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DEFINIÇÕES E ACEPÇÕES DA PALAVRA DIREITO DEFINIÇÃO DE DIREITO Conjunto de NORMAS de conduta para regular as relações sociais seguindo o viés da justiça; DEFINIÇÃO DE DIREITO POR PAULO NADER: É um conjunto de normas de conduta social, imposto coercitivamente pelo Estado, para a realização da segurança, segundo os critérios de justiça. ACEPÇÕES DA PALAVRA DIREITO: Objetivo: Pode ser entendido como a NORMA propriamente dita. Subjetivo: Possibilidade que a norma dá de um indivíduo exercer determinada conduta descrita na lei. Natural: É um Direito espontâneo, originado da própria natureza social do homem e que é revelado pela conjugação da experiência e razão. Positivo: É o conjunto de princípios e regras que regem a vida social de determinado povo em determinada época. Direito institucionalizado pelo Estado. UNIVERSIDADE TIRADENTES DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DO DIREITO MONITORIA MONITORA: LIZ EMANUELLE DO AMOR CARDOSO NÍVEL CARGA HORÁRIA ORIENTADORA: GEILSA ALVES ALMEIDA I 12H NOMINAIS Etimológica: Explica a origem da palavra. Semânticas: Conformidade com a lei. FORMA DE GARANTIR A HARMONIA DA SOCIEDADE Ex: O direito não permite duelo. Ex: O comprador tem o direito de receber a coisa comprada. Ex: O direito à VIDA e à LIBERDADE. Ex: Constituição Federal. Como ciência: Estuda o fenômeno jurídico. Essa ciência busca sistematizar o conhecimento sobre tal fenômeno, a fim de torná-la compreensível e manipulável. Como Justiça: Utilizado para avaliar um fato conforme o critério do JUSTO ou indicar que um bem é devido a uma pessoa como exigência da justiça. Direito Público: As normas são imperativas para garantir a defesa dos interesses do Estado. Princípio da autoridade pública. Predomina o interesse coletivo, regula relações em que o Estado é parte. Direito Público Interno: Constitucional, Administrativo, Financeiro e Tributário, Processual, Penal, Previdenciário. Direito Público Externo: Internacional Público, Internacional Privado. Direito Privado: As normas são dispositivas e passam a atuar no caso de não haver acordo pré-estabelecido entre as partes privadas. Formado por normas que tem por matéria as relações existentes entre os particulares relativas à vida privada, e as relações patrimoniais ou extrapatrimoniais. Predomina interesses particulares, ex: Civil, Trabalho, Consumidor, Empresarial. Norma Pública: Rege a população geral, predomina a norma escrita. Norma Privada: São facultativas criadas entre pessoas por meio de contrato. OBS: A norma pública predomina sobre a privada pela generabilidade. Fontes do Direito: Fontes materiais: São constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas que emergem na sociedade e que são condicionados pelos chamados fatores do direito, como a Moral, a Economia, a Geografia. Ex: Aumento da violência. Fontes formais: Base usada para fazer a justiça, pois aqui, direito pode ser entendido como justiça e a fonte, como base. Ex: Medidas provisórias. Legislação (formal estatal): Ligere (ler), eligere (escolher),ligare (ligar). Sentido amplíssimo: Qualquer regra. Sentido amplo: Qualquer regra escrita. Sentido restrito: Norma escrita aprovada pelo legislativo. Jurisprudência (formal estatal): Entendimento dos juízes a respeito de determinado assunto julgado. Doutrina (formal NÃO estatal): Resultado do estudo que pensadores-juristas e filósofos do direito fazem a respeito do direito. Ex: Cabe ao Direito estudar a criminalidade. Ex: Não é Direito trabalhar sem receber salário. Costumes (fonte espontânea): Baseia-se na repetição de práticas sociais, mas é efetivamente considerado costume quando a prática reiterada de condutas sociais, é acompanhada pela consciência da obrigatoriedade. Históricas: Indicam a gênese das modernas instituições jurídicas: época, local, as razões que determinaram a sua formação. NORMA JURÍDICA Regra de conduta social com