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ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS 2020 Prof.: Aloísio Calve Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 3 2. LISTA DE SIGRAS ................................................................................................................................................... 4 3 VISÃO GERENCIAL DE CUSTOS ........................................................................................................................ 5 3.1 AS FASES DO PROCESSO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS .......................................................................... 6 3.2 CONTATO COM O USUÁRIO .................................................................................................................................... 7 3.3 - SISTEMAS DE CUSTOS ........................................................................................................................................... 8 3.4 - SISTEMAS DE APOIO ............................................................................................................................................. 9 4 CONCEITOS FUNDAMENTAIS .......................................................................................................................... 10 4.1 NOÇÕES DE CUSTOS ............................................................................................................................................. 10 5 - CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ...................................................................................................................... 17 5.1 - CUSTOS DIRETOS - CD .................................................................................................................................... 17 5.3 - CUSTOS FIXOS – CF .......................................................................................................................................... 20 5.4 - CUSTO VARIÁVEL - CV ..................................................................................................................................... 23 7 - ANÁLISE DE HIPÓTESES DE COMPORTAMENTO DOS CUSTOS ......................................................... 26 8 - MÉTODOS DE CUSTEIO ................................................................................................................................... 29 9 - RATEIOS E RESULTADO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO ....................................................................... 31 10 ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO .......................................................................................................... 43 10.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ............................................................................................................................. 43 10.2 - PONTO DE EQUILÍBRIO ( BREAK EVEN POINT): ............................................................................................ 52 10.3 CÁLCULANDO A QUANTIDADE NO PONTO DE EQUILÍBRIO ............................................................. 53 10.4 CÁLCULANDO A RECEITA NO PONTO DE EQUILÍBRIO ...................................................................... 54 10.5 PROJETANDO O LUCRO OPERACIONAL ............................................................................................... 55 10.6 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS CUSTOS .......................................................................................... 56 11 - MARK UP .............................................................................................................................................................. 61 11.1 CÁLCULO DO CUSTO DE COMPRA .......................................................................................................... 62 11.2 CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA ......................................................................................................... 63 11.3 CÁLCULO DO MARK UP ............................................................................................................................... 64 11.4 MARGEM DE LUCRO NO MARK UP ........................................................................................................... 66 12. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................................................... 69 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 3 1. INTRODUÇÃO O grande foco da empresa é lucrar e para isso elas são constituídas. Quando um investidor resolve colocar seu dinheiro na criação de uma pessoa jurídica ele não está pensando em ajudar a pessoas ou desenvolver a comunidade (raríssimas exceções), eles estão interessados em fazer seu dinheiro trabalhar por eles em busca de mais dinheiro. Eles estão em busca da multiplicação do dinheiro em busca do "milagre" da multiplicação. Mas se o objetivo é lucrar, porque se preocupar com custos? Os custos constituem a base dos gastos das empresas e o estudo deles permite que nós analisemos o cenário de forma realística e determinemos se realmente aquela atividade está sendo interessantes. Os estudos dos custos possibilitam ao tomador de decisão identificar com precisão o seu cenário e a verdadeira realidade de sua empresa. É capaz de apontar certeiramente os pontos deficitários que precisam ser melhores trabalhados. A gestão hoje já não deve ser feita por rumo ou muito menos ficar satisfeita com lucros, simplesmente por lucrar. Em toda a história o que se percebe claramente é que na grande maioria das vezes as empresas só se preocupam com custos nos momentos de dificuldades financeiras. Nesse momento todos querem saber como diminuir os custos, mas nesse momento a empresa já está frágil, muito dinheiro já foi desperdiçado e a empresa pode ter virado refém de uma armadilha de seu próprio sucesso, o lucro. O lucro jamais deve ser uma venda nos olhos, ele deve ser um instrumento para abrir caminhos e gerar a perpetuidade. Os estudos dos custos devem ser usados no momento da bonança onde tudo está colaborando para que os lucros aumentem. Quando a empresa está atenta aos custos, ela está um passo a frente no processo de melhoria dos resultados. Isso porque com esses estudos podemos visualizar pontos fracos e fazer as correções no momento que a empresa está mais forte. Assim isso é o mesmo que você se alimentar bem, sua saúde tende a estar intacta e com exercícios físicos seu corpo melhorara ganhando músculos. Com isso você se tornara uma pessoa mais forte. Quando a pessoa está debilitada e ela tem uma boa alimentação, primeiro ela terá que melhorar gradativamente, e em um processo mais lento ela vai se recuperando, correndo o risco de carregar para sempre as consequências daquele momento. Assim funciona com as empresas devemos cuidar dela cada vez melhor por melhor que ela esteja, evitando deixa-la chegar no estágio de ir para a UTI. Na UTI tudo é mais difícil. Pensem nisso, a empresa precisa ser reestruturada nos bons momentos. A gestão deve visar um processo de melhoria contínua para obter seu sucesso. Fonte: www.vozdoadministrador.blogspot.com http://www.vozdoadministrador.blogspot.com/ Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 4 2. LISTA DE SIGRAS 1) CD – Custo Direto 2) CF – Custo Fixo 3) CFt – Custo Fixo Total 4) CFu – Custo Fixo Unitário 5) CI – Custo Indireto 6) CIF – Custo Indireto de Fabricação 7) CMe – Custo Médio 8) CT – Custo Total 9) CV – Custo Variável 10) CVt – Custo Variável Total 11) CVu – Custo Variável Unitário 12) EF – Estoque Final 13) EI – Estoque Inicial 14) MC – Margem de Contribuição 15) MCt – Margem de Contribuição Total 16) MCu – Margem de ContribuiçãoUnitária 17) MD – Material Direto 18) MOD – Mão de Obra Direta 19) MP – Matéria Prima 20) P - Produção 21) PE – Ponto de Equilíbrio 22) PVu – Preço de Venda Unitário 23) Q – Quantidade 24) QPe – Quantidade no P onto de Equilíbrio 25) RL – Receita Líquida 26) RLpe – Receita Líquida no Ponto de Equilíbrio 27) RT – Receita Total Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 5 3 VISÃO GERENCIAL DE CUSTOS A Contabilidade de Custos refere-se hoje as atividades de coleta e fornecimento de informações para tomada de decisão. A Contabilidade de custos é uma atividade que se assemelha a um processador de informações, que recebe os dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais. (LEONE, 2000, p.21) Feedback Os objetivos da contabilidade de custos podem ser assim resumidos: Atuar sobre a empresa, seus produtos, seus serviços, seus componentes operacionais e administrativos de compõem sua estrutura operacional. A Contabilidade de Custos é uma das responsabilidades dirigidas ao controlador da empresa. No entanto, o Professor Robert N. Anthony comenta sobre a relação que é feita com o controller da empresa, relacionando a sua responsabilidade a função de controle. Apesar da semelhança, é uma inferência