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42 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s capítulo 1 Globalização 1. E Uma das particularidades que caracterizam a atual fase da globalização relaciona-se à descentralização das áreas produtivas, com diversas empresas que buscam instalar suas linhas de montagem em países que ofereçam vantagens como mão de obra barata e incentivos fiscais. 2. B Apesar de ocorrer em escala planetária, as particula- ridades que compõem a globalização não ocorrem de forma homogênea, com alguns lugares e pessoas tendo melhor acesso e maior integração na produção e no consumo mundial. 3. B Notam-se na atual fase da globalização grandes facilida- des tecnológicas e políticas que favorecem a circulação de informações e recursos financeiros entre diferentes mercados e desestruturam a concepção de fronteira. 4. D A intensa relação entre mercados e pessoas descrita na música é uma das características da globalização. As facilidades de comunicação e transporte facilitam a transferência das unidades produtivas, como tam- bém favorecem o intercâmbio comercial em escala planetária. 5. D As transnacionais foram amplamente beneficiadas no processo de globalização. O avanço tecnológico vin- culado à globalização tornou os setores econômicos mais interdependentes, fruto da expansão dos meios técnico, científico e informacional. 6. D A padronização das tecnologias das regras em setores como finanças, comércio exterior, indústria e agrope- cuária favorece a intensificação dos fluxos econômicos internacionais, uma das marcas da globalização. 7. E Os quatro tipos de blocos mais comuns são zona de livre-comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária. O Nafta é um exemplo Respostas – Caderno de Exercícios 3 de organização supranacional que estabelece livre - -comércio entre os países-membros. Já o Mercosul é uma união aduaneira, que estabelece uma Taxa Exter- na Comum entre seus integrantes. E a União Europeia apresentava as características de um mercado comum, tornando-se uma união econômica e monetária quan- do adotou uma moeda única (o euro). 8. a) Entre os países-membros da União Europeia que não aderiram à moeda única, podemos citar a Suécia e a Dinamarca. A Suécia não aderiu ao euro, pois o país não apresenta as condições econômicas necessárias para adotar o euro. Entre estas, destaca- -se a imposição de baixos gastos públicos, situação que ainda não foi alcançada pelo governo sueco. Já no caso da Dinamarca o motivo para a não adesão ao euro está no fato de sua moeda, a coroa dinamarquesa, ser desvalorizada em relação ao euro, o que facilita as exportações para outras nações do bloco. b) Entre os países que estão reivindicando sua entrada para a UE, o caso mais emblemático é o da Turquia. País de população predominantemente muçulmana e com mais de 70 milhões de habitantes, seu gover- no laico acredita que com a entrada para a comu- nidade europeia aumentariam significativamente os investimentos estrangeiros no país, promovendo importante crescimento econômico. c) Existem várias exigências para ser aceito na União Europeia, entre elas: o respeito aos direitos humanos, a preservação dos valores democráticos, o controle do déficit público e da dívida externa e o combate à corrupção e ao crime organizado. Todas essas exi- gências visam, basicamente, garantir a estabilidade e a unidade do bloco. 9. F – F – F – V. Nem todos os tipos de blocos econômicos possuem acordos que garantam a livre circulação de mão de obra. Além disso, ocorre nas últimas décadas ampla transferência de unidades produtivas dos países desen- volvidos para áreas subdesenvolvidas. A atual fase da globalização, marcada pela grande concorrência in- ternacional, estimula a criação de blocos econômicos. 10. a) O tratado de Roma instituiu uma união aduaneira entre os antigos membros da Ceca (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço). O objetivo dessa integração, portanto, era eliminar as tarifas alfandegárias para importação e exportação entre os países-membros da Comunidade Econômica Europeia em relação a EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 42 10/13/16 3:08 PM 43 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s todas as mercadorias, e não apenas ao carvão e ao aço. Além disso, houve também o estabelecimento de uma Taxa Externa Comum (TEC) que promovia a igualdade das alíquotas de importação. b) O fim da Guerra Fria teve como consequência o rom- pimento da cortina de ferro. Países antes socialistas entraram em contato com o capitalismo, o que levou a um enorme fluxo de imigração. Além de combater a entrada indiscriminada de imigrantes, a comunida- de europeia encontrou após a Guerra Fria dificulda- de na integração dos países socialistas ao sistema capitalista. 11. a) Em 1957, com o Tratado de Roma, foi instituído o Mercado Comum Europeu, ou Comunidade Econômica Europeia, um bloco econômico formado por 6 países com o objetivo de reduzir as tarifas de importação e estimular o comércio entre os países sócios (união aduaneira e adoção de uma TEC). O Tratado de Maastricht (1992) estabeleceu as regras para os países do bloco adotarem o euro (a moeda única), além das 4 liberdades, sendo elas: a liberdade de circulação de mercadorias, de serviços, de pessoas e de capitais. b) Em 1989, aconteceu a queda do Muro de Berlim, signi- ficando o término do regime socialista na Alemanha Oriental. Em outros países do Leste Europeu, os regi- mes socialistas autoritários também caíram, até que, em 1991, houve o término da União Soviética e sua fragmentação em 15 novos países independentes. A partir de então, os países do Leste Europeu atravessa- ram uma transição do socialismo para o capitalismo com democracia pluripartidária. Essa transforma- ção possibilitou a vários países ingressar na União Europeia a partir do final da década de 1990, entre eles: Polônia, República Tcheca, Hungria, Romênia e Croácia. Para os novos integrantes, as vantagens são a atração de investimentos de transnacionais e a ampliação das exportações, enquanto para a União Europeia a vantagem é a incorporação de novos mercados consumidores e maior lucratividade para as empresas transnacionais. 12. a) Ampliar as trocas comerciais vantajosas entre os países-membros; fortalecimento econômico dos integrantes, que assim podem melhor competir internacionalmente com as grandes economias planetárias. b) Uma das principais características da União Europeia é a sua ampla integração econômica, com a maior parte de seus membros possuindo uma moeda co- mum (o euro). 13. C A globalização, da forma como se desenvolveu, forta- leceu as grandes corporações no cenário internacio- nal – de crescente competitividade – ao mesmo tem- po que enfraqueceu o poder de intervenção estatal nas economias nacionais, especialmente nos países subdesenvolvidos. Dessa forma, a criação dos blocos regionais organizados por esses países foi uma medida destinada a permitir-lhes enfrentar a nova organização do espaço global. 14. a) O bloco a que se referem é o Apec (Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico), que tinha por objetivo inicial a cooperação econômica entre os países- -membros. Em reunião realizada em Jacarta, em novembro de 1994, novos objetivos foram introduzidos, tais como: ampliação dos laços comerciais entre os países-membros, associação da entidade ao Nafta e ampliação do número de membros, com a entrada do Chile. b) Os participantes apresentam todos os tipos de he- terogeneidade possíveis: há nações de grande po- pulação absoluta, como a Rússia, a Indonésia e os Estados Unidos, ao lado de países pouco populosos, como Brunei e Austrália; países de grande área territo- rial, como o Canadá, ao lado de nações minúsculas, como Cingapura; nações de grande poder econô- mico, como o Japão, ao lado de países de baixo desenvolvimento econômico, como a Tailândia. 15. a) O Mercosul é uma união aduaneira, tipo de bloco comercial que se caracteriza pela livre comercialização de diversas mercadorias entre seus países-membros e pela implantação da TEC, ou seja, vários produtos que são comprados de países fora do bloco apresentam as mesmas taxas de importação para todos os membros do bloco. A principal diferença entre os membros plenos e associados a essa organização supranacional é a TEC: os membros plenos possuem essa taxa comum, enquanto os associados não a utilizam. b) I. Chile; II, Peru; III. Equador; IV. Colômbia são mem- bros associados do Mercosul. A Venezuela (V) é um país-membro do bloco. 16. a) As maquiladoras ou zonas francas possuem regras operacionais como: I) subsídios para aquisição imobiliária; II) isenções ou tarifas preferenciais para consumo de energia e água; III) flexibilização da legislação trabalhista e ambiental; IV) isenções de taxas de importação de bens de produção e exportação de produtos industriais. b) A proximidade geográfica entre os Estados Unidos e o México é um dos fatores determinantes para a instalação das empresas maquiladoras no México. Nota-se a maior concentração dessas empresas na porção setentrional mexicana, visando escoar com baixo custo os produtos para o mercado consumidor estadunidense. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 43 10/13/16 3:08 PM 44 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 17. a) A CEE, ou MCE (Comunidade Econômica Europeia ou Mercado Comum Europeu), criada a partir do Tratado de Roma (1957), onde foi estabelecido o livre-comércio de mercadorias, serviços e mão de obra entre seus integrantes. De 1957 a 1972, seis países integravam o MCE (Alemanha Ocidental, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, França e Itália) e, gradativamente, ampliaram suas relações comerciais e fortaleceram suas economias. b) Os dois dos principais objetivos almejados pela inte- gração regional são: o fortalecimento de economias que não têm condições de competir com as maiores economias do mundo, como os Estados Unidos e a China; e o aumento da importância econômica de determinadas regiões, tornando-as mais fortes po- liticamente nos fóruns internacionais como a OMC (Organização Mundial do Comércio). 18. B O Tratado Transpacífico (TPP) visa ampliar a integração e o fortalecimento de uma extensa área de comércio na região do oceano Pacífico, aumentando o poder dos Estados Unidos e do Japão perante a crescente eco- nomia chinesa. Vale destacar que, embora o acordo vise estabelecer padrões trabalhistas, sua adoção será compulsória e não obrigatória. cap’tulo 2 As desigualdades no mundo globalizado 1. a) O Norte é formado por um pequeno grupo de países desenvolvidos, onde vive cerca de 15% da população mundial. Entre as suas características sociais e econômicas mais comuns destacam-se: pequena participação do setor primário no PIB e na PEA; ampla e diversificada produção industrial; intensa atividade econômica do setor terciário, com forte comércio, turismo e serviços; grande avanço tecnológico e elevados investimentos em pesquisas; elevada população urbana, em espaços com bom grau de organização; elevado consumo interno; exportação de produtos industrializados e tecnologias; importação de recursos naturais e energia; sedes de transnacionais e bancos; centros de decisão mundiais que controlam a globalização. O Sul, formado pelo conjunto dos países subdesenvolvidos, com mais de 160 nações, onde vivem 85% da população mundial, tem entre suas características sociais e econômicas mais comuns a média e alta participação do setor primário no PIB e na PEA; produção industrial pequena ou inexistente; baixa atividade do setor terciário (em alguns países, ao contrário, este é hipertrofiado). b) Nesse modelo são apontados como polos de coman- do da ordem mundial os Estados Unidos, o Japão e a Alemanha (alguns autores citam a União Europeia, em vez da Alemanha). Suas áreas de influência mais direta são, respectivamente, a América, a bacia do Pacífico e a bacia do Mediterrâneo (norte da África e Oriente Médio), junto da Europa Oriental. 2. E A ideia central do texto enfatiza a concentração eco- nômica, tecnológica e de poder em poucos países, destacando-se o Japão, os países da América do Norte e os da Europa Ocidental. 3. C Os países periféricos (subdesenvolvidos) são grandes fornecedores de matérias-primas para as indústrias dos países centrais (desenvolvidos), contribuindo para o de- senvolvimento econômico dos países ricos. 4. B As precárias condições de vida da maioria dos habi- tantes africanos constituem um dos principais fatores responsáveis pelas ondas de emigração do continente. Geralmente, os emigrantes africanos buscam trabalho e melhores condições de vida em regiões mais desen- volvidas, como a Europa. 5. a) A média do índice de mortalidade infantil no mundo vem caindo a cada ano. Nas nações ricas, essa média encontra-se em patamares muito baixos, enquanto nas nações pobres, mesmo em queda, ainda se encontram índices muito elevados. Dos vários fatores que influenciam a queda desses índices, podem -se destacar: a melhoria das condições higiênicas e sanitárias; maior acesso à rede médico- -hospitalar, bem como maior facilidade na obtenção de medicamentos básicos; melhoria geral no padrão alimentar das populações. b) Cuba e Bolívia apresentam taxas de mortalidade infantil muito distintas. Enquanto o primeiro país apresenta um índice inferior a 10 crianças por mil, o segundo quase se aproxima de 80 crianças por mil. Analisando os dados do PIB, verificamos que ambos estão praticamente na mesma situação econômica (cerca de 5 mil dólares per capita), o que nos leva a concluir que esse fator não é significativo na dife- rença da taxa de mortalidade infantil entre eles. Já analisando o IDH, verificamos posições muito dife- rentes: Cuba apresenta uma posição elevada, o que se reflete numa taxa de mortalidade infantil inferior à da Bolívia. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 44 10/13/16 3:08 PM 45 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 6. a) Entre os países apresentados no gráfico, os Estados Unidos aparecem mais vezes como aquele que oferece melhores condições salariais a estrangeiros qualificados. b) Os trabalhadores qualificados buscam nos países desenvolvidos melhores oportunidades profissionais, já que as empresas localizadas neles geralmente oferecem melhores estruturas produtivas. Outro fator que atrai a mão de obra qualificada é a melhor qua- lidade de vida através de rede hospitalar, segurança pública e escolas mais bem estruturadas, agregando maiores benefícios a esse trabalhador e à sua família. 7. O PIB per capita representa uma média calculada a partir da riqueza total gerada por todos dividida por cada um dos habitantes de um país, sejam eles jovens, idosos, doentes, prisioneiros, desempregados, empresários, operários ou qualquer outra categoria social. Essa média não retrata a real distribuição da riqueza de uma nação, o que leva muitos estudiosos a criticar seu uso como um indicador de desenvolvimento. Em alguns países reconhecidamente pobres, com graves problemas sociais, como a Venezuela, por exemplo, esse indicador pode ser elevado, já que o país exporta petróleo e, consequentemente, apresenta um PIB relativamente alto, escondendo a realidade socioeconômica. Por isso, a maior parte dos críticos afirma que essa média esconde a realidade e não deve ser usada para analisar a realidade social de um país. No entanto, ela pode servir para uma comparação entre países, especialmente se eles têm um padrão relativamente semelhante (caso da tabela apresentada). 8. a) O conceito de pobreza multidimensional apresenta critérios mais abrangentes do que somente o aspecto econômico. No caso da situação indicada pela questão, ainda que os indivíduos da família possuam renda superior a US$ 1,25 por dia, eles não são alfabetizados e residem em uma moradia que não apresenta infraestrutura de saneamento básico. Sendo assim, levando em conta esse critério, as pessoas citadas na questão seriam caracterizadas como pobres. b) A linha da pobreza considera apenas o aspecto relacionado ao rendimento do indivíduo, enquan- to o conceito proposto pela ONU estabelece uma abordagem mais ampla, analisando a pobreza sob outros aspectos que ajudam a diferenciar melhor a população. Existem países onde o rendimento da população não é tão elevado, mas os subsídios do Estado garantem maior acesso da população à saú- de e educação e à moradia adequada. 9. B O coeficiente de Gini, analisado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), é uma medida que avalia a concentração de renda nos paí- ses, variando de 0 a 1, em que 0 representa a menor desigualdade de rendimento possível e 1, a desigual- dade máxima – neste caso, apenas uma pessoa con- centra toda a riqueza da sociedade e o rendimento do restante é nulo. 10. D Embora possua um dos maiores PIBs do planeta, a Chi- na apresenta baixa renda per capita em razão de sua grande população absoluta. 11. D Nota-se que países desenvolvidos, como Japão e Ale- manha, apresentam IDH muito alto, decorrente da alta renda per capita, elevada expectativa de vida e eleva- dos índices de escolaridade. A melhor distribuição de renda, que gera baixos valores dados no índice Gini, colabora para o melhor acesso a consumo, educação e saúde. 12. A Apesar de apresentar dados que demonstram uma me- lhora na distribuição de renda nas últimas décadas, o Brasil continua sendo um dos países do mundo com elevada desigualdade social, possuindo um índice de Gini superior a 0,4, o que indica sua acentuada con- centração de renda. Entre os países do G20 (grupo que engloba países desenvolvidos e emergentes), apenas a África do Sul tem desigualdade maior. 13. D Na referida obra de Candido Portinari, “Criança Morta”, o ponto central é a denúncia da mortalidade infantil, fruto das péssimas condições sociais e de qualidade de vida, situação comumente encontrada em países subdesenvolvidos. 14. E Nem todos os países subdesenvolvidos apresentam baixo IDH, mas dificilmente figuram entre os melhores nesse indicador social e econômico. Além disso, a maio- ria apresenta baixa ou média expectativa de vida ao nascer. 15. B A grande maioria dos países subdesenvolvidos apresen- ta elevada dependência comercial e financeira, além das profundas desigualdades sociais e econômicas, com pequena parcela da população concentrando a maior parte da renda nacional. 16. B Os países citados na alternativa [B] apresentam expressi- va parcela da população abaixo da linha oficial de po- breza, fato que demonstra grandes dificuldades sociais e que os caracteriza como países periféricos. No entan- to, segundo a ONU, o termo “subdesenvolvido” deve ser EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 45 10/13/16 3:08 PM 46 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s evitado, classificando os países como desenvolvidos ou em desenvolvimento. Como a alternativa B afirma que os países destacados “nem estão em desenvolvimento”, segundo o critério dessa organização, a alternativa tor- na-se incorreta. Vale destacar que Moçambique não é um país da África ocidental. Está localizado na porção oriental desse continente. 