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AB'SABER, A N - Um conceito de Geomorfologia serviço das pesquisas sobre o Quartenário

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Digitado por Prof. Fabio Sanches – Universidade de Taubaté- SP 
Qualquer correção, favor encaminhar para fsanches@unitau.br 
1ª Versão - junho de 2009. 
 
 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOGRAFIA 
 
 
18. GEOMOFOLOGIA 
 
São Paulo, 1969. 
 
 
 
UM CONCEITO DE GEOMORFOLOGIA SERVIÇO 
DAS PESQUISAS SOBRE O QUARTENÁRIO 
 
 
AZIZ NACIB AB’SÁBER 
 
 
 
 
Um conceito de Geomorfologia serviço das pesquisas sobre o Quartenário. – No 
intento de estabelecer bases geomorfológicas para servirem de diretrizes para o estudo 
do Quartenário do território intertropical brasileiro, julgamos oportuno expor o próprio 
conceito de Geomorfologia a que nos filiamos. Nos últimos anos temos procurando 
difundir um conceito de Geomorfologia tripartite, no qual existe alguma coisa de 
pessoal, sobretudo na ordenação dos diferentes níveis de tratamento da moderna ciência 
do relevo. De resto, trata-se de uma simbiose conceitual através da qual são reunidos os 
principais objetivos e enfoques que caracterizam a Geomorfologia contemporânea. Ao 
sublinhar os níveis de tratamento que consideramos essenciais na metodologia das 
pesquisas geomorfológicas, nos anima apenas a idéia de pôr ordem no caos das 
postulações pessoais e das controvérsias escolásticas. 
 
1. – pensamos que, em um primeiro nível de considerações, a Geomorfologia é um 
campo científico que cuida do entendimento da compartimentação da topografia 
regional, assim como da caracterização e descrição, tão exatas quanto possíveis, 
das formas de relevo de cada um dos compartimentos estudados; 
2. – em um segundo nível de tratamento, a Geomorfologia – além dessas 
preocupações topográficas e morfológicas básicas e elementares – procura obter 
informações sistemáticas sobre a estrutura superficial das paisagens referentes a 
todos os compartimentos e formas de relevo observados. Através desses estudos, 
por assim dizer estruturais superficiais, e, até certo ponto estáticos, obtém-se 
idéias da cronogeomofologia e as primeiras proposições interpretativas sobre a 
sequência de processos paleo-climáticos e morfoclimáticos quartenários da área 
de estudo. Esta forma, observações geológicas dos depósitos, e observações 
geomorfológicas das feições antigas (superfícies de aplainamento, relevos 
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1ª Versão - junho de 2009. 
 
residuais) e recentes do relevo (formas de vertentes, pedimentos, terraços etc), 
conduzem a visualização de uma plausível cinemática recente da paisagem. 
3. – em um terceiro nível, Geomorfologia moderna cuida de entender os processos 
morfoclimáticos e pedogênicos atuais, em sua plena atuação, ou seja, procura 
compreender globalmente a fisiologia da paisagem através da dinâmica 
climática e de observações mais demoradas e sob controle de equipamentos de 
precisão. No caso, ao invés de estudar os resultados cumulativos dos eventos 
quartenários inclusos na estrutura superficial da paisagem, pretende-se observar 
a funcionalidade atual e global desta mesma paisagem (dinâmica climática e 
hidrodinâmica). Forma de relevo, solo e subsolo, estão sujeitos à atuação 
conjunta dos fatos climáticos em sua sucessão efetiva na área considerada. Há 
que entender a fisiologia da paisagem apoiada, pelo menos, nos seguintes 
conhecimentos: a sucessão habitual do tempo e atuação de fatos climáticos não 
habituais, a ocorrência de processos espasmódicos, a hidrodinâmica global da 
área e, ainda, levando-se em conta os processos biogênicos, químicos 
interrelacionados. Evidentemente, variações sutis de fisiologia podem ser 
determinadas por ações antrópicas predatórias, as quais na maior parte dos casos 
são irreversíveis em relação o “metabolismo” primário do meio natural. N 
verdade, intervenção humana nos solos responde por complexas e sutis 
variações na fisiologia de uma determinada paisagem, imitando até certo ponto 
os acontecimentos de maior intensidade, relacionados às variações climáticas 
quartenárias (Ab’Saber, 1965, pp. 147-148). Por todas estas razões, um cotejo 
entre a fisiologia de uma paisagem primária e aquela pertencente a uma área 
similar e contíguo, porém fortemente marcada por influências antrópicas 
predatórias, é de todo recomendável para consubstanciar o conhecimento da 
fisiologia original ou primária de um determinado domínio paisagístico. 
 
