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prova atividade 01 - RESOVUÇÃO DE CONFLITOS

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SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA 
 
Marcelo de Oliveira Campos dos Santos 
Matricula 2019107812 
 
GRA0764 - GERENCIAMENTO DE CRISES E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS 
Avaliação; Atividade 01 
 
Nesse sentido, serão apresentadas quatro situações hipotéticas e você deverá identificar 
de qual estrutura clássica de resolução de conflito se trata e justificar sua resposta. 
 
Um homem deseja que o gerente de um banco lhe dê informações sobre sua conta, o que 
lhe está sendo negado. Inconformado, começa a agredir o bancário até que o homem 
consegue a informação. 
 
Duas pessoas, em sessão de conciliação, acordam sobre o valor e a forma de pagamento 
de indenização em virtude de abalroamento de veículo. 
 
Duas pessoas celebraram contrato para compra e venda de veículo, onde incluíram 
cláusula compromissória de arbitragem. Sobreveio um problema no carro adquirido pelo 
comprador, e esse acionou a cláusula compromissória e foi chamado um árbitro para 
resolver o conflito entre os contratantes. 
 
Em sessão de mediação onde participava uma família composta por dois pais divorciados 
e duas filhas, chega-se a um consenso sobre a maneira como se dará a guarda e os 
alimentos, além de decidirem sobre as visitas. 
 
 
 
 
SUMARIO: 
1- INTRODUÇÃO, 2 – AUTOTUTELA, 
3 – AUTOCOMPOSIÇÃO, 4 – HETEROCOMPOSIÇÃO, 
5 – PRIMEIRO CONFLITO (Informações do Banco), 
6 – SEGUNDO CONFLITO (Abalroamento de Veículo), 
7 – TERCEIRO CONFLITO (Clausula Compromissória), 
8 – QUARTO CONFLITO (Audiência familiar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
 O Poder Judiciário, por maior e mais bem equipado que seja, não é capaz 
de responder de forma pronta e eficaz a todos os conflitos levados à sua apreciação. Um 
número excessivo de demandas e a morosidade na tramitação, entre outros problemas, 
motivam corretas críticas a esta forma clássica de resolução de controvérsias. 
 Vamos analisar os princípios as estruturas clássicas da resolução de conflitos 
(autotutela, autocomposição e heterocomposição), descrevendo as características de 
cada uma e logo em seguida resolveremos alguns conflitos, onde foi dado quatro cenários 
com diferentes resultados, sendo que cada um se enquadra em uma estrutura, que terá 
quer ser analisada, enquadrada e justificada. 
 
 
2 – AUTOTUTELA 
 
 A Autotutela também chamada de auto defesa é a forma mais antiga de solução 
dos conflitos, na qual há o emprego da força por uma das partes, e a submissão da parte 
contrária. 1A força pode ser entendida em diversas modalidades: física, moral, econômica, 
social, entre outras. Atualmente, em regra, a autotutela é vedada pelo ordenamento 
jurídico, sendo considerada crime, conforme preleciona o artigo 345 do Código Penal 
Brasileiro (CP). 
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para 
satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei 
o permite: 
 Chamo a atenção para a última expressão do artigo “salvo quando a Lei o permite”, 
O legislador ao elaborar este artigo teve o cuidado de haver exceções para este tipo de 
justiça, no mesmo ornamento jurídico em seus artigos 23, 24 e 25, que trata das exclusões 
de ilicitudes, estado de necessidade, legitima defesa e restrito cumprimento do dever 
legal ou no exercício regular de direito. 
 No código Direito Civil, em que é admitido o desforço imediato na tutela da posse 
(art. 1.210, § 1º, CC), no direito trabalhista o direito a greve a greve não soluciona o conflito 
trabalhista, sendo apenas meio de pressão, enquanto a rescisão indireta é efetivada por 
meio do Poder Judiciário. 
 
