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Fontes Históricas e Ensino de História

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Fundamentos e Metodologia de 
História e Geografia
Autor: Lindolfo Anderson Martelli
Tema 09
As Fontes Históricas e o Ensino da História
Tema 10
O Ensino de História e a Cultura Material
Índice
Índice
Tema 09: As Fontes Históricas e o Ensino da História 4
Tema 10: O Ensino de História e a Cultura Material 26
seç
ões
Tema 09
As Fontes Históricas e o Ensino da História
Como citar este material:
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos e 
Metodologia de História e Geografia: As Fontes 
Históricas e o Ensino da História. Caderno de 
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 
2014.
SeçõesSeções
Tema 09
As Fontes Históricas e o Ensino da História
7
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• A natureza das fontes históricas. 
• Como o historiador interpreta as fontes.
• A produção histórica a partir do enredo narrativo.
• Metodologia do uso das fontes históricas.
• As distinções entre a narrativa histórica e a ficcional.
• As contribuições dos Annales para a historiografia a partir do uso das fontes.
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Ensino de Geografia e História, 
dos autores Sônia Castellar, Jerusa Vilhena, Kátia Maria Abud, André Chaves de Melo 
Silva e Ronaldo Cardoso Alves, editora Cengage Learning (Coleção Ideias em Ação), 2010, 
Livro-Texto 492. 
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson Martelli
Fundamentos e 
Metodologia de História e 
Geografia
8
CONTEÚDOSEHABILIDADES
As Fontes Históricas e o Ensino da História
A construção conceitual da História está pautada em fontes, embora nem sempre elas 
forneçam informações objetivas, precisas ou fáceis de serem confirmadas. Nem sempre é 
possível estabelecer uma relação entre as fontes e a época precisa em que foram produzidas 
ou, ainda, garantir fidedignamente a legitimidade de seu conteúdo, dadas as várias versões 
apresentadas como originais. Os limites impostos pelas fontes não impedem que elas sejam 
úteis para a História, pois cabe ao historiador levantar hipóteses, estabelecer conexões 
entre as informações apresentadas, levantar uma quantidade de vestígios adequada à sua 
pesquisa e empreender uma reconstrução imaginativa acerca do que ocorreu no passado. 
Visto que a história depende da capacidade do historiador de interpretar as fontes, até que 
ponto as explicações dadas pelos historiadores aos acontecimentos passados podem ser 
qualificadas de relatos objetivos, se não rigorosamente científicos, da realidade? Em que 
medida as memórias e leituras das falas dos sujeitos podem ser violadas ou corrompidas 
pelo historiador? 
• Estratégias para o uso das fontes históricas em sala de aula. 
• Recursos para interpretar e investigar a história a partir das fontes.
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Qual a natureza das fontes históricas?
• Como utilizar fontes históricas em sala de aula?
• A quais procedimentos analíticos as fontes devem ser submetidas?
• Quais fontes podem ser utilizadas para o ensino da História?
• Por que é importante ensinar História a partir das fontes?
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
Estas questões levaram o linguista Hayden White a desenvolver uma análise sobre os 
fundamentos epistemológicos que norteiam a construção do discurso histórico. Para 
White (1978, p. 89), a interpretação entra na historiografia por pelo menos três maneiras: 
esteticamente (na escolha de uma estratégia narrativa), epistemologicamente (na escolha 
de um paradigma explicativo) e eticamente (na escolha de uma estratégia pela qual as 
implicações ideológicas de dada representação possam ser deduzidas para a compreensão 
de problemas sociais do presente). 
O historiador deve procurar adotar procedimentos metodológicos que lhe permitam o 
máximo possível de objetividade, a fim de minimizar possíveis distorções na interpretação 
da realidade histórica. A leitura que se faz dos vestígios produzidos no passado pode 
estar permeada por valores e preconceitos do presente, comprometendo a objetividade do 
conhecimento histórico. Para Koselleck (2007, p. 56), o conceito de verdade na história está 
relacionado às fontes, porém não se encontra diretamente nelas. Diferentemente do jurista, 
do filólogo e do teólogo, paradigmáticos na hermenêutica, o historiador não estaria 
interessado propriamente no que diz o texto, com vistas a uma aplicação dos sentidos à sua 
realidade. O historiador estaria interessado na fonte como testemunho de uma realidade 
existente “além dos textos”. 
Por muito tempo a história foi considerada produto da escrita, do registro pretensioso de 
ideias em suportes materiais. A partir da metade do século XX, os questionamentos sobre 
a natureza das fontes e da construção da história passaram a ser revistos. As múltiplas 
possibilidades que se abriram a partir da pluralidade tipológica das fontes permitiram 
considerar elementos outrora irrelevantes como peças-chave para a compreensão das 
ações humanas. 
Para proporcionar o desenvolvimento do pensamento histórico do aluno e fazê-lo se 
distanciar do senso comum, a Didática da História propõe procedimentos críticos em relação 
às fontes, analisadas como recursos para a aprendizagem do aluno; promove a utilização 
do raciocínio comparativo, da periodização do tempo histórico, distinto do tempo subjetivo, 
da maestria do grau de generalização dos conceitos, distinguindo completamente a História 
de seus usos. Para tanto, mobiliza conhecimentos clássicos das ciências humanas e 
sociais, questionamento e observação, coleta de dados, exame e descrição (BUGNARD 
apud CASTELAR, 2012, V). 
Os primeiros documentos escritos não foram criados para serem investigados a posteriori 
como objetos de composição histórica. A produção desses documentos estava relacionada 
10
a objetivos funcionais próprios da sua natureza. Testamentos, ofícios, certidões e, até 
mesmo, correspondências e diários pessoais são exemplos de fontes úteis para a história 
que, em sua origem, não foram concebidas com pretensões históricas. Cabe ao professor 
reconhecer a natureza e relevância destes documentos para a investigação histórica. 
O historiador Carlos Bacellar desenvolveu uma tabela em que apresenta exemplos de 
documentos escritos utilizados como fontes históricas, separados por tipos de instituições 
arquivísticas de cunho público e privado. 
Arquivos do Poder Executivo
- Correspondência.
- Ofícios e requerimentos.
- Listas nominativas.
- Matrículas e classificações de escravos.
- Listas de qualificação de votantes.
- Documentos sobre imigração e núcleos coloniais.
- Matrícula e frequência de alunos.
- Documentos de polícia.
- Documentos sobre obras públicas.
- Documentos sobre terras.
Arquivos do Poder Legislativo
- Atas.
- Registros.
Arquivos do Poder Judiciário
- Inventários e testamentos.
- Processos cíveis.
- Processos-crimes.
Arquivos cartoriais
- Notas.
- Registro civil.
Arquivos eclesiásticos
- Registros paroquiais.
- Processos.
- Correspondências.
Arquivos privados - Documentos particulares de indivíduos, famílias, grupos de interesses ou empresas.
Fonte: BACELLLAR. C. Uso e mau uso dos arquivos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Fontes 
Históricas. São Paulo: Contexto, 2006. p. 26.
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
O historiador Roger Chartier, ao refletir sobre o sentido da história, argumenta que a tomada 
da consciência sobre a brecha existente entre o passado e sua representação, entre o 
que foi e o que não é mais e as construções narrativas que propõem ocupar o lugar desse 
passado permitiram o desenvolvimento de uma reflexão sobre a história, entendida como 
uma escritura sempre construída a partir de figuras retóricas e de estruturas narrativas que 
também são da ficção (CHARTIER, 2009, p. 12). 
Embora a história seja construída a partir dos mesmos elementos narrativos presentes 
na literatura, ela não pode ser considerada uma ficção ou confundida com a literatura.A distinção entre história e ficção reside no fato de que a literatura se apodera não só 
do passado, mas também dos documentos e das técnicas encarregados de manifestar a 
condição de conhecimento da disciplina histórica. Entre os dispositivos da ficção que minam 
a intenção ou a pretensão de verdade da história, capturando suas técnicas de prova, deve-
se colocar o “efeito de realidade” operado pelos procedimentos de investigação histórica 
(CHARTIER, 2009, p. 26). Para Roger Chartier, a distinção entre a História e Literatura 
é caracterizada pela intencionalidade, dependência das fontes e compromisso com os 
métodos científicos de investigação. 