a finalidade de regular as atividades dos sujeitos em suas relações sociais. Modais de expressão: a) Obrigatoriedade: Obriga uma conduta. Ex: Todo aquele que vender (um fato A) deve recolher impostos (uma sanção). Nesse caso, o verbo DEVE é entendido como obrigação. b) Proibição: Proíbe uma conduta. Ex: Todo aquele que empregar está proibido de humilhar. c) Permissão: Permite uma conduta. Ex: Todo aquele que vende doces pode vender outros gêneros de alimentos. OBS: Permitir a alguém não pagar uma taxa consiste no caso de uma permissão negativa. Classificação: Quando à hierarquia: a) Normas constitucionais: Originais da Carta Magna ou decorrentes de emendas. Condicionam a validade de todas as outras normas e têm o poder de revogá-las. Assim, qualquer norma jurídica de categoria adversa, anterior ou posterior à constitucional, não terá validade caso contrarie as disposições desta. b) Complementares: Diferem das leis Ordinárias por exigirem o voto da maioria dos parlamentares que compõe a Câmara dos Deputados e Senado Federal para serem aprovadas. c) Ordinárias: Exige menor número de deputados e senadores votando. d) Delegadas: Utilizada pelo presidente, para criar a lei o congresso nacional tem de autorizar. Quanto à natureza: a) Substantivas (material): Criam, declaram, definem. Direito, deveres, relações jurídicas. b) Adjetivas (processual): Regulam o modo e o processo, para o acesso ao judiciário. Quanto à obrigatoriedade: a) Ordem pública: Nossa vontade não tem valor, o valor é a norma. Pode gerar multa para o patrão no caso do funcionário não usar os equipamentos de proteção. b) Ordem privada: Tem valor as partes envolvidas. Quanto à esfera de poder público: a) Federal: Atinge a união federal, mais restrita que a nacional. Ex: Impostos Federais. b) Estadual: Atinge o Estado. c) Municipal: Atinge o município. Ex: IPTU do Estado. d) Nacional: Atinge todo o território nacional. Quanto à imperatividade: a) Mais que perfeita: Aplicação de duas sanções, aplicação de pena àquele que violou a norma jurídica. b) Perfeitas: Aplicação de uma sanção. Nulidade ou anulabilidade ao ato praticado. c) Menos que perfeitas: Aplicação de uma sanção. Aplicação de pena a quem desrespeitou. d) Imperfeitas: Não acarreta qualquer consequência jurídica. Ex: Dívidas de jogo ou aposta. Quanto ao sistema que pertencem: a) Nacional: Quando as normas são obrigatórias em um determinado território nacional. b) Estrangeiras: Quando as normas de um outro Estado são aplicáveis dentro de um território nacional. c) Direito Uniforme: Quando dois ou mais Estados resolvem por meio de um tratado, adotar a mesma legislação. Quanto à fonte: a) Legislativa: Normas escritas e corporificadas na lei, elaboradas por poder legislativo. b) Consuetudinárias: Normas criadas espontaneamente pela sociedade. c) Jurisprudenciais: Normas criadas pelos tribunais. Características: a) Generalidade: Obriga a todos que se acham em igual situação jurídica. Não se pode criar uma norma jurídica que se aplique a apenas uma pessoa. b) Abstratividade: Não visa casos singulares, procurando enquadrar o maior número de fatos. Pessoa física, jurídica ou ente desinstitucionalizado. c) Bilateralidade (dever subjetivo e dever jurídico): Enlaça o direito de uma pessoa com o dever de outra. Ex: Locação de imóveis = Locador e locatário. d) Imperatividade: Impõe ou proíbe um tipo de conduta. e) Coercitividade: Quando o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente são acionadas a intimidação ou a força propriamente dita. É obrigado sob pena de sofrer sanção. f) Alteratividade: Relação entre duas ou mais pessoas. Vigência no tempo: Implica na obrigatoriedade, para ter efeitos deve estar vigente; Início: Com a publicação no diário oficial; Término: Com a revogação; Vacatio Legis: Período entre a publicação e a eficácia (tempo para adaptação); Promulgação e publicação no diário oficial.Término: Vigência temporária: Entra