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Processo de preparo de lâminas histológicas

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Preparação de Lâminas
 histológicas 
Para a análise sob microscopia óptica é necessária a 
confecção de lâminas delgadas dos tecidos que 
formam os órgãos. Estas lâminas podem ser 
permanentes ou provisórias. A seguir, serão descritas
as etapas de confecção de lâminas histológicas 
permanentes. 
1 Coleta do material: Partes de órgãos são retiradas 
com o auxílio de um bisturi, pinça ou lâmina de 
barbear. Não é indicada a extração de porções 
grandes, uma vez que o objetivo final é a obtenção de
uma camada fina que possa ser analisada em um 
microscópio óptico.
2 Fixação (formol): Esta etapa consiste na utilização 
de procedimentos físicos ou químicos para imobilizar 
as substâncias constituintes das células e dos tecidos,
fornecendo maior resistência para suportar as 
demais etapas. Os agentes fixadores mais utilizados 
são o formol tamponado e o líquido de Bouin. Ambos 
fixam as proteínas evitando sua degradação. O 
formol, por ser mais acessível e de uso simples, é o 
fixador mais utilizado nas técnicas histológicas. 
Contudo, seus resultados geralmente não são 
satisfatórios.. 
3 Clivagem: A clivagem é quando a peça é cortada em
pedaços menores ( cubinhos ).
4 Desidratação: A desidratação é quando ocorre a 
retirada de água da peça e substituição por álcool.. Na
desidratação vai acontecer o seguinte: 
São separados 5 recipientes e em cada um deles irá 
ter uma concentração diferente de água e álcool.. 
No primeiro irá ter 60% álcool, 40% água.
No segundo irá ter 70% álcool , 30% água;
No terceiro irá ter 80% álcool, 20% água;
No quarto irá ter 90% álcool, 10% água;
E por fim, no quinto irá ter 100% álcool.
 O tempo que a peça ficará em cada recipiente varia 
de acordo com o tamanho dela.
5 Diafanização ( xilol ): Temos que colocar a parafina 
na peça para que quando ela seja segmentada ela não
deforme porém, a parafina não se dilui em álcool 
mas, o xilol dilui, então todo aquele processo de 
desidratação agora será refeito porém, o xilol estará 
em maior concentração e o álcool em menor.
6 parafinização: Com que o processo de diafanização 
está pronto, chego a hora de fazer a parafinização.
Quando os fragmentos dos tecidos são embebidos no 
solvente orgânico, eles ficam transparentes ou 
translúcidos. A seguir são colocados em parafina 
derretida e quente (56-60 °C). O calor causa a 
evaporação do solvente orgânico, e os espaços ficam 
preenchidos com parafina..
Depois dos fragmentos retirados da estufa a 
parafina solidifica e eles se tornam rígidos.
7 Corte ( micrótomo ): Esta etapa consiste, 
basicamente, em utilizar um micrótomo para obter 
cortes sucessivos, delgados e uniformes, a partir dos
blocos de parafina com as peças incluídas. Este 
aparelho é formado por uma lâmina (fixa ou 
descartável) de aço, afiada, e um braço ao qual se 
prende o bloco e que se desloca verticalmente. 
 8 Banho maria ( Pescaria ): No banho maria o 
bloquinho de parafina com o fragmento de tecido é 
colocado dentro d uma espécie de panela elétrica com
água, quando a temperatura da água sobe a parafina 
se liquefaz e resta apenas o tecido na superfície da 
água.. 
Agora entra a parte da pescaria onde o fragmento 
de tecido será “pescado “ já com a lâmina.. A lâmina é
introduzida na água num ângulo de 90° na água 
peando o tecido e levantando ele devagar.
 
9 Reidratação: Para corar peças incluídas em 
parafina é necessária a retirada da parafina e a 
hidratação da peça. Este procedimento é realizado a 
partir de uma sequência de banhos em xilol, álcool e 
água, inversamente ao procedimento executado na 
etapa de inclusão. Segundo Junqueira e Junqueira 
(1983), o procedimento é o seguinte: 
1º Banho de xilol ____________________5min 
2º Banho de xilol ____________________2min 
3º Banho de xilol ____________________1min 
Álcool 100% _______________________1min 
Álcool 95% ________________________1min 
Álcool 70% ________________________1min 
Água ____________________________ 2min 
Após a hidratação, os cortes são corados de acordo 
com o procedimento mais apropriado para a análise 
que será realizada posteriormente 
10: Coloração: A coloração consiste numa etapa muito
importante para a visualização das estruturas do 
tecido. Os corantes mais utilizados nos procedimentos 
histológicos são a Hematoxilina e a Eosina (HE). A 
Hematoxilina é uma base que cora, 
preferencialmente, componentes ácidos das células 
em um tom azulado escuro. Como os componentes 
ácidos mais abundantes são o DNA e o RNA, tanto o 
núcleo, quanto certas partes do citoplasma, se 
tornam azulados. Esses componentes são chamados 
de basófilos. A Eosina, ao contrário, é um ácido que 
cora as estruturas básicas da célula de rosa. Estas 
estruturas são abundantes no citoplasma e são 
chamadas de acidófilas.. 
A Hematoxilina se liga aos ácidos, deixando as partes 
mais ácidas roxas, e a Eosina se liga as partes básicas
deixando nas rosas.–
11. Montagem.: Nesta última etapa ocorre a 
montagem da lâmina onde na lâmina já corada é 
adicionada a resina e por cima da resina é colocada 
cuidadosamente a lâminula.
Enfim está pronta a lâmina histológica.

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