A meta do conhecimento é constitutiva da própria intencionalidade histórica. 
Ela funda as operações específicas da disciplina: construção e tratamento dos 
dados, produção de hipóteses, crítica e verificação dos resultados, validação 
da adequação entre o discurso de saber e seu objeto. Mesmo que escreva 
em uma forma literária, o historiador não faz literatura e isso devido a dupla 
dependência ao arquivo, e portando em relação ao passado e em relação 
aos critérios de cientificidade às operações técnicas próprias do seu ofício 
(CHARTIER, 2002, p. 98). 
A História busca resgatar na Literatura a mentalidade de diferentes grupos sociais de 
uma época; sua pretensão é investigar como as pessoas concebiam o mundo em que 
viviam. A literatura como fonte possibilita ao historiador compreender a mentalidade dos 
grupos sociais, o modo como se davam as relações de poder, os conceitos subjetivos que 
permeavam as ações, os preconceitos e tantos outros aspectos da mentalidade de uma 
época. A História Cultural “formula perguntas e coloca as questões, enquanto a Literatura 
serve como fonte” (PESAVENTO, 2003, p. 82 apud CASTELLAR, 2012, p. 208). 
Ao utilizar textos literários, o historiador pode aproximar os alunos às representações do 
passado. A literatura é uma fonte muito preciosa para o estudo dos discursos e das relações 
de poder que se estabeleciam em determinada sociedade, em determinado contexto e 
período histórico. Os escritos literários são formulados com vistas a dialogar com seu próprio 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
tempo. Eles abordam todos os elementos que constituem a sociedade e, portanto, são úteis 
para a compreensão dos elementos políticos, sociais, econômicos, culturais e psicológicos 
tanto do autor quanto da sociedade que ele descreve. Para Castellar (2012), o ensino da 
História deve levar os alunos a refletir sobre a temporalidade e as representações presentes 
na Literatura. 
Ensinar os alunos a perceberem as diferentes dimensões temporais 
apresentadas pela Literatura é o primeiro (e grande) passo para a efetiva 
construção do conhecimento histórico. Num segundo momento, o desafio 
reside na descrição e interpretação dessas apresentações temporais, 
criadas pelos autores literários em suas obras, com vistas a compreender a 
mentalidade da época do escrito. Por fim, provocar a análise das relações 
dessas representações nos seus diferentes ambitos (político, social, econômico 
e cultural) com o atual momento histórico possibilita a qualitativa transposição 
didática tão objetivada pelo ensino da História (CASTELLAR, 2012, p. 2010).
Ao trabalhar com fontes escritas, o professor precisa discutir com seus alunos as bases 
políticas, socioeconômicas e culturais do período e da sociedade a qual a fonte remete. 
Devem ser identificados a autoria do texto, a época, a data ou o período em que foi escrito, 
o lugar e a quem se destinava tal documento. A produção historiográfica depende das 
fontes escritas, todavia nem sempre existe a consciência de preservação da memória e dos 
registros escritos. Esses registros são produzidos com uma utilidade prática e funcional, 
porém nem sempre se tem a consciência de que possuem valor histórico e precisam ser 
conservados. As instituições públicas produzem documentos escritos diariamente, mas, 
em razão do custo de preservação e excesso de material ou por considerá-los inúteis, tais 
fontes são consideradas um amontoado de papel velho e inútil que deve ser descartado. 
Outro problema enfrentado por historiadores está relacionado à inacessibilidade às fontes, 
seja por impedimento jurídico ou por interesses ideológicos e políticos. 
Ao se deparar com um documento escrito, Castellar (2010, p. 179) sugere que a fonte 
seja submetida a alguns procedimentos analíticos. Deve-se contextualizar a fonte 
historicamente, ou seja, analisar o documento como produto de uma época e de um lugar. 
Os alunos devem buscar reconhecer as intenções e finalidades do documento. Neste 
caso, deve-se questionar: 
• A qual grupo socioeconômico e/ou político o autor pertence?
• O documento tem caráter privado ou institucional? 
• A quais pessoas ou grupos sociais e/ou políticos o documento se refere? 
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
Ao analisar uma fonte, é importante reconhecer os aspectos materiais utilizados para sua 
compilação. Deve-se questionar: 
• Como o documento foi produzido? 
• Sob qual suporte ele foi elaborado?
• Quais são suas características físicas? 
O documento não é inócuo e também não foi concebido despretensiosamente tal como se 
apresenta. Portanto, é importante que se reconheça a finalidade de sua existência. Devem 
ser feitos os seguintes questionamentos em relação ao documento: 
• Qual é o assunto central do documento?
• Quais expressões sintetizam sua intencionalidade?
• Quais possibilidades de solução de problemas são apresentadas ao leitor?
• O documento apresenta informações de denúncia, defesa ou crítica do objeto 
abordado?
• Quais os argumentos apresentados? Quais as razões utilizadas para construir essa 
opção? Em que está embasada a argumentação? 
Esses questionamentos mostram que é importante considerar a especificidade do contexto 
histórico no qual a fonte foi produzida. Feita a análise dos elementos que compõem o 
documento, é necessário interpretá-lo com vistas a conferir um significado a experiências, 
fatos, situações e subjetividades dos envolvidos. Nesta fase de interpretação é muito 
importante que hipóteses sejam construídas para que a partir do cruzamento de informações 
entre diferentes fontes seja possível desenvolver algumas considerações em cima do que foi 
apresentado. Também é importante considerar que a leitura das fontes, a análise que se faz 
sobre seu conteúdo e materialidade, não é despretensiosa, pelo contrário, é transpassada 
por valores, escolhas, exclusões, estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais que 
influenciam a interpretação que se faz delas. 
Embora em sala de aula a fonte de estudos mais utilizada para a compreensão da história 
seja o livro didático ou paradidático, o ensino da história não deve ficar restrito a essas 
fontes. É importante que o professor saiba reconhecer os procedimentos adotados pelos 
LEITURAOBRIGATÓRIA
14
historiadores no trato com as fontes, pois, desta forma, é possível ampliar as possibilidades 
didáticas e tornar os conteúdos históricos possíveis de serem analisados e compreendidos 
a partir de outros recursos. 
A formação do aluno deve permitir que ele compreenda a realidade social e as ações dos 
homens localizadas no tempo. Para tanto, é preciso que o professor utilize fontes que 
permitam a construção do texto histórico que encaminhem o aluno para o desenvolvimento 
do pensamento histórico. A história precisa se tornar, de uma vez por todas, uma disciplina 
que se entenda, e não que se decore (BELLOTTO, 2006, p. 246).
A história, enquanto disciplina escolar, não tem sido ensinada apenas nas aulas específicas 
destinadas exclusivamente a este saber. Conteúdos históricos estão presentes em aulas 
de literatura, música, geografia, artes, matemática, entre outros. O caráter interdisciplinar 
da História permite que o conhecimento seja construído com fontes adotadas por outras 
disciplinas ou presentes no cotidiano dos alunos, mas que sem sempre são reconhecidas 
como instrumentos úteis para a construçãode conhecimentos. 
Um exemplo de fonte que faz parte da vida dos alunos, mas que frequentemente é 
subaproveitada nas aulas, é a música. Tanto o conhecimento histórico quanto a produção 
musical permitem explicar o presente, inventar o passado e imaginar o futuro, pois ambos 
adotam estratégias retóricas para narrar esteticamente os fatos sobre os quais se propõem 
a falar. Da mesma maneira, representam inquietudes e questões que mobilizem os homens 
(CASTELLAR, 2012, p. 225). 