 
Se a Geomorfologia pretende atingir informações atinentes a esses três níveis de estudos 
científicos, todo pesquisador deverá ter uma idéia de suas possibilidades e deficiências 
operacionais, em relação às técnicas de pesquisa requeridas para cada um deles. Entre 
os procedimentos necessários para compreender a compartimentação de uma topografia 
e as formas de relevo de cada um de seus compartimentos, e, aqueles estudos e técnicas 
de trabalho indispensável para a realização de pesquisas sobre a estrutura superficial da 
paisagem, existem diferenças fundamentais. Entrementes, entre as técnicas de trabalho, 
dominantemente geológicas, exigidas para a elaboração de pesquisas sobre a estrutura 
superficial das paisagens, e, aquelas técnicas, delicadas e múltiplas, necessárias ao 
entendimento da fisiologia de uma paisagem, existem diferenças tão radicais, que 
atingem inclusive até as raízes da própria formação científica de cada pesquisador, 
assim como, as dimensões e possibilidades das instituições a que eles pertencem. 
 
A despreocupação relativa dos grandes nomes da Geomorfologia moderna em relação á 
compartimentação topográfica é uma atitude compreensível, porém não inteiramente 
justificada. Na verdade, devido ao extraordinário desenvolvimento da cartografia de 
escol, em países grandemente desenvolvidos, não há muito o que fazer no terreno da 
compartimentação dos terrenos. Hoje, basta analisar uma boa carta ou um grupo de 
fotografias aéreas de escala apropriada para ser obter uma idéia da compartimentação 
territorial, em um nível de visualização muito superior aquele obtido pelo trânsito na 
área. Desta forma, o descuido em relação entendimento da compartimentação e das 
formas, representa mais um desprezo por um nível de pesquisa, considerado elementar, 
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do que propriamente uma consciência interior de uma falta de validade completa de tais 
setores. Desde que se faça ao mesmo tempo o estudo da compartimentação e das formas 
e o estudo da posição dos diferentes tipos de depósitos superficiais – e, considerações 
adequadas sobre sua significação paleogeográfica – todos os pesquisadores ficam 
concordes, quanto ao valor metodológicos do procedimento. Em outras palavras, desde 
que se lhes demonstre que o realmente pretendido é um estudo da compartimentação da 
paisagem, acompanhado pari passu por uma prospecção superficial dos diferentes 
depósitos de vertentes, terraços e planícies, todos ficam plenamente de acordo sobre a 
validade do método. Isto porque, todos estão cientes de que somente assim conduzidos, 
os estudos geomorfológicos podem servir às disciplinas vizinhas e atingir a alguma 
coisa de mais objetivo para a restauração dos eventos que responderam pela evolução 
do relevo e pelas transformações globais e locais da própria paisagem. 
 
Se é que uma paisagem tropical não evolui a partir de uma estaca zero, completamente 
despida de solos e de vegetação, mas sim evolui ou se modifica a partir de toda a sua 
riqueza superficial de produtos de intemperismo, de solos e de cobertura vegetal, é 
evidente que seu relevo atual comporta um saldo de interferência que somente poder ser 
compreendido à de uma investigação minuciosa dos seus depósitos superficiais. Na 
realidade, custou muito para se compreender que as bases rochosas da paisagem 
respondem apenas por uma certa ossatura topográfica, e, que, na realidade são os 
processos morfoclimáticos sucessivosque realmente modelam e criam feições próprias 
do relevo. Mais difícil ainda foi entender que conforme o clima e as variações 
climáticas é o comportamento superficial das bases litológicas da paisagem. Na 
verdade, as rochas poder se revestir de um máximo de regolitos por intemperismo 
químico (como é o caso do domínio dos “mares de morros”), mas frente a outros tipos 
de clima ou épocas de mudanças climáticas podem sofre descarnações parciais ou 
extensivas de seus mantos de decomposição, de seus solos e de sua cobertura vegetal. 
Isto para não fala nas correlações estreitas existentes no interior de cada domínio 
morfoclimático entre as feições erosivas, as feições residuais e as feições deposicionais. 
 
Quer nos parecer, entretanto, que o setor mais difícil da pesquisa geomorfológica diz 
respeito à compreensão da dinâmica em processo, ou seja, o estudo propriamente dito 
da fisiologia da paisagem. Muito embora as bases das ciências da Terra tenham sido 
assentadas na observação dos processos atuais – entendidos como chaves para a 
interpretação dos processos pretéritos – o que se conhece efetivamente sobre a fisiologia 
global dos diversos tipos de paisagem ainda deixa muito a desejar. 
 
