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Políticas públicas de saúde VII

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Políticas públicas de saúde VII 
Mudanças demográficas e influência na saúde geral: 
Transição demográfica no Brasil: 
1960: População brasileira quase estável, com distribuição etária 
praticamente constante. População extremamente jovem, com em torno 
de 52% abaixo de 20 anos e menos de 3%, acima de 65 anos. 
Significativo declínio da mortalidade, com redução de aproximadamente 41 
anos, na década de 30, para 55,7 anos, na década de 60. 
Leve queda de fecundidade, que passou de 6,1 filhos por mulher na década 
de 30, para 5,8 filhos por mulher na década de 60. 
Significativa aceleração do ritmo de crescimento da população, de 2,4% de 
taxa anual na década de 30, para 2,9% de taxa anual na década de 60. 
1970 em diante: Inicia-se um rápido e generalizado declínio da fecundidade 
no Brasil, passando de 5,8 filhos em 1970, para 2,3 filhos por mulher em 
2000. 
Nível de fecundidade em 2000, bem próximo daquele de reposição, 
produzindo crescimento nulo da população a longo prazo. 
Como consequência, a estrutura etária brasileira sofre um estreitamento 
continuado da base da pirâmide e, consequentemente, envelhecimento 
populacional, com um aumento da população idosa em torno de 7 milhões. 
É evidente o rápido processo de envelhecimento nos outros censos 
brasileiros. 
 
 
 
 
 
 
 
2014 - PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO (PNAD) 
população idosa chegou a 27,8 milhões de pessoas 
As estimativas são de que a "virada" no perfil da população acontecerá em 
2030, quando o número absoluto e o percentual de brasileiros com 60 
anos ou mais de idade vão ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos. 
“FEMINIZAÇÃO DO ENVELHECIMENTO” Maior taxa de mortalidade masculina 
devido acidentes e violência. Maior tendência dos homens de serem 
acometidos por doenças crônicas degenerativas mais precoce. 
MUITO IDOSOS: Aumento da proporção de idosos com mais de 80 anos 
entre os próprios idosos. Maior prevalência de doenças crônicas. Maior 
grau de dependência funcional. 
O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade 
e também um dos nossos grandes desafios 
Se por um lado, os dados mostram uma melhoria na qualidade de vida dos 
idosos, com um aumento na expectativa de vida, com um aumento 
significativo no número desta população, por outro, os idosos apresentam 
maior carga de doenças e incapacidades, necessitando de mais serviços de 
saúde. 
Perfil das doenças nos idosos no Brasil: 
Sabe-se que independente de qualquer indicador estudado, que as pessoas 
com mais de 60 anos normalmente apresentam índices maiores de 
morbidade, se comparados com os demais grupos etários da população, 
tendo em vista suas condições crônicas de saúde. 
Na infância e adolescência predominam as doenças infecciosas e 
parasitárias. Progressivamente, estas cedem lugar às crônicas-
degenerativas, que passam a ser mais prevalentes, especialmente nos 
idosos. 
Além das transformações demográficas, o Brasil tem experimentado a 
transição epidemiológica, com alterações relevantes no quadro da 
morbimortalidade. As doenças infectocontagiosas, cenário próprio de uma 
população jovem, que eram responsáveis por 40% das mortes, 1950, hoje, 
é por menos de 10% dos óbitos. 
O oposto ocorreu com as doenças crônico-degenerativas, enfermidades 
complexas, típica de países longevos, que perduram por anos, em especial, 
que representavam 12% das mortes, e agora respondem por mais de 
40% dos óbitos. 
CONSEQUÊNCIAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
 Mudança no perfil epidemiológico da população 
 Alteração no perfil de morbidade – doenças crônicas não 
transmissíveis 
 Tripla carga de doenças – doenças transmissíveis, violência e 
acidentes e doenças crônico-degenerativas. 
 
0
50
100
Doenças
Idosos que declaram alguma doença crônica
HAS Doenças da coluna Artrite ou reumatismo D. Coração
Diabetes Outras doenças Sem doenças
O crescimento da população idosa é um 
fenômeno mundial, e no Brasil, as 
modificações vêm ocorrendo de forma 
radical e bastante acelerada. 
Segundo o IBGE, a população idosa vai 
triplicar no País e passará de 19,6 milhões 
(7,4% da população brasileira), em 2010, 
para 66,5 milhões de pessoas, em 2060 
(26,7%) 
Dentre as doenças degenerativas, as afecções do aparelho circulatório, as 
neoplasias e as doenças do aparelho respiratório são as principais causas 
de morte em maiores de 60 anos, sendo porém, alta a proporção de óbitos 
por causas mal definidas, o que reflete a precária assistência médica e a 
reduzida qualidade de informação. 
Dentre as doenças auto-referidas pelos idosos, estão a hipertensão 
arterial, artrite/artrose, diabetes, além de risco nutricional, depressão, 
sedentarismo e dependência funcional. 
 O envelhecimento populacional se traduz numa maior carga de doenças 
na população, mais incapacidades e um aumento no número de serviços de 
saúde. 
No entanto, estudos recentes vêm apontando que as doenças crônicas, 
bem como suas incapacidades, prevalentes nos idosos, NÃO são 
consequências INEVITÁVEIS do envelhecimento. A prevenção é efetiva em 
qualquer nível, mesmo nas fases mais tardias da vida. A PREVENÇÃO é a 
chave para melhoria na qualidade de vida do idoso. 
Prevenção primária: 
 
 Educação em saúde (EMPOWERMENT) 
 Atividades físicas 
 Grupos de convivência Prevenção do isolamento social 
 Vacinas Tétano, pneumocócica, influenza 
 Prevenção de perdas dentárias, nutricional 
Prevenção secundária: 
 
 Condições clínicas HAS, DM, osteoporose 
 Antecipação de danos sensoriais Auditivos, visuais, 
proprioceptivos 
 Protocolos para avaliação e intervenção Risco de quedas, 
alteração do humor e perdas cognitivas 
 
 
Prevenção terciária: 
 
 Reabilitação antecipada Idoso portador de uma patologia que 
pela história natural da doença vai levar a uma 
sequela/incapacidade; Doença de Alzheimer 
 Reabilitação Restabelecer sequelas deixadas por doença; AVC; 
Prevenção quaternária: 
 
 Pacientes queixosos (enfermidade) sem doença de base 
estabelecida – estágio IV Poliqueixoso; Hiperutilizador; 
 
 
 
 
 
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Políticas públicas do idoso: 
Quando uma pessoa é considerada idosa no Brasil? No Brasil é considerada 
idosa a pessoa com 60 anos ou mais, enquanto que nos países desenvolvidos 
idoso é aquele que tem 65 anos ou mais (OMS). 
 
Envelhecimento saudável: 
Envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, com modificações 
morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, que determinam perda 
de capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente ocasionando 
maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos. 
Pr
é-
pa
to
gê
nic
o
Remover causas e fatores de risco
Inclui promoção da saúde e proteção 
específica
Imunização, orientação de atividade 
sísica, aconselhamento genético.
Pr
é-
sin
to
m
át
ico Detectar um problema em 
estágio subclínico e tratamento
Rastreamento diagnóstico 
precoce e limitação de dano
Mamografia, citopatológico do 
colo uterino, medida da PA
Sin
to
m
át
ico
Recuperar o prejuízo 
funcional
Reabilitação
Reabilitação cardíaca após 
IAM, fisioterapia após AVE.
His
tó
ria
 n
at
ur
al 
da
 d
oe
nç
a
Ações que visam evitar a iatrogenia associadas as 
intervenções médicas, como a sobremedicalização ou 
os excessos preventivos
Procedimento científica e eticamente aceiitáveis
Prescrição com cautela, solicitar apenas exames 
realmente necessários, cuidado com intervenções 
invasivas;
 Fatores de 
risco 
Instalação da 
doença 
Sintomas e 
detecção 
clínica 
Complicação 
da doença MORTE 
Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária 
Todas as alterações que ocorrem em pessoas idosas são decorrentes de 
seu envelhecimento natural? 
É correto tratar o envelhecimento natural como doença a partir da 
realização de exames e tratamentos desnecessários, originários de sinais 
que podem ser facilmente explicados pela senescência? 
O prolongamento da vida é umaaspiração de qualquer sociedade. No 
entanto, só pode ser considerado como uma real conquista na medida em 
que se agregue qualidade aos anos adicionais de vida. 
O idoso, neste contexto do envelhecimento, preservando sua capacidade 
funcional e sua autonomia, isto é, sua capacidade de se manter as 
habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida independente e 
autônoma, mesmo com alguma morbidade crônica, é considerado como um 
idoso saudável. 
A dependência, física ou mental, é um fator de risco para mortalidade, mais 
até do que as doenças que levaram à dependência. 
 