errônea. O controller é responsável pelo planejamento e operação do sistema pelo qual a informação de controle é coletada. O controlador de custos está subordinado ao controller. Os professores Bierman e Dickman afirmam que a função da Contabilidade de Custos é também, agir como um arquivo em que a informação é guardada até que seja necessária. A Contabilidade de Custos colhe dados internos e externos, monetários e não monetários, mas quantitativos. Ela, atualmente, está cada vez mais utilizando dados quantitativos não- monetários, colhendo-os, trabalhando-os, organizando-os, combinando-os e produzindo informações gerenciais de alta relevância. Dados Contabilidade de Custos Relatórios Gerenciais Atividade da Contab. Custos como um Centro Processador de Informações Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 6 Dados - Externos Coleta - Internos Organização Informações - Monetários Combinação Gerenciais - Não Monetários A Contabilidade Custos é muito mais útil, muito mais aceita pelos técnicos que compõem os quadros de decisão, controle e planejamento das empresas. A grande utilidade dos sistemas de custos é exatamente a sistematização criada para o registro de volumes físicos consumidos e fabricados, com valores monetários, assim tem sua utilização duplicada dentro da organização. A combinação de um dado monetário com um dado não monetário faz surgir um terceiro dado, que chamamos de índice ou indicador, cuja natureza é diferente da natureza original dos dois dados que o formam. 3.1 AS FASES DO PROCESSO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS COLETA DE DADOS A coleta consiste na seleção de dados, no planejamento de sua coleta, no treinamento e na organização interna dos setores que irão fornecer dados. É uma fase completa, porém difícil. Deverá contar nesse momento com o apoio da alta direção da empresa, caso contrário, o desenvolvimento do trabalho será meramente técnico e isolado. A Contabilidade de Custos não cria dados, necessita desses dados originais que constituem a matéria prima, com os quais irá fabricar o produto em forma de informação. CENTRO PROCESSADOR DE INFORMAÇÕES É exatamente o centro que recebe os dados e os transforma em informações. Aqui, estão em operação os sistemas de custos, os critérios básicos, os procedimentos e os registros, onde se processa a acumulação, organização, análise e a interpretação dos dados que é um trabalho técnico realizado pelo contador de custos. INFORMAÇÕES É a fase nobre, que apresenta resultados. A Contabilidade de Custos produz informações gerenciais para que os diversos níveis hierárquicos da administração sejam capazes de Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 7 planejar, controlar e decidir com maior eficiência e eficácia. O produto final consiste em relatórios gerenciais. 3.2 CONTATO COM O USUÁRIO A instalação de um sistema de custos adequado às necessidades gerenciais da empresa é feita junto aos usuários das informações. O conhecimento dos objetivos, das metas, dos parâmetros e dos orçamentos referentes às diversas atividades da empresa é imprescindível. Os relatórios devem usar uma linguagem técnica do usuário. Dentro de cada empresa, a Contabilidade de Custos envolve dados de diversos setores, como a própria empresa, os seus componentes, os produtos e serviços, os programas, as atividades, os segmentos de distribuição, as alternativas e os planos de ação. Por isso, a necessidade de se ter um relatório objetivo e técnico. A Contabilidade de Custos precisa dos objetivos, metas, orçamentos e parâmetros de cada um dos setores relacionados. Ela apoia-se no estudo do comportamento dos custos diante dos parâmetros. Os parâmetros nada mais são do que unidades de mensuração, índices que constituem as metas. Os relatórios de custos sempre são escritos, e deverão conter basicamente o título, o período abrangido das operações, o conteúdo (as informações propriamente ditas), a destinação e a periodicidade. Esses elementos apresentados de modo correto já tornam os relatórios mais confiáveis. Na prática o que se percebe é a falta de atenção à boa elaboração de relatórios. É muito comum, na prática, verificar relatórios inúteis e duplicados. Os erros mais frequentes listados são: titulo inadequado, má distribuição das informações, abreviações (nunca aprovamos o uso de abreviações), excesso de dados (somente informar o essencial), excesso de vias, formato fora dos padrões, papel impróprio, má previsão para arquivamento e excesso de cores. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 8 3.3 - SISTEMAS DE CUSTOS O que é um sistema de custos? É um esforço realizado pela administração da empresa, traduzindo em normas, fluxo, papéis e rotinas, tendo por finalidade absorver dados de diversas áreas, manipulá-los e finalmente emitir relatórios eficientes. O sistema de custos é preparado pelo contador de custos. O sistema de custos será o meio que utilizará para colher os dados de que precisa, irá arrumá-los e produzir as informações gerenciais para os demais setores da administração. A Contabilidade de Custos emprega vários sistemas que representam conjunto de critérios, convenções, procedimentos e registros que interagem, de modo coordenado, no sentido de atender a determinadas finalidades. Para as empresas que trabalham sob o regime de encomenda, como os estaleiros, as fábricas de móveis, as empresas de serviços de consultoria, as construtoras, empregar- se-á o sistema de custeamento por ordem de produção ou de serviço. A base do sistema é o cartão de custos ou de produção (serviços), onde os dados de custos, despesas e outros (parâmetros) são acumulados. Para as empresas que operam produção em série, contínua, para o estoque, como as fábricas de tecidos, de medicamentos, de cerveja, de roupas, de lâmpadas, de aparelhos eletrodomésticos, empregar-se-á o sistema de custeio por processo. A base do sistema é o cartão do processo ou da fase de fabricação no qual são acumulados os dados de custos, despesas e os parâmetros respectivos. Para o controle dos custos chamados gerais, indiretos, que servem a mais de um produto ou operação,que se referem às atividades de apoio administrativo, a Contabilidade de Custos estabeleceu o sistema de Custos por centro de responsabilidade, cujo encarregado é responsável pelos custos ali incorridos. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 9 3.4 - SISTEMAS DE APOIO A empresa é um grande sistema, composto de vários subsistemas que se completam no sentido de proporcionar o atingimento de seus objetivos pelo uso do mínimo esforço. A contabilidade de custos para operar seus sistemas de custos, deverá receber informações dos demais subsistemas. O Sistema de Materiais deve estar organizado para proporcionar informações á Contabilidade de Custos quanto à aplicação dos materiais, quantidade, tipo de material requisitado, o seu custo e destino. O Sistema de Mão de Obra deverá fornecer as seguintes informações básicas: a classificação dos empregados, a sua lotação, as horas de trabalho apontadas nas diversas atividades, e o valor dessas horas. O Sistema de Contabilidade Geral fornecerá informações quanto as demais despesas, seu valor e destinação. Além disso, articulada com o sistema de patrimônio, poderá fornecer informações quanto as despesas de depreciação, de manutenção e de reparos, e os parâmetros quantitativos relacionados. Se a empresa dispuser de um Sistema de Planejamento, este deverá indicar à Contabilidade de Custos dados de previsão monetários e não monetários, que ajudarão a produzir relatórios gerenciais mais úteis. Do mesmo modo outros setores da empresa enviam dados para a Contabilidade de Custos, à medida que se fazem necessários. Assim, pode-se dizer que os sistemas de custos, em sua função total, são autorreguláveis. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 10 4 CONCEITOS FUNDAMENTAIS O que é um Centro de Custos? De acordo com Meglione (2007) é a menor unidade do processo produtivo de uma organização para a qual os custos são orçados ou apropriados e que tem características semelhantes para medição de desempenho e atribuição de responsabilidades. São Classificados em: Centro de Custos Produtivos – é o local onde os produtos são transformados e beneficiados. Ex: montagem, pintura, cromagem, etc. Centro de Custos Auxiliares ou de Apoio – prestam serviços para os centros de custos produtivos. Ex: manutenção, estoque, compras, limpeza, etc. Centro de Custos Administrativos – são os centros que desenvolvem atividades relacionadas com as atividades administrativas, financeiras e comerciais. Ex: Contabilidade, Tesouraria, Administração, etc. 4.1 NOÇÕES DE CUSTOS Alguns conceitos de Contabilidade de Custos serão abordados pois existem muitas terminologias utilizadas e as pessoas os confundem principalmente com despesas. Outras palavras são usadas ainda, tais como, gastos e investimentos. Gastos: Entende-se todo sacrifício financeiro em troca de um produto ou serviço. Trata- se de um termo genérico e não identifica se é um custo ou uma despesa. Portanto, muito cuidado para utilizar essa palavra em custos. Meglione (2007), menciona que gastos é o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de terem sido utilizados ou não. Termo usado para definir as transações financeiras nas quais a empresa utiliza recurso ou assume uma dívida, em troca da obtenção de algum bem ou serviço. É um conceito abrangente e pode englobar os demais itens. Por exemplo: um gasto pode ser relacionado a algum investimento (compra de um freezer) ou alguma forma de consumo (gêneros alimentícios). Desembolso: Significa pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Meglione (2007), define como sendo o ato do pagamento dos insumos, e que pode ocorrer em momento diferente do gasto. Por exemplo, se o restaurante executa uma compra de farinha de trigo com 60 dias de prazo para pagamento, o gasto ocorre imediatamente, mas o desembolso só ocorrerá dois meses depois. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 11 Exemplo – A empresa de Material de Construção, em fevereiro registrou no Sistema de Informações as seguintes situações: 1 – Compra de estoque de cimento no valor de R$ 100.000,00 pagando 25% de entrada e o restante em 30 e 60 dias. 2 – Compra de material de embalagem no valor de R$ 20.000 com 30 dias de prazo para pagamento. 3– Pagamento da conta de energia no valor de R$ 300,00 no dia 05 de fevereiro, que foi consumida em janeiro. 4 - Compra de uma máquina, com entrada de 10% ao fornecedor no valor de R$ 15.000,00 no mês de fevereiro. 5 - Pagamento de salários no valor de R$ 12.000,00 no 5º dia útil de março. 6 – Compra de um computador no Valor de R$ 3.500,00 com pagamento a vista. Conforme os eventos financeiros apresentados, calcule o Total do Gasto e do Desembolso ocorrido no mês de fevereiro. Evento Gasto Desembolso 1 2 3 4 5 6 7 TOTAL Os Gastos podem ser classificados conforme a figura a seguir: Investimento Custo Gasto Despesa Perda Desperdício Desembolso Pagamentos Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 12 Investimento: É mais específico e não deve ser utilizado em custos, pois representa normalmente um valor ativado em função de uma vida útil ou de um benefício futuro. Meglione (2007) define como sendo os gastos que iram beneficiar a empresa em períodos futuros. Correspondem à parcela dos gastos registrada em contas de ativo da empresa. Podem referir-se à aquisição de matéria prima, mercadorias para revenda e materiais diversos (registrados em contas representativas de estoque), à aquisição de máquinas ou veículos (registrados em contas do ativo imobilizado) ou mesmo à aquisição de ações de outras empresas. Exemplo: A aquisição de Matéria Prima. A compra (à vista ou a prazo) é um Gasto. Ao abastecer o estoque de matéria prima, temos um investimento, ou seja, o montante gasto será registrado na respectiva conta do ativo circulante, até que o material seja requisitado para o consumo, isto é, aplicado na fabricação de um produto. Quando requisitamos esse material do estoque e o aplicamos na produção, temos o custo. Ao concluir o produto e estocá-lo para venda, temos novamente um investimento (registro do custo de fabricação no estoque de produtos acabados). Quando retirado do estoque de produtos acabados para a venda, temos o custo do produto vendido. A aquisição de uma máquina é um investimento registrado na respectiva conta do ativo permanente e, pela depreciação, teremos um custo ou uma despesa, dependendo do departamento (fabril, administrativo ou comercial) em que essa máquina for utilizada. Custo: Representa o valor pago, um gasto relativo a um bem ou serviço, aplicado na produção de outros bens ou serviços, ou seja, diretamente na fábrica. Meglione (2007) define como sendo gastos efetuados no processo de fabricação ou prestação de serviços, é o valor dos insumos consumidos na fabricação dos produtos ou prestação de serviços da empresa. Os custos referem-se a produtos, mercadorias ou serviços que foram entregues ou prestados aos clientes, gerando as respectivas receitas. Assim, se a receita corresponder a venda de 100 unidades do produto X, o custo corresponderá a 100 unidades desse produto. Desse modo, na demonstração de resultados, os custos estão associados à receita. Exemplo: Matéria Prima (Ex:Gêneros), Mão de Obra (Salários), Depreciações, Aluguel. O Custo diferencia-se do gasto pelo fato de que este último refere-se aos insumos adquiridos enquanto que o custo está relacionado com os insumos efetivamente utilizados.EMPRESA Área Produtiva Área Administrativa, Financeira e Comercial Custos Despesa Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 13 Despesa: Representa gastos ou desembolsos necessários na obtenção da receita ou faturamento, incluindo-se aí todos os valores a título de manutenção e utilização de serviços nas áreas administrativas, financeiras e comerciais. Perda: Corresponde à redução do patrimônio sem nenhuma compensação. É um bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. É exatamente o resultado do desperdício. Em muitas literaturas contábeis a perda é vista, como sendo os valores dos insumos que foram consumidos fora dos padrões normais de produção. Porém Bósnia (2002) ressalta que as perdas devem ser separadas dos custos, onde elas não serão incorporadas na contabilização dos estoques, podem ser classificadas em perdas normais e anormais. Perdas Normais: São perdas decorrentes do processo produtivo. Ex: no descascar de frutas e legumes a perda no processo é inevitável. São perdas possíveis de serem previstas, portanto, devem ser incluídas no custo de produção. Perdas Anormais: São perdas que não são possíveis de se prever antecipadamente. Ex: greves, inundações, sinistros etc. Para Leone (1997, pag. 46) “as perdas só são consideradas anormais, quando não forem previstas e seus valores deverão ser levados diretamente para o sistema de resultado da empresa. Desperdícios: Este conceito pode englobar os custos e as despesas utilizadas de forma não eficiente. Ou seja, são considerados desperdícios todas as atividades que não agregam valor e que resultam em gastos de tempo, dinheiro recursos sem lucro, além de adicionarem custos desnecessários aos produtos. Tipos de desperdício: por Superprodução; no Processamento; de Matéria Prima, de Mão de Obra; por Espera, etc. Custo Gerencial: É o valor dos insumos (bens e serviços) utilizados pela empresa. Portanto os custos gerenciais englobam os custos de fabricação e as despesas da empresa. Assim podem ser decompostos em: CUSTO GERENCIAL = MP + MOD + CIF + Despesas. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 14 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Classifique os eventos descritos a seguir em ( I ) investimentos, ( C ) Custos, ( D ) Despesas ou ( P ) perda, (De) Desembolso. (Desp) Desperdício. Eventos I C D De P ou Desp. 1 - Pagamento a vista de compra de matéria prima. 2 - Consumo de energia elétrica na produção. 3 – Gasto com de mão de obra na fabricação de produtos. 4 - Consumo de combustível para atender ao financeiro. 5 - Gastos com pessoal do faturamento (salário). 6 - Aquisição de máquinas. 7 - Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário). 8 - Pagamento de honorários advocatícios. 9 - Depreciação do prédio da administração. 10 - Remuneração do tempo do pessoal em greve. 11 - Consumo de Matéria prima na produção. 12 - Comissões proporcionais às vendas 13 - Compra de estoque de embalagens 14 - Estrago acidental e imprevisível de lote de material. 15 - Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos. 16 - Deterioração do estoque de matéria prima por incêndio. 17 - Material de expediente consumido na direção da empresa. 18 - Salário da secretária da administração 19 - Consumo de água na produção 20 - Serviço de limpeza da fábrica. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 15 Eventos I C D De P ou Desp. 21 - Retalhos de tecido no corte. 22 - Gastos com propaganda da empresa. 23 - Compra de computador para diretoria 24 - Pagamento do 13º ao pessoal da fábrica 25 -Serviço de Vigilância eletrônica no prédio da diretoria 26 - Serviço de Vigilância eletrônica na área produtiva 2 - Gastos do Departamento de faturamento, a depreciação das máquinas de produção, a compra de matéria-prima, o tempo do pessoal em greve (remunerado) são respectivamente: a) Despesa, perda, ativo, custo; b) Despesa, ativo.Perda, custo; c) Despesa, custo. Ativo, perda; d) Despesa, custo, perda, ativo; e) Despesa, ativo, custo.Perda. 3-Representa gasto: a) O pagamento de dividendos; b) A contratação de um financiamento em longo prazo; c) O pagamento de compra efetuada a prazo; d) O aumento de capital da empresa; e) e) A aquisição de máquinas; 4 -Desembolso representa: a) Pagamento pela aquisição de um bem ou pela obtenção de um serviço; b) Aquisição a prazo de móveis e utensílios; c) Depreciação de equipamentos da fábrica; d) A apropriação dos gastos de mão de obra; e) Constituição de provisão. 