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RELATORIO BACHAREL LETRAS LIBRAS - MARIA RITA CAPEL

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS/LIBRAS – BACHARELADO
FACULDADE EFICAZ
MARIA RITA CAPEL
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM TRADUÇÃO/INTERPRETAÇÃO
MARINGÁ
2019
MARIA RITA CAPEL
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório apresentado como requisito parcial para a conclusão da disciplina Estágio Supervisionado em Tradução/Interpretação do curso de graduação em Letras/Libras - bacharelado da Faculdade EFICAZ, orientado pela Professora Ercilia Alves Ferreira. 
MARINGÁ
2019
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO..............................................................................5
2.	CARACTERIZAÇÃO DOS CONTEXTOS DE ESTÁGIO..............7
2.1	 Modalidade interpretação.............................................................7
2.1.1	Contexto educacional....................................................................7
2.1.2 Contexto acessibilidade................................................................10
2.1.3 Contexto religioso..........................................................................11
3.	DESENVOLVIMENTO.................................................................13
3.1 Relatos e atividades desenvolvidas na modalidade interpretação...13
3.1.1 Contexto educacional....................................................................13
3.1.2 Contexto acessibilidade.................................................................20
3.1.3 Contexto religioso..........................................................................24
3.2 Relatos e atividades desenvolvidas na modalidade tradução..........25
 3.2.1 Categoria pesquisa.......................................................................25
3.2.3 Contexto extracurricular................................................................38
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................52
REFERÊNCIAS.......................................................................................53
ANEXOS 
A – TERMO DE COMPROMISSO DO CONTEXTO EDUCACIONAL....54
B – CONTROLE DE ESTÁGIO DO CONTEXTO EDUCACIONAL........55
 C - TERMO DE COMPROMISSO DO CONTEXTO ACESSIBILIDADE..56
D – CONTROLE DE ESTÁGIO DO CONTEXTO ACESSIBILIDADE........57
E – TERMO DE COMPROMISSO DO CONTEXTO RELIGIOSO.............58
F – CONTROLE DE ESTÁGIO DO CONTEXTO RELIGIOSO..................59
G - DECLARAÇÃO....................................................................................60
H – ATIVIDADES APLICADAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL.............61
I – FOTOS CONTEXTO EDUCACIONAL...................................................98
J – MATERIAL UTILIZADO NO CONTEXTO RELIGIOSO.......................102
K – FOTOS CONTEXTO RELIGIOSO......................................................112
		
1.	INTRODUÇÃO
“No limite entre a universidade e o mundo produtivo, têm-se os estágios que, em décadas anteriores, foram criados pelas instituições de ensino como meio de complementação da formação e acesso ao mercado de trabalho. Atualmente, os estágios confirmam o seu papel de inserção profissional organizada, estruturada na convergência dos sistemas educativo e produtivo, em que a escola/universidade já incorpora aspetos de aprendizado prático à formação. Dessa forma, deixa de ser apenas um meio de formação das instituições de ensino e passa a ser reconhecido por organizações e estudantes como uma forma legítima (e às vezes necessária) para ingresso na esfera laboral.” (Rocha-de-Oliveira e Piccinini, 2012 p.46).
ESTÁGIO – O QUE É?
	Estágio: s.m. período de aprendizado prático e avaliação que um profissional cumpre, até que seja contratado ou não. (Mini Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa – Caldas Aulete, Editora Nova Fronteira, 2004).
	O estágio é uma atividade desenvolvida por alunos, realizado em empresas ou outros tipos de instituições, e tem o objetivo de complementar a aprendizagem, dos conteúdos obtidos em sala de aula, através da vivência no mundo do trabalho. Essa prática, quando bem fundamentada, estruturada e orientada configura-se como um importante componente que complementa o processo de formação acadêmica e profissional; está sendo cada vez mais valorizada e considerada como uma experiência prática enriquecedora, uma janela para o acesso ao mercado de trabalho. Todos os anos são vários os alunos que se distinguem nos estágios realizados, tendo sido inseridos posteriormente nas respectivas instituições.
O mercado de trabalho exige, cada vez mais, profissionais preparados e exigentes para desempenhar as suas atividades e, uma vez que as ofertas de trabalho escasseiam, as empresas estão cada vez mais seletivas no recrutamento de colaboradores.
Porém, para quem está prestes a terminar um ciclo de estudos e, portanto não possuí experiência de trabalho, a pergunta que se coloca é: como vão conseguir estes indivíduos ingressar no mercado de trabalho se o mesmo está tão seletivo e exigente e se eles próprios não possuem a experiência exigida? A solução para este problema reside ainda durante a vida acadêmica através do estágio curricular.
Segundo um estudo levado a cabo pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa em 2012 acerca da Empregabilidade e Ensino Superior (Cardoso, Varanda, Madruga, Escária & Ferreira, 2012), verifica-se que as instituições de ensino superior ressalvam a importância da realização dos estágios curriculares, no sentido em que encaram essa etapa como uma condição essencial ao fortalecimento da articulação entre as instituições de ensino e o mundo empresarial, em especial nas áreas de formação. 
Falou-se até aqui da importância que as instituições de ensino atribuem às práticas de estágio, no entanto, não se referiu ainda as especificações e os aspectos gerais dos estágios curriculares. Quando se fala em estágio curricular, estamos a proferir um procedimento didático-pedagógico caracterizado por fazer parte da grade curricular de um curso, por exigir a elaboração de um contrato de Termo de Compromisso entre universidade/empresa/aluno e por ter uma supervisão e orientação de um professor e também de um tutor da instituição onde se realiza o estágio (Amorim, Freitas & Wanderley, 2007). Este tipo de estágio deve ter uma relação direta com o curso que o indivíduo frequenta e, obviamente, com os conteúdos trabalhados no mesmo. Afinal o estágio deve ser entendido como uma estratégia de profissionalização e um mecanismo de aproximação do estudante ao mercado de trabalho, em termos de aprendizagem prática, aperfeiçoamento técnico, científico e de relacionamento humano, permitindo assim que as organizações participem juntamente com as instituições de ensino no processo de formação profissional, sempre tendo em conta os objetivos educacionais (Amorin ET AL, 1994; Bertelli 2002).
2.	CARACTERIZAÇÃO DOS CONTEXTOS DE ESTÁGIO
2.1	 Modalidade interpretação
2.1.1	Contexto educacional
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 
 E.E. Professor Roberto Scarabuci - Rua José de Andrade Pinto, 6325
Bairro Residencial Ana Dorothéa - Franca – CEP 14.412.232
Telefones – 3723-5420 e 3721-9706 - Email – e496546a@see.sp.gov.br
Codigo FDE/CNPJ 19.908.857/0001-32
	A E.E. Professor Roberto Scarabuci está localizada no perímetro urbano, no Bairro Residencial Ana Dorothéa 1, à Rua José de Andrade Pinto nº 6325, em Franca, distante do centro da cidade em aproximadamente 6 Km.
	Foi inaugurada em Janeiro, dia 27 de 20l4, de acordo com o ATO DE CRIAÇÃO: DECRETO Nº 60.223 funcionando com Ensino fundamental Ciclo II e Ensino Médio. Faz parte da sua região de abrangência o Residencial Ana Dorothéa II que é contíguo, tendo como circunvizinhança os Bairros: CDHU, Octávio Cilurzo, Residencial Chico Neca, Jardim Parati, Franca Pólo Club, Belvedere Bandeirante, Residencial Zanetti e outros adjacentes como Jardim Noêmia e Jardim Palestina. (Censo de 2010/IBGE os referidos bairros contavam com uma população estimada de 4.277 habitantes)
	Homenageou o ilustríssimo professor Roberto Scarabuci, homem que em vida, muito fez pela cidade e pela educação, pessoa muito querida e bondosa. 
	Nascido em 11de Janeiro de 1925, em Franca, Roberto Scarabuci é filho de Ângelo Scarabuci e Ângela Rosa Capiolli Scarabuci. Casou-se em primeiras núpcias com a professora Nadeide de Lourdes Oliveira Scarabuci, sendo que dessa união nasceram cinco filhos: Roberto Filho, Antonio Galvão, Paulo, Humberto e Marina.
	Após o falecimento de sua esposa casou-se novamente com a professora Neuza Centeno Machado Scarabuci, com quem viveu 27 anos. Formou-se Técnico em Contabilidade, Magistério com Licenciaturas para Regência de Cadeiras de Escolas normais, Artes Industriais e Educação Artística, e muitos outros cursos de aprimoramento na área da educação. Possuidor de uma alegria contagiante e de uma dedicação exemplar ao trabalho, o seu alvo era o bem estar da comunidade escolar, um professor que ganhou o respeito da população de Franca. Tornou-se exemplo de honestidade, otimismo e persistência. Foram 41 anos de total devoção ao magistério, ora em sala de aula, ora na função de dirigente de fanfarra do estabelecimento de ensino. Com seu espírito alegre e prestativo organizou diversas excursões com a unidade escolar e participou de vários eventos culturais, de lazer e pedagógicos. Importante ressaltar que o Professor Roberto Scarabuci aposentou-se compulsoriamente em 1995, e faleceu aos 77 anos, em 13 de janeiro de 2002.
	O Bairro Residencial Ana Dorothéa, criado em 1996 e localizado na zona Sul de Franca desenvolveu-se bastante contando com saneamento básico, comércio ativo e variado, ainda possui uma Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental do Ciclo I, órgão mantido pela Prefeitura Municipal de Franca, não conta com centro de esportes, posto de saúde, biblioteca pública.
