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É uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso organismo. No estado diabético: - ↓ resposta à insulina pelas células. - Cessação ou ↓ da produção de insulina pelo pâncreas. Complicações metabólicas agudas; Complicações em longo prazo; Transporta e metaboliza a glicose para a energia Estimula o armazenamento de glicose no fígado e músculo (glicogênio) Sinaliza ao fígado para interromper a liberação de glicose Estimula o armazenamento de lipídios da dieta no tecido adiposo Acelera o transporte de aminoácidos para as células Fatores de Risco História familiar Sobrepeso/Obesidade (IMC 27 ≥ Kg/m2) Idade ≥ 45 anos Hipertensão Raça / Etnia Colesterol HDL ≤ 35 mg/dl Triglicerídios ≥ 250 mg/dl Diabetes gestacional Nascimento de neonatos ≥ 4,5Kg Tolerância prejudicada à glicose previamente identificada. Classificação Tipo 1 - DM1 Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células, beta levando a deficiência de insulina. Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária. Detectar em exames de sangue a presença desses anticorpos que são: ICA, IAAs, GAD e IA-2. O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses) de sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, É um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue decorrentes dos defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. I N S U L I N A vômitos, dificuldades respiratórias e coma. TIPO 2 – DM2 A insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. Sintomas: Sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma . Diabetes Gestacional Diabetes diagnosticado durante a gestação. Na maioria das vezes ele é detectado no 3o trimestre da gravidez, através de um teste de sobrecarga de glicose. Na gestação a placenta é reponsável pela liberação de um hormônio chamado de Hormônio Lactogênio Placentário (HLP) que “bloqueia” a ação da insulina, fazendo com que o pâncreas tenha que aumentar a secreção de insulina. Os níveis do hormônio lactogênio placentário começam a se tornar significativos a partir da 25a semana de gestação, por isso essa doença é mais comum no fim da gravidez. O teste de tolerância oral à glicose é realizado após a 25ª semana de gestação. Caso o pâncreas não seja capaz de aumentar a secreção de insulina a níveis que controlem a glicemia teremos o diabetes gestacional. O protocolo de rastreamento do diabetes gestacional varia bastante, mas basicamente todos preconizam a realização de uma glicemia de jejum no início do pré-natal e um teste de tolerância à glicose após a 25ª semana de gestação. -Outros tipos de diabetes são bem mais raros e incluem defeitos genéticos da função da célula beta (MODY 1, 2 e 3), defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas (pancreatite, tumores pancreáticos, hemocromatose), outras doenças endócrinas (Síndrome de Cushing, hipertireoidismo, acromegalia) e uso de certos medicamentos. Manifestação Clinica da DM “3P” (Poliúria, polidipsia e polifagia) Fadiga Fraqueza Alterações visuais súbitas Formigamento ou dormência (MMSS / MMII) Pele seca / Lesões cutâneas Recorrência de infecções Cetoacidose Diabética https://www.fetalmed.net/25a-semana/ https://www.fetalmed.net/25a-semana/ Diagnóstico da DM Sintomas clássicos de DM e valores de glicemia de jejum iguais ou superiores a 126mg/dl Sintomas clássicos de DM e valores de glicemia realizadas a qualquer momento do dia ≥ 200mg/dl Indivíduos assintomáticos, porém com níveis de glicemia de jejum iguais ou superiores a 126mg/dl, em mais de uma ocasião Indivíduos com valores de glicemia de jejum menores que 126mg/dl e, na segunda hora após TOTG(teste oral de tolerância a glicose), iguais ou superiores a 200mg/dl Valores de glicose plasmática (mg/dl) para diagnóstico de DM e seus estágios pré- clínicos Tratamento da DM Tratamento Nutricional Educação Exercício Monitoramento Terapia Medicamentosa Terapia Não medicamentosa -Terapia nutricional e educação alimentar -Interrupção do tabagismo -Atividade física Tratamento Medicamentoso Antidiabéticos orais (hipoglicemiantes orais) Agentes que retardam a absorção pós- prandial de glicose (ex.: inibidores de alfaglicosidase) Agentes que aumentam a secreção de insulina (ex: sulfonilréias) Agentes que reduzem a resistência insulínica (ex.: biguanidas SULFONILRÉIAS Ex.: Clorpropamida, Glibenclamida e Glimepirida Estimulam agudamente a cél. β a secretar insulina Devem ser administradas no DM tipo 2 não- obeso ou com sobrepeso Estão indicadas em associação com a metformina Contraindicada na gravidez Metformina Aumenta a sensibilidade à insulina nos tecidos periféricos Contraindicada na gravidez Insulinas Locais de aplicação Insulinoterapia Administração da insulina: Contanto que a pele esteja claramente suja, não é necessário limpá-la com algodão e álcool Seringas plásticas podem ser reutilizadas até que a agulha se torne romba. Mantê-las na geladeira entre as injeções Abscessos no local da injeção são raros (ação dos conservantes bactericidas- fenol e m-cresol) Retirar antes da administração a insulina da geladeira (10 min) para que a mesma adquira a temperatura ambiental, senão pode