É compreensivo, até certo ponto, a dificuldade de se levar a bom termo, esse tipo de 
pesquisa. Se é que o estudo da estrutura superficial da paisagem pode ser realizado a 
qualquer momento através de pesquisas rotineiras de geologia de superfície, os estudos 
sobre a fisiologia da paisagem têm que se pautar por séries de informes prolongados, 
obtidos em todos os tipos de tempo mais representativos para a área e incluindo 
observações realizadas em momentos críticos para a atividade morfogênica. Em muitos 
aspectos as observações sobre a epiderme da paisagem constituem modalidades de 
pesquisa, em grande parte aparentadas com as técnicas da geologia de superfície, 
através das quais observam fatos estáticos (cortes, afloramentos, solos superpostos), 
visando compreender a dinâmica do passado recente. No caso a situação é estática e 
pode ser estudada em qualquer tempo; a preocupação é a de entender uma paleo 
dinâmica a custa de fatos, todos dominantemente dedutivos. Enquanto que as pesquisas 
sobre a morfologia da paisagem são modalidades de pesquisa em situações 
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efetivamente dinâmicas. Por isso mesmo pressupõe recursos técnicos, equipamentos 
locados, análises demoradas e observações de processos em plena atividade tais como: 
no momento da chuva, em todos os tipos de precipitações, períodos de cheias, durante 
as vazantes, no decorrer de todas as estações, épocas de grandes distúrbios climáticos, e 
até mesmo em eventuais ocasiões de incidência de processos espasmódicos. Além do 
que inclui investigação sobre as ações biogênicas, sobre o trabalho dos lençóis d’água 
superficiais, sobre as atividades das águas de infiltração, sobre as diversas modalidades 
de movimentos coletivos do solo, e as múltiplas ações físicas, químicas, biológicas da 
pedogênese. Na categoria de verdadeiro corolário inclui o conhecimento do ciclo 
hidrológico, com o detalhamento dos fatos hidrodinâmicos, assim como, uma pequena 
atitude de correlação entre os fatos ditos areolares e lineares da dinâmica da paisagem. 
Evidentemente não é dado a todo pesquisador a abordagem analítica de tais complexos 
de ações morfológicas, pedogênicas e hidrodinâmicas de ação integrada na natureza. 
Entretanto, a consciência desses fatos, em termos de filosofia das ciências, já constituiu 
um bom ponto de partida para o ingresso nessa nova faixa de pesquisa. 
 
Raros tem sido os estudos sobre a fisiologia das paisagens intertropicais brasileiras. Isto 
porque haveria que se dispor de recursos técnicos, pessoal categorizado, equipamentos e 
bases de pesquisa, que não são muito simples de serem reunidos ou obtidos e postos a 
funcionar a contendo. Acresce a isso, o fato de tais pesquisas, nas raras vezes que foram 
realizadas, terem sido conduzidas a melhores resultados – ainda que sob uma ótica 
muito parcial - nos trabalhos dos pedólogos, ecologias e hidrogeólogos. Tal fato talvez 
esteja a indicar que os estudos de fisiologia de paisagem, ainda que essenciais para os 
estudos dos geomorfologistas, somente possam ser esclarecidos à custa de pesquisas 
marcadamente interdisciplinares. Espera-se que um dia, as equipes de elementos 
realmente interessados, possam se organizar. 
 
 
Bibliografia 
 
BAULIG, Henri 
1950 – Essai de Géomorphologie. – Soc. d’Eds.: Les Belles Letres. Paris. 
 
 
BIROT, Pierre 
1949 – Essais sur quelquer problème de morphologie générale. – Inst. Para a Alta 
Cultura, Centro de Estudos Geográficos. Lisboa 
 
1955 – Les methodos de la morphologie. – Coll “Orbis”. Paris. 
 
1958 – Morphologie structurale. Presses universitaires de France. Paris. 
 
1939 – Géographic physique genérale de la zone intertropicale. (a Vexcusion dês 
deserts). – Centre de Documentation Universitaile. Paris. 
 
1939a – Précis de Géomophologie Physique Générale. – Armand Collin. Paris. 
 
BUDEL, J. 
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1ª Versão - junho de 2009. 
 
1950 – Das system der klimtischen Morphologie. Beitraige zur Geomorphologie de 
Klimazonnem und Vorzeitklimate. – Deutscher Geographentag, XXVII, nº4. 
Muchen. 
 
CAILLEUX, A. (e) TRICART, J. 
1956 – Les probléme de la classification dês faits géomorphologiques. – Annales de 
Géographie, LXV, an., nº 349, mai-juin de 1956, pp. 162-186. Paris. 
 
CHOLLEY, André 
1950 - Morphologie Structuralle et Morphologie Climatique. Annales de 
Géographie, LIX. nº 317, nov.-dec. 1950. Paris. 
 
1951 – La Géographie. Guide de Vetudicant. – A. Collin. Paris. 
 
DAVIS, Willian Morris 
 1909 – Geographical Essays. – Ginn and Co. New York. 
 
