitulo 6
Aspectos éticos e profissionais cla inf0r111agfiQ
61 I“tTO¢lU§50 210$ conceifos éticos
6.2 A éti — - . ,C3 6 as Tel3§0@8 proflsszonzus
6.3 Questées éticas e servigo de infonnagfio
6.4 Telnas e questfies
Inclice
Capitule 1
Sobre conhecimento e informaglio
1.1 Tet eonhecirnento e set informado
“Oncle esté n sabedoria que perdemos no e0n11eci:nent0,
oncle estzi 0 conlxecimento que perdcmos na info|'1nz1<_;fio?"'
Nestes versos de um poema cle TS. Eliot s50 usaclos trés termos
capitais: sabedoria, conhecimento e infonnagéo. Estes conceitos, em
cliversas formas e graus, permeiam os telnas e questées exznninados
neste 1ivro.
A palavra ‘sabedoria’, do modo 001110 é uti1izac1a na linguagem
corrente, sugere ulna profuncla conlpreensfio dos problemas huma-
nos junto com 21 capacidacle dc discernimento correto e prudente.7
Presuinimos que quem possui sabecloria tanto POSSU1 CO11l1€Cl1'i16IltO
quanto informaefio. 'C01111ecin1ent0' rem um senticlo especial para 0
fi16s0f0. De fato, 0 estuclo (la natureza e valiclade clo conliecimento
constitui um campo especifico da filosofia denominaclo epistemologia.
Neste polémico campo cle ativieladc inte1ectua1 0s filésofos clebatenl
questfies tfio dificeis quantor 0 que poclelnos conllecer? 0 que é certe~
za? quais as concligées e 1i1ni'rag6e$ (lo conheciniento véliclo?
Pot sua prépria natureza, 0 conhecimento deve cle alguma forma
clepender da i11f0rm2:g50;os clois tennos silo freqfientelnente interc:1n1-
ibiéveis. Um pouco da culpa por essa f:11ta dc precisfio recai sobre 21
lingua inglesa, na qual 0 verbo to know lsaber, conheccr} é levado a
exercer diferentes fungées, em muitos contextos diferentes. Vejamos
0s €XCn1p10S a seguir:
' I know why the litmus paper has turned red. [Sci por que 0
papel dc tornassol ficon vernu-11110.]
° I know how to drive a car. [Sci anclar dc Carrol
° I 1<n0w that Paris is the capital of France. [Sei que Paris é 21
capital da Fra11ga.}
° 1 know what ii" is to be hungry and poor. [Sci 0 que é passar
fome e ser p0bre.]
\Il 1
Os conhecirnr. '*ntos ac ur ale ad ~' ' ~ - -gas 6 PrinCI,p]_Oq tfiéncosl lg ‘Os Inrplrcam. conlrecnnento dc cau-
~ ' con tecnn - ‘ » -nhecimento d€ um Faro ,€Sp€dficO onto Ele dctermngada tecmca; co-
, . V ‘ ' e con lecnnentofispmta - e urn estado de
.. ' . .~ qucr que se a 0 termo utr117 n. -. » - ,
ulna realidade extcrim 3 I , ‘dad?’ dcudmos unplmto £1‘-‘C ha
cirannr ‘infornragf ’( nos qlie 6 8 Ongem daq‘-“lo Clue "‘350l\’@l110S‘ ‘£10 e cue existc ‘ ’infommgéo prim Vririgs til f urn! eu Que alega enlpregar esta
* =' < - os c orn ' ~a 611“ , ’ . P I 1215 (€C0t1l}CC1l11C111'O.S(IfO$5Q1}]Qg
P bl‘ 1 Passwas nmqumas l)ll)e(l@5 de Pfocessar intor1n'1<;6es talpro enla tosse nrenor ou me ' ' C ' VCZOsmo 116111 exrstrsse Mhmnmos Ob . ’ _ . as somos seres< strnados e ca rrchoso ' -
(ILl'ilii1fOr111 -" ./ - -P S (lug decldem POT Comm PTOPHQ- agao S6121 utrlizada on rejeitada e se sal (1 ' ' '
rncnto, ou conlrecimentoé intorma ~~ P = - . )e orla e conlree|_
ml Emma N d _ gao. or que nos comportaznos de
assu t nao _ eve desanimar 0 leltor. Isto torna a vida — e 110330
H11’ O — n1a1s rnteressante.
a 111118 ' P .- , - . , _d publlcagao, tasunante e utrl, multo utzlizada or estu-
antes, professores e cs ' I - P
ma se ll f f' S P qmsafi Ores no Campo da mfonnafiifio C113-" 1 orrna 1011 cience Abstrr . . . '
artigos do periodicos e lel tr _ ‘Sis e n(,la so resulnern os 1nt’1n1er0g= ' a orros '~S61. 6561- t I .6 Pfisqutsas em nosso campo. Para
. . ‘ I = 1 I . e -
en c, c eve co11te1nplarn1u1tas idéias e pqhvmg HOV-H U
S6111 C1 Cfldfl EH10. O lnotrvo pelo qual me reteri 1 essa ob ’ q Burexams de mlance dos Cqbb r . ra e que um
-* alhos d ' /I .l_ I _ ’_ f _ Q e assuntos all einpregadog dam 30er or URL} ideia dos varzos usos e contextos do t ‘- f _ ,
Uma )6 U6 _ I ernio in onnagao,_ 1 q na anrostra mostrara 0 quc quero dizer Os catalogos d
u111ve1'sidade<: adoranr util' ' i as_ ~ 12.'1r os s -
slgniticarlr ~. - ,6 - egum.teS lemms’ (3 Pause no Clue1 _ Para vocc. ulfornlatrea, geréncla da intornragéo 1llf()1'1]];1fQ
og1aC,1processan1e11to de irrtorlnagfio, recuperagfio de intcirnlaga t
orla a intonnagao [T f ~ - - ’ O’ 6”g , ans erencaa de rntonna " - ‘ - ~C Vfmos Outros vocébulos Si_1m_hmS M It gao, nso da infonnagao,
de eursos de r l .~ . .‘ . ' L“ OS apamcfim cm Progmnlfls
g at uagdo 6 €SPe‘3‘al‘Z3§50. Podemos notar de irnedirato,.que o torrno 1ntor1nagfio', como conceitorfio sofre d id C i
1 r e esem re o.Suponlramos que se tenlra £1 mfio o Concise Orford diciionlz; g f
current English Como a ' ' ' ' i ry 0- rnaiona dos drcron-irios dc l’- . = in uas rocurqregistrar "rs formas lyisre ' g ' P ‘= 1 as de uso on sc- .pakwms Ha fin M _d, r _ id, Como as pessoas usanl asg ‘gem coti 1ana.Al1teremosn0 verbete ‘i11f0rmati0n'.
information n inforinin tell' ' 3- - ti , . .8, mg, nng told, 1\l],Q\.\lledg6' (deslred) Items oflmoxvledgc, news; infanmtion retrieval tmcin f . f _ _
books Com mte_ tn _ _ _ » < g o I11 ormatron stored m, f is, e e, information science stud OE f ., y processes or storing
7
7
4
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/
and retrieving information; information theory, study of transmission of
information by signals, etc."‘
Como se vé, csta detinigao tenta ineluir todos os possiveis usos do
tcrmo. interessante notar que considera ‘conllecimento’ um quasa-
sinoninlo do termo ‘intor1na<_;5o'. Talvez a ctimologia do vocabulo
possa nos ajudar. ‘lntornlagao’ tornou-se popuiar logo apos a inven-
géio da irnprensa no sécu1o XV, quando o norn1a1 era langar 11150 de
ulna palavra do tatitn para expressar tuna nova idéia. A raiz do termo
\/C111 de formatio e forma, anrbos os quais tralrsmitenr a idéia de mol-
dar algo on format um moldc. Era tambérn a palavra latina para 0
quc cliamarianros ‘not§eia'."‘ lsso no qua se retere etimologia clas-. . M . ?
sica. Mas 0 que os especrallstas no assunto tern a clxzer.
Intonnag;;"1o é o termo quc designer o contendo daquilo que perinutamos coin o
mundo exterior ao ajustar-nos a ele, e que tax eon: que nosso ajustaincnto seia
7nele pcrcebido. Viver (le tato é viver com intonnagfior
Esta é a cletinigéo proposta por Norbert \/Vicner, Fundador da cil>er-
nética, 0 estudo da conlunicagfio e controle em seres lrumanos e ina-
quinas.
Intormagfto é algo de Que nceessitz-nnos quando deparamos com ulna cseolha.
Qualquer que seja sen contendo a qnantidade de intormagfio necessaria depen-
de da complexidadc da escolha. Se cicparmnos corn um grands espcctro de esco-
1l1z:s igualmentc provaveis, se qnalqucr coisa pode zrcontecer, precisamos dc mais
intormagfio do que se encarzissemos uma simples escollra entre alternativ-as.‘
(George Miller)
O one acrescenta algo a uma representagfio Recebeinos intormagfio quando
o quc eonlrecemos se modifica. Intonnagao 6: aquilo qne logicarnente iustifica
alterngfio on retorgo dc: uma representagfio on cstado (le coisas. As representa-
goes podern ser explicitas como nnm mapa on proposigilo, on implicitas como
no estado de atividade orientada para um objetivo do receptor." (Claude Shannon)
* hrfornmgfio s. o ato dc informal", contar; alga que se conton, conhecimento, conlrecimcntos
(allneiados), noticia; recuperagfro do intormagao, localizar intormagoes zmnzlzemldas em ti-
vros, computadores, elc.; ciéncia da informagzio, estudo dos processos de armzlzenamcnto e
rccuperngflo Cle intormagoes; teoria dn intormagao, estudo dz] trzlnsmissflo de intorrnzlgocs
por meio dc sinais, etc. [N.'|'.]
** O antor ins )ir;r-sc no tato de ue 'noticia’ cm in lés é news, voczibulo derivado rle novo,, , _
noviclade, c quc sc origina do latim rmvus. O eqLii\'alente cm portugués é ‘nova’, como smon1-
‘ ' ' -' ' ' 'essf1o ‘boas novas’. O \'ocfil:>u10rno dc noticia, pratlcamente caido em desuso, .1 nao ser 11.: e.\p|
'n0ticia’ deriva do latiln rmtitid (conllcciinento, nogfio, idéia).
informa " ~Q30 retere-se nao tar - '~ ' 41to .10 qne voce CllZ, mas ao qne pO(1lE'l'l3 dizer O1;
Sela, illlorrrngao é 1 rnedidq d ' ' ‘‘ - z a llbcrdade d - . -
111e11s=-Ilg€1r1.i (Donald lVlCKay) e escolln qurmdo S6 seleclolm “ma
Estas defini " “ ' ' ‘goes sao nmat ' < ._ 0 111Hue11e1adas pela doutrlna da teona
da infonna 'Q30 ou teona da co ' ~ > . ,
Estg 63¢-ado Sulgiu Ch nee .d I11Eun1ef1§a0 001110 as vezes e chamada.= essl z ' - ..