5 -Investimento representa: a) Qualquer desembolso pra aquisição de um serviço; b) Um gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros; c) Gasto com bens e serviços consumidos com a finalidade de obter receitas; d) Gasto de salários e encargos sociais do pessoal de vendas;Gasto não intencional, decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 16 ATIVIDADE COMPLEMENTAR ESTUDO DE CASO Estudo de Caso O senhor Rodrigues é proprietário de um bar na estação rodoviária. Os fiscais de tributos estaduais fizeram uma visita no estabelecimento e pediram ao Sr. Rodrigues que identificasse suas operações do mês anterior de acordo com a teoria dos custos para que eles pudessem examinar melhor a escrita contábil da empresa. Para simplificar o trabalho do Sr. Rodrigues os fiscais levantaram as operações do mês e apresentaram um resumo. Ajude o Sr. Rodrigues na classificação de suas operações. O resumo é o seguinte: a) Compra de 100 pacotes de café, à R$ 10,00 cada pacote. b) O Sr. Rodrigues Pagou R$ 500,00 na hora. c) Durante o mês, produziu e vendeu cafezinho, obtendo R$ 6.000,00. d) No final do mês, ao contar seu estoque de pacotes, verificou que tinha consumido 60 pacotes de café assim distribuídos: - 57 pacotes para produzir os cafezinhos vendidos aos clientes - 2 pacotes para produzir cafezinhos aos empregados do bar - 1 pacote infelizmente caiu da prateleira e o pó esparramou, não foi possível recuperar. e) Compra de uma máquina de café no valor de R$ 2.000,00 (50% a vista). Os fiscais pediram que o Sr. Rodrigues classificasse cada uma das operações dentro dos seguintes títulos: Gastos: Investimentos:__________ Perda:____________ Receita:___________ Custo:____________ Despesas:___________ Desembolso:_________ Exercício complementar Um fabricante de camisas adquiriu e estocou em janeiro 3.000m de tecidos no valor de R$ 8.000,00, pagou 30% de entrada e o restante em 30 e 60 dias. Sua fábrica consumiu no período (janeiro) 70% desse tecido. Sabendo que a perda normal de fabricação é de 10%. Responda: Qual o valor do: 1 – Gasto: 2 – Desembolso: 3 – Custo: 4 – Perda: 5 – Investimento: Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 17 5 - CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS QUANTO A FORMA DE APROPRIAÇÃO AOS PRODUTOS E SERVIÇOS: Custos Diretos Custos Indiretos 5.1 - CUSTOS DIRETOS - CD É o custo facilmente identificado e alocado diretamente ao produto, sem necessidade de critérios de rateio. há um medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. Os custos diretos, na grande maioria das indústrias, compõem-se de materiais e mão de obra. Exemplo: Matéria Prima, Embalagens, Mão de Obra Direta. MateriaisDiretos- MD: É composto de matéria prima, materiais de embalagem, componentes e outros materiais necessários a produção, ao acabamento e à apreciação final do produto acabado. Mão de Obra Direta - Trata-se dos custos com os trabalhadores, utilizados diretamente na produção. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou em cada produto e o preço da mão de obra, é possível apropriá-los diretamente ao produto. Material de embalagem; Depreciação de equipamento (quando este é utilizado pra produzir apenas um tipo de produto); Energia elétrica das máquinas (quando é possível saber quanto foi consumido na fabricação de cada produto) Outros Exemplos: Fábrica de Móveis – a madeira, as chapas de compensado, o couro etc. Utilizados em cada um dos produtos fabricados, que podem ser sofás, camas, cadeiras, mesas etc. Editora ou Gráfica: o papel e as tintas utilizadas na produção de livros, revistas e demais impressos. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 18 5.2 - CUSTOS INDIRETOS – CI È o custo que não é facilmente identificado no produto, dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados aos diferentes produtos, portanto, são custos apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas e chamado de base ou critério de rateio. Ex: Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto; salário dos chefes de supervisão de equipes de produção; energia elétrica que não pode ser associada ao produto. Obs: se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos são diretos. Às vezes, o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno, valor que não compensa o trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado como Indireto. (relação custos/benefícios). Ex: gastos com verniz e cola na fabricação de móveis. Outros Exemplos: Mão de Obra Indireta – Salário do gerente da fábrica, mão de obra de manutenção, segurança e outros custos relacionados aos serviços de apoio. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. A empresa Vitória apresentou as seguintes informações: Pessoal da Produção – R$ 12.000,00 Matéria Prima – R$ 9.000,00 Salário Supervisão Produção – R$3.500,00 Segurança da Área Produtiva – R$ 1.500,00 Salários da Área Administrativa – R$ 15.000,00 Comissão de Vendas – R$ 5.000,00 Campanha Publicitária – R$ 7.000,00 A empresa Vitória nesse mês teve uma produção 3.000 unidades. Classifique e apure o total dos custos: Diretos, Indiretos, Despesas, calculando o custo unitário de cada classificação e sua representatividade percentual. Classificação Valor Total (R$) Valor Unitário (R$) % 1 Custo Direto 2 Custo Indireto 3 Despesa TOTAL Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 19 2. A empresa Demonstra S.A comprou MP no valor de R$ 100.000,00 em 2019. Os custos de mão de obra direta foram R$ 50.000,00, os custos indiretos de fabricação totalizaram R$ 30.000,00 e as despesas administrativas, comerciais e financeiras equivaleram a R$ 45.000,00. No ano em questão, as vendas totalizaram R$ 250.000,00. Considerando-se que não haja estoques na empresa, prepare uma demonstração do resultado para o ano de 2019. 3. A empresa Demonstra S.A comprou MP no valor de R$ 100.000,00 em 2019. Os custos de mão de obra direta foram R$ 50.000,00, os custos indiretos de fabricação totalizaram R$ 30.000,00 e as despesas administrativas, comerciais e financeiras equivaleram a R$ 45.000,00. No ano em questão, as vendas totalizaram R$ 250.000,00. O estoque inicial de matéria prima totalizava R$ 20.000,00 e, no final do ano, caiu para R$ 10.000,00. Com base nesses dados, prepare uma demonstração do resultado para o ano de 2019. Traduzindo a fórmula, MP significa Custo da Matéria Prima consumida no processo produtivo. EI é a sigla para Estoques Iniciais, C significa Compras do período e EF é igual e Estoque Final. MP = EI + C - EF Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 20 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS QUANTO ÀS VARIAÇÕES NO VOLUME DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS: Custos Fixos e Variáveis 5.3 - CUSTOS FIXOS – CF São aqueles custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independentemente do volume de produção. Em outras palavras, uma alteração no volume de produção para mais ou para menos não altera o valor total dos custos fixos. Exemplos: Salários e Encargos (CLT), Aluguel do prédio, imposto predial, depreciação dos equipamentos (método linear) salários de segurança e porteiros da empresa, seguros Alerta-se neste item que os custos fixos podem alterar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica sofre reajustes em determinado mês, mas não deixa de ser considerado um custo fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Principais Características dos Custos Fixos 1. O valor permanece constante dentro de determinado intervalo de volume de produção, considerado normal, ou seja, sua Capacidade Instalada. Meses Custo Fixo Total (CFt) Produção Mensal Maio R$ 120.000,00 12.000 Unidades Junho R$ 120.000,00 15.000 Unidades Julho R$ 120.000,00 20.000 Unidades 2. O valor por unidade produzida varia à medida que ocorrem variações no volume de produção, por se tratar de um valor fixo total diluído por uma quantidade maior ou menor de produção. Meses Custo Fixo Total (CFt) Volume de Produção Custo Fixo Unitário (CFu) Maio R$ 120.000,00 12.000 Unid. R$ 10,00 Junho R$ 120.000,00 15.000 Unid. R$ 8,00 Julho R$ 120.000,00 20.000 Unid. R$ 6,00 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 21 Costuma-se afirmar que o Custo Fixo permanece com os valores constantes sob diferente volume de produção. Não se pode, porém, deixar de observar que os custos fixos encontram-se relacionados a uma determinada Capacidade Instalada e, portanto, suportam variações no volume de produção até o limite da capacidade instalada. Para a empresa aumentar sua capacidade instalada, ela precisa fazer investimentos em sua estrutura, equipamentos, construções, etc, assim há um aumento em seus Custos Fixos conforme representado abaixo. Meses Custos Fixo Total Volume de Produção Custo Fixo por Unidade Maio R$ 120.000 12.000 Unidades R$ 10,00 Junho R$ 120.000 15.000 Unidades R$ 8,00 Julho R$ 120.000 20.000 Unidades R$ 6,00 Agosto R$ 200.000 25.000 unidades R$ 8,00 3. Sua alocação para os centros de custos produtivos ou aos produtos necessita, na maioria das vezes, de critérios de rateios determinados pela administração. Custo semifixos ou Custos por degraus – são fixos numa determinada faixa de produção mais que variam se houver mudança dessa faixa de produção. Ex: necessidade de supervisores de produção da Cia. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 22 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. O quadro abaixo representa o Custo Fixo e o volume de produção da empresa Guanabara. Calcule o Custo Fixo unitário de cada mês. Meses Custo Fixo Total Volume de Produção Custo Fixo por Unidade Janeiro R$ 120.000 10.000 Unid. Fevereiro R$ 120.000 17.000 Unid. Março R$ 120.000 24.000 Unid. Abril R$ 200.000 25.000 Unid. Maio R$ 200.000 28.000 Unid. 2 – Com os dados do exercício anterior, represente graficamente os Custos Fixos do período de janeiro a maio. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 23 5.4 - CUSTO VARIÁVEL - CV Características: 1 - São aqueles custos que mantêm uma relação direta com o volume de produção ou serviço e, constantemente, podem ser identificadoscom os produtos. O total dos Custos Variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta. Ex: Matéria Prima consumida. Se não houver quantidade produzida o custo variável será nulo. Meses Custo Variável Total - CVt Produção do Período Custo Variável Unitário - CVu Maio R$ 70.000 10.000 unid. R$ 7,00 Junho R$ 119.000 17.000 unid. R$ 7,00 Julho R$ 168.000 24.000 unid. R$ 7,00 CVt = CVu x Produção CVu = CVt / Produção Produção = CVt / CVu 3 – O Custo e Despesa Variável por Unidade permanece o mesmo, à medida que o volume de atividades da empresa aumenta ou diminui. Exemplo: Gêneros Alimentícios, no Restaurante, Espuma na Fábrica de Colchões, Medicamentos no Hospital.etc. Custos Semivariáveis – São aqueles que variam de acordo com o volume de produção e possuem uma parcela fixa mesmo que não haja produção ex: conta de energia elétrica da fábrica que existe uma taxa mínima, aluguel de uma copiadora, gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira (a caldeira não pode esfriar). Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 24 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. Sabendo que o CVu da empresa Andreão é 9,00, calcule o Custo Variável Total de cada mês, utilizando a formula: (CVt = CVu x Produção) preenchendo o quadro abaixo. Meses Produção do Período Custo Variável Unitário - CVu Custo Variável Total - CVt Janeiro 30.000 R$ 9,0 Fevereiro 34.000 R$ 9,0 Março 37.000 R$ 9,0 2 – Com os dados do exercício anterior represente em um gráfico o Custo Variável Total no período de janeiro a março. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 25 5.4 - CUSTO TOTAL – CT Representa o Total dos Custos da empresa, ou seja, a soma dos Custos Fixos com o Custo Variável Total. CT = CFt + CVt Considerando os dados apresentados e discutidos anteriormente sobre Custos Fixos e Custos Variáveis da Empresa Guanabara, apresentamos o quadro abaixo com as informações de custos do período. Meses Maio Junho Julho Produção 10.000 Unid. 17.000 Unid. 24.000 Unid. CFT R$ 120.000,00 R$ 120.000,00 R$ 120.000,00 CVT R$ 70.000,00 R$ 119.000,00 R$ 168.000,00 CT R$ 190.000,00 R$ 239.000,00 R$ 288.000,00 Exercício de Fixação 1 – Com os dados apresentado no quadro anterior sobre a empresa Guanabara, represente graficamente o CUSTO FIXO, CUSTO VARIÁVEL e o CUSTO TOTAL nos meses de Maio e Junho. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 26 7 - ANÁLISE DE HIPÓTESES DE COMPORTAMENTO DOS CUSTOS A partir de agora, assumiremos que o comportamento dos custos variáveis (CV) sejam diretamente proporcionais à quantidade produzida. Isto quer dizer que o custo variável unitário (CVu), ou seja, o custo variável dividido pela quantidade produzida é fixo (constante). Da mesma forma assumiremos que o Custo Fixo (CF), pela sua própria definição é constante, qualquer que seja o volume de produção. Entretanto, o custo fixo unitário (CFu), custo fixo dividido pela quantidade produzida é sempre decrescente. Quant. Custo Fixo Total Custo Variável Total Custo Total Custo Fixo Unitário Custo Variável Unitário Custo Médio Q CF R$ CV R$ CT R$ CFu R$ CVu R$ CMe R$ 0 100,00 0,00 100,00 - - - 1 100,00 10,00 110,00 100,00 10,00 110,00 2 100,00 20,00 120,00 50,00 10,00 60,00 3 100,00 30,00 130,00 33,33 10,00 43,33 4 100,00 40,00 140,00 25,00 10,00 35,00 5 100,00 50,00 150,00 20,00 10,00 30,00 ... ... ... 99 100,00 990,00 1.090,00 1,01 10,00 11,01 100 100,00 1.000,00 1.100,00 1,00 10,00 11,00 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 27 Análise do quadro construído página anterior: O Custo Fixo (CF) é sempre constante. Neste caso R$100,00 qualquer que seja o volume de produção. O Custo Fixo unitário (CFu) é sempre decrescente uma vez que seu resultado origina- se da divisão de um valor fixo por quantidades produzidas cada vez maiores. O Custo Variável (CV) é sempre crescente com o volume de produção. Se a empresa produz maior quantidade de um determinado produto, é lógico que ela vai gastar, por exemplo, mais matéria prima. O Custo Variável Unitário (CVu) é sempre constante, qualquer que seja o volume de produção (isto implica dizer que se dobrarmos a produção dobraremos também o custo com matéria –prima. (esta é uma análise gerencial de grau de comparabilidade entre os diversos custos que melhoraremos através dos gráficos descritos abaixo e da demonstração matemática dos custos até aqui explanados). PODEMOS FAZER A SEGUINTE ANÁLISE: Qual o Custo Total e o Custo Médio para uma produção de 150 e 200 unidades? Sabendo que o Custo Fixo Total é igual a R$ 700,00 e o Custo Variável Unitário é igual a R$10,00. CT = CF + CV CT = CF + CV CT = 700 + ( CVu x Q) CT = 700 + ( CVu x Q) CT = 700 + ( 10 x 150) CT = 700 + ( 10 x 200) CT = 700 + 1.500 CT = 700 + 2.000 CT = 2.200 CT = 2.700 CMe = CT / Q CMe = CT / Q CMe = 2.200 / 150 CMe = 2.700 / 200 CMe = 14,67 CMe = 13,50 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 28 ATIVIDADE COMPLEMENTAR EXERCICIO 01 a 03. ( Valor 1,0 ponto) NOME:__________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 1 - Calcule o Custo Total e o Custo Médio para uma produção de 800 e 1.100 unidades, sabendo que o Custo Fixo Total é igual a R$ 15.300,00 e o sabendo que o Custo Variável Unitário é igual a R$ 40,00. 2. Na fabricação de um produto temos Matéria Prima = R$ 30,00 por Unidade; Mão de Obra Direta = R$ 50,00 por Unidade e Custo Fixo Total de R$ 2.000,00. Com esses dados, Calcule: a) O Custo Total e o Custo Médio para uma produção de 300 unidades? b) O Custo Total e o Custo Médio para uma produção de 400 unidades? 3. A Empresa Melo tem sua capacidade instalada para 15.000 unidades mensais. Seu Custo Fixo Total é de R$ 96.000,00 e o Custo Variável unitário é de R$ 10,00. Calcule: a) O CVt, CT, CMe para uma produção de 12.000 unidades? b) O CVt, CT, CMe para uma produção de 15.000 unidades? c) Considerando os dados do exercício 3 letra a. Represente Graficamente: Custo Fixo Total, Custo Variável Total e o Custo Total da Empresa. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 29 8 - MÉTODOS DE CUSTEIO A palavra método tem sua origem grega que se originou da união de duas palavras, meta (resultado que se deseja atingir) e hodós (caminho). Segundo Wernke (2005, p.17) “É, portanto, o caminho para chegar aos resultados pretendidos”. O Custeio tem como significado atribuir valores de custos aos serviços, às mercadorias ou aos serviços prestados. Cada método de custeio possui características específicas, com isso cabe a empresa que for utilizar o método, fazer um estudo para saber qual dos métodos se adapta melhor às necessidades da empresa (WERNKE, 2005, p.17). A) Custeio por Absorção: Também é conhecido como Custeio Pleno. Esse método é derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, que consiste na apropriação de todos os custos de produção (sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis) aos bens elaborados e, só os de produção, sendo distribuídos todos os gastos relativos ao esforço da produção para todosos serviços realizados. Exemplo: A empresa EX, em um determinado mês, produziu 80.000 unidades. Os custos totais do período atingiram R$ 1.400.000. Qual é o custo do produto de acordo com o custeio por absorção? Resposta: O custo unitário seria de R4 17,50 (1.400.000/80.000). B) Custeio Variável: Também é conhecido como Custeio Direto. Esse método consiste em considerar como custo de produção do período apenas os Custos Variáveis incorridos. Os Custos Fixos, pelo fato de existirem mesmo que haja produção, não são considerados como custo da produção, mas sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período (DRE). Desse modo, o Custo dos Produtos Vendidos e os Estoques Finais de Produtos em Elaboração e Produtos Acabados só conterão Custos Variáveis. Exemplo: A empresa EX, em um determinado mês, produziu 80.000 unidades. Os custos totais do período atingiram R$ 1.400.000, sendo R$ 1.000.000 de custos fixos e R$ 400.000 de custos variáveis. Qual é o custo do produto de acordo com o custeio variável? Resposta: O custeio variável considera apenas R$ 5,00 (400.000/80.000) como sendo custos do produto. O restante (1.000.000) é custo do período. C) Sistema RKW – O sistema RKW é uma técnica disseminada originalmente na Alemanha. Consiste em alocar todas as Despesas e Custos à unidade do produto. No sistema RKW (reichskuratoriun für wirtschaftlichtkeit) além dos custos são apropriadas as despesas aos produtos. O sistema é simples, distribuem-se aos produtos os custos diretos e indiretos, pelo custeio de absorção, e as despesas de vendas, administrativas, financeiras etc. Com isto a empresa chega ao total gasto na produção e venda dos produtos, considerando os gastos antes, durante e depois da produção. Neste sistema os custos e despesas são primeiramente atribuídos aos setores/departamentos de produção e em seguida alocados nos produtos. Como ferramenta de gerenciamento de custo, este custeio servirá para como base para fixar o preço de venda do produto, uma vez que, calculados os custos e as despesas, basta adicionar a margem de lucro que a empresa espera alcançar. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 30 D) Sistema de Custos por Ordem ou Encomenda - É o sistema de custos que acumula e registra os dados e operações das empresas que trabalham sob o regime de fabricação ou prestação de serviços por encomenda. A empresa faz um orçamento do serviço ou do produto para apresentar ao cliente. Acertado com o cliente, a gerência autoriza emitindo uma ordem de serviços. A ordem de serviços deverá conter todos os dados da produção. Exemplo: Estaleiros que fabricam navios por encomenda; Oficinas gráficas que atendem às encomendas dos clientes; Firmas de auditoria que fazem auditorias diferentes em empresas diferentes; Empresas de construção civil que executam obras diferentes, etc. E) Sistema de Custos por Processo - A operação de fabricação é feita numa seqüência de vários processos independentes ou, então, numa seqüência de vários processos paralelos. O processo anterior fabrica parcialmente o produto e o transfere para o próximo passo, ou processo. São geralmente utilizados para produtos padronizados e de grande consumo, o processo de produção é comandado pela função comercial, pois depende do mercado para aceitá-lo. Exemplo: Empresas de alimentos; Fábrica de bebidas; Fabricantes de roupas; Laboratórios farmacêuticos; Produtores de cigarros; Refinarias; Empresas de transporte coletivo, etc. F) Custeio Baseado em Atividades – ABC – No custeio por atividades, as despesas devem ser separadas em contas individuais e relacionadas ao nível das atividades do centro de custos onde os recursos estão sendo consumidos, as despesas necessárias para produção de um produto ou serviço particular devem ser separadas das despesas para produzir produtos e serviços diferentes. Custo Descrisão Custo Total Descrição Custo Total Unitário Kg Salários ......................... 8.100,00 Lavar........................ 4.930,00 0,41 Consumo de Materiais..... 6.300,00 Passar..................... 9.450,00 0,79 Custos Gerais................. 3.600,00 Estocar..................... 1.620,00 0,14 Distribuir.................. 2.000,00 0,17 Total............................... 18.000,00 Total............................... 18.000,00 Custo Unitário do Kg 18.000 / 12.000 = 1,50 PRODUÇÃO DA EMPRESA EM DE ROUPA LAVADA 12.000 Kg Custo Unitário do Kg 1,50 LAVANDERIA LAVANDERIA ABORDAGEM TRADICIONAL CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 31 9 - RATEIOS E RESULTADO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO O Custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como Custos Diretos ou Indiretos, Fixos ou Variáveis, da estrutura ou operacionais. CRITÉRIOS DE RATEIO • Refere-se ao ato de alocar custos ocorridos e registrados em uma área para outra. São os custos indiretos da produção, esses custos são geralmente a complementação da apropriação dos custos dos serviços, geralmente são decorrentes do uso das instalações controle e supervisão. • Normalmente são apropriados aos outros centros de custos, relacionando-se o montante desse custo com um valor ou uma referência estatística que compreenda uma especificação ou relação direta com o produto ou serviço para o qual está sendo calculada a apropriação dos referidos custos indiretos de produção. Eventos Critérios de Rateios 1. Custo com Aluguel = M2 de área ocupada. 2. Manutenção = Horas de manutenção utilizadas. 3. Suprimentos = Nº de pedidos ao Almoxarifado 4. Limpeza = Metragem limpa x Freqüência. 5. Gerência de Produção = Volume Produzido em cada Área. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 32 EXEMPLO PRÁTICO A Cia Pasteurizadora Vitória produz leite dos tipos C e B, conhecida no mercado por Vitória e Vitória SUPER, respectivamente. O quadro a seguir demonstra os CUSTOS DIRETOS e INDIRETOS de Produção. PRODUTOS CUSTOS DIRETOS C. INDIRETOS CUSTO TOTAL TIPO B TIPO C MÃO DE OBRA 12.900,00 20.300,00 33.200,00 EMBALAGEM 10.500,00 15.100,00 25.600,00 MATÉRIA PRIMA 19.142,00 45.700,00 64.842,00 ALUGUEL 18.500,00 18.500,00 MANUTENÇÃO 35.200,00 35.200,00 SUPRIMENTOS 26.600,00 26.600,00 LIMPEZA 11.700,00 11.700,00 GERENCIA DE PRODUÇÃO 37.300,00 37.300,00 TOTAL DE CUSTOS 42.542,00 81.100,00 129.300,00 252.942,00 PRODUÇÃO EM LITROS NO PERÍODO ANALIZADO: LEITE Tipo C: 389.786 litros LEITE Tipo B: 163.262 litros. CRITÉRIOS DE RATEIO PARA OS PRODUTOS Dados coletados no período na Cia. Pasteurizadora. PRODUTOS M2 de Área Ocupada Horas de Manutenção Nº Pedidos Almoxarifado M2 x Freq. Nº de Funcionários TIPO B 1.000 725 300 22.000 150 TIPO C 1.500 430 530 33.000 250 TOTAL 2.500 1.155 830 55.000 400 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 33 1 - Alocar os Custos Indiretos para os produtos através dos critérios de Rateio. CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS PARA OS PRODUTOS ALUGUEL PRODUTOS M2 de Área Ocupada % Aluguel = R$ 18.500,00 Leite Tipo B 1.000 40,0% R$ 7.400,00 Leite Tipo C 1.500 60,0% R$ 11.100,00 TOTAL 2.500 100,0% R$ 18.500,00 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS PARA OS PRODUTOS SERVIÇO DE MANUTENÇÃO ITENS Horas de Manutenção % Manutenção = R$ 35.200 Leite Tipo B 725 62,77% R$ 22.095,24 Leite Tipo C 430 37,23% R$ 13.104,76 TOTAL 1.155 100,0% R$ 35.200,00CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS PARA OS PRODUTOS SETOR DE SUPRIMENTOS PRODUTOS Pedidos do Almoxarifado % Suprimentos = RS 26.600,00 Leite Tipo B 300 36,14% R$ 9.614,46 Leite Tipo C 530 63,86% R$ 16.985,54 TOTAL 830 100,0% R$ 26.600,00 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 34 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS PARA OS PRODUTOS SERVIÇO DE LIMPEZA. PRODUTOS M2 x Dias % Limpeza = R$ 11.700,00 Leite Tipo B 22.000 40,00% R$ 4.680,00 Leite Tipo C 33.000 60,00% R$ 7.020,00 TOTAL 55.000 100,0% R$ 11.700,00 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS PARA OS PRODUTOS GERÊNCIA DE PRODUÇÃO PRODUTOS N° de Funcionários % Gerência Produção = R$ 37.300,00 Leite Tipo B 150 37,50% R$ 13.987,50 Leite Tipo C 250 62,50% R$ 23.312,50 TOTAL 400 100,0% R$ 37.300,00 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 35 RELATÓRIO DE CUSTO POR TIPO DE LEITE LEITE TIPO B Produção Litros 163.262 Litros Itens Custo Total Produção Custo por Litro % Custos Diretos R$ 42.542,00 R$ 0,260 42,35 - Mão de Obra R$ 12.900,00 R$ 0,079 12,87 - Embalagem R$ 10.500,00 R$ 0,064 10,42 - Matéria Prima R$ 19.142,00 R$ 0,117 19,06 Custos Indiretos R$ 57.777,20 R$ 0,354 57,65 - Aluguel R$ 7.400,00 R$ 0,045 7,33 - Manutenção R$ 22.095,24 R$ 0,135 21,99 - Suprimentos R$ 9.614,46 R$ 0,059 9,61 - Limpeza R$ 4.680,00 R$ 0,029 4,72 - Geren. Produção R$ 13.987,50 R$ 0,086 14,00 TOTAL CUSTOS R$ 100.319,20 R$ 0,614 100 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 36 RELATÓRIO DE CUSTO POR TIPO DE LEITE LEITE TIPO C Produção Litros 389.786 Litros Itens Custo Total Produção Custo por Litro % Custos Diretos R$ 81.100,00 R$ 0,208 53,06 - Mão de Obra R$ 20.300,00 R$ 0,052 13,26 - Embalagem R$ 15.100,00 R$ 0,039 9,95 - Matéria Prima R$ 45.700,00 R$ 0,117 29,85 Custos Indiretos R$ 71.522,80 R$ 0,184 46,94 - Aluguel R$ 11.100,00 R$ 0,028 7,14 - Manutenção R$ 13.104,76 R$ 0,034 8,67 - Suprimentos R$ 16.985,54 R$ 0,044 11,23 - Limpeza R$ 7.020,00 R$ 0,018 4,59 - Gerência Produção R$ 23.312,50 R$ 0,060 15,31 TOTAL R$ 152.622,80 R$ 0,392 100 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 37 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS Considerando que a empresa venda toda sua produção mensal de leite conforme os preços abaixo, segue o Demonstrativo de Resultado – DRE. Preço de Venda por Litro. Leite Tipo C = R$ 0,75 Leite Tipo B = R$ 1,05 Produção e Venda Leite Tipo C = 389.786 litros Produção e Venda Leite Tipo B = 163.262 litros Despesas: Administrativas = R$ 50.300 Financeiras = R$ 27.500 Comerciais = R$ 45.200 Total = R$ 123.000 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO - DRE ITENS Leite Tipo B Leite Tipo C Total % RECEITA 171.425,10 292.339,50 463.764,60 100% Cus. Diret. 