DERRAU, Max 
1962 – Objet e Methodes. – in “Précis de Géomorphologie”, pp. 3-20. Masson & 
Cie. Paris. 
 
DRESCH, Jean 
1957 – Pédiments et glacis d’erosin, pediplan et inselbergs. – L’information 
Géographique, XIII, an., nº 5, pp. 183-186. Paris. 
 
1966 – Les paysages tropicaux humides. – in “Géographie Génerale” – Enc. Plélade, 
pp. 609-711. Gallimard. Paris. 
 
ENJALBERT, Henri 
1966 – Les donnés a la structure. – in “Géographie Génerale” – Enc. Plélade, pp. 
217-333. Gallimard. Paris. 
 
ERHART, Henry 
1956 – La théorie bio-rhexistasique et les problémes biogeographiques et 
paléobiologiques. – C. R. soc. de Biogéogr., nº 288, pp. 43-53. Paris. 
 
KING, Lester 
1951 – South African scenery. – Oliver and Boyd. London. 
 
1953 – Canons of Landscape Evolution. – Bull. of the Geological Society of 
America. 
 
LOUIS, Herbert 
1953 – Allgemeine Geomorphology. – Walter de Gruyter. Berlin. 
 
MAACK, Reinhard 
1956 – Os propósitos da Geografia Moderna e a situação atual do ensino e das 
pesquisas geográficas no Paraná. – Arquivos de Biologia e Tecnologia, vol. 
XI, pp. 163-195. Curitiba. 
 
Digitado por Prof. Fabio Sanches – Universidade de Taubaté- SP 
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1ª Versão - junho de 2009. 
 
PENCK, Albrecht 
1924 – Die morphologische Analyse. – Geogr. Abh. (2ºa.Reihe, h. 2. Stuttgart. 
 
TRICART, Jean 
1962 - L’epiderme de la Terre. – Equisse d’une Géomorphologie Appliquée. 
Masson & Cie. Eds. Paris. 
 
1963 – Tendências atuais da Geomorfologia. – in “Visita de Mestres Franceses”, 
pp. 1-22. Rio de Janeiro. 
 
1965 – Principes et methodes de la Géomorphologie. - Masson & Cie. Paris. 
 
TRICART, J. (e) CAILLEUX, A. 
1955 – Introduction à la géomorphologie climatique. – Centre de Documentation 
Unversitaire. Paris. 
 
THORNBURY, Willian D. 
1954 – Principles of Geomorphology. – John Wiley & Sons Inc. New York. 
 
 
Digitado por Prof. Fabio Sanches – Universidade de Taubaté- SP 
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Importância da visualização da compartimentação para os estudos sobre o 
Quartenário. - No desenvolvimento da geomorfologia brasileira talvez tenha sido o 
Estado de São Paulo a primeira área territorial do país a merecer bons estudos sobre a 
sua compartimentação topográfica. Ainda que tais modalidades de estudo tenham sido 
esboçadas para o Nordeste pelo grupo de geólogos da antiga Inspetoria Federal de 
Obras Contra as Secas (atual DNOCS), e, ainda que os reconhecimentos geológicos de 
Euzébio de Oliveira tenham redundado numa boa caracterização do edifício geológico e 
estrutural e topográfico do Paraná, foi o Estado de São Paulo que primeiro teve um bom 
retrato de sua macro-compartimentação topográfica. Em verdade, graças a uma série de 
estudos, sucessivamente aperfeiçoados, da lavra de Pierre Denis (1927), Chester 
Washburne (1930), Viktor Oppenheim (1934), Moraes Rego (1931, 1932), Pierre 
Monbeig (1949), Fernando de Almeida (1949, 1956), Ruy Ozório de Freitas (1951, 
1951a), Aziz Nacib Ab’Saber (1948, 1954, 1956), foi possível obter-se um razoável 
acervo de conhecimento sobre as linhas essenciais da compartimentação topográfica de 
um Estado, que possui um quarto de milhão de quilômetros quadrados de área 
territorial. Cumpre sublinhar que tais estudos não poderiam ter caminhado tão 
rapidamente não fosse o grande “stock” de documentos cartográficos básicos 
acumulados pelo trabalho topográfico da antiga Comissão Geográfica e Geológica do 
Estado de São Paulo e do atual Instituto Geográfico e Geológico (SP). Note-se que para 
realizar em caráter pessoal uma idêntica apreciação global da compartimentação 
topográfica do Estado do Paraná, Reinhar Maack (1947) teve que compor um mapa 
geológico e um mapa fitogeográfico (1953 e 1950), na escala de 1:750.000, à custa de 
um enorme carga de serviços individuais. 
 