cibernética de mcdir u yd id C, dngmada has teleCOmumCa§O@$ 61 " an 1 a ' - 4 ,
mente especializada liase d es G mformagoesi lL ulna area alta-1 -a a . ' ' - -
povoada por obstinailgs ]1_ra_1111tie111at1ca das probabllrdades, eengen 611'OS e cornunica " ' 'gao e especrahstas
e111intorn1atica tanrbén ' '- 1 1 rnlluente nas méncias bi ’ ‘ologicas e com-
p0rtan1entais.A esar cle ate ' - ' - _ .t , P _OI1a da rntornlagao nao estar cl1retan1e11_
e envolvlda C011] 1/310,63 C SI f' d
entendidos nas eiénci -gln ‘ca OS’ do modo Como S50 em gfirfll~ as sociais ' ' ~ - ,-N , Ou na Vi(l£l cotidlana, suas rdeias eeree ‘oes a' - -P E ;uda111 no cstudo (la n1lorn1ag:ao 0111 qnalquer contexto 6
XIS C 11111.2] \!;]1'1g| 50 intg _ - . . _ _ '~ Q ressante nos prn1c1pa1s atnbutos da 1ntor_
1113919 QU6 as detini ” - 'goes acnna no. - -30661] d. _ _ ‘ Q 9£@TCC6111. Quando as a11a11san1os
I 10s iscernrr o segnrnte: ’
A rnforrnagfio pods SCI;
' considerrrda conlo ' '‘ um (1‘1F156—s1116n1111o do terino tato-
_ “I11? “7f0T§0 C10 qlifi se conheee; P
a iberdade de escolha ao3 matéria _ d I selecionar uma n1ensage111;
— rnna ' -P 3 qua S6 extral o conl1ec1n1ento*
aqurlo qne é perinutado con1 0 111u11doexterior<-1115103
~ - earecebrdo passivainente; P ms
I definida em t '- ern1os de sens eteitos n .Q alga que rfiduz fl in f 0' receptor,
. cer eza e111 detern11nada situagio,
Bibliotecarios e ' ' ' " 'specrallstasecrentr 1 . ' . ~ ‘-
°‘1“I>Y@gfl=11 0 ter111o Dan cle - Sta; (la mfonnagflo fre¢l‘1ent@111¢l1t6' s1 nar - -to on docume t D ‘d Pg {E25 fl1l<‘1I8ssu11to contlclo 1111111 tex-O 11 0. 011 e o terino intornragao docun1ent'iria’
qne e marcante nas Cllffifcntc 1 - - -r , " ' ,
CO dc nnP"lS 6 estrutnra A {ifs dcflmgogs 6 O emprega metafonr‘ 1 - s. me a ' , -
ma, a amlogia eonstitui t _ ora, iunto com sna parenta pr0X1_‘ * at e 1111 ( ~
namos Probleinas e Pensap Polhnle dos moclos Como Solucloimos a resperto c Ol11U11ClO E an ', - . . 1ane1ra comexplrearnos as coisas para nos mesmos e pan OS Outmb Io
- » 1 ‘ colnparanro
901333 Que $6 p"1rece111 111 " " ‘ ’= as11aosaol ‘* ' » - ,-1teraln1ente identicas Dal a 1de1a
de intornra " '9210 001110 al o ue altera a ' ~ ~
(16 um _ N. g Cl llatureza on as relagoes dentro
B13133 111 uénr esta insi ' -g Stmdo @111 qua tenlos um rnapa (l1te-
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ralmente) dentro de nossas cabegas. Os psieologos nos dizem qne
possnimos 11111 inapa cognitivo que se inoclitica E1 nleclida que apre11-
demos. E111 sun1a, tragarnos 11111 inapa dos padroes de nossas experi-
éncias, 11111 inodelo interno do mundo exterior e 0 utiliza111os para
organizer nossas vidas -- e proeurar inl§orn1ag§1o. Cada vez qne este
mapa é alterado dizern-nos que ‘aprenden1os’, 0 que indica uina rela-
gao proxima entre i11for111agao, assianiiagao e apre11di2.agen1.7
I Ontra descoberta fitil da teoria da inforn1ag;€1o é 0 eonceito de ‘in-
certeza’. Nao se trata apenas de urn método de lnedigao usaclo pelos
enge11l1eiros de conninicagfio, n1as'envolve algo essencial a condigao
liurnana. N510 gostamos (la incerteza c tentamos reduzi~la sempre que
possivel. Dito de modo enxnto, a inforn1agf1o é o oposto da ineerteza,
se11do uma rnedida da imprevisibilidade de ulna 111Cl1SE1g6l'l1 e da quan-
tidade de incerteza que rednziu. Mas é apenas ulna quantidade e 1150
especitiea sentido, utilidade, veraeidade, situagao de tato, l1istoria on
finalidade. E111 sunaa, nada teln a ver com o sentido de uina n1ensa-
gem e111 sen uso especializado em seu proprio calnpo. Acbamos L'1t11,
porérn, adaptar n1etatorican1ente 0 tenno para uso proprio. A visao
rornana segundo a qual notieia e intorrnagiio eraln a n1csn1a coisa nao
é tfio absurda quanto se poderia in1agi11ar. Co1oqnialn1e11te talanclo,
deve liaver 11111 elemento dc 'surpresa’ na inforinagao que constitui
‘novidade’ para 1111111. A esséncia de uma boa piada é 0 ‘pano rapido’,
o inesperado e ilnprevisivel desteello da historia. No calnpo mais am-
plo (la co1111111icagao politica notaanos treq1'.ie11ten1ente o eontraste
revigorante entre os lugares-eonluns entediantes e surrados do politi-
co e as idéias reeéxn-en11l1adas do escritor eriativo. O e1en1ento surpre-
sa édiferente: nossos mapas cognitivos torazn 'transtorn1ados’, alte-
rados — e111 suma, tomos infonnados. “Viver do tato é viver 00111 in-
torlnagao” dizia a definigao do Norbert Wie11er. Assim corno desgos-
tamos clas tensoes causadas pela incerteza, aprecialnos a ordeln, ape-
sar de as vezes esta tendr-"zncia niio set evidente. No entanto, e esta é
nma observagao confirmada pelos psicologos, 0 eérebro iinpora or-
den1 onde ela nao existe. Realmente, os teoricos da i11tor111agtio té111
um aliado ilnprovavel e111 santo Agostinlw, que acreditava (dc modo
nmito enlatico) que 0 n1al estava na auséncia de orde111 e que 0 prin-
cipal objetivo do diabo era criar deso1"den1. Na teoria da inforrnagao a
entropia é considerada ulna medida da desordem. O que é pior, a
entropia é 11111 principio universal que penneia todos os sistemas, desde
1-
esorivanrnlras desarruinadas até 0 proprio uiiiverso. De acordo com a
*@gu"dFl 161 da terriiodinfiinioa a enrropia do universo cresce a cada
mmSEOn1m§§O_ dc energifi? @111 Suina, o universo esté enr colapso. A
palavra entropia, da fornia usada na teoria da iirforlnagao parece gum-
Cl-Hr p0u,ca relagfio com seu ser1fido'origina1, que é ‘\/o1i:ar7ao ponto dc
lmrtlda 7 $61160 @886 fimprego do ternio provaveiniente baseado em
- Cf . ,‘ ‘I _ / baralfiogovinho em follra, em quc
entmpia mm. C363 VCZ qu€LflS C11lIPI'€i;i1Ct(;f111ll1&dfl, rein
auinenta. Iirlformagoes sfio dados O;iIOSc€l em Dian 13 as a wtropla
has de ulna pilha no jogo (13 qm Emmi 11 0I(e/11; (Como 1’€ilf3fi3_Ofdcnadas para fO>nmU Palawzis ;§CO}1];Zgi€,3ir;tl11]\?l- as em sequencias
1113950 <5 58 vezes Considerada entro )i'1l)(:' ‘1\fiC ~14‘ este $61131 Ugo’ mfop
a rncsnla coisa quando lkgamos uln; ‘1mgO‘1 t\<1.d giilenlros asroainente
os ooiocanlos numa ordein I‘6COi1hCC;\/61 l11"1O'a{"O C Avie; do Chi“) (i:imposta mgdiantc Ordenagfio NO flntmtor cs agre. in or11iH9ao e
aoervo, 21 enrropia aunienta corno rod 1 A use éucesslvqi do
ainformagfio é O temm que desi In Oogosaf oriéosdiriuirp bein,
mutanlos com 0 mundo exterior aogaf ' H eu O aqua O Que pep. _ p ;ustar~nos a ele, e que fag @0111
Que Qosfo *1]1_15’"1111¢11*0 $<*-‘J51 H616: peroebido.” Entfio, coino 0 ‘mundo
exterior se sirua nesta anzilise basica da inforinagfio?
1.2 Eventos, fatos e os dados da experiéncia”
f 9 (11; '?‘l““31*'Q, W510 §“f1, Cflpfainos inforinaeoes por ineio de nossos
@5303 O5 5‘3"hd05 (V1530, flflfiigfio, olfaro, paladar taro etc ) O diq
mteiro fodo dia reeihi ' -' " ' , ’ - ' ' t_ _ ’ _ - _! “Q5 45 "1£@F111?l§0<i$ que yulganios l1'I'€iCV£H1I'_‘CS
W13 l10S5as neoessrdadcs e propésiros. Reconliecenios '1Igun1'rs infor
_, _ ( L -magocs como 1n1cdi:1f' ’ '- . ‘d f <1l11el1re ureia e reagnnos a eias, por cxempio,
quan 0 reanios b1'uscan1eni'e para evitar ulna colisio ou atcricleinos
o teiefone - , -. - _mo S50 dfi qgniléilidci ole toea. Muitas das inforinagroes que captamos
I ~ 11 1 rc a( e inlediala; tcnios consoiéncia de estar reccbendo~
45, 11188 nada iazeinos. Outras inforniagoes sao caprad-1; gem ue dc
las tenhanios consciéncia i 1' {~= \ qI _ * "165 151 J, conio quando lembramos de aigo
que ta vez tenliainos visto, mas, 001110 dizoriios ifio percebeinos Re. _ _ 1 , r _ -ayamos ou nao a isso iiaquele nronrenro, essa iriforriiagfio podc Se;
guardadfl <3 VII £1 afcfar muifo do HOSSO coinportamento ulterior
Como Norbe 7' - . . . . 'rm humano d If \’\ilC1l1€l nos fizz iembrar, nossa eficrericm como se-
\ ' s e)en(e( *‘ ,- - -I 0 qm vazenios coin este bombardcio dc In-
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forinagoes; 0 que ignorainos, 0 quc aceitan10s;con10 arinazenainos, e
coino utilizainos este acervo de info1'inz1g6es como guia para agoes
futuras cm busca de conheoinlento e sabedoria. A paiavra-cliave é
relevfincia e a inedida dc nosso disocrnimento é a refeigéo do irre-
lcvanre. Atravessar a rua com seguranga depende da selegfio do que é
relevantc do iniediato para nossa seguranga. Ignoramos as informa-
goes uas vitrincs das lojas e concentranros nossa atengfio na veiocida-
de e diregfio do trfifego. Nossa decisfio dc atravossar a rua, apes:-11‘ do
ser tomada aparentenienfe nuin étiino, depends de calculos feitos
coin base em experiéncias siinilarcs anteriores; por excmpio, a veloci-
dade do oarro, as condigoes do pavimento da rua on 0 coi11p0rta111en-
to dos outros pedestrcs. O tempo para decisfio é curto; portanro, ig-
norarnos cc1'l'as informagoes, apreendemos 0 resto e aginios. Ouvi-
mos dizer que os adnriiristradores indusrriais tém que tomar deoisoes
coin a inesina urgéncia, e decisoes inalpensadas estfio repietas de iguais
corisecriiéilcias. Para todos nos a principal arividade de nossas vidas
envolve tomar decisoes ou rcagiriao nmndo dos eventos. Que sfio
cventos? Eventos sfio a parte da realidade zi crue nos adapt-amos, par-
riculamrcnte aquela parte da reaiidade que se modifier: no espago e
no tempo. Na niaioria dos casos sfio pacotes de infonnagoes ou esti-
inuios que a realidade iinpoe ii nossa percepgfio. Evenros sfzo coisas
que acontecern; sfio condiooes ou objetos que existem para uni ou
vérios seres hunianos. E111 gem} usainos 0 rermo para algo que acou-
tece num breve cspago de tempo. Nossas vidas sao relarivainentc <:ur~
tas so comparadas coin 0 mundo ao nosso redor, por isso tendemos a
notar coisas que inudain rapidainente, ou que possuem urn ‘renlpo
de existéncia niuito inenor que 0 nosso. Esta é ulna das razoes por
que é trio dificil falar coin precisao sobre ‘mudanga’. Aiguns eventos
téni que ser dcduzidos mais do que percebidos. Para o geologo 0 pe-
riodo do um miihfio de anos para 0 su1"gin1<-znto de uina oordiiheira
pods ser um evento que constitui a 1]121i'él'iE1 principal de seu estudo.