	A população do bairro utiliza os serviços de Posto Médico na UBS Jardim Brasilândia ou Jardim Ângela Rosa, Posto Policial o 4º Distrito situado no bairro Jardim Aeroporto I, Centro de Esportes mais próximo Ginásio de Esportes do Jardim Aeroporto II, o bairro conta com Farmácias, Supermercados, Varejões, Lojas de Confecções, de materiais de construção, Serviço de Transportes público.
	A E.E. Professor Roberto Scarabuci dispõe de prédio próprio, murado, construído especialmente para o uso da Escola, sendo inaugurada em Janeiro de 2014. Feito com blocos pré-fabricados, de construção rápida, conta com dois pavimentos. No pavimento inferior se encontra diretoria, vice-diretoria, secretaria, sala dos professores, sala de coordenação, salas de aula 1,2 e 3, cozinha com dispensa, refeitório, pátio interno, quadra, cantina, depósito de material de limpeza, sala do Grêmio Estudantil e sanitários femininos e masculinos da administração e dos alunos. O acesso ao segundo pavimento se dá por meio de rampas, e o mesmo possui sala de uso múltiplo, sala de informática, sala de leitura, sete salas de aulas, almoxarifado e sala de reforço. 
EQUIPE DE GESTÃO
Diretor – Pedro Paulo Balieiro
Diretora Designada – Clarice Magali da Silva
Vice-Diretora – Sofia Cabral Lopes
Professora Coordenadora Pedagógica Ensino Fundamental e Médio - Alcione Aparecida Andrade Freiria Sousa 
Professora Mediadora Escolar (PME) – Jânia Abadia Ferreira
Inclusão com Equidade
	A inclusão com equidade é fundamental nas escolas atuais. Os alunos com deficiências leves ou severas encontram–se atualmente no contexto escolar. A escola Roberto Scarabuci trata dessa questão com comprometimento e seriedade. 
2.1.2	Contexto acessibilidade
CARACTERIZAÇÃO DA CLÍNICA – MEDIDA EXATA
	A empresa está localizada Rua Prudente de Morais, 560, Bairro Cidade Nova, é administrada pela Nutricionista Layla Beatriz C.C. Figueiredo e a Fisioterapeuta Ana Carolina C. Costa. A referida tem razão social L.B.C.Costa M.E, e seu nome fantasia é Medida Exata Clínica Academia. A clínica está instalada neste endereço há 12 anos.
	A nutricionista faz um diagnóstico nutricional para elaborar uma dieta que atenda às necessidades do paciente. Para isso, investiga o estado de saúde do paciente, seus hábitos alimentares e seu estilo de vida. A análise de saúde é feita através de medições de peso, altura, quantidade de gordura e massa muscular. Enquanto a Fisioterapeuta atua no tratamento e prevenção de doenças e lesões, decorrentes de fraturas ou má-formação ou vícios de postura causados pela obesidade Tem como aliados técnicas como massagens, Pilates e exercícios que restaurem a capacidade física do paciente.
	Durante as atividades desta modalidade de estágio a empresa recebeu, para atendimento nutricional e tratamento de artrose, uma paciente surda de nome Kátia Cilene Alves. 
	 A unidade oferece, também, serviços de Manicure, Pedicure e Depilação, e funciona de 8h as 20h, de segunda a sexta feira, e aos sábados das 8h as 18h.
2.1.3	Contexto religioso
CARACTERIZAÇÃO DA PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
	O estágio do contexto religioso foi realiado na Igreja Sagrado Coração de Jesus, que tem a coordenação do Padre Ovídio, padre Luís Brentini, situado à R. Gilberto de Aguilar, 771 - Jardim Paulistano, Franca - SP, 14402-410.
Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Franca
Data da criação: 28/08/2011
Pároco: Pe. Ovídio José Alves de Andrade, OAR
Vigário Paroquial:Luiz Antônio Brentini
Cooperadores: Diácono Maurílio Antônio da Silva, Diácono Everton Pereira
Rua Gilberto de Aguiar, 771 – Jdm Paulistano II
CEP - 14.402-410 – Franca-SP
Fone: (16) 3703-3938
sagradocoracaodejesusfranca@hotmail.com
e-mail: pscjfranca@gmail.com
Expediente da secretaria:
2ª à 6ª: 9h às 12h30 / 14h - 18h - Sábado: 8h - 12h
Missas:
Segunda a sexta-feira: 6h30
Sábado: 19h - Domingo: 10h, 19h
CAPELAS QUE COMPOEM A PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
1 - Capela Divino Espírito Santo
Rua Antônio Marcos, 3101 - Jdm Palma - CEP - 14.401-083
Missas: Domingo 19h e Sexta–feira 19h30
2 - Capela São Francisco De Assis
Av. Dr. Ricardo Alexsander Andrade, 330 - Jdm S. Francisco - CEP - 14.402-600
Missas: Sábado 19h30 e terça-feira 19h30
3 - Capela São Lucas
Rua Natal, 800 - Jdm Brasilândia - CEP - 14.402-265
MissasSegunda-feira, 19h30 e Domingo, 8h30
4 - Capela São Paulo
Rua Gilberto de Aguilar, 1381 - Jdm Paulistano I - CEP - 14.402-410
Missas:Quarta-feira 19h30; Sábado 19h30
5 - Capela São Geraldo
Furna dos Garcia
Missas: Domingo 17h
3.	DESENVOLVIMENTO
3.1	Relatos e atividades desenvolvidas na modalidade interpretação.
3.1.1	Contexto educacional
Esse estágio se realizará no horário vespertino, no 6ª ano A, ensino fundamental II, na disciplina de Ciências em conjunto com a professora Débora Oliveira dos Santos
 	As atividades estão subdivididas em: 
- Observação da rotina da professora regular e do aluno surdo Gustavo Alessandro Silva, surdo profundo bilateral, que serviu como ponto de partida para o planejamento do estágio de interpretação.
- Prática – parte esta que a aluna estagiária fará a sinalização para o aluno surdo. 
A partir dessa proposta, foram realizadas 10 horas-aula de estágio em observação, 40 horas-aula em Interpretação para o aluno, sendo que para todas as horas-aula de prática foi elaborado planejamento que serviu como base para o desenvolvimento das atividades em sala ou fora dela. Será adotada a linha construtivista, a postura do Tradutor/Interprete será de problematizador, investigador e gerador de situações que leve o aluno a procurar condições de construir seu próprio conhecimento e com isso desenvolver o gosto pelo estudo e pesquisa.
O processo de aquisição de conhecimento deverá propiciar ao aluno o domínio de competência, que permita sua participação como indivíduo, enquanto cidadão, nas múltiplas e complexas atividades exigidas pela vida, fazendo dele o protagonista de sua própria história.
A metodologia foi organizada de forma contextualizada; o trabalho, sempre que possível, foi interdisciplinar preparando o aluno para ser crítico, participativo através de desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem sucesso nos estudos e autonomia intelectual. A proposta foi organizada respeitando o currículo escolar. 
	Antes de iniciar o estágio, me apresento à equipe gestora, que me encaminha à professora titular da disciplinade Ciências do Ensino Fundamental – Débora Oliveira dos Santos - 6º ano A, para maiores detalhes e conhecimento da turma. Nesse momento me vejo já iniciando as atividades pedagógicas.
	Em 11/06 dou início às atividades de observação das aulas. Fui apresentada pelas professora titular que explicou, com muita presteza, a minha permanência e necessidade de estar ali acompanhando e fazendo anotações durante algumas de suas aulas. Os alunos me receberam com um misto de entusiasmo e curiosidade: fui muito bem acolhida e estava certa da responsabilidade assumida. 
A arrumação das carteira obedece ao modelo tradicional, são enfileiradas, onde a maioria dos alunos participa ativamente das aulas.
A sala do 6º ano A é composta por 43 alunos, sendo 23 meninas e 20 meninos, faixa etária entre 11 e 14 anos, fase da pré-adolescência, com características peculiares, portanto o fazer pedagógico, nessa fase, requer a continuidade de um ensino contextualizado. Deste universo de alunos 02 tem 16, ambos haviam abandonado a escola.
O estágio de observação termina no dia 26/06, e em conjunto com a professora, o material para a prática já está definido.
As aulas tem seu reinício em 02/08 e também o estágio prático. A primeira aula a professora Débora faz um retrospecto do conteúdo estudado para avivar a memória dos alunos. O conteúdo é sobre o Sistema Digestório. O objetivos destas aulas são: 
· Identificar as funções do sistema digestório
· Diferenciar os segmentos do sistema digestório
· Explicar os principais distúrbios do sistema digestório
De 02/08 a 09/08, a professora de sala reforça o conteúdo com atividades individuais e em grupos. 
O conteúdo sobre Sistema Nervoso é desenvolvido nos dias 13, 14, 16 e 20 de agosto. Débora, professora de Ciências faz a Avaliação Diagnóstico, ou seja, faz o levantamento dos conhecimentos prévios, procura levantar o que os alunos conhecem a respeito do conteúdo. Algumas das perguntas: você sabe quais são os elementos que compõem o Sistema Nervoso? Quais são as funções desempenhadas pelo Sistema Nervoso?
A professora explica que o organismo humano pode ser definido como um conjunto de sistemas que estão interligados para o funcionamento como um todo. Esclarece que para que possamos entender os sistemas que compõem o ser humano, irão agora, após os alunos terem aprendido um pouco sobre o Aparelho digestório, conhecer a complexidade do Sistema Nervoso. Orienta os alunos a pensarem e a registrarem as ideias e conhecimentos que tem sobre esse sistema. Logo em seguida ela aplica uma dinâmica denominada Vivo! Morto! Como brincar?
