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Políticas públicas de saúde VII Mudanças demográficas e influência na saúde geral: Transição demográfica no Brasil: 1960: População brasileira quase estável, com distribuição etária praticamente constante. População extremamente jovem, com em torno de 52% abaixo de 20 anos e menos de 3%, acima de 65 anos. Significativo declínio da mortalidade, com redução de aproximadamente 41 anos, na década de 30, para 55,7 anos, na década de 60. Leve queda de fecundidade, que passou de 6,1 filhos por mulher na década de 30, para 5,8 filhos por mulher na década de 60. Significativa aceleração do ritmo de crescimento da população, de 2,4% de taxa anual na década de 30, para 2,9% de taxa anual na década de 60. 1970 em diante: Inicia-se um rápido e generalizado declínio da fecundidade no Brasil, passando de 5,8 filhos em 1970, para 2,3 filhos por mulher em 2000. Nível de fecundidade em 2000, bem próximo daquele de reposição, produzindo crescimento nulo da população a longo prazo. Como consequência, a estrutura etária brasileira sofre um estreitamento continuado da base da pirâmide e, consequentemente, envelhecimento populacional, com um aumento da população idosa em torno de 7 milhões. É evidente o rápido processo de envelhecimento nos outros censos brasileiros. 2014 - PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO (PNAD) população idosa chegou a 27,8 milhões de pessoas As estimativas são de que a "virada" no perfil da população acontecerá em 2030, quando o número absoluto e o percentual de brasileiros com 60 anos ou mais de idade vão ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos. “FEMINIZAÇÃO DO ENVELHECIMENTO” Maior taxa de mortalidade masculina devido acidentes e violência. Maior tendência dos homens de serem acometidos por doenças crônicas degenerativas mais precoce. MUITO IDOSOS: Aumento da proporção de idosos com mais de 80 anos entre os próprios idosos. Maior prevalência de doenças crônicas. Maior grau de dependência funcional. O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos nossos grandes desafios Se por um lado, os dados mostram uma melhoria na qualidade de vida dos idosos, com um aumento na expectativa de vida, com um aumento significativo no número desta população, por outro, os idosos apresentam maior carga de doenças e incapacidades, necessitando de mais serviços de saúde. Perfil das doenças nos idosos no Brasil: Sabe-se que independente de qualquer indicador estudado, que as pessoas com mais de 60 anos normalmente apresentam índices maiores de morbidade, se comparados com os demais grupos etários da população, tendo em vista suas condições crônicas de saúde. Na infância e adolescência predominam as doenças infecciosas e parasitárias. Progressivamente, estas cedem lugar às crônicas- degenerativas, que passam a ser mais prevalentes, especialmente nos idosos. Além das transformações demográficas, o Brasil tem experimentado a transição epidemiológica, com alterações relevantes no quadro da morbimortalidade. As doenças infectocontagiosas, cenário próprio de uma população jovem, que eram responsáveis por 40% das mortes, 1950, hoje, é por menos de 10% dos óbitos. O oposto ocorreu com as doenças crônico-degenerativas, enfermidades complexas, típica de países longevos, que perduram por anos, em especial, que representavam 12% das mortes, e agora respondem por mais de 40% dos óbitos. CONSEQUÊNCIAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Mudança no perfil epidemiológico da população Alteração no perfil de morbidade – doenças crônicas não transmissíveis Tripla carga de doenças – doenças transmissíveis, violência e acidentes e doenças crônico-degenerativas. 0 50 100 Doenças Idosos que declaram alguma doença crônica HAS Doenças da coluna Artrite ou reumatismo D. Coração Diabetes Outras doenças Sem doenças O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial, e no Brasil, as modificações vêm ocorrendo de forma radical e bastante acelerada. Segundo o IBGE, a população idosa vai triplicar no País e passará de 19,6 milhões (7,4% da população brasileira), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2060 (26,7%) Dentre as doenças degenerativas, as afecções do aparelho circulatório, as neoplasias e as doenças do aparelho respiratório são as principais causas de morte em maiores de 60 anos, sendo porém, alta a proporção de óbitos por causas mal definidas, o que reflete a precária assistência médica e a reduzida qualidade de informação. Dentre as doenças auto-referidas pelos idosos, estão a hipertensão arterial, artrite/artrose, diabetes, além de risco nutricional, depressão, sedentarismo e dependência funcional. O envelhecimento populacional se traduz numa maior carga de doenças na população, mais incapacidades e um aumento no número de serviços de saúde. No entanto, estudos recentes vêm apontando que as doenças crônicas, bem como suas incapacidades, prevalentes nos idosos, NÃO são consequências INEVITÁVEIS do envelhecimento. A prevenção é efetiva em qualquer nível, mesmo nas fases mais tardias da vida. A PREVENÇÃO é a chave para melhoria na qualidade de vida do idoso. Prevenção primária: Educação em saúde (EMPOWERMENT) Atividades físicas Grupos de convivência Prevenção do isolamento social Vacinas Tétano, pneumocócica, influenza Prevenção de perdas dentárias, nutricional Prevenção secundária: Condições clínicas HAS, DM, osteoporose Antecipação de danos sensoriais Auditivos, visuais, proprioceptivos Protocolos para avaliação e intervenção Risco de quedas, alteração do humor e perdas cognitivas Prevenção terciária: Reabilitação antecipada Idoso portador de uma patologia que pela história natural da doença vai levar a uma sequela/incapacidade; Doença de Alzheimer Reabilitação Restabelecer sequelas deixadas por doença; AVC; Prevenção quaternária: Pacientes queixosos (enfermidade) sem doença de base estabelecida – estágio IV Poliqueixoso; Hiperutilizador; PREVENÇÃO QUATERNÁRIA Políticas públicas do idoso: Quando uma pessoa é considerada idosa no Brasil? No Brasil é considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais, enquanto que nos países desenvolvidos idoso é aquele que tem 65 anos ou mais (OMS). Envelhecimento saudável: Envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, com modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, que determinam perda de capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos. Pr é- pa to gê nic o Remover causas e fatores de risco Inclui promoção da saúde e proteção específica Imunização, orientação de atividade sísica, aconselhamento genético. Pr é- sin to m át ico Detectar um problema em estágio subclínico e tratamento Rastreamento diagnóstico precoce e limitação de dano Mamografia, citopatológico do colo uterino, medida da PA Sin to m át ico Recuperar o prejuízo funcional Reabilitação Reabilitação cardíaca após IAM, fisioterapia após AVE. His tó ria n at ur al da d oe nç a Ações que visam evitar a iatrogenia associadas as intervenções médicas, como a sobremedicalização ou os excessos preventivos Procedimento científica e eticamente aceiitáveis Prescrição com cautela, solicitar apenas exames realmente necessários, cuidado com intervenções invasivas; Fatores de risco Instalação da doença Sintomas e detecção clínica Complicação da doença MORTE Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária Todas as alterações que ocorrem em pessoas idosas são decorrentes de seu envelhecimento natural? É correto