Um fato histórico a se registrar é o de que os geomorfologistas paulistas, ao par com os 
estudos desenvolvidos sobre São Paulo, terem procurado entender a ótica de seus 
estudos para grandes áreas do território brasileiro, visando entender a macro-
compartimentação global do país. Antes mesmo que a documentação cartográfica básica 
tenha abrangido uma área apreciável do território nacional (a despeito dos bons e 
progressivos serviços prestados à cartografia brasileira pelo Conselho Nacional de 
Geografia e pelo Serviço Gráfico do Exército) já os especialistas das ciências de Terra 
em São Paulo esforçavam-se para traçar a perspectiva global compartimentação 
territorial brasileira. Precedidos por um trabalho de conjunto de lavra de Fabio Macedo 
Soares Guimarães (1943) e de uma aplicação gráfica das unidades geomórficas de Von 
Engeln (1942) ao caso da América do Sul, muito razoável para a época, feita por 
George Berry (in, Engeln, 1942), lançaram-se os geomorfologistas paulistas ao 
entendimento do Brasil, tanto do ponto de vista macro-estrutural, como do ponto de 
vista macro-topográfico e geomorfológico (Almeida, 1948, 1949, 1956, 1964), Rui 
Ozório de Freitas (1951, 1951a, 1951b) e Aziz Ab’Sáber (1948,1964, 1965). 
 
Tal extensão de preocupações e tal busca de conhecimentos, em termos de um país de 
escala continental prejudicou, até certo ponto, o retorno às pesquisas analíticas, dentro 
dos quadros do próprio território paulista. Inumeráveis problemas restaram em aberto 
no que concerne ao esclarecimento da compartimentação topográfica, em escala maior, 
assim como, no que diz respeito à estrutura superficial das paisagens, e aos 
conhecimentos sobre a fisiologia da paisagem, predominante ditos. Responsabilizamos, 
em grande parte, esses fatos por aquela enorme carência de estudos sobre vertentes, 
assim como, a grande ausência de bons estudos sobre a epiderme da paisagem e a 
evolução quartenária das grandes paisagens brasileiras. 
 
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1ª Versão - junho de 2009. 
 
Pretendemos, até certo ponto, reatar as pesquisas geomorfológicas naquelas faixas 
julgadas não satisfatórias. Sem perder de vistas as conquistas já realizadas, tentaremos 
basear nos estudos sobre ocorrências geológicas superficiais e feições geomorfológicas 
do Quartenário, dentro do quadro de compartimentação previamente conhecido, ainda 
que com a introdução de algumas modificações julgadas necessárias. Poder-se-ia objetar 
que, para um território apenas dotado de delgadas e descontínuas ocorrências de 
depósitos quartenários, essa deliberação fosse menos válida do que seria em relação a 
uma área cujos compartimentos fossem ricamente recheados de sedimentos modernos 
(quartenários). Entretanto, como julgamos ser tão importante estudar as feições 
geomórficas, como os depósitos climaticamente representativos, tal circunstância foi 
considerada irrelevante. Pelo contrário, tratando-se de um fato que define as 
peculiaridades de nossa evolução geomorfológica moderna, queremos dar ênfase ao 
fato, baseando nossas pesquisas tão intimamente quanto possível no conhecimento 
global do grandes, médios ou pequenos compartimentos que respondem pela notável 
diversificação topográfica dos velhos planaltos paulistas. 
 
A compreensão da compartimentação interior do território paulista, em diversas ordens 
de grandezas, com vistas aos estudos regionais sobre o Quartenário, constitui um dos 
pontos de vista essenciais para as pesquisas interdisciplinares realmente objetivas e 
integradas. No Estado de São Paulo, em função dos fenômenos denudacionais 
terciários, propriamente ditos, existem compartimentos interplanálticos de áreas 
superiores a algumas dezenas de milhares de quilômetros quadrados (depressão 
periférica e baixos chapadões ocidentais), ampliados, sobretudo, por velhos processos 
de pediplanação neogênicos, acompanhados por uma evacuação extensivas dos 
sedimentos então liberados.∗ Em contrapartida, existem bacias detríticas de origem 
certamente tectônicas (Bacia de São Paulo, Bacia de Taubaté), aninhadas em escudos, 
sugerindo diferenças regionais ponderáveis na história pré-quartenária da 
compartimentação topográfica global do território. 
 
O Quartenário, ele próprio, através de processos lineares, predominantemente 
exorréicos, e de processos morfoclimáticos areolares intertropicais variáveis, apoiou-se 
numa compartimentação prévia, relacionada a acontecimentos geológicos e 
geomorfológicos de longa duração, pertencentes a história pós-cretácica e pré-
pliocênica. Com isso, abaixo do nível dos interflúvios que representam os pediplanos 
neogênicos, podem ser vistos feições de menor extensão e topografia mais variada, tais 
como: grandes e rasos compartimentos alveolares pedimentados, com ou sem bacias 
detríticas correlativas, níveis de pedimentos escalonados, alvéolos pedimentados e 
terraçeados, terraços fluviais, planícies fluviais. 
 