Estas características mantêm os idosos integrados em um ambiente 
agradável, desenvolvendo habilidades para uma vida com qualidade, 
mantendo sua independência e sua autodeterminação. 
Portanto, a longevidade não impede o idoso de conduzir sua própria vida e 
decidir sobre seus interesses. 
Como envelhecer bem? 
1. Diga não ao isolamento. Tenha uma vida social ativa, interaja com 
as pessoas 
2. Diga não ao cigarro e ao cachimbo; 
3. Mantenha a cabeça ocupada: aprenda uma nova habilidade, como 
idiomas, conhecimentos de informática e música; 
4. Seja positivo, não pense em coisas ruins como doenças; 
5. Não exagere nas bebidas alcóolicas; 
6. Adote uma alimentação saudável; 
7. Pratique atividades física mesmo que seja uma simples 
caminhada diária; 
8. Mantenha o peso sob controle; 
9. Não faça automedicação; 
10. Visite regularmente o médico; 
11. Divirta-se: Vá ao cinema, ao teatro, saia para dançar; 
 Os idosos estão tendo um envelhecimento saudável? 
Cotidianamente, os idosos brasileiros convivem com o medo da violência, 
falta de assistência médica e de hospitais e escassas atividades de lazer, 
além das angústias com os baixos valores das aposentadorias e pensões. 
À desinformação, ao preconceito e ao desrespeito aos cidadãos da terceira 
idade, somam-se a precariedade de investimentos públicos para 
atendimento às necessidades específicas da população idosa, e mesmo de 
recursos humanos, tanto em quantidade como em qualidade. 
São necessárias Políticas Públicas direcionadas ao paciente idoso; que 
Propõem condições e ações necessárias para melhorar e manter a 
qualidade de vida da população e responder as necessidade de saúde da 
população, garantindo integralidade da atenção. 
Políticas públicas de saúde para o idoso: 
Quando se pensa na elaboração de uma nova política de cuidado para o 
idoso baseada na qualidade de vida, assume-se importância o conceito de 
CAPACIDADE FUNCIONAL E AUTONOMIA. 
As iniciativas mais adequadas para se estruturar e viabilizar uma política de 
saúde de atenção ao idoso são as de promoção de saúde, de assistência e 
de reabilitação à saúde que têm como meta aprimorar, manter ou 
recuperar a capacidade funcional e a autonomia do indivíduo por maior 
tempo possível. 
 1992 Política nacional do idoso 
 2003 Estatuto do idoso 
 2006 Política nacional de saúde da pessoa idosa 
 2006 Pacto pela vida 
Política nacional do idoso 
LEI Nº 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994 
Tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso criando condições 
para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na 
sociedade 
Considera idoso – maior de 60 anos de idade 
Priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em 
detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam 
condições que garantam sua própria sobrevivência; 
PROPÕE DIVERSAS AÇÕES EM DIFERENTES ÁREAS 
 Promoção e assistência social; 
 Saúde 
 Educação 
 Trabalho e previdência social 
 Habitação e urbanismo 
 Justiça 
 Cultura esporte e lazer 
Campo da saúde: 
Garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de atendimento 
do Sistema Único de Saúde; 
Prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso, mediante 
programas e medidas profiláticas; 
Adotar e aplicar normas de funcionamento às instituições geriátricas; 
Fornecer medicamentos, órteses e próteses, necessários à recuperação 
e reabilitação da saúde do idoso; 
Capacidade 
funcional
Necessidade 
de autonomia
Participação 
do cuidado
Auto-
satisfação
Envelhecimento saudável 
0 idoso terá atendimento preferencial nos órgãos públicos e privados 
prestadores de serviços à população. 
Realizar estudos epidemiológicos de determinadas doenças do idoso, com 
vistas a prevenção, tratamento e reabilitação 
Estatuto do idoso: 
LEI 10741/03 
Garantir os DIREITOS FUNDAMENTAIS da pessoa idosa, principalmente no 
que se refere às suas condições de saúde, dignidade e bem-estar. 
Considera-se pessoa idosa aquela com 60 anos ou mais. 
art. 3º Que estabelece ser obrigação da família, da comunidade, da 
sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, 
a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, 
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao 
respeito e à convivência familiar e comunitária. 
Doo direito à saúde: 
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio 
do Sistema Único de Saúde (SUS) 
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a 
acompanhante 
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é 
assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for 
reputado mais favorável 
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra 
idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde 
Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão 
atendimento especializado, nos termos da lei. 
Assegurou direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover 
sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e 
reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS 
Política nacional de saúde da pessoa idosa: 
PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. 
A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é 
recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos 
indivíduos idosos 
Diretrizes 
 Promoção do envelhecimento ativo e saudável; 
 Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa 
 Estímulo à ações Inter setoriais, visando a integralidade da 
atenção 
 Implantação do serviço de atenção domiciliar 
 Acolhimento preferencial nas unidades de saúde 
 Provimento de recursos necessários para assegurar qualidade 
de atenção à saúde da pessoa idosa 
 Estímulo à Participação e Fortalecimento do Controle Social 
 Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do 
sus na área de saúde da pessoa idosa 
 Divulgação da PNSI a todos os profissionais de saúde, gestores 
e usuários do SUS 
 Cooperação nacional e internacional das experiências de atenção 
à saúde da pessoa idosa 
 Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas 
Promoção do envelhecimento ativo e saudável: 
ENVELHECIMENTO ATIVO: Menor probabilidade de doença; Alta capacidade 
funcional; Engajamento social ativo; 
A efetivação dessa diretriz passa não somente pelo setor saúde, mas é 
de responsabilidade direta das famílias dos idosos que devem se esforçar 
para adotar práticas saudáveis em todas as fases da vida. 
A promoção da saúde deve acontecer em todas as fases da vida, pois 
muitas das doenças crônicas que se manifestam na terceira idade são 
ocasionadas por fatores de risco e hábitos de vida que os idosos adotaram 
durante anos, como o tabagismo, alcoolismo, má alimentação e 
sedentarismo. 
EMPODERAMENT EMPODERAMENTO: 
Processo que procura possibilitar que indivíduos e coletivos aumentem o 
controle sobre os determinantes da saúde para, desta maneira, terem uma 
melhor saúde 
Processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua 
qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse 
processo 
É necessário que os ambientes de apoio façam com que as opções 
saudáveis sejam mais fáceis!!!! 
Atenção integral e integrada à saúdeda pessoa idosa: 
Visa garantir à pessoa idosa um dos princípios fundamentais do SUS – 
integralidade 
A atenção ao idoso precisa englobar a sua totalidade (saúde física, saúde 
mental, ambiente, trabalho, cultura, lazer, etc.) 
Cuidado integral exige uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar 
Uma abordagem preventiva e uma intervenção precoce são sempre 
preferíveis às intervenções curativas tardias. Para tanto, é necessária a 
vigilância de todos os membros da equipe de saúde, a aplicação de 
instrumentos de avaliação e de testes de triagem, para detecção de 
distúrbios cognitivos, visuais, de mobilidade, de audição, de depressão e do 
comprometimento precoce da funcionalidade, dentre outros. 
Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde 
da pessoa idosa 
Aprimoramento da qualidade técnica da atenção à saúde prestada à pessoa 
idosa 
Adequação de estrutura física dos serviços 
Qualificação e de capacitação de recursos humanos 
Estímulo à participação e fortalecimento do controle social 
Inclusão nas Conferências Municipais e Estaduais de Saúde de temas 
relacionados à atenção à população idosa 
Estímulo à participação de cidadãos e cidadãs idosos na formulação e no 
controle social das ações deliberadas nessas Conferência 
Pacto pela saúde: 
 