tratar o envelhecimento natural como doença a partir da realização de exames e tratamentos desnecessários, originários de sinais que podem ser facilmente explicados pela senescência? O prolongamento da vida é umaaspiração de qualquer sociedade. No entanto, só pode ser considerado como uma real conquista na medida em que se agregue qualidade aos anos adicionais de vida. O idoso, neste contexto do envelhecimento, preservando sua capacidade funcional e sua autonomia, isto é, sua capacidade de se manter as habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida independente e autônoma, mesmo com alguma morbidade crônica, é considerado como um idoso saudável. A dependência, física ou mental, é um fator de risco para mortalidade, mais até do que as doenças que levaram à dependência. Estas características mantêm os idosos integrados em um ambiente agradável, desenvolvendo habilidades para uma vida com qualidade, mantendo sua independência e sua autodeterminação. Portanto, a longevidade não impede o idoso de conduzir sua própria vida e decidir sobre seus interesses. Como envelhecer bem? 1. Diga não ao isolamento. Tenha uma vida social ativa, interaja com as pessoas 2. Diga não ao cigarro e ao cachimbo; 3. Mantenha a cabeça ocupada: aprenda uma nova habilidade, como idiomas, conhecimentos de informática e música; 4. Seja positivo, não pense em coisas ruins como doenças; 5. Não exagere nas bebidas alcóolicas; 6. Adote uma alimentação saudável; 7. Pratique atividades física mesmo que seja uma simples caminhada diária; 8. Mantenha o peso sob controle; 9. Não faça automedicação; 10. Visite regularmente o médico; 11. Divirta-se: Vá ao cinema, ao teatro, saia para dançar; Os idosos estão tendo um envelhecimento saudável? Cotidianamente, os idosos brasileiros convivem com o medo da violência, falta de assistência médica e de hospitais e escassas atividades de lazer, além das angústias com os baixos valores das aposentadorias e pensões. À desinformação, ao preconceito e ao desrespeito aos cidadãos da terceira idade, somam-se a precariedade de investimentos públicos para atendimento às necessidades específicas da população idosa, e mesmo de recursos humanos, tanto em quantidade como em qualidade. São necessárias Políticas Públicas direcionadas ao paciente idoso; que Propõem condições e ações necessárias para melhorar e manter a qualidade de vida da população e responder as necessidade de saúde da população, garantindo integralidade da atenção. Políticas públicas de saúde para o idoso: Quando se pensa na elaboração de uma nova política de cuidado para o idoso baseada na qualidade de vida, assume-se importância o conceito de CAPACIDADE FUNCIONAL E AUTONOMIA. As iniciativas mais adequadas para se estruturar e viabilizar uma política de saúde de atenção ao idoso são as de promoção de saúde, de assistência e de reabilitação à saúde que têm como meta aprimorar, manter ou recuperar a capacidade funcional e a autonomia do indivíduo por maior tempo possível. 1992 Política nacional do idoso 2003 Estatuto do idoso 2006 Política nacional de saúde da pessoa idosa 2006 Pacto pela vida Política nacional do idoso LEI Nº 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994 Tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade Considera idoso – maior de 60 anos de idade Priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência; PROPÕE DIVERSAS AÇÕES EM DIFERENTES ÁREAS Promoção e assistência social; Saúde Educação Trabalho e previdência social Habitação e urbanismo Justiça Cultura esporte e lazer Campo da saúde: Garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de atendimento do Sistema Único de Saúde; Prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso, mediante programas e medidas profiláticas; Adotar e aplicar normas de funcionamento às instituições geriátricas; Fornecer medicamentos, órteses e próteses, necessários à recuperação e reabilitação da saúde do idoso; Capacidade funcional Necessidade de autonomia Participação do cuidado Auto- satisfação Envelhecimento saudável 0 idoso terá atendimento preferencial nos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população. Realizar estudos epidemiológicos de determinadas doenças do idoso, com vistas a prevenção, tratamento e reabilitação Estatuto do idoso: LEI 10741/03 Garantir os DIREITOS FUNDAMENTAIS da pessoa idosa, principalmente no que se refere às suas condições de saúde, dignidade e bem-estar. Considera-se pessoa idosa aquela com 60 anos ou mais. art. 3º Que estabelece ser obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Doo direito à saúde: Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS) Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei. Assegurou direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS Política nacional de saúde da pessoa idosa: PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos Diretrizes Promoção do envelhecimento ativo e saudável; Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa Estímulo à ações Inter setoriais, visando a integralidade da atenção Implantação do serviço de atenção domiciliar Acolhimento preferencial nas unidades de saúde Provimento de recursos necessários para assegurar qualidade de atenção à saúde da pessoa idosa Estímulo à Participação e Fortalecimento do Controle Social Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do sus na área de saúde da pessoa idosa Divulgação da PNSI a todos os profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS Cooperação nacional e internacional das experiências de atenção à saúde da pessoa idosa Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas Promoção do envelhecimento ativo e saudável: ENVELHECIMENTO ATIVO: Menor probabilidade de doença; Alta capacidade funcional; Engajamento social ativo; A efetivação dessa diretriz passa não somente pelo setor saúde, mas é de responsabilidade direta das famílias dos idosos que devem se esforçar para adotar práticas saudáveis em todas as fases da vida. A promoção da saúde deve acontecer em todas as fases da vida, pois muitas das doenças crônicas que se manifestam na terceira idade são ocasionadas por fatores de risco e hábitos de vida que os idosos adotaram durante anos, como o tabagismo, alcoolismo, má alimentação e sedentarismo. EMPODERAMENT EMPODERAMENTO: Processo que procura possibilitar que indivíduos e coletivos aumentem o controle sobre os determinantes da saúde para, desta maneira, terem uma melhor saúde Processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo É necessário que os ambientes de apoio façam com que as opções saudáveis sejam mais fáceis!!!! Atenção integral e integrada à saúdeda pessoa idosa: Visa garantir à pessoa idosa um dos princípios fundamentais do SUS – integralidade A atenção ao idoso precisa englobar a sua totalidade (saúde física, saúde mental, ambiente, trabalho, cultura, lazer, etc.) Cuidado integral exige uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar Uma abordagem preventiva e uma intervenção precoce são sempre preferíveis às intervenções curativas tardias. Para tanto, é necessária a vigilância de todos os membros da equipe de saúde, a aplicação de instrumentos de avaliação e de testes de triagem, para detecção de distúrbios cognitivos, visuais, de mobilidade, de audição, de depressão e do comprometimento precoce da funcionalidade, dentre outros. Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa Aprimoramento da qualidade técnica da atenção à saúde prestada à pessoa idosa Adequação de estrutura física dos serviços Qualificação e de capacitação de recursos humanos Estímulo à participação e fortalecimento do controle social Inclusão nas Conferências Municipais e Estaduais de Saúde de temas relacionados à atenção à população idosa Estímulo à participação de cidadãos e cidadãs idosos na formulação e no controle social das ações deliberadas nessas Conferência Pacto pela saúde: Pacto pela vida: Gestores do SUS dos governos federal, estadual e municipal Considerando os dados da situação de saúde do pais Foram definidos seis prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira SAÚDE DO IDOSO: Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral. CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA: Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama. MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA: Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarreica e por pneumonias. DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS: Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias. PROMOÇÃO DA SAÚDE: Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE: Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS. Programa melhor em casa: Histórico 1970 Reforma sanitária 1986 VIII Conferência nacional de saúde 1988 8º constituição federal brasileira 1990 Criação do SUS 1991 PACS 1994 PSF 2001 NDAS 2006 Pacto pela saúde 2006 Port. 648 A população envelhece: 1981: 6 idosos para cada 12 crianças de até 5 anos 2004: 6 idosos para casa 5 crianças de até 5 anos CONSEQUÊNCIAS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Mudança no perfil epidemiológico da população Alteração no perfil de morbidade – doenças crônicas não transmissíveis Tripla carga de doenças – doenças transmissíveis, violência e acidentes e doenças crônico-degenerativas Necessidade de atenção primária a saúde: Situação epidemiológica predominante: condições crônicas Organização atual do SUS centrado em doenças agudas; Consequência: CRISE DO MODELO DDE ATENÇÃO A SAÚDE; Atenção primária à saúde torna-se cada vez mais indispensável A Atenção Primária à Saúde compreende um conjunto de ações, de caráter individual e coletivo, que engloba a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação e constitui o primeiro nível da atenção do Sistema Único de Saúde. 40% da população saudável; 40% da população saudável com fator de risco; 10% doenças agudas; 10% incapacidades; Modelos de atenção: Po rt ar ia nº 39 9, d e 22 d e fe ve re iro de 2 00 6 Pacto pela vida Pacto em defesa do SUS Pacto de gestão do SUS • A partir das necessidades de saúde da populaçãoAdequação • Enfrentamento das condições crônicas e impacto nos díveis de saúde da populaçãoEfetividade •Menores custos e redução de procedimentos mais carosEficiência • Discriminam positivamente grupos e regiões mais carentesEquidade • Ênfase na promoção da saúde e na prevenção de doençasMaior qualidade Modelo médico assistencial privativista Hospitalocêntrico Verticalizado Fragmentado Tecnicista Ineficiente Pouco resolutivo Modelo de vigilãncia da saúde Coe^rente com os princípios e diretrizes do SUS PSF como eixo estruturante APS organizada Estratégia de saúde da família Princípios organizacionais da ESF: Realizar atenção à saúde na UBS ou em domicílio, nos casos de impossibilidade de vir a unidade. UBS: As Unidades Básicas de Saúde (UBS) fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, estruturando e organizando a rede de urgência e emergência no país, para integrar a atenção às urgências. A atenção primária é constituída pelas unidades básicas de saúde (UBS) e Equipes de Saúde da Família. Territorialização e adscrição da clientela Planejamento e programação local Referência e contra – referência Atendimento à demanda espontânea e primeiro atendimento de urgência; Atenção integral Se o atendimento domiciliar já é previsto na esf, para que ter um programa específico para esse tipo de atendimento? Quais as vantagens do atendimento domiciliar? Atenção domiciliar: Consiste numa modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. VANTAGENS: Relação mais humanizada Aumento de confiança e vínculo, com uma identificação e proximidade do cuidador para além da função técnica e da instituição hospitalar. Usuário no lugar de sujeito do processo e menos como objeto de intervenção Melhorar e ampliar a assistência no SUS a pacientes com agravos de saúde, que possam receber atendimento humanizado, em casa, e perto da família Pacientes submetidos a cirurgias e que necessitam de recuperação poderão ser atendidos em casa, e terão redução dos riscos de contaminação e infecção. Estudos apontam que o bem estar, carinho e atenção familiar aliados à adequada assistência em saúde são elementos importantes para a recuperação de doenças. Para quem é direcionado o programa? Pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica, por exemplo, terão assistência multiprofissional gratuita em seus lares, com cuidados mais próximos da família. Qual o objetivo principal? O programa também ajudará a reduzir as filas nos hospitais de emergência, já que a assistência, quando houver a indicação médica, passará a ser feita na própria residência do paciente, desde que haja o consentimento da família. Estima-se (estimativa do departamento de atenção básica e da coordenação geral de gestão hospitalar) que com a implantação da atenção domiciliar obtém-se economia de até 80% nos custos de um paciente, quando comparado ao custo desse mesmo paciente internado em um hospital. Como funciona o programa? As equipes de atenção domiciliar do melhor em casa serão contratadas por estados e municípios. O atendimento à população será feito durante toda a semana (de segunda a sexta-feira), 12 horas por dia e, em regime de plantão, nos finais de semana e feriados. Os pacientes terão visitas regulares das equipes e serão monitorados permanentemente. A frequência de visitas se dará conforme o estado clínico e avaliação de cada paciente. Haverá a figura do cuidador, que poderá ser ou não membro da família. O cuidador será a referência da família para as equipes do melhor em casa. Qual a composição das equipes do programa? EMAD (equipe multidisciplinar de atenção domiciliar): A equipe mínima: médico; enfermeiro; fisioterapeuta ou assistente social; técnicosou auxiliares de enfermagem; 1. 02 (dois) médicos (as) com carga horária mínima de 20 horas semanais ou 01 (um) médico (a) com carga horária de 40 horas semanais; 2. 02 (dois) enfermeiros (as) com carga horária mínima de 20 horas semanais ou 1 (um) enfermeiro (a) com carga horária de 40 horas semanais; 3. 01 (um) fisioterapeuta com carga horária de mínima de 30 horas por semana ou 01 (um) assistente social com carga horária mínima de 30 horas por semana; e 4. 04 (quatro) auxiliares/técnicos de enfermagem com carga horária de 40 horas por semana. EMAP (Equipe mulltidisciplinar de apoio a EMAD) 1. 03 profissionais de saúde de nível superior com carga horária semanal mínima de 30 horas 2. Assistente social 3. Fisioterapeuta 4. Fonoaudiólogo 5. Nutricionista 6. Odontólogo 7. Farmacêutico 8. Terapeuta ocupacional ORGANIZAÇÃO: Atenção domiciliar 1 (AD1) Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde controlados/ compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde. Usuários que necessitem de cuidados com menor frequência e menor necessidades de recursos Equipes de saúde da Família, NASF, através de visitas domiciliares, uma vez por mês. Atenção domiciliar 2 (AD2) Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde. Usuários que necessitem de cuidados com maior frequência e maior necessidades de recursos de saúde e acompanhamento contínuos, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção. Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e da Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP). Atenção domiciliar 3 (AD3) Destina-se aos usuários que possuam problemas de saúde com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde. Usuários que necessitem de cuidados com maior frequência e maior necessidades de recursos de saúde e acompanhamento contínuos e uso de equipamentos (oxigenoterapia e suporte ventilatório não invasivo), podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção à saúde. Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD) e da Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP). Nas modalidades AD2 e AD3, deverá ser garantido, transporte sanitário e retaguarda de unidades assistenciais de funcionamento 24 hs. CONFIGURAÇÃO DAS EQUIPES: A EMAD deverá atender a uma população adstrita de 100 mil habitantes, com base no local de residência do usuário; Poderá estar alocada nos diversos tipos de serviços de atenção à saúde tais como hospital, UPA, UBS, Centros especializados e ESF; devendo estar vinculada administrativamente ao SAD Não deve haver superposições de EMAD em uma mesma base territorial ou populacional; Para dar suporte e complementar as ações de saúde da atenção domiciliar, quando clinicamente indicadas, será designada 1 EMAP. Atenção domiciliar e a constituição das redes de atenção (RAS) Os serviços de Atenção Domiciliar (SAD) e as equipes que o compõem têm o papel de, além de cuidar dos pacientes no domicílio, ajudar a fazer a gestão do cuidado dos mesmos e realizar a articulação dos pontos de atenção. Os pacientes que se beneficiarão com a atenção domiciliar poderão ter três origens: Atenção Básica: Uma equipe de ESF pode indicar a inserção de um idoso acamado em decorrência de uma sequela de AVC, inserido na modalidade AD1, e que evoluiu na modalidade AD3 sob cuidados de uma EMAD. Serviço de Atenção às Urgências e Emergências: Politraumatizado que dá entrada na UPA, mas que tem condições de ter os cuidados necessários realizados em domicílio, podendo ser inserido na modalidade AD2 e passar a ser cuidado por uma EMAD com apoio de uma EMAP. Hospital: Paciente hospitalizado pode ter condições e indicação de concluir/ continuar o plano de cuidados em casa, inserido na modalidade AD3, sob os cuidados de uma EMAD. Saúde geral e influência na saúde bucal A ciência tem encontrado várias áreas de interface entre diversos aspectos da saúde sistêmica dos idosos com as condições de saúde bucal. Bactérias orais e doenças sistêmicas: A microbiota da cavidade oral pode variar durante a vida do paciente e ela difere entre os pacientes dentados e desdentados. Pacientes dentados pode ocorrer presença de bolsas periodontais e desenvolver bactérias anaeróbicas de espiroquetas. Pacientes desdentados diminuem a presença de micro-organismos anaeróbicos e aumento de leveduras e lactobacilos Perfil das doença nos idosos no Brasil: Dentre as doenças degenerativas, as afecções do aparelho circulatório, as neoplasias e as doenças do aparelho respiratório são as principais causas de morte em maiores de 60 anos. Dentre as doenças auto referidas pelos idosos, estão a hipertensão arterial, artrite/artrose, diabetes, além de risco nutricional, depressão, sedentarismo e dependência funcional. Problemas circulatórios X saúde bucal: A endocardite bacteriana, em que bactérias são de origem endodônticas podem penetrar na corrente sanguínea e se instalar no coração podendo causar vários riscos a vida do paciente. Idosos acamados, em UTI: Espera-se que os cuidadores, equipe de enfermagem, familiares cuidassem da saúde bucal desta pessoa. Intervir na saúde bucal da pessoa idosa. Problemas respiratórios como a pneumonia são a maior causa de morte entre os idosos... PORQUÊ????? Com o processo do envelhecimento ocorre uma diminuição da eficiência do sistema mucociliar na limpeza do trato respiratório. Pneumonia por aspiração por bactéria- bactérias da boca e do estômago entram para vias aéreas e pulmões. Como o organismo se protege desta aspiração por bactérias? Tosse, transporte ciiar ativo e resposta imune; A presença de biofilme, doença periodontal ou uso de próteses (associada ao biofilme) (colonização de bactérias), está relacionada a aspiração bacteriana e consequentemente a maior incidência de pneumonia aspirativa. Qual seria a conduta do CD para evitar uma possível complicação ao paciente? Tratamento endodôntico – cuidado especial no procedimento - alterações fisiológicas próprias dos idosos como atresia do conduto radicular. Pacientes com dificuldade de locomoção ou problemas neurológicos ou psiquiátricos deve ser realizadas atendimento domiciliar. Hipertensão X saúde bucal: Uso de anti-hipertensivos e complicações orais Diminuição da secreção salivar (xerostomia): Aumento da incidência de cáries; Má adaptação de próteses; Sensação de queimação/ ardência; Dificuldade de mastigação e deglutição Hiperplasia gengival: Dificuldade de higienização; Dificuldade de mastigação; Interferência na fala; Comprometimento estético Inviabilizar a realização de alguns tratamentos mais invasivo. Diabetes X saúde bucal: Uma das principais causas de mortalidade no país “A doença periodontal, se destaca, por ser a manifestação clínica odontológica mais comum no paciente diabético, presente em cerca de 75% dos casos, e ser ao mesmo tempo, uma das patologias bucais mais prevalentes no paciente idoso (VERNILLO, 2003).” “Atualmente, existem evidências científicas que relacionam a doença periodontal como um empecilho para obter-se um adequado controle metabólico no paciente diabético (ANDRADES et al, 2009).” “Pesquisas recentes afirmam que o manejo adequado das infecções periodontais nas pessoas com DM sem controle glicêmico pode restabelecer valores normais da glicemia (TAYLOR, 2003).” COMPLICAÇÕES BUCAIS: Clinicamente, as complicações bucais de um paciente diabético podem incluir: Gengivite Periodontite Disfunção da glândula salivar e xerostomia Suscetibilidade para infecções bucais agudas, como pelo fungo cândida albicans e o vírus herpes simples Síndrome da ardência bucal Alteração do paladar As complicações são mais severas com pacientes diabéticos tipo I; O diabetes pode contribuirpara uma maior incidência da doença periodontal, uma vez que: causa divergência na resposta do hospedeiro para patogenia periodontal; prejuízo na imunidade; doença vascular periférica; causa um nível relativamente alto de glicose na saliva, fornecendo substrato para crescimento bacteriano e inibindo fibroblastos de auxiliar na recuperação periodontal; A diabetes é considerada como um dos fatores sistêmicos que agravam a resposta do periodonto à placa bacteriana; causando alterações de resistência dos tecidos orais, como resposta inflamatória aumentada, modificações vasculares, cicatrizações deficientes e alterações na microbiota oral. Inversamente, a doença periodontal pode resultar num controle mais pobre da glicemia. Agentes produzidos durante o processo de inflamação na doença periodontal parecem causar à insulina em tecidos adjacentes. DIABETES MELITO: Baixo risco tratamento não cirúrgico e cirúrgico sem restrições; Bom controle metabólico; regime médico estável; ausência de história de cetoacidose e