em vigor para vigorar por tempo determinado; Características para que uma norma seja válida: Validade material e validade formal. Ninguém pode deixar de cumprir a lei alegando o seu desconhecimento; Revogação total (ab-rogação): A lei posterior/superior, revoga todo o diploma anterior/inferior. Deixa de existir completamente. Ex: Código Civil. Revogação Parcial (derrogação): Norma posterior/superior, revoga parcialmente outra norma. Continua existindo, mudando apenas algumas regras dentro dela. Ex: CLT. Revogação expressa: Quando indica que está sendo revogada. Revogação tácita: A lei nova não diz de forma expressa que está revogando a antiga. Revogação de facto: Quando a norma cai em desuso. Revogação – Critérios: Especialidade: Normatização nova de certo setor por norma jurídica específica. Hierárquico: Norma jurídica só pode revogar outra do mesmo plano ou inferior. Cronológico: A nova norma revoga a antiga. Repristinação: NÃO EXISTE NO BRASIL. Quando uma lei A é revogada pela lei B, a lei C revoga a lei B, logo, a lei A volta a produzir efeito. Tratado não revoga, ele suspende. Vigência no espaço: Princípios: Territorialidade e Extraterritorialidade. Em regra, aplacam-se, no território brasileiro as leis brasileiras. Excepcionalmente, aplicam-se as leis estrangeiras (Princípio da territorialidade temperada). Ex: Tício, falecido com último domicílio nos EUA, deixa bens no Brasil. Neste caso, determina o código que será aplicado ao caso concreto, a lei que beneficie o cônjuge ou seus filhos (art. 10, parágrafo 1º da LINDB). Eficácia: Possibilidade de produção de efeitos. Retroatividade (direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada): Visa possibilitar a lei mais benéfica retroagir aos fatos acontecidos antes de sua entrada em vigor para FAVORECER O RÉU com uma pena mais benéfica, se assim a trouxer expressamente. Não pode retroagir para ser maléfica, APENAS BENÉFICA. Coisa Julgada: Qualidade atribuída aos efeitos da decisão judicial definitiva, considerada esta a decisão de que já não cabe recurso. Ato jurídico perfeito: É aquele já consumado, já realizado pelo exercício do direito estabelecido de acordo com a NORMA VIGENTE AO TEMPO em que foi exercido. ORDENAMENTO JURÍDICO É um sistema normativo, que estabelece uma ordem na qual o direito deve respeitar em relação às leis e normas estabelecidas no país, de forma que o Poder Jurídico realize seu trabalho com base nestes. 1- Constituição Federal de 1988. 2- Leis, decretos e jurisprudências. 3- Atos normativos, portarias e resoluções. 4- Contratos, sentenças judiciais, atos e negócios jurídicos. Antinomias: Contradição real ou aparente entre as normas dentro de um sistema jurídico. RELAÇÕES JURÍDICAS Objetivo: São as relações jurídicas que dão movimento ao direito, incidindo as normas jurídicas que definem os direitos e os deveres dos sujeitos. Conhecer as relações de direito, definindo seus elementos. Pessoa física: Todo ser humano. Pessoa Jurídica: Entidade que possui capacidade de adquirir direitos e obrigações por força da lei. Finalidade Lícita, vontade humana de criar. Entes despersonalizados: São coletividades de seres humanos ou de bens que não possuem personalidade jurídica própria, também conhecidos como pessoas formais. PERSONALIDADE: Aptidão para adquirir direitos e obrigações. Inicia com o NASCIMENTO COM VIDA. CAPACIDADE: Aptidão para exercer POR SI SÓ os direitos e obrigações. Elementos > Fatos jurídicos: Vínculo que une os sujeitos. REPRESENTAÇÃO > São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. ASSISTÊNCIA> Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Sujeito ativo: O sujeito A, é propriamente o titular do direito subjetivo instaurado na relação jurídica,o qual pode fazer valer esse seu direito contra o sujeito passivo (credor). Sujeito passivo: É o elemento que integra a relação jurídica com a obrigação de uma conduta ou prestação em favor do sujeito ativo (devedor). OBS: Pode ser tanto sujeito ativo como passivo, como no caso de compra e venda de imóveis. Objeto protegido: Direitos pessoais (contratos obrigacionais); Direitos reais (ligado aos bens, ao direito de propriedade); Direito de personalidade (direito ao nome, a imagem). Objeto imediato: Prestação devida por outra pessoa. Obrigação de DAR, FAZER e NÃO FAZER. Objeto mediato: É o bem exigível (a moto ou o carro que se está locando). OBS: Bem jurídico é tudo aquilo que pode ser objeto de tutela jurídica, suscetível ou não de valorização econômica. Fato jurídico: É o que faz nascer,modificar ou extinguir a relação jurídica (se relevante ao direito). Ex: a morte, que pode provocar o nascimento, extinção ou modificação de direitos. 1- Naturais: Inundações,tempestade que destrói uma plantação, o desabamento de um prédio provocado por um terremoto, a morte natural. 2- Atos jurídicos: Lícitos, ilícitos: Obrigatoriedade de responder contra perdas e danos; abuso de direito: pode gerar danos morais. Pessoa natural: Ser humano capaz de direitos e obrigações. Método da doscimasia hidrostática de Galeno: Teste para ver se a criança já nasceu morta ou morreu após o parto. Fim da personalidade: Apenas com a MORTE. Morte presumida: A pessoa desaparece sem deixar vestígios, decreta ausência, sucessão provisória, sucessão definitiva. A pessoa se encontra em perigo de vida. Estava em campanha ou prisioneiro de guerra e não foi encontrado até dois anos após o término da guerra. Comoriência: Nome dado ao fato de quando duas ou mais pessoas morrem SIMULTANEAMENTE no MESMO EVENTO e não se sabe quem morreu primeiro, desse modo, é decretada a SIMULTANEIDADE. Ex: Mãe e filho em um parto. PROCESSO LEGISLATIVO Para a criação de LEIS ORDINÁRIAS, COMPLEMENTARES e EMENDAS CONSTITUCIONAIS. Iniciativa: 1ª fase; Quem pode propor uma emenda constitucional: 1/3 dos senadores, presidente e 1/3 das assinaturas dos deputados federais. Depois de assinada é recebida pelos deputados; Discussão: Os deputados irão ler e discutir sobre o projeto; Votação; Aprovação: 1- Absoluta: Se for complementar, a maioria absoluta, 50% mais 1 dos MEMBROS. 2- Simples: Se for ordinária, a maioria simples, 50% mais 1 dos PARTICIPANTES. 3- 3/5: Só aprova emenda à Constituição se tiver 3/5 dos deputados e senadores favoráveis. Sanção: Acato do presidente. Veto (presidente): Pode ser reprovada de forma total ou parcial. O congresso vai analisar a justificativa do presidente, vão se juntar deputados e senadores para votar a respeito do veto do presidente. Promulgação: Se for sancionada; Publicação no diário oficial: Quando passa a ser conhecida pelo povo. SANÇÃO E COAÇÃO Sanção: Processo de garantia daquilo que se determina em regra. De ordem moral: Remorso, arrependimento e exame de consciência (Religião). De natureza social ou jurídica: Força maior do que se supõe (Condutas na sociedade). Sentidos: a) Amplo: Punição. b) Restrito: Aprovação. Tipos de sanções: a) Preceptiva:Impõe uma conduta. b) Punitiva: Estabelece uma consequência. Ex: Multa de trânsito. c) Premial: Estabelece um prêmio. Ex: Desconto na tarifa de água para quem economizasse um percentual X em relação ao consumo anterior. Coação: É a pressão exercida sobre um individuo para determiná-lo a concordar com um negócio. Normalmente há o emprego de violência, seja de ordem física ou psicológica. A COAÇÃO POE SER EXERCIDA CONTRA: A própria pessoa; família; terceiros (juiz decide). Tipos de coação: a) Absoluta ou física: Utiliza força física. b) Relativa ou moral: Deixa-se uma opção ou escolha à vítima. Requisitos da coação: Gravidade, seriedade, eminência, nexo casual, ato ameaçado injusto. Coerção: É o poder que as autoridades têm de impor leis e obrigar ao seu cumprimento. Coercitividade: Intimida a cumprir determinada ação que você não cumpriu espontaneamente; Poder de usar a coação; Obriga; Impõe;
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