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Direito Civil II · Fato jurídico: Cria, modifica e extingue direitos Fato natureza Ato jurídico Sentido estrito DEVE SER lícitoEu consigo atribuir a alguém? Sim: ato jurídico Não: Fato jurídico (sentido estrito) · Ato meramente lícito: Não é proibido nem permitido por lei. Não cria, modifica ou extingue direitos (é um ato jurídico) · Negócio jurídico: Manifestação da vontade que cria, altera e modifica direitos. 1. O comportamento não causou reflexos: Meramente lícito 2. Criou, alterou e extinguiu direito: Negócio jurídico Ato ilícito: antijurídico · Negócio jurídico Deve ser baseado na vontade do agente, NÃO podendo ser viciada ou forçada. A vontade DEVE SER das duas partes. Prestação: pode ser de dinheiro ou bem Efeito Ex voluntante: produz eficácia pela vontade do agente · Ato-fato jurídico: Fato jurídico qualificado pela ação humana sem a essência de realizar um fato jurídico Conceito Categoria intermediária que fica entre o ato da natureza e a manifestação da ação humana. Segundo Pontes de Miranda: consiste num fato jurídico qualificado pela atuação humana produtor de efeitos que é desprovida de voluntariedade e consciência. É a manifestação da vontade que despreza a capacidade do agente, preocupando-se apenas com a legitimidade dos efeitos produzidos. Requisitos: 1. Existência 2. Validade Elementos essenciais e necessários (art 104) 3. Eficácia 1- Plano de existência Declaração da vontade (Doutrinas) Objeto Forma – mediante escritura pública reconhecida por cartório “Quem não registra não é dono” 2- Plano de validade Agente capaz Objeto lícito, possível, determinado ou determinável Forma prescrita ou não defesa em lei 3- Plano de eficácia Existência Manifestação da vontade –Princípio da autonomia privada Art. 110 Liberdade do indivíduo de realizar negócios da melhor forma desde que não interfira terceiros. -Princípio da boa fé Há de ser livre e não impregnada de maléficos (a vontade) Validade Agente emissor DEVE SER capaz (+18; não enquadrado no art. 4) Gozar de competência para o ato (ter autorização para realizar o ato) Art. 105 – Apenas se uma das partes for relativamente incapaz Art. 115 É legal (pai responde pelo filho) ou voluntária (convencionada entre as partes) Art 116 O que o representante fizer produzirá efeitos no representado. OBS: Caso ele ultrapasse limites terá que arcar com as consequências Art. 117 Substabelecimento pode ser com reserva ou sem - um advogado passa o caso p/ outro Art.118 Caso o representante haja com excesso irá gerar responsabilidade Art. 119 Se de tal fato haja conhecimento do conflito de interesse o negócio é anulável Art. 120 Representação Legal: determinada por lei Voluntária/Convencional: contrata/indica alguém para representar · Teoria pleuteana (eficiência, eficácia, validade) Eficácia imediata Resultado concreto do negócio jurídico – Institutos que possibilitam a manipulação dessa eficácia Condições Termos Encargos Imediato Futuro e incerto Futuro e certo Condições Suspensiva: Não produz efeito; quando começa a produzir ela é suspensa Resolutiva: Produz efeito; c/ uma condição se extingue Exemplos Resolutiva: Financiamento de uma casa pelo banco (quando acaba a dívida o negócio j se extingue) Suspensiva: Compra de um carro e é combinado ser entregue após o pagamento de uma caução. Termos Termo inicial: igual a suspensiva, porém é algo certo (ex: doação após dia 02/01) Termo final: Igual a resolutiva, porém é algo certo (ex: te entrego o carro no final de semana) Encargos É uma tarefa, um ônus que o donatário tem que cumprir em virtude de uma liberdade recebida, o detalhe importante é que um mero descumprimento não resolve automaticamente os efeitos da liberdade na qual os encargos foram propostos. Exemplo Doou a você minha casa com o encargo de você cuidar do meu cachorro Quando é feito essa doação produz efeito imediato pois você já recebe a doação com o encargo. Para quem faz o negócio conseguir cancelar é preciso requerer a anulação do mesmo. (Pode ou não ser anulado)Usufruto Ex: os pais se divorciam, é decidido o usufruto do imóvel dos filhos para a mãe enquanto ela estiver viva. · Vícios do negocio jurídico I. Vontade ou consentimento (gera anulação do negócio jurídico) i) Erro: falsa percepção da realidade (gera anulação no prazo de 4 anos). Art. 138 ii) Dolo: Consequência. Art. 145 iii) Coação: moral/relativa/vis compulsiva - Diferença da contagem Absoluta/física/vis absoluta iv) Lesão. Art. 157 v) Estado de perigo. Art. 156 Coação – Em ambas é anulável Moral: A parte/fato sempre vai deixar uma opção de fazer ou não - Prazo de 4 anos contados a partir de quando cessou a coação Absoluta: Não tem como recusar (despido de vontade) Lesão Elemento objetivo: Onerosidade excessiva Elemento subjetivo: Situação de necessidade ou uma inexperiência (desproporcionalidade) Estado de perigo Elemento objetivo: uma onerosidade excessiva, ou seja, um grande prejuízo Elemento subjetivo: o qual levou essa pessoa a realizar o negócio jurídico. Uma situação que está