A professora será a líder e ficará à frente do grupo para dar as instruções que devem ser obedecidas pelo(a)s jogadore(a)s voluntário(a)s.
Quando disser: “morto!”, todo(a)s ficarão agachados(as). Quando disser: “vivo”,
todo(a)s ficarão em pé. Os(As) que não conseguirem atender aos comandos rapidamente, serão eliminados(as), um(a) a um(a), até sobrar o(a) último(a) que será o(a) líder na próxima rodada, se houver. O grau de dificuldade pode variar conforme a velocidade dos comandos e a sequência das ordens que pode variar, podendo confundir os(as) jogadores(as), exigindo mais atenção.
Após essa dinâmica a professora indaga os alunos: o que aconteceu com nosso corpo durante a brincadeira? Como podemos explicar. Assim, colhendo as repostas dos alunos o conteúdo é explicado, e logo em seguida aplica atividades de fixação. As atividades são individuais, e ao final das aulas é feito o levantamento do conteúdo já aprendido e também das dúvidas, que são prontamente esclarecidas. O aluno surdo fica surpreendido com as imagens e pensativo em saber que no seu corpo tem todos aqueles componentes. (anexos sistema nervoso). 
Durante os dias 21,23, 27 e 28 de agosto é estudado o Sistema Sensorial, e a professora Débora inicia a conversa perguntando: Você já percebeu que, para realizar suas atividades diárias, as partes que compõem o seu corpo funcionam de forma integrada? e esclarece que as diferentes ações que o corpo pode desempenhar, muitas vezes ocorrem devido aos estímulos ambientais. Segue perguntando: Você sabe o que é um estímulo ambiental? Dê exemplos! Como podemos perceber os estímulos ambientais? E como reagimos a esses estímulos? Logo em seguida pede para que os alunos analisem as imagens e descrevam quais as reações que elas provocam.
Como perceber ou sentir quais ingredientes uma pessoa preparou para a sua alimentação?
Como percebemos a passagem de uma ambulância?
	Para ampliar os conhecimentos sobre o Sistema Sensorial a professora propõe que todos participem do experimento que se chama “Testando os sentidos” e tem como finalidade identificar os órgãos responsáveis pela percepção de diferentes estímulos ambientais.
Testando os sentidos
Objetivo:
Identificar os sentidos a partir dos estímulos recebidos pelos materiais utilizados.
Materiais necessários:
Algodão, gelo, álcool, areia, sal ou açúcar, entre outros materiais que possam enriquecer a atividade investigativa sobre os sentidos.
Desenvolvimento:
Para que a atividade aconteça, é preciso que você colabore trazendo os materiais solicitados e atendendo às orientações dadas pelo (a) professor(a).
	Todos os materiais são levados à sala e assim o experimento acontece. Cada aluno, de olhos fechados e sob a orientação da professora, se apropria de um elemento e o descreve. Várias perguntas são elencadas pela professora Débora: Quais são os órgãos dos sentidos? Que funções desempenham esses órgãos? Quais partes do nosso corpo conseguem identificar os sabores? E os cheiros? E os sons? E como podemos enxergar tudo ao nosso redor? 
	Durante a atividade me atentei para uma pergunta feita por uma aluna: e a criança cega, como ela pode saber o que é cada objeto que trouxemos para sala? Aproveitando a oportunidade a professora explica que os olhos das pessoas cegas são os dedos das mãos, os ouvidos e até objetos, como a bengala ou outros seres, como o cão guia. Para realizar hábitos diários, como atravessar a rua, tomar banho ou comer, os nascidos cegos precisam passar por uma reabilitação. Hoje, com a ajuda da tecnologia, os cegos podem ampliar suas possibilidades de acesso e interação com o meio, com o uso do celular, pois há aplicativos com recursos de acessibilidade.
	Em complemento ao conteúdo anterior, os dias 30 de agosto, 03 , 4 e 6 de setembro o estudo se direciona ao Olho Humano. A sequência didática é formada a partir do tema : Como se formam as imagens.
	A professora esclarece que a luz é um elemento essencial para obtermos a visão, ou seja, para a formação das imagens em nosso cérebro. Para melhor entendimento do conteúdo é proposto a realização de um experimento: o experimento da Câmara escura. A sala é dividida em grupos para a confecção da câmara escura..
1) Experimento da Câmara Escura:
Materiais: uma caixa de papelão ou uma lata média e seguir as instruções da professora. Após construída a sua câmara escura, era pedido que todos observassem o que ocorria com a imagem refletida no fundo da caixa.
Terminado os experimentos todos os alunos faziam suas anotações que eram aproveitadas para a realização, em folha a parte, de um esquema, por meio de desenho, demonstrando o processo do experimento e as conclusões. 
Durante os dias 10, 11, 13 e 17 de setembro os alunos dos 6º ano se ocuparam com o Sistema muscular. O objetivo deste conteúdo é reconhecer o funcionamento do Sistema Muscular como sistema de sustentação e de locomoção no ser humano e em outros seres vivos, e entender que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos seres vivos resultam da interação dos sistemas muscular, ósseo e nervoso.
Saltar, correr, nadar, rastejar.....
Seja qual for a estratégia utilizada, os movimentos e deslocamentos do corpo auxiliam os animais a caçar, fugir de predadores, esconder, acasalar, etc. Para conseguirem realizar tais movimentos, uma série de estruturas do corpo deverá entrar em ação. Até mesmo atos simples da nossa rotina, como sentar ou ficar em pé, requerem a participação dessas estruturas. 
A sustentaçãoe os movimentos dos corpos dos animais são realizados por estruturas denominadas músculos. Estas estruturas, presentes em vertebrados e invertebrados, representam a parte ativa do aparelho locomotor. São responsáveis pelos movimentos e, ao mesmo tempo, pela estabilidade corporal, mesmo quando o indivíduo está em repouso.
Além disso, os músculos contribuem para dar o formato externo do corpo de alguns animais. Uma atividade é proposta: Vamos imitar? Você já viu um animal se locomovendo?
· Observe as imagens de alguns animais.
· Ao sinal do professor, tente imitar de forma fiel os movimentos do animal indicado.
· A cada imitação, anote em seu caderno os locais do seu corpo que forma mais necessários para a realização dos movimentos.
	
			Com este conteúdo encerro o estágio de prática dentro do contexto educacional.
3.1.2 Contexto acessibilidade
A maior dificuldade que os surdos encontram é a comunicacional. Os surdos do nosso país têm sua língua materna, a LIBRAS, mas poucas pessoas sabem esta língua! Para entender melhor a dificuldade que os surdos enfrentam, imagine-se visitando um país onde você não conhece a língua e não consegue se comunicar. 
É assim que os surdos se sentem, mas com uma diferença: eles estão no seu próprio país.
Dentre os surdos, existem aqueles que se comunicam através da língua de sinais e aqueles que são oralizados, ou seja, se comunicam através da fala . 
Quando o assunto é LIBRAS, muitas pessoas me perguntam: A Libras é uma Linguagem Universal? 
Bom, para começar a entender, devo dizer que LIBRAS ou LSB é uma sigla para “Língua Brasileira de Sinais”, ou Língua de Sinais Brasileira. Então, se prestarmos atenção ao nome, perceberemos que: 
1⁰ – NÃO é linguagem, é uma LÍNGUA.
2⁰ – NÃO é universal, é BRASILEIRA! 
Deixe-me explicar melhor… 
1⁰. Existe uma diferença entre “linguagem” e “língua”. Muita gente confunde por achar que é uma linguagem e pensam que os sinais são gestos ou mímicas sem estrutura nenhuma, mas a Libras é uma língua com gramática própria, inclusive tem uma estrutura de frase própria e diferente da estrutura gramatical do Português. 
As línguas de sinais são diferentes das línguas orais porque são viso-espaciais e não oral-auditivas. Os sinais articulam-se espacialmente e são percebidos visualmente. Os surdos que se utilizam da Libras ouvem com os olhos e falam com as mãos. Diferente do Braille, que é um sistema de leitura com o tato, onde cada conjunto de pontos corresponde a uma letra ou número e, para escrever uma palavra, escreve-se letra por letra acompanhando, no caso, o Português. 
Já a Libras tem toda uma estrutura gramatical própria, não se faz tudo letra por letra. Existe sim o alfabeto em Libras, e muitas pessoas já tiveram contato com ele, ou quando eram crianças que aprenderam com a música da Xuxa, “A de amor, B de baixinho…” Lembram? Ou já compraram um pacote de balas com um papelzinho impresso com os desenhos das mãozinhas do Alfabeto Manual.
 
 
 
 
 
Na Libras, usamos a datilologia para expressar nome de pessoas, localidades e outras palavras que não possuem um sinal específico, mas cada palavra tem um SINAL, sinal este composto por 5 parâmetros: configuração de mãos, ponto de articulação, movimento, direção e expressão facial e corporal. 
Abaixo, ilustrações de alguns sinais para entender que não são feitos letra a letra:
 
 
2⁰. A Libras não é universal, ela é Brasileira.  A Libras é a 2ª língua oficial do nosso país. Foi pelo decreto 5626/2005 que regulamenta a Lei n⁰. 10.436 de 24 e abril de 2002 que o governo reconheceu a Libras como língua materna da comunidade surda do Brasil.
 
 
 
Da mesma forma que pessoas ouvintes de diferentes países falam línguas diferentes, pessoas surdas inseridas na cultura surda de seu país falam a língua de sinais de seu país. 