Podeinos dividir os eventos em duas categorias: internos e exter-
nos. Um evenfo interno pode ser 0 ronco do estornago de alguém; o
evenfo extcrno é quando alguéni chaina a arcnofio para isso. Este
cxcinplo nfio é tfio folo quanto pode parecer 51 primeira vista. Uma
parte essencial de nosso dcsenvolvi111c11l"o quando crianga esté em
poder distinguir entre ‘nos’ c nosso moio anlbicnte; distinguir entre
eventos nos mundos interior e exterior. Assim COl11ۤH111OS a organi-
'7
£2135 Zg¢§(:0f5u§§rZX5l:;:i1i1Cg:211%ipteriros, extornos, d0 Pilssado re-
alegar que ‘Se Conhece’ cofifongm slgiisao F€(]lllSItOS’€SSCllf1HlS para
_ _ _ , arnos este caprtulo. Ordem e
21 primerra lei do universo" escreveu Aiexander Pope, poem do gécuio
gglsl-Slglfrsgi3;I1l}111(f(E:t;')€l1.ilt1(i)Vi:3Ii9lil§(i:]£)§1:ii)C que falamos e escre§e-
sordern’ é a propria antitese dc iirforgiiraefro. Eiiims qui 6-
t61“PQ E I10 @$[J21§O é o rirneiro asso ' I n ewim O noordain. Esta Ordenagéo ‘st: . essencia para coioca-lo ‘em
F _ paeioteinporai forma a base das ciassrfica-
goes do conhecnnento c das informagoes hurnanas, qualquer que seja
ftkefingi 3:1c1aS$Ll1_1n31P- J5 El_SSina1a111os que os eventos acontecem no
P OCH 1Za§ao definrda. As categorias fundanrentais de tem-
P_° 6 651739‘: $5? Os contextos bzisicos dos processos de raciocinio. S50
gfgiiigiiriiaaiéijdalde. 3) tB1?1P(_3£'11OSSEl mais funda-
uin fluxo nnidirecionai que a onta coiiliroo, slgngi lo? tmnsformago;AS Ovalhas a pastar SatiSfeimSPm Con} I ~un1a cc IE! Pzlrao futuro.
1a nao tern tal concerto. Igno-
Iajll one houvc oveihas antes e que havera ovelhas depois deias. Este
nao e nosso caso; 0 tempo é urna experiéncia a ser ordenada.“’
_ Calendarios e reiogios fornecenr as estruturas formais deii1forn1a-
§5l9 P3_TF1 0Yd@l1HF 1108521 experiéncia no tempo; mapas mentais e ina-
pas fisicos fornecein 0 contexto para ordenar o espago. Experiéncias
Zgjigzfiigsfiaglgg illiziipgléilpgeiror nr’nner0 de diividas em nos-
, _ _A _ I s mars em fazer pfirguntgg ggbfe
Ilfgiseegffjii2312331;fiiillgjliorégér de in1P0r—ihes orde1n.‘_Sin.1ples__
Came, e deixamos de “LS mom areéorip que rotplamos msign1f1-
dos a gaze: perguntas 601111; as Grim. 8 os em on naozlsprnos tao da_
humano dos animavis Estas Cr “mi El e e rscgomque ,1 erencia 0 ser
buem para a sonia do conhgciriento hm“ pa mils pfoigrlos Ctiontrbmazenadasi Rudyard Kiphn f ;uma_no e as rn orinagoes ar.
g, ainoso cscrrtor do seculo XIX, drsse-o
. ’ _em versos 1l1BSqL1cQ1\1¢;5;
Tenho seis criados honestos
Ensinzirarn-ine tudo que Sabin
£905 11011168 S50 que c por que e quando
5 com r - .0 e onde e qucm. (Six honest serving men, W03)
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Na verdade, esses ‘criados honestos’ superpoem-se em suas inuitas e
variadas fungoes, e as vezes aparecem coin as roupas trocadas. S0zi-
nhos, ou eni combinagao, apoiam as atividades das disciplinas que
estareinos exanrinando no capitulo 4.
Perguntas do tipo que geralmente se relaoionain coin os usos que
se podem dar as coisas. Quimicos, engenheiros inetaiifirgicos e fisi-
cos, entre outros, especiaiizain-se em tais questoes. Perguntas do tipo
que szio frecpfientemente sobre as definigoes das palavras e afudam a
rnanter os iexicografos ocupados com a compilagao de dieionérios.
Questoes sopre ‘0 qué’ de algo treqiienteniente se limitarn corn por
que e como. As vezes, quando perguntarnos ‘que é isso?’ estamos per-
guntando ‘coino isso tunciona dentro do sisterna?’
Perguntas do tipo /Jor que sao as inais dificeis de responder porque
a resposta norrnalmente provoca rnais por ques, e assim a busoa de
intormagao continua. Perguntas do tipo quando e onde sao métodos
de organizar 0 tempo e o espago. Podem surgir tanto em contextos
passados quanto futuros. Se feitas a respeito do passado, trata-se de
perguntas bésicas que devem ser respondidas coin uma precisfio ra-
zoavel para que se possa travar uina conversa produtiva. As questoes
que forrnulam eonstituein o dia-a-dia da geogratia e da historia e
freqiientemente sao 1111121 forrna disfargada de por qué.“
Perguntas do tipo como gerahnente tratanr das origens dos proces-
sos, das origens das experiencias sobre processos, da utiiidade de um
proccsso, ou de Lima politica. As respostas para estas perguntas sfio
muitas vezes descrigoes da série de eventos que deterniinararn a ex-
periéncia em questao. Como conregou a Prinreira Guerra Mundial?A
resposta acarretaria a descrigiio de uma serie de eventos que levaram
ao inicio dessa catastrofe. Da nresina former, conro teve inicio 0 siste-
nla de bibliotecas piiblicas? A resposta incluiria as condigoes prece-
dentes, as pessoas envolvidas, suas aspiragoes e estratégias, de fato, a
resposta tocaria, em prirneiro lugar, em por que teinos bibliotecas
pfiblicas. Perguiitas do tipo quem gerainrente acabam sendo ulna for-
nia disfargada de perguntas do tipo que e como. ‘Quem é ela?’ pode
exigir uina resposta que descreva 0 papel do individuo numa organi-
zagao. ‘Ela é especialista em intorinatica do servigo de bibliotecas do
rnunicipio.’ Quenr ira fazer? suscita uina questao do tipo como; quem
é responsavei peia politica governamentai a respeito das bibtiotecas
piibiicas? ira por fin; suscitar ulna pergunta do tipo por qué. E quase
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certo que ulna pergunta do tipo por que acabara por surgir so os ou-
tros cnados lionestos forum pressionados cl€n1ais_
COnljO(;uI;1€SlgSS?fi;(]?6:;Z[fi£1£:1Clr;%:}1:S§j‘ii5 c illclepezidolitcliieiite do fgrau
Combinagécs csgotam as ,mm€i;1S C[Z)€1gUl1 ag c suas pcnnutagoes e
Imlmh) e H68 mesmos Fazgm SIS; ‘l n10 po f3H1,0s indagar sobrc 0
I W - gn, em suas vanas tornias, fatos,
que na opiniao da nossa prinieira ainostra dc clefiiiigoes podem gar
ffiglig$:I:l§lg:t.:;1?O€g1i:g:)Cl:£::1f;J2l:?EI§1O.‘E-I1[§O, qne s:i_(Zfatos.7,O1Iios-
que em geral COl'resPQn£16 3 ulna qfif-1210113111 cntrc si. Patole aqinloEmbom jossa Y 1 ‘ p = lagao on a tOI‘i1£lA\/C1(l?1(lCH:<1.
I mos c ianiai urn gato de um cvenlo, on fenonieno, nao
pocleinos clenoinnia-lo um fato. Se afirnio que 0 gato cxiste ou que 0
lgatolestzi no capaclio, esscs s50 tatos. Os tatos cstao intiinamciite
3263213;;;’s]);?;L:::2:€(: Ir:nliostraini on tentain inostrar,
Almanaque Abril, uni {It'll C011})éI]CliCl1(l‘l“nEe:]la pigml lolmhsms 6 0
nagées do 111U11ClO. E111 suas )'i 1lI1'1S£iCO(Ll_)a its R2 atwof 3 tlldall asministm da Finmndia. D(;Sg:ig( U; minfiai oquezne 0 prune1ro_
aceito esta infommgfio Como fdfio mcsmoa cc‘19<10 estflllél atilahzada,
nh3dO O ewmm da PC8503 mmando )0“ quc ep nao 1a;a testcnm-
mos falar dc fornia significativa solire lftnaqllé 6 cargo’ gala Peder-Vérios tipos. OS fates tbmtosj S110 OS Mg os nos oslofgainzaiiios eni
mcnfa de Como vemos 0 mundiol or gyos up gang, independents-
de montmhas Du nos afogarmos ,5; FiO>ien:1P 0, Pit 611105 dcSP(-Jncar
afinnagfio sob“: C163 on H50 Um /-“to gs, o¢1§0 Qllmrainos tazer ulna
H150 d6 dimgfio é do lado és-( “ado (M I (>01? Que na Gra-Eiictanlia a
nuina econoinia do livre nieicaclo uiii Ha‘ J Lilm fdio egonomuloflueSemi Seguido dc um aumento Dog A auinen 0 no po eraquisitivo
/ . prcgzos. E um fizlo cientxfzco que 3
agua sc expands quanclo coiigclada. Uma caracteristica esscncial dc
:g’§:Z;JO6Ci])E€ plo tern un1a)clata)e_c’xprcssa Lima duragéo. O fato é
1 \/(,l11€lll'C111€l"i{(. l¥]t(,l]g1\'€l dc urn evento; cm rcsumo
(1 fig"K1 COMO um evento se apresemfa para (1 mente que 0 contempla. l
onio vnnos o t s ,, -Ientes Contextos, Cl3€f';§i1\ihi:i.1(lfi(Z€1I(i_(;1l3;é) eAcFlZPlos oiorrcin eni cl1te~
Sociaisy 3 economia 6 is Ciénchg cxqtasselz z oe orc em. As clencias
_ _ =- = K sao sistenias dc ordenagao
3?: sisteniatizani unia cnorine quanticlade clc fatos. Eases contextos
uiifigealgotopiigli glgiiisggitosafegluestoes qu§ torniulani e aos métoclos
1 postas. O filosofo Rudolf Carnap taz
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disringao cntre ciéncias factuais c ciéncias formciis.“ Ciéncias tactuais
sfio as que (lizeni algo sobre o niunclo material, ou, e1npregan(lolin-
guagem inais técnica, téin contcfldo canpirico, Essas sfio todas as dis-
ciplinas que liclain diretanientc C0111 (laclos tactuais, coino a geogra-
fia, a antropologia, a fisica, a iiistoria e a biologia. As clisciplinas tactuais
conipreenclein todas as ciéncias, puras e aplicaclas, fisicas e sociais ——-
todas exceto as ciéncias tormais.”
As ciéncias forinais sao intercssantcs nfio so pela sua fungfio dc
sisteinatizacloras de nosso niundo, mas tainbém pela relagiio que guar-
clani com a etiinologia da palavra ‘inforniagfio’ vista antes. Elas con-
téni a nogao do forum e estrutum. As ciéncias fonnais sao as que nao
possueni coiltefrdo em{Jz'ric0 mas funcionain come sistcmas dc rac:io-
cinio. Assiin, ciéncias torinais sfio a logica e a inateniatica, inclusive a
geoinetria. Seu poder dc sistcinatizagfio dccorre do duas categorias
iniportaiitesz m'11nero e relag-E10. S50 sistemas ale raciocinio utilizarlos
pelos praticantes das ciisciplinas tactuais para responcler as questoes
que clcs mcsnios so COlOCEl1I1. Ha vfirios outros sisteinas cle ordcnagiio
que encontrarcinos mais tarcle, inas talvez seja conveiiieiltc a esta
aitura niencionar que 0 bom senso é um clos mais poclerosos sistenlas
cle ordenagéo que possuiinos. Ele 6l‘1VOl\/6 a transinissao, por inter-
inédio (la sabecloria popular, (la provérbios, ditados jucliciosos e tra-
digoes populares. niuito procuraclo e estudado por cientistas, his-
roriadores e cientistas sociais. l\/Iais tarcle voltareinos a este aspccto.