42.542,00 81.100,00 123.642,00 26,66% Cus. Indir. 57.777,20 71.522,80 129.300,00 27,88% Lucro Bruto 71.106,00 139.717,00 210.822,60 45,46% Despesas Adm / Finan / Comer. 123.000,00 26,52% Resultado Operacional 87.822,60 18,93% Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 38 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. A Fábrica de Roupas Glória, produz calças e camisas masculinas para vendas em atacado. No mês de julho apresentou os seguintes dados: PRODUTOS CUSTOS DIRETOS C. INDIRETOS CUSTO TOTAL CALÇA CAMISA MÃO DE OBRA 7.000,00 6.500,00 13.500,00 TECIDO 5.000,00 4.800,00 9.800,00 OUTROS 1.500,00 1.200,00 2.700,00 SEGURANÇA 10.000,00 10.000,00 GERENCIA DE PRODUÇÃO 5.000,00 5.000,00 SERVIÇOS GERAIS 7.000,00 7.000,00 MANUTENÇÃO MÁQUINAS 3.000,00 3.000,00 TOTAL DE CUSTOS 13.500,00 12.500,00 25.000,00 51.000,00 Produção do Período Calças – 1.900 Camisas – 2.500 Dados para Rateio dos Custos Indiretos Produtos M2 de Área Ocupada Horas de Trabalho das Máquinas Produção N° de Funcionários CALÇAS 100 1.408 1.900 8 CAMISAS 140 1.056 2.500 6 TOTAL 240 2.464 4.400 14 Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 39 Calcule: 1. Faça o Rateio dos Custos indiretos de acordo com os critérios de rateio apresentados. 2. Calcule o Custo por Absorção Total e Unitário e o percentual de cada evento, para Calças e Camisas. 3. Apresente o Demonstrativo de Resultado - DRE do período. RATEIOS DOS CUSTOS INDIRETOS ITENS Segurança Calças Camisas TOTAL ITENS Gerencia Produção Calças Camisas TOTAL ITENS Serviços Gerais Calças Camisas TOTAL Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 40 ITENS Manutenção Máquinas Calças Camisas TOTAL RELATÓRIO DE CUSTOS POR PRODUTO CALÇAS PRODUÇÃO 1.900 Itens Custo Total Produção Custo Unitário % Custos Diretos Custos Indiretos TOTAL Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 41 RELATÓRIO DE CUSTOS POR PRODUTO CAMISAS PRODUÇÃO 2.500 Itens Custo Total Produção Custo Unitário % Custos Diretos Custos Indiretos TOTAL Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 42 3 - Considerando que a Fabrica de Roupas Gloria venda toda sua produção mensal, conforme os preços abaixo, monte o Demonstrativo de Resultado – DRE. Preço de Venda por Produto. Calça = R$ 17,50 Camisa = R$ 15,50 Produção de Calças: 1.900 unidades Produção de Camisas: 2.500 unidades Despesas: Administrativas = R$ 2.300,00 Financeiras = R$ 500,00 Comerciais = R$ 5.200,00 Total = R$ 8.000,00 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO - DRE ITENS Calças Camisas Total % RECEITA Custo Direto Custo Indireto Lucro Bruto Despesas Adm / Finan / Comer. Resultado Operacional Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 43 10 ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO 10.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Margem de Contribuição é um conceito de extrema importância para o custeio variável e para a tomada de decisões gerenciais. Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos variáveis. Representa o lucro variável. Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. A MC corresponde à diferença entre o valor da receita total e o custo variável, cuja expressão compreende a parcela de contribuição do produto ou serviço destinada à cobertura do custo fixo e à geração de resultados, caso o montante da referida contribuição seja superior ao valor do custo fixo. Onde: MCt = margem de contribuição total; Rt = Receita Total; CVt = Soma dos custos variáveis total. Margem de Contribuição Unitária A Margem de Contribuição Unitária, corresponde a diferença entre o Preço de Venda Unitário e o Custo Variável Unitário, ou seja, quanto cada produto contribui para cobertura do custo fixo e a geração da receitapara a empresa. Suponha-se um produto X cujo preço de venda unitário seja $ 20,00 e custos variáveis sejam $ 12,00 sua Margem de Contribuição unitária será R$ 8,00 A margem de contribuição unitária é dada pela fórmula: Onde: MCu = margem de contribuição unitária; PVu = preço de venda unitário; CVu = soma dos custos variáveis unitários. Assim, pode-se entender margem de contribuição como a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá, daí seu nome, para a absorção dos custos fixos e, ainda, para a formação do lucro. MCu = PVu - CVu MCt = Rt - CVt Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 44 Para facilitar o entendimento, vamos fazer o cálculo da Margem de Contribuição Unitária e assim chegando a Margem de Contribuição Total. A Empresa Goiabada Boa, produz mensalmente 1.000 quilos de goiabada para exportação. Se o Custo Variável por Kilo é de R$12,00 e o Preço de Venda por Kilo é R$20,00, qual o Margem de Contribuição Unitária e a Margem de Contribuição Total da Empresa? Solução: MCu = PVu - CVu MCu = 20,00 - 12,00 = 8,00 Descrição R$ % (+)PVu 20,00 100% ( -) CVu 12,00 60% = MCu 8,00 40% MCt = RLt - CVt MCt = 20.000,00 - 12.000,00 = 8.000,00 Descrição R$ % (+) Receita Total 20.000,00 100% ( -) CV total 12.000,00 60% = MC total 8.000,00 40% A utilização do conceito de MC permite uma série de aplicações gerenciais de inquestionável relevância para tomada de decisão. Entre essas oportunidades, são apresentadas ilustrações sobre a decisão ao preço dos serviços sob condições de capacidade ociosa, e quanto ao efeito nos resultados de diferentes mix de vendas. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 45 Descrição Serviço A Serviço B TOTAL Rec. Líquida 100.000 100% 100.000 100% 200.000 100% ( -) CVt 60.000 60% 40.000 40% 100.000 50% Mar. Contrib. 40.000 40% 60.000 60% 100.000 50% ( - ) Custos Fixos 80.000 40% Resultado Operacional 20.000 10% Com a compreensão da conceituação da MC a resposta é obvia – o aumento das vendas do serviço de maior índice de contribuição refletirá em melhor resultado operacional. Ao aumentar a participação do serviço A , a influência reduzirá o lucro da empresa de R$ 20.000,00 para R$ 16.000,00. Descrição Serviço A Serviço B TOTAL Rec. Líquida 120.000 100% 80.000 100% 200.000 100% ( -) CVt 72.000 60% 32.000 40% 104.000 52% Mar. Contrib. 48.000 40% 48.000 60% 96.000 48% ( - ) Custos Fixos 80.000 40% Resultado 16.000 8,0% Quanto aumenta a participação de B, a influência aumentará o lucro de R$ 20.000,00 para R$ 24.000,00. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 46 Descrição Serviço A Serviço B TOTAL Rec. Líquida 80.000 100% 120.000 100% 200.000 100% ( -) CVt 48.000 60% 48.000 40% 96.000 48% Mar. Contrib. 32.000 40% 72.000 60% 104.000 52% ( - ) Custos Fixos 80.000 40% Resultado Operacional 24.000 12% Pode-se observar que nos três casos apresentados, não houve alteração na receita total (R$ 200.000,00). Entende-se que a Margem de Contribuição pode influenciar no lucro independente do volume total de vendas do período. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 47 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Os exercícios abaixo simulam situações em que o administrador precisa tomar decisões que envolvem o entendimento de Análise de Custo x Volume x Lucro. Decisões que podem representam lucros ou prejuízos operacionais. 1 – A empresa fabricante de calcados masculinos apresentou as seguintes informações: Custos Fixos: R$ 50.000,00 Custo Variável Unitário: R$ 26,00 Volume Vendido: 4.000 unidades Preço de Venda: R$ 70,00 por unidade. A) Apresente o Resultado Operacional da empresa no mês? A Margem de Contribuição Total em valores e em percentual? B) O Setor de Marketing esta propondo reduzir o Preço de Venda para R$ 60,00 pois com essa redução há uma expectativa de aumento no volume de vendas para 5.000 unidades. O Administrador deve aceitar a proposta? Faça uma análise e justifique sua resposta. DRE A TENS R$ % (+)Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg.Contribuição ( - ) C.Fixo total Resultado Operacional DRE B ITENS R$ % (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg.Contribuição ( - ) C.Fixo total Resultado Operacional Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 48 2 – O fabricante de aparelhos telefônicos apresentou no mês de Janeiro/xx as seguintes informações: Custos Fixos: R$ 187.700,00 Custos Variável por Unidade - R$ 47,50 Volume produzido e Vendido Mensal: 7.120 unidades Preço de Venda – R$ 90,00 por unidade. A) Qual o Resultado Operacional da empresa no mês? Qual a Margem de Contribuição Total em valores e em percentual? B) O Setor de Marketing esta propondo reduzir o Preço de Venda para R$ 85,00 , pois com essa redução há uma expectativa de aumento no volume vendido para 8.900 unidades. O Administrador deve ou não aceitar a proposta? Faça uma análise e justifique sua resposta. DRE A (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg.Contribuição ( - ) C.Fixo total Resultado Operacional DRE B (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg.Contribuição ( - ) C.Fixo total Resultado Operacional Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 49 3 – A Empresa Melo produziu 10.000 unidades no mês de março e apresentou as informações abaixo relacionadas: Custo Fixo : R$ 66.000,00 Custos