Existem diversas línguas de sinais, como a Língua de Sinais Francesa, Americana, Chilena, Argentina, Inglesa e outras, sendo cada uma diferente da outra. E a língua de sinais de um país não tem necessariamente relação direta com a língua oral falada neste país .Por exemplo: o inglês é um idioma falado em vários países como Inglaterra, Estados Unidos, Canadá e Austrália, mas nem por isso todos se utilizam da mesma língua de sinais. Nos EUA e Canadá eles utilizam a ASL (American Sign Language), mas na Inglaterra, por exemplo, eles utilizam a BSL (British Sign Language) e na Austrália a Auslan (Australian Sign Language). 
Uma coisa interessante é que, apesar de as línguas de sinais serem diferentes em cada país, os surdos de países diferentes se comunicam mais facilmente do que ouvintes de países diferentes, exatamente por ser uma língua visual e uma língua onde a expressão facial e corporal tem grande importância.
Assim como em outras línguas, existem também os regionalismos e as gírias em diferentes regiões do Brasil, às vezes havendo diferenças de sinais dependendo da região do país. No Brasil, dependendo da região, falamos mandioca, macaxeira ou aipim. Da mesma forma, na Libras existem os regionalismos, o que fortalece o sentido de língua. 
Enfim, essas são apenas algumas informações básicas sobre a LIBRAS. 
Mas então você pensa: só posso ser acessível se souber Libras? 
Existem momentos em que não tem jeito, há mesmo a necessidade de um surdo ou um intérprete de Libras, mas por outro lado isso não é tudo! 
Acessibilidade para surdos é muito mais do que isso. Vou passar aqui somente algumas coisas que podem ser feitas para uma maior acessibilidade para surdos: 
  Em espaços públicos – Sinalização adequada;
  Sinalização deve ser clara e intuitiva, fazendo uso de pictogramas;
  No caso de alarmes ou chamada de senhas, precisam ser também visuais ou vibratórios, não devem ser exclusivamente sonoros;
  Fazer uso das tecnologias através de SMS, Tablets (Ipad) e e-mails, por exemplo, para pedidos em farmácias, pizzarias, restaurantes e solicitação de serviços em hotéis;
  Para filmes (inclusive nacionais) e programas de televisão, é necessária a legenda ou closed caption em tamanho de fonte adequado;
  Para vídeos/filmes (por exemplo institucionais e informativos) é recomendado o intérprete de Libras, além da legenda;
  Folhetos impressos escritos com a programação, instruções e regras facilitam a comunicação;
  Informações escritas devem ser simples e claras, em português claro, sem palavras muito difíceis e, se possível, com desenhos ou fotos ilustrativas (cardápios, por exemplo);
  Para eventos com intérprete de Libras: local adequado para colocação do intérprete, de modo que o surdo possa visualizar o intérprete e o que está acontecendo no evento. 
Espero que tenha esclarecido algumas coisas sobre esta maravilhosa cultura surda e que tenha despertado em vocês algum interesse em aprender mais.
 
3.1.3 Contexto religioso.
	A prática desenvolvida neste contexto se refere a sinálização das Missas, aos domingos – sempre as 19 horas. A Pastoral do surdo é bem atuante, e normalmente tem a participação de 25 a 30 surdos em cada missa. A comunidade ouvinte os recebe com entusiasmo e no momento da Paz de Cristo, é emocionante verificar a interação entre todos. Vale ressaltar que tal prática se deve ao fato de que o Padre Ouvídio é ativo e sempre conclama a comunidade ouvinte à interagir com a comunidade surda. 
	No horário das missas é comum ter crianças sentadas ao lado do surdo copiando as sinalizaçãoes.
	Para atuar neste espaço participo das reuniões dos grupos de Litúrgia e Canto, o que possibilita o acesso a todo material necessário para a prática que ocorre durante as missas. As reuniões preparatórias ocorreram nos dias 20, 21, 28 de junho, 05, 12 de julho e 2, 9 e 16 de agosto. O estágio de observação foi realizado nos dias 20, 22 de junho, 06 e 13 de julho e 03, 10 e 17 de agosto.
	A prática tem início no 20 de junho com a missa de Corpus Christ, que acontece período da tarde, das 16h as 20h. Missa esta presidida pelo Bispo Dom Paulo Roberto Beloto que conta com a participação de todos os padres das Paróquias da cidade. A prática deste contexto seguepelos dias 23 de junho, 7, 14 de julho, 04, 11 e 18 de agosto.
	
	
3.2	 Relatos e atividades desenvolvidas na modalidade tradução
3.2.1	Categoria pesquisa
	Artigo – A importância do Tradutor/Interprete
 RESUMO
 O estudo realizado tem como principal meta mostrar como o intérprete de língua de sinais (professor interlocutor) pode ser o canal que conduz o aluno surdo ao pleno desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e psíquicas. Também é abordado como as inúmeras situações ocorridas dentro de uma sala de aula regular podem influenciar a atuação desse profissional. Realidades que se refletem tanto no comportamento de alunos ouvintes e não ouvintes como também dentro da comunidade escolar em geral. A falta de uma gestão escolar comprometida com uma abordagem pedagógica especificamente voltada para o aprendizado do aluno surdo aliada à ausência de uma política educacional efetiva faz da atuação do intérprete de libras um desafio a ser superado para que a socialização desse aluno ocorra. Para tanto, buscou-se fazer uma análise baseada precipuamente em livros que tratam do tema ora em estudo. 
Palavras-chaves: intérprete de língua de sinais – aprendizagem - aluno surdo - socialização.
ABSTRACT
The aim of this study is to show how the sign language interpreter (interlocutor teacher) can be the channel that leads the deaf student to the full development of their intellectual and psychic abilities. It also discusses how the numerous situations that occur within a regular classroom can influence the performance of this professional. Realities that are reflected both in the behavior of hearing and non-hearing students as well as within the school community in general. The lack of school management committed to a pedagogical approach specifically aimed at deaf student learning combined with the absence of an effective educational policy makes the performance of the pound interpreter a challenge to be overcome for the socialization of this student to occur. Therefore, we sought to make an analysis based primarily on books that deal with the subject under study.
Keywords: sign language interpreter - learning - deaf student - socialization.
INTRODUÇÃO
A partir da leitura das obras selecionadas notou-se uma necessidade de se fazer um estudo analítico sobre a importância do professor interlocutor e suas variadas funções dentro de uma instituição escolar. Significa dizer que seu papel vai muito além da tradução do que é trabalhado numa sala de aula comum com seu respectivo professor titular. Há um aprofundamento em suas funções, como, por exemplo, o fato de que muitas vezes precisa se adaptar às necessidades de seu aluno deficiente auditivo de forma a trazê-lo para o tema que está sendo abordado.
Tudo isso o leva a uma posição que extrapola a função singular de mero tradutor, ou seja, representa o elo que este aluno especial precisa para desenvolver-se como um todo, seja como indivíduo social (ao interagir com seus colegas de sala) e como agente de sua aprendizagem. Para tanto, este profissional necessita estar sempre atento às reações de seus alunos deficientes auditivos o que implica as manifestações voltadas para o acompanhamento ou não do que está sendo ministrado.
A principal finalidade desse estudo é destacar a importância da função do professor interlocutor na sala de aula inclusiva. Sua presença acarreta muito mais do que a simples tarefa de traduzir o conteúdo que é trabalhado com os alunos ouvintes, exige um conhecimento todo especial direcionado às dificuldades do aluno surdo, pois o interlocutor deve unir o conhecimento científico sem abrir mão da busca pela interação social de seu discente.
As dificuldades desses alunos deficientes auditivos variam muito de um para outro. Situações que vão de um completo apoio profissional (pedagógico, fonoaudiólogo, psicólogo e outros) e familiar à ausência de qualquer um deles acabam trazendo um ambiente peculiar à sala de aula inclusiva. Isto faz com que este professor tenha habilidades que transcendem a simples tradução, necessita de uma sensibilidade especial a fim de colaborar no desenvolvimento psíquico e intelectual destes alunos.
Desta forma, este estudo visa trazer uma contribuição ao cenário apresentado de maneira que outras pesquisas venham acrescentar maiores informações acerca dessa função tão específica e relevante que o professor interlocutor exerce.
1 - Histórico sobre a atuação do Professor interlocutor no Brasil
	Sabe-se que a linguagem é o canal principal da nossa comunicação. É com ela que transmitimos o que queremos e, em consequência, aquilo que não queremos também. Trata-se de uma instância de significação, que traz consigo a relação do homem com outros homens. Ela traz o saber, valores, normas de conduta, experiências organizadas pelos antepassados, participando desde o nascimento no processo de formação do psiquismo (LACERDA, 2008). 
	Na história da educação dos surdos, ocorreu o predomínio da técnica do oralismo que é uma abordagem que visa à integração da criança surda na comunidade ouvinte, enfatizando, assim, a linguagem oral do país (GOLDFELD, 1997). Seu objetivo é fazer a reabilitação da criança surda em direção à normalidade, negando a surdez e dando destaque à aquisição da fala. 
Nessa época, negava-se a surdez, enfatizando o ensino da fala. Os sinais eram encarados como uma comunicação de segunda categoria e deveria ser duramente combatida (SKLIAR, 1999). 
O oralismo encontrou na história da educação brasileira pontos que o ajudaram a se fortalecer, como, por exemplo, nos ideais políticos e econômicos no período 1950 – 1960 no Brasil. Os governos estavam preocupados com o progresso do país, e o combate ao analfabetismo era uma meta impactante que fazia parte das plataformas de gestão. Esse panorama trazia o seguinte cenário: se para os ouvintes interessava ensinar a ler e escrever, para o surdo interessava ensinar a falar como pressuposto para a aprendizagem da leitura e da escrita. Isto significava, para as mentalidades da época, um avanço que traria em conjunto igualdade das condições de vida e um caminho para convivência com os ouvintes (GHIRALDELLI JR., 2001).