hipoglicemia; ausência de complicações do diabetes; glicemia em jejum menor que 200 mg/dl; Risco moderado Não cirúrgico sem restrições; cirúrgico restrito (após ajuste da dosagem de insulina e em comum acordo com o médico da unidade) - exodontias simples e gengivoplastia; Controle metabólico razoável; em regime médico estável; ausência de história de cetoacidose e hipoglicemia; poucas complicações do diabetes; glicemia em jejum menor que 250 mg/dl; Alto risco Somente exames, radiografias e instruções de higiene horal; Controle metabólico deficiente; sintomas frequentes de cetoacidose e hipoglicemia; múltiplas complicações do diabetes; glicemia em jejum acima de 250 mg/dl; Aspectos nutricionais X saúde bucal: As Deficiências nutricionais causam baixa imunidade, aflorando em doenças bucais, como sangramentos, inflamações... Artrites X saúde bucal: Inflamação nas articulações, que pode ser causada por diversos fatores como distúrbios auto imune, trauma, lesão por esforço repetitivo ou infecção (fúngica, bacteriana ou viral). Resultado na saúde bucal: xerostomia, decorrente ao uso de medicações anti-inflamatórios. Pode atingir a ATM, podendo ocasionar perda de dimensão vertical, bruxismo. Osteoporose X saúde bucal: É uma doença sistêmica progressiva, que leva a uma desordem esquelética. Diminuição de substância mineral do tecido ósseo, deixando o osso mais poroso. Cerca de 10 milhões de idosos de brasileiros sofrem com osteoporose. Somente uma a cada 3 pessoas diagnosticada com osteoporose. Somente uma a cada 5 pessoas com osteoporose recebem o tratamento adequado. Consequência odontológica: Maior causa de perda de implantes Estilo de vida dos idosos X saúde bucal: Dependência de alcool em 6% das mulheres idosas e 11% dos homens idosos. Este vício leva a danos no estômago, rim, fígado... A fumaça do cigarro torna-se precursora para formação de cálculos dentais, desenvolvendo problemas periodontais. Cigarro está associado a secura da mucosa, engrossamento da saburra lingual. O cigarro está associado a dificuldades em formação da matriz óssea (insucesso em casos de implantes dentários). Alzheimer X saúde bucal: Algumas doenças que não tem etiologia exatamente definida apresentam possíveis interações com doenças periodontais, como demência de Alzheimer (relacionada a um processo inflamatório pelo qual uma reação inflamatória no cérebro). Saúde bucal dos idosos Saúde bucal na terceira idade: Buscando a auto estima: “Estudos sobre o impacto das condições bucais na qualidade de vida e no bem estar do paciente na terceira idade revelam que os aspectos funcionais, psicológicos e sociais são significativamente afetados por uma condição insatisfatória.” (Locker & Slade, 1993) Prevenindo outras doenças: “A manutenção precária da saúde bucal pode levar a complicações catastróficas. Há indícios de que doenças bucais não tratadas podem levar a infecções sistêmicas.” (Slavkin,1999) Buscando uma condição nutricional adequada: “A perda de dentes ou uma dentição comprometida, dores bucais podem forçar muitos pacientes idosos a alterar seus hábitos alimentares, afetando a qualidade nutricional da dieta.” (Rosemary,2000) Melhorando a percepção sobre a saúde bucal: “Trata-se de retirar da população da terceira idade, o estigma de naturalmente doente, ideia que o próprio indivíduo tem de si. Este aspecto é fundamental para se manter a motivação para o autocuidado e com isso, a promoção da saúde.” (Rosemary,2000) Principais dificuldades encontradas no atendimento ao idoso: Existem idosos de diferentes níveis econômicos, culturais e de saúde; Idosos com diferentes níveis de motivação quanto à manutenção da saúde bucal; Dessa forma, essas diferenças podem afetar a aceitação, a realização e o sucesso do tratamento. É necessário conhecer as alterações fisiológicas e patológicas que acometem o organismo do paciente idoso, bem como os aspectos psicossociais de interesse para este indivíduo. Cirurgião dentista também deve estar em contato direto com o médico; Saúde bucal do idoso: Muitos problemas odontológicos no idoso são complicações de processos patológicos acumulados durante a vida. Devido à: Higiene bucal deficiente Iatrogenias Falta de orientação e interesse em saúde bucal Não acesso aos serviços de assistência odontológica Principais agravos que acometem a saúde bucal do idoso: Câncer bucal, Cárie radicular, Doença periodontal, Xerostomia, Lesões de tecidos moles, Abrasão/erosão dentária, Halitose, Edentulismo /necessidade de prótese ou uso de prótese mal adaptada. Principais agravos que acometem a saúde bucal do idoso: Dificuldade ao se alimentar ou mudança de hábitos alimentares Queixa de dor ou desconforto. Queixas no momento da higiene oral ou da manipulação da sua boca. Mau hálito. Boca seca ou ardência bucal. Deve ser realizado um exame criterioso para detecção destas condições e seus fatores determinantes. Interação multidisciplinar com a equipe de saúde, com abordagem individualizada fazem parte do processo de atenção em saúde bucal do idoso Feridas na boca. Sangramento gengival. Patologias bucais mais relevantes: Cárie radicular: Quando existe recessão gengival As raízes dos dentes podem ficar expostas, ficando mais susceptíveis à cárie dentária. Como os idosos apresentam uma maior predisposição para recessões gengivais (Perda de inserção periodontal) Cáries radiculares aumentam Deterioração de tecidos periodontais: A deficiência física, a falta de motivação e de habilidade para executar determinadas tarefas em casa são obstáculos para que o idoso realize uma higiene oral recomendada e adequada. Problemas motores na população geriátrica: artrite e o mal de Parkinson Doença periodontal em idosos: Observa-se presença de cálculo e gengivites bem mais constantes Redução na capacidade de defesa do sistema imunológico Reparação óssea e da mucosa comprometida (envelhecimento das células do periodonto), Diminuição da destreza manual e acuidade visual. Xerostomia (falta de saliva) Queixa comum entre os idosos. CAUSAS PRINCIPAIS: Processo do envelhecimento com hipofunção glandular, Medicamentos, Falta de ingestão de líquidos, Radioterapia de neoplasias malignas Estados emocionais importantes. Patologias sistêmicas associadas PROVOCA: Maior risco à cárie dentária, Incômodo no uso da prótese, Alteração do paladar, Mau hálito, Lábios ressecados e Dificuldades na mastigação, deglutição e fala. Disfunções salivares no idoso: Muitas vezes está relacionada ao alto consumo de medicamentos de uso contínuo, que podem apresentar reação adversa diminuindo o fluxo salivar Substituição destes, se não for possível, em geral, o tratamento da “boca seca” é paliativo. O QUE FAZER? Aumentar aprodução de saliva Estímulo à mastigação (uso de gomas de mascar ou balas sem açúcar pode ser eficiente), Aumento do consumo de água (muitas pessoas não tomam água em quantidade adequada), Uso de substitutos de saliva (saliva artificial), lubrificantes de lábios. A aplicação tópica de flúor pode ser indicada de acordo com o risco à carie. Perda de estrutura dentária em idosos: Desgaste dentário: Fisiológico ocorre com o envelhecimento ATRIÇÃO: Perda de estrutura dentária causada pelo contato de dentes antagonistas durante a oclusão e mastigação. Muitas vezes é fisiológica Quando a perda é extensa e afeta a estética e a função - patologia OBSERVAR: Qualidade inferior ou ausência de esmalte (fluorose); Abrasivos dentais; Bruxismo ABRASÃO: Perda patológica de estrutura dentária por um processo