1.3 A representagéo (la inforiiiagao
A inforn1a§fio (love ser ordcnada, cstruturada ou contida dc alga-
ma tonna, senfio permanecera ainorfa c iiiutilizfivel. A razao disso
rccai can nossa qualidade de scres l1!l11]&I1OS, isto é, nas liinitagoes do
nosso aparelho sensorial. Soinos incapazes dc transcender 0 limits clc
nossos sentidos — com todo respeito aos niisticos e acleptos (Ea per-
cepgao extra-sensorial. A iiitormagfio devc scr represeiitacla para nés
cle alguina Fornia, e transmitida por algum tipo dc canal. Segundo
l\/Iarshall [\/lcl_.ul1an," soinente a luz elétrica é intorinagfio pura. Qual-
quer outro incio prccisa ter outro ineio clentro dc si. Por excinplo, a
intorinagéo docunieiitfiria pode estar contida em qualquer coisa que
uina pessoa escreva, componlia, iniprima,desenlie ou transinita por
ineios sinnlares. Com a fala ntilizanios as ondas sonoras para trans-
initir ulna mensagein para outra pessoa. Os aniinais podem enviar
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znensagens c/ufnliccls entre si e ., niesino nossos aninnis d ‘ ~
térn acesso a inforina " ' ‘ C 6 estlmagao¢ goes sensoriais "
gfiflb qualquer que sfilfl d tque nod S30 negadasl A Enema-, eve ser es rutura a de al u_ ma forma Aoescrever ulna Cartq Pam 31 U, _ g r.. r 1 6111 or L -coiliunto de enuneiados Pail que sgmlzamos Pmposdtadamfinte 0_ _ '1rvan1 conio ineio e C ' . _gao do que desegamos expressar. Vale notar que Pod oinuiuca
mfonnagéo Sam _ _ einos cornumcarque essa se a nossa " ~ -
mular-se no quintal esta ea d _ fintengao. Quein delxa 0 l1XO ac“-‘ 1\/1311 on - " - - .Fa on nae Ougmdo Com a 1 onnagao para seus vrzinhos, quer-
- -_. receinos . ' ~
30 Procuramos causar Eipl11€ll1OT inil énfiiavlstas 3 plmcum dfi empfi}z-1 ‘ DTCSSEIO possive evitand ' f1na§OeSn5O_q/erbais de Carri _ ; O 111 O1‘-L terne "zti -O andar Cuwado h g‘ V0, 001110 ulna postura desleixada,
A _ f OH C cgar atrasado.
m “ma?-50 portanto dev1 e te »
veiculo dove pgsguir um qgfb t r algtlipa fonna de vezculo. Egtg_ 1 1 u 0 essencia para ue Qpreelldldo do face t0 _ _ _ ’ Q P ssa ser coin-
sin1PleS, é greeiso (lie d rljfvfirsfl dlscndmnavell Em palm/ms mals‘ep or possa istin ui lo do “. . ~ s feno »que 0 cercani; conio disseinos antes tmfa_se (IE U] t EH_‘Cnos
trés classes de vef l C ll even 0' Xlstemculos ara ( ‘ ~ ~ _~ P 1 transnnssao de ilrforinagoeg;
' sinals
' sirnbolos
' signos.
Vocé usa sinai ' ' 'S ao Cll1'I iro carro S‘ . -
Para deterinin l " g ~ A r mdhza que O momcnto e O localM“ ‘1§5'-0 estao proxnnos Ri orosai t t l ‘
nal é ulna torina de signo qua; enhtj £5 llfillde a ando, 0 s1-
. _ 2 lza a necessi a e de u ’
Seguldo PQI algum “PO ‘lg W50, C qua requer algum ti cl q lisitllareceptor E tal-1110 mum) . P0 e reagao 0~ usado pclos biolo 0 -
do colnunica " ' ' g S 30 fistudar OS Padmfisgao dos aniniais Parece taml)’ 'I I ' em ter S1ClO tom _ _prestado pelos politicos, quando dizein ue os aclo Cm,
11318 entre si. Se estes sfio os meslno . _g0V€r110s enviam S1-d _ d _ M s $111318 geneticaniente progi-3m,q_os e organismos nao-liunianos é uni caso a ser 6\(fl111ll13ClO Em t
11105 gel-His min Sinq] é C0111 . l . 61‘.1 unread . . .
Q3; que O memsnto dc . I o/de unia pessoa a outra para ll1Cl1_
O I , i flglr esta proxnno.
s1 noe inn indie ’ ‘ - - .
it g IO 531°‘) da Presfiliga unediata da eoisa on even-‘.0 que representa. A funraga é inclicio dc fo - (1 ~
indica que Q tempo Plow“ 6 51$ lac (150, £1 que a do barometroe ' .~ ' » ~
go. Coda Luna dessas -igocs é perCebS_§O13 as lsao 1I1dlCl0 de e1nlJara_
_ . . ‘ ‘ ‘ ' 1 21 )or ’- -um szgnificado adrecle c0n1lJin'1do H’ bl da gucni COIDO se tivesseL . a a un antes exeinplos (11350 115
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coinunicagfio nao-verbal, onde uni gesto convencional pode signifi-
car ulna palavra ou idéia; por exemplo, balangainos a cabega para
ciina e para baixo para indicar sini, e a menealnos para dizer 11510. Ha
tanibém nurnerosas linguagens de signos em que gestos c011venciona-
dos sao usados colno substitutes da fala, coino, por exeinplo, e1nnos—
sa comunicagao com os surdos ou entre eles préprios. -
Os SiIl1l)OlOS_S§lO um tipo especial de signo: representam um obje-
to, idéia ou evento; nias a intengao é causar o rnesnio tipo de reagfio
einocional, coino se o que representarn estivesse presente. A0 contra-
rio do signo, o simlaolo destina-se a ter signiticado duradouro que 0
transcende. Uina cruz no codigo dc transito indica que ha um cruza-
inento iininente, e é tainbém 0 sinlbolo da eristandade. O aspecto
fundamental a respeito de sinibolos é que sao reprcsentacoes, cultu-
ralinente eonstruidas e aceitas, de coisas, idéias e aspiragoes. Seus
signiticados dependein intciramente do grupo social que os utiliza.
» A relagfio entre o sinibolo e scu reterente é em geral arbltrana, ou
Oseja, ele pode nfio ter qualquer seinelhanga com o que representa. s
simbolos iconicos s50 excegoes que, coino a raiz icon indrca, teni ulna
seinellianga sensorial coin 0 que representain. U111 sinibolo iconico
pode ser ulna pintura, uina iinagein esculpida, on ulna pega musical
que represente aspeetos de ulna experiéncia, coino teinpestades, ba-
tallias ou 0 canto de um passaro. Tais representagoes téni utilidade
inais pratica quando transinitein intorinagiio através das barreiras lin-
giiistieas; unia do suas utilidades que nein de longe se podc tlesprezar
esta nos banlieiros publicos, principalinente em locals inultilingiies,
coino os aeroportos. Existem vérios outros exeniplos que 0 leitor, C0111
alguin estorgo, pode fornecer: bandeiras, elnblemas religiosos, esta-
tuas monumeritos e outros sirnbolos de variado poder persuasive.7
Signos e simbolos s50 anliude usados de forma intercambiavel,
porérn muitos logicos procuram restringir o eniprego do siinbolo ao
senticlo aqui esbogado. Argurnentarn que se deve estabelecer uina
distingfio entre aquilo que representa outra eoisa devido a uina S6l'l1C-
ll13l1§El natural ou relagao associativa (fumaga como indicio de togo)
e aquilo que reeebeu uni signifieado culturalniente construido, como,
or exeniplo a tuinaga de uina ceriinonia de ereinagiio conio snnboloP ,
de ritual religioso. Ha, poréin, na linguistica ulna torte corrente de
pensamento que aclia que a palavra signo deve ser usada como uni
tenno inclusivo, como na semzotico, 0 estudo dos signos. O leitor po e
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€SCOll'l6f est": pritiea c= = oiifornie sua ref “ ‘ ~ .
os légicos e traglar disti1i§6es ue e,I€n.cm' Prefenmos flea‘ C0111se a ,
uso de sfinbolos é 111111 evcluq . 1 ll m utels Semprfi que l)°$$1‘~’@l- O
L 4 I I .si\1( ace do cerebro liiiinaiio (isso é dis_
ciitivel) Podeinos tr"i 'l _ ~ ¢l1Si:Ol'111'!l'Il1fOf _ " ' .b 1 _ op , . \ l ‘ 1118980 sensorial e111 tornias sini-o icas. a music .-4
tomar coiisciénd ,-. .c _ Ora (6 nés mesmos 6O historiador de galitsI;c£jIr;&<Zf(;tpesol)1'e.outras pessoas. O lionieni é
de eXPeriéncias registradas iiillllicanciliclasl Allcnagao d§“um' mmlclo
experiéiicia 1150 pode ser CO1}]Pa1-fllhada g1E§;£gf;e:3Fu€X[%e§1'l(?1}Cl€lS_h Esta
por 111610 d6 signos Ou S],mbO]0S_ C p \ q c séfa coniuiiieadaeorge l\/lead colocou a questao (le5;_
ta torina “Pens ' '- HI llliplica seiii re uni ’ ,P siinbolo que (jvocal-H em Ou_treni 1 ine - .Chain; HO §;:121b16ISPO_5l¢1-E].UC evoca naqiiele que pensa_»|iA isto Mead
< 1 0 o sign] icante” QC é .
. H E] .mcagao hulnana i Cl base dos sistenias de coniu-
Cultura e eoi ' "niiincagao sio "is re 1' '
. ~ » ‘ ‘ gr?“ Olcas araa * " 1. ‘agao dc sinibolos. Pode g P '1 wnexao C Cn-, nios resuniir "1 ' ' - ' » -
siinbolos e as tunfgoes que exer C S pn“°‘P‘“S Cflractenshcas dos
@6111 114 eoniuiiicagao iiuinana.
Q ‘ .S50 propriedade de uni ru 0 C H-30 .- .
i11(1;'v1’dUO_ M6511“) qufi Ogingivgd [J1'0P1l€(l8(lC CXClUS1\I;1 d@ um
1- . uo possua uni niuiid ' dsiinbolrsnio p"ii'ticul1r d O pm/H O’ O
. ‘ ‘ = eve ser coin Jartilliad ' -isna snnbolico piiblico. I O medmmg um Sigh?‘
" fio utili7ados 111 tr ' " '- = ansinissao int “ ‘ -, _ . . _
dos e coinprecnsao l1Li111£ll1(;S '8 €1‘(3;1i]]l)lO e registio de significa-
A - 6 eniprego U111 sinibolo que evocaC111 voce '1 inesina 1-C. - _‘ a a - ~ .9 O qt“ cm mil", Clltao nos coniunicainos.
ESE " ' ~1,0 a iiogao de l\/lead de uni “sinil)0lo si nitieantei,
Os sinibolos tuiicionani coin 1 ‘ r ' g - . . 'de uma Cultum‘ gem elm 0 0 ieppsitorios do sigiiificaclos dentro
_ *i~ * s seres iunianos seriani 1~. esa _po c ineapazes de arinazeiiar sua eultura regigt; 1 P s do teni
Aléni de ser ' ( ‘ ac 3'1 virem coino re ositori ' ' ‘. O -
dos, as fornias Sl111lJ(§llC'ES fill-1)}CiO11"tl S de Slllimficados Conlpamnukl 1 11 eoino or as ‘f’ (1no (3 3 .‘ , _ _ g: uni ica oras den-
OS S, tlglales (lg ‘érllllos sociais e culturais.
