Buscar

Sistema Visual

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
SISTEMA VISUAL 
 
Introdução 
 
• No fundo do olho encontra-se a retina, a qual contém fotorreceptores 
especializados na conversão da energia luminosa em atividade neural. 
• O olho funciona como uma câmera, projetando a imagem na retina. 
• Na retina, a imagem já é processada, antes mesmo de chegar no encéfalo. 
 
Anatomia geral do olho 
 
• A pupila é a abertura que permite que a luz entre 
no olho e alcance a retina. 
• Envolvendo a pupila está a íris, que dá a “cor dos 
olhos”. Ela possui dois músculos que podem 
alterar o tamanho da pupila. 
• Essas duas estruturas são recobertas pela 
córnea, a superfície externa do olho. 
• A córnea está em continuidade com a esclera, o 
“branco dos olhos”, que constitui a parede do 
globo ocular. 
• Os músculos extraoculares envolvem o globo 
ocular e permitem sua movimentação. 
• A conjuntiva é uma membrana que se dobra para 
trás, aderindo-se -a esclera. 
• O nervo óptico reúne os axônios da retina e se 
dirige para o encéfalo. 
 
 
Secção transversal do olho – o caminho da luz até a retina 
 
• A córnea não possui vasos sanguíneos, sendo 
nutrida pelo humor aquoso, atrás dela. 
• O cristalino é uma estrutura transparente 
posicionada atrás da íris. Ele é uma lente 
flexível e mudanças em seu formato permitem 
ao olho ajustes de foco para diferentes 
distâncias. 
• Atrás do cristalino está o humor vítreo, um 
fluído viscoso e gelatinoso. Sua pressão 
mantém o globo ocular esférico. 
 
 
 
2 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
A retina 
 
• É a parte sensível do olho, contém os cones e os bastonetes. 
• Quando essas células são excitadas, os sinais são transmitidos através de 
sucessivas camadas de neurônios da própria retina. 
• Depois o sinal passa para o nervo óptico e para o córtex cerebral. 
• Quando se olha para a retina, a 
característica mais evidente são os vasos 
sanguíneos. Eles se originam de uma pálida 
região circular, a papila óptica. É por esse 
ponto que as fibras do nervo óptico 
atravessam a retina, saindo do olho. 
• No centro de cada retina há uma região 
mais escura, com aspecto amarelado, é a 
mácula lútea. Essa é a parte dedicada à 
visão central. Distingue-se pela relativa 
ausência de vasos sanguíneos. 
 
Fóvea 
 
• É um ponto escuro especializado, define o centro da retina. 
• Região de visão acurada e detalhada, composta quase inteiramente por cones. 
• Os cones da fóvea têm corpos celulares especialmente longos e delgados e cada 
um faz sinapse com apenas 1 célula ganglionar, o que dá maior precisão à visão. 
 
Camadas da retina 
 
 
• Depois que a luz 
atravessa o humor 
vítreo, ela entra na 
retina por sua camada 
mais interna do olho. 
 
• Atravessa primeiro 
as células ganglionares 
e depois as camadas 
plexiforme e nuclear, 
antes de, por fim, chegar 
à camada de bastonetes 
e cones, que ocupa a 
retina até sua borda 
mais externa. 
 
3 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Cones e Bastonetes 
 
• Os principais segmentos funcionais do 
bastonete ou do cone são: 
1. O segmento externo; 
2. O segmento interno; 
3. O núcleo; 
4. O corpo sináptico. 
 
• No segmento externo, se encontram 
substâncias fotoquímicas que são 
incorporadas aos discos (dobras da 
membrana celular). 
• O segmento interno contém o citoplasma 
usual, com organelas citoplasmáticas. 
• O corpo sináptico é a parte que se liga às 
células neurais subsequentes. 
 
• Os fotorreceptores do tipo cone apresentam um segmento 
externo mais curto que gradualmente diminui de espessura, 
contendo menos discos membranosos. 
• Eles são responsáveis pela visão em cores. 
• O cone tem três tipos diferentes de substâncias 
fotoquímicas “coloridas”. 
 