Alguns dos compartimentos que foram essenciais para retenção de grandes massas de 
detritos finos (Bacia de São Paulo, Bacia de Taubaté), ficaram sujeitos, durante quase 
todo o Quartenário, a fases alternadas de erosão fluvial e de pedimentação restrita, 
respectivamente associada a processos areolares de mamelonização e de plainação 
lateral restrita. Foram tais acontecimento que responderam por uma nova 
compartimentação superimposta a outra mais antiga e maior. Note-se que esta 
compartimentação quartenária é de caráter forçadamente menor, em escala, e, de 
 
∗ Neste vasto conjunto de áreas denudadas, onde a evacuação de sedimentos para áreas distantes foi a 
regra, destaca-se um caso de retenção local, que por isso mesmo tem grande importância em termos de 
paleoclimatologia, tectônica residual e geomorfogênese: a Bacia de Rio Claro. 
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aspecto geral nitidamente embutida, já que se localiza nointerior daqueles vales e 
alvéolos que responderam pelo próprio re-entalhamento dos vastos plainos regionais 
oriundos de pediplanação ou da tectônica neogênica. 
 
Por diversas razões, acreditamos que a compartimentação neogênica ainda constitua o 
melhor ponto de partida para nortear os estudos sobre o Quartenário no Estado de São 
Paulo. Partindo-se da unidade regional maior, representada por um dos aludidos 
compartimentos, das depressões pressões periféricas, depressões monoclinais, bacias de 
compartimentos de planalto – pode-se realizar uma analisar minuciosa das feições 
geomórficas e depósitos quartenários, localizados em diferentes posições em seu 
interior. Desta forma, o estudo de cada um desses tipos de depressões relativas pode 
conduzir a conclusões essenciais para a compreensão dos eventos quartenários dos 
planaltos intertropicais do Brasil sul-oriental. Pode igualmente conduzir à realização de 
estudos vinculados de ordem geomorfológica, geológica e pedológica, de grande 
interesse interdisciplinar. 
 
No entanto, a título de experiência e de antítese, pensamos em realizar, mais tarde, um 
procedimento inverso do proposto: com base em estudos extensivos da estrutura 
superficial da paisagem, partindo-se da observação dos solos e depósitos de cobertura 
de vertentes e dos interflúvios, assim como, dos sedimentos superiores das planícies de 
inundação, tentaremos sucessivamente atingir o passado, através do desfolhamento 
sistemático dos componentes epidérmicos da paisagem. Se é que, os solos e os 
depósitos de cobertura, extravasam aos compartimentos de todas as ordens de grandeza, 
existem feições geomórficas e depósitos que se confinam especificamente em cada um 
dos tipos de compartimento previamente reconhecidos – depressões periféricas, rifts 
valleys, alvéolos. 
 
Numa terceira ordem de considerações, devemos considerar os depósitos modernos 
situados entre os compartimentos maiores do relevo paulista, como que em função da 
complexidade das variações climáticas intertropicais, puderam restar em posições 
relativamente anômalas, tais como reversos de cuestas arenito-basálticas ou em topo de 
planaltos residuais situados a cavaleiro dos grandes compartimentos de planaltos. Tais 
documentos e comentários conservam grande interesse pelo campo de estudos dos 
depósitos correlativos, constituindo um agrupamento à parte de depósitos plio-
quartenários ou quartenários da terra paulista. 
 
 
Bibliografia 
 
AB’SABER, Aziz Nacib 
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Paulista de Geografia, nº 1, março de 1949, pp. 3-91. São Paulo. 
 
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Importância dos estudos sobre o Quartenário – Para os que tem acompanhado a história 
das investigações geomorfológicas no Brasil é fácil entender que, nos últimos trinta 
anos, sucederam-se, entre nós, três tendências ou linhas de pesquisa, de atuação 
raramente associada entre si, ou sejam: 1. estudos sobre a compartimentação maior dos 
planaltos interiores com ênfase nos estudos dos relevos de cuestas e na caracterização 
da rede de depressões periféricas do PlanaltoBrasileiro (Ab’Saber, Almeida); 2. 
pesquisas sobre superfícies aplainadas, sua datação relativa e sua posição na macro-
compartimentação do território (Martonne, Ruellan, Freitas, Barbosa, Almeida, 
Ab’Saber, Bigarella, Domingues); e, finalmente, em uma fase ainda em pleno 
desenvolvimento, estudos fragmentários sobre vertentes, estrutura superficial da 
paisagem, depósitos de cobertura, terraços e pedimentos e efeitos das retomadas de 
pedimentação (Tricart, Raynl, Birot, Bigarella, Ab’Saber). Note-se que nem todos os 
autores que participaram de uma ou mais linhagens temáticas ou dessas tendências 
metodológicas tiveram consciência plena de sua filiação a uma ou outra delas. 
 