1111 o os periniteiii aos iiidividuos e grupgg lgdq
queestejflin aléin dc suas cxperw . il'CO111I11Ul1ClO$
. . ' ieiicias SCl1SOIl'll§ i1 d'~ tconstruirnieios ' 1 C l H6 H as 6 3que perinitein dar senti l > ‘A .
OQ Sfmboiosl . C O 21 cssas experiencias- ios periinteni construir ‘ ~ - Asistenias de coniunicagao ine-
diante 05 quais 3 q .~ - -L gao social existe eon ' . .longo do tempo‘ , tinuae sc transforina ao
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lniagine por uni nionieiito a ultima biblioteca que visitou ou usou.
Pode ter sido a biblioteca publica local on a biblioteca da sua taci_ilda-
de. Os livros e inateriais atins torain coloeados nuina ordein preesta-
belecida, senfio seu valor coino intorinaciio seria niiniino, on ate’
inexisteiite. Entre as eapas de livros de todos os tainanlios, revistas
coin titulos iinpressionantes, recursos audiovisuais e bases de dados
eneoiitrain-se signos e Sll11lJOlOS de varios tipos, todos criados poi" ou-
tros seres liuinanos. E torniarfio uina coinbiiiagfio dc signos grcificos,
simbolos visuals, sigiios e sinibolos nicitenici-ticos, sigiios eletronicos, e
sigiios tciteis, caso ii biblioteca possua livros eni braile. A biblioteca
corporitica a capaeidade que a inentc e o racioeinio liuniano téni de
aprisionar o tempo. A0 converter eventos eni idéias e dai em obietos
inateriais ‘externos’, daino~llics ulna perinaiiéiicia relativa. Adeinais,
unia vez. que possuinios estes produtos da niente (iiieiitefatos) ein
tornia material, podcnios subnieté-los a operacoes tecnicas que aeen-
tuani sua utilidade e llies dao vida prépria, conio verenios adiante.
Outro exeinplo talvez nos ajude a explorar os processes pelos quais a
inforinagfio é transniitida e coniuiiicada entre seres iiuinanos, poi"
ineio da eoiiibiiiagfio de nieios verbais e nfio-verbais.
Fan 1803 Beethoven conipos suaTe1'eeira Sintonia, a Eroicci. Nunia
orquestra, o proeesso de coiiiuiiieagao e niuito eoinplexo. Inclui os
elcnientos a seguir, e leitores beiii-intorniados poderfio sugerir ou-
tros.
° Existe a partitura coinpleta para orquestra coinposta por Beetlioven
e rnais tarde revista por outras inaos. A partitura original era unia
expressao material da 111i'1sica ‘oiivida’ conio iniagens seiisoriais na
‘inente’ dc Beethoven e transtorlnada pela alquiniia especial des-
sa niente nuin padrfio coniplexo dc niarcas sobre o papel.
5 O texto é lido seqiieiicialiiiente da esquerda para a direita, e descre-
ve trases nielodic-as espeeitieas para eada instruineiito. Estes instru-
inentos sao artefatos culturais, cada u1i1 coin sua propria liistéria
e associaeoes musicals. O texto é lido da esquerda para a direita
nao devido a €ll<-'LlH]21 lei de anibito universal, inas devido a regrasD
culturais de decoditieagao de iiitorinacao textual,'c a eo1nun1ca-
gfio e uni coinportanieiito govcrnado poi" regras.
° Existe unia ordem criada deliberadaniente para ajudar-nos na coin-
preensao da obra e da mensageni cstética que preteiide transinitir.
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Os elemento -’ ‘ - .I56 em Outrofi :1<Z:11f1(;1Ifi11(:>sddr<lE111‘: :1tov1n1ent0 Provavelmcnte mfg!-
Aléln da partltura com let Hlnspostau 'do mdstel _ P 3 qufiiffiglstra 21 IHLISICEI Como um todo,
mentos dalgfiugillglllas tespqlzylfifzas Pala Cada gmpo dc inShu'
si é um grupo cultural, 331: i:,o(;1)11:?1si,cl‘2,1l<;(1)g‘Eos,~.e’ti:: orqucstra em
nica por meio da linguagem da mosica E<;1gu1s .1ca oluelse comu-
soma dos individuos que o c0n1p6em_ éngtafi grgpo 11210. e apenas aham um Pmpésito, 6 Como todos OS Si;tema—se JdU1211S1St€i11€l que
de suas parfes. O sisjtema (orquestm) 6 ‘ s,1n¢uor 0 que a sometum fomecsm O Contcxtoz O wide féito s1;;1 111aoelra dc ler 3 pflrh_
H50 fax lwnhmn Senfldo musical A)e1];S um u1;1co1ostru111ent0
tos tocam segundo ulna cozxlbillagglo din ‘E1?-lic 0 os 1nstrumen_
ilfierpretagfio sigllificativa da Pmtitma A35} are qflfi (scone umaBio passadas POI inmnnédio dc Hun En. u 111$ T€1§0es ' 0 niaestro
ficadw O event‘) total do COnCert;%§uF1*geo1 e”s1nfli3 pre-£30d1_
Platéia —— demonstrz: 0 c - ' exccugao ell magao da, ’ 1116 95 dllffopologos ol1amana111 de pro-
cesso ntual da coinulucagéio humana, A platéia comporta-se sc-
gundo certo ntual precstabelecido, e cspera que :1 orquestra aja do
mesmo modo. Exis ' -V - ~ -atuagfial OS Sinais dti:;:1;$;1l3:1O1:(§:‘s1s£)0§l;: {'l'i'€:ll'lil11ISS£¢_}O SOC}3l eoa
tor hé quasc 200 MOS‘ Estes Sinai Sgo mH111f es os lpe 0 conrlposs
105 que expmssam as intengfifls mmiéqis dols ormllcos em s1n1bo_
, . _ V ~ ( co111pos1tor.Orege11te]c;]u1%ado pela 111£k1}€II'£] como mterprcta :1 parfitura on seja (301110
eet 1 - I - ’ ’for tai\]:;1f‘:=%fri;1‘,{j(£1s1t:::1E)(izlfofzgsi irijrpretads. lSe e/ssa excougfio
da mprodugfiu O COnC6rtO*é um fllclm 3;/5>c€ 311 gflro a fideladadle
ca: é formal ao invés dc factual ens tednos daC§0?fLl111Ca9aO artlstl:
nos referimos nesfe capitulo. /ls artes es eciflc I @s€1t1§as Ia que ;a
mas simbolicas de se11time11fo humanop Vamcln egmm for-
lnais <1; forma do qufi do Comlefido NO 611$ icia, e as 6P6ndeI/n
rico em que a obra foi composta lode '1C_ ltl 0, 0 contexto lslsto
dela. Beethoven admirava Nflpoleélo Oric iml uar H0553‘ Rpréclagao
lnm/a~sc Bonaparte, mas este timid foi na megte a slnfonla elm-30 Saba que Napokfio Sc Pluto 1 uPf11111 O POr Beethoven
1 proc amara 1111perad0lr_
Vimos ue si 11 ' ' 'os smar " fl » - -C1 8 , s e snnbolos sao modos necessanos de H1-
tercfinlbio e tI‘21I1Sf€i'é ' 'ncla Cl ” - - ,ms forums O in , d 6511f°g11¢"1§*0¢5, p0dendo assumlr 111u111€-
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linguagem; meslno assim é mais fficil dizer 0 que a linguagem faz do
que dizer 0 que ela é. Ali11guage1n é 0 veiculo fundamental da cornu-
nicagao lmmana. Pode-se argumentar que as civilizagoes séo feitas de
palavras, que mesmo 0 universo 11510-verbal -— montanhas, pontes,
rios — so cxiste por causa do que podemos afinnar a seu respeito.
Quais, entfio, séo as principais caracteristicas da1inguagen111umana?
° E121 reflete :1 pcrsonalidade do individuo e também os valores cul-
turais de ulna sociedade. For sun vez, molds tanto a personalida-
de quanto :1 cultura.
' Possibilita :1 criagfio, desenvolvimento e transmissfio do cultura hu-
mans, .21 continuidade dos sociedades, e 0 controle c 21 coesfio dos
grupos SOCIEUS.
° Influencia a percepgfio humana e as fonnas como encaramos a
realidade.
° Funciona como um sistema do ordenagfio so annazenar a memo-
ria coletiva de seu préprio grupo lingiiistico e dc outros. A lingua-
gem é um sistema; ulna rode de relagoes definidas comparével E1
nossa orquestra. um sistema do signos e simbolos, orais e escri-
fos, usados por membros de ulna sociedade de lnaneira relativa-
mente unifonne do modo :1 evocar significado. Talvez seja um dom
exclusivo do espécie humana; um dom adquirido gragas 5: capaci~
dade natural e :10 conlato social Com outros seres humanos. N510 se
pode separz'1—1a da ‘esséncia humans’ do ser humzmo. O uso cotidi-
ano do termo cnvolvc vflrios sentidos diferentes que 21 disciplina
da lix1gijistica distingue cuidadosanlente. Linguagem cientifica,
linguagem artistica, linguagem juridical, etc. silo maneims de nos
referirmos a uma variedade especifica ou nivc-:1 do fala ou escrita.
No dominio dos estudos sobre informagéo falamos do linguagens
nalurais em contraste com sistemas construidos artificialmente
como as linguagens dos computadores ou o esperanto.
As linguagens do signos possuem uma estrutura de conlplexidade
comparzivel 21 lillguagem falada e escrita, e dese111pe11han1 uma galna
similar de fungoes. Calcula-se que aproximaclaanente 4 O00 Iinguas
sfio faladas em todo o mundo, mas apenas 7% possueln forms escrita.
Algumas linguas tém, mais do que outras, ulna maior presenga no
que tango 2:0 registro do conhecinlellto e da cxperiéucia humana.
Nas ciéncias da inforlnagfao e comunicagiio :1 lingua inglesa responde
31
por parcela sig11ificativa dos trabalhospublicados. Outras linguas
européias e orientais desfacam-se e111 campos especializados 001110
o0111p11taoz'io e ciéncias narurais. Surge c11tf1o a perg1111ta: sao algurnas
liuguas superiores a outras? Assim se aorcditava piamelaite clurante 0
século XIX, e possivelmcnte por muito tempo depois. Para quem ain-
cla alimente essa crenga em declinio concedemos 21 palavra ao especi-
alista c111 li11gi1fsfica David Crystal:
O fato é que toda cultura até hoje estudada, i11(lepe11de11te111e11le do grau de seu
dese|1volvi|11e11to em termos cultrlrais ou teonologioos, sempre se revelou pos-
suiclora de uma lfngua plcna111e11te desemrolvida comparavel as das ‘naooes civi-
lizadz1s'."
Em sua opi11if1o, é 11111 cquivoco utilizar conceitos da rwizrianos para
descrever o dese11volvime11t0 das linguas nafurais. E111 tennos evol11-
cionarios, pode-se dizer que as culturas l111111a11as evoluiram de sim-
ples para complexas, mas 11510 ha indioio de que a li11g11age111 tenha
passado pelo 111esmo processo. N510 eXis{"e111 linguas da ldade da Pe-
dra ou da ldade do Bronze, por mais 1‘udi111e11tar que seja a tecnologia
material de seus us11:'1rios. Todas as linguas de que temos noticia aton-
dem as neoessidades sociais eipsicologioas do suas COl11Ul1lClfld€S de
usuarios, c elas orga11iza111 as realidadcs materials e espirituais segu11-
do suas necessidades percebidas. Sendo, porém, o 111u11do i111perfei-
fo, o uso de certas linguas fem aco111pa11l1ado a expansfio e do111i11a-
@510 culturais. Algumas gozaram de prestigio e111 diferentes periodos
da liistoria, e111 geral reflefindo as estr11t11ras do poder politioo. O gre-
go cedeu lugar ao lat"i111 51 rnedida que o lmpério Romano se expan-
dia. Seguindo a niesma linlia de descrlvolvimcilto, o inglés passou de
ulna lingua de quatro lnilhoes de pcssoas 11a época de Sliakespeare
para ulna li11g11a lloje falada 110 mundo inteiro por um 111’1n1ero esti-
mado e111 cerca de 800 111ill16es de pessoas. Para quem deseia publicar
c111 inglés suas idéias, a llistoria propiciou 1111121 vantagem inegavel.