Pacto pela vida: 
Gestores do SUS dos governos federal, estadual e municipal 
Considerando os dados da situação de saúde do pais 
Foram definidos seis prioridades que apresentam impacto sobre a situação 
de saúde da população brasileira 
 SAÚDE DO IDOSO: Implantar a Política Nacional de Saúde da 
Pessoa Idosa, buscando a atenção integral. 
 CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA: Contribuir para a 
redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama. 
MORTALIDADE 
 INFANTIL E MATERNA: Reduzir a mortalidade materna, infantil 
neonatal, infantil por doença diarreica e por pneumonias. 
 DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS: Fortalecer a capacidade 
de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e 
endemias. 
 PROMOÇÃO DA SAÚDE: Elaborar e implantar a Política Nacional 
de Promoção da Saúde 
 ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: Consolidar e qualificar a estratégia 
da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e 
como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS. 
Programa melhor em casa: 
Histórico 
1970 Reforma sanitária 
1986 VIII Conferência nacional de saúde 
1988 8º constituição federal brasileira 
1990 Criação do SUS 
1991 PACS 
1994 PSF 
2001 NDAS 
2006 Pacto pela saúde 
2006 Port. 648 
A população envelhece: 
1981: 6 idosos para cada 12 crianças de até 5 anos 
2004: 6 idosos para casa 5 crianças de até 5 anos 
CONSEQUÊNCIAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
Mudança no perfil epidemiológico da população 
Alteração no perfil de morbidade – doenças crônicas não transmissíveis 
Tripla carga de doenças – doenças transmissíveis, violência e acidentes e 
doenças crônico-degenerativas 
Necessidade de atenção primária a saúde: 
Situação epidemiológica predominante: condições crônicas 
Organização atual do SUS centrado em doenças agudas; 
Consequência: CRISE DO MODELO DDE ATENÇÃO A SAÚDE; 
Atenção primária à saúde torna-se cada vez mais indispensável 
A Atenção Primária à Saúde compreende um conjunto de ações, de caráter 
individual e coletivo, que engloba a promoção da saúde, a prevenção de 
agravos, o tratamento e a reabilitação e constitui o primeiro nível da 
atenção do Sistema Único de Saúde. 
40% da população saudável; 
40% da população saudável com fator de risco; 
10% doenças agudas; 
10% incapacidades; 
 
Modelos de atenção: 
 
Po
rt
ar
ia 
nº
39
9,
 d
e 
22
 d
e 
fe
ve
re
iro
 
de
 2
00
6
Pacto pela vida
Pacto em defesa do 
SUS
Pacto de gestão do 
SUS
• A partir das necessidades de saúde da 
populaçãoAdequação
• Enfrentamento das condições crônicas e 
impacto nos díveis de saúde da populaçãoEfetividade
•Menores custos e redução de procedimentos 
mais carosEficiência
• Discriminam positivamente grupos e regiões 
mais carentesEquidade
• Ênfase na promoção da saúde e na prevenção 
de doençasMaior qualidade
Modelo médico assistencial 
privativista
Hospitalocêntrico
Verticalizado
Fragmentado
Tecnicista
Ineficiente
Pouco resolutivo
Modelo de vigilãncia da saúde
Coe^rente com os princípios e 
diretrizes do SUS
PSF como eixo estruturante
APS organizada Estratégia de saúde da família 
Princípios organizacionais da ESF: 
Realizar atenção à saúde na UBS ou em domicílio, nos casos de 
impossibilidade de vir a unidade. 
UBS: As Unidades Básicas de Saúde (UBS) fazem parte da Política Nacional 
de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, 
estruturando e organizando a rede de urgência e emergência no país, para 
integrar a atenção às urgências. A atenção primária é constituída pelas 
unidades básicas de saúde (UBS) e Equipes de Saúde da Família. 
 Territorialização e adscrição da clientela 
 Planejamento e programação local 
 Referência e contra – referência 
 Atendimento à demanda espontânea e primeiro atendimento de 
urgência; 
 Atenção integral 
Se o atendimento domiciliar já é previsto na esf, para que ter um 
programa específico para esse tipo de atendimento? Quais as vantagens 
do atendimento domiciliar? 
Atenção domiciliar: 
Consiste numa modalidade de atenção à saúde substitutiva ou 
complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações 
de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação 
prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e 
integrada às redes de atenção à saúde. 
VANTAGENS: 
 Relação mais humanizada 
 Aumento de confiança e vínculo, com uma identificação e 
proximidade do cuidador para além da função técnica e da 
instituição hospitalar. 
 Usuário no lugar de sujeito do processo e menos como objeto de 
intervenção 
 Melhorar e ampliar a assistência no SUS a pacientes com 
agravos de saúde, que possam receber atendimento 
humanizado, em casa, e perto da família 
 Pacientes submetidos a cirurgias e que necessitam de 
recuperação poderão ser atendidos em casa, e terão redução 
dos riscos de contaminação e infecção. 
 Estudos apontam que o bem estar, carinho e atenção familiar 
aliados à adequada assistência em saúde são elementos 
importantes para a recuperação de doenças. 
Para quem é direcionado o programa? 
Pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes 
crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, por exemplo, 
terão assistência multiprofissional gratuita em seus lares, com cuidados 
mais próximos da família. 
Qual o objetivo principal? 
O programa também ajudará a reduzir as filas nos hospitais de emergência, 
já que a assistência, quando houver a indicação médica, passará a ser feita 
na própria residência do paciente, desde que haja o consentimento da 
família. 
Estima-se (estimativa do departamento de atenção básica e da 
coordenação geral de gestão hospitalar) que com a implantação da atenção 
domiciliar obtém-se economia de até 80% nos custos de um paciente, 
quando comparado ao custo desse mesmo paciente internado em um 
hospital. 
Como funciona o programa? 
As equipes de atenção domiciliar do melhor em casa serão contratadas por 
estados e municípios. O atendimento à população será feito durante toda a 
semana (de segunda a sexta-feira), 12 horas por dia e, em regime de 
plantão, nos finais de semana e feriados. 
Os pacientes terão visitas regulares das equipes e serão monitorados 
permanentemente. A frequência de visitas se dará conforme o estado 
clínico e avaliação de cada paciente. 
Haverá a figura do cuidador, que poderá ser ou não membro da família. O 
cuidador será a referência da família para as equipes do melhor em casa. 
Qual a composição das equipes do programa? 
EMAD (equipe multidisciplinar de atenção domiciliar): 
A equipe mínima: médico; enfermeiro; fisioterapeuta ou assistente social; 
técnicosou auxiliares de enfermagem; 
1. 02 (dois) médicos (as) com carga horária mínima de 20 horas 
semanais ou 01 (um) médico (a) com carga horária de 40 horas 
semanais; 
2. 02 (dois) enfermeiros (as) com carga horária mínima de 20 
horas semanais ou 1 (um) enfermeiro (a) com carga horária de 
40 horas semanais; 
3. 01 (um) fisioterapeuta com carga horária de mínima de 30 horas 
por semana ou 01 (um) assistente social com carga horária 
mínima de 30 horas por semana; e 
4. 04 (quatro) auxiliares/técnicos de enfermagem com carga 
horária de 40 horas por semana. 
EMAP (Equipe mulltidisciplinar de apoio a EMAD) 
1. 03 profissionais de saúde de nível superior com carga horária 
semanal mínima de 30 horas 
2. Assistente social 
3. Fisioterapeuta 
4. Fonoaudiólogo 
5. Nutricionista 
6. Odontólogo 
7. Farmacêutico 
8. Terapeuta ocupacional 
ORGANIZAÇÃO: 
Atenção domiciliar 1 (AD1) 
 Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde 
controlados/ compensados e com dificuldade ou impossibilidade 
física de locomoção até uma unidade de saúde. 
 Usuários que necessitem de cuidados com menor frequência e 
menor necessidades de recursos 
 Equipes de saúde da Família, NASF, através de visitas 
domiciliares, uma vez por mês. 
Atenção domiciliar 2 (AD2) 
 Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde com 
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade 
de saúde. 
 Usuários que necessitem de cuidados com maior frequência e 
maior necessidades de recursos de saúde e acompanhamento 
contínuos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede 
de atenção. 
 Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e da 
Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP). 
Atenção domiciliar 3 (AD3) 
 Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde com 
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade 
de saúde. 
 Usuários que necessitem de cuidados com maior frequência e 
maior necessidades de recursos de saúde e acompanhamento 
contínuos e uso de equipamentos 
 (oxigenoterapia e suporte ventilatório não invasivo), podendo ser 
oriundos de diferentes serviços da rede de atenção à saúde. 
 Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e da 
Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP). 
Nas modalidades AD2 e AD3, deverá ser garantido, transporte sanitário e 
retaguarda de unidades assistenciais de funcionamento 24 hs. 
CONFIGURAÇÃO DAS EQUIPES: 
A EMAD deverá atender a uma população adstrita de 100 mil habitantes, 
com base no local de residência do usuário; 
Poderá estar alocada nos diversos tipos de serviços de atenção à saúde 
tais como hospital, UPA, UBS, Centros especializados e ESF; devendo estar 
vinculada administrativamente ao SAD 
Não deve haver superposições de EMAD em uma mesma base territorial 
ou populacional; 
Para dar suporte e complementar as ações de saúde da atenção domiciliar, 
quando clinicamente indicadas, será designada 1 EMAP. 
Atenção domiciliar e a constituição das redes de atenção (RAS) 
Os serviços de Atenção Domiciliar (SAD) e as equipes que o compõem têm 
o papel de, além de cuidar dos pacientes no domicílio, ajudar a fazer a 
gestão do cuidado dos mesmos e realizar a articulação dos pontos de 
atenção. 
Os pacientes que se beneficiarão com a atenção domiciliar poderão ter 
três origens: 
 Atenção Básica: Uma equipe de ESF pode indicar a inserção de 
um idoso acamado em decorrência de uma sequela de AVC, 
inserido na modalidade AD1, e que evoluiu na modalidade AD3 sob 
cuidados de uma EMAD. 
 Serviço de Atenção às Urgências e Emergências: 
Politraumatizado que dá entrada na UPA, mas que tem condições 
de ter os cuidados necessários realizados em domicílio, podendo 
ser inserido na modalidade AD2 e passar a ser cuidado por uma 
EMAD com apoio de uma EMAP. 
 Hospital: Paciente hospitalizado pode ter condições e indicação 
de concluir/ continuar o plano de cuidados em casa, inserido na 
modalidade AD3, sob os cuidados de uma EMAD. 
Saúde geral e influência na saúde bucal 
A ciência tem encontrado várias áreas de interface entre diversos 
aspectos da saúde sistêmica dos idosos com as condições de saúde bucal. 
Bactérias orais e doenças sistêmicas: 
A microbiota da cavidade oral pode variar durante a vida do paciente e ela 
difere entre os pacientes dentados e desdentados. 
Pacientes dentados pode ocorrer presença de bolsas periodontais e 
desenvolver bactérias anaeróbicas de espiroquetas. 
Pacientes desdentados diminuem a presença de micro-organismos 
anaeróbicos e aumento de leveduras e lactobacilos 
Perfil das doença nos idosos no Brasil: 
Dentre as doenças degenerativas, as afecções do aparelho circulatório, as 
neoplasias e as doenças do aparelho respiratório são as principais causas 
de morte em maiores de 60 anos. 
Dentre as doenças auto referidas pelos idosos, estão a hipertensão 
arterial, artrite/artrose, diabetes, além de risco nutricional, depressão, 
sedentarismo e dependência funcional. 
Problemas circulatórios X saúde bucal: 
A endocardite bacteriana, em que bactérias são de origem endodônticas 
podem penetrar na corrente sanguínea e se instalar no coração podendo 
causar vários riscos a vida do paciente. 
Idosos acamados, em UTI: Espera-se que os cuidadores, equipe de 
enfermagem, familiares cuidassem da saúde bucal desta pessoa. Intervir 
na saúde bucal da pessoa idosa. 
Problemas respiratórios como a pneumonia são a maior causa de morte 
entre os idosos... 
PORQUÊ????? 
Com o processo do envelhecimento ocorre uma diminuição da eficiência do 
sistema mucociliar na limpeza do trato respiratório. 
Pneumonia por aspiração por bactéria- bactérias da boca e do estômago 
entram para vias aéreas e pulmões. 
Como o organismo se protege desta aspiração por bactérias? 
Tosse, transporte ciiar ativo e resposta imune; 
A presença de biofilme, doença periodontal ou uso de próteses (associada 
ao biofilme) (colonização de bactérias), está relacionada a aspiração 
bacteriana e consequentemente a maior incidência de pneumonia aspirativa. 
Qual seria a conduta do CD para evitar uma possível complicação ao 
paciente? 
Tratamento endodôntico – cuidado especial no procedimento - alterações 
fisiológicas próprias dos idosos como atresia do conduto radicular. 
Pacientes com dificuldade de locomoção ou problemas neurológicos ou 
psiquiátricos deve ser realizadas atendimento domiciliar. 
Hipertensão X saúde bucal: 
 