17. A A grande dependência da exportação de um único tipo de produto pode levar algumas regiões a crises econômicas e sociais. Qualquer oscilação econômica ou social que interfira no preço dessa commodity leva o país ou a região a graves problemas financeiros. 18. D As commodities são matérias-primas minerais, energé- ticas e agropecuárias com preço definido nas bolsas de valores, com expressiva presença nas exportações de alguns países. Algumas nações e regiões foram es- timuladas pelas circunstâncias criadas pelo mercado internacional a especializarem-se na produção e expor- tação de determinadas matérias-primas, ampliando a denominada commoditização do território. cap’tulo 3 População: distribuição e crescimento 1. C “Populoso” refere-se ao número total de habitantes, logo, sinaliza a população absoluta, enquanto “povoado” mostra a densidade demográfica, ou seja, a população relativa. 2. A Dividindo a população absoluta pela área, obtém-se a densidade demográfica ou a população relativa do país. Sendo assim, a Argentina tem densidade demo- gráfica aproximada de 15 hab./km2, caracterizando-se como um país pouco povoado. 3. C A redução populacional prevista para 2050 decorre da queda do crescimento vegetativo. 4. D Especialmente nos países desenvolvidos, a dinâmica demográfica apresenta reduzidos índices de natalidade e aumento da expectativa de vida, contribuindo para o aumento da população idosa. 5. E O Japão apresenta pequena área e população nu- mericamente expressiva, tornando-o um país muito povoado. Vale destacar que o Brasil tem área de apro- ximadamente 8,5 milhões de km², superado apenas por Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. O Canadá tem baixa densidade demográfica e a Rússia tem aproxima- damente 140 milhões de habitantes. 6. C Uma anamorfose possui áreas dos territórios proporcio- nais ao tema representado. No caso destacado, o tema é a população absoluta (total de habitantes) dos países. Portanto, os países mais populosos são: China, Índia, Estados Unidos, Indonésia e Brasil. 7. a) Não. Nota-se que a população mundial não teve o crescimento expressivo que ele previa, principalmente devido ao controle natalista, estimulado pela urbanização e pelos métodos anticonceptivos. Além disso, a produção de alimentos cresceu mais do que a teoria afirmava, decorrente das melhores técnicas produtivas (sementes, adubos e máquinas). b) O maior impacto sobre os recursos naturais decorre do excesso de consumo e não necessariamente do elevado crescimento vegetativo dos países subdesen- volvidos; a redução de pobres e famintos nos países subdesenvolvidos ocorrerá não pela redução natalis- ta, mas, sim, pela melhor distribuição de renda entre as nações desenvolvidas e as menos desenvolvidas. 8. A A leitura do gráfico permite associar o crescimen- to vegetativo com a educação feminina. Em países como Argentina, onde as mulheres têm altos índices de acesso à educação, o crescimento vegetativo é baixo. O oposto ocorre em Mali, onde as mulheres têm menor acesso à educação e o crescimento vegetati- vo é alto. Portanto, conclui-se pelos dados fornecidos que o acesso à educação pelas mulheres é um fator determinante na composição das taxas de natalidade e mortalidade. 9. a) Os países desenvolvidos têm baixas taxas de nata- lidade e mortalidade. Entre os fatores que colabo- ram para a redução da natalidade destaca-se a educação, que leva as famílias a realizar com mais consciência o planejamento familiar. Já a queda da mortalidade está vinculada às melhorias alimen- tares e médico -sanitárias, que reduzem as enfermi- dades, permitindo às pessoas viverem mais. Com menos nascimentos e alta expectativa de vida, essas sociedades enfrentam o aumento da população idosa, fato que eleva os gastos com a população aposentada. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 46 10/13/16 3:08 PM 47 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s b) Segundo a tabela, o país que terá maiores problemas será o Japão, que, de 1991 a 2025, terá a maior redu- ção no número de trabalhadores ativos em relação aos idosos, saindo de 5,7 para 2,3. 10. D A teoria malthusiana defende que a população cresce em progressão geométrica (1,2,4,8,16,32,64...), enquanto a produção de alimentos cresce mais lentamente, numa progressão aritmética (1,2,3,4,5,6...). A solução para esse problema seria o controle natalista fundamentado pela sujeição moral. Os neomalthusianos defendem rígido controle populacional nos países subdesenvolvidos que teriam maiores dificuldades em manter programas so- ciais para grandes contingentes populacionais. 11. C A teoria demográfica neomalthusiana, surgida no sé- culo XX, alertava para o fato de que o crescimento da população mundial superaria a capacidade mundial de produção de matérias-primas. Porém essa teoria deixou de considerar alguns aspectos importantes do processo, como a evolução tecnológica, a desigual- dade dos níveis de consumo e a redução das taxas de natalidade como efeito da urbanização e de ações governamentais. Apenas em regiões onde os níveis de urbanização são baixos, como a África Subsaariana e os países muçulmanos, o crescimento vegetativo ainda é alto; porém, por pobreza ou influência religiosa, os níveis de consumo são baixos. 12. B Após a Segunda Guerra Mundial, com o crescimen- to populacional nos países subdesenvolvidos, surgira as ideias que estruturaram a teoria neomalthusiana, cunhando o termo “explosão demográfica” e defenden- do a necessidade de conter o crescimento populacional a fim de evitar o esgotamento dos recursos naturais do planeta. 13. Com base na projeção, pode-se dizer que a população mundial continuará a crescer em ritmo menos acelerado e de forma diferenciada entre os continentes. A África e a Ásia são os continentes que apresentarão maior crescimento populacional, enquanto a Europa aparece como o único continente que deverá ter crescimento negativo. América do Norte, América Latina e Caribe apresentarão um crescimento populacional moderado. 14. E A indagação expressa entre as personagens ao fim do diálogo indica a preocupação relacionada à falta de espaço terrestre para futuras gerações. Na perspectiva dos estudos demográficos, essa indagação é descabi- da, pois o crescimento da população mundial é com- patível com a ocupação do espaço geográfico. 15. A Os neomalthusianos defendem o maior controle natalis- ta nos países subdesenvolvidos como forma de superar suas dificuldades econômicas e sociais. 16. E Grande parte do crescimento da população mundial nas últimas décadas decorre das elevadas taxas de natalidade dos países subdesenvolvidos. Esse fato re- força a tese dos neomalthusianos que defendem maior controle de natalidade nos países subdesenvolvidos. 17. D A teoria neomalthusiana relaciona o crescimento po- pulacional ao desenvolvimento econômico, ou seja, quanto maior for a população, maior será a carência econômica e o esgotamento dos recursos naturais. O texto não condiz com essa teoria, já que defende que os países ricos são os grandes responsáveis pela utilização da maior parte dos recursos naturais. 18. a) A teoria neomalthusiana afirma que o controle natalista deve ser realizado para diminuir o impacto nos recursos naturais, além de reduzir os gastos necessários com a crescente população (construção de casas, hospitais, escolas, etc.). A China implantou essa teoria, obrigando a população a ter menos filhos por meio da política denominada “Um filho por casal”. b) Positiva: evitou o nascimento de 400 milhões de pes- soas, gerando menor impacto ambiental, pois essa população consumiria vários recursos naturais. Nega- tiva: desequilíbrio no número de homens e mulheres, devido à preferência dos casais chineses por crian- ças do sexo masculino, aumentando o infanticídio feminino. cap’tulo 4 População do Brasil: distribuição e crescimento 1. A Como mencionado corretamente na alternativa [A], o aumento da população brasileira em números abso- lutos resulta do crescimento vegetativo que, embora esteja em queda nas últimas décadas, ainda é positivo. Estão incorretas as alternativas: [B], porque as taxas de natalidade e fecundidade estão em queda; [C], porque a teoria malthusiana já se mostrou ineficaz em razão de a produção e a disponibilidade de alimentos serem EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 47 10/13/16 3:08 PM 48 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s maiores que a população; [D], porque o processo migra- tório em curso no Brasil evidencia a desmetropolização e o crescimento das cidades médias; e a alternativa [E] está incorreta, porque, embora haja uma corrente imigratória em curso, ela não é significativa em termos numéricos. 2. C Os dois últimos itens são falsos porque a distribuição da população do Nordeste é desigual, havendo maior concentração nas sub-regiões mais úmidas, como a Zona da Mata e o Agreste, sendo o Sertão semiárido menos povoado; e as cidades do Nordeste apresen- tam graves problemas de mobilidade urbana devido à precariedade dos sistemas de trens, ônibus e metrô (quando existem). A cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, não foi sede dos jogos da Copa do Mundo. 