Nao 111e11os privilegiados por osta dianteira political e eco11o111ica sao
as editoras e os fabricantes de coinputadorcs do m1111do anglofono.
Do ponto dc vista ’réc11ico, toda lingua possui um léxico e uma
sintaxe: um vocal)11l.t'1rio e 11111 co11ju11to de regras para utiliza-lo. O
’ra1na11l1o do léxico podc variar dc 11111a lingua para outra; o 111ag111fico
Oxford Errglislz dicti0nary16 possui 111ais de 11111 111ill15o do palavras e
continua crescendo a cada dia. P01, 111o11or que seja o léxico, as regras
sobre seu 11so serao suficiente111e11te colnplexas para permitir que ole
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irate do fluxo do tempo, a organizagao do espago, o registro de iodas
as nccessidades da aventura l1u111a11a que viinos e>:a111ina11do. A uni-
dade basica da lingua é a palavra, e a palavra deve fazer seu trabalho
referindo-so a ouitra eoisa sem arnlaigiiidadez seu refereilte. Isso soa
simples, mas o leitor cético salve que irada relacionado a linguas ja-
111ais é simples. A palavra possui em si duas outras propriedades moi-
to 11ecess2'1rias para ulna con1u11icag€1o exata: a clenotagcio e a conotagao.
A denotagao de soa casa pode ser estabelecida apontando para ela --
1111121 definigao ostensiva. Seu lar, porérn, 11510 se define com igual fa-
cilidade. Ele conota o acfimulo de associagoes e experiéncias familia-
res, 1111121 area de significado particular que so se pode dcscrever por
meio de uma narrativa coerente, talvez até 11111 romance ou um poe-
ma. Esses dois tcrmos logicos sfio iinportantes para distinguir dois
dominios a11t611o111os e co11ti11ua111e11tc interativos da oo111u11icag€1o
31111111211111. A diferenga esta exemplificada na li11guage111 do cienfista e
do poeta, do artisra e do conrador. A palavra podc ser dividida em
segmentos rnenores. A unidacle basioa da li11guage111 lalada é 0 fonema,
a 111e11or L111lCl2lClC do so111 que pode mudar o significado de uma pala-
vra. Cato e rato soam diferentes e possuem significados diferentes
porque diferern e111 um fo11e111a. As lelras do alfabeto represerrtam
si111lJolica111e111'e fo11e111as e, assim, seqiiéncias de letras do alfabeio
represelitain seqiiélloias do lonemas, aproxi111ada111e11tc 45 11a lingua
inglesa. Para saber que 11111a seqiiéncia do letras resulta 111111121 palavra
com significado, porque representa todos os fonemas daquela pala-
vra, a crianga precisa aprender que a palavra 11111 conjunto de {onc-
inas. U111a tarefa de aprendizado um tanto consideravel.
Quando falamos da lingua como sis're111a de ordcnagao de nossas
experiéncias pensamos em palavras que clividem o fluxo da experien-
oia e111 segrnentos 111a11ejavcis e classificam essas experiéncias para
uossa analise e observagiio. Fazemos isso de modo dramz'1tico ao gri-
far Fogof Ao buscar inforziiagao 1111111 cafalogo procuramos englobar
roda u111a série do idéias que co111pree11de111os de moclo inconipleto
agarranclo-110s a u111a palavra que, por assim dizer, faga a consulta
‘Hoar quieta’. As vczcs agimos assim quando assistimos a ulna pales-
tra que 1150 co111pree11de111os bem. Lailoamo-nos 1 palavra mais aco-
lhedora que flutue em 11osso l1orizo11tc111e11tal e nos agarrainos a ela.
Seg111e11ta111os11ossa experiéncia em duas categorias basic:-1s: subs-
tdncia e agfio, concretos e prooessos, ou 111era111ente coisas que {loam
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paradas e coisas que afetarn outras coisas. Em tennos grarnaticais
:32:*;i:i:z':s:i;1:::;:§:*11*"“ 6 “@111-1 6 as
dc i11forn1a§6es. lleialrros u1ii1lizi)lja(lllil<illi Cl ldamos Com 'reCu"pemg3O‘ W nhtulado A fabrlcagao de ca-
Gl€lTdS. 'lo1nen10s cadeiras 001110 tern1o de entrada. Isso nos da:
Chairs —111a11ufact11ring. [Cadeiras - fal)ricag:5o.]
Assiin a e an - ‘ “ ' 'd 1’ P 1‘; 1° 1195 3 Subslflllclfl, 011 ¢0I1Cr6t0, para terrnos ulna base
6 fipolo para nossa pesqulsa. Estarnos usando categorias que cstao
gttpslttédas nta Igraprlatica e no léxico do nossa lingua. Estavarnos antes,
ca 1 - -P U 0, 3 311610 (l6 fispago e tempo, entao por que nao:
Cl1£llES];- 111a11ufacturi11g — V\7ales — nineteentli century. [C&(l6i1'33
V ~ a rloagao — Pa1s de Gales — século XlX.]
Mas aind" " ' ' ' ' - - - -Cad _ dd nao ut1l1za111os 11111 ad1et1vo, uma nldrcagao do tipo do
elra e que estamos talando. Portanto pO(lC111()5 rep
Ch?‘-ITS — 11/iCl<er T 111a11ufacturi11g - \/Vales — 111111-:teentl'1 century.
{Cadenas ~ v1111e — falaricagao — Pafs do Gales - século X1X.]
Temos ulna s ' ' “ ’ ' - - ~ , -disti11g11i—las filllliiig liglfii if$1 lo’ °°'“P°S‘§“° -WNa Hnguagem natumlibem Comao ens? erro 011 ofntros n1ater1a1s.
mas de infoflnagfio Cada alavra te 11a1111§uage1n orn1al,dos s1ste_
11111 sisten1a- relaciona-se 50111 outr In Kl alga? Com ultra. E pate deIagamcnto éomplexo de intercom: as pa Zvras piordnreio deuni entr~e-
S50 absolutos autO_SubSiSt€nteS isX(;C§. ’s 11111 a es lmguisticas nao
identiclade relacional A alavra so: litosl Possum“ O que Se Chamahas palavms Uma C-Om? ‘d X15 ¢lP°Yql1e se relaciona con] ou-
- _ paragao entre lrngua e xadrez llustrara este
3§P@CtE1 As u111dadeslJ1isicas de cavalo, peao, etc. so existern em rela-
§g§1IE§;L:;'t$}fCi;l2?E203 dastl-769518 eflo inaterial dc que sao feitas nao
Se “ma pega for eX§mVg:d1;8S Ere agao s1n1lJ0l1oa dentro do srstenla.
po eremos sul:-st1tu1-la por outro ol)]eto,
E1633? que <30l1C0fde111os c0111 o que ele representa e que nfio se con-
uns 3:Er§:dl;i93f)§lz13:§:CC5;Z re11€rese(pta111 valores dilerentes.
Pensando dc ulna forum I ‘ga 10s e assunios entao estava
Xidadc da HR U8 Vocé 251ee111o11st;a 111e11 argu1ne11to e a co1nple-
Cam, bancos gbaliquemfi big}? Pegsa 0 em c01sas 001110 lnobilia de
1 1‘ 1 90$ C ]ard11n, divas, sofas e qualquer
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outta eoisa onde possainoscolocar nossos traseiros. Poderiarnos ter
dito: ‘wicker chairs’ {cadeiras de vime] , que é a linguagem natural e a
fonna 001110 talamos. Mas 0 inglés é uma lingna ilégica que <11 prece-
dénoia ao adjetivo sobre 0 sulastantivo; em tennos logicos coloca a
subclasse antes da classe. Poderiamos ta111bém,ter pesquisado nossa
base de dados sob os outros terrnos de busca. E verdade, mas 0 pro-
cesso de busca seria 111ais colnplexo, pri11cipaln1e11tenun1 catalogo cle
biblioteca. No entanto, talvez estejalnos todos certosz todo sistema
de i11for111agao que se preze oferece 11111 n1apa de palavras que rnostra
as relagoes entre elas, 001110 e111 '1nobilia do casa veja também cadei-
ras; bancos de iardim veja também cadeiras’, apenas a titulo de aviso.
lsso é 11111 tributo ao Thesaurus de Peter Mark Roget,” que 11510 é
somente um looalizador de palavras, mas ta111bé111 um localizador de
idéias. Por isso os tesauros sao valiosos no ar111azena1nento e recupe-
ragiio de inforinagao, pri11cipaln1e11te 11as ciéncias naturais e sociais.
A linguagem pode ser considerada e111 dois planos: sua representa-
giio fisica e seu sentido s11lJjace11te. Se estalnos nos cornunicando por
rneio da fala, entao os aspectos fisicos da elocngfio 01.1 frase sao as
ondas sonoras. Se utilizarmos 11111 suporte documental 0s aspectos
fisicos serao as marcas no papel que esorevemos £1 111510 ou datilogra-
tamos. A represe11tag;"1o imediata compreendc todos os aspectos da
estrutura superficial que vem ao encontro do nossos ouvidos 011 110s-
sos olhos; a estrutura latenle da n1e11sagen1 exige mais esforgo de nos-
sa parte para decodilicar e interpretar a rnensagem. O ato de ler é 11111
exernplo i111po1'ta11te (e negligenciado) do processalnento da infor-
magao l1u111a11a, principal111e11te por ser algo praticado pela n1aioria
do nos. Ha um velho ditado que diz que so coniegalnos realn1e11te a
ler quando pode1110s ‘let entre linlras’, quando podemos 11510 somente
decoditicar as linllas do um texto manuscrito on impresso (os signos
graficos), mas tarnbém colnpreender os significados n1ais profundos
que estao alénr da superticic graniatical do texto. A i11terpreta(_;ii0 de
textos é urn dos principais interesses do muitas especialidades, que
vao da critica literaria ou da teologia 11 comunicagao social. Retorna-
rernos inais tarde a alguns dos principais pl’Ol)l61113S concernentes ao
‘significadd e sua diticil relagao 00111 a teoria da i11lor111aga0.
A representagflo tisica cla li11g11age111 é tortemente influenciada pela
identidade relaoional das palavras. Vej a a Erase e111 inglés: ‘man catches
fish’ [l1on1en1 apanha peixe]. As palavras ‘man’, 'catcl1es' e ‘fish’ po-
7.1
dcm sersubstanrivo ou verbo Clependendo do contexro em que se-
lznn Lrhlizadas. Sens valores de significado 115:0 derivam (le cada ulna
do_ 4 1 que 0 lertor possul sobre as
regras smtatlcas do inglés. Em ternaos lirrgiiisticos ulna frase é cha-
mada uma ccldeia, e os profissionais da informagio as vezes empre-
am o mesmo I r ' = .
gadeia é um arrargtllilllgzlldecl=:lZ;iZll1lli>:;lle%ll??S cl; as-Sulgtosv Uma
nritir significado. Nossa pro ' l glnsl mos -eslma Oalfilnsf, _ : _ pna e venerada lmgua mglesa constitur
§l§aPgetasl'Clfrlialistas, n1aS.P£‘rr£l quem a
dmms para Os desavisados O $11636 30 erece urn labrrrnro do arma-
I _ _ _ _ . ges ependc da ordem das palavras
Eiggrgiripdoiidcplegrde tambénl daquilo due os teoricos
dades‘ S6 féssmnos mt: re rm cncm, parajevrtar possrvers amb1gu1-
1 gos romanos podenamos vanar a ordem das
i)*i1l3YIfl5 Clél nossa frase simples porque cada palavra teria unla desi-
gzggiseifgglillsgzgtilglriiuitgiungfio 11a frase; mas remos qnc obe-
, , os serao semelhantes as gozacllsslmas
6 allgglgiiillligfiéiifes one os logrrais as vezcs nos infligem. I _
podemos incllzlgar ¢<>1;:>S;l: Idiogfsilallos lll'?Klplmg,
linguagem do modo como 0 Fazemos S50 il1cutC1ld' ( awn’ lcamos a_ - as em nos por umC
dc unra vi(l"£ Dflssada corlrlrlolldls ( 6-CH’CO" NOS as llazcmos ll-aS€el’* - , ma cspeczc dc prcsente dc 1n1cra<_;ao?