 
• Os fotorreceptores do tipo bastonete contém um segmento 
longo e cilíndrico, com muitos discos. 
• A substância fotoquímica deles é a rodopsina. 
• Eles são os responsáveis pela visão em preto e branco em 
condições de baixa luminosidade. 
• Apesar de não serem sensíveis a cores, o maior número de 
discos e a maior concentração de fotopigmentos os tornam mais 
de mil vezes mais sensíveis à luz que os cones. 
 
Distribuição de cones e bastonetes ao longo da retina 
 
 
• Os cones são encontrados principalmente na 
retina central, na fóvea, onde não há bastonetes. 
 
• Os bastonetes são em maior número na retina, 
mas estão concentrados nas regiões periféricas. 
 
4 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Fototransdução 
 
• A exposição à luz decompõe as substâncias químicas presentes nos cones e 
bastonetes, o que excita a fibras do nervo óptico. 
• Como já dito antes, a substância química nos bastonetes é chamada rodopsina 
e as substâncias químicas fotossensíveis nos cones, são os chamados 
pigmentos coloridos (funcionam de forma semelhante à rodopsina). 
 
Fototransdução nos bastonetes 
 
• Na ausência de luz, há um constante influxo de 
íons sódio para dentro da células, estimulado pelo 
segundo mensageiro GMPc. 
• Esse movimento de cargas positivos, chamado de 
corrente do escuro, mantêm a célula 
despolarizada quando ela está no escuro. 
• Quando a luz atinge essas células, ela ativa a 
rodopsina, que reduz a quantidade de GMPc, 
determinando o fechamento dos canais de Na+. 
• Isso torna o potencial da membrana mais negativo, 
pois os íons Na+ continuam a ser bombeados 
ativamente para fora. Logo, os fotorreceptores 
são hiperpolarizados em resposta à luz. 
• Assim, cria-se um excitação que depois será transmitida a outas células. 
 
Absorção da luz pela rodopsina 
 
• Imagine a rodopsina como um proteína receptora com um agonista previamente 
ligado, o retinal (derivado da vitamina A). 
• Quando a luz atinge a rodopsina ela provoca uma mudança de conformação do 
retinal, de forma que ela é ativada. 
• Esse processo é chamado de desbotamento (o fotopigmento literalmente muda 
da cor púrpura para a amarela). 
 
• A capacidade de absorção de 
luz da rodopsina muda, ela 
passa a absorver diferentes 
comprimentos de onda. 
• Esse desbotamento estimula 
uma proteína G, a transducina, 
a inativar o GMPc, o que irá 
determinar o fechamento dos 
canais de sódio. 
 
5 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Fototransdução nos cones 
 
• A luz gera uma queda dos níveis de GMPc até um ponto em que se torna saturada. 
• A luz adicional não promove mais qualquer hiperpolarização. Assim, a visão 
durante o dia depende inteiramente dos cones, que precisam de maior nível 
de energia para que seus fotopigmentos sofram desbotamento. 
• O processo de fototransdução nos cones é igual ao que ocorre nos bastonetes, a 
única diferença é o tipo de fotopigmento. 
 
• Cada cone contém uma das três opsinas que conferem aos fotopigmentos 
diferentes sensibilidades espectrais: 
o Cones “para o azul”, ou para baixo 
comprimento de onda. 
o Cones “para o verde”, ou para médio 
comprimento de onda. 
o Cones “para o vermelho”, ou para 
comprimentos de onda longo. 
 
• Cada tipo de cone absorve um amplo leque de 
diferentes comprimentos de luz. Além disso, 
existe uma sobreposição nos comprimentos de 
onda que afetam os 3 tipos. 
 
*Cuidado: O nome de cada cone pode confundir. Por exemplo, não está correto pensarmos que 
a luz percebida como vermelho consiste em um único comprimento de onda de luz, ou que esse 
comprimento de onda é absorvido apenas pelos cones para comprimentos de onda longos. A 
realidade é que luzes coloridas geralmente contêm um amplo e complexo espectro de 
comprimentos de onda, que podem ativar parcialmente todos os três tipos de cones. 
 