Várias críticas se formaram ao longo dos anos repelindo esta forma de ensino que era imposta aos surdos. Porém, apenas na década de 80 é que essa abordagem começou a ser questionada devido aos resultados insatisfatórios na educação do sujeito surdo. Estes alunos apresentaram precários resultados acadêmicos e de desenvolvimento da oralidade (LACERDA, 2006).
Com a década de 90, aumentaram significativamente o número de crianças surdas inseridas em escolas regulares, e, com isso, veio a procura por intérprete. Contudo, como não havia profissionais formados suficientes, qualquer pessoa que tivesse o domínio da língua de sinais e se dispusesse ao trabalho era considerado um intérprete educacional. Para tanto, não era exigida nem uma formação específica ou qualificação e isso ocorria não só aqui no Brasil como também em outros países (LACERDA, 2008). 
Foi nessa época que a comunicação total veio à tona. Trata-se de uma filosofia de trabalho voltada ao atendimento e à educação de pessoas surdas. Este método prega uma liberdade na prática de quaisquer estratégias que permitam o resgate de comunicação, sendo por meio da oralidade, de sinais, da soletração ou pela combinação de todos (LACERDA, 2008).
É preciso destacar que embora contemple o uso dos sinais, este ocorre na estrutura da língua portuguesa e não na estrutura da língua de sinais. Dessa forma, permanece a ênfase na língua majoritária e na sua estrutura gramatical. Por outro lado, ressalta-se um aspecto importante que se relaciona com o surgimento da comunicação total: favorecimento do contato do surdo com os sinais, antes proibido pelo oralismo. Tal fato possibilitou aos surdos a apropriação da língua de sinais no contato com outros surdos fluentes, assim também sua divulgação em contextos escolares e não escolares (CAPOVILLA, 2012).
Os resultados insatisfatórios da comunicação total e a consciênciaacerca da descontinuidade entre a fala e os sinais fizeram surgir o bilinguismo. Segundo este método, a língua de sinais e a língua falada não podem ser produzidas simultaneamente, essa corrente de pensamento tem a intenção de levar o surdo a se apropriar, primeiramente, da língua de sinais e depois aprender a língua majoritária do país, na modalidade escrita (CAPOVILLA, 2012). 
Assim, pode-se afirmar que o histórico da educação do aluno surdo passa pela completa falta de sensibilidade de gestores educacionais da época (oralismo) que negavam a sua surdez, inserindo-o forçosamente num mundo que lhe era estranho, pois não tinha o canal da comunicação oral; até chegarmos aos dias atuais em que é reconhecida a atenção especial que sua necessidade pede.
2 - A aprendizagem do Aluno surdo
A linguagem permite ao ser humano planejar, regular e se socializar. Somente por ela é possível fazer a leitura do mundo e da palavra. Trata-se de um canal que irradia informações e recebe tantas outras. Dentro disso, existe um desafio em relação aos alunos surdos uma vez que a sociedade não se encontra preparada para lidar com um mundo onde o silêncio é predominante (SKLIAR, 1999). 
Uma realidade rica em imagens e sons diversos apresentam-se como um ambiente totalmente inexplorado e desconhecido às crianças surdas. A curiosidade inerente à infância revela-se de uma forma diferente àqueles que não são ouvintes, pois é como se existissem dois mundos: o seu, individual, e o exterior, do som, da fala, do contexto social (SKLIAR, 1999). 
É neste ambiente complexo onde coexistem dois mundos antagônicos (o silêncio e o som) que se apresenta o desafio do processo de aprendizagem dos alunos surdos. Como apresentar e trazer para sua compreensão um mundo cheio de aspectos cognitivos e auditivos? Como lidar com suas reações, expectativas e até desilusões com essa nova realidade? Como encarar ou até mesmo intermediar a relação desses alunos com pais que são ouvintes? Enfim, inúmeras situações delicadas comprometem o aprendizado dessas crianças (LACERDA, 2008).
Seres visuais apropriam-se de informações do mundo pelo sentido da visão e não da auditiva, que é o que ocorre com os surdos. Então, os processos de apropriação das línguas (de sinais e majoritária do país) deverão ser mediados pelo canal visual-espacial e não pelo oral-auditivo (LACERDA, 2008).
Tendo em vista a situação exposta, exige-se dos profissionais, isto é, professor intérprete, muito mais que o mero conhecimento da língua de sinais, mas uma formação plural e interdisciplinar, objetivando, com isso, ser o agente responsável pela união do mundo entre o silêncio e o som de maneira que o aluno surdo interaja e seja capaz de lidar com seu próprio conhecimento (LACERDA, 2008). 
A ausência desses profissionais traz prejuízos muitas vezes difíceis de serem reparados já que os alunos surdos ficam limitados a participar de várias atividades escolares (pelo não acesso à linguagem oral), desmotivados pela falta de acesso às informações (LACERDA, 2008).
O professor intérprete tem como principal tarefa ser a ligação entre o mundo do aluno surdo e o mundo dos alunos ouvintes. Representa, assim, uma união entre dois conhecimentos, o auditivo e o visual (LACERDA, 2008). 
Destaca-se que, além do conhecimento da linguagem de sinais, é preciso ter uma sensibilidade especial para lidar com uma situação delicada e que requer um comprometimento com o processo de aprendizagem (LACERDA, 2008).
Uma das formas trabalhadas nesse sentido, ou seja, de ensino aos alunos surdos, é a preocupação com o visual já que este é o principal canal de percepção. Dentro disso, há a questão dos currículos escolares que trazem em seu conteúdo orientações pedagógicas voltadas, na grande maioria, para a comunidade ouvinte; deixando de lado uma prática de ensino mais engajada na peculiaridade dos outros alunos (SKLIAR, 1999).
“A responsabilidade por ensinar o currículo fica com os professores. Há uma variação no seu conhecimento e no compromisso com a comunidade dos surdos e com as suas perspectivas. Raramente seu treinamento os prepara para a comunidade dos surdos. O treinamento, que geralmente recebem, baseia-se em ideia de ouvintes e relaciona-se com o ensino do currículo (...)” (SKLIAR, 1999, p. 19). 
Portanto, a atuação do professor intérprete passa pela adaptação do currículo ouvinte para a correta aprendizagem do aluno não ouvinte. Tem-se, com isso, uma situação dinâmica e ao mesmo tempo complexa, já que vários fatores se impõem no processo que leva os alunos surdos ao desenvolvimento de suas capacidades psíquicas e intelectuais.
Um cenário que envolve adaptação de currículos, despreparo (de forma geral) da comunidade escolar e a falta de comprometimento com a situação do aluno surdo na escola regular faz do professor intérprete muito mais que um mediador, mas um verdadeiro liame entre duas realidades muito opostas.
É muito importante que o intérprete educacional esteja inserido na equipe educacional, deixando claro qual o papel de cada profissional frente à integração e aprendizagem da criança surda, e tais papéis necessitam ser discutidos porque a sala de aula é sempre dinâmica. As opiniões do intérprete educacional são tão importantes quanto às de qualquer outro profissional que atua no espaço escolar, pois ele conhece bastante a criança surda, a língua de sinais e pode colaborar para construção de uma prática pedagógica mais adequada ao aluno surdo e a uma perspectiva bilíngue (LACERDA, 2008).
“É necessário criar condições de os surdos se desenvolverem no mesmo patamar do ouvinte, promovendo o desenvolvimento de um pensamento mais elaborado. Para isso, a escola deve trabalhar com conteúdos culturais vivos, atualizados, com os quais os alunos travem relação direta, visando a propiciar o acesso a todo tipo de conhecimento (...).
Para que se possa vislumbrar esse tipo de ensino, é necessário, cada vez mais, que a escola pública se firme enquanto detentora de responsabilidades pedagógicas específicas, contribuindo para a construção de sociedades mais justas. Esta é uma tarefa ampla e complexa, que requer dos sistemas de ensino um novo direcionamento e uma nova organização. Esse novo precisa ser construído a partir do já existente, pelos atores da educação – os professores, os alunos, as famílias” (SKLIAR, 1999, p. 35). 
Então, a aprendizagem do aluno surdo passa por vários pilares de sustentação: a formação e sensibilidade do professor intérprete, o envolvimento da comunidade escolar com suas necessidades, a adaptação dos currículos e, por fim, a interação da família com o universo escolar.
3 - Obstáculos e desafios no dia-a-dia do professor interlocutor
O primeiro desafio pedagógico do professor interlocutor é lidar com as expectativas, curiosidades e anseios dos alunos surdos, afinal, de uma certa forma, este profissional representa a apresentação de um novo mundo: cheio de novas descobertas e obstáculos.
Saber lidar com essas peculiaridades e utilizar métodos pedagógicos que sejam capazes de suscitar novos conhecimentos representa mais um desafio a ser encarado por este profissional. A escolha do material a ser trabalhado deve ser minuciosamente escolhido já que será através dele que o processo de aprendizagem iniciará o seu ciclo (SKLIAR, 1999).
Com o currículo em mãos, o primeiro fator a ser analisado é como adaptar aquela informação à linguagem de sinais e, mais que isso, quais melhores recursos pedagógicos devem ser usados para explorarem o assunto em questão.
Isto significa dizer que o profissional deve se preocupar com a forma com que será trabalhado o conteúdo, de maneira que, o que precisa ser apreendido obtenha êxito na compreensão do aluno surdo.
