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Atividade Comércio Internacional - NP1

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Atividade Comércio Internacional - NP1
1- Explique a seguinte assertiva: A Revolução Industrial alterou a relação ser humano-trabalho-natureza-capital.
A Revolução Industrial teve início na segunda metade do século XVIII devido a uma grande transformação socioeconômica juntamente com mudanças na forma de produção. Com o surgimento da indústria, há uma grande mudança no estilo de vida da humanidade; surge a sociedade urbana que até então era rural. 
O avanço tecnológico, a produção em larga escala, as máquinas fazendo o trabalho do homem, as fontes de energias tradicionais sendo substituídas pelo carvão e a eletricidade; tudo isso colaborou para a formação de um sistema capitalista como modelo econômico.
Todas essas transformações tecnológicas, econômicas e sociais acarretou as chamadas fases da Revolução Industrial, que alteraram essa relação ser humano-trabalho-natureza-capital.
Primeira Revolução Industrial - ocorreu aproximadamente entre os anos de 1760 e 1840
 A força muscular é substituída pela mecânica; a produção em massa tem como consequência a exploração de recursos naturais como o carvão, utilizado para a produção da energia a vapor, nas máquinas e na locomotiva a vapor.
 Essa transformação industrial também dá início a uma sociedade mais consumista. Havia uma maior produtividade e o escoamento e distribuição da produção tornaram-se bem mais rápidos, de mais fácil acesso.
Segunda Revolução Industrial - ocorreu no final do século XIX até o século XX 
Após a Segunda Guerra Mundial, a industrialização ultrapassa a Europa Ocidental e avança para os Estados Unidos, Japão e outros países da Europa.
A fonte de energia agora é o petróleo. A eletricidade começa a ser usada para o funcionamento dos motores e máquinas. Iniciam-se as linhas de montagem usadas na produção em massa de produtos em um espaço de tempo menor.
Terceira Revolução Industrial - a partir de 1960
Conhecida como revolução digital, com o desenvolvimento não só do setor industrial, ma também da ciência e tecnologia, e espalhou-se no mundo todo.O computador e a Internet diminuiram as distâncias e possibilitaram avanços na área da telecomunicação, eletrônica, robótica, do transporte, entre tantos outros , alterando as relações sociais e o modo de vida da sociedade.Todo esse avançou proporcionou o que chamamos de globalização.
Quarta Revolução Industrial - atualmente
Não é novidade para ninguém o desenvolvimento tecnológico que vivemos, a velocidade das informações, a mudança no comportamento das pessoas devido à tecnologia, o avanço nos estudos científicos, dentre tantos outros eventos da atualidade.
Alguns exemplos dessa Revolução Industrial são o sequenciamento genético, a nanotecnologia, a computação quântica, as energias renováveis e a inteligência artifical.
Avanços importantes, mas que ao mesmo tempo transformaram o modo do homem se relacionar com o meio em que vive. A começar pela natureza, explorando riquezas naturais , gerando grande impacto ambiental.
Sua relação com o trabalho também mudou. O homem conseguiu vencer batalhas, ganhou direitos, segurança no trabalho. Mas, ao mesmo tempo que houveram avanços, também houve aumento do desemprego, da mão de obra barata, substituição do trabaho humano por robôs.
Quanto à sua relação com o capital, esta também sofreu alteração. Os padrões de consumo mudaram; hoje o homem é muito mais consumista; a marca de um produto pode até mesmo ser razão para ser aceito por determinado grupo social. 
Muitas foram as consequências da Revolução Industrial nos dias de hoje, na forma como nos comportamos, como consumimos, como enxergamos nosso planeta, como lidamos com o avanço da tecnologia. Não há como frear o avanço. Temos de evoluir sempre. O que temos é de aprender a lidar com ele e tornar nossas relações cada vez melhores, seja com o trabalho, a natureza ou o capital.