Somente nos últimos anos, em alguns raros estudos, de maior perspicácia, vem se 
esboçando a discussão dos efeitos mais prováveis das flutuações climáticas 
intertropicais, assim como, sobre as interferências sucessivas entre processos de 
mamelonização, terraceamento e pedimentação. Com decorrência dessa preocupação 
pela sequência dos processos morfogenéticos modernos é que surgiram algumas 
contribuições isoladas, e de maior valor científico, a respeito do Quartenário de 
diferentes parcelas do território brasileiro. Trata-se de estudos pioneiros, ainda muito 
fragmentários, realizados por especialistas de diversas formações científicas. O 
importante a assinalar, entretanto, é que, um ou outro de tais estudos, vem sendo 
realizados com total conhecimento das ciências da Terra, constituindo uma boa 
contribuição brasileira ao conhecimento dos paleoclimas e da evolução geomorfológica 
das regiões intertropicais (Bigarella). 
 
Acreditamos que os estudos sobre o Quartenário serão certamente aqueles que maiores 
oportunidades terão para realizar uma integração dos conhecimentos de geociências 
sobre o território brasileiro. Isto porque, além de se tratar de investigações de forte valor 
interdisciplinar, trata-se de estudos básicos do mais alto interesse para o 
desenvolvimento da geologia e da geomorfologia geral dos países intertropicais. Nesse 
sentido, uma nova fase de verdadeiros estudos sobre os processos atuais poderá ter 
implicações diretas para a própria revisão de alguns velhos princípios e conceitos da 
geodinâmica, firmados alhures (noutro lugar), através da ótica parcial de observações 
realizadas em regiões climatobotânicas totalmente diferentes. Acreditamos mesmo que 
dos estudos sobre o Quartenário, precedidos nas últimas décadas na África, no Brasil e 
em Madagascar, está por se esboçar uma retomada mais objetiva e válida dos princípios 
do atualismo. 
 
Os estudos sobre o Quartenário tem o papel de obrigar ao geomorfologista a se 
interessar pelo conhecimento da estrutura superficial da paisagem. Ao mesmo tempo, 
tais estudos facilitam à compreensão objetiva da evolução das formas recentes exibidas 
pelo relevo de uma região qualquer. Na realidade, ao realizar estudos sobre os 
documentos geológicos de idade certamente quartenária, o pesquisador está penetrando 
no campo dos acontecimentos e processos responsáveis pelo acabamento final das 
feições geomórficas integradas que constituem uma paisagem. 
 
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A roupagem final de todas as paisagens terrestres, qualquer que seja a área considerada, 
somente pode ser objetivamente entendida através de estudos sobre o Quartenário 
regional. Trata-se de determinação oriunda das complexas variações climáticas, que se 
processaram nos últimos 1000 ou 3000 milhares de anos dos fins do Cenozóico. Não há 
como escapar ou contornar a esta diretriz metodológica, já firmada e reconhecida por 
todas as melhores cabeças da Geomorfologia contemporânea. Se é que a Geomorfologia 
não poder ser entendida apenas como uma singela geologia do Quartenário (preposição 
contra a qual sempre nos revoltamos), não há que duvidar sobre o caráter básico tido 
pelas pesquisas múltiplas ao campo do Quartenário para tornar mais científica, aplicável 
e completa a pesquisa geomorfológica. 
 
Quando se diz que uma das preocupações do geomorfologista é a cronogeologia dos 
eventos morfológicos – ou seja, a cronogeomorfologia – dever-se-ia sublinhar antes, 
que a Geomorfologia atinge a cronologia recente dos eventos fisiográficos e geológicos 
através de estudos sistemáticos sobre a epiderme da Terra. Na verdade, os principais 
segredos de uma complexa evolução recente das formas e compartimentos menores do 
relevo estão contidos na estrutura superficial das paisagens, mesmo porque a 
estruturação superficial da paisagem é feita a custas das marcas acumuladas pelos 
processos morfoclimáticos e deposicionais de um flutuante Quartenário. Variações 
climáticas sucessivas, mudanças de marcha nos processos erosivos globais, flutuações 
hidrológica e hidrodinâmicas, criando e remodelando feições, constituem os complexos 
mais habituais da evolução quartenária das paisagens terrestres. E, ninguém será dado 
entender, objetivamente a participação desses acontecimentos na elaboração de um 
quadro natural qualquer, sem o estudo exaustivo da estrutura superficial do terreno. 
 