Percepção das cores 
 
• As cores que percebemos são determinadas 
principalmente pelas contribuições relativas de 
cada tipo de cone para o sinal da retina. 
• Quando todos os tipos de cones são igualmente 
ativos percebemos o “branco”. 
• Novas cores surgem de outras misturas. Por 
exemplo, a cor de laranja é uma mistura de 
vermelho e amarelo.• Assim, dependendo do quanto um tipo de cone 
está ativo, cada cor vai sendo formada e percebida 
de forma diferente pelo córtex. 
 
 
 
6 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Adaptação à escuridão e à claridade 
 
• A transição da visão diurna para a visão noturna não é instantânea. O processo 
pode durar minutos ou até uma hora dependendo da intensidade inicial da luz. 
• A adaptação ao escuro é explicada por muitos fatores, o primeiro é a dilatação 
das pupilas ,que permite a entrada de mais luz no olho. 
• Todavia, o principal componente envolve a regeneração da rodopsina para uma 
configuração anterior ao desbotamento, ou seja, sua inativação. 
• Com o tempo, bastonetes vão ficando ativos, enquanto os cones são desativados. 
• Os cones se adaptam muito rápido à mudança de claridade, todavia, os 
bastonetes, apesar de mais lentos, deixam o olho mais sensíveis à luz. 
 
Função neural da retina 
 
• Os diferentes tipos celulares neuronais da retina são os seguintes: 
 
1. Os fotorreceptores (bastonetes e cones), 
fazem sinapse com células bipolares e 
células horizontais. 
2. As células horizontais transmitem sinais 
horizontalmente dos fotorreceptores para 
células bipolares. 
3. As células bipolares transmitem sinais 
verticalmente dos fotorreceptores e células 
horizontais para as células ganglionares e 
células amácrinas. 
4. As células amácrinas transmitem sinais 
em duas direções, de células bipolares 
diretamente para as células ganglionares ou 
para outras células amácrinas. 
5. As células ganglionares transmitem sinais 
eferentes da retina pelo nervo óptico para o 
cérebro. 
 
• O sinal é passado entre as células por fluxo direto de corrente elétrica, sem 
envolver potenciais de ação. Isso é importante, pois permite a condução 
graduada da força do sinal. 
• O grau de hiperpolarização dos fotorreceptores está diretamente relacionada com 
a intensidade da iluminação; o sinal não é tudo ou nada, como seria o caso para 
cada potencial de ação. 
• Os únicos neurônios da retina que sempre transmitem potenciais de ação são 
as células ganglionares, enviando seus sinais para o sistema nervoso central 
pelo nervo óptico. 
 
7 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Células horizontais e a Inibição lateral 
 
• As células horizontais são sempre 
inibitórias. 
• Quando a luz sensibiliza uma área da 
retina, o sinal tende a se propagar para 
diversas áreas. 
• Porém, as células horizontais vão inibir as 
áreas ao lado, deixando apenas a área 
diretamente sensibilizada pela luz ativa. 
• Esse fenômeno de inibição lateral ajuda 
na transmissão de padrões visuais com 
contraste visual apropriado. 
• Algumas células amácrinas fornecem 
inibição lateral adicional também e, portanto, 
aumentam o realce do contraste visual. 
 
Células bipolares despolarizantes e hiperpolarizantes 
 
• Existem dois tipos de células bipolares na retina: 
o As despolarizantes (sinal excitatório) 
o As hiperpolarizantes (sinal inibitório) 
• Não se sabe ao certo o porquê de isso acontecer. O importante é saber que 
metade dessas células transmitem sinais excitatórios e a outra metade inibitório. 
 
Células amácrinas e suas funções 
 
• Existem cerca de 30 tipos de células amácrinas, cada uma com uma função. 
• De uma forma geral, diz-se que são interneurônios que ajudam a analisar os sinais 
visuais antes que eles deixem a retina. 
 