mecânico anormal. CAUSAS: Mais comum: escovação dentária com pasta abrasiva; escovação horizontal intensa; Outras: hábitos de colocar grampos, cachimbos, alfinetes, entre os dentes. EROSÃO: Perda da estrutura dentária por processo químico que não envolve ação bacteriana Ácidos Alimentos e bebidas Medicamentos Regurgitação involuntária (refluxo) Regurgitação voluntária – bulimia Ao se relacionar a gengivite, a periodontite ao aumento da idade Percebe-se uma diminuição da vascularidade Uma menor capacidade de reparação e multiplicação tecidual Acarretando em uma maior predisposição às doenças periodontais. ABFRAÇÃO: A abfração ação de forças tensionais Apresenta-se clinicamente como um defeito em forma de cunha na região cervical do dente. Lesões em forma de cunha Margens bem definidas Profundas Maior incidência em dentes inferiores Halitose: Requer abordagem multidisciplinar. Causas principais: Hábitos alimentares, Xerostomia e Má higiene bucal. A saburra lingual é também causa de halitose Saburra lingual: Película amarelada que fica sobre a superfície lingual equivalente a uma placa lingual, Resulta de restos de alimentos e células mortas, diminui a percepção do gosto dos alimentos. Além disto, medicamentos normalmente ingeridos pelos idosos provocam uma diminuição do fluxo salivar, o que prejudica mais a limpeza da saburra da língua. Papilas estão obstruídas pela saburra Envelhecimento normal há uma diminuição dos botões gustativos (que ficam na língua) e que são responsáveis pela percepção dos sabores. Diminui a percepção do gosto dos alimentos. A limpeza da língua pode ser feita com gaze embebida em solução, escovação ou raspadores de língua sempre de modo delicado para não provocar náuseas. Lesões de tecidos moles: Queilite actiníca Alteração produzida pela exposição crônica a radiação ultravioleta (radiação solar) Ocorre na maioria das vezes na mucosa labial inferior na forma de lesões brancas, com perda do limite do vermelhão do lábio inferior com a pele e pode apresentar descamação, áreas erosivas e eritematosas. TRATAMENTO: Protetor solar labial FPS 30 no mínimo, Chapéu de abas largas e, Em caso de descamação, Bepantol creme uma vez ao dia ao deitar. Paciente deve ser acompanhado em com retornos periódicos. Candidíase ou candidose: Tratamento: Corrigir fatores predisponentes locais ou sistêmicos; antifúngicos (bochechos com nistatina e aplicação de miconazol gel) Sendo ela caracterizada sob a forma de úlceras destacáveis - compostas por restos epiteliais, fungos, bactérias, fibrinas e restos alimentares - pode ser localizada sob a forma de puntiforme aglomeradas ou isoladas; ou arredondadas Relacionada a uso de próteses: Na área chapeável, notadamente em pacientes idosos. Relacionada à quelite angular: Infecção secundária das comissuras labiais por perda da dimensão vertical. Edentulismo: Procedimentos reabilitadores que preservem os elementos dentais, por meio da organização de uma rede de cuidados progressivos. Próteses desadaptadas: Fatores predisponentes ao aparecimento de estomatites. A estomatite protética - reação inflamatória dos tecidos bucais que estão em contato com as próteses, é bastante comum em idosos e podem estar associada a quadros de candidose. Estomatite protética Essa reação possa decorrer, também: Pelo desenho incorreto da prótese, Alergia a base da dentadura, ou a uma polimerização inadequada da resina acrílica. HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA Caracteriza-se por um aumento tecidual de tamanho variável (poucos milímetros até vários centímetros), superfície lisa ou lobulada, crescimento lento, com localização variável, pois depende do trauma. Localização mais comum: palato, rebordo alveolar, fundo de sulco e mucosa jugal. TRATAMENTO: Candidíase ou candidose: Mudança do modelo de oferta dos serviços odontológicos, buscando a incorporação e a universalização das tecnologias preventivas das principais doenças bucais (cárie e doença periodontal). Lesão reacional causada por um trauma crônico de baixa intensidade (próteses desadaptadas ou com câmara de sucção, dentes fraturados). É uma infecção causada pelo fungo denominado Candida Albicans, que acomete frequentemente a mucosa bucal do idoso. Infecção oportunista. Remoção total do tecido hiperplásico (exame histopatológico). Remoção do fator irritante que gerou a lesão. Casos de hiperplasia fibrosa inflamatória provocada por câmara de sucção no palato podem ser solucionados com a técnica de compreensão gradual (preenchimento com resina). Manifestações orais Câncer de boca: O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral e está entre as principais causas de óbitos por neoplasias. Lábios e o interior da cavidade oral. Gengivas; Mucosa jugal (bochechas); Palato duro (céu da boca); Língua (principalmente as bordas), assoalho Epidemiologia: O câncer do lábio é mais comum; Pessoas brancas; Estimativa de novos casos: 14.700, sendo 11.200 homens e 3.500 mulheres (2018 - INCA); Número de mortes: 5.401, sendo 4.223 homens e 1.178 mulheres (2013); Fatores de risco: Idade superior a 40 anos Tabagismo Etilismo Má Higiene Oral Uso de próteses mal adaptadas Dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras Prevenção: Tabaco: De acordo com a OMS, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. Quanto mais frequente for o ato de fumar, maiores serão as chances de desenvolver câncer de boca. Etilismo: o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. Vírus HPV: O vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca. Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de lábios. Sintomatologia: Os principais sinais que devem ser observados são: Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha) Nódulos (caroços) no pescoço Rouquidão persistente Nos casos mais avançados observa-se: Dificuldade de mastigação e de engolir Dificuldade na fala Sensação de que há algo preso na garganta Diagnostico: O exame de toda a cavidade bucal deve ser feito de maneira metódica; Identificação de próteses dentárias ou outras prováveis causas de trauma contínuo. As lesões, sempre que possível, devem ser palpadas, a fim de se confirmar seus reais limites e o acometimento de estruturas adjacentes. A palpação das cadeias linfáticas cervicais completará o exame; Biópsia da lesão: biópsia incisional Autoexame (prevenção): Palpação no rosto e pescoço em busca de caroços Palpação da região sublingual Observação de lábios e bochechas em busca de alterações Percorrendo a gengiva e os dentes com o dedo Não esqueça do palato (céu da boca) Língua Prognóstico: Considerando a mortalidade, o câncer da cavidade oral ocupa o nono lugar entre os outros tumores malignos, correspondendo a 2,8% das mortes por câncer no Brasil12. Tratamento: Cirurgia Radioterapia Quimioterapia Carcinoma epidermóide: O câncer da cavidade oral está entre os dez tipos de neoplasias mais frequentes na população brasileira. Corresponde entre 90% a 95% dos casos de câncer na boca. 5º mais incidente em homens e o 7º tipo de neoplasia mais incidente em mulheres. Prognóstico: Considerando a mortalidade, o câncer da cavidade oral ocupa o nono lugar entre os outros tumores malignos, correspondendo a 2,8% das mortes por câncer no Brasil12. O câncer da cavidade oral está entre os dez tipos de neoplasias mais frequentes na população brasileira, incluindo os carcinomas de orofaringe. O carcinoma espinocelular (CEC) ou epidermoide de boca corresponde entre 90% a 95% dos casos de câncer na boca. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)10, esse tipo de carcinoma é o quinto mais incidente em homens e o sétimo tipo de neoplasia mais incidente em mulheres. Localização: Assoalho de boca com 51 (22,7%) Língua com 49 (21,8%) Lábio (16,4%) Área retromolar (16%) IDOSOS: Xerostomia; imunossupressão; Dificuldade de cicatrização Maior susceptibilidade aos problemas bucais Extrações Profiláticas: Dentes comprometidos Destruição periodontal agressiva após irradiação; Mucosite após quimioterapia; Considerações odontológicas: Interação entre CD e médicos: tratamentos odontológicos prévios à rádio/quimioterapia; Orientação sobre dieta e controle de placa Acompanhamento periódico CASOS DE URGÊNCIAS: Possibilidade de intervir em ambiente hospitalar Alterações não malignas: Varicosidade lingual: Acima de 50 anos; Bolhas elevadas; Purpúreo azuladas; Assintomática Geralmente são achados em exames de rotina Síndrome da ardência bucal: Dor e sensação de ardor 45 a 60 anos Feminino Fatores psicológicos Fatores locaisFatores sistêmicos Estomatite induzida por dentadura: Reação inflamatória do tecido bucal Traumatismo crônico Próteses desadaptadas Associação com candidose atrófica Queilite angular Não há formação de placas C. albicans Ulcera traumática: Lesão comum Relação causa-efeito Próteses mal adaptadas Dentes fraturados Remoção do agente causador Lesão desaparece de 7 a 15 dias Grânulos de fordyce: Glândulas sebáceas não associadas a folículos pilosos Localizadas no vermelhão e mucosa oral Variação da anatomia normal Presente em ambos os sexos Menos comum na infância Prevalência de 70 a 85 % na população adulta Não há indicação Apresentação clínica: Múltiplas pápulas amareladas ou amarelo-esbranquiçadas -2 mm de diâmetro Geralmente bilaterais Parecem ser estimuladas pela puberdade do tratamento Tórus: Protuberâncias na maxila ou mandíbula Linha alba: Linha branca de queratinização friccional. Localizada na mucosa jugal paralela à linha de oclusão, relacionadas a áreas dentárias. É assintomática, geralmente bilateral, com extensão variável e não é removível; Leucoderma: Não é estabelecida causa ou etiologia; Geralmente em 70% da população negra; Anomalia de desenvolvimento; Geralmente é um achado acidental, assintomático, de distribuição simétrica na mucosa jugal; Área esbranquiçada ou leitosa; Ao se distender a mucosa jugal, a lesão desaparece, retronando quando deixamos de exercer a tração. Não é patológico e por isso não requer tratamento Mucocele: Tumoração translúcida, cística, superfície interna do lábio inferior. Obstrução de canais de glândulas mucosas Tratamento: excisão e espremedura (elimina substâncias mucoide viscosa). Eletrocoagulação da cavidade. Ectasia venosa: Vênula dilatada Assintomática, cor violácea; Comum em idosos por trauma crônico do lábio inferior e fotoexposição. Tratamento: eletrocoagulação, crio, laser. Granuloma piogênico: Tumoração angiomatosa vegetante e friável, surge após trauma. Mais comum em lábio e mucosa oral. Herpes simples: Ulcerações aftóides dolorosas múltiplas na mucosa queratinizada e gengivas. Sintomatologia: febre, adenomegalia cervical, irritabilidade, mal-estar. Duração de 10 a 15 dias Recidivas: prurido e dor local, vesículas Recidivas intra-orais são raras Infecção no paciente com HIV: Candidose Oral: fase avançada pode progredir para esôfago e vias aérias. Doença periodontal: gengivites e periodontites Língua geográfica: A etiologia é desconhecida O local mais acometido: Língua Podendo também: mucosa bucal, mucosa labial, palato mole. Acomete ambos os sexos Predomínio em crianças Manifestações: Dorso da língua Múltiplas áreas bem delimitadas com eritema circundado por bordas amarelo-esbranquiçada O eritema resulta da atrofia das papilas filiformes As placas podem ser migratórias Assintomática ou sensibilidade a calor e pimenta, alimentos ácidos e salgados. TRATAMENTO: Geralmente não é necessário; Se apresentar muita sintomatologia: corticoides em gel, bochechos. Língua fissurada: Língua escrotal; Língua plicata Causa desconhecida Parece ser por hereditariedade (mal formação congênita) Comum associação com língua geográfica Não requer tratamento Língua pilosa: Não é sinal de doença sistêmica Acúmulo de grande quantidade de queratina Cigarro Má higiene oral Bebidas quentes MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Aumento das papilas filiformes na porção posterior e dorsal da língua. Múltiplas cores, depende da etiologia/bactéria (amarela a acastanhada escura) Pode estar associada a uso de antibióticos orais Melanose constitucional: Negros e mulatos Manchas acastanhadas pelo aumento de melanina nos lábios, gengiva e mucosa jugal Manchas pigmentares traumáticas: Pigmento inoculado de forma acidental ou propositalmente na mucosa: Tatuagem por amálgama (próximos a restaurações dentárias). Importância da odontogeriatria Principais desafios do atendimento ao idoso: Deve-se ter em mente que os idosos geralmente apresentam uma grande variação no que se refere às condições sistêmicas, psicológicas e sociais, além de serem portadores de várias alterações decorrentes do processo natural de envelhecimento. Abordagem individualizada O cirurgião dentista deve estar atento a esse fato e ampliar seus conhecimentos na área da odontogeriatria para proporcionar um tratamento correto, eficaz e com o máximo de conforto ao paciente idoso. Conceito da odontogeriatria: A odontologia geriátrica como o ramo da odontologia que enfatiza o cuidado bucal da população idosa, especificamente tratando do atendimento preventivo e curativo de pacientes com doenças ou condições de caráter sistêmico e crônico associadas a problemas fisiológicos, físicos ou patológicos. Abordagem interdisciplinar: Saúde bucal inserida no contexto da saúde geral do individuo Quanto mais longa é a vida média da população, mais importante se torna o conceito de qualidade de vida, e a saúde bucal tem um papel relevante nesse contexto. Saúde bucal comprometida pode afetar o nível nutricional, o bem-estar físico e mental e diminuir o prazer de uma vida social ativa. Principais dificuldades do atendimento ao idoso: Existem idosos de diferentes níveis econômicos, culturais e de saúde; Idosos com diferentes níveis de motivação quanto à manutenção da saúde bucal; Dessa forma, essas diferenças podem afetar a aceitação, a realização e o sucesso do tratamento. É necessário conhecer as alterações fisiológicas e patológicas que acometem o organismo do paciente idoso, bem como os aspectos psicossociais de interesse para este indivíduo. Cirurgião dentista também deve estar em contato direto com o médico; Quadro atual de saúde bucal dos idosos: Alto índice de cárie Alto índice deedentulismo Necessidade de prótese Alto índice de periodontopatias Falta de assistência odontológica Porque isso acontece? Baixa percepção da importância da saúde bucal Postura inadequada dos profissionais E a solução? “Trata-se de retirar da população idosa o estigma de naturalmente doente, idéia que o próprio indivíduo idoso tem de si, para que as necessidades de saúde sejam percebidas e se tornem reais.” Postura dos profissionais deixando de se associar idoso a prótese, assumindo uma postura mais preventiva. Organização de uma rede de atenção preparada para atender a população da terceira idade dentro do paradigma de promoção de saúde Abordagem multidisciplinar Diante dessas projeções populacionais do Brasil, surge a necessidade da existência de cirurgiões-dentistas