Quando o professor leva para a sala de aula fontes textuais, visuais, musicais, orais, 
materiais de uso cotidiano, ele coloca seus alunos em contato com informações. Essas 
informações podem ser trabalhadas de maneira detalhada e reflexiva, a fim de permitir que 
os alunos relacionem seus próprios conhecimentos e experiências às informações que lhes 
são repassadas. Castellar (2012, p. 191) sugere que as informações repassadas aos alunos 
sejam contextualizadas, selecionadas, organizadas e analisadas. As fontes apresentadas 
aos alunos devem contribuir para que eles reflitam sobre a origem dos fatos, a fim de que 
compreendam aquilo que vivenciam no dia a dia. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
15
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo: “Mas não somente assim!” Leitores, autores, aulas como texto e o ensino-
aprendizagem de História, do autor Ilmar Rolhoff de Mattos.
Disponível em: <http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/v11n21a02.pdf>. Acesso 
em: 02 jan. 2014.
O artigo possibilita a compreensão das semelhanças e das diferenças entre aqueles que, ao 
contarem uma história, tornam-se historiadores: os escritores da história e os professores 
de História. Sublinhando o valor do ato de diferentes leituras para a autoria daquela Aula, 
sublinha-se também a importância de um texto diferente na formação de novos leitores, aos 
quais é oferecida, em circunstâncias e situações diversas, a possibilidade de se tornarem 
autores de novas identidades, construtores da cidadania e de ressignificar a memória. 
Acesse o Referencial de Expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e 
escritora no ciclo II do Ensino Fundamental – História, desenvolvido pela Secretaria Municipal 
de Educação de São Paulo.
Disponível em: <http://lemad.fflch.usp.br/sites/lemad.fflch.usp.br/files/historia%5b1%5d.
pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
O documento procura levar os professores a refletir e debater na escola a necessidade 
de inserir todos os alunos da rede municipal em uma comunidade de leitores e escritores, 
desenvolvendo para isso as habilidades exigidas para o domínio da linguagem escrita. 
Leia o artigo: Ensino e História: O uso das Fontes Históricas como ferramentas na produção 
de conhecimento histórico, escrito por Erica da Silva Xavier.
Disponível em: <http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/ensino_e_historia_o_
uso_das_fontes_historicas_como_ferramentas_na_producao_de_conhecimento_historico.
pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/v11n21a02.pdf
http://lemad.fflch.usp.br/sites/lemad.fflch.usp.br/files/historia%5b1%5d.pdf
http://lemad.fflch.usp.br/sites/lemad.fflch.usp.br/files/historia%5b1%5d.pdf
http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/ensino_e_historia_o_uso_das_fontes_historicas_como_ferramentas_na_producao_de_conhecimento_historico.pdf
http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/ensino_e_historia_o_uso_das_fontes_historicas_como_ferramentas_na_producao_de_conhecimento_historico.pdf
http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/ensino_e_historia_o_uso_das_fontes_historicas_como_ferramentas_na_producao_de_conhecimento_historico.pdf
16
LINKSIMPORTANTES
O artigo trata das várias ferramentas mediadoras que auxiliam o processo de construção 
do conhecimento. Aborda a possibilidade de se pensar a utilização da canção enquanto 
documento histórico durante as aulas, pois são produções culturais, carregadas de 
significados, tanto de forma implícita quanto explicita. As fontes históricas não devem 
ser simplificadas a uma mera ilustração de conteúdos, uma vez que se traduzem em 
artefatos culturais repletos de intencionalidades; pelo contrário, devem assumir um papel 
fundamental de significação na estrutura cognitiva do aluno: demonstrar as representações 
que determinados grupos forjaram sobre a sociedade em que viviam, como pensavam ou 
sentiam, como se estabeleceram no tempo e no espaço; como servir para que o aluno 
seja capaz de fazer diferenciações, abstrações que o permitam fazer a leitura das distintas 
temporalidades. 
Vídeos Importantes 
Assista ao vídeo: O trabalho com as fontes históricas, com os comentários do historiador Dr. 
João Carlos de Souza (UFGD) sobre o trabalho com as fontes.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=czdgazbrZUw>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Assista ao vídeo: Entrevista Durval Muniz.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=TaKHfX4YNfU>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O historiador Durval Muniz de Albuquerque Júnior fala sobre a repercussão e as ideias 
contidas em seu livro A Invenção do Nordeste. O historiador mostra como setores da 
sociedade buscam representar o Nordeste de uma forma estigmatizada, buscando cristalizar 
a imagem de um Nordeste ruralizado. 
Assista ao vídeo: Morte e Vida Severina em Desenho Animado.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=rrhh_w75XMU>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Trata-se de uma versão audiovisual da obra-prima de João Cabral de Melo Neto, adaptada 
para os quadrinhos pelo cartunista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 
3D dá vida e movimento aos personagens deste auto de natal pernambucano, publicado 
originalmente em 1956. Em preto e branco, fiel à aspereza do texto e aos traços dos 
quadrinhos, a animação narra a dura caminhada de Severino, um retirante nordestino que 
migra do sertão para o litoral pernambucano em busca de uma vida melhor. 
http://www.youtube.com/watch?v=czdgazbrZUw
http://www.youtube.com/watch?v=TaKHfX4YNfU
http://www.youtube.com/watch?v=rrhh_w75XMU
17
LINKSIMPORTANTES
Assista ao vídeo: Arquivo Histórico de São Paulo.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=EQxUMkVMehU&list=PL916A6A43
3B651439>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
O vídeo mostra o armazenamento, a conservação e o restauro de documentos públicos no 
Arquivo Histórico da cidade de São Paulo. Esses documentos podem se tornar fonte de 
pesquisa para contar a história da capital paulista, tanto do ponto de vista administrativo-
legal quanto do cotidiano dos moradores.
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Muitos professores orientam suas aulas 
estritamente a partir do livro didático e se 
esquecem de que o aluno traz consigo uma 
série de saberes que estão disseminados 
na sociedade, particulares da comunidade 
em que vive, do núcleo familiar e social ao 
qual pertence. Apresente alguns exemplos 
de conhecimentos relacionados à história 
que os alunos possuem antes mesmo de 
iniciarem a vida escolar.
Questão 2:
Os primeiros documentos escritos não fo-
ram criados para serem investigados a 
posteriori como objetos de composição 
histórica. A produção desses documentos 
estava relacionada a objetivos funcionais 
próprios da sua natureza. Testamentos, 
ofícios, certidões e, até mesmo, correspon-
dências e diários pessoais são exemplos 
de fontes úteis para a história que, em sua 
origem, não foram concebidas com preten-
AGORAÉASUAVEZ
http://www.youtube.com/watch?v=EQxUMkVMehU&list=PL916A6A433B651439
http://www.youtube.com/watch?v=EQxUMkVMehU&list=PL916A6A433B651439
18
sões históricas. Essas fontes estão à dis-
posição dos historiadores graçasà preo-
cupação em preservá-las, geralmente em 
arquivos públicos ou privados. Em relação 
à tipologia das fontes e seus espaços de 
preservação, aponte V para Verdadeiro e 
F para Falso e indique a sequência correta: 
( ) Entre os exemplos de fontes presen-
tes nos arquivos do Poder Executivo estão: 
correspondências, documentos de imigra-
ção, matrículas de escravos, documentos 
policiais, documentos sobre obras públicas 
etc. 
( ) Entre os exemplos de fontes presentes 
nos arquivos eclesiásticos estão: registros 
de batismo, registros de ordenações sacer-
dotais, processos paroquiais, correspon-
dências etc. 
( ) Entre os exemplos de fontes presen-
tes nos arquivos do Poder Judiciário estão: 
inventários, testamentos, processos de di-
vórcio, processos-crime etc. 
( ) Entre os exemplos de fontes presentes 
nos arquivos privados estão: fotografias, 
correspondências, licitações públicas, atas 
de audiências públicas. 
( ) Entre os exemplos de fontes presentes 
nos arquivos cartoriais estão: fotografias 
familiares, correspondências, jornais, xilo-
gravuras. 
a) V – V – F – F – F.
b) V – V – V – F – F. 
c) V – V – F – V – F. 
d) F – V – V – F – F.
e) V – F – V – F – F.