Uso de anti-hipertensivos e complicações orais 
 Diminuição da secreção salivar (xerostomia): Aumento da 
incidência de cáries; Má adaptação de próteses; Sensação de 
queimação/ ardência; Dificuldade de mastigação e deglutição 
 Hiperplasia gengival: Dificuldade de higienização; Dificuldade de 
mastigação; Interferência na fala; Comprometimento estético 
Inviabilizar a realização de alguns tratamentos mais invasivo. 
Diabetes X saúde bucal: 
Uma das principais causas de mortalidade no país 
“A doença periodontal, se destaca, por ser a manifestação clínica 
odontológica mais comum no paciente diabético, presente em cerca de 
75% dos casos, e ser ao mesmo tempo, uma das patologias bucais mais 
prevalentes no paciente idoso (VERNILLO, 2003).” 
“Atualmente, existem evidências científicas que relacionam a doença 
periodontal como um empecilho para obter-se um adequado controle 
metabólico no paciente diabético (ANDRADES et al, 2009).” 
“Pesquisas recentes afirmam que o manejo adequado das infecções 
periodontais nas pessoas com DM sem controle glicêmico pode 
restabelecer valores normais da glicemia (TAYLOR, 2003).” 
COMPLICAÇÕES BUCAIS: 
Clinicamente, as complicações bucais de um paciente diabético podem incluir: 
 Gengivite 
 Periodontite 
 Disfunção da glândula salivar e xerostomia 
 Suscetibilidade para infecções bucais agudas, como pelo fungo 
cândida albicans e o vírus herpes simples 
 Síndrome da ardência bucal 
 Alteração do paladar 
 As complicações são mais severas com pacientes diabéticos tipo 
I; 
 O diabetes pode contribuirpara uma maior incidência da doença 
periodontal, uma vez que: causa divergência na resposta do 
hospedeiro para patogenia periodontal; prejuízo na imunidade; 
doença vascular periférica; causa um nível relativamente alto de 
glicose na saliva, fornecendo substrato para crescimento 
bacteriano e inibindo fibroblastos de auxiliar na recuperação 
periodontal; 
 A diabetes é considerada como um dos fatores sistêmicos que 
agravam a resposta do periodonto à placa bacteriana; causando 
alterações de resistência dos tecidos orais, como resposta 
inflamatória aumentada, modificações vasculares, cicatrizações 
deficientes e alterações na microbiota oral. 
 Inversamente, a doença periodontal pode resultar num controle 
mais pobre da glicemia. 
 Agentes produzidos durante o processo de inflamação na 
doença periodontal parecem causar à insulina em tecidos 
adjacentes. 
DIABETES MELITO: 
Baixo risco tratamento não cirúrgico e cirúrgico sem restrições; 
Bom controle metabólico; regime médico estável; ausência de história de 
cetoacidose e hipoglicemia; ausência de complicações do diabetes; glicemia 
em jejum menor que 200 mg/dl; 
Risco moderado Não cirúrgico sem restrições; cirúrgico restrito (após 
ajuste da dosagem de insulina e em comum acordo com o médico da unidade) 
- exodontias simples e gengivoplastia; 
Controle metabólico razoável; em regime médico estável; ausência de 
história de cetoacidose e hipoglicemia; poucas complicações do diabetes; 
glicemia em jejum menor que 250 mg/dl; 
Alto risco Somente exames, radiografias e instruções de higiene horal; 
Controle metabólico deficiente; sintomas frequentes de cetoacidose e 
hipoglicemia; múltiplas complicações do diabetes; glicemia em jejum acima de 
250 mg/dl; 
Aspectos nutricionais X saúde bucal: 
As Deficiências nutricionais causam baixa imunidade, aflorando em doenças 
bucais, como sangramentos, inflamações... 
Artrites X saúde bucal: 
Inflamação nas articulações, que pode ser causada por diversos fatores 
como distúrbios auto imune, trauma, lesão por esforço repetitivo ou 
infecção (fúngica, bacteriana ou viral). 
Resultado na saúde bucal: xerostomia, decorrente ao uso de medicações 
anti-inflamatórios. 
Pode atingir a ATM, podendo ocasionar perda de dimensão vertical, 
bruxismo. 
Osteoporose X saúde bucal: 
É uma doença sistêmica progressiva, que leva a uma desordem esquelética. 
Diminuição de substância mineral do tecido ósseo, deixando o osso mais 
poroso. 
Cerca de 10 milhões de idosos de brasileiros sofrem com osteoporose. 
Somente uma a cada 3 pessoas diagnosticada com osteoporose. 
Somente uma a cada 5 pessoas com osteoporose recebem o tratamento 
adequado. 
Consequência odontológica: Maior causa de perda de implantes 
Estilo de vida dos idosos X saúde bucal: 
Dependência de alcool em 6% das mulheres idosas e 11% dos homens 
idosos. 
Este vício leva a danos no estômago, rim, fígado... 
A fumaça do cigarro torna-se precursora para formação de cálculos 
dentais, desenvolvendo problemas periodontais. 
Cigarro está associado a secura da mucosa, engrossamento da saburra 
lingual. 
O cigarro está associado a dificuldades em formação da matriz óssea 
(insucesso em casos de implantes dentários). 
Alzheimer X saúde bucal: 
Algumas doenças que não tem etiologia exatamente definida apresentam 
possíveis interações com doenças periodontais, como demência de 
Alzheimer (relacionada a um processo inflamatório pelo qual uma reação 
inflamatória no cérebro). 
Saúde bucal dos idosos 
Saúde bucal na terceira idade: 
Buscando a auto estima: 
“Estudos sobre o impacto das condições bucais na qualidade de vida e no 
bem estar do paciente na terceira idade revelam que os aspectos 
funcionais, psicológicos e sociais são significativamente afetados por uma 
condição insatisfatória.” (Locker & Slade, 1993) 
Prevenindo outras doenças: 
“A manutenção precária da saúde bucal pode levar a complicações 
catastróficas. Há indícios de que doenças bucais não tratadas podem levar 
a infecções sistêmicas.” (Slavkin,1999) 
Buscando uma condição nutricional adequada: 
“A perda de dentes ou uma dentição comprometida, dores bucais podem 
forçar muitos pacientes idosos a alterar seus hábitos alimentares, 
afetando a qualidade nutricional da dieta.” (Rosemary,2000) 
Melhorando a percepção sobre a saúde bucal: 
“Trata-se de retirar da população da terceira idade, o estigma de 
naturalmente doente, ideia que o próprio indivíduo tem de si. Este aspecto 
é fundamental para se manter a motivação para o autocuidado e com isso, 
a promoção da saúde.” (Rosemary,2000) 
Principais dificuldades encontradas no atendimento ao 
idoso: 
Existem idosos de diferentes níveis econômicos, culturais e de saúde; 
Idosos com diferentes níveis de motivação quanto à manutenção da saúde 
bucal; 
Dessa forma, essas diferenças podem afetar a aceitação, a realização e 
o sucesso do tratamento. 
É necessário conhecer as alterações fisiológicas e patológicas que 
acometem o organismo do paciente idoso, bem como os aspectos 
psicossociais de interesse para este indivíduo. 
Cirurgião dentista também deve estar em contato direto com o médico; 
Saúde bucal do idoso: 
Muitos problemas odontológicos no idoso são complicações de processos 
patológicos acumulados durante a vida. 
Devido à: 
 Higiene bucal deficiente 
 Iatrogenias 
 Falta de orientação e interesse em saúde bucal 
 Não acesso aos serviços de assistência odontológica 
Principais agravos que acometem a saúde bucal do idoso: 
 Câncer bucal, 
 Cárie radicular, 
 Doença periodontal, 
 Xerostomia, 
 Lesões de tecidos moles, 
 Abrasão/erosão dentária, 
 Halitose, 
 Edentulismo /necessidade de prótese ou uso de prótese mal 
adaptada. 
 