Estas ralvez parcganr perguntas inocuas, mas causam furor entre cor-
;§§§@a§Lt§?§§§§Z S§§°l§§r?§sfOll§gll§lSl9srT“'l“'§€(la Idgbflll’ ‘la
Noam Chon1sl<Y famoso cilentistq 18- 8 m Qrlllagaol Ha mos queA _ ‘ ,_ = nortc-amerrcano, ocupa 0 centro
Clapolernica rnero natural versus meio social?” Nfio 11339611105 com
21133311265Eliilgiglligggllvo pessoall e crasdc, nras nascenios corn o qne ele
lingiiisticos e apca - clqulslga-O 6 llnguagem ' S(lml.)s ammalsI r, pacl a e polcncral de Falar e partc rao rnregrante
fi§;:lC:l3gZ§;1l%j€:;]lgI:r11ar1os que seria absurdo inlaginarmo-nos sern
» L em nos unra clrsposzgao genetlcamcnre progra-s:;‘;;2;?:: izzizfizgilzio é 8 asI prmrorado, com vrsta a competéncra social,
pelo me10 em que nascemos. Em é a parre do ‘rneio social’,
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Heredifariedade e nreio social rrabalham juntos. Uma crianga pri-
vacla de contato lingtiistico 1150 aprendera a falar no sentido aceito
deste termo. Temos um conheciznento inato dessas regras e esta ca-
pacidacle é universal; embora as linguas apresentem diferengas su-
perficiais, as regras basicas valem para todas. Para a teoria dc Chomsl<y
é vital a forga geradora da linguagem. Corn nossos cerca de 45 fonemas
podemos gerar rnilharcs dc palavras e (teoricanrente) um nrimero fli-
mitado dc frases. A0 fazé-lo criamos inforrnagao em sua fonna repre-
sentativa mais dinfnnica: a fala. Ao consignzi-la em fonna cle marcas
ou signos registrados temos, enffio, dc lembrar onde colocarnos as
palavras e frases para recuperzi-las quando neccssarias. O aspecto in-
trigante é que, apesar de nascennos cercados por urna lingua conl1e-
cida, 1150 temos que aprendé-la no senfido formal de que c/omega»
mos do Zero, Como acontece corn a mfisica ou a matelnatica. E verda-
de que aprendemos sobre padroes forrnais de uso quando varuos para
a escola, e taml)én1 sobre a utilidade da redundfincia lirlgiiistica quan-
do tentamos redigir titulos ou telegramas inequivocos. No entanto, a
teoria de Cl10111sl<y faz 0 que as teorias devem fazer ao proper B1113
explicagao plausivel dos eventos que formam nossa experiéncia. Mes-
mo assim nosso sentido de deslumbrarnento perrnanece ao pensar-
mos na crianga que aprende as regras do use da lingua absorvendo-as
do uso de sua conrunidade lingiiistica. As linguas artificiais funcio-
nam numa espécie de modo inverso. A sintaxe precede a formagfio do
idioma, como ocorre na programagao dc computadores. A criagfio dc
linguas artificiais é indicagfio do nosso anseio por uma lingua clara e
inequivoca, que 1150 so transcenda barreiras culturais e lingiiisticas,
mas que fornega um rerrato irrefutavel da realidacle.l°
Nessa busca os filésofos tém por muitos séculos procurado um
sistema logico universal que transcend;-1 a linguagcm natural. Alguns
dos resultaclos clisso, corno a logica simbélica e a algebra booleana,
pocleln ser considerados linguas arrificiais. As aplicagoes rnais prairi-
cas se enconiram nas linguagens dc computador, corno BASIC e COBOL,
processos que pcrnritem que sejam escritos programas a serern segui-
dos pelas rnaquinas. Assim 0 ser lrumano conrunica-se corn a 1naqui-
11a. A redundfincia criativa da lingua natural deve ser abandonada; a
lnaquina, diferentemente do ser llumano, 1150 lé entre as linlras.
Em raciocinio nos traz outro conjurfro de perguntas espinhosasz
a relagiio e11tre linguagenr e pensamenro. Existe a llipétese de pensa-
73
gllerggis (E1l|:lIE)(fl21(;l;;‘SIl1](l€P€{1((§€11f€S, totalmente sue-
tradicionalz as P688038 tém <enSmn.v stso esfia e acordo corn a visao
vras, fiin da discussao. Ha Lilllllfl seguiidao30?slliillllZdlogadrlprillllapgljé
:kll1Ei‘\S1;1(i¢€::S<;11111:/Specie pp;/£1r;1l1i»t1:$=;;:_31sa111e11to, sfia a form-H que 11101-
-errcontra-se no poeta elrebelde do sé:1lr(ll)r€‘:{S1llVll3 este Eonlo dc Vista
Prometheus bound [Pronieteu acorreratad ‘V ‘,‘ +1€l-Cy S alley, em seufala 6 Q {ah C I - p ’ 0_l. lie deu ao l"1o111en1 a
, riou o pcnsaniento.Que e a H16(llClEl do unrverso."
Uina terceira possibilidade, lioje aniplarnente aceita, é que a lin-
guagezrr e o pe11sa111e11to sao interdependentes, 0 que 1150 significa
QUE $6]§l11 ldépticos. Ha prova-s ernpiricas subsfairciais que apéiam
E:S11212:3)‘;Cli:c:')r§::g@;:1iESE?/tggfiljlo .1121 fedpcagfio que iniflgfiilrs e
Problsmas do que uma re rmcnta 50 c iorerrtes na resolH(;a0 de
sanwnto nfiowgrbal é umlg dgmengu _usi'v3111e1rteverbal. O pen-
humanal OS Pesquisadoms do {M30 as ipta a ElflV1Cl£1(l€.C0g11lllVEl
_ ~ _ ro terao que nos explrcar 001110
<f3:iS1§ll0(l:rlZiedl§l§<—lJrll;:)l_llfz¢l0lla-56 C0111 HS célebres palavras iniciais: “No prin-
Existe ainda outra ' ' ' ‘ ' '
les envolvidos can sistelllrfil € lmporlantf Palm aque-
Cl1on1sl<y alega, o meio influencia a a u1S'( ti Clglmlllmcagflol Se’-Como
veria variagoes na forma coino este rrilzioslgao ablllguageml H30 lla-
lillguagens em si?Ati11al afirnramos ante C Perm? I O 6 poltanlo mstmcando mfommgées éom H0880 meio s1\(;1I\:IC1€St€l1I1OS€Ofll1I113?1111611t€
do beduino do deserto do Saara O ineio Fm‘ la Zxllfrllellcla dllcrc (la
nleio fisico dos esquimés das re iioes er - lsllco/lo‘ C “mo (Mere ll?famosa hipétesfi de Sapir_Wh§rf em pigs o ‘i"flC€).'lSSO nos leva a
forma mais radical afirrna 1‘ 0 35. sudlvanas formal NaA que a rnguagern dctermma nosso rnoclo de
pensar, ou, se prefenr: determinismo ling1'21'si’ico.3‘ A Eorma maig Suave
6 Plamivfil <liZ que C111l)Ol'£l a linguagem possa 1150 deternrinar o modo
fétgrii§E::l?\O;;g:;5F;::jiizifiliplilggi odmodo‘ co111o Percebeirios e
Dissecanros a natureza scgundo as dilletlilsa Lrillllrqgma lfiordaimatcma AS catggorms C tipoq uc isolamo 145$ e IHCI1 as Pela lrpgua
nos 1150 os encontranios ali poil ue este S d Obnlull O clOS'lenOme—
Smvadon A0 Contrério O mundila lam e arxo do nar1z_do ol?_
_ l w , presenta-se 1111111 fluxo cale1dosco-
prco dc inipressoes que deve ser organizado por nossas inentes, o que
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significa lJasica1rie11te pela estrutura de nossa lirrguagem. Sornos ten-
tados a pe11sar que o rnundo externo (real), por assim dizer, abre ca-
rninlio e111 nossas mentes l)o111lJardeando-nos com inipressoes que
passivamente classiticamos 001110 idéias. Seccionarnos a natureza, diz
esta teoria, e a organizarnos em conceitos, on seja, cm unidades basi-
cas clo pensamento.
Assim agimos segundo as regras de nossa comunidade lingiiistica
e nossa cultura espeeifica. A descrigao das cores é um caso muito
citado da influéncia (la lingua 11a cultura. Estudiosos da Antiguiclade
classica muitas vezes ficaran/1 intrigados porque Homero se refere ao
rnar de “purpiireas vagas”. E possivel que os gregos homéricos real-
mente assim percebessem a cor do mar. A i11terpretag_:§1o do espectro
clas cores é 11111 dos assuntos tavoritos cntre lingiiistas e antropologos.
Sera que vemos as cores de 1110(lO diterente contorme a lingua que
talalnos? Se afirniativo, enlfio a linguagenl 1150 representa so infor-
macao, mas define o tipo de iiiforriiagfio que l'€CCl)€I]1OS ou percebe-
mos. Algumas culturas carecem de um equivaleute exato da palavra
inglesa brown [castanlro]; os romanos aparenternente 1150 possuiam
termos genéricos para eastanlio ou einza. O galés literzirio divide a
parte verde-castanho do espectro de modo rnuito diferente do inglés.
Ha varios outros exernplos, e talvez 0 leitor possa oterecer alguns.”
Mesmo assim, a posigao universalista parece resistir. Apesar de lia-
ver diferengas conceituais entre as linguas elas 1150 sfio tao grandes
que a irfleligibilidadc nrtitua nao seja possivel. Portanto, nao ha des-
culpa para a inexisléncia de sistemas globais de intercfiinbio dc in lor-
nragoes. Por conseguinte, se nossa prograrnagao gcnética é ativada e
guiada polo nosso meio lingfiistico, nosso meio fisico tanilaém tera
sua intluéncia. Para coinpreender as mtluéncias culturais no proces-
sarnento da intormagao usemos ametafora do gabarito, que é Uillfl
cliapa fina, cle metal ou inadeira, c0111 recortes, ou uma arrnagéo leve
usada para cortar, inipriinir on desenhar. A0 interrogar a realidade
usamos este gabarito lingiiisticaniente proietado para tazer pergun-
tas e interpretar as respostas. Existem substanciais comprovagoes de
natureza experir11e11’ral deste deterrninisrno lingiiistico; contudo, a his-
toria 1150 acaba aqui. Se a torma mais radical disso fosse verdadc,
aclrariamos clificil explicar as inudaiigas. As teorias deterministas de
qualqucr tipo explicam nruito, nras sempre deixam alguma coisa sem
explicacao. E é esta algurna eoisa que causa confusfio.
Z5
1.4 Conhecirnento, informagfio c percepgao hurnana
Notamos antes que nossos sentidos sao co11tinuan1e11te bombarde-
ados por estiniulos do nrundo exterior. Esse 11510 é absolutan1ente urn
processo de nlao 1'rnica. Nossos senticlos sondarn o meio an1bie11te.
Durante a rnaior parte de nossas vidas, sornente urn n1onitora111e11to
a cacla segundo do. nosso lneio nos salva de confusoes, terimentos on
eoisa pror. A rnedrda quepe1‘cebe111os 0 znundo, nos o analisarnos,
l:z1l.C’l‘DOS descobertas e eornecturas, exatamente eorno taziamos quan-
do eramos eriangas a deseobrir o rnundo de objetos a nossa volta.