Questão 3:
Ao se deparar com um documento escri-
to, Castellar (2010, p. 179) sugere que a 
fonte seja submetida a alguns procedi-
mentos analíticos. Deve-se contextualizar 
a fonte historicamente, ou seja, analisar o 
documento como produto de uma época e 
de um lugar. Aponte a alternativa que não 
condiz à postura do historiador:
a) O historiador busca saber quem é o 
autor da fonte. 
b) O historiador pretende descobrir como 
o documento foi produzido. 
c) O historiador procura saber as 
características físicas da fonte. 
d) O historiador só reconhece como 
verdadeiras as fontes escritas.
e) O historiador procura entender como o 
documento foi produzido.
AGORAÉASUAVEZ
19
Questão 4:
As Diretrizes Curriculares Nacionais bus-
cam aproximar as disciplinas, com vistas a 
desenvolver a interdisciplinaridade. Para o 
ensino da História, isto significa que: 
a) Ao ensinar conteúdos históricos, é 
possível trabalhar aspectos geográficos, 
filosóficos, biológicos, literários, musicais, 
entre tantos outros.
b) A História desenvolve análises sobre 
as demais disciplinas. 
c) A interdisciplinaridade só é possível 
em ciências com afinidades eletivas. 
d) A História sempre dependeu dos 
conhecimentos de outras ciências para 
compor suas narrativas. 
e) Disciplinas específicas como 
Matemática, Física e Química limitam a 
interdisciplinaridade.
Questão 5:
O livro didático, que congrega o resultado 
das pesquisas científicas, não deve ser o 
único instrumento para o ensino de Histó-
ria. Embora ele tenha um espaço privilegia-
do na sala de aula, não pode ser considera-
do o espaço que congrega toda a História. 
Sua utilização deve ser feita a partir da lei-
tura crítica, em diálogo com outras fontes 
de estudo, tais como acervos de museus 
e arquivos, livros não didáticos, produção 
literária e artística, relatos orais, artefatos 
da cultura material, por exemplo. Em sala 
de aula, as fontes precisam ser ampliadas, 
contempladas, criticadas e revistas. O pro-
fessor deve ter uma relação crítica, nun-
ca de submissão ao livro de História, que, 
como todo texto, toda fonte, merece ser 
questionado, problematizado e amplamen-
te explorado com os alunos, pois o concei-
to de verdade histórica não está circunscri-
to ao conteúdo exposto nos livros. A partir 
disso, pode-se concluir que: 
a) O livro didático apresenta todas as 
informações necessárias para que o 
ensino da história seja significativo ao 
aluno. 
b) Todas as fontes necessárias para o 
ensino da História podem ser levadas 
para dentro da sala de aula, a partir do 
livro didático com suas ilustrações e 
informações científicas. 
c) Toda informação apresentada no livro 
didático deve ser considerada legítima 
e válida para o desenvolvimento da 
consciência histórica, pois foi aprovada 
por historiadores competentes na área. 
d) O livro didático não pode ser visto 
como a única fonte capaz de produzir 
conhecimento histórico, tal como toda 
fonte, ele precisa ser questionado e 
problematizado. 
AGORAÉASUAVEZ
20
e) As fontes que o professor leva para a 
sala de aula servem para comprovar as 
informações presentes no livro didático. 
f) O livro didático apresenta informações 
parcialmente verdadeiras, daí a 
necessidade de complementar o conteúdo 
com outras fontes.
Questão 6:
Atualmente, a história não pode ser apre-
sentada simplesmente como um conjunto 
de informações a serem decoradas, mais 
deve, sim, ser um campo de conhecimento 
a ser aprimorado e interpretado. No ensino 
Infantil, os conteúdos históricos devem pri-
vilegiar fontes diversas. Apresente exem-
plos de fontes que podem ser trabalhadas 
para o ensino de história na Educação In-
fantil.
Questão 7:
Visto que a história depende da capacida-
de do historiador de interpretar as fontes, 
até que ponto as explicações que os histo-
riadores dão sobre os acontecimentos pas-
sados podem ser qualificadas de relatos 
objetivos da realidade?
Questão 8:
Embora a história seja construída a partir 
dos mesmos elementos narrativos presen-
tes na literatura, ela não pode ser consi-
derada uma ficção ou confundida com a 
literatura. Explique por que a história não 
pode ser confundida com a ficção literária.
Questão 9:
Muitos professores enfrentam dificuldades 
para ensinar história nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental, em razão da dificul-
dade de levar o aluno a compreender a 
complexa e abstrata noção de tempo. “A 
formulação curricular associada à noção 
de tempo considera que alunos de 7 a 11 
anos, no estágio das operações intelectu-
ais concretas, não estão em condições de 
uma aprendizagem do conhecimento his-
tórico” (PINSKY, 1997, p. 75). Quais as 
implicações pedagógicas relacionadas ao 
problema do despreparo dos professores 
em trabalhar o conceito de tempo com os 
alunos?
Questão 10:
No século XX, os questionamentos sobre a 
natureza das fontes e a construção da his-
tória passaram a ser revistos. As múltiplas 
possibilidades que se abriram a partir da 
pluralidade tipológica das fontes permitiram 
considerar elementos outrora irrelevantes 
como peças-chave para a compreensão 
das ações humanas. Explique quais foram 
as mudanças em relação à compreensão 
das fontes.
AGORAÉASUAVEZ
21
Neste tema, você estudou sobre a natureza das fontes históricas, analisando as formas 
de interpretação e utilização em sala de aula. Você estudou também a distinção entre a 
narrativa histórica e a narrativa literária, compreendendo que o compromisso com as fontes 
é inerente à prática historiográfica. Você também compreendeu como é importante construir 
atividades que adotem fontes diversificadas para o ensino da história. 
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! 
CAIMI, Flávia Heloisa. Por que os alunos (não) aprendem História? Reflexões sobre ensi-
no, aprendizagem e formação de professores de História. Tempo, Niterói, v. 11, n. 21, ju-
nho, 2006. 
CASTELLAR, Sonia et al. Ensino de Geografia e História. São Paulo: Cengage, 2012. 
FONSECA, Selva G. (Org.) Ensino fundamental: conteúdos, metodologias e práticas. 
Campinas: Átomo & Alínea, 2009. 
MATTOS, Ilmar Rohloff. “Mas não somente assim!” Leitores, autores, aulas como texto e 
o ensino-aprendizagem de História. Tempo, Niterói, v. 11, n. 21. jun. 2006. 
ROCHA, Antonio Penalves. F. Braudel: tempo histórico e civilização material. Um ensaio 
bibliográfico. Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 3, jan./dez. 1995. 
REFERÊNCIAS
FINALIZANDO
22
REFERÊNCIAS
SILVA, Marcos; FONSECA, Selva G. Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e per-
das. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 31, n. 60, 2010.
VASCONCELOS, José Antônio. Fundamentos Epistemológicos da História. Curitiba: 
Ibpex, 2009. (Col.Metodologia do Ensino de História e Geografia, v. 5)
Filólogo: é o indivíduo que estuda uma língua, literatura, cultura ou civilização sob uma 
visão histórica, a partir de documentos escritos. Contudo, a abordagem científica do 
desenvolvimento de uma língua ou de famílias de línguas, especialmente a pesquisa da 
história de sua morfologia e fonologia, tradicionalmente chamada filologia, foi englobada 
pelo que hoje se chama Linguística Histórica. 
Hermenêutica: é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-
se tanto à arte da interpretação quanto à teoria e ao treino de interpretação. A hermenêutica 
moderna, ou contemporânea, engloba não somente textos escritos, mas também tudo o 
que há no processo interpretativo. Isso inclui formas verbais e não verbais de comunicação, 
assim como aspectos que afetam a comunicação, como proposições, pressupostos, o 
significado, a filosofia da linguagem e a semiótica.
Paradigmático: relativo a um modelo, paradigma, que sugere um padrão a ser seguido. 
É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o 
estudo de um campo científico, com métodos e valores que são concebidos como modelo.
Tipológica: estudo que busca classificar por tipos. 