Principais agravos que acometem a saúde bucal do idoso: 
 Dificuldade ao se alimentar ou mudança de hábitos alimentares 
 Queixa de dor ou desconforto. 
 Queixas no momento da higiene oral ou da manipulação da sua 
boca. 
 Mau hálito. 
 Boca seca ou ardência bucal. 
Deve ser realizado um exame criterioso 
para detecção destas condições e seus 
fatores determinantes.
Interação multidisciplinar com a equipe 
de saúde, com abordagem individualizada 
fazem parte do processo de atenção 
em saúde bucal do idoso
 Feridas na boca. 
 Sangramento gengival. 
Patologias bucais mais relevantes: 
Cárie radicular: 
Quando existe recessão gengival 
As raízes dos dentes podem ficar expostas, ficando mais susceptíveis à 
cárie dentária. 
Como os idosos apresentam uma maior predisposição para recessões 
gengivais (Perda de inserção periodontal) 
Cáries radiculares aumentam 
Deterioração de tecidos periodontais: 
A deficiência física, a falta de motivação e de habilidade para executar 
determinadas tarefas em casa são obstáculos para que o idoso realize uma 
higiene oral recomendada e adequada. 
Problemas motores na população geriátrica: artrite e o mal de Parkinson 
Doença periodontal em idosos: 
Observa-se presença de cálculo e gengivites bem mais constantes 
Redução na capacidade de defesa do sistema imunológico 
Reparação óssea e da mucosa comprometida (envelhecimento das células 
do periodonto), 
Diminuição da destreza manual e acuidade visual. 
 
Xerostomia (falta de saliva) 
Queixa comum entre os idosos. 
CAUSAS PRINCIPAIS: 
 Processo do envelhecimento com hipofunção glandular, 
 Medicamentos, 
 Falta de ingestão de líquidos, 
 Radioterapia de neoplasias malignas 
 Estados emocionais importantes. 
 Patologias sistêmicas associadas 
PROVOCA: 
 Maior risco à cárie dentária, 
 Incômodo no uso da prótese, 
 Alteração do paladar, 
 Mau hálito, 
 Lábios ressecados e 
 Dificuldades na mastigação, deglutição e fala. 
Disfunções salivares no idoso: 
Muitas vezes está relacionada ao alto consumo de medicamentos de uso 
contínuo, que podem apresentar reação adversa diminuindo o fluxo salivar 
Substituição destes, se não for possível, em geral, o tratamento da “boca 
seca” é paliativo. 
O QUE FAZER? 
 Aumentar aprodução de saliva 
 Estímulo à mastigação (uso de gomas de mascar ou balas sem 
açúcar pode ser eficiente), 
 Aumento do consumo de água (muitas pessoas não tomam água 
em quantidade adequada), 
 Uso de substitutos de saliva (saliva artificial), lubrificantes de 
lábios. 
 A aplicação tópica de flúor pode ser indicada de acordo com o 
risco à carie. 
Perda de estrutura dentária em idosos: 
Desgaste dentário: 
Fisiológico ocorre com o envelhecimento 
ATRIÇÃO: 
Perda de estrutura dentária causada pelo contato de dentes antagonistas 
durante a oclusão e mastigação. 
Muitas vezes é fisiológica 
Quando a perda é extensa e afeta a estética e a função - patologia 
OBSERVAR: Qualidade inferior ou ausência de esmalte (fluorose); Abrasivos 
dentais; Bruxismo 
ABRASÃO: 
Perda patológica de estrutura dentária por um processo mecânico anormal. 
CAUSAS: 
Mais comum: escovação dentária com pasta abrasiva; escovação 
horizontal intensa; 
Outras: hábitos de colocar grampos, cachimbos, alfinetes, entre os 
dentes. 
EROSÃO: 
Perda da estrutura dentária por processo químico que não envolve ação 
bacteriana 
 Ácidos 
 Alimentos e bebidas 
 Medicamentos 
 Regurgitação involuntária (refluxo) 
 Regurgitação voluntária – bulimia 
 
Ao se relacionar a 
gengivite, a periodontite 
ao aumento da idade
Percebe-se uma 
diminuição da 
vascularidade
Uma menor capacidade 
de reparação e 
multiplicação tecidual
Acarretando em uma 
maior predisposição às 
doenças periodontais.
 