“(...) os professores nunca aprendem a língua de sinais num nível alto bastante para processos educacionais (ensino), têm que vencer atitudes que sugerem ser a língua da minoria menos importante e não possuem conhecimento gramatical suficiente da língua de sinais para apoiar seu aprendizado. (...) raramente o diretor ou outro cargo administrativo daescola vê prioridade na aquisição da língua de sinais. Os professores veem o pedido de aprender essa língua como algo que vem daqueles que não estão preparados para descobrir a si mesmos (...).
Uma característica determinante da vida do professor é o currículo. Os tópicos (...) geralmente são expressos como questões de tradução – como certos elementos podem ser apresentados na língua da minoria. Nunca ouve um exame das 
necessidades e habilidades da minoria como uma base para definição do currículo. É provável que as crianças surdas continuem a fracassar nesse currículo – mesmo se a língua de sinais for usada” (SKLIAR, 1999, p. 20). 
Além disso, há uma preocupação com as reações desses alunos não-ouvintes frente aos novos aprendizados. Muitas vezes, é necessária uma sensibilidade ímpar capaz de identificar suas dificuldades, introspecção e outras ações que bloqueiam, dificultam sua correta aprendizagem (SKLIAR, 1999).
Existe também um fator muito significativo que, ainda que indiretamente, influencia (e muito) o processo pedagógico em questão. Está-se falando do papel da família do aluno surdo (SKLIAR, 1999).
Quando estes jovens, adultos e até mesmo crianças vêm de famílias também não-ouvintes e já familiarizados com a linguagem de sinais, o processo de aprendizagem torna-se mais eficaz e produtivo, já que ele tem toda uma percepção do mundo que o cerca. Assim, a realidade da sala de aula não será um ambiente totalmente novo (SKLIAR, 1999).
Por outro lado, aqueles que vêm de famílias ouvintes já lidam com a dificuldade de viverem num ambiente que lhe é diferente de seu mundo, pois trata-se de um cenário onde a fala é predominante e, por conseguinte, a linguagem de sinais não lhe foi apresentada o que exigirá do professor intérprete uma atenção e dedicação mais especial.
São duas realidades muito distintas e que, muitas vezes, interagem num mesmo espaço, ou seja, numa sala de aula inclusiva há alunos ouvintes, não-ouvintes com domínio da LIBRAS e, também, aqueles que não detêm este domínio (SKLIAR, 1999).
É nessa realidade tão diversa e, ao mesmo tempo, desafiadora, que o professor intérprete se encaixa. Muito mais que uma função de ensinar, ele precisa lidar com situações dinâmicas e altamente desafiadoras, exigindo dele uma entrega ímpar a fim de ser a ponte que ligará o mundo “isolado” do aluno surdo ao mundo da fala, das realizações intelectuais e psíquicas (SKLIAR, 1999).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sobre a educação do aluno surdo, foi realizada uma série de discussões ao longo da história que a colocaram em diversas fases: o oralismo, a comunicação total e, afinal, o bilinguismo.
O grande desafio sempre foi trazer este aluno para o convívio social, buscando alcançar o desenvolvimento de seu intelecto. 
Casos de alunos não ouvintes com pais também não ouvintes demonstraram que para eles (que tem conhecimento da língua brasileira de sinais, LIBRAS) a inclusão numa escola regular, onde há convivência com crianças ouvintes, mediado pelo professor interlocutor, não foi tão impactante como para aqueles que vêm de uma família de pais ouvintes, já que eles não têm conhecimento da língua de sinais.
A ausência de profissionalismo, gestão escolar e a precariedade do sistema educacional no Brasil fazem da atuação do intérprete educacional um desafio inerente a sua profissão. Afinal, não basta o conhecimento da LIBRAS, é preciso envolvimento, dedicação e versatilidade, pois é neste profissional que reside a esperança de um desenvolvimento como um todo para o aluno não ouvinte.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto – MEC. Secretaria de Educação Especial – SEESP. Programa de Capacitação de Recursos Humanos do Ensino Fundamental. Deficiência Auditiva. Giuseppe Rinaldi et al (org.). Série Atualidades Pedagógicas. Brasília: 1997. v.1, n.4.
CAPOVILLA, F. C.; CAPOVILLA, A. G. S. Educação da criança surda: o bilinguismo e o desafio da descontinuidade entre a língua de sinais e a escrita alfabética. Revista brasileira de educação especial, Universidade Estadual Paulista. v.8, n.2, 2002. Marília: ABPEE/FFC – UNESP – PUBLICAÇÕES, 2012.
CICCONE, M. Comunicação total. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1990.
GHIRALDELLI Júnior, P. História da educação. São Paulo: Cortez, 2001.
GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. São Paulo: Plexus, 1997.
LACERDA, C. B. F. de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Caderno Cedes, v.26, n.69, maio/ago, Campinas, 2006.
LACERDA, Cristina B. F. de. O intérprete de língua brasileira de sinais: investigando aspectos de sua atuação na educação infantil e no ensino fundamental. In: http://www.ppgees.ufscar.br/LACERDA%202008%20Interprete%20de%20Libras.pdfFev. 2008.
MACEDO, L. (2002). Fundamentos para uma Educação Inclusiva. Site Educação On-Line. São Paulo. SP.
PETRIN, Elaine A. Escola inclusiva: direito de todos. In: http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/escola-inclusiva:-direito-de-todos-6993/artigo/.
ROSA, Andréa da Silva. A Presença do Intérprete de Língua de Sinais na Mediação Social entre Surdos e Ouvintes. In: http://books.google.com.br/books?hl=pt BR&lr=&id=aW1eGAAlDM0C&oi=fnd&pg=PA235&dq=int%C3%A9rprete+de+libras&ots=ZZCRabRIwc&sig=jFeYQq8p_kcxR-8WK3PpFJr8V30#v=onepage&q=int%C3%A9rprete%20de%20libras&f=false.
SKLIAR, Carlos (org.). Atualidade da Educação Bilíngue para surdos: processo e projetos pedagógicos. Editora Mediação. 3ª edição. Porto Alegre: 1999. v.2.
SOUZA, R. M. (1995). Educação Especial, psicologia dos surdos e bilingüismo: bases históricas e perspectivas atuais. Temas em Psicologia, 2, p. 71-87.
3.2.2	Contexto extracurricular
O Tradutor/Intérprete de Língua de Sinais – TILS é o profissional responsável pela mediação entre dois mundos culturalmente diferentes: o mundo surdo e o mundo ouvinte. Sua atuação, assim como qualquer outra profissão, é norteada por um código de ética que descrevem princípios como: confiabilidade, neutralidade ou parcialidade, fidelidade, distância profissional, entre outros. No exercício da profissão duvídas surgem : É possível manter a neutralidade e imparcialidade em todos os momentos? O código de ética é mantido á risca em qualquer situação pelo intérprete mesmo quando em conflito cultural e ético entre o surdo e o ouvinte? Devemos ter em mente que estamos interpretando coisas da vida íntima da pessoa surda, e devemos ajudar o surdo a separar o profissional em atuação e a pessoas por detrás do intérprete. E isso só se consegue quando a postura é digna, não deiando vaar informações que não dizem respeito com suavida. Ter respeito e a confiança da pessoa surda é fundamental para a atuação do Tradutor/Interrete.
ENTREVISTA E PREENCHIMENTO DE FORMULÁRIO DE PEDIDO, AO PAPA FRANCISCO, DE DISSOLUÇÃO DE CASAMENTO 
	O primeiro passo é a pessoa interessada ter uma entrevista com um dos juízes do tribunal eclesiástico. Se nessa entrevista, o juiz verificar que existem indícios de que possa vir a ser declarada a nulidade do matrimônio, e se a pessoa interessada quiser iniciar o processo, fará o seguinte caminho:
1. Fase inicial:
A parte demandante (a pessoa que pede a nulidade) faz um relato de tudo o que aconteceu durante o tempo de namoro e noivado, a celebração matrimonial, vida matrimonial, os problemas enfrentados durante a vigência do casamento e a separação.
Para não se confundir, o tribunal oferece um questionário que contempla essas fases da vida do casal. Com o relatório feito, junta outros documentos: processículo, certidão de batismo das duas partes (demandante e demandada), cópia do RG da parte demandante, certidão de casamento com a averbação do divórcio civil, certidão de casamento religioso e cinco testemunhas com endereço completo, fone e e-mail, se tiver.
O tribunal encaminha o relatório e toda a documentação ao advogado canônico, habilitado pelo Tribunal eclesiástico, que analisa os documentos, elabora e apresenta ao Tribunal o libelo (pedido jurídico formal).O Vigário Judicial, ao receber o pedido, analisa-o e, se estiver em termos, admite o libelo, manda notificar a parte demandada (ex-cônjuge) sobre os termos da ação e abre prazo para que a parte demandada conteste a ação ou se manifeste sobre o que foi informado.
Em seguida, com ou sem a contestação, e, com a manifestação do defensor de vínculo, o Vigário Judicial determina a fórmula da dúvida (por quais capítulos descritos no Código Canônico se pede a nulidade) e constitui o grupo que participará do processo (juízes, entre os quais o juiz que vai relatar o processo, o defensor do vínculo e o notário)
2. Fase instrutória
Nessa fase, as partes e testemunhas arroladas são citadas para prestar depoimento. Estes depoimentos são individuais e acontecem na sede do próprio tribunal. Excepcionalmente, os depoimentos podem ser colhidos noutro local que não seja o Tribunal, desde que haja razão importante para isso.
Os depoimentos são colhidos por um dos juízes (vigários judiciais, juízes, juízes auditores). Podem participar do depoimento o advogado da parte demandante e o defensor de vínculo oficiante naquele processo, e no caso de pessoa surda, seu Intérprete. Ambos podem, ao final do depoimento, sugerir novas perguntas que possam elucidar algum ponto específico do caso.