3. E A partir da década de 1970, ocorreu um processo de descentralização industrial em direção a regiões como Sul, Nordeste, Norte e para o interior do estado de São Paulo. No Sul, a implantação de indústrias, o desenvol- vimento do setor terciário (comércio, serviços e finan- ças) e a modernização agrícola fizeram o porcentual da população urbana ultrapassar o da população rural. 4. 04 1 08 5 12. 01) Incorreto: a taxa de mortalidade infantil é menor nos estados das regiões Sudeste e Sul, e maior nas regiões Nordeste e Norte; 02) Incorreto: a pirâmide brasileira, diante da redução da taxa de fecundidade e do au- mento da expectativa de vida, tende a estreitar sua base e alargar seu topo; 04) Correto: a alteração das condições social, econômica e cultural da população brasileira resulta em queda do crescimento vegetativo; 08) Correto: a urbanização, o maior acesso à estrutura médico-hospitalar, os investimentos em saúde pública e preventiva (por meio da vacinação em massa, por exemplo) foram alguns dos condicionantes para a que- da da taxa de mortalidade; 16) Incorreto: está ocorrendo no Brasil a redução da porcentagem de população jo- vem, em decorrência da queda da taxa de natalidade, e o aumento da porcentagem de população idosa, em razão do aumento da expectativa de vida. 5. E Segundo o Censo, o número de mortes de indivíduos do sexo masculino é maior do que o daqueles do sexo feminino em todas as idades, e atinge seu valor má- ximo no grupo de 15 a 29 anos, em decorrência de homicídios e acidentes de trânsito. Portanto, como mencionado corretamente na alternativa [E], para reduzir a diferença entre a porcentagem da popula- ção masculina e a feminina é necessário que sejam adotadas medidas para redução da criminalidade e a implementação de programas de saúde preventiva específicos para homens. Estão incorretas as alternati- vas: [A], porque a geração de empregos não é medida para redução de mortes, e a vacinação contra a gripe abrange ambos os sexos; [B], porque os programas de saúde devem estar voltados aos homens e a vacinação abrange ambos os sexos; [C], porque o controle de natalidade não reduz a mortalidade masculina, e a segurança do trabalho está direcionada a ambos os sexos; [D], porque a redução da mortalidade infantil abrange ambos os sexos. 6. D A proposição [I] é incorreta, porque o crescimento ve- getativo diminuiu em razão da queda da taxa de nata- lidade e de mortalidade; a proposição [II] é incorreta, porque o aborto no Brasil não é legalizado; a proposição [III] é correta, porque com a melhoria de condições sanitárias ocorre a queda da taxa de mortalidade; a proposição [IV] é correta, porque com os investimentos em saúde pública, caracterizados principalmente pelo aspecto preventivo, ocorreu redução da mortalidade relacionada a epidemias; e a proposição [V] é corre- ta, porque, com os processos de industrialização, de modernização agrícola e o forte êxodo rural, ocorreu aumento da urbanização e, consequentemente, redu- ção da taxa de natalidade. 7. E A alternativa [A] está incorreta, pois o incremento po- pulacional foi resultado, basicamente, da imigração estrangeira. Ao contrário do que afirma o item [B], hou- ve queda do incremento populacional na década de 1960, de 2,99% para 2,89%. O item [C] afirma, incorre- tamente, que ocorrerá a estagnação do crescimento populacional, quando a tendência apresentada entre 2000 e 2010 é de que haja apenas queda da taxa de crescimento populacional. A melhoria das condições médico-sanitárias a partir década de 1940 levou à que- da da taxa da mortalidade, mas as elevadas taxas de natalidade foram mantidas, o que torna a alternativa [D] incorreta. 8. C A redução da taxa de natalidade no Brasil nas últimas décadas decorre de vários fatores, como: urbanização com maior acesso à educação e à saúde; alto custo de criação de filhos, devido aos problemas econômicos; emancipação feminina (direitos, avanço no mercado de trabalho e melhora na educação); difusão dos méto- dos anticoncepcionais e disseminação de cirurgias de esterilização. A ampliação dos direitos para os idosos, como a universalização do acesso às aposentadorias, contribui na medida em que reduz a dependência fi- nanceira em relação aos filhos. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 48 10/13/16 3:08 PM 49 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 9. A No Brasil, devido à queda da taxa de natalidade, ocor- reu uma redução do percentual de jovens, inclusive de crianças. Em paralelo, aumentam os percentuais de adultos e de idosos. Assim, é necessário implantar políticas públicas para melhorar a assistência à infância, como creches, educação fundamental de qualidade e melhores cuidados com saúde, a exemplo da formação e contratação de pediatras no Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto aos idosos, é necessário reestruturar a previdência social, melhorando a gestão, estimulando a aposentadoria complementar, além de políticas sociais que estimulem o turismo e valorização no mercado de trabalho em alguns casos. As políticas públicas também devem melhorar os níveis de saúde e educação das mu- lheres mais pobres, visto que isso se reflete rapidamente na qualidade de vida das crianças. 10. B A proposição [I] é incorreta: em 2000, os estados que lideravam o ranking de maior número de homicídios eram Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo; a propo- sição [II] é correta: em 2000, os estados que lideravam o ranking compõem a região Sudeste, a mais povoada; enquanto em 2010 o número de homicídios cresceu em outros estados. E, por fim, a proposição [III] é incorreta, porque os estados da região Sul registraram, em 2010, o aumento do número de homicídios em relação a 2000 e, portanto, não houve melhoria em relação à violência. 11. E A queda da taxa de fecundidade para 1,7 filho por mu- lher, em 2011, decorre da diminuição da taxa de nata- lidade vinculada à urbanização, melhoria de acesso à saúde e à educação, avanço da mulher no mercado de trabalho e difusão dos métodos anticoncepcionais e de cirurgias de esterilização. Essa constatação indica que a população brasileira encontra-se em um ritmo de crescimento que está se desacelerando. 12. A A proposição [I] é correta, pois o estreitamento da base da pirâmide indica queda da taxa de natalidade, resul- tante, entre outros fatores, da elevação do nível social e cultural das mulheres; a proposição [II] é correta, porque o alargamento do topo da pirâmide indica aumento da expectativa de vida, decorrente de políticas públi- cas e da elevação da renda de parte da população; a proposição [III] é correta, pois a previsão do IBGE é a ampliação da expectativa de vida do país; e a pro- posição [IV] é incorreta, porque na década atual, dife- rentemente da década de 1950, registra-se queda da taxa de natalidade e de mortalidade, e aumento da expectativa de vida. 13. A Entre 1997 e 2008, a região Nordeste do Brasil teve a queda mais substancial na taxa de mortalidade infan- til, de um patamar superior a 50 por mil nascidos até 1 ano de idade para pouco mais de 20. Isso se deve à melhoria das condições de renda, saúde e educação na região. cap’tulo 5 Estrutura etária e por gênero 1. B A estrutura etária europeia é caracterizada por pes- soas adultas e idosas em sua maioria. Os níveis dessa faixa da população superam as médias internacionais. A população europeia que integra a PEA (População Economicamente Ativa) corresponde a 68,3% da po- pulação total, como consequência da estabilidade econômica dos países, índice de educação elevada, aumento na esperança média de vida e diminuição da taxa de natalidade. 2. A A maior parte da população europeia é adulta, o que indica um envelhecimento da população, pois nesses países observam-se a diminuição da natalidade e o aumento da expectativa de vida, evidenciando que a população passa por um processo de envelhecimento. 3. B A estrutura etária do país mostra o grau de seu desen- volvimento. Os países que possuem há varias décadas baixos índices de natalidade e mortalidade – ou seja, melhora na qualidade de vida e na qualidade da saúde pública e, consequentemente, uma expecta- tiva de vida elevada – têm a grande maioria de sua população na faixa etária dos adultos, faixa de pes- soas economicamente produtivas, uma porcentagem de idosos relativamente alta e a faixa dos jovens entre 30 a 35% do total da população. Já os países subde- senvolvidos ou em desenvolvimento têm a maioria da população na faixa dos jovens e a faixa dos idosos é bastante reduzida. 4. A Conforme a alternativa [A] mostra, a expectativa de vida das mulheres é mais elevada do que a dos homens, pois o risco de morte durante a vida para eles, devido a fatores externos como acidentes de trânsito e de tra- balho, assassinatos, suicídios, é maior. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 49 10/13/16 3:08 PM 50 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 5. Os países ricos preocupam-se com a população mais velha e os países pobres, com a população mais jovem. A preocupação é comum na medida em que ambas as faixas etárias refletem no encargo econômico. 