Por seu turno, tais estudos são procedidos através de técnicas predominantemente 
geológicas – superposição de solos, contacto entre formações recentes, depósitos de 
vertentes, depósitos aluviais, crostas duras – porém, sempre, dirigidos segundo a ótica 
integradora da geomorfologia regional. Não será nunca o estudo do depósito pelo 
depósito que interessará a Geomorfologia, mas sim o estudo do depósito na qualidade 
de escombro de um processo que criou uma ou mais feições geomórficas (erosivas, 
residuais ou deposicionais). E, ainda que tais feições tenham sido remodeladas ou semi-
apagadas, ou mesmo praticamente eliminados pelos processos morfoclimáticos 
ultrainteriores, ou seus escombros – inclusos descontinuamente na estrutura superficial 
das paisagens – terão o valor objetivo de uma correlação a ser historicamente registrada. 
Tais episódios sendo predominantemente relacionados às flutuações paleoclimáticas 
sucessivas do Quartenário, dão prioridade total aos estudos dos depósitos modernos 
para a realização de uma Geomorfologia verdadeiramente científica. Na realidade nunca 
poderá haver uma pesquisa uma boa pesquisa de Geomorfologia sem um bom estudo 
sobre o Quartenário regional, assim como jamais poderá existir um bom estudo de 
geologia do Quartenário sem boas bases geomorfológicas. 
 
Qualquer ocorrência isolada de depósitos modernos é apenas uma estação geológica de 
significação paleogeográfica regional restrita e incompleta. Entretanto, qualquer 
agrupamento de ocorrências, antevisto ao ponto de vista fisio-estratigráfico, e, se 
possível cartográfico, passará a ter um significado geomorfológico mais científico e 
digno de crédito. Nesse sentido há que sublinhar o fato de ser o mapeamento 
geomorfológico, quando viável e vem conduzido, a técnica mais completa para 
visualização integrada dos depósitos modernos em face da compartimentação 
topográfica regional. 
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Se é que para o estudo de uma planície ou uma planície deltaica, sujeitas a processos 
eustáticos ou a uma apreciável instabilidade tectônica moderna, tais estudos tendem a 
ser dominantemente estratigráficos, o mesmo não acontece com relação a regiões de 
velhos planaltos bem compartimentados ou a áreas montanhosas bastante dissecadas e 
remodeladas. Nesses casos, que são os de maior interesse para o Estado de São Paulo, 
os métodos e técnicas atrás preconizados, são de uma importância absolutamente básica: 
na realidade, quanto mais está compartimentada uma área mais fácil é aplicação dos 
métodos de análise geomorfológica, apoiados em estudos sobre a estrutura superficial 
das paisagens e na reconstrução dos eventos geomorfológicose deposicionais do 
Quartenário. Aliás, tais procedimentos tem ampla aplicação ao território brasileiro, 
devido a grande extensão de nossas áreas planálticas e semi-montanhosas, fortemente 
compartimentadas pela história fisiográfica e geomorfológica pós-cretácica (Ab’Saber, 
1965). 
 
Muito embora os métodos de trabalho aqui defendidos se apliquem a todos os 
quadrantes interiores dos velhos planaltos paulistas, eles são notavelmente insuficientes 
para atingir plenamente o domínio costeiro da fachada atlântica paulista. No que tange 
ao litoral – e, sobretudo, no que dia respeito aos espessos depósitos quartenários 
acumulados em diferentes setores da costa paulista – há que desenvolver uma 
estratigrafia do Quartenário baseada em perfurações e no estudo de amostras de 
profundidade. Isto porque, os rasos depósitos expostos – planície de restinga, depósitos 
fluvio-marinhos, dunas adelgaçadas – são homogêneos e extensivos, representando 
apenas os últimos acontecimentos da história quartenária da costa. Obtidas mais 
informações, relativas aos sedimentos acumulados e escondidos nas paleo-bacias e 
paleo-enseadas litorâneas, poder-se-á atingir a conclusões mais objetivas e completas 
sobre a evolução paleogeográfica quartenária da fachada costeira de São Paulo. 
Acreditamos mesmo, que será somente a partir daí que os documentos geomorfológicos 
já registrados na bibliografia – níveis de erosão costeiros, terraços marinhos, sinais de 
pedimentos escalonados – passarão a ter um valor indicativo e correlativo mais eficiente 
e objetivo. 
 
 
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1959 – Problémes Géomorphologique du Littoral Oriental du Brésil. – Cahiers 
Océanographiques du C.O.E.C., XI, nº 5, maio de 1959. Paris. 
 
1963 – Géomorphologies des régions froides. – Col. ”Orbis”, Presses Universitaires 
de France. Paris. 
 
1958a – Notas sobre as variações quartenárias do nível marinho. – Boletim Paulista 
de Geografia, nº 28, março de 1958, pp. 3-13. São Paulo.

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