ocasionar DOR Conservação: última prateleira da geladeira, dentro de recipiente plástico. COMPLICAÇÕES DA INSULINOTERAPIA Hipoglicemia Lipodistrofia hipertrófica Edema insulínico Resistência insulínica Acompanhamento dos pacientes diabéticos do tipo 2: A cada 3 meses: Verificar peso, PA, exame do pé, glicemia de jejum e glicohemoglobina A cada ano: Pesquisar microalbuminúria, triglicerídeos, colesterol total e frações, ECG e fundo de olho. MONITORAMENTO Automonitoramento Glicose no sangue capilar e medida da glicosúria Revisar resultados periodicamente 4x dia COMPLICAÇÕES : Hipoglicemia A hipoglicemia é caracterizada por um nível anormalmente baixo de glicose no sangue, geralmente abaixo de 70 mg/dl. -Humana -São comercialmente disponíveis na concentração de 100U/ml, designadas como U- 100 -Em DM1 varia de 0,5 a 1,0 U/Kg/dia Esquema terapêutico: 2 doses de insulina intermediária 2/3 da dose - desjejum 1/3 da dose - jantar 3 injeções de insulina regular/dia e uma de ação intermediária ou ultralenta à noite Os sintomas incluem confusão mental, palpitações, tremores e ansiedade, visão borrada, fome intensa ... HiperglicemiaA hiperglicemia é caracterizada por uma taxa muito alta de glicose no sangue (acima de 126 mg/dl em jejum e acima de 200 mg/dl até duas horas após uma refeição). As causas da hiperglicemia incluem: Falta de aplicação de insulina ou aplicação de doses insuficientes Desequilíbrio na dieta alimentar, com ingestão excessiva de alimentos. Infecções e doenças stress Sedentarismo Sintomas : -Sede - Poliúria -Fome excessiva -Cansaço -Irritabilidade -Agitação -Pele seca -Dor de cabeça -Náuseas e vômitos -Sonolência -Dificuldades para respirar -Hálito cetônico Para identificar quadros de hiperglicemia, a glicose sanguínea deve ser medida frequentemente, assim como a presença de cetonas na urina deve ser testada. Quando adotadas regularmente, as atitudes são capazes de identificar a hiperglicemia antes que atinja um estágio avançado. CETOACIDOSE Definida como uma disfunção metabólica grave causada pela deficiência relativa ou absoluta de insulina e caracteriza-se clinicamente por desidratação, respiração acidótica e alteração do sensório; e laboratorialmente por: - Hiperglicemia (glicemia > 250 mg/dl); - Acidose metabólica (pH < 7,3 ou bicarbonato < 15 mEq/l); - Cetonemia (cetonas totais > 3 mmol/l) e cetonúria. Sinais / sintomas DDD Conduta: Tratar a doença intercorrente Monitorar a glicemia a cada 2 horas, nas primeiras 12 horas e, depois, a cada 4-6 horas Aplicar suplementos de insulina regular subcutânea, conforme a glicemia: Até 200mg/dl não se aplica insulina 201 a 300mg/dl = 4 unidades ≥ 300mg/dl = 8 unidades Ou IR, 8 a 10U/h Se persistirem vômitos, descompensação metabólica ou redução do sensório, encaminhar para hospital. Outras complicações: Retinopatia Nefropatia Cardiopatia isquêmica Doença cerebrovascular Poliúria – polidipsia Hálito cetônico Hiperventilação Náuseas Sonolência Vômitos Dor abdominal Desidratação Rubor facial Pé Diabético O pé diabético é uma série de alterações que podem ocorrer nos pés de pessoas com diabetes não controlado. Infecções ou problemas na circulação dos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns, provocando o surgimento de feridas que não cicatrizam e infecções nos pés. Risco de amputação e de vida. Fatores de risco: Antecedente de úlcera / amputação; Educação terapêutica deficiente; Inacessibilidade ao sistema de saúde; Neuropatia; Calosidades; Uso de calçados inadequados. DVP – Doença Vascular Periférica (tabagismo, HAS, dislipidemia); Patologia não-ulcerativa (micoses, (bolhas, rachaduras, fissuras). Orientações / cuidados gerais: Exame diário dos pés. Atenção para calos, rachaduras, alterações na cor da pele; Massagem com creme hidratante; Secar bem, cortar as unhas com cuidado; Inspecionar diariamente os sapatos, usar calçados macios e sem meias; Não andar descalço. AVALIAÇÃO INICIAL: HISTÓRICO: Resultados de exames relacionados ao diagnóstico (monitorização da glicemia) Sintomas de diabetes (apresentação inicial/evolução) Complicações crônicas (sintomas/tratamento) Oculares, renais, nervosas, genitourinárias e sexuais Complicações cardiovasculares Padrões alimentares e de atividade física Adesão ao tratamento nutricional prescrito Adesão ao regime de exercício prescrito EXAME FÍSICO: Sinais vitais Peso e altura (IMC) Circunferência abdominal Acuidade visual Exame da cavidade oral MMII (Edema, sensibilidade, pulsos periféricos e lesões, sinais de infecção) Exame de pele (hidratação, lesões e sítios de aplicação da insulina) Exame neurológico Circunferência abdominal ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO: Desenvolver atividades educativas (individuais ou coletivas) Capacitar auxiliares e agentes comunitários Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames e repetir medicação Orientar pctes sobre automonitorização, técnica de aplicação de insulina e como proceder em caso de hipoglicemia Estabelecer estratégias que favoreçam a adesão (grupos de mutua ajuda) Implementar plano individualizado, buscando o alcance de objetivos e metas
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