Variáveis Unitários – R$ 13,00 Preço de Venda Unitário – R$ 24,00 A) a) Qual o Resultado Operacional Atual? Qual a Margem de Contribuição em valores e em percentual? DRE A (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg.Contribuição ( - ) C.Fixo total Resultado Operacional B) A empresa recebeu uma proposta para um novo contrato de 2.000 unidades mensais, com redução do Preço Venda unitário para R$ 18,00. A empresa tem condições de produzir, pois havia ociosidade em sua capacidade instalada. Calcule o resultado com o novo contrato e responda se é vantajoso aceitar o contrato. Produção (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg. Contribuição Custos Fixos Resultado Operacional Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 50 ATIVIDADE COMPLEMENTAR EXERCICIO 04 e 05 (Valor 1,0 pontos) 4 – A Empresa Melo produziu e vendeu 12.000 unidades no mês de abril e apresentou as seguintes informações: Custo Fixo Total: R$ 80.000 Custo Variável: R$ 20,00 Preço de Venda Unitário: R$ 27,00 Calcule: a) – Faça a DRE do mês de março. b) A empresa recebeu uma proposta para um novo contrato de 3.000 unidades mensais, a um Preço Venda unitário de R$ 19,00. Sabendo que havia ociosidade em sua capacidade instalada, a diretoria da empresa solicitou uma análise da contabilidade de custos quanto à viabilidade de aceitar ou não o contrato. Monte a DRE da empresa projetando o resultado com o novo contrato, e faça uma análise do resultado obtido. DRE A (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg.Contribuição ( - ) C.Fixo total Resultado Operacional DRE B Produção (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg. Contribuição Custos Fixos Resultado Operacional Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 51 5) A Fabrica de bolsas Sudeste, possui uma capacidade instalada de 60.000 unidades mês. Apresentou no mês de Setembro, as seguintesinformações de custos e resultados: Custo Fixo Total: R$ 60.500,00 Custo Variável Unitário - R$ 28,00 Volume produzido e Vendido - 5.000 unidades Preço de Venda – R$ 45,00 por unidade. a) Qual o Resultado Operacional Atual? Qual a Margem de Contribuição em valores e em percentual? b – A empresa possui capacidade ociosa e recebeu uma proposta para aumentar o volume de produção e vendas com um novo contrato de 1.500 unidades mensais, a um Preço Venda unitário de R$ 38,00 .O presidente da fabrica está em dúvida se aceita o novo contrato e solicitou a uma análise a contabilidade de custos. Faça uma análise e justifique sua resposta. DRE A (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg.Contribuição ( - ) C.Fixo total Resultado Operacional 12.1 DRE B Produção (+) Receita Vendas ( - ) C.Var. total Marg. Contribuição Custos Fixos Resultado Operacional Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 52 10.2 - PONTO DE EQUILÍBRIO ( BREAK EVEN POINT): PONTO DE EQUILÍBRIO – O conceito de ponto de equilíbrio representa uma valiosa ferramenta de gestão dos resultados operacionais da empresa. Expressa o nível de atividades em que o resultado operacional da empresa é zero. A expressão ponto de equilíbrio refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, ou seja, no qual os gastos totais (custos totais + despesas totais) são iguais às receitas totais. Em decorrência dessa conceituação, fica claro que a empresa deverá operar com volumes de produção e vendas acima do ponto de equilíbrio para obter resultados positivos. Quaisquer volumes abaixo desse ponto, fatalmente propiciarão prejuízos. O ponto de equilíbrio é também denominado de ponto de ruptura (break-even point); em outras palavras, o equilíbrio equivale ao nível mínimo de vendas que uma empresa deve realizar para não incorrer em prejuízo. GRÁFICO DO PONTO DE EQUILÍBRIO Fonte: Martins, Eliseu, 2001. A reta do custo total é composta pela soma dos custos fixos, variáveis e despesas da empresa. O ponto de equilíbrio é a intercessão entre a reta da receita com a reta dos custos total, ou seja onde o valor da receita é igual ao valor dos custos. Com o volume de produção acima do ponto de equilíbrio, a receita fica maior do que os custos, onde temos a área de lucro. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 53 10.3 CÁLCULANDO A QUANTIDADE NO PONTO DE EQUILÍBRIO A quantidade no ponto de equilíbrio é igual ao Custo Fixo Total (CFt) dividido pela Margem de Contribuição Unitária (MCu = PVu – CVu). A divisão do CFt pela MCu nos dá a quantidade de produtos necessários para cobrir os custos fixos. CVuPVu CF Qpe Exemplo: Preço de venda = R$ 10,00 Custo Variável Unitário = R$ 6,00 Custo Fixo Total = R$ 2.000,00 Ponto de Equilíbrio = . 2.000,00 = 2. 000,00 = 500 (10 – 6 ) 4 Quantidade no PE = 500 unidades. Vamos testar a solução. No PE, o lucro deve ser nulo: ( + ) Receita Total = 5.000,00 (500 X 10,00) ( - ) Custo Variável Total = 3.000 (500 X 6,00) ( = ) Margem de Contribuição = 2.000 ( 5.000 – 3.000) ( - ) Custo Fixo Total = 2.000 ( = ) Lucro Líquido = ZERO Com a formula indicada calcula-se o ponto de equilíbrio sob a expressão de quantidades físicas volume de produção ou serviços. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 54 EXEMPLO: A clínica radiológica especializada em raio x de tórax, apresentou os seguintes dados no mês de fevereiro/19: CFt = R$ 67.500,00 CVu = R$330,00 PVu = R$ 600,00, já abatida as deduções. Qual a quantidade para gerar o ponto de equilíbrio operacional? CVuPVu CF Qpe = 10.4 CÁLCULANDO A RECEITA NO PONTO DE EQUILÍBRIO A Receia no ponto de equilíbrio é igual ao Custo Fixo Total (CFt) dividido pela Índice da Margem de Contribuição Total, que é representado pela equação a seguir: PVu CVu CF RL 1 EXEMPLO: Tomando como exemplo a clínica radiológica especializada em raio x de tórax, e os dados apresentados em fevereiro/11 calcule o ponto de equilíbrio em Receita Liquida? CFt = R$ 67.500 CVu = R$ 330,00 PVu = R$ 600,00 PVu CVu CF RL 1 = Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 55 10.5 PROJETANDO O LUCRO OPERACIONAL Tanto ao nível da quantificação física quanto à expressão monetária da receita, é possível alcançar cálculos sob diferentes níveis de atividades operacionais, ou seja, a formulação indicada não está restrita ao parâmetro do ponto de equilíbrio. Neste sentido, suponha que os dirigentes da clínica estejam interessados em saber qual o volume de atendimentos ou valor da receita, não apenas para alcançar o PE, mas para obter determinado lucro. Informações: CFt = R$ 67.500 CVu = R$ 330,00 PVu = R$ 600,00 Para este tipo de resposta, basta adequar a equação para a seguinte forma: CVuPVu LucroCF Q = O Resultado Operacional pretendido pela clínica é de R$ 13.500. Calcule a quantidade de atendimentos e a receita total para atingir o objetivo? PVu CVu LucroCF RL 1 = Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 56 10.6 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS CUSTOS Represente Graficamente os Custos a Receita Total e o PE da Clinica Radiológica, considerando a Receita, Custos e quantidade no Ponto de Equilíbrio. Custo Fixo: R$ 67.500,00 Custo Variável Unitário: R$ 330,00 Preço de Venda unitário: R$ 600,00 Quantidade no ponto de Equilíbrio: 250 exames. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 57 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. A Industrial fabricante de Goiabada, apresentou os seguintes dados referente a sua produção do mês de agosto: Custos FixoTotal: R$ 60.000 Custo Variável por Kg: R$ 4,00 Preço de Venda por Kg: R$ 10,00 a) Calcule o Ponto de Equilíbrio Operacional em Quilograma e em Valores; b) O dono da fábrica pretende obter um lucro operacional de R$ 70.000 mensal. Qual a quantidade, em Kg, e qual a receita total para conseguir esse lucro? c) Represente graficamente os Custos, a Receita Total, o PE e o Resultado Operacional. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 58 2. A Transportadora Nacional trabalha transportando brita em uma pedreira, apresentou as seguintes informações no mês de Julho. Custo Fixo Total : R$ 90.000,00 Custo Variável por tonelada: R$ 100,00 Preço por tonelada transportada: R$ 300,00 a) Calcule o Ponto de Equilíbrio Operacional em Toneladas e em Valores; b) O dono da transportadora pretende obter um lucro operacional de R$ 120.000 mensal. Qual a quantidade em toneladas, e a receita total para conseguir esse lucro? c) Represente Graficamente os Custos, a Receita Total, o PE da empresa. Administração de Custos – Professor: Aloísio Calve – Faesa Campus Cariacica Página 59 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 1. De acordo com o PE, qual é o valor das vendas e da MC da empresa Ferraz, tendo ela um custo variável de R$30.000,00, o custo fixo de R$25.000,00 e um lucro predeterminado de R$ 10.000,00. Qual o valor das vendas e a margem de contribuição? VENDAS = ? CUSTO VARIAVEL = 30.000,00 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO = ? CUSTO FIXO = 25.000,00 LUCRO LIQUIDO = 10.000,00 2. A empresa Mello vende 1.000 unidades de seu produto
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