forçando a realizar o negócio. Devem estar presentes os dois elementos – É necessário provar que a outra parte tinha o conhecimento · Fraude contra credores Não precisa de notificação judicial A primeira coisa a ser afetada é o patrimônio É um ato malicioso do devedor · Simulação Prevista no art.167 traz a ideia de fingir, de enganar, ou seja, um negocio jurídico mentiroso. Existindo um desacato entre a vontade do contratante e realmente o que foi pensado. Torna o negócio jurídico nulo e o prazo anulação é inexistente, pois ele é nulo. Prescrição e Decadência - Art. 205 e 206 ANTES: Prescrição NÃO põe fim ao direito de ação · O direito de ação é indispensável, é garantido pelo principio da inafastabilidade, do provimento jurisdicional · Está relacionada com o direito de ir buscar o judiciário e não depende de prazo/razão. Prescrição É a perde de pretensão da reparação de um direito violado em virtude da inercia de seu titular no prazo previsto em lei. Pretensão É o poder de exigir do outro coercitivamente o cumprimento de um determinado dever jurídico, o cumprimento de uma determinada prestação. Pretensão está relacionada com a obrigação, é o prazo para que possa cobra-la NÃO existe prescrição convencional, os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes. O prazo pode ser renunciado expressamente ou tacitamente = pagar uma dívida. A dívida prescrita não anula a obrigação. (Absolutium retendium) – Renuncia expressa Art. 191 e 192 · O prazo taxativo não existe a prescrição convencional - Mas é possível renunciar de forma tácita ou expressa. O juiz pode reconhecer de oficio – sem a manifestação da parte contrária. OBS: se renúncia NÃO prescreve · A divida continua a existir – se o devedor quitar a divida mesmo ela estando prescrita ele não pode recorrer (não pode ter o dinheiro de volta) Requisitos para renúncia de prescrição · Só se renuncia após o recurso do prazo · Não pode prejudicar terceiros · Princípio da operabilidade (art. 205 e 206) – Primeiro deve olhar no especifico para depois olhar no geral. STJ que toma conta da prescrição (Jurisprudência) · Impedido - Nem começou · Suspenso - Temporário (volta de onde começou) · Interrupção - Tem que começar tudo de novo (doutrina e jurisprudência) · A prescrição pode ser declarada em ofício – sem manifestação da parte contrária A prescrição NÃO livra da obrigação · Causas de suspenção/interrupção e impedimento interferem diretamente no prazo prescricional. · Interrupção – causas especificas (prazo pode ou não ter começado) – em regra começou. · Prazo = 3 anos. · Só pode ocorrer 1 vez – TAXATIVA · Prazo Intercorrente = Pra inicial – é feito a contagem do mesmo prazo. · Prescrição contra menor (art. 198, I) · Absolutamente incapaz (art. 3º) · Não corre contra menor · Corre a favor Prescrição Pretensão Direito subjetivo Decadência Direito potestativo(poder de provocar mudança na esfera jurídica de outrem – esse outrem estará em processo de sujeição) - unilateral · Prazo = na coação ele começa quando cessa (termo inicial) · 180 dias – difícil constatação · 30 dias – fácil constatação · Ao mudar esse tempo (ex: 1 ano) = prazo de decadência – nunca será abaixo do que está na lei. M2 · Responsabilidade civil objetiva e subjetiva · Toda manifestação humana traz uma responsabilidade civil · Iniciou-se nas sociedades antigas · D. Civil vem para normalizar as responsabilidades – Antigamente eram tratadas diretamente entre as pessoas (vingança privada 1º fase) e não pela legislação. · Romano = Lei das 12 tábuas – olho por olho, dente por dente · Responsabilidade voltada na proporção 2º fase · França – Ideia de culpa – “´quem é o culpado” – Noção de culpa 3º fase · Sec. XX – Busca-se a responsabilidade e traz uma ideia de responsabilidade civil pecuniária – entra a pena de multa · Responsabilidade jurídica = viola uma norma pré-existente – gera o dever de reparar Responsabilidade = Atribuir consequências de um ato danoso de um agente que infringiu uma norma. Responsabilidade Civil = Consequência jurídica de reparar o dano (patrimonial) que foi causado a outrem – surge do descumprimento de uma ação em uma lei ou contrato. Reparação moral = indenização – quantificado de acordo com a vitima/caso – estética Responsabilidade civil objetiva Responsabilidade civil subjetiva = regra geral · Normal jurídica pré-existente – violação de uma conduta humana. Responsabilidade civil. · Responsabilidade contratual – “Quebra” do contrato – causa dano a outro em virtude do descumprimento SUBJETIVA Devem estar presentes 4 elementos para poder indenizar · Conduta · Dano · Nexo causal · Culpa – excluir a culpa já não tem o dever de indenizar. OBJETIVA Devem estar presentes 3 elementos para poder indenizar · Fato/Conduta · Dano · Nexo causal Independe da culpa = elemento estranho Ex: Carro locado = a empresa cobre o dano, porém é feito o pedido de ressarcimento – salvo em caso de seguro; ele mesmo ressarce a empresa. Não se confunde c/ responsabilidade civil pública presumida.
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