Células ganglionares e fibras do nervo óptico 
 
• Cada célula ganglionar recebe, em média, 60 bastonetes e 2 cones. 
• Existem 3 tipos de célula ganglionar: W, X e Y. 
o As células W recebem a maior parte de seus sinais dos bastonetes da 
retina periférica e os transmitem com baixa velocidade. Têm amplos 
campos visuais e são sensíveis à detecção da direção do movimento. 
o As células X têm pequenos campos e seus sinais transmitem os detalhes 
finos das imagens. Elas recebem sinal aferente de pelo menos um cone, 
logo, estão relacionada com a visão em cores. 
o As células Y são as maiores e possuem amplos campos. Elas são 
responsáveis por perceber alterações rápidas nas imagens visuais e 
transmitem seus sinais ao cérebro muito rapidamente. 
8 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
• Nos primatas há outra maneira de se classificar as células 
ganglionares. 
• As duas classes gerais de células ganglionares da retina são 
designadas como células parvocelulares (P) e 
magnocelulares (M). 
o As células P são muito menores e conduzem os 
impulsos mais lentamente. Recebem estímulos que 
podem ser mantidos por bastante tempo. Estão mais 
relacionadas com a forma e a cor do objeto. 
o As células M são grandes e conduzem impulsos 
rapidamente. São muito sensíveis aos estímulos de 
baixo contraste e se relacionam com a percepção de 
movimentação do objeto. 
• Existe um terceiro tipo de célula ganglionar fotossensível 
que contém seu próprio fotopigmento, a melanopsina. Elas 
enviam seus sinais ao núcleo supraquiasmático do 
hipotálamo e se relacionam com os ciclos circadianos. 
 
Excitação das células ganglionares 
 
 
Excitação das células ganglionares 
 
• Os axônios das células ganglionares formam as longas fibras do nervo óptico. 
• Essa células transmitem seus sinais a partir de potenciais de ação repetitivos. 
• Mesmo quando não estimuladas, elas estão enviando impulsos contínuos. 
• Alterações da intensidade luminosa excitam as células ganglionares: 
 
 
 
 
 
 
• A imagem mostra que, ao se ligar a luz, os impulsos são mais frequentes e com 
o tempo vão ficando mais espaçados. 
• Quando a luz é desligada o processo oposto ocorre. 
• Esses registros são chamados respostas “liga-desliga” (on-off) e “desliga-liga”. 
• Tanto a retina periférica quanto a retina central possuem a capacidade muito 
desenvolvida de detectar diferenças na intensidade luminosa. 
 
 
 
 
 
9 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
NEUROLOGIA CENTRAL DA VISÃO 
 
Vias visuais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O nervo óptico, o quiasma óptico e o trato óptico 
 
• Os nervos ópticos deixam os dois olhos e se 
combinam para formar o quiasma óptico, que se 
localiza na base do encéfalo, imediatamente à frente 
da hipófise. 
• Os axônios que se originam nas porções nasais de 
cada retina cruzam de um lado para o outro. 
• As fibras que saem do quiasma formam o trato óptico. 
 
Hemicampos visuais 
 
• O campo visual completo é toda a região do espaço que pode ser vista quando 
ambos os olhos estão olhando diretamente para frente. 
• Uma linha imaginária passando bem no meio desse campo, forma os hemicampos 
visuais esquerdo e direito. 
• O campo binocular é a região central percebida pela retina de ambos os olhos. 
 
• Toda a informação acerca do 
hemicampo visual esquerdo é dirigida 
para o lado direito do encéfalo. 
• Assim como toda a informação 
acerca do hemicampo visual direito é 
dirigida para o lado esquerdo. 
 
Retina 
Quiasma Óptico 
NGL 
Córtex Visual Primário 
Radiação Óptica 
Trato Óptico 
Nervo Óptico 
10 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Alvos do trato óptico 
 
 
• A maior parte dos axônios 
do trato óptico se dirigem para 
o núcleo geniculado lateral 
(NGL). 
• A maioria dos neurônios do 
NGL originam axônios que se 
projetam para o córtex visual 
primário. Essa projeção é 
chamada de radiação óptica. 
 
• Porém, algumas fibras do 
trato óptico vão para os 
núcleos supraquiasmático 
do hipotálamo, com a função 
de controlar os ritmos 
circadianos. 
 
