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Trabalho Direito Processual Penal

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8
FACULDADE SUL-AMERICANA (FASAM)
CURSO DE DIREITO
BRUNO LEONNARDO FURTADO CAVALCANTE
	
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
Goiânia 
2020
BRUNO LEONNARDO FURTADO CAVALCANTE
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
Trabalho apresentado à Prof. Dr. Davi Augusto Campos Dunck da disciplina Direito Processual Penal I, do Curso de Direito, da Faculdade Sul-Americana – FASAM, para obtenção nota de avaliação N2.
Goiânia 
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	04
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL:	05
CONDIÇÕES	06
REQUISITOS PROCEDIMENTAIS E PROCESSUAIS	06
CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	12
						
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho irá sobre os aspectos mais importantes ao acordo de não persecução penal que foi introduzido pelo pacote de anticrime -Lei 13.964/2019. O acordo de não persecução penal ele tem que ser muito analisado para ser proposto pois o investigado pode estar usando aquilo como um beneficio para poder ter uma pena mais branda, e para poder voltar a cometer aqueles crimes novamente. No decorrer do texto iremos observar que o acordo de não persecução tem alguma brechas e iremos explora-las. 
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
Para podermos falar do acordo de não persecução penal primeiro precisamos analisar a letra da Lei. 
“Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (Art. 28-A da LEI Nº 13.964, DE 2019)
Irei realizar comentários e analisar a Lei. Já no seu início quando ela fala “Não sendo caso de arquivamento” podemos retirar dessa parte que tem crime, se não é o caso de arquivamento e porque tem crime. “e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a pratica de infração penal” O primeiro requisito do acordo de não persecução penal o investigado deverá confessar o crime, formal no papel e circunstancialmente no detalhe de come ele praticou o crime. “sem violência ou grave ameaça”, ou seja, crimes violentos não recebem o acordo de não persecução penal. “com pena mínima inferior a 4 (quatro anos) neste ponto e muito importante observar que ele não fala igual, mas sim, mínima e inferior a quatro anos, ou seja, que se o investigado ter uma pena de quatro anos ele não poderá receber o acordo de persecução penal. “ o Ministério público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime” ,ou seja, é o suficiente para que o investigado seja desestimulado a praticar crimes ou para ele na pratica ser com um incentivo para que o mesmo continue a praticar crimes, isso é o Ministério Público vai avaliar. Esses requisitos acimas são os requisitos objetivos para o acordo de não persecução penal. 
Para o sujeito ter o direito a celebração do acordo ele precisa confessar o crime, em um exemplo simples: no crime de falsificação de documento particular, isto na pratica para ele será como um incentivo a praticar novos crimes, pois, imagina o sujeito que clona cartão, como a pena mínima é inferior a quatro anos e como é um crime praticado sem violência ou grave ameaça ele tem o direito ao acordo de não persecução penal, o promotor denuncia o acusado, porém, ele oferece a possibilidade do acordo, o acusado topa e faz o confissão formal e circunstanciadamente. Nessa parte que vem o detalhe essa confissão não pode prejudicar o acusado no futuro, pois, se for celebrado e homologado esse acordo e o acusado cumprir todas as cláusulas ao final o Juiz ira declarar extinta a possibilidade é esse sujeito nunca será julgado para aquele ato, se ele não for julgado ele continua primário é ele não pode nem ser entendido com maus antecedentes, ou seja para o acusa e muito importante esse acordo pois se ele continuar a praticar crimes ele continuará sendo primário. Isso é uma brecha para o acusado, isso pode se dizer que incentivará ele a continuar na pratica de crimes. 
CONDIÇÕES
Agora iremos falar das condições que podem ser cumulativamente ou alternadamente. A primeira condição: 
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;
	Nesse inciso o juiz obriga o investigado a restituir o dano à vítima, só que observem essa parte “exceto na impossibilidade de fazê-lo” Vamos continuar no exemplo já citado, o cara clona o cartão de credito e dá um prejuízo a vítima de 50 mil reais, o promotor coloca que o investigado deverá devolver o dinheiro à vítima, porém, o investigado fala que não tem como mais pois o mesmo já gastou o dinheiro, o investigado estará isento de cumpri-la
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime;
	Nesse inciso o promotor solicita ao investigado que todos os bens, proveitos, objetos de crime seja dado ao Estado, por exemplo: ele clonou o cartão e comprou uma casa, ele terá que dar a casa ao Estado, para clonar o cartão ele tinha uma máquina especifica para tal serviço, ele terá que dar a máquina. 
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
Esse inciso e bem simples como o investigado não vai para a cadeia, o acusado pega de a pena de 2 anos, conformo o inciso fala será reduzido de um a dois terços e colocará o mesmo para prestar serviços à comunidade. 
REQUISITOS PROCEDIMENTAIS E PROCESSUAIS
Agora irei falar dos requisitos procedimentais e processuais do acordo de não persecução penal.
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
Esse inciso nada mais é que a teoria da pior das hipóteses, imagina que o sujeito praticou um crime cuja a pena mínima e de 3 anos, então teoricamente ele tem direito a um acordo de não persecução penal, só que no fato por ele ter praticado tem que estar lá previsto quatro causas de aumento de pena, e que mesmo que você aplique a pior das hipóteses ou a melhor das hipóteses a pena mínima dele já extrapolaria quatro anos, ou seja, se conjugado a pena mínima do crime praticado com as causas de aumento de pena e isso fazer com que a pena mínima ultrapasse quatro anos esse cara não terá o direito a celebração do acordo de não persecução penal. Vale ressaltar que ao contrário também e possível, por exemplo no caso a pena mínima e igual ou maior de quatro anos só que com a possibilidade de diminuição de pena faça a pena dele entrar em menos de quatro anos, o promotor poderá celebrar o acordo. 
No parágrafo segundo iremos observar as hipóteses em que o acordo não poderá ser celebrado: 
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses:
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
Nesse caso se o sujeito pode ter a transação penal não será aplicada o acordo, somente se não for possível a aplicação da transação penal que poderá ser aplicado o acordo. 
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;
Para a doutrina esse inciso está mal escrito, na parte “exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas”, mas o que é essa insignificância? Por que no direito penal o princípio da insignificância como uma causa onde não há crime, que é a atipicidade material, se não há crime não é relevante para o direito penal, então em que sentido o legislador colocou essa palavra insignificante.III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e
Nesse inciso fala que se o cara fez o acordo de não persecução penal ele não poderá receber um novo acordo pelos próximos 5 anos, porém, o legislador vai além ele fala que também não poderá receber o acordo se o agente tiver sido beneficiado também por transação penal ou suspensão condicional do processo. 
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.
	 Não se pode beneficiar em casos de feminicídio, na Lei Maria da Penha etc., nesse inciso também independe da pena. 
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
Conforme falado no caput é um acordo de um lado o promotor de justiça e do outro o investigado é o seu advogado, defensor. 
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade. (DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941)
A princípio o Juiz irá analisar nesse acordo, primeiro a voluntariedade: se o investigado foi coagido a assinar aquele acordo; segundo: se aquele acordo e legal, pois as vezes pode ocorrer de ter algum descumprimento. 
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor. (DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941)
O Juiz não vai ter o poder de mexer nas cláusulas, mas conforme esse parágrafo ele pode devolver para o promotor refaze-las.
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
Nesse parágrafo após homologado o Juiz devolverá ao promotor para que o mesmo fiscalize o cumprimento do acordo, das cláusulas que foram selecionadas por ele.
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
Nesse parágrafo fala que se o Juiz perceber alguma ilegalidade ele pode rejeitar o acordo é não homologar o mesmo.
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia.
Nessa parte fala quando o Juiz não homologa o acordo ele devolve para o promotor para complementação ou modificação do acordo, o promotor irá analisar se continuará investigando ou vai oferecer a denúncia. 
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento. 
A vitima nesse paragrafo ela fica como mera espectadora. É o direito da vitima de saber oque está acontecendo. 
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia. (DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941) 
Nessa parte fala de quando não é cumprido o acordo, dando a possibilidade para o Juiz realizar a rescisão do acordo e dar inicio no oferecimento da denúncia.
 