 
ABFRAÇÃO: 
A abfração ação de forças tensionais 
Apresenta-se clinicamente como um defeito em forma de cunha na região 
cervical do dente. 
 Lesões em forma de cunha 
 Margens bem definidas 
 Profundas 
 Maior incidência em dentes inferiores 
Halitose: 
Requer abordagem multidisciplinar. 
Causas principais: 
 Hábitos alimentares, 
 Xerostomia e 
 Má higiene bucal. 
 A saburra lingual é também causa de halitose 
Saburra lingual: 
Película amarelada que fica sobre a superfície lingual equivalente a uma 
placa lingual, 
Resulta de restos de alimentos e células mortas, diminui a percepção do 
gosto dos alimentos. 
Além disto, medicamentos normalmente ingeridos pelos idosos provocam 
uma diminuição do fluxo salivar, o que prejudica mais a limpeza da saburra 
da língua. 
Papilas estão obstruídas pela saburra 
Envelhecimento normal há uma diminuição dos botões gustativos (que ficam 
na língua) e que são responsáveis pela percepção dos sabores. 
Diminui a percepção do gosto dos alimentos. 
A limpeza da língua pode ser feita com gaze embebida em solução, 
escovação ou raspadores de língua sempre de modo delicado para não 
provocar náuseas. 
Lesões de tecidos moles: 
Queilite actiníca 
Alteração produzida pela exposição crônica a radiação ultravioleta (radiação 
solar) 
Ocorre na maioria das vezes na mucosa labial inferior na forma de lesões 
brancas, com perda do limite do vermelhão do lábio inferior com a pele e 
pode apresentar descamação, áreas erosivas e eritematosas. 
TRATAMENTO: 
 Protetor solar labial FPS 30 no mínimo, 
 Chapéu de abas largas e, 
 Em caso de descamação, Bepantol creme uma vez ao dia ao 
deitar. 
 Paciente deve ser acompanhado em com retornos periódicos. 
 
Candidíase ou candidose: 
 
 
 
 
Tratamento: Corrigir fatores predisponentes locais ou sistêmicos; 
antifúngicos (bochechos com nistatina e aplicação de miconazol gel) 
Sendo ela caracterizada sob a forma de úlceras destacáveis - compostas 
por restos epiteliais, fungos, bactérias, fibrinas e restos alimentares - pode 
ser localizada sob a forma de puntiforme aglomeradas ou isoladas; ou 
arredondadas 
Relacionada a uso de próteses: 
Na área chapeável, notadamente em pacientes idosos. 
Relacionada à quelite angular: 
Infecção secundária das comissuras labiais por perda da dimensão vertical. 
Edentulismo: 
 
 
 
 
Procedimentos reabilitadores que preservem os elementos dentais, por 
meio da organização de uma rede de cuidados progressivos. 
Próteses desadaptadas: 
Fatores predisponentes ao aparecimento de estomatites. 
A estomatite protética - reação inflamatória dos tecidos bucais que estão 
em contato com as próteses, é bastante comum em idosos e podem estar 
associada a quadros de candidose. 
Estomatite protética 
Essa reação possa decorrer, também: 
 Pelo desenho incorreto da prótese, 
 Alergia a base da dentadura, ou a uma polimerização inadequada 
da resina acrílica. 
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA 
 
 
Caracteriza-se por um aumento tecidual de tamanho variável (poucos 
milímetros até vários centímetros), superfície lisa ou lobulada, crescimento 
lento, com localização variável, pois depende do trauma. 
Localização mais comum: palato, rebordo alveolar, fundo de sulco e mucosa 
jugal. 
TRATAMENTO: 
 
Candidíase ou candidose: 
Mudança do modelo de oferta dos serviços 
odontológicos, buscando a incorporação e a 
universalização das tecnologias preventivas 
das principais doenças bucais (cárie e 
doença periodontal). 
Lesão reacional causada por um trauma crônico 
de baixa intensidade (próteses desadaptadas ou 
com câmara de sucção, dentes fraturados). 
 
 
É uma infecção causada pelo fungo 
denominado Candida Albicans, que 
acomete frequentemente a mucosa 
bucal do idoso. 
Infecção oportunista. 
 
 
Remoção total do tecido hiperplásico (exame histopatológico). 
Remoção do fator irritante que gerou a lesão. 
Casos de hiperplasia fibrosa inflamatória provocada por câmara de sucção 
no palato podem ser solucionados com a técnica de compreensão gradual 
(preenchimento com resina). 
Manifestações orais 
Câncer de boca: 
O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de 
cavidade oral e está entre as principais causas de óbitos por neoplasias. 
 Lábios e o interior da cavidade oral. 
 Gengivas; 
 Mucosa jugal (bochechas); 
 Palato duro (céu da boca); 
 Língua (principalmente as bordas), assoalho 
Epidemiologia: 
O câncer do lábio é mais comum; 
Pessoas brancas; 
Estimativa de novos casos: 14.700, sendo 11.200 homens e 3.500 mulheres 
(2018 - INCA); 
Número de mortes: 5.401, sendo 4.223 homens e 1.178 mulheres (2013); 
Fatores de risco: 
 Idade superior a 40 anos 
 Tabagismo 
 Etilismo 
 Má Higiene Oral 
 Uso de próteses mal adaptadas 
 Dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em 
gorduras 
Prevenção: 
Tabaco: De acordo com a OMS, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados 
com câncer de boca eram tabagistas. Quanto mais frequente for o ato de 
fumar, maiores serão as chances de desenvolver câncer de boca. 
Etilismo: o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de 
desenvolver câncer de boca. 
Vírus HPV: O vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca. 
Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para 
o câncer de lábios. 
Sintomatologia: 
Os principais sinais que devem ser observados são: 
 Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por 
mais de 15 dias 
 Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, 
gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha) 
 Nódulos (caroços) no pescoço 
 Rouquidão persistente 
Nos casos mais avançados observa-se: 
 Dificuldade de mastigação e de engolir 
 Dificuldade na fala 
 Sensação de que há algo preso na garganta 
Diagnostico: 
O exame de toda a cavidade bucal deve ser feito de maneira metódica; 
Identificação de próteses dentárias ou outras prováveis causas de trauma 
contínuo. 
As lesões, sempre que possível, devem ser palpadas, a fim de se confirmar 
seus reais limites e o acometimento de estruturas adjacentes. 
A palpação das cadeias linfáticas cervicais completará o exame; 
Biópsia da lesão: biópsia incisional 
Autoexame (prevenção): 
 Palpação no rosto e pescoço em busca de caroços 
 Palpação da região sublingual 
 Observação de lábios e bochechas em busca de alterações 
 Percorrendo a gengiva e os dentes com o dedo 
 Não esqueça do palato (céu da boca) Língua 
Prognóstico: 
Considerando a mortalidade, o câncer da cavidade oral ocupa o nono lugar 
entre os outros tumores malignos, correspondendo a 2,8% das mortes 
por câncer no Brasil12. 
Tratamento: 
Cirurgia 
Radioterapia 
Quimioterapia 
Carcinoma epidermóide: 
O câncer da cavidade oral está entre os dez tipos de neoplasias mais 
frequentes na população brasileira. 
Corresponde entre 90% a 95% dos casos de câncer na boca. 
5º mais incidente em homens e o 7º tipo de neoplasia mais incidente em 
mulheres. 
Prognóstico: 
Considerando a mortalidade, o câncer da cavidade oral ocupa o nono lugar 
entre os outros tumores malignos, correspondendo a 2,8% das mortes 
por câncer no Brasil12. 
O câncer da cavidade oral está entre os dez tipos de neoplasias mais 
frequentes na população brasileira, incluindo os carcinomas de orofaringe. 
O carcinoma espinocelular (CEC) ou epidermoide de boca corresponde entre 
90% a 95% dos casos de câncer na boca. 
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)10, esse tipo de carcinoma é 
o quinto mais incidente em homens e o sétimo tipo de neoplasia mais 
incidente em mulheres. 
Localização: 
 Assoalho de boca com 51 (22,7%) 
 Língua com 49 (21,8%) 
 Lábio (16,4%) 
 Área retromolar (16%) 
 