Vestígio: indício ou sinal de coisa que sucedeu.
GLOSSÁRIO
23
Questão 1
Resposta: Antes mesmo de ser inserido no espaço escolar, o aluno tem contato com muitos 
elementos que compõem o patrimônio material e imaterial da sociedade. Esses patrimônios 
compõem a riqueza e a diversidade cultural de diferentes grupos étnicos, culturas e grupos 
sociais, e são muito úteis para a valorização das diferentes culturais, para a desconstrução 
de preconceitos e promoção da tolerância e do respeito. Muitos alunos chegam às escolas 
com noções sobre o tempo histórico, com memórias particulares que podem ser aproveitadas 
para o ensino, com conceitos sobre família, comunidade, igualdade, entre outros que são 
úteis para o ensino da história. Frequentemente, sabem identificar datas importantes e a 
relação simbólica relacionada a elas, a começar pelo próprio aniversário.
Questão 2
Resposta: Alternativa B.
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Questão 4
Resposta: Alternativa A.
Questão 5
Resposta: Alternativa C.
Questão 6
Resposta: O ensino infantil deve privilegiar conteúdos históricos por intermédio de fontes 
diversas, de livros didáticos em diálogo com outras fontes de estudo, como acervos de 
museus, arquivos, livros não didáticos, produções literárias, periódicos do cotidiano, com as 
próprias memórias e as das pessoas que cercam os alunos, entre outros.
GABARITO
24
Questão 7
Resposta: O historiador deve procurar adotar procedimentos metodológicos que lhe 
permitam o máximo possível de objetividade, a fim de minimizar possíveis distorções 
na interpretação da realidade histórica. A leitura que se faz dos vestígios produzidos no 
passado pode estar permeada por valores e preconceitos do presente, comprometendo a 
objetividade do conhecimento histórico.
Questão 8
Resposta: O conceito de verdade na história está relacionado às fontes, porém não se 
encontra diretamente nelas, depende de uma série de análises que perpassam inclusive a 
subjetividade do próprio historiador. A distinção entre história e ficção reside no fato de que 
a literatura se apodera não só do passado, mas também dos documentos e das técnicas 
encarregados de manifestar a condição de conhecimento da disciplina histórica. Entre 
os dispositivos da ficção que minam a intenção ou a pretensão de verdade da história, 
capturando suas técnicas de prova, deve-se colocar o “efeito de realidade” operado pelos 
procedimentos de investigação histórica (CHARTIER, 2009, p. 26). Para Roger Chartier, a 
distinção entre a História e Literatura é caracterizada pela intencionalidade, dependência 
das fontes e compromisso com os métodos científicos de investigação.
Questão 9
Resposta: Em detrimento desta dificuldade, muitos conteúdos históricos são apresentados 
descolados do tempo. Muitos personagens históricos são apresentados de modo isolado do 
contexto histórico em que viveram, da sociedade a qual pertenciam. A falta de congruência 
entre a ação dos personagens com a realidade na qual viviam resulta em um passado 
separado do viver social. Quanto isto ocorre, os alunos ficam confusos, e sem a referência 
de tempo tendem a interpretar as ações dos indivíduos com tendências anacrônicas. A 
incapacidade de situarem os personagens em seus devidos períodos históricos faz com 
que a História seja considerada uma disciplina difícil, com tendência à universalidade, uma 
vez que se considera que os indivíduos agiriam de tal forma em qualquer contexto histórico, 
e nas avaliações os alunos tendem a interpretar os enunciados com esta visão.
Questão 10
Resposta: Até a primeira metade do século XX os historiadores consideravam que as 
fontes estavam relacionadas aos códigos e sistemas de linguagem gráficos, tal como 
GABARITO
25
GABARITO
a escrita. Daí a máxima que a história teria surgido com a escrita; todavia, a partir das 
contribuições teóricas da Nova História, todo e qualquer vestígio deixado pela humanidade 
passou a ser considerado objeto de investigação histórica. Desta forma, obras artísticas, 
pinturas, esculturas, documentos escritos nos mais variados gêneros literários, anotações, 
imagens estáticas ou cinéticas, vestígios materiais e arqueológicos, ou seja, toda e qualquer 
produção que traga informações sobre a vida humana passaram a compor o corpo de 
fontes históricas.
seç
ões
Tema 10
O Ensino de História e a Cultura Material
Como citar este material:
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos e 
Metodologia de História e Geografia: O Ensino 
de História e a Cultura Material. Caderno de 
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 
2014.
SeçõesSeções
Tema 10
O Ensino de História e a Cultura Material
29
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• O tratamento da cultura material a partir das novas abordagens metodológicas dos 
Annales e da Arqueologia Cultural.
• A importância da subjetividade das fontes.
• A cultura material na academia e nas salas de aula.
• O uso da cultura material como fonte para o ensino de História. 
• A leitura da cultura material.
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Ensino de Geografia e História, 
dos autores Sônia Castellar, Jerusa Vilhena, Kátia Maria Abud, André Chaves de Melo 
Silva e Ronaldo Cardoso Alves, editora Cengage Learning (Coleção Ideias em Ação), 2010, 
Livro-Texto 492. 
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson Martelli
Fundamentos e 
Metodologia de História e 
Geografia
30
CONTEÚDOSEHABILIDADES
O Ensino de História e a Cultura Material
As diferenças na relação social estabelecida em diferentes gerações com os objetos 
criados e produzidos pelos seres humanos impulsionam a refletir a respeito da dimensão 
histórica da cultura material no cotidiano. As mudanças e permanências dos objetos, os 
sentidos atribuídos a eles, seus diferentes usos ao longo do tempo, ou seja, a maneira 
como os indivíduos se relacionam com a cultura material representa, às diversas ciências 
humanas, um rico material de estudo da constituição cultural das sociedades. 
No século XIX surgiram novas ciências, como a Arqueologia, a Paleontologia e a 
Antropologia, que lançaram um olhar direcionado à diversidade material produzida 
pelos seres humanos, com o propósito de estudar a construção cultural. Os historiadores 
perceberam que os artefatos que os seres humanos criam, produzem, utilizam e consomem 
dizem respeito não só à sua trajetória histórica, mas também à construção de sua identidade. 
Entre os diferentes tipos de fontes históricas, a cultura material revela-se uma das mais 
antigas, pois é anterior ao desenvolvimento da escrita. No entanto, sua utilização pela 
ciência com o propósito de construir a História ocorreu somente a partirda emergência dos 
métodos científicos de análise histórica. 
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• O que é cultura material?
• Como utilizar fontes da cultura material para o ensino de História?
• Qual a relação entre a Arqueologia e a História?
• Existe objetividade nas fontes?
LEITURAOBRIGATÓRIA
31
LEITURAOBRIGATÓRIA
O olhar da historiografia para o horizonte da cultura material leva, inicialmente, 
ao desvelamento de três etapas de concepção de um objeto (projeto, processo 
e produto). Cabe à história realizar o caminho inverso: do produto final (o objeto 
e sua utilização) tentar entender como foi concebido (quais materiais, etapas 
de fabricação, instrumentos utilizados para a sua execução, recursos técnicos 
e tecnológicos, entre outros – elementos inerentes ao processo) e para quais 
finalidades foi pensado, isto é, para satisfazer quais necessidades, seja de 
um grupo social, seja da sociedade (etapa inerente à concepção da ideia, ao 
projeto) (CASTELLAR, 2012, p. 273).
As contribuições teóricas promovidas pela Nova História francesa, no que diz respeito 
à cultura material, são expressivamente significativas aos estudos da Arqueologia, da 
História da Arte, da História Local e História dos Costumes. A retomada dos estudos sob 
um novo olhar contribuiu para superar modelos epistemológicos de compreensão da 
história tradicional, que em áreas como a Arqueologia refletia diretamente na forma como 
as fontes eram interpretadas e legitimadas. Anteriormente, a Arqueologia era encarada 
como adequada para as sociedades que produziram fontes a partir da escrita; quando eram 
ágrafas, a preocupação recaía, sobretudo, nos elementos estéticos, de cunho artístico. 