3. Fase de alegações ou de discussão
Terminados os depoimentos, os autos são publicados e é dada vista do processo às partes, para que analisem o processo e, caso queiram, requeiram algo mais que seja oportuno ou juntem mais algum documento complementar.
A seguir, o Juiz relator faz a leitura do processo, podendo, se necessário, pedir maiores esclarecimentos, a citação de outras testemunhas ou o laudo de um perito constituído pelo tribunal. Se não houver necessidade de novas provas, é concluída a causa, e os autos são encaminhados ao advogado da parte e, em seguida, ao defensor do vínculo, para que apresentem as alegações finais por escrito.
4. Fase decisória
A decisão da causa é da competência dos três juízes designados para cada processo. Eles analisam individualmente os autos do processo e votam. Depois, é designada uma Sessão de Julgamento, onde os três juízes se reúnem e, juntos, decidem sobre o processo, sobre a declaração ou não da nulidade do matrimônio.
Posteriormente, um deles, o juiz relator, redige a sentença indicando os argumentos que determinam a resposta (unânime ou não) dos juízes.
Redigida a Sentença, as partes são cientificadas da Decisão e do prazo para recurso.
Se uma das partes ou o defensor de vínculo recorrer, os autos serão remetidos ao Tribunal de Apelação para nova análise do caso.
Se não houver recursos dentro do prazo estabelecido, a Sentença se torna executiva. Se foi declarada a nulidade, aquele matrimônio é considerado inexistente perante a Igreja Católica e são realizadas as devidas averbações à margem do registro do livro de Batismo de ambas as partes e também à margem do livro de Casamento.
Em caso de Sentença afirmativa para constar a nulidade de um matrimônio, um “novo matrimônio” pode ser realizado se não vier com algum veto impeditivo.
É comum o tribunal, ao declarar a nulidade de um casamento, impor um veto a uma ou a ambas as partes, dependendo de cada caso. Esse veto pode ser retirado pelo bispo da diocese que consultará o tribunal para ver as exigências em cada caso. Esse veto é sinal de prudência da Igreja, visto que um “segundo matrimônio” só pode ser realizado se a pessoa resolveu o problema que ocasionou a nulidade do “primeiro matrimônio”.
QUESTIONÁRIO
NOME DEMANANTE - Luiz Fernando Barros de Sousa (surdo)
NOME – Rosária (surda)
- I – PARTE AUTO (DEMANANTE)
1 -Qual a sua religião? Pratica-a? e onde foi batizado?
Sou Católico praticante, participo da Pastoral do Surdo na Paróquia Sagrado Coração e fui batizado na Paróquia de São Judas Tadeu.
2- Como era sua família?
Ótima! Pai, mãe e irmâ. Explicar como seu pai e mãe se relacionam,- se eles brigam, ou se dão bem, cuidam de toda família, ajuda as pessoas que precisa.
3 – Como era seu relacionamento com sua família.?
Meu relacionamento de família é ótimo. Falar sobre como vc seu pai, sua mãe e irmâ se davam bem na infância, na adolescência, como era quando vcs viajavam juntos, conversas que vc teve com seu pai, sua mãe.
4 – Conhece pessoalmente algum sacerdote?
Sim: Padre Dalmacio (Santo Expedito, Padre Josenildo (Nossa Senhora da Guia), Frei Carlos (São Judas Tadeu), Padre Wilson (surdo) (Curitiba), Padre Ouvidio Sagrado Coração de Jesus).
 II – PARTE DEMANDADA
5 – Qual sua religião? Pratica-a? Onde foi batizada?
Católica, batizada e frequenta as missas na Igreja São Judas Tadeu.
6 – Como era sua família?
Mãe, com quem era legal de conversar, filho Jean, legal também.
7 – Como era seu relacionamento com ela?
Você tem que descrever como era seu relacionamento com ela: se brigavam muito, se conversam legal, se ela mandava muito em vc, tudo o que vc conseguir lembrar.
8 – Conhece pessoalmente algum sacerdote?
Não conhece.
III – NAMORO
9 _ Como se conheceram?
Conheci a Rosária em 2000, quando a encontrei na festa da Associação dos Surdos localizada no centro da cidade, cujo endereço não me lembro. No dia que a conheci, depois que acabou a festa, ela me convidou para ir à sua casa no Jardim Califórnia. Fui para lá conhecer sua família, bater papo, contar novidades. Eu não percebi nada de errada, e não vi nenhum problema.
No dia seguinte voltei a sua casa, no período da tarde, e conversamos mais.
Na semana seguinte, eu viajei para Araxá (MG) para participar da festa da Associação dos Surdos daquela cidade. Ao me dirigir ao caixa para comprar refrigerante encontrei a Rosária trabalhando no caixa. Fiquei surpreso. Contar se acontecer mais alguma coisa na festa, se vcs vieram embora juntos, ou se vc veio sozinho. Contar tudo o que vc lembrar.
10 – Tinham algum grau de parentesco?
Não possuímos nenhum grau de parentesco.
11 – Como começaram a namorar? Que idade tinham?
Começamos a namorar em Abril de 2002. Depois de acabar a festa (que festa????) ela me pediu para leva-la até sua casa, porque era de madrugada. Estavamos em meu carro. Eu tinha 19 anos e ela 39 anos.
12 – Como foi o namoro?
O começo do namoro foi maravilhoso. Mantínhamos relações sexuais frequentes. Visitava sua casa com bastante frequência, conversava com sua mãe e também com Jean Carlos, seu filho de 8 anos. O sexo era bom, e eu percebia que ela queria um parceiro para cuidar de seu filho.
O namoro normal, tranquilo , sem problemas, saíamos bastante sempre juntos.(quem saia com vocês??? A mãe da Rosária? O filho??)
13 – O que as famílias achavam desse namoro?
Minha família não achava normal eu ter 19 anos e namorar mulher de 39 anos, que já tinha um filho. A mãe dela e seu filho, Jean Carlos< achavam normal nosso namoro. Também achavam bom porque eu ajudava financeiramente.
14 – Eram fiéis ao namoro? Brigavam? Por que motivo?
Eu fui fiel, ela eu não sei. Brigávamos muito porque ela era ciumenta e não me deixava encontrar com meus amigos, Edna e Maurício, acho que ela tinha receio que eles me orientassem sobre a realidade.
Ela tinha muito ciúmes e nunca saímos com amigos, sempre só nós dois. Eu não percebia nada e obedecia.
15 – Chegaram a terminar o namoro? Quantas vezes?
Brigávamos muito, o ciume atrapalhava meu trabalho, mas nunca terminamos o namoro.
16 – Como e porque voltaram?
Nunca terminamos, embora tivéssemos muitas brigas por ciúme dela.
17 – Alguma das partes apresentava algum problema pessoal no namoro?
Se ela tinha problemas eu nunca percebi. Pensava que tinha ciúme porque gostava muito de mim.
18 – Houve intimidades sexuais? Desde quando? Houve gravidez?
Sim houve intimidades sexuais desde o nosso primeiro encontro em 2000. Porém não ocorreu nenhuma gravidez. Dizer quem tomou a iniciativa da prática sexual? Ela te convidou? Ou vc convidou ela?
IV – NOIVADO
19 – Como chegaram a decisão de casar-se?
Eu tinha muita vontade de casar, mas meu pai e mãe não deixava, eu não entendia que estava sendo induzido, pela Rosária, a casar. Como eu queria muito casar, não fiquei noivo,casei direto.
20 – Foi uma escolha livre? Houve uma forma de pressão?
Não tivemos noivado, casamos direto. Eu pensava que era livre a minha escolha, mas hoje eu percebo que foi induzido a casar muito rápido.
21 – Chegaram a ficar noivos? Quando tempo durou o noivado?
Não tivemos noivado.
22 – As partes estavam preparadas para o casamento?
Naquela época eu acreditava que estava preparado para o casamento, adorava o sexo, mas hoje percebo que não entendia nada de vida a dois.
23 – Onde ia residir? Tinha condições de se manter?
Como não tínhamos onde morar, nos mudamos para uma edícula nos fundos da casa de minha mãe. Eu trabalha em uma banca de pesponto junto com minha mãe. A Rosária não trabalha, a mãe dela era aposentada, e o filho Jean Carlos, recebia pensão do pai dele.
24 – Casaram-se no civil? Não? Por que?
Casamos no civil no dia 06-09-2003.
V – CASAMENTO
25 – Como foi a celebração do casamento?
Foi celebrado na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, foi muito bonito. Ela escolheu a igreja principal da cidade, e meu pai arcou com todas as despesas.
26 – O Padre celebrante do matrimônio foi o da Paróquia ou algum outro padre?
O padre celebrante era da própria paróquia – Padre José Geraldo
27 – Como estavam as partes? Alguma coisa indicava que não daria certo?
Para mim tudo estava perfeito, estávamos felizes, e parecia que seríamos eternamente felizes. Eu estava tão envolvido que nada percebia. Minha felicidade foi efêmera, passageira. Acabou rápido.
28 – Houve lua-de-mel? Algum problema na consumação do matrimônio?
A lua de mel foi no motel que meu pai pagou. Não houve nenhum problema na consumação do matrimônio.
VI – VIDA DE CASADOS
29 – Como foi o início da vida conjugal?
Vida começou normal, eu estava muito feliz. Escrever com mais detalhes.
30 – Quando apareceram os primeiros problemas?
Aos poucos fui percebendo que ela também tinha ciúmes da minha relação com a minha família. Um ano depois de casado ela já não permitia que eu abraçasse minha própria irmã.