IDOSOS: 
Xerostomia; imunossupressão; Dificuldade de cicatrização Maior 
susceptibilidade aos problemas bucais 
Extrações Profiláticas: Dentes comprometidos 
Destruição periodontal agressiva após irradiação; 
Mucosite após quimioterapia; 
Considerações odontológicas: 
Interação entre CD e médicos: tratamentos odontológicos prévios à 
rádio/quimioterapia; 
Orientação sobre dieta e controle de placa 
Acompanhamento periódico 
CASOS DE URGÊNCIAS: Possibilidade de intervir em ambiente hospitalar 
Alterações não malignas: 
Varicosidade lingual: 
 Acima de 50 anos; 
 Bolhas elevadas; 
 Purpúreo azuladas; 
 Assintomática 
 Geralmente são achados em exames de rotina 
Síndrome da ardência bucal: 
 Dor e sensação de ardor 
 45 a 60 anos 
 Feminino 
 Fatores psicológicos Fatores locaisFatores sistêmicos 
Estomatite induzida por dentadura: 
 Reação inflamatória do tecido bucal 
 Traumatismo crônico 
 Próteses desadaptadas 
 Associação com candidose atrófica 
 Queilite angular 
 Não há formação de placas 
 C. albicans 
Ulcera traumática: 
 Lesão comum 
 Relação causa-efeito 
 Próteses mal adaptadas 
 Dentes fraturados 
 Remoção do agente causador Lesão desaparece de 7 a 15 
dias 
Grânulos de fordyce: 
 Glândulas sebáceas não associadas a folículos pilosos 
 Localizadas no vermelhão e mucosa oral 
 Variação da anatomia normal 
 Presente em ambos os sexos 
 Menos comum na infância 
 Prevalência de 70 a 85 % na população adulta 
 Não há indicação 
Apresentação clínica: 
 Múltiplas pápulas amareladas ou amarelo-esbranquiçadas 
 -2 mm de diâmetro 
 Geralmente bilaterais 
 Parecem ser estimuladas pela puberdade do tratamento 
Tórus: 
Protuberâncias na maxila ou mandíbula 
Linha alba: 
Linha branca de queratinização friccional. 
Localizada na mucosa jugal paralela à linha de oclusão, relacionadas a áreas 
dentárias. 
É assintomática, geralmente bilateral, com extensão variável e não é 
removível; 
Leucoderma: 
Não é estabelecida causa ou etiologia; 
Geralmente em 70% da população negra; 
Anomalia de desenvolvimento; 
Geralmente é um achado acidental, assintomático, de distribuição simétrica 
na mucosa jugal; 
Área esbranquiçada ou leitosa; 
Ao se distender a mucosa jugal, a lesão desaparece, retronando quando 
deixamos de exercer a tração. 
Não é patológico e por isso não requer tratamento 
Mucocele: 
Tumoração translúcida, cística, superfície interna do lábio inferior. 
Obstrução de canais de glândulas mucosas 
Tratamento: excisão e espremedura (elimina substâncias mucoide viscosa). 
Eletrocoagulação da cavidade. 
Ectasia venosa: 
Vênula dilatada 
Assintomática, cor violácea; 
Comum em idosos por trauma crônico do lábio inferior e fotoexposição. 
Tratamento: eletrocoagulação, crio, laser. 
Granuloma piogênico: 
Tumoração angiomatosa vegetante e friável, surge após trauma. 
Mais comum em lábio e mucosa oral. 
Herpes simples: 
Ulcerações aftóides dolorosas múltiplas na mucosa queratinizada e gengivas. 
Sintomatologia: febre, adenomegalia cervical, irritabilidade, mal-estar. 
Duração de 10 a 15 dias 
Recidivas: prurido e dor local, vesículas 
Recidivas intra-orais são raras 
Infecção no paciente com HIV: 
Candidose Oral: fase avançada pode progredir para esôfago e vias aérias. 
Doença periodontal: gengivites e periodontites 
Língua geográfica: 
A etiologia é desconhecida 
O local mais acometido: Língua 
Podendo também: mucosa bucal, mucosa labial, palato mole. 
Acomete ambos os sexos 
Predomínio em crianças 
Manifestações: 
 Dorso da língua 
 Múltiplas áreas bem delimitadas com eritema circundado por 
bordas amarelo-esbranquiçada 
 O eritema resulta da atrofia das papilas filiformes 
 As placas podem ser migratórias 
 Assintomática ou sensibilidade a calor e pimenta, alimentos ácidos 
e salgados. 
TRATAMENTO: Geralmente não é necessário; Se apresentar muita 
sintomatologia: corticoides em gel, bochechos. 
Língua fissurada: 
 Língua escrotal; Língua plicata 
 Causa desconhecida 
 Parece ser por hereditariedade (mal formação congênita) 
 Comum associação com língua geográfica 
 Não requer tratamento 
Língua pilosa: 
 Não é sinal de doença sistêmica 
 Acúmulo de grande quantidade de queratina 
 Cigarro 
 Má higiene oral 
 Bebidas quentes 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Aumento das papilas filiformes na porção posterior e dorsal da 
língua. 
 Múltiplas cores, depende da etiologia/bactéria (amarela a 
acastanhada escura) 
 Pode estar associada a uso de antibióticos orais 
Melanose constitucional: 
Negros e mulatos 
Manchas acastanhadas pelo aumento de melanina nos lábios, gengiva e 
mucosa jugal 
Manchas pigmentares traumáticas: 
Pigmento inoculado de forma acidental ou propositalmente na mucosa: 
Tatuagem por amálgama (próximos a restaurações dentárias). 
Importância da odontogeriatria 
Principais desafios do atendimento ao idoso: 
Deve-se ter em mente que os idosos geralmente apresentam uma grande 
variação no que se refere às condições sistêmicas, psicológicas e sociais, 
além de serem portadores de várias alterações decorrentes do processo 
natural de envelhecimento. 
Abordagem individualizada 
O cirurgião dentista deve estar atento a esse fato e ampliar seus 
conhecimentos na área da odontogeriatria para proporcionar um 
tratamento correto, eficaz e com o máximo de conforto ao paciente idoso. 
Conceito da odontogeriatria: 
A odontologia geriátrica como o ramo da odontologia que enfatiza o cuidado 
bucal da população idosa, especificamente tratando do atendimento 
preventivo e curativo de pacientes com doenças ou condições de caráter 
sistêmico e crônico associadas a problemas fisiológicos, físicos ou 
patológicos. 
Abordagem interdisciplinar: 
Saúde bucal inserida no contexto da saúde geral do individuo 
Quanto mais longa é a vida média da população, mais importante se torna 
o conceito de qualidade de vida, e a saúde bucal tem um papel relevante 
nesse contexto. 
Saúde bucal comprometida pode afetar o nível nutricional, o bem-estar 
físico e mental e diminuir o prazer de uma vida social ativa. 
Principais dificuldades do atendimento ao idoso: 
Existem idosos de diferentes níveis econômicos, culturais e de saúde; 
Idosos com diferentes níveis de motivação quanto à manutenção da saúde 
bucal; 
Dessa forma, essas diferenças podem afetar a aceitação, a realização e 
o sucesso do tratamento. 
É necessário conhecer as alterações fisiológicas e patológicas que 
acometem o organismo do paciente idoso, bem como os aspectos 
psicossociais de interesse para este indivíduo. 
Cirurgião dentista também deve estar em contato direto com o médico; 
Quadro atual de saúde bucal dos idosos: 
 Alto índice de cárie 
 Alto índice deedentulismo 
 Necessidade de prótese 
 Alto índice de periodontopatias 
 Falta de assistência odontológica 
Porque isso acontece? 
Baixa percepção da importância da saúde bucal 
Postura inadequada dos profissionais 
E a solução? 
“Trata-se de retirar da população idosa o estigma de naturalmente doente, 
idéia que o próprio indivíduo idoso tem de si, para que as necessidades de 
saúde sejam percebidas e se tornem reais.” 
Postura dos profissionais deixando de se associar idoso a prótese, 
assumindo uma postura mais preventiva. 
Organização de uma rede de atenção preparada para atender a população 
da terceira idade dentro do paradigma de promoção de saúde 
Abordagem multidisciplinar 
Diante dessas projeções populacionais do Brasil, surge a necessidade da 
existência de cirurgiões-dentistas capacitados em atuar em conjunto com 
uma equipe de saúde multidisciplinar e prestar atendimento adequado ao 
idos 
O papel da odontologia em relação a essa faixa populacional é o de manter 
os pacientes em condições de saúde bucal; 
Que não comprometam a alimentação normal; 
Não ter repercussões negativas sobre a saúde geral e sobre o estado 
psicológico do indivíduo; 
A Odontologia atual enquadra-se num contexto de formação do profissional 
generalista em que este procura atender os pacientes sem focar somente 
a queixa odontológica, mas encará-los como parte de um sistema mais 
complexo. 
Assim, as particularidades de cada indivíduo se apresentam inseridas numa 
conjuntura social, cultural, econômica e psicológica que interferem nas 
reações sistêmicas do organismo humano. 
A atenção ao paciente idoso que, por fazer parte de um grupo em cujo 
histórico médico encontram-se algumas doenças ou limitações orgânicas 
frequentemente associadas ao envelhecimento, deve receber assistência; 
Uma equipe multidisciplinar analisa e integra conhecimentos específicos de 
diversas áreas com o objetivo de promover e manter a saúde do idoso. 
Considerando a diversidade e complexidade do idoso; 
Estudos sobre o impacto das condições bucais na qualidade de vida e do 
bem-estar do indivíduo idoso revelam que os aspectos funcionais, sociais e 
emocionais são significativamente afetados por uma condição bucal 
insatisfatória. 
Muitos idosos não têm acesso ao tratamento odontológico necessário ou 
adequado, o que muitas vezes acontece por falta de preparo profissional 
em encarar essa situação como uma necessidade de atuação 
multidisciplinar. 
As políticas de saúde bucal apresentam caráter abrangente da atenção 
odontológica e ressaltam a necessidade de sua integração a todos os 
aspectos da vida do indivíduo, estando em coerência com a visão holística 
de saúde no idoso. 
A realidade ainda não contempla essas diretrizes de atenção à saúde bucal, 
principalmente para determinados grupos populacionais, como os idosos. 
Muitos problemas odontológicos encontrados no idoso são, na realidade, 
complicações de processos patológicos acumulados durante toda a vida do 
indivíduo. 
Quais as causas? 
 Higiene bucal deficiente; 
 Iatrogenia; 
 Falta de orientação; 
 Falta de interesse em saúde bucal; 
 Falta de acessibilidade aos serviços de assistência odontológicas; 
Os pacientes assistidos em domicílio necessitam da atuação do cirurgião 
dentista, pois a participação desse profissional é indispensável na equipe 
interdisciplinar. 
A ESB deve identificar as pessoas idosas do território, auxiliar e cuidar do 
indivíduo da terceira idade para que este possa ser orientado em relação 
à higiene e cuidados com a saúde bucal, em especial quando o idoso se 
mostra incapaz de cuidar de suas necessidades básicas. 
A função do Cirurgião Dentista é de aumentar o grau de satisfação pessoal, 
interferindo, inclusive, na melhoria da autoestima dos indivíduos dessa faixa 
etária, por proporcionar um aspecto facial mais harmônico e agradável 
através da reabilitação oral. 
Os idosos e seus familiares, médicos, enfermeiras, cuidadores e toda a 
equipe devem estar cientes dos potenciais problemas odontológicos no idoso 
e da importância da higiene bucal diária. 
A precariedade da manutenção da saúde bucal nesses pacientes pode levar 
a graves complicações de ordem local (cáries extensas, periodontopatias 
progressivas, lesões de mucosas e infecções oportunistas) e de ordem 
sistêmica. 
A atenção integral ao paciente idoso se faz necessário para atender às 
necessidades do paciente como um todo, e também possibilitar maior custo 
benefício, na medida em que reduz recursos financeiros e prioriza a saúde. 
A Política Nacional de Saúde do Idoso enfatiza que o atendimento na atenção 
básica domiciliar tem como objetivo promover a integração com os demais 
níveis de atenção, e garantir a integralidade por meio da aplicação de 
modalidades que atendam às necessidades dos idosos, a partir de condutas 
multidisciplinares, sempre que possível, proporcionando manutenção geral 
de sua saúde. 
As estruturas bucais e do sistema estomatognático sofrem a ação do 
processo de envelhecimento, havendo necessidade de interpretação e 
conhecimento dessas alterações, a fim de promover diagnósticos precisos 
e compatíveis ao estado de saúde em que se encontra o idoso em domicílio. 
As instruções de manutenção de higiene bucal devem ser enfatizadas aos 
cuidadores e familiares desses idosos, pois, em muitos casos, serão 
responsáveis por essas condutas de promoção de saúde bucal e cuidados 
pessoais, devido à perda de capacitação individual, coordenação motora, 
cognição e discernimento da importância dessas ações como fatores 
significantes de saúde 
O uso de próteses inadequadas implicam em impactos negativos na 
qualidade de vida, especialmente no que se refere à preocupação, estresse 
decorrente de problemas na boca e à vergonha. 
Com o aumento do número de pessoas idosas, fica clara a necessidade de 
compreender os diversos aspectos que interferem na manutenção e 
restabelecimento da saúde desses indivíduos, tendo o profissional que 
buscar na Geriatria e Gerontologia as bases para obter conhecimentos 
específicos para intervir corretamente em pacientes com idade avançada. 
A prótese na odontogeriatria: 
 Integração familiar; 
 Integração popular; 
 Resgate da cidadania do idoso; 
 Manutenção da Saúde Geral; 
 Aumento da expectativa de vida; 
O paciente idoso: 
 Alteração da cor da coroa dental; 
 Diminuição da câmara pulpar 
 Volume lingual 
 Mucosa bucal fina e friável 
TIPOS DAS PRÓTESES: 
PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: 
 Uma boa opção para o paciente geriátrico; 
 Repõe grande números de dentes ausentes; 
 Simples; 
 Tempo de confecção; 
 Fácil higienização; 
 Estético: translúcidos 
 Conforto: mais leves, finas; 
 Alta resistência à fratura; 
 Conjugadas por barras metálicas; 
 Cuidados com a higiene são importantes. 
 Principalmente porque há dentes que são pilares de próteses. 
 Lesões ativas: cor mais claras, textura mole, coberta por 
biofilme cariogênico; 
 Lesões inativas: cor escura, duras (hipercalcificação), 
superfícies brilhantes e polidas, margens bem definidas. 
 Controle da placa; 
 Fluorterapia; 
 Controle da dieta; 
PRÓTESE FIXA 
Maior incidência de cárie radicular, menor fluxo salivar, dieta cariogênica, 
higienização diferente; 
PRÓTESE TOTAL 
 