A visão tradicional de História compreendia a Arte a partir das produções de grandes 
personagens, de estilos considerados mais significativos, e colocava à margem das 
pesquisas arqueológicas a História Local e dos Costumes. 
A partir das discussões levantadas pelos historiadores da Nova História, o olhar sobre 
as fontes foi ampliado, pois conseguiram propor métodos de investigação histórica que 
superaram as hierarquias da erudição clássica e suas compartimentações. Embora as 
pesquisas tenham dado um salto qualitativo no que diz respeito ao tratamento dado às 
fontes, até meados da década de 1970 as análises privilegiavam principalmente os projetos 
políticos e sociais a partir do viés econômico, com forte influência das teorias marxistas. A 
História Social inglesa, de heterodoxa inspiração marxista, deu grande destaque à ação de 
grupos populares e a seu cotidiano, a múltiplos suportes documentais e ao diálogo presente/
passado.
A segunda metade do século XX foi marcada por uma mudança muito significativa na forma 
como a cultura material passou a ser compreendida, e as contribuições teóricas da chamada 
Nova História Cultural francesa refletiram principalmente no que diz respeito ao caráter da 
Arqueologia enquanto disciplina. A busca por artefatos, pelos vestígios da cultura material 
permaneceu como uma das preocupações da Arqueologia, todavia, a pesquisa arqueológica 
não se restringia somente às escavações, pois, ao assumir os critérios científicos que 
se sustentam na reflexão metodológica e teórica, reconheceu que os artefatos podiam 
32
trazer ricas contribuições para o entendimento dos aspectos culturais da sociedade a qual 
pertenciam. Embora a escavação seja importante, visto que é responsável pela produção 
de novas documentações arqueológicas, ela passou a ser rigorosamente analisada levando 
em consideração não somente sua materialidade, mas também muitas outras relações que, 
amparadas por outras áreas do conhecimento científico, como a História, a Geografia, a 
Psicologia, Antropologia, resultavam em boas análises sociais e culturais. 
O professor Pedro Paulo Funari argumenta que as técnicas de escavação não são 
culturalmente neutras, pelo contrário, por meio do uso das técnicas é possível diagnosticar 
um conjunto de questões metodológicas que denotam um viés teórico e político definido, 
ou seja, histórico-culturais, processualistas e contextuais que encaminham seus trabalhos 
segundo metodologias com intenções políticas bem demarcadas (FUNARI, 2005, p. 58).
Nos últimos anos, os estudos que buscam a cultura material como fonte têm crescido muito 
no mundo acadêmico. Nas últimas décadas, a arqueologia ganhou espaço como campo 
teórico e metodológico em diálogo com outros campos científicos. Para Funari (2005, p. 
33), esta emergência dos estudos que adotam a cultura material como fonte se deve às 
contribuições dos estudos culturais. Tal como a Nova História Cultural, a arqueologia é uma 
disciplina que não pode estabelecer qualquer verdade como se detivesse em seu ofício um 
caráter comprobatório. Portanto, é importante estar ciente de que a arqueologia precisa 
dialogar, e não impor objetivamente qualquer fato. Admitindo-se que os arqueólogos se 
valham de seu ofício como discurso, é importante perceber que, no interior de seus limites, 
“cada disciplina reconhece proposições verdadeiras e falsas; mas ela repele, para fora de 
suas margens” (FOUCAULT, 2008, p. 33), mesmo porque uma disciplina não pode ser 
considerada um princípio de coerência e de sistematicidade. 
As discussões sobre o uso da cultura material pela História levam em consideração que 
a atividade dos arqueólogos não é dotada de objetividade. Tal como as demais ciências 
humanas, encontram-se dentro de um caráter discursivo no qual a atividade arqueológica 
também está inserida dentro de relações de poder. Neste sentido, a leitura que se faz 
dos vestígios deixados pelo homem passa pela interpretação de profissionais como os 
arqueólogos e historiadores, os quais estão inseridos em embates políticos e culturais na 
sociedade em que vivem. A consciência destas influências é em parte tributária às obras 
de Foucault, que levam em consideração o caráter subjetivo do sujeito na construção de 
discursos que pretendem exercer um “efeito de verdade” na sociedade. Os estudos que 
adotam a cultura material como fonte precisam compreender a sociedade em seu caráter 
LEITURAOBRIGATÓRIA
33
heterogêneo, fugindo dos discursos normativos. Este pensamento rompe com a ideia de 
que é possível encontrar, a partir da cultura material, sociedades que seguiam um só modelo 
ou norma de comportamento (FUNARI, 2005, p. 41). 
Nos últimos anos, a consciência de que as fontes históricas são na realidade discursos 
nos quais estão presentes elementos subjetivos é válida para todo tipo de fonte. De acordo 
com Siân Jones (1997, p. 57), muitos arqueólogos colocam a cultura material como um tipo 
de fonte dotado de objetividade. Esta abordagem procura anular as questões subjetivas 
e acaba criando a ilusão de que a arqueologia teria um status de supremacia sobre as 
demais fontes. Para Funari (2005, p. 33), as fontes, sejam elas arqueológicas ou históricas, 
são dotadas de subjetividade, caso contrário, não seria possível compreender os contextos 
culturais nos quais as pessoas viveram. 
Autores como Stuart Hall chamaram a atenção para o caráter subjetivo das fontes e 
apontaram que elas devem ser consideradas pelo pesquisador sob uma análise crítica, pois 
tanto artefatos quanto textos podem ser lidos sob os mesmos referenciais de cientificidade. 
Para Jones (1997), uma vez que a subjetividade é reconhecida, os documentos podem 
fornecer importantes informações sobre os contextos culturais de uma sociedade. 
A arqueologia depende de suportes teóricos de várias áreas das ciências humanas, entre as 
quais a história, sua principal interlocutora, sendo que por muito tempo ela foi considerada, 
dentro da tradição acadêmica, uma vertente da história. Atualmente, a arqueologia estuda 
“a totalidade material apropriada pelas sociedades humanas, como parte de uma cultural 
total, material e imaterial, sem limitações de caráter cronológico” (FUNARI, 1988, p. 11). 
Neste empreendimento, está cada vez mais vinculadacom a história, mas dialogando com 
outras áreas das ciências humanas, como a sociologia, a antropologia, a psicologia. Embora 
esses diálogos sejam estabelecidos, nem a história nem a arqueologia possuem um caráter 
de atestar os fatos ou a finalidade de comprovar ou confirmar algo. Frequentemente, o que 
se percebe é que os dados obtidos da cultura material podem tanto complementar o que 
a história colocou tradicionalmente como “verdade” quanto contradizer estas informações 
(FUNARI, 2005, p. 33).
Os debates sobre cultura material e História perpassam tanto a pesquisa acadêmica quanto 
o Ensino Médio e Fundamental. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de História, tais 
vínculos foram evocados a partir da Nova História francesa e da História Social inglesa, 
mesmo que de forma ligeira, além de enfatizar pouco, ou nem sequer registrar, a importância 
de se problematizar o presente de que se fala historicamente. O historiador inglês Peter 
LEITURAOBRIGATÓRIA
34
Burke alerta que a maioria dos estudos históricos sobre cultura material está relacionada 
ao clássico “trio de temas”, alimentos, vestuário e habitação, com grande ênfase à história 
do consumo. 
Tradicionalmente, os historiadores culturais atribuíram menos atenção à cultura material 
do que às ideias, deixando aquele campo aos historiadores econômicos, com influências 
teóricas do marxismo. Entretanto, nos últimos anos, muitos historiadores culturais voltaram-
se para o estudo da cultura material, aproximando-se da arqueologia e de curadores de 
museus, especialistas da história do vestuário, do mobiliário, das religiões, entre outros 
temas. Um exemplo dessa aproximação pode ser dado a partir da obra La culture dês 
habits (1989), do historiador francês Daniel Roche, que se debruçou sobre fontes da cultura 
material, como o vestuário, e desenvolveu uma análise complexa sobre o comportamento 
e a mentalidade das pessoas durante o período da Revolução Francesa (BURKE, 2004, p. 