 
 
3 – AUTOCOMPOSIÇÃO 
 
 A AUTOCOMPOSIÇÃO é a forma mais privilegiada na solução dos conflitos. Esta 
é a forma em que as próprias partes solucionam o conflito por meio do consenso, sem o 
emprego da força. 2O vocábulo “autocomposição” se deve a Carnelutti, que, ao tratar dos 
equivalentes jurisdicionais, aí a incluiu, sendo integrado do prefixo auto, que significa 
“próprio”, e do substantivo “composição”, que equivale a solução, resolução ou decisão do 
litígio por obra dos próprios litigantes. 
 Essa modalidade é composta por três formas distintas, quais sejam: a) a 
desistência, quando há renúncia da pretensão requerida; b) a submissão, quando se 
aceita a solução para o conflito proposta pela parte contrária; e c) transação, quando há 
o diálogo entre as partes a partir do cotejo de ambos os interesses para chegar a um 
acordo comum. Tendo três subespécies: a negociação que é a transação entre as partes, 
sem a intervenção de terceiros; a mediação, em que há a presença de um terceiro que 
não oferece soluções, tendo apenas a função de construir um diálogo entre as partes para 
que elas mesmas encontrem uma solução; e a conciliação na qual há a presença de um 
terceiro que se encontra equidistante das partes, tendo o papel de oferecer soluções. 
 No 3CPC/2015, a renúncia ao direito em que se funda a pretensão do autor está 
prevista no 4art. 487, III, c, e a desistência da ação pelo autor está prevista no 5art. 485, 
VIII. A submissão ou reconhecimento da procedência do pedido pelo réu está prevista no 
6art. 487, III, a. Já a transação ou Autocomposição propriamente dita, em que as partes 
fazem concessões recíprocas a fim de chegarem a um acordo a respeito do mérito, está 
prevista no 7art. 487, III, b. 
 
 
 
4 - HETEROCOMPOSIÇÃO 
 
 8A solução do conflito é transferida para um terceiro imparcial (arbitro ou juiz), e 
este estabelece a resposta definitiva e impositiva em relação as partes. A 
heterocomposição pode ocorrer de duas formas: a arbitral, quando as partes escolhem um 
terceiro de confiança para decidir a demanda; e a jurisdicional, que ocorre quando uma 
das partes, utilizando-se do seu direito de ação, acessa o Poder Judiciário, no intuito de 
resolver a questão litigiosa, através de decisão proferida por uma autoridade investida de 
poder coercitivo (Estado Juiz). 
 
 Arbitragem: (ARBITRO) 9É forma de resolução de Conflitos na qual os conflitantes 
buscam numa terceira pessoa, de sua confiança, a resolução amigável e imparcial – 
porque não realizada diretamente pelas partes – do litígio. O art. 3º caput e § 1º do 
CPC/2015198: “Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a 
direito. § 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.” 
 
 Jurisdição: (JUIZ) 10Não sendo cumprida de forma espontânea a disposição legal, 
o Estado deve fornecer condições competentes a proporcionar a entrega do bem ao seu 
legítimo titular. Tal delegação é realizada através da Jurisdição, pela qual o Estado, 
substituindo-se às partes, diz a norma aplicável ao caso concreto com o poder imperativo 
de impor o seu comando. Segundo 11Fredie Didier Jr diz que “A jurisdição é técnica de 
solução de conflitos por heterocomposição: um terceiro substitui a vontade das partes e 
determina a solução do problema apresentado”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 – PRIMEIRO CONFLITO (Informações do Banco) 
 
 “Um homem deseja que o gerente de um banco lhe dê informações sobre sua conta, o que 
lhe está sendo negado. Inconformado, começa a agredir o bancário até que o homem consegue a 
informação”. 
 
 Esta cena vemos a estrutura clássica de AUTOTUTELA 
 
 Neste conflito, o homem consegue a resolução do conflito através uma solução 
egoísta e parcial, resultado da imposição da vontade de apenas um dos conflitantes. Se 
remetendo ao primórdios da civilização onde os conflitos eram resolvidos pelo mais forte, 
caso de autotutela, além de cometer o crime de art. 345 do C.P., resolvendo a lide, de uma 
maneira bronca, resultando em agressão Art. 129 do CP., dois crimes sem um motivo 
justo. 
 
 
6 – SEGUNDO CONFLITO (Abalroamento de Veículo) 
 
 “Duas pessoas, em sessão de conciliação, acordam sobre o valor e a forma de pagamento 
de indenização em virtude de abalroamento de veículo”. 
 
 Nesta lide vemos a estrutura clássica de AUTOCOMPOSIÇÃO 
 
 Aqui temos doisinteresses pessoais, sabendo que cada parte detém de direitos, 
para ressarcir seus danos, porem para evitar transtornos futuros ou prolongamento da 
ação, entram em acordo do pagamento da compensação. Caracterizando a modalidade 
de transação de conciliação, em que as partes fazem concessões recíprocas a fim de 
chegarem a um acordo a respeito do mérito, está prevista no 7art. 487, III, b do CPC/2015 
 
7 – TERCEIRO CONFLITO (Clausula Compromissória) 
 “Duas pessoas celebraram contrato para compra e venda de veículo, onde incluíram 
cláusula compromissória de arbitragem. Sobreveio um problema no carro adquirido pelo 
comprador, e esse acionou a cláusula compromissória e foi chamado um árbitro para resolver o 
conflito entre os contratantes”. 
 No litigio acima, ao colocarem um clausula de arbitragem, classifica como estrutura 
de HETEROCOMPOSIÇÃO 
 
 Se precavendo de futuros conflitos, ao formalizar o contrato entre as partes, 
incluíram uma clausula compromissória para que uma terceira parte faça a resolução da 
lide, este terá que ser imparcial, terá poder decisivo sobre a vontade dos reclamantes. 
Considera-se legítima a troca da Jurisdição estatal pela arbitragem, conforme ordena o 
12art. 3º § 1º do CPC/2015 
 
 
 
 
8 – QUARTO CONFLITO (Audiência familiar) 
 
 “Em sessão de mediação onde participava uma família composta por dois pais divorciados 
e duas filhas, chega-se a um consenso sobre a maneira como se dará a guarda e os alimentos, além 
de decidirem sobre as visitas”. 
 
 Esta contenda, já por estarem em uma sessão de mediação e chegarem a um 
consenso, classifica como estrutura de AUTOCOMPOSIÇÃO 
 
 Como está descrito os pais entraram em acordo, sobre a tutela, sustento e 
convivência dos filhos, através de um mediador. Muito estimulada na resolução de 
conflitos, a transação com mediação uma modalidade da autocomposição, é a forma de 
solução dos conflitos na qual um terceiro, denominado mediador, emprega os seus 
esforços aproximando as partes em busca de uma solução conciliatória do litígio. 
Conforme ordena o 12art. 3º § 2 e 3 do CPC/2015 
 
REFERENCIAS: 
 
1 - CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral 
do processo. 19. ed. rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2003. p. 21 
 
2 - ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria Geral do Processo. 15. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2012. p. 9. 
(aspas e itálicos no original) 
 
3 - BRASIL. Lei n. 13.105, de 16 de Março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. Portal da Presidência da 
República do Brasil: Legislação. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 
2018/2015/lei/l13105.htm>. ACESSADO : 12/05/2020 
 
4 - Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: [...] III – homologar: [...] c) a renúncia à pretensão formulada 
na ação ou na reconvenção. 
 
5 - Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: [...] VIII – homologar a desistência da ação. 
 
6 - Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: [...] III – homologar: a) o reconhecimento da procedência do 
pedido formulado na ação de reconvenção. 
 
7 - Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: [...] III – homologar: [...] b) a transação. 
 
8 - DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo 
de conhecimento. 18. ed. rev. ampl. e atual. v. 1. Salvador: Jus Podivm, 2016. p. 274. 
 
9 - DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo 
de conhecimento. 18. ed. rev. ampl. e atual. v. 1. Salvador: Jus Podivm, 2016. p. 171. 
 
10 - TARTUCE, Fernanda. Mediação nos conflitos civis. 3. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Método, 2016. p. 62. 
 
11 - DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: introdução ao direito processual civil, parte 
geral e processo de conhecimento. 18. ed. rev. ampl. e atual. v. 1. Salvador: Jus Podivm, 2016. p. 156. 
(itálicos no original) 
 
12 - BRASIL. Lei n. 13.105, de 16 de Março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. Portal da 
Presidência da República do Brasil: Legislação. Brasília, DF. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 12/05/2020

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