• Elas podem se dirigir também para os núcleos pré-tectais no mesencéfalo, 
onde desencadeiam movimento reflexo dos olhos para focalizar objetos. 
• Outras vão para o colículo superior controlar movimentos direcionais rápidos. 
 
Analise clínica 
 
• Uma transecção do nervo óptico esquerdo deixaria uma pessoa cega apenas no 
olho esquerdo. (figura a) 
• Já uma transecção do trato óptico esquerdo, levaria à cegueira para o campo 
visual direito, como percebido porquaisquer dos olhos. (figura b) 
 
11 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
O núcleo geniculado lateral 
 
• Os núcleos geniculados laterais 
direito e esquerdo estão localizados 
no tálamo dorsal e são os principais 
alvos dos dois tratos ópticos. 
 
• São a porta de entrada para o córtex 
visual e, assim, para a percepção 
visual consciente. 
• Estão arranjados em 6 camadas 
distintas, numeradas de 1 a 6, 
começando pela camada 1 que é 
mais ventral. 
 
Segregação dos sinais de entrada 
 
• A maior parte dos neurônios do NGL 
projeta apenas um axônio para o córtex. 
 
• A segregação desses neurônios em 
camadas indica que os diferentes tipos 
de informação vindos da retina estão 
sendo mantidos separados nesta região. 
 
• Ou seja, cada tipo de célula ganglionar da 
retina faz sinapse com células de 
diferentes camadas do NGL. 
 
• No NGL, sinais oriundos dos dois olhos 
são mantidos separados, como mostra a 
imagem ao lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• As quatro camadas mais dorsais, 3 
a 6, contêm células menores e são 
chamadas de camadas 
parvocelulares do NGL (recebem 
sinais das células tipo P da retina). 
• As duas camadas ventrais, 1 e 2, 
contêm neurônios maiores e são 
chamadas de camadas 
magnocelulares do NGL. (recebem 
sinais das células tipo M da retina). 
• Além disso, existe uma região 
chamada de coniocelular, que recebe 
sinal de células não M-e-não-P. 
 
12 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Sinais de entrada não retinais no NGL 
 
• O NGL recebe aferências vindas do córtex visual primário. Essa via de 
retroalimentação representa 80% das sinapses excitatórias. Ela se relaciona 
com a capacidade de focar a visão em uma parte específica de nosso campo 
visual, suprimindo sinais de fora dessa área. 
• O NGL também recebe entradas sinápticas de neurônios do tronco encefálico, 
cuja atividade está relacionada com o alerta e com a atenção. 
• Assim, o NGL é mais do que um simples ponto de parada entre retina e córtex. 
Ele é o primeiro sítio na via visual ascendente onde aquilo que vemos é 
influenciado pela forma como nos sentimos. [Bear filósofo] 
 
Córtex visual primário 
 
• O NGL tem um único alvo principal: o córtex visual 
primário, também chamado de V1 ou córtex estriado. 
• O córtex visual primário é a área 17 de Brodmann e se 
localiza no lobo occipital. 
 
Retinotopia 
 
• Retinopatia é o mapeamento dos sinais vindos da retina 
que se dirigem para o córtex. Ele representa qual parte 
do córtex visual recebe cada informação vinda de 
uma área específica da retina. 
• Quando a retina for estimulada por um ponto de luz, a 
atividade no córtex estriado apresentará uma ampla 
distribuição, com um pico na localização retinotópica 
correspondente. 
• Esse mapeamento geralmente é distorcido, pois a fóvea tem várias centenas 
de vezes mais representação que a maioria das partes periféricas da retina. 
 