91-92).
No plano da História Imediata, muitos exemplos de Cultura Material encontram-se na própria 
sala de aula, no espaço escolar, na vizinhança, nos corpos humanos, roupas, edifícios, 
ruas, móveis, equipamentos esportivos, alimentos, instrumentos de trabalho, entre tantos 
outros. A cultura material está acessível não somente em museus, sítios arqueológicos 
e espaços de memória, ela está presente em todos os artefatos do cotidiano, nos livros 
didáticos convencionais que costumeiramente apresentam fotografias e representações 
pictóricas. A História Imediata, por sua vez, oferece um torrencial de possibilidades temáticas 
e documentais. 
A utilização da cultura material no ensino de História proporciona várias frentes de estudos, 
como a investigação das características físicas dos artefatos; seu percurso de construção; 
suas mudanças e permanências de função, utilização, estética e valorização ao longo do 
tempo; e compreensão de aspectos de diferentes ordens da sociedade. Cabe ao professor 
construir, juntamente a seus alunos, um espaço de interatividade com os objetos que os 
cercam, para que, por meio deste olhar, possam perceber que o documento histórico é um 
suporte de informação (CASTELLAR, 2012, p. 276). 
O estudo da História a partir da cultura material deve conduzir os alunos para a historicidade 
das relações sociais concretas em que se veem envolvidos. Neste sentido, o mundo material 
apresenta-se como meio privilegiado de concretização dessas relações e, portanto, é um 
elemento importante para pensar e questionar os mecanismos de alienação e submissão 
tanto materiais como ideológicos. O morro, antes de ser enredo de escola de samba, são 
LEITURAOBRIGATÓRIA
35
as ladeiras de terra, os barracos com seus tetos de zinco, seus utensílios domésticos, seus 
varais com roupas secando... É a parir do concreto quotidiano que se pode compreender e 
criticar as próprias práticas (FUNARI, 1999 apud CASTELLAR, 2012, p. 278). 
Este procedimento privilegia a construção da consciência histórica nos alunos, de forma a 
torná-los agentes de seu próprio pensamento à medida que interpretam os artefatos que os 
cercam e/ou que lhe são apresentados diariamente nos sistemas midiáticos, não somente 
por seu aspecto utilitário, mas também pelo caráter ideológico embutido nesses objetos. 
A leitura de artefatos deve contemplar metodologias que levem o aluno a entender conceitos 
históricos a partir da análise de artefatos, de textos ou da leitura consciente de documentos 
materiais, como filmes, pinturas, dramatizações etc. A leitura histórica pode ser realizada a 
partir de eixos temáticos, tais como relações de trabalho, propriedade privada, identidade e 
diversidade cultural, relações de poder, cidadania, entre outros. Para realizar estas atividades, 
Castellar (2012, p. 282) sugere que os alunos discutam a pluralidade de ideias, como: 
• Relação da “biografia do artefato” – seu percurso histórico – com a biografia de uma 
pessoa ou da sociedade na qual o objeto se originou.
• Diferentes apropriações dos artefatos por parte das sociedades ao logo do tempo. 
• Uso ideológico dos artefatos com vistas à aquisição e/ou manutenção do poder de 
várias ordens (político, econômico, cultural) em uma sociedade.
• Presença de artefatos que indiquem conflitos entre diferentes grupos sociais.
• Relação das instituições públicas e privadas com o patrimônio material da sociedade 
(diferença no cuidado dos artefatos produzidos pelas diversas classes sociais).
• Diversas repercussões locais e globais do uso da tecnologia no aprimoramento dos 
artefatos. 
O estudo do meio é uma excelente estratégia para a construção do conhecimento histórico por 
professores e alunos, pelo fato de unir pesquisa, contato direto com o contexto, observação e 
descrição. Os estudos do meio permitem que alunos e professores entrem em contato direto 
com elementos que formam um patrimônio cultural regional ou local (fazendas, monumentos, 
prédios históricos). Esse patrimônio remete a um espaço e tempo específicos e a suas formas 
de sociabilidade, além dos significados atribuídos a eles pelas pessoas no presente, o que 
alimenta a construção da memória e do imaginário (CASTELLAR, 2012, p. 241). 
LEITURAOBRIGATÓRIA
36
Uma das diretrizes do ensino de História propõe que sejam articulados o cotidiano, a história 
de vida dos alunos à história local e nacional. Por meio da cultura material disponível no dia 
a dia dos alunos é possível desenvolver atividades com este objetivo. Por exemplo, quando 
o professor proporciona que os alunos entrem em contato com utensílios domésticos, peças 
de roupas e instrumentos de trabalho guardados na casa dos habitantes da cidade, ele 
permite que os alunos analisem o modo de vida das gerações anteriores e atuais, das 
transformações pelas quais a cidade passou e as razões dos usos e desusos dos artefatos, 
entre tantas outras abordagens. Ao adotar tal estratégia de ensino, o professor consegue 
demonstrar ao aluno que a história é construída por pessoas, consideradas comuns, em 
suas práticas cotidianas. 
A construção do conhecimento histórico ocorre quando os alunos conseguem relacionar os 
artefatos com sua própria história, com a história de sua família, de sua localidade e até de 
seu país. Quando o aluno se apropria da ideia de que seus próprios objetos e os de sua 
sociedade são fontes importantes para a construção da História, está aberta a possibilidade 
de aprimoramento de sua consciência crítica em relação ao mundo.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Conheça o projeto desenvolvido pela professora Agnes Pereira Machado, com turmas do 3o 
ano do Ensino Fundamental.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/historia-cotidiano-677974.
shtml>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Trata-se de um projeto que trabalha o uso da cultura material para problematizar conteúdos 
históricos, o qual conquistou o Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/historia-cotidiano-677974.shtmlhttp://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/historia-cotidiano-677974.shtml
37
Leia o artigo: F. Braudel: tempo histórico e civilização material. Um ensaio bibliográfico. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v3n1/a20v3n1.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
O artigo traça as principais contribuições do historiador Fernand Braudel à chamada Nova 
História Cultural. 
Leia o artigo: Além das coisas e do imediato: cultura material, História imediata e ensino de 
História, escrito por Marcos Silva.
Disponível em: <http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/v11n21a07.pdf>. Acesso 
em: 02 jan. 2014. 
Este artigo busca refletir sobre algumas possibilidades do Ensino de História com o universo 
da Cultura Material e a História Imediata. Ele evoca estas problemáticas nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais – História e comenta dois ensaios da coleção “História da vida 
privada no Brasil”, que lhe são pertinentes. 
Leia o artigo: Os objetos, suas características memoriais e documentais, escrito por Rafaela 
Nunes Ramos.
Disponível em: <http://www.eeh2012.anpuh-rs.org.br/resources/anais/18/1346367462_
ARQUIVO_Trabalhocompleto.pdf>. Acesso em 02 jan. 2014.
O artigo procura mostrar que a cultura material (muitas vezes enquadrada na categoria de 
patrimônio) sempre fez parte da dinâmica social, portanto, deve-se entendê-la não somente 
no seu âmbito artístico ou intelectual, mas também como um amplo sistema simbólico por 
meio do qual um grupo social interpreta seu presente e seu passado, codifica seus valores 
e organiza seus padrões estéticos, éticos e morais. Assim, os vestígios culturais podem 
ser utilizados como documento, como fonte de pesquisa para o levantamento de hipóteses 
históricas. A partir deste estudo, então, propõe-se ressaltar como se desenvolveu, ao longo 
do tempo, a constituição do patrimônio tal como é percebido na atualidade, as características 
memoriais e documentais dos objetos, além de discutir a importância que estes têm para o 
desenvolvimento da arqueologia, da museologia, bem como da história. 
Vídeos Importantes
Assista ao vídeo: Narrativa histórica e memória oral.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=nxf0rUQSkJk&list=PL916A6A43
3B651439>. Acesso em 02 jan. 2014.
O vídeo apresenta a experiência da historiadora Sonia Maria Freitas na constituição do 
acervo de memória oral do Museu da Imigração e o arquivo do CPDOC, no Rio de Janeiro. 
LINKSIMPORTANTES
http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v3n1/a20v3n1.pdf
http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/v11n21a07.pdf
http://www.eeh2012.anpuh-rs.org.br/resources/anais/18/1346367462_ARQUIVO_Trabalhocompleto.pdf
http://www.eeh2012.anpuh-rs.org.br/resources/anais/18/1346367462_ARQUIVO_Trabalhocompleto.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=nxf0rUQSkJk&list=PL916A6A433B651439
http://www.youtube.com/watch?v=nxf0rUQSkJk&list=PL916A6A433B651439
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LINKSIMPORTANTES
O vídeo-documentário aborda a importância da narrativa, da história oral e de memórias 
pessoais para a construção da história social. Três exemplos conduzem o programa, 
mostrando a abrangência e as possibilidades da narrativa histórica e da memória oral. 
Assista ao vídeo: YAÕKWA, um patrimônio ameaçado.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=VHbPDF9dnMU>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O vídeo mostra um dos mais importantes rituais indígenas da atualidade, o Yaõkwa 
dos índios Enawênê Nawê, no rio Juruena no norte de Mato Grosso, que acaba de ser 
reconhecido como patrimônio imaterial pelo IPHAN, mas está ameaçado pela construção 
de um complexo de hidrelétricas. 
Assista ao vídeo: Educação Quilombola.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=o0m88b6y5yg&list=PL916A6A43
3B651439>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O vídeo apresenta a entrevista com a pesquisadora Luanda Rejane Soares Sito, da 
Unicamp. Ela responde diversas questões sobre Educação quilombola, entre elas: O que é 
uma comunidade quilombola?
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
http://www.youtube.com/watch?v=VHbPDF9dnMU
http://www.youtube.com/watch?v=o0m88b6y5yg&list=PL916A6A433B651439
http://www.youtube.com/watch?v=o0m88b6y5yg&list=PL916A6A433B651439
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Questão 1:
A História da humanidade pode ser apre-
endida pelos vestígios humanos e, portan-
to, ela está em todo lugar. Todavia, mui-
tas escolas continuam presas em ensinar 
somente por meio do material didático. A 
partir de seus conhecimentos, explique por 
que é possível afirmar que a História não 
está só no livro didático.
Questão 2:
No século XVIII, o desenvolvimento cien-
tífico assumiu importância crescente, pois 
as investigações sobre a cultura, os ves-
tígios humanos, a biologia e demais ciên-
cias exatas assumiram metodologicamen-
te o caminho da racionalidade. No século 
XIX, algumas ciências foram consolidadas 
como disciplinas e passaram a promover 
investigações cada vez mais direcionadas. 
Entre estas ciências encontram-se a: 
____________________, uma ciência que 
estuda a vida do passado da Terra e seu 
desenvolvimento ao longo do tempo ge-
ológico, bem como os processos de inte-
gração da informação biológica no registro 
geológico. 
_____________________, uma ciência 
que tem como objeto o estudo sobre o ho-
mem e a humanidade de maneira totali-
zante, ou seja, abrangendo todas as suas 
dimensões. 
_____________________, uma ciência 
que estuda as culturas e o modo de vida da 
humanidade no passado, a partir de uma 
análise dos vestígios materiais.
Questão 3:
Nas últimas décadas, a arqueologia ga-
nhou espaço como campo teórico e me-
todológico em diálogo com outros campos 
científicos. Sobre esta ciência é possível 
afirmar: 
a) A arqueologia tem como objeto de 
estudo todos os vestígios humanos que 
estão soterrados ou escondidos em 
cavernas e locais inexplorados. 
b) A arqueologia estuda a cultura material, 
ou seja, investiga aqueles que têm acesso 
à cultura e aos bens materiais. 
c) A história e a arqueologia diferem-se 
em seus objetivos, pois, enquanto uma 
estuda o passado da humanidade a partir 
da escrita, a outra estuda as sociedades 
ágrafas. 
d) A história e a arqueologia não possuem 
como objetivo a pretensão de comprovar 
os fatos. 
e) A arqueologia é uma disciplina que 
busca a objetividade em seus estudos.
AGORAÉASUAVEZ
40
Questão 4:
A arqueologia se propõe a estudar a totali-
dade material apropriada pelas sociedades 
humanas, como parte de uma cultural total, 
material e imaterial. Para isto, ela dialoga 
com outros campos científicos. Entre eles 
estão: 
a) História – Filosofia – Agronomia – 
Biblioteconomia.
b) Psicologia – História – Sociologia – 
Antropologia.
c) Química – Astronomia – Sociologia – 
Antropologia. 
d) Ciências Sociais – Genética – Filosofia 
– Sociologia. 
e) História – Biblioteconomia – 
Arquivologia – Sociologia.
Questão 5:
O morro, antes de ser enredo de escola de 
samba, são as ladeiras de terra, os barra-
cos com seus tetos de zinco, seus utensí-
lios domésticos, seus varais com roupas 
secando... É a partir do concreto quotidiano 
que se pode compreender e criticar as pró-
prias práticas (FUNARI, 1999 apud CAS-
TELLAR, 2012, p. 278). A partir do enun-
ciado, pode-se concluir que a arqueologia 
se preocupa com: 
a) O estudo do relevo e das formas de 
habitação das pessoas.
b) Os elementos subjetivos presentes na 
cultura material. 
c) O estudo da história das escolas de 
samba e dos locais de cultura popular.
d) O estudo dos mais diferentes tipos de 
moradia. 
e) Roupas, ladeiras, barracos e utensílios 
domésticos são os únicos elementos que 
podem ser trabalhados pela arqueologia 
nas favelas.
Questão 6:
A Nova História Cultural influenciousigni-
ficativamente os estudos Arqueológicos, 
pois questionava o uso exclusivo de fontes 
oficiais e incorporava novas fontes, antes 
ignoradas, como as relacionadas à cultu-
ra material. Explique como a arqueologia 
investigava a cultura material antes deste 
novo olhar sobre as fontes.
Questão 7:
No século XX, a ciência arqueológica mo-
dificou significativamente a forma como in-
terpretava os vestígios materiais. A que se 
referem estas mudanças?
AGORAÉASUAVEZ
41
Questão 8:
A visita a um museu é muito significativa ao 
se ensinar história. Nesta oportunidade, os 
alunos deixam o espaço habitual da escola 
e passam a ter contato com novos conhe-
cimentos. Explique qual a relação existen-
te entre museus e preservação da cultura 
material.
Questão 9:
A fotografia é uma fonte muito útil para a 
análise da cultura material. Por se tratar de 
um indício de algo que aconteceu no pas-
sado, muitos consideram que se trata de 
uma prova irrefutável de verdade histórica. 
Explique por que esta afirmação deve ser 
relativizada.
Questão 10:
Explique qual a diferença entre as fontes 
da cultura material e as fontes fílmicas no 
que diz respeito à sua constituição como 
fonte.
AGORAÉASUAVEZ
42
Neste tema, você aprendeu sobre a importância da cultura material como fonte para 
o ensino da História. Você pôde perceber que todo tipo de fonte, seja ela escrita, pictórica, 
oral ou material é transpassado pela subjetividade dos sujeitos que a produziram. Você ficou 
por dentro das discussões teóricas realizadas pelos historiadores da cultura em relação aos 
estudos arqueológicos. Compreendeu também a importância de se trabalhar com fontes 
diversas, a fim de desenvolver a consciência histórica dos alunos.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
ANTUNES, Celso. A sala de aula de Geografia e História: inteligências múltiplas, aprendi-
zagem significativa e competência no dia-a-dia. 6. ed. Campinas: Papirus, 2001.
BURKE, Peter. A Escola dos Annales: 1929-1989. São Paulo: Edit. Univ. Estadual Paulis-
ta, 1991.
_______. O que é história cultural? 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. 
CASTELLAR, Sonia et al. Ensino de Geografia e História. São Paulo: Cengage, 2012. 