capacitados em atuar em conjunto com uma equipe de saúde multidisciplinar e prestar atendimento adequado ao idos O papel da odontologia em relação a essa faixa populacional é o de manter os pacientes em condições de saúde bucal; Que não comprometam a alimentação normal; Não ter repercussões negativas sobre a saúde geral e sobre o estado psicológico do indivíduo; A Odontologia atual enquadra-se num contexto de formação do profissional generalista em que este procura atender os pacientes sem focar somente a queixa odontológica, mas encará-los como parte de um sistema mais complexo. Assim, as particularidades de cada indivíduo se apresentam inseridas numa conjuntura social, cultural, econômica e psicológica que interferem nas reações sistêmicas do organismo humano. A atenção ao paciente idoso que, por fazer parte de um grupo em cujo histórico médico encontram-se algumas doenças ou limitações orgânicas frequentemente associadas ao envelhecimento, deve receber assistência; Uma equipe multidisciplinar analisa e integra conhecimentos específicos de diversas áreas com o objetivo de promover e manter a saúde do idoso. Considerando a diversidade e complexidade do idoso; Estudos sobre o impacto das condições bucais na qualidade de vida e do bem-estar do indivíduo idoso revelam que os aspectos funcionais, sociais e emocionais são significativamente afetados por uma condição bucal insatisfatória. Muitos idosos não têm acesso ao tratamento odontológico necessário ou adequado, o que muitas vezes acontece por falta de preparo profissional em encarar essa situação como uma necessidade de atuação multidisciplinar. As políticas de saúde bucal apresentam caráter abrangente da atenção odontológica e ressaltam a necessidade de sua integração a todos os aspectos da vida do indivíduo, estando em coerência com a visão holística de saúde no idoso. A realidade ainda não contempla essas diretrizes de atenção à saúde bucal, principalmente para determinados grupos populacionais, como os idosos. Muitos problemas odontológicos encontrados no idoso são, na realidade, complicações de processos patológicos acumulados durante toda a vida do indivíduo. Quais as causas? Higiene bucal deficiente; Iatrogenia; Falta de orientação; Falta de interesse em saúde bucal; Falta de acessibilidade aos serviços de assistência odontológicas; Os pacientes assistidos em domicílio necessitam da atuação do cirurgião dentista, pois a participação desse profissional é indispensável na equipe interdisciplinar. A ESB deve identificar as pessoas idosas do território, auxiliar e cuidar do indivíduo da terceira idade para que este possa ser orientado em relação à higiene e cuidados com a saúde bucal, em especial quando o idoso se mostra incapaz de cuidar de suas necessidades básicas. A função do Cirurgião Dentista é de aumentar o grau de satisfação pessoal, interferindo, inclusive, na melhoria da autoestima dos indivíduos dessa faixa etária, por proporcionar um aspecto facial mais harmônico e agradável através da reabilitação oral. Os idosos e seus familiares, médicos, enfermeiras, cuidadores e toda a equipe devem estar cientes dos potenciais problemas odontológicos no idoso e da importância da higiene bucal diária. A precariedade da manutenção da saúde bucal nesses pacientes pode levar a graves complicações de ordem local (cáries extensas, periodontopatias progressivas, lesões de mucosas e infecções oportunistas) e de ordem sistêmica. A atenção integral ao paciente idoso se faz necessário para atender às necessidades do paciente como um todo, e também possibilitar maior custo benefício, na medida em que reduz recursos financeiros e prioriza a saúde. A Política Nacional de Saúde do Idoso enfatiza que o atendimento na atenção básica domiciliar tem como objetivo promover a integração com os demais níveis de atenção, e garantir a integralidade por meio da aplicação de modalidades que atendam às necessidades dos idosos, a partir de condutas multidisciplinares, sempre que possível, proporcionando manutenção geral de sua saúde. As estruturas bucais e do sistema estomatognático sofrem a ação do processo de envelhecimento, havendo necessidade de interpretação e conhecimento dessas alterações, a fim de promover diagnósticos precisos e compatíveis ao estado de saúde em que se encontra o idoso em domicílio. As instruções de manutenção de higiene bucal devem ser enfatizadas aos cuidadores e familiares desses idosos, pois, em muitos casos, serão responsáveis por essas condutas de promoção de saúde bucal e cuidados pessoais, devido à perda de capacitação individual, coordenação motora, cognição e discernimento da importância dessas ações como fatores significantes de saúde O uso de próteses inadequadas implicam em impactos negativos na qualidade de vida, especialmente no que se refere à preocupação, estresse decorrente de problemas na boca e à vergonha. Com o aumento do número de pessoas idosas, fica clara a necessidade de compreender os diversos aspectos que interferem na manutenção e restabelecimento da saúde desses indivíduos, tendo o profissional que buscar na Geriatria e Gerontologia as bases para obter conhecimentos específicos para intervir corretamente em pacientes com idade avançada. A prótese na odontogeriatria: Integração familiar; Integração popular; Resgate da cidadania do idoso; Manutenção da Saúde Geral; Aumento da expectativa de vida; O paciente idoso: Alteração da cor da coroa dental; Diminuição da câmara pulpar Volume lingual Mucosa bucal fina e friável TIPOS DAS PRÓTESES: PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: Uma boa opção para o paciente geriátrico; Repõe grande números de dentes ausentes; Simples; Tempo de confecção; Fácil higienização; Estético: translúcidos Conforto: mais leves, finas; Alta resistência à fratura; Conjugadas por barras metálicas; Cuidados com a higiene são importantes. Principalmente porque há dentes que são pilares de próteses. Lesões ativas: cor mais claras, textura mole, coberta por biofilme cariogênico; Lesões inativas: cor escura, duras (hipercalcificação), superfícies brilhantes e polidas, margens bem definidas. Controle da placa; Fluorterapia; Controle da dieta; PRÓTESE FIXA Maior incidência de cárie radicular, menor fluxo salivar, dieta cariogênica, higienização diferente; PRÓTESE TOTAL PRÓTESE SOBRE IMPLANTE Prótese total fixa Estética, fonética, higiene oral Higienização da prótese: A opção deve ser sempre pelo tipo de prótese e a mais adequada à capacidade de higienização dos pacientes IMPORTÂNCIA: Prevenção de cárie; Prevenção de microrganismos aspirados ou deglutidos; Evitar a halitose; Estomatite protética; LIMPADORES QUÍMICOS POR IMERSÃO: Escovação + imersão em limpadores = método eficaz INDICADO PARA PT: Desinfetantes hipoclorito: dissolução da parte orgânica do biofilme, inibição do cálculo, clareamento de manchas, bactericida e fungicida. Na concentração de 2,25% hipoclorito de sódio banho de 10 minutos a cada 4 dias. INDICADO PARA PT E PPR: Clorexidina: ação antimicrobianae interfere na capacidade de adesão das células fúngicas em substratos inorgânicos; Na concentração de 2% banho de 5 minutos 1 vez por semana. INDICADO PARA PT E PPR: Peróxidos alcalinos: em tabletes por 2 0 minutos; INDICADO PARA PT e PPR: Enzimas: lise de proteínas e células fúngicas; Uso e, tablete durante 15 minutos 2 vezes ao dia. INDICAÇÃO PARA PT: Ácidos na concentração de 3 a 5 % Pequeno período de contato
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