Camadas do córtex estriado 
 
• O córtex visual primário apresenta 6 camadas distintas. 
• A separação em camadas sugere que há uma divisão de 
tarefas no córtex que é similar à que ocorre no NGL. 
• A camada IVC apresenta células estreladas espinhosas 
que geralmente estabelecem conexões locais. 
• Fora dessa camada, há muitas células piramidais, que 
enviam axônios para fora do córtex para formar conexões 
com outras regiões do encéfalo. 
• Uma exceção são os neurônios estrelados espinhosos 
da camada IVB, que fazem conexão fora do córtex estriado. 
13 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Aferências e eferências do córtex estriado 
 
• Os neurônios do NGL magnocelular projetam-se para a camada IVCα, e os 
neurônios do NGL parvocelular projetam-se para a camada IVCβ. 
• Os axônios de neurônios coniocelulares do NGL se dirigem principalmente para 
as camadas I e III. 
 
Colunas de dominância ocular 
 
• Os sinais de entrada na camada IV oriundos do olho 
esquerdo e do olho direito se estendem como uma 
série de estrias alternadas, como as listras de uma 
zebra. 
• As células da camada IVC projetam axônios para 
cima, principalmente para as camadas IVB e III, 
onde, pela primeira vez, a informação vinda dos 
olhos esquerdo e direito começam a se misturar. 
 
Campos receptivos binoculares 
 
• A maior parte dos neurônios localizados acima 
da camada IV respondem à sinais de luz vindo 
de qualquer um dos olhos. 
• Essas células têm campos receptivos 
binoculares, pois elas apresentam dois campos 
receptivos, um no olho ipsilateral e um no olho 
contralateral. 
• Esse mecanismo permite que a imagem vista 
pelos dois olhos seja única. 
 
 
 
Seletividade de Orientação 
 
• A maior parte dos campos receptivos do 
córtex respondem mais intensamente quando 
o ponto de luz tem a mesma orientação do 
campo, ou seja, tem uma orientação ótima. 
• Diz-se que os neurônios que apresentam esse 
tipo de resposta exibem seletividade de 
orientação. 
• Esses neurônios são especializados na 
análise da forma dos objetos. 
 
14 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Seletividade de sentidos 
 
• Muitos campos receptivos respondem quando uma barra de luz na orientação 
ótima se move em determinado sentido. 
• Neurônios com seletividade de sentido são especializados na análise do 
movimento de objetos. 
 
Campos receptivos simples e complexos 
 
• Muitos neurônios com seletividade de orientação apresentam regiões com 
centro ON (luz ligada) ou centro-OFF (luz desligada) uma ao lado da outra. 
• Esses neurônios, chamados de células simples, têm capacidade de disparo de 
acordo com a luminosidade. 
• Ou seja, algumas regiões serão sensibilizados na presença luz, enquanto outras 
serão sensibilizadas na ausência dela. 
 
 
• Outros neurônios não apresentam essas regiões ON e OFF distintas. Eles são 
chamados de células complexas. 
• Se relacionam com a percepção de sentido, ou seja, para onde o objeto está se 
movendo, independentemente da luminosidade. 
 
Campo receptivo de uma célula simples. A resposta 
de uma célula simples a barras de luz na orientação 
ótima em diferentes locais do campo receptivo. 
Observe que a resposta pode ser ON (dispara se a luz 
está ligada) ou OFF (dispara se a luz está desligada), 
dependendo de onde está posicionada a barra em 
seu campo receptivo. 
15 
 
Juan Carlos Pacheco - 83 
 
Para além do córtex estriado 
 
• Após a informação ser lida no córtex estriado, ela é enviada para outras regiões 
do encéfalo por duas vias distintas: 
 
o Feixe dorsal: vai em direção ao 
lobo parietal e se relaciona coma 
análise do movimento visual e 
com o controle visual da ação. 
o Feixe ventral: vai em direção ao 
lobo temporal e se relaciona com 
a percepção do mundo visual e 
no reconhecimento de objetos. 
 
Percepção visual 
 
• O sistema visual consiste em uma hierarquia de áreas com campos receptivos 
progressivamente mais complexos. 
• A percepção visual é a tarefa de identificar e atribuir significado a objetos no 
espaço e requer a ação coordenada de muitos neurônios corticais. 
• Como vimos anteriormente, dentro de uma dada área cortical, um grupo de células 
está mais envolvido com cor ou forma do objeto, outro mais com movimento. 
• Tudo isso vai auxiliar na percepção de como vemos o mundo.

Outros materiais