Desta tornia pudemos n1ais tarde vir a ler signiticados em sirnbolos e
nnagens e controlar e 111a11ipula1' nosso n1eio. E111 surna, toi assin1 que
aprendeinos. Qnal a explicagfro disso e por que é possivel essa troca
de 111torn1ag6es? So podemos tazer isso, contorrne 110s fez lenrbrar
11111 tisrco tanroso, devido ao clrainado prineipio cmiropico. Segundo
argulnento, o unlverso particular que’ de tato pereebenros que
1a itarnos e seleclonado entre todos os urnversos possivels peio tato
de iiuelcriaturas sensiveis eorno nos aqui se encontranr para observa-
lo. E,x1st1r é ser percelaiclo"; on, estarnos aqui porque estarnos aqui.
I-la nma longa tracligao entre os filosotos de que a percepeao, en1
especial 0 tato e a visfio, ofereceni um eo11l1eei1ne11to irretutavel. Do
inesrno modo que niuitos cientistas da inforrnaez-"lo eles apostain tudo
na crenea de que a eerteza baseia-se no conl1ecin1ento que nos vein
por meio dos sentidos. Esta posieao geralinente esta de acordo co111 a
vrsao que o senso co111un1 tern das cois-as enquanto cuidainos de nos-
so d1a—a-dia. O errrpirisriro é Lnna entre inrinieras opinioes segundo as
quars nossos eonceitos e conl1eei1nento sfio total on parcialmente ba-
seados no niundo eontornie 0 pcrcebemos por ineio de nossos senti-
dos. E111 suas tormas n1ais radicals atirmaria que sornos essencial-
rnente os parceiros subalternos 11essa troca, receptores passivos de
1I11pT’6sS5€s{ on simples espelhos inclividuais sein eonsciéncia para ulna
n1ater1a obietiva preexistente. A co11seqiié11cia logica destc po11to de
vista é que infor111aeao seria estudada de modo rnais contiavel sob a
egxde das clencras natnrais e niatcriiaticas, espeeialmente da tisica e
da cpriinica. Trata-se de un1 arginnento lnuito forte. Ha unia ineontes-
tabilrdade quanto a certas scnsagocs cruas con1o as provocadas por
COWS, Cocegas, dor on 0 rnergullio nas aguas gélidas de un1 rio de
forte correnteza. Para n1in1 seria diticil negar a existencia de 11111:: alu-
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cinante dor de dente, e a ‘intersubjetiviclade cla percepeiio’ n1e leva a
supor que a lnaioria das pessoas 11510 gosta da experiéneia, inclusive
os tilésotos. Certas autoridades no assunto distingne111 entre as sen-
sagoes ernas que acabei de nrencionar e as percepgoes reais. As (illi-
n1as sao urn tipo de dedugfio acerca das sensagoes cruas e 11510 as pro-
prias sensaeoes. E111 seguida 6X£11"Di113lT£ as tonnas pelas quais nossa
cornpreensao eonceitual do rnundo se baseia nesses perce/ates.” A
percepgao preeisa ser rapida; a torniagao de conceitos pode levar anos.
A i11tor111aeao que nos ehega das percepgoes originaispode pern1ane-
eer eonosco por a11os corno ulna torma de conhecimento tcicito, talvez
para ser utilizado quando menos esperarnos. A questéo ainda suseita
a idéia de que eu sinlplesnrente registro os eventos passivanrente da
111esn1a maneira que men compntador registra o que vou digitando
no teclado. O poeta ro111a11tico Willia111 Wordswortl1 disse: “O que
senricrianros e seinipereebenios”, mas ele era poeta e ronrfnitieo, nao
a teste111u11l1a n1ais adnnravel para convencer 0 cético cabega—dura
——- até n1esn1o 0 tanioso filosoto do séeulo XVIII David Hume. ‘I111-
pressoes’ é ulna das palavras-ehave de sua filosofia e a que ele destaca
eorno fonte do 11osso conlrecinrento. O treclio a seguir toi extraido do
inicio do seu Tratado sobre Cl ndtrireza hurnana:
Todas as percepeoes da mente l1un1a11a se resolvem en1 dois tipos distintos, a
que chamarei impressoes c idéias. A diierenga esta no gran de torga e vivacidade
coin que atetarn a mente e pcnetrarn en1 nosso pcnsznnento e conseiéncia. As
percepgoes que penetrarn com mais vigor e violéncia podenios denominar im-
pressoes; e sob este nonie incluirei todas nossas sensagoes, paixoes e ernogoes no
znomento e111 que tazein soa primeira aparigao em nossa mente. Por idéias reti-
ro-ine as palidas imagens dessas impressoes no pens-an1e11to e no raeiocinio [...]“
A quanto corresponde a forte eo11tribuig:ao da realidade tisica e
onde esta a contribuigao dada pela niente pensante? U111 poueo antes
de Hume, outro filosofo, ]ol1n Locke, ataoara o n1es1no problema.
Para ele, a parte realrnente obietiva da transagao sao as carateristicas
priniarias dos obietos, como dureza, inassa, extensao no espago, exis-
téncia no 111undo desde antes de nos e i11depenclente111e11te de nos,
penseinos neles on 11510. Porém as earacteristicas secunclarias dos ob-
ietos sao criadas pela niente. As cores, portanto, 1150 se encontrarn no
rnundo, 111as sfio criadas por nos e dentro de nos. Esta lripotese talvez
possa explicar as diterengas transcultnrais no que tango a percepgfio
das cores a que nos reterirnos antes. Os adversarios do po11to dc vista
26 Z7
.1 ‘ _empirista sao denoniiliados racionalistas. Estes filosotos, que sao na
rnaioria oriundos do continente europeu, apelarn E1 razao coino L'1lti-
nio arguinento e justiticativa do conheciniento lininano. Para eles, a
inateinética representa 0 apiee da realizagao inteleetual humana sen-
do o arbitro que deve avaliar todo o conl1eci1nento empirieo. Os con-
ceitos de espago, tempo, m'1u1ero, relagao sao ‘atividades forrnadoras’
irnpostas a realidade pela inente pensante. Este tipo de raciocinio é
conheeido tecnicaniente como raciocinio a priori, que e111 latirn quer
dizer ‘existente antes dc’. lsto irnplica que deveinos pressupor tais
coneeitos antes de etetnar operagoes nientais no mnndo dc nossa
experiéncia e dele extrair intorlnagoes. Esta posigao inteleetual cor-
responde as opinioes de Cl1on1sl<y sobre aquisiefio da linguagem que
vnnos antes. Do ponto de vista lingnistico a posieao racionalista tern
certo poder de persuasao. O conlieciinento racionalrnente construido
so pode existir na forina lingtiistica (on sinibolica), de ontro nrodo
nfio podenios utiliza-lo eonro tornla de racioeinio. A linguageni, por-
tanto, deve ser a torrna natural dc representagfiio do eor1l1eci111e11to,
seja para seu intercfinibio corn outras nrentes, seia para seu desenvol-
virnento extraindo intorrnagoes das nrentes de nossos antepassados.
Qual a posieao eorreta: enipirista on racionalista? A resposta 111ais
sensata é que fainais saberenios. O que realnieiite sabernos é que,
qualquer que seja o ponto de vista doininante, tera urn efeito irresis-
tivel nos progranlas de queni estuda intorniaeao en1 todos seus varia-
dos aspectos. lnragine-se tendo que proporcionar 11111 servigo de in-
torrriagao para \/Villiani VVordswortl1 on David Hume. Pense no tipo
dc questoes que seriain torniuladas ao seu sisteina e na variedade de
materiais que vocé teria de selecionar antecipadanrente. Adoten1os
por enquanto o caminlio da prudéncia e suponl1an1os que 0 justo
rneio-terrno esteia entre os dois extrernos da agao on do pensarnento.
A afirrnativa en1pirista elassiea segnndo a qnal a inente é nrna tabula
rasa ao se nascer necessita de nma explieagfio substancial. Se é assirn,
entao conio é que darnos o priineiro passo 110 can1inl1o do aprendiza-
do? Por outro lado, se nos sentarnos e111 poltronas, contiando no pen-
sainento pnro c ignorando os dados da experiéncia, arrisearno-nos a
ser iludidos. Ha a antiga liistoria do tilosoto medieval que, obcecado
pclo signiticado religioso do nniuero trés, baseou urn coniplexo siste-
ina de teorias aeerca do eainelo na tirnie snposigiio de que 0 aniinal
possnia trés corcovas. Ele se reeusava tirrneniente a coniprovar sna
28
teoria exarninando urn ca111elo de verdade. Quando o eaineleiro, que
possuia vasto eonlieeiniento enipirico dos eainelos e sens habitos,
tenton corrigir 0 filosoto, levou uuia snrra por eausa da inforrnagfio
que apresentara. Nao é raro encontrar urn pesquisador que taz unra
pilha de tudo que encontra e se vé perdido ao tentar iinpor uma tor-
rna corn sentido 51 aniorfa massa de dados que acurnulou. N510 menos
nieritorio é o outro extremo, na pessoa do teorico de gabinete que
despreza por 11 prova sua teoria diante da realidade erupirica. l\/Iais
tarde talvez ve11l1a a encontrar nrna linda teoria destruida por urn
fato feio. No rniniino podemos dizer que trazemos urn pouco de nos
ao nosso eneontro corn a realidade.
Tocamos de leve no tema da leitura antes neste capitulo. Ler, do
n1esn1o rnodo que perguntar, é algo que tazenios seni nos darrnos
conta, como andar on respirar; 11510 associainos iiriediatarnente essa
atividade com 0 estudo da iiitorrnaeao. Meslno assini, por niais sotis-
ticada que seja, nossa tecnologia eletronica seinpre dependera de al-
guém para decodificar signos grafieos de algurn tipo. Por inuitos anos
acreditou-se que o ato da leitura era exelusiva111e11te passivo: 0 con-
teijdo do texto sirnplesniente transniitia-se para a mente do leitor. A
i11ve11gao da cainara totogratica 110s trouxe nnia analogia irnediata
para a atividade visual dos 0ll1OS. De tato nossos oll1os nao ‘vc“:en1’ no
sentido estrito da palavra; eles sao dispositivos de coleta de inforn1a-
goes para o eérebro. Olliarnos coin nossos oll1os, inas veinos con1nos-
so cérebro. A0 mover dos oll1os a sondar un1a pagina de texto em
busca de i11tor111aeao da-se 0 110n1e técnico de movimento sacridico. O
texto nos oterece a intornraeao visual; nos tornecenios a inforuraeao
11510-visual. Qnanto mais pudennos torneeer, rnais rapidarnente po-
derernos ler e eornpreender o texto. Vejamos o seguinte ‘roteiro’:
£4 I \ ' ' 77Sannos onte111 a norte para iantar
M ' ' 77Fomos a urn restanrante indiano
It ' I)Iautainos minto benr
“Voltarnos para casa.”
Nossa coinpreensao da intorrnagao tornecida por este texto é con-
dicionada pela intorrnagao 11510-visual que 11os n1esn10s torneeernos.
Se so raramente tenios dinlleiro para courer fora, podenios iniaginflr
a excitagfio antes da saida. Se sonios especialistas em eulinaria i11dia-
na podeinos espeeular sobre o cardapio que o autor teria apreciado.
Z9
Podemos supor que nao liouve nenl1un1 problema em relaeao ii con-
ta, e que tudo corren bem. Aportamos 0 qne se cliama tecnieameiite
esquenia de nossa propria experiéncia e completamos os detalhes que
faltain. Alguns especialistas alegariain que usanros o texto apenas
como uiua estrutura com a qual escrevemos nosso proprio roteiro.
1.5 Tomas e questoes
Vimos a diticuldade de detinir inforniagao e 0 perigo de eonceituz'1-
la eomo n1n tipo de pluma a tlutuar entre as pessoas. A teoria da
intormagao 110s da alguinas percepgoes Liteis sobre os eteitos da in-
torinaeao; um dos mais Lll'€lS é 0 conceito de incerteza. A ineerteza é
quase sempre nrna tonte dc tensao, e a redugao dessa incerteza, por
menor que scia, serfi senipre ben1-vinda. Se voeé esteve presente
e111 alguin ritual social de qualquer tipo tera notado que 0 evento
comega

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