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE 
Prótese total fixa 
Estética, fonética, higiene oral 
Higienização da prótese: 
A opção deve ser sempre pelo tipo de prótese e a mais adequada à 
capacidade de higienização dos pacientes 
IMPORTÂNCIA: Prevenção de cárie; Prevenção de microrganismos 
aspirados ou deglutidos; Evitar a halitose; Estomatite protética; 
LIMPADORES QUÍMICOS POR IMERSÃO: 
Escovação + imersão em limpadores = método eficaz 
 INDICADO PARA PT: Desinfetantes hipoclorito: dissolução da 
parte orgânica do biofilme, inibição do cálculo, clareamento de 
manchas, bactericida e fungicida. Na concentração de 2,25% 
hipoclorito de sódio banho de 10 minutos a cada 4 dias. 
 INDICADO PARA PT E PPR: Clorexidina: ação antimicrobianae 
interfere na capacidade de adesão das células fúngicas em 
substratos inorgânicos; Na concentração de 2% banho de 5 
minutos 1 vez por semana. 
 INDICADO PARA PT E PPR: Peróxidos alcalinos: em tabletes por 
2 0 minutos; 
 INDICADO PARA PT e PPR: Enzimas: lise de proteínas e células 
fúngicas; Uso e, tablete durante 15 minutos 2 vezes ao dia. 
 INDICAÇÃO PARA PT: Ácidos na concentração de 3 a 5 % 
Pequeno período de contato

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