Tinha medo que minha família me mostrasse o que eu não conseguia ver.
31 – Quais tentativas de solução?
Eu conversava com ela e falava que era minha irmã, mas ela não aceitava nada. Eu já não podia conversar nem com meu pai ou minha mãe. Ela acreditava que corria perigo, eu não sabia que tipo de perigo era. Eu não podia conversar com ninguém: família, amigos, ninguém.
VII – CAPÍTULOS DE NULIDADE
32 – No tempo do casamento, alguma das partes apresentava sinais de imaturidade?
Hoje eu acredito que eu era imaturo e ela já com seus 40 anos era bem esperta, astuta, e fazia de tudo para eu não conversar com minha família.
33 – Tinham consciência das responsabilidades conjugais, dos deveres de esposo-esposa, pai-mãe?
Recebi de meu pai e minha mãe a orientação de sempre respeitar a esposa, então eu sofria calado. Ela era bem esperta e se aproveitava da educação que eu havia recebido.
34 – Como assumiram as responsabilidades conjugais?
Nenhum dos dois assumiu as responsabilidades de nada. Morávamos no fundo da casa da minha família, não pagávamos nada. Minha mãe fazia tudo: lavava, passava e cozinhava. Minha mãe dizia que não queria me ver sofrer.
35 – Alguma das partes agia de forma imatura, irresponsável?
Eu trabalhava, ela ficava em casa e não queria fazer nada, e não fazia nada; eu aceitava tudo.
36 – Alguma das partes demonstrava algum problema psicológico, nervoso, emocional?
Nunca percebi nada.
37 – Alguma das partes fez tratamento psicológico, psiquiátrico?
Nenhum dos dois
38 – Eram ambos, pessoas equilibradas?
Aparentemente éramos equilibrados
39 – Alguma das partes tinha algum vício, dependência (bebida, droga)? Bebia com frequência? A bebida prejudicava a vida familiar? (Cite exemplos)
Bebíamos cerveja apenas quando íamos em alguma festa.
40 – Alguma das partes apresentava desvio no comportamento sexual?
Não. Ela era obsecada por sexo, eu tinha 19 anos , adorava, procurava autoafirmação sexual.
41 – Foi buscado algum tratamento? Quais os resultados?
Não buscamos tratamento, nos dois acreditamos que era normal e eu como homem ficava orgulhoso e pensava “ eu sou bom”.
42 – Alguma das partes quando se casou, ignorava completamente a vida de marido e mulher nas questões sexuais?
Eu era inocente quando a vida de casado, porque meu pai e minha mãe embora ajudasse em tudo, nunca conversaram comigo a esse respeito, eles achavam difícil ter esse tipo de conversa.
43 – Alguma das partes, depois do casamento, teve alguma mudança muito grave? Quais?
Eu mudei, comecei a ficar mais nervoso, comecei a perceber que estava sendo colocado de lado, em segundo plano. Ela gastava todo meu salário comprando roupas para ela e para seu filho. Minhas roupas iam ficando velha e minha mãe comprava outras e me dava.
44 – Este problema não podia ser percebido anteriormente?
Não, porque enquanto namorados ela era muito bacana, e tínhamos relações diárias, e tudo era muito bom.
45 – Alguma das partes fazia questão absoluta de alguma qualidade da outra e, que, depois descobriu que não existia?
Antes de casas ela era muito legal, educada, conversava com minha família. Depois que casamos ela queria e exigia que eu ficasse só com ela, eu não podia conversar com ninguém. Ela sabia que seu eu fosse alertado, eu iria separar.
46 – Alguma das partes casou-se enganado sobre alguma qualidade ou defeito da outra parte?
Eu fui ludibriado, fui enganado no tempo de namoro. Quando eu casei com ela acreditava que ela seria sempre fiel.
47 – A outra parte (ou alguém) tinha intenção de enganá-lo? Como fez para enganar?
Contar do acidente de 2000. Eu me senti enganado porque ela falou que estava grávida e era tudo mentira. Ela contou que havia sofrido um aborto, mas hoje e me lembro que não fomos ao hospital para ela passar pelo médico.
48 – Como isso prejudicou a vida do casal?
Com tudo o que aconteceu, comecei a perceber que ela era mentirosa, e as brigas aumentaram
49 – Alguma das partes não queria ser fiel a outra? Foi realmente infiel?
Eu sempre fui fiel a ela, mas quando a ela eu não sei
50 – Quando ocorreram as infidelidades?
Eu soube através de um amigo, no ano de 2005, mas não acreditei. Fomos viajar para Campinas/SP, na casa da tia dela. Lá percebi muitas coisas dar um exemplo de coisa que vc percebeu , comecei a questionar, perguntar para ela e as respostas nunca batiam, nunca eram iguais. Dai tive a certeza que a traição era verdade.
52 – Foi um fato isolado ou frequente? Com mais de uma pessoa?
Nunca perguntei, e não gostaria de saber, me senti e ainda me sinto muito mal com tudo que aconteceu.
53 – Alguma das partes, quando casou, não pretendia ficar casado para sempre? Tinha a intenção de separar-se? Como se percebeu a intenção?
Eu pensava que seria para sempre. Ela, eu não sei.
54 – Alguma das partes nunca aceitou ter filhos? Manifestou esta decisão? Quando?
Eu queria ter filhos, mas ela falava que tinha problemas de ovário, e eu acreditava. Não entendia como antes ela tinha ficado grávida, pensava que era milagre.
55 – Alguma das partes foi forçada a casar-se contra sua vontade?
Não, casamos por livre e espontânea vontade
56 – Como foram as pressões?
Não houve.
57 – Não havia outro caminho para evitar a pressão sem ser o matrimônio?
Não houve pressão.
VIII – SEPARAÇÃO
58 – Como e por que deu a separação?
Eu não aguentava mais, sofria muito, ficava lembrando toda hora o que havia acontecido. Trabalhava muito, nunca tinha dinheiro para comprar nada porque ela gastava todo o salário com ela e o filho. Minhas roupas estavam velhas, minhas meias e cuecas, furadas. Minha mãe e meu pai me davam roupas, porque eu estava ficando sem roupas. Eu não podia encontrar com amigos, ela proibia, eu obedecia. Não podia abraçar, conversar com minha família. Não aguentei e mandei ela embora.
59 – Quanto tempo depois do casamento?
A separação ocorreu 4 anos depois de casados.
60 – Houve reconciliação? Por que não deu certo?
Não houve reconciliação. E não daria certo porque descobri muito mais mentiras e falsidades que ela fazia.
IX – SITUAÇÃO ATUAL
61 – Como estão as partes atualmente?Por que deseja introduzir este processo?
Encontrei uma pessoa boa, e estou casado somente no civil, e queremos nos casar na igreja, queremos participar da comunhão, por isso estou introduzindo este processo. Da vida dela, não sei mais nada.
Diante do exposto, requeiro que meu matrimônio seja declarado nulo.
	Após a entrega do formulário, o interessado envia à Diocese que o informará se o requerimento foi Deferido ou Indeferido. 
	
4.	CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desenvolver e participar da Disciplina de Estágio como aluna graduando do Bacharel em Letras Libras foi um desafio. 
Com o presente trabalho percebemos a grande importância do estudante que decide focar seus estudos em favor da mediação do conhecimento, percebemos também que ser Tradutor/Interprete é tarefa árdua, mas gratificante e brilhante, pois se vê, a todo o momento, pessoas lutando em busca de melhoras sociais, políticas e econômicas. O Tradutor/Interprete oferece novos caminhos, novas possibilidades, sonhos e perspectivas para a pessoa surda, sendo sua tarefa, também, ajudá-los no que for necessário. 
Observar, coparticipar, planejar e atuar junto a professora de sala e o aluno foi para nós um desafio que proporcionou crescimento pessoal e profissional, uma vez que a vida oferece ao Tradutor/Interprete novos modos de agir, pensar e repensar seus valores, compromissos, opções, desejos e vontades. 
O Estágio Supervisionado é a oportunidade dada ao estagiário de buscar uma metodologia capaz de auxiliar no seu amadurecimento, crescimento pessoal e profissional, e mostra que é necessário viver a profissão com seriedade.
Encerramos e concluímos esse relatório na certeza de afirmar que a educação é peça indispensável para o crescimento moral e intelectual de todo ser humano. 	Assim, percebemos que sempre teremos que me preparar para estar à frente dessa profissão, buscando encarar os pontos negativos, as dificuldades, e também, usufruir do prazer maior de todo Tradutor/Interprete: SER MEDIADOR DA COMUNICAÇÃO..
REFERÊNCIAS
CADERNOS INTERATIVOS – SPOLIDÓRIO, janaina. janainaspolidorio.com.br – acesso em julh0, 2019.
CAPOVILLA, F. C.; CAPOVILLA, A. G. S. Educação da criança surda: o bilinguismo e o desafio da descontinuidade entre a língua de sinais e a escrita alfabética. Revista brasileira de educação especial, Universidade Estadual Paulista. v.8, n.2, 2002. Marília: ABPEE/FFC – UNESP – PUBLICAÇÕES, 2012.
LACERDA, Cristina B. F. de. O intérprete de língua brasileira de sinais: investigando aspectos de sua atuação na educação infantil e no ensino fundamental.
PETRIN, Elaine A. Escola inclusiva: direito de todos. In: http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/escola-inclusiva:-direito-de-todos-6993/artigo/.
ROSA, Andréa da Silva. A Presença do Intérprete de Língua de Sinais na Mediação Social entre Surdos e Ouvintes. In: http://books.google.com.br/books?hl=pt
ANEXOS
Contexto educacional
- Contexto Religioso
PARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
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