Referencia bibliográfica
Direito do Trabalho / Carla Teresa Martins Romar; coordenador Pedro Lenza - 6.ed. - São Paulo : Saraiva Educação, 2019 (Coleção Esquematizado)
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/revolucao-industrial.htm acessado em 01/04/2020, às 19h15min
2- Explique as seguintes espécies de contratos internacionais: 
Segundo Strenger, o contrato internacional "é consequência do intercâmbio entre Estados e pessoas, apresentando características diversificadoras dos mecanismos conhecidos e usualmente utilizados pelos comerciantes circunscritos a um único território ou a mais de um".
A partir do século XX, governos e particulares começaram a ter iniciativas no sentido de tentar padronizar os contratos internacionais. A Convenção das Nações Unidas para Contratos de Venda Internacional de Mercadorias (CISG) vem para unificar as regras aplicadas aos contratos de compra e venda de mercadoria a nível internacional. 
O Brasil já aderiu à essa Convenção, cuja vantagem seria a segurança jurídica, que evita interpretações diferentes do nosso judiciário e diminui os custos das transações.
No sistema brasileiro, a tradição é adotada como o momento da transferência da mercadoria. Em nosso ordenamento, a competência é regulada pela Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, em seu artigo 12, § 2º, que fala sobre as ações relacionadas aos imóveis situados no Brasil e quanto ao réu que for domiciliado no Brasil. Na mesma lei, em seu art. 9º,§§ 1º e 2º, são dispostos os efeitos das obrigações.
- Contrato de compra e venda
O art. 481, do Código Civil dispõe sobre o contrato de compra e venda: "Pelo contrato de compra e vendas, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro"
Segundo as Convenções de Haia, a compra e venda será internacional quando o estabelecimento ou a residência habitual das partes sejam em diferentes Estados.
A sua natureza jurídica é de contrato, tendo como fontes as leis uniformes, as condições gerais do contrato, os contratos standards e os incoterms. Os usos norteiam as obrigações quanto à natureza da mercadoria vendida, bem como à contratação internacional de produtos agrícolas, matérias-primas e produtos manufaturados quanto ao modo de pagamento, qualidade da mercadoria, tempo e lugar da entrega, divisão dos gastos entre os contratantes, seguro, riscos , entre outros.
Os incoterms (International Commerce Terms) são as regras oficiais da Câmara de Comércio Internacional (CCI) para a interpretação dos termos comerciais, para facilitar a condução dos negócios internacionais.
Estes termos, apesar de não existir no Brasil uma legislação específica que os defina, são amplamente utilizados nas operações de comércio exterior e estão previstos nos procedimentos operacionais do SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior). Dizem respeito aos direitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador e agregam força legal aos contratos de compra e venda.
Os principais incoterms são:
a) EXW - Ex Works (na origem): a mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor, ou em outro local nomeado, não sendo desembaraçada para exportação e não carregada em veículo coletor. Acarreta obrigação mínima para o vendedor; o comprador é que arca com todos os custos e riscos envolvidos na retirada da mercadoria.
b) FOB - Free on Board (livre a bordo): as obrigações do vendedor encerram quando a mercadoria é entregue no navio, no porto de embarque indicado; o vendedor é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para exportação. A partir desse momento, o comprador é quem assume todas as responsabiliddes quanto a perdas e danos.
c) CFR - Cost and Freight (custo e frete): o vendedor é responsável pelo pagamento dos custos necessários para colocar a mercadoria a bordo do navio e pelo frete até o porto de destino. Será ainda o responsável pelo desembaraço da exportação. No momento que a mercadoria cruza a murada do navio, os custos de perda ou dano da mercadoria e quaisquer outros são transferidos ao comprador, que pode contratar o seguro da mercadoria.
d) CIF - Cost, Insurance and Freight (custo, seguro e frete):o vendedor é responsável pelo pagamento dos custos e frete para levar a mercadoria até o porto de destino, bem como se responsabilizará pelo desembaraço das mercadorias para exportação contratando e pagando o seguro do transporte principal.O seguro pago pelo vendedor terá cobertura mínima; compete ao comprador avaliar se há necessidade de efetuar seguro complementar. O comprador deve receber a mercadoria no porto e se responsabilizar por todas as despesas.
O contrato de compra e venda internacional estára concluído no momento em que a aceitação da oferta se torna eficaz, de acordo com o art. 23 da Convenção de Viena. No Código Civil brasileiro, em seu artigo 434, é determinada a conclusão do contrato no momento que a aceitação é expedida.
- Contrato de prestação de serviços
A prestação de serviços internacional é precedida de um Contrato de Compra e Venda, que pode ser formal ou não. O contrato formal expressa os direitos e obrigações entre as partes e certifica a relação comercial entre o exportador e o importador. 
As condições para a realização comercial geralmente são: a descrição e características da prestação do serviço ou da transferência do intangível; o preço; o prazo e a forma de pagamento; o tipo de seguro; o local da prestação do serviço; o prazo e a data da prestação; os bancos que intervêm na operação e os documentos exigidos pelo importador.
Para que haja uma boa prestação de serviço e que as expectativas do cliente sejam atendidas, especialmente porque se trata de países diferentes com culturas distintas, é importante que seja realizado um Acordo de Nível de Serviço (Service Level Agreement) entre o importador e o exportador. Esse acordo é um instrumento importante para a organização da prestação do serviço no exterior e vai resguardar o empreendedor de possíveis questionamentos não pactuados anteriormente.
Como substituto do contrato, pode ser emitida uma Fatura Proforma pelo prestador de serviço, em um formulário próprio, preferencialmente em inglês ou no idioma do país importador. O documento estará válido quando devolvido ao exportador com o aceite do importador. A Farura Proforma tem a característica de um orçamento, não gerando obrigação de pagamento por parte do comprador.
Existe ainda, a Fatura Comercial ou Commercial Invoice que é um documento internacional emitido pelo exportador, equivalente a uma Nota Fiscal, no âmbito externo. Tem a finalidade de formalizar a prestação de serviço , representando a própria operação comercial. Esse documento deve conter as mesmas informações do contrato; no entanto, se o pagamento for parcelado, é necessário emitir um nova fatura comercial a cada vencimento.
A Nota Fiscal ou documento equivalente sempre deverá ser emitida, mesmo não havendo incidência de ISS, e enviada ao importador do serviço contendo a natureza da operação, as informações sobre o prestador e o consumidor do serviço, a forma de pagamento e o tipo do serviço prestado. Poderá ser enviada pelo correio ou por outro meio acordado entre as partes.
O Governo Federal criou uma ferramenta de acompanhamento do comércio exterior de serviços, o SISCOSERV (Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços , Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio), cujos principais objetivos são: orientar as estratégias empresariais de comércio exterior de serviços e intangíveis por meio da disponibilização de instrumentos de inteligência comercial; fortalecer a participação do Brasil nos fluxos internacionais de comércio de serviços; estruturar a política de comércio exterior de serviços, dentre outros.
Além dessa, existem várias outras fontes de informação das quais o empresário pode se utilizar para acessar e identificar os mercados de seu interesse.
- Contrato de fornecimento
O contrato de fornecimento possui as seguintes características: consensual, bilateral, oneroso, cumulativo, nominado, atípico, informal, de trato sucessivo ou de duração.
Ele não é disciplinado legislativamente em nosso ordenamento jurídico. Emprega noções de compra e venda, locação de serviços e empreitada. Trata-se de um contrato de uma prestação periódica ou continuada, sobressaindo-se uma obrigação de dar, ao lado da obrigação de fazer.
Com ele, o empresário mantém seu estoque e matéria-prima e economiza tempo e despesas, sem a necessidade de contratação particularizada. Já o fornecedor se obriga a entregar a coisa durante certo período, bem como a prestar um serviço, para manter e desenvolver o funcionamento da empresa ou atividade do fornecido. Ele faz com que o bem seja entregue na forma, qualidade, quantidade e tempo oportunos.
Devem ser observados os seguintes itens em um contrato de fornecimento:
a) a delimitação clara do objeto do contrato- não pode haver dúvidas entre o contratado e o contratante sobre o produto e a quantidade a ser entregue.
b) as obrigações devem estar bem definidas- tanto as do fornecedor quanto as do contratante.
c) ambas as partes devem estar de acordo com o preço estabelecido e os prazos de pagamento, bem como as multas no caso de inadimplência.
d) uma cláusula importante e que deve constar do contrato é a de perdas e danos, pois irá garantir que o fornecedor vai pagar uma multa equivalente às perdas e danos do contratante.
e) as hipóteses que podem desencadear a rescisão contratual também devem constar do contrato.
f) o contrato assinado por duas testemunhas o torna um título executivo, podendo ser executado a qualquer momento, se uma das partes não cumprir com suas obrigações.O contrato é considerado prova.
- Contrato de produção
O contrato de produção consiste em contratar uma empresa no exterior para que ela fabrique seu produto em determinadas condições, geralmente com a marca da contratante e buscando ganhos de competitividade. A venda dos produtos pode ocorrer no próprio país da empresa contratada, no país da empresa contratante ou em terceiros países onde a contratante atue. Diversas empresas brasileiras, incluindo as têxteis e as calçadistas, contratam indústrias na China para fabricarem seus produtos, por exemplo.
O acordo contratual de produção serve para quando o cliente deseja que o produtor produza e entregue as mercadorias que o cliente pretende integrar nos seus próprios produtos ou serviços finais. Para isso , ele deve obedecer certos requisitos.
Em geral, o contrato fornece o plano básico, no pressuposto de que o fabricante está totalmente equipado e dispões de tecnologia para produzir mercadorias em conformidade. Esse plano pode ter duas opções que podem ser combinadas com o cliente, onde na primeira o cliente tem de fornecer ao produtor certos equipamentoss específicos ou ferramentas. Na segunda, o cliente tem de transferir parte da sua própria tecnologia para o fabricante, para capacitá-lo a finalizar o produto. Outra opção seria a de que o fabricante deve apresentar amostras antes do lançamento da produção. 
Uma outra questão a ser abordada no contrato é o da propriedade intelectual. Supõe-se que esse direito seja devidamente protegido por registro apropriado. Pode-se ainda impor um dever de confidencialidade a ambas as partes, que deverão fornecer proteção adicional, em especial se o conhecimento é comunicado por uma parte à outra. 
A cooperação entre as partes pode ser um contrato de duração. Portanto, é importante estabelecer a duração da aliança e uma opção pode ser que o contrato tenha um prazo específico com uma subsequente renovação, exigindo contrato mútuo.
No que diz respeito à lei aplicável ao contrato de produção, vale lembrar que a Convenção das Nações Unidas para a Venda Internacional de Mercadorias (CISG) não se aplica a esse tipo de contrato, "no qual a parte preponderante das obrigações da parte que fornece as mercadorias consiste no fornecimento de trabalho ou outros serviços" - art 3º da CISG.
Referência bibliográfica:
CAPARROZ, Roberto; LENZA, Pedro (Coord.). Comércio Internacional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
Código Civil - Legislação Saraiva De Bolso - 3ª Ed. 2019
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRODE 1942. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657compilado.htm. Acessado em 03/04/2020 às 17h46min.
Guia Básico para a Exportação de Serviços.Versão Revisada. Julho/2017.Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Acessado em 03/04/2020, às 18h08min
.http://www.mdic.gov.br/images/REPOSITORIO/scs/decin/Guia_B%C3%A1sico/Guia_B%C3%A1sico_-_versao_2017.pdf
3- O que são cláusulas de força maior; cláusulas de salvaguarda ou hardship e cláusula de eleição de foro?
A cláusula de força maior está descrita no artigo 79 da Convenção de Viena, que prevê a exclusão da responsabilidade nas hipóteses de caso fortuito e força maior, ou seja, decorrentes de eventos imprevisíveis e alheios à vontade das partes. O referido artigo diz respeito aos fatos supervenientes que impossibilitam o cumprimento da obrigação, como por exemplo, em caso de guerra, desastre natural ou epidemias, como a que estamos vivendo atualmente. Assim, as partes devem decidir se eventos extraordinários estarão aptos a gerar suspensão, execução parcial ou descontinuidade do contrato.
A cláusula de hardship é muito comum em contratos internacionais de longa duração, e que preserva as partes de eventos que surjam eventualmente durante a vigência contratual, independentes da vontade das partes, e que as venham prejudicar, tornando o contrato excessivamente oneroso. Esses eventos podem ser no ambiente institucional, político, comercial ou legal do contrato. Seus principais efeitos são a possibilidade de renegociação do objeto e das obrigações do contrato, a possibilidade de suspensão da execução do contrato ou a remessa ao tribunal eleito pelas partes, caso não houver consenso acerca da renegociação.
A cláusula de eleição de foro é um pacto acessório, no qual as partess elegem o foro competente no caso de haver litígios advindos de um contrato, em que os litigantes podem ser julgados em um país, segundo a lei de outro. A Súmula 334 do Supremo Tribunal Federal dispõe sobre essa cláusula. A eleição de foro só terá valor se a decisão extraída da jurisdição eleita puder ser homologada e executada perante a jurisdição na qual se pretende executá-la.
Referência bibliográfica:
CAPARROZ, Roberto; LENZA, Pedro (Coord.). Comércio Internacional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2017.
http://cisgbrasil.dominiotemporario.com/doc/Artigo_79.htm. Acessado em 06/04/2020 às 17h25min 
4- Qual a importância e aplicabilidade do artigo 17 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro que tem como redação o seguinte: 
" As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes".
A importância da aplicabilidade desse artigo está em limitar a eficácia de leis estrangeiras no Brasil, tanto protegendo direitos fundamentais garantidos em nosso ordenamento jurídico (cláusulas pétreas), quanto resguardando interesses e direitos de brasileiros que estejam no exterior.
Entende-se por soberania nacional o poder que o Estado exerce sobre seu território, autônoma e independentemente de forças externas. Atua como um limitador da aplicação da lei estrangeira no território nacional.
A ordem pública" impede a aplicação de leis estrangeiras, o reconhecimento de atos realizados no exterior e a execução de sentenças proferidas por tribunais de outros países [...]" (Jacob Dolinger, 2003). O autor também atenta para o fato de que a eventual incompatibilidade de uma norma internacional com a ordem pública brasileira não terá o condão de torná-la inválida, mas tão somente ineficaz para o caso em concreto sob julgamento no Brasil, hipótese em que se aplicará a lei brasileira.
O Brasil não reconhece qualquer restrição aos direitos constitucionais, seja por parte de lei estrangeira, seja decorrente de tratado internacional, sobretudo em matéria de direitos fundamentais, em que a garantia aos direitos individuais e coletivos têm força de cláusula pétrea.
Quanto aos bons costumes, trata-se dos princípios ou condutas que são reconhecidos pelo ordenamento jurídico como fonte de Direito, embora não se encontrem nas normas, e originam-se de conceitos de moral e das tradições prevalecentes em certa comunidade, refletindo o sentido de justiça predominante.
Referência bibliográfica:
MOTTA, Andreia Limani Bosson.Curso Introdutório de Direito Internacional do Comércio.São Paulo:Manole,2010. - Biblioteca Virtual Unip - acessado em 07/04/2020 - às 15horas.

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