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. (DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941)
Esse paragrafo e bastante interessante, pois, se não cumprida o acordo, o acusado não terá direito a suspensão condicional do processo. O Juiz poderá isso, ou seja, o promotor vai denuncia-lo e irá ter ação penal. 
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo. (DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941)
Nesse parágrafo diz que a ficha do suspeito irá continuar limpa, apesar do acordo. A certidão negativa ela sairá negativa. Esse sigilo não alcançara o promotor e o Juiz, pois eles precisam saber se o acusado já teve acordo.
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de punibilidade.
Nesta parte fala do fim do acordo por cumprimento. Foi coisa julgada, ninguém mais discute. 
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código. (DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941)
Nesse caso fala que o investigado pode mandar o caso para o procurador de justiça, caso o promotor não queira propor o acordo. 
CONCLUSÃO
	Podemos concluir que o promotor deve tomar muito cuidado ao propor ou aceitar um acordo, pois, dependendo da situação ele poderá estar criando um sentimento de impunidade para o investigado, o promotor deve observar várias situações e características antes de propor o acordo de não persecução penal, devendo sempre observar o justo para aquela situação. Com este trabalho observamos que dependendo da situação que o ocorrer o crime o investigado poderá ter uma brecha. 
REFERÊNCIAS
BARATTA, Alessandro, "Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal - Introdução à Sociologia do Direito Penal", Rio de Janeiro: Editora Revan, 1997, p. 206 (tradução de Juarez Cirino dos Santos).
CUNHA, Rogério Sanches. Pacote Anticrime – Lei n. 13.964/2019: Comentários às alterações do CP, CPP e LEP. Salvador: Editora Juspodium, 2020. p. 129.
DIAS, Jorge de Figueiredo Dias, Direito Processual Penal, Coimbra: Coimbra Editora, 2004, páginas 125 e 126.
MARQUES, José Frederico, Elementos de Direito Processual Penal, V. I, Campinas: Bookseller, 1998, p. 325.

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