6. a) As mudanças ocorridas e suas respectivas causas são: o aumento relativo e absoluto da população idosa (mais de 60 anos), resultado do crescimento da expectativa de vida; a diminuição relativa da população jovem (0 a 19 anos) devido à queda da taxa de natalidade/fecundidade; o aumento relativo e absoluto da população adulta (20 a 59 anos) e a queda da natalidade/fecundidade associada ao envelhecimento da população (aumento da idade média da população), relacionado à queda da taxa de mortalidade. b) Entre as mudanças e suas respectivas consequências socioeconômicas estão: o aumento da população idosa (mais de 60 anos) resulta em maiores gastos com o sistema de aposentadoria, maiores gastos com o sistema público de saúde, necessidade de mais programas sociais voltados para o atendimento à terceira idade; a diminuição da população jovem (0 a 19 anos) reflete na redução relativa dos inves- timentos demográficos (investimentos quantitativos em educação fundamental, investimentos na área de medicina neonatal, etc.); o aumento da popula- ção adulta (20 a 59 anos) resulta na diminuição da taxa ou da razão de dependência e apresenta ao Estado a necessidade de aumentar os investimentos em educação de níveis médio e superior, além da possibilidade de aumentar o número de contribuintes da previdência (se houver geração de empregos), promovendo um nível de crescimento econômico capaz de absorver um número proporcionalmente maior de pessoas que chegam ao mercado de tra- balho. 7. B [I] Correta: o aumento da qualidade de vida e da ex- pectativa de vida no Brasil aproxima sua estrutura etária à dos países desenvolvidos. [II] Correta: a Nigéria é um país com população jovem, que apresenta uma elevada taxa de fecundidade e uma economia emergente devido à abundância de recursos naturais, o que lhe confere a denominação de “gigante africano”. O Brasil é um país em desenvol- vimento que apresentou uma redução no crescimento da população em razão da urbanização e da industria- lização, além dos incentivos à redução da natalidade (como a disseminação de anticoncepcionais). Embora a taxa de mortalidade no país tenha caído bastante desde a década de 1940, a queda na taxa de natali- dade foi ainda maior no país. A Alemanha, apesar de ser o país mais populoso da União Europeia, apresenta uma taxa de fecundidade baixa, e a tendência sinali- za para uma redução ainda maior nos próximos anos. O desenvolvimento econômico e o grau de escolari- dade elevados, aliados à longevidade da população, deixam a questão dos filhos para segundo plano. [III] Correta: principalmente após a Segunda Guerra Mundial, a melhora nas questões de saúde pública, as novas tecnologias e o aumento de mulheres no merca- do de trabalho mudaram o panorama do crescimento natural da população mundial. [IV] Incorreta: estima-se que a política do filho único, adotada pela China, tenha reduzido, mas não sustado, o crescimento populacional do país. 8. C Todas as proposições estão corretas. O gráfico aponta a evolução da transição demográfica no Brasil, onde ocorre a redução da taxa de natalidade e, consequen- temente, do número de jovens; aponta também a evo- lução da transição demográfica, em que ocorre o au- mento da expectativa de vida do país e, em razão disso, o aumento percentual do número de idosos no total da população; em razão da redução da taxa de nata- lidade e do número de jovens no total da população, ocorrerá aumento do número de adultos, demandando políticas públicas voltadas à qualificação do mercado de trabalho por meio de cursos técnicos e superiores; e a alteração na composição da população com expressi- vo número de idosos pressiona o sistema previdenciário e abre mercado para serviços voltados a esse setor. 9. V – V – V – V – F. As quatro primeiras proposições são verdadeiras: o pro- cesso de urbanização, a disseminação dos métodos contraceptivos, o ingresso da mulher no mercado de trabalho e a elevação da renda são alguns dos proces- sos que resultaram em queda da taxa de fecundidade, ou seja, o número médio de filhos por mulher de idades entre 15 e 49 anos; o aumento da expectativa de vida nas últimas décadas é consequência das melhorias médico-sanitárias, da urbanização e da elevação da renda, entre outros fatores; a disseminação dos méto- dos contraceptivos na década de 1960, em especial a pílula anticoncepcional, foi um fator fundamental para a redução das taxas de natalidade; e, embora as taxas de mortalidade infantil sejam decrescentes, a posição ocupada pelo Brasil é inferior a países como Argentina, Chile, Costa Rica, entre outros. A última proposição é falsa: os fatores de maior impacto na composição etária da população brasileira são a queda da taxa de nata- lidade e o aumento da expectativa de vida. 10. a) Há um nítido processo de crescimento urbano, expresso no aumento da população residente nas cidades. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 50 10/13/16 3:08 PM 51 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc íc io s b) A pirâmide de 2000 apresenta maior proporção de adultos e idosos no conjunto da população e há re- dução na participação da faixa etária de 0 a 9 anos. 11. B No Brasil, os indicadores sociais, como a expectativa de vida, variam conforme as classes sociais e as regiões. A disparidade regional é significativa. Assim, a expectativa de vida é maior nas regiões Sul e Sudeste, sendo menor nas regiões Nordeste e Norte em decorrência da maior gravidade dos problemas em setores como a saúde. 12. C Diferentemente do que afirma o item [A], houve melhoria da qualidade de vida da população como um todo, não apenas das mulheres. O item [B] está incorreto, pois, além de não haver informações nos gráficos sobre o uso de mão de obra infantil, a afirmação não corresponde à realidade nacional. O aumento da expectativa de vida levará a um aumento dos gastos públicos, em especial com a previdência social, como afirma corretamente o item [C]. Não são conhecidas tentativas da Igreja de con- trolar a natalidade, o que torna inválida a alternativa [D]. As mudanças na sociedade brasileira são fruto da me- lhoria da qualidade de vida em geral, sem que tenha havido uma mudança estrutural na realidade socioeco- nômica do país, o que torna a alternativa [E] incorreta. 13. A A região Nordeste do Brasil ainda tem níveis diferentes das demais regiões porque ainda existem desigualda- des importantes que persistem entre as regiões ao lon- go do período analisado na tabela. Historicamente, a concentração de investimentos econômicos ocorreu no Centro-Sul do país, enquanto no Nordeste observou-se: falta de iniciativas nos sistemas de saúde pública, infra- estrutura urbana deficiente, problemas relacionados à regulamentação do trabalho, altos índices de violência, criminalidade e poluição. 14. a) A redução do ritmo de crescimento da população brasileira deve-se à queda das taxas de natalidade e de fecundidade, relacionada a causas sociais, culturais e econômicas, como o avanço da mulher no mercado de trabalho e a melhoria nas condições de educação e saúde. b) Conforme o Censo de 2010, durante a década de 2000, a região Centro-Oeste atraiu muitos imigrantes sulis- tas devido à expansão das fronteiras do agronegócio. As regiões Norte, Sudeste e Sul também apresentam saldo positivo. O Nordeste apresenta saldo migratório negativo, porém com grande diminuição em relação às décadas anteriores. Também se observa expressiva migração de retorno, a exemplo dos nordestinos que voltam para sua região devido ao crescimento econô- mico e à geração de empregos no Nordeste. capítulo 6 População do Brasil: imigração e estrutura étnica 1. C A evolução populacional do Brasil pode ser observada ao longo do período considerado em dois momentos distintos. Entre 1900 e 1930, período de fortes correntes imigratórias, o país tem uma pequena população ab- soluta que recebe um acréscimo significativo devido à chegada dos imigrantes. A partir dos anos 1930, o processo de urbanização toma impulso, provocando migrações internas e aumento do crescimento popu- lacional vegetativo. 2. B A afirmação [I] é correta, pois um dos fatores que propi- ciaram o desenvolvimento industrial no país foi a forma- ção de um mercado consumidor interno a partir da mão de obra europeia e da imigração alavancada pela abo- lição da escravidão; a afirmação [II] é incorreta, porque a indústria se configura no país a partir das condições criadas pela cafeicultura no século XIX, enquanto a Revolução Industrial (período de surgimento da indústria na Europa) ocorreu no século XVIII; a afirmação [III] é correta, pois a industrialização brasileira caracterizou-se tradicionalmente por desenvolver-se como substitutiva de importações, ou seja, produzir no país o que antes era importado; a afirmação [IV] é incorreta, porque a concentração industrial ocorreu no vale do Paraíba, em São Paulo e no Rio de Janeiro. 3. A Como mencionado corretamente na alternativa [A], as reduções jesuíticas foram os primeiros núcleos de fixação humana no estado; os açorianos, o primeiro fluxo imigratório, seguidos dos alemães e dos italianos. A territorialização associada ao contexto histórico confi- gura as porções sul e norte do estado, respectivamente, como áreas de menor e de maior adensamento huma- no em razão das atividades desenvolvidas ao longo da colonização. 4. 01 1 02 1 04 5 07. 01) Correta: os negros que compõem a miscigenação da população brasileira têm origem no grupo de bantos e sudaneses; 02) Correta: os eslavos fixaram-se no estado do Paraná, particularmente em sua porção sul; 04) Correta: a região Sul representou a principal área de colônias europeias; EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 51 10/13/16 3:08 PM 52 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s 08) Incorreta: coreanos e chineses fixaram-se principal- mente no sudoeste do Paraná e em São Paulo; japo- neses se estabeleceram nas colônias no Paraná, São Paulo, Amazonas e Pará; 16) Incorreta: na composição étnica da população brasileira ocorreu a miscigenação do indígena com o português. 5. A No início do século XX, a emigração de japoneses para o Brasil foi decorrente de fatores como: alta densidade populacional, crise socioeconômica no Japão e carên- cia de mão de obra na agricultura brasileira no período do ciclo do café. A partir da década de 1990, com a crise econômica e o desemprego no Brasil, os decassé- guis (descendentes de japoneses ou com parentesco) passaram a emigrar para o Japão para trabalhar prin- cipalmente na indústria em busca de melhores salários. 6. E A imigração de japoneses cresceu durante a década de 1930. Cerca de 75% dos imigrantes japoneses foram para São Paulo, estado que tinha grande necessidade de mão de obra para trabalhar nos cafezais. Mas, com a abertura de novas frentes de trabalho, os imigrantes ja- poneses vinham trabalhar também no cultivo de moran- go, chá e arroz. Pequenas comunidades nipo-brasileiras surgiram no Pará com imigrantes japoneses atraídos pelo cultivo da pimenta-do-reino. Na década de 1930, o Brasil já abrigava a maior população de japoneses fora do Japão. Muitos imigrantes japoneses continuaram a chegar nesse período, muitos deles atraídos pelos pa- rentes bem-sucedidos que já tinham emigrado. 7. 01 1 02 1 04 1 08 1 16 1 32 5 63. [01] Correta: os portugueses, até a proclamação da independência, entravam no país como colonizadores, não eram considerados estrangeiros. [02] Correta: apesar de ser o quarto maior grupo na tabela, os alemães foram os primeiros a emigrar da Eu- ropa para o Brasil em 1824. [04] Correta: a abolição da escravidão e a expansão do comércio de café no mundo fizeram com que o go- verno brasileiro buscasse novas fontes de mão de obra fora do país. As perspectivas e o descontentamento dos europeus em seus países de origem, resultado do início do processo de mecanização da indústria e im- plementação de novas técnicas agrícolas, implicaram, consequentemente, a perda de suas terras por endivi- damento, o que tornou o Brasil um grande atrativo na esperança de uma vida melhor. [08] Correta: após 1934, ocorreu uma progressiva dimi- nuição da imigração, devido aos seguintes e principais fatores: a crise do café, gerada pela quebra da bolsa de valores de Nova York em 1929, e a crise política e social, gerada pela Revolução Brasileira de 1930, que colocou Getúlio Vargas no poder; a criação das leis da imigra- ção, que restringiram fortemente a entrada de novos imigrantes, sendo a Lei de Cotas a mais importante entre elas (ficou estabelecido que, a partir de 1934, só poderia entrar no Brasil, a cada ano, o máximo de 2% do total de imigrantes de cada nacionalidade que entraram nos últimos cinquenta anos). Além dessa restrição de ordem quantitativa, havia outros tipos de restrições à entrada de estrangeiros: de ordem profissional (80% dos imigrantes deveriam ser agricultores), de ordem político ideológica (era vetada a entrada de comunistas), etc. [16] Correta: após a Segunda Guerra Mundial, teve início um novo movimento migratório europeu para o Brasil: portugueses, italianos, espanhóis e alemães vieram em busca de melhores condições de vida do que as impostas pelos governos de seus países; quase todos se destinaram às áreas urbanas. [32] Correta: os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a partir da década de 1870. Foram impulsionados pelas transformações socioeconômicas em curso no norte da península Itálica, que afetaram sobretudo a propriedade da terra. Um aspecto peculiar à imigração em massa italiana é que ela começou a ocorrer pouco após a unificação da Itália (1861), razão pela qual uma identidade nacional desses imigrantes se forjou, em grande medida, no Brasil. 8. D Os povos eslavos (poloneses, ucranianos e russos) for- maram a maior corrente imigratória no estado do Para- ná. Entre 1869 e 1920, estima-se que 60 000 poloneses entraram no Brasil, dos quais 95% se estabeleceram no Paraná. Os imigrantes eslavos se dedicaram principal- mente à agricultura, em plantações de milho, feijão, repolho, batata, entre outras. Difundiram o uso do arado e de outras técnicas agrícolas no Paraná. Trouxeram consigo um modelo de carroça tipicamente eslava, utili- zada até hoje no Paraná para o transporte de materiais e de produção agrícola. 9. D A igualdade e o respeito às diferenças são de extrema relevância para a efetivação dos direitos humanos. Para além dos direitos formais, deveriam ser reconhecidas as dimensões materiais, culturais e subjetivas. No entanto, as diferenças entre as pessoas e os povos são desconsi- deradas, determinando, dessa forma, privilégios de uns em detrimento de outros. A consequência imediata é a desigualdade, que, pelos efeitos da ideologia domi- nante, acaba por se naturalizar (ou seja, é transmitida a “ilusão” de que se trata de destino ou fatalidade). A partir da naturalização da desigualdade, inicia-se um processo de “construção de um modelo-padrão de ser EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 52 10/13/16 3:08 PM 53 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s humano”. Com isso, cristaliza-se a visão de que os se- res íntegros são homens, brancos e adultos, dotados, portanto, de humanidade, ao mesmo tempo que se atribuem características de inferiorização a outros gru- pos, por exemplo, as mulheres como frágeis, os negros como preguiçosos, os índios como ferozes, as crianças como dependentes. Historicamente, vigorou a perspec- tiva economicista, a partir da qual a desigualdade e a exclusão social explicam-se, quase que unicamen- te, por meio do conceito de classe social. No entanto, essa abordagem não dá conta da complexidade das relações sociais, culturais e políticas. Por isso, é neces- sário assumir uma visão crítica às formas tradicionais que concebem as relações humanas e a estrutura da sociedade de maneira reducionista e universalizante, implicando a compreensão da multiplicidade dessas relações nos processos sociais. 10. C As políticas afirmativas são medidas que têm o intuito de integrar os grupos mais marginalizados à socieda- de, ao contrário das medidas discriminatórias (como o apartheid foi na África do Sul), que servem para se- gregar. As ações afirmativas favorecem alguém que foi historicamente discriminado e desfavorecido em conse- quência de políticas e formas de dominação que são consideradas injustas e desumanas pelos acordos e tratados internacionais de direitos humanos. A existência das políticas afirmativas é importante para que essas pessoas possam competir no mercado de trabalho e exercer seus direitos plenamente, em igualdade com aqueles outros indivíduos que, ao contrário, foram histo- ricamente favorecidos e hoje possuem uma vantagem muito grande em relação aos primeiros. 11. 01 1 02 1 08 1 16 5 27. 01) Correta. 02) Correta. 04) Incorreta: ainda que a maioria da população da região Sul seja descendente de pai e mãe europeus, fruto principalmente da imigração de famílias alemãs e italianas, observa-se que cerca de 36% da população sulista descenderam da relação de um homem europeu com uma mulher ameríndia ou negra. 08) Correta. 16) Correta. 32) Incorreta: japoneses e coreanos tiveram dificuldades em se integrar à população brasileira devido às diferen- ças na língua e na cultura. A imigração de famílias foi incentivada pelo governo e, devido à condição isolada da zona rural, acabou por formar colônias e, posterior- mente, cidades. 64) Incorreta: as diferentes origens das pessoas (euro- peias, africanas, asiáticas, indígenas, entre outras) na formação da população brasileira é o que faz a diver- sidade étnica e cultural registrada atualmente. 12. E A colonização do Nordeste brasileiro deu-se pelo litoral, onde os portugueses encontraram condições ideais para o plantio da cana-de-açúcar. Surgiram então os engenhos para processar o açúcar, e para mover as moendas tiveram que importar o gado para os tra- balhos de tração. Com o crescimento do rebanho, começaram a surgir problemas entre os senhores de engenho e os criadores de gado. Para estes últimos restaram as terras do interior. Foi no rastro do gado que o Sertão foi colonizado. Os pecuaristas aproveitavam os leitos secos dos rios como estradas para conduzir as suas boiadas e, quando chegavam a um lugar plano, fora da faixa proibida, construíam os seus currais, er- guiam as suas cabanas, fixavam-se na terra. O Agreste nordestino localiza-se na faixa de transição entre a zona da mata da faixa litorânea e a região seca do Sertão. Nele também observam-se períodos de secas sazonais e áreas onde há maior umidade, os brejos. A estrutura fundiária do Agreste é basicamente formada por pequenas e médias propriedades em que se prati- ca a policultura, frequentemente associada à pecuária extensiva e à bacia leiteira. 13. E Como indicado corretamente nas afirmativas I, II e III, “pardos” é o termo que designa a origem multirracial cujas miscigenações incluem cafuzos, caboclos e mu- latos. 14. D A gênese do povo brasileiro está intimamente vincu- lada à colonização de exploração empreendida por Portugal, com a chegada de portugueses em melhor posição social, a exploração dos povos indígenas e a entrada de escravos negros. Essas três matrizes étnicas, sua miscigenação e desigualdades são fundamentais para compreender a sociedade brasileira. 15. 02 1 08 1 64 5 74. 01) Incorreta: o Censo é realizado pelo IBGE a cada 10 anos. 02) Correta. 04) Incorreta: a concentração de negros é maior nas regiões Nordeste e Sudeste devido às questões históricas do período da colonização e do Brasil Império, com pre- sença da mão de obra escrava da população negra. 08) Correta. 16) Incorreta: o elemento branco participante da forma- ção étnica do Brasil é de origem europeia, principalmen- te de portugueses, italianos e alemães. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 53 10/13/16 3:08 PM 54 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 32) Incorreta: o emprego da mão de obra escrava ne- gra no Brasil teve início na colonização, em meados do século XVI. Os portugueses e, mais tarde, os holandeses, traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão de obra engenhos de cana- -de-açúcar do Nordeste. 64) Correta. 16. a) As fronteiras sociais referidas na questão evidenciam- -se no vestuário, nas diferenças raciais e no posicionamento dos personagens retratados. As roupas do proprietário de terras, branco, que é o único homem calçado da foto, demonstram sua condição de membro da classe dominante aristocrática, contraposta à dos trabalhadores, negros e mestiços, subordinados pela escravidão ou pela parceria e a semisservidão. Ressalta-se ainda que o senhor se coloca à frente dos demais, numa postura de comando típica da elite detentora do poder social. b) Ao contrário do que normalmente se pensa, na déca- da de 1870 as relações de trabalho escravistas já não eram predominantes no Brasil, como mostram estes dados do censo de 1872: população livre – 8 601 000; população escrava – 1 510 000; população total – 10 111 000; porcentagem de escravos sobre o total – 15%. Nesse período, coexistiam no país o sistema de traba- lho livre (seja assalariado, seja semisservil) e o traba- lho escravo. Este, no entanto, era ainda predominante em algumas regiões. c) O Sudeste brasileiro, no desenrolar do século XIX, foi caracterizado pelo desenvolvimento da atividade cafeeira. Essa região, como outras em outros mo- mentos de nossa História, foi marcada pelo latifúndio monocultor, tendo sua produção exportada para o mercado europeu e, neste caso específico, tam- bém para o norte-americano. Em relação à mão de obra dominante, em 1870 os escravos ainda eram a maioria nos cafezais. Já os principais centros ur- banos, principalmente a cidade do Rio de Janeiro, caracterizavam-se pelo predomínio da mão de obra livre. 17. E Estão corretas todas as afirmativas da questão. A segre- gação social e as dificuldades na melhoria da qualida- de de vida das populações pobres, negras ou mestiças estão enraizadas na sociedade brasileira, desde sua formação no Período Colonial, passando pelo período pós-abolição da escravidão e chegando aos dias de hoje. A utilização da mão de obra escrava, negra e indígena, trouxe a ideia da desvalorização da vida. A concentração de renda e de posses nas mãos dos co- lonizadores e posteriormente das elites limitou o acesso, à população mais pobre, de infraestrutura adequada em relação à saúde e ao ensino, e postergou o precon- ceito na sociedade, ou seja, indicou que a classe pobre e menos favorecida merecia sua condição, devido à sua origem, escrava. Essa postura tem consequências observadas até hoje, pois dificultou a mudança no pen- samento da sociedade e dos governantes responsáveis pela realização de políticas sociais efetivas, que mudem e possibilitem a mudança na qualidade de vida das classes mais pobres. 18. D A sequência correta é: V – F – F – V Verdadeiro. “Eurocentrismo” – o que tradicionalmente apresentamos como eurocentrismo, ou seja, a visão de mundo marcada pela adoção do ponto de vista da civilização europeia (religião, língua, modos, costumes) – julgava os nativos americanos e os africanos a partir dos seus valores e das suas crenças, pois os eurocen- tristas acreditavam que a cultura europeia era mais desenvolvida do que a dos indígenas e dos africanos. Para os mais radicais, acabar com os negros no Brasil era a ideia para resolver os problemas da pobreza e da miscigenação, bem como todos os problemas sociais que decorriam dessa situação. Falso. Os negros não foram erradicados do Brasil. Mas houve situações em que a população negra foi levada à marginalidade e a situações de sobrevivência extremas. Falso. Ao ser decretada a abolição da escravidão, os negros não foram inseridos na sociedade de maneira igualitária nem no mercado de trabalho; apenas foram substituídos por outra forma de mão de obra e deixados à própria sorte. Verdadeiro. O ideal eurocêntrico contribuiu para per- petuar um sentimento de repulsa aos negros, pardos, mestiços ou crioulos. Um relatório divulgado pela ONU em 2014, com base em dados coletados no fim de 2013, apontou que os negros do país são os que mais são assassinados, os que têm menor escolaridade, os menores salários, o menor acesso ao sistema de saúde e os que morrem mais cedo. Também é o grupo popu- lacional brasileiro que mais está presente no sistema prisional e o que menos ocupa postos nos governos. Segundo o relatório, o desemprego entre os afro- -brasileiros é 50% superior ao do restante da socieda- de, enquanto a renda é metade da registrada entre a população branca. As taxas de analfabetismo são duas vezes superiores ao registrado entre o restante dos habitantes. Além disso, apesar de fazer parte de mais de 50% da população (entre pretos e pardos), os negros representam apenas 20% da produção do produto interno bruto (PIB) do país. A violência policial contra os negros e o racismo institucionalizado também são apontados pelas Nações Unidas. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 54 10/13/16 3:08 PM 55 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s cap’tulo 7 População do Brasil: estrutura ativa 1. B O que influencia a região Norte ter as menores propor- ções de população em idade ativa está ligado às ques- tões de falta de saneamento básico, com população praticamente ribeirinha, economia basicamente de subsistência, pouco acesso a sistemas de controle de natalidade e saúde, altas taxas de natalidade e baixa expectativa de vida. Resultam em um percentual de 55,1% da população abaixo de 15 anos, população em idade ativa reduzida proporcionalmente. 2. E O processo de envelhecimento populacional urbano inicia com a queda da fecundidade, ou seja, o número de filhos por habitantes diminui. Devido ao aumento da expectativa de vida ao nascer, com o passar dos anos há uma redução na proporção da população jovem. O aumento da expectativa de vida, com melhores con- dições de saúde e saneamento das cidades, gera um consequente aumento na proporção da população idosa. A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas contribui para que esse segmento popula- cional, que passou a ser mais representativo no total da população, sobreviva por períodos mais longos. 3. 01 1 02 1 08 5 11. Os itens incorretos são: 04) Para receber os benefícios do programa social Bolsa Família, o critério utilizado pelo Governo Federal é a ren- da familiar, atingindo principalmente famílias que estão em estado de pobreza extrema ou miséria; 16) A renda per capita é resultado da divisão do PIB – Produto Interno Bruto – pela população absoluta do país. 4. 02 1 08 5 10. Os itens incorretos são: 01) No Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, mais pre- cisamente no Distrito Federal, estão os melhores índices de IDH brasileiros, estando os índices mais baixos nos estados do Nordeste e Norte; 04) É no setor terciário, representado pelos serviços, pelo comércio e pelo setor financeiro, que está o maior per- centual de trabalhadores, cerca de 60% da PEA (popu- lação economicamente ativa). 5. 01 1 04 1 08 5 13. Os itens incorretos são: 02) a população absoluta é a população total em de- terminada localidade; 16) o PIB representa a soma dos valores monetários de todos os bens e serviços produzidos em determinada região, durante um período determinado, e é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de quantificar a atividade econômica de uma região. 6. D A alternativa [A] é incorreta, pois o crescimento da eco- nomia informal ocorre nos países subdesenvolvidos, como citado no texto. A alternativa [B] está incorreta porque a Lei no 10.097 de 19/12/2000 proíbe o trabalho dos menores de 16 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos; a alternativa [C] é incorreta, pois a ausência do vínculo empregatício não caracteriza a PEA, contudo, é a principal característica do trabalho informal; e a alternativa [D] está correta, porque a economia informal define-se como a prática de atividades econômicas do setor primário, secundário ou terciário sem o conhecimento do governo, ou seja, alheia a qualquer institucionalidade ou legalidade. 7. B O item 2 é a única opção correta. O processo de urba- nização foi provocado por fatores como: industrializa- ção (setor secundário), expansão do setor de serviços públicos e privados (setor terciário, o que mais emprega no país) e êxodo rural relacionado à mecanização da agricultura, à concentração fundiária e à insuficiência de reforma agrária. 8. D Houve no Brasil um declínio, de forma contínua, da população economicamente ativa no setor primário, resultado dos intensos processos de urbanização e in- dustrialização iniciados no país na década de 1940. Essa é uma característica marcante dos países subdesenvol- vidos e de urbanização recente. Neles, o setor terciário expandiu-se rapidamente sem elevar a qualificação profissional e a produtividade, sendo o setor que mais cresceu nos últimos anos. 9. D Na economia globalizada, as empresas multinacionais deslocam a produção de cada item dos produtos que fabricam para o país onde os custos são menores. Esse processo traz consigo a busca da automação e da terceirização dos serviços, levando ao fechamento de postos de trabalho e à diminuição salarial. Com isso, sur- giram duas tendências perversas: uma rumo a um nível permanentemente maior de desemprego, decorrente de um processo estrutural, que vem a partir da abertura econômica do final da década de 1980; e outra rumo ao crescimento do trabalho informal, pela falta de ca- pacitação da mão de obra ou complementação da renda do trabalhador. EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 55 10/13/16 3:08 PM 56 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 10. B A afirmativa I é incorreta, pois a proporção de mulhe- res no mercado de trabalho aumentou nas últimas décadas; a afirmativa II é correta, porque, apesar dos avanços na questão salarial entre os gêneros, existe uma evidente diferenciação de salários no mercado de trabalho, desprivilegiando as mulheres; e a alternativa III é incorreta devido ao fato de os maiores registros no serviço doméstico serem da mão de obra feminina. 11. C A região Sudeste é a mais rica e industrializada do Brasil, e, junto com as regiões Centro-Oeste e Sul, apresentam maiores percentuais da população com acesso a níveis salariais maiores. 12. O aumento do trabalho formal a partir de 2000 se deu pela normatização das relações trabalhistas, ampliação significativa dos direitos sociais e, consequentemente, da cidadania. As condições de trabalho melhoraram no país. Essa regulação traz proteção e bem-estar social à classe trabalhadora e, ao mesmo tempo, meios para que o Estado possa garantir a oferta de serviços públicos. Entre as vantagens da formalização das relações de trabalho para os trabalhadores estão os direitos trabalhistas assegurados, como 13o salário, sindicalização, fundo de garantia por tempo de serviço e direito à previdência social. Para o governo, os principais benefícios são a redução do déficit da previdência social, o aumento da arrecadação dos tributos destinados à proteção social do trabalhador e a diminuição da demanda de serviços públicos por trabalhadores em situação de fragilidade social. 13. E A reestruturação produtiva, acompanhada da introdu- ção de novas tecnologias a partir da década de 1990, desencadeou uma série de consequências sociais que afetaram os trabalhadores nos processos de trabalho, na qualificação da força de trabalho, nas condições de trabalho e nas suas vidas, elevando o nível de formação exigido para o trabalho. O conhecimento do indivíduo se torna um fator de maior relevância no momento atual. Concomitante a esses fenômenos, ocorrem também a fragmentação e a desestruturação do processo produ- tivo, o que acaba gerando tendências imensamente insatisfatórias em termos sociais, de produtividade e re- dução do trabalho incorporado à produção, resultando em desemprego e precarização do trabalho. 14. A sequência correta é: V – F – F – V. A segunda afirmativa é falsa, pois o México não resolveu os problemas de desemprego do país com a formação de blocos regionais, mas, sim, agravou as reformas es- truturais iniciadas pelos governos neoliberais e limitou a capacidade de geração de emprego da economia. As estratégias desses governos se ativeram a três aspec- tos: liberalização econômica, privatizações e desregu- lamentação do marco jurídico nacional com o objetivo de facilitar o funcionamento do modelo neoliberal. A terceira alternativa também é falsa, pois as novas formas técnicas e organizacionais das atividades econômicas, com os atuais tipos de contratação, principalmente a terceirização, e as políticas trabalhistas conduziram, entre outros aspectos, a um aumento do desemprego e da precarização das relações de trabalho, o que foi acompanhado da redução da renda do trabalhador brasileiro. 15. B A falta de empregos nos países pobres leva os traba- lhadores a buscar empregos e melhores oportunidades nos países ricos, que por sua vez buscam profissionais qualificados nos países em desenvolvimento, ou seja, pessoas com aptidões técnicas e dotadas de conhe- cimento para atuar nos setores de alta produtividade tecnológica. 16. C O setor informal se desenvolve basicamente fundado nas necessidades imediatas daqueles que estão ex- cluídos do setor formal. O crescimento do setor informal está diretamente ligado à modernização da produção industrial, advinda com o fenômeno da globalização. É importante ressaltar que o setor informal funciona também como uma atividade econômica de comple- mentaridade de renda para uma fatia considerável do setor formal, que busca compensar o decréscimo dos seus salários realizando serviços e trabalhando com produção domiciliar informal. 17. E A afirmativa [II] é falsa porque vagas de emprego fe- chadas pela automação do trabalho e substituição dos trabalhadores por máquinas são definitivas; a afirmati- va [IV] é falsa porque as corporações multinacionais operam com objetivo de realizar fusões e aquisições no país em que se instalam, fazendo com que o capital estrangeiro adquira, controle ou participe em empresas de capital nacional no país em que se alocam, elimi- nando a concorrência interna e externa. 18. B Órgãos não governamentais e o Estado vêm evidencian- do os malefícios do trabalho infantil no desenvolvimento da aprendizagem e na socialização da criança, com o objetivo de estimular mudanças no cenário socioedu- cacional. A quebra na sequência dos desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e educacional compromete também as condições sociais da criança. Assim, se faz necessário assisti-las de forma complexa, buscando meios de combater o trabalho infantil. Em razão da con- EM_REG_42a65_GEO_MP5_Resp.indd 56 10/13/16 3:08 PM 57 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s dição do menor nas relações de trabalho, é necessária a existência de mecanismos de controle, fiscalização e, acima de tudo, proteção legal e estatal, além de políticas públicas capazes de salvaguardar o desen- volvimento da criança e promover a inserção do menor na sociedade. cap’tulo 8 As migrações 1. A Nos dias atuais, os fluxos migratórios ocorrem, princi- palmente, dos países do Sul para os países do Norte. 2. B Após a abolição da escravatura no final do século XIX, o governo brasileiro estimulou a entrada de imigrantes estrangeiros, que substituíram a mão de obra escra- va nas lavouras nacionais. Muitos imigrantes italianos, espanhóis e japoneses chegaram à região Sudeste, enquanto o Sul recebeu muitos alemães e italianos, que desenvolveram atividades ligadas à agricultura familiar. 3. C O texto menciona o deslocamento diário e intencional da população, aspecto que caracteriza a migração pendular. 4. A A análise do gráfico permite concluir que o maior núme- ro de solicitações de refúgio no Brasil ocorre em estados da região Sul, principalmente no Paraná, seguido dentro da região pelo Rio Grande do Sul e por Santa Catarina. São Paulo destaca-se na região Sudeste. 5. C Na busca por trabalho e melhores condições de vida, muitos haitianos chegaram ao território brasileiro nos últimos anos. Recentemente, o Haiti enfrentou graves problemas, tanto relacionados à instabilidade política como a desastres ambientais (furacões e terremotos), fatos que agravaram as precárias condições de vida no país caribenho. 6. C A guerra civil na Síria forçou milhares de civis a fugir para outros países, como Turquia, Iraque e Jordânia, e para a Europa, aonde chegam na condição de refugiados. 7. B Embora a população da maior parte dos países eu- ropeus esteja envelhecendo rapidamente, o que de- termina a redução da parcela de jovens e a falta de vários tipos de mão de obra, grande parte desses países tem promovido legislações de contenção à imigração, em especial com severas leis contra imi- grantes ilegais e estímulos ao retorno a seus países de origem. 8. D O fluxo migratório internacional nas últimas décadas se dá dos países subdesenvolvidos para os países de- senvolvidos e traz consequências demográficas impor- tantes. Uma delas é a diversificação da composição étnica e religiosa em vários países. No caso dos Estados Unidos, há aumento do porcentual de latinos. No caso europeu, o aumento do componente negro, islâmico e eslavo em nações da Europa Ocidental. Esse proces- so, somado à crise financeira iniciada em 2008, elevou os casos de xenofobia e preconceito étnico e religioso contra imigrantes e seus descendentes. 9. B A proposição [I] está incorreta, pois os fluxos migratórios mais intensos provêm do Nordeste em direção a ou- tras regiões, entre elas o Norte do Brasil. Entre os fatores motivadores desse processo destacam-se a desigual- dade social, a disparidade regional e a concentração fundiária. 10. C O mapa destaca fluxos migratórios relacionados à ex- pansão da fronteira agrícola nas regiões Sul (Paraná) e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso). 11. E Analisando a tabela, nota-se que o grupo que apresen- ta maior nível de escolaridade tem maior probabilidade de migrar, situação que decorre da maior vantagem na disputa por vagas no mercado de trabalho na região de destino. 12. B Na década de 1970, surgiram no Brasil vários projetos de colonização promovidos pelo governo militar que esti- mularam a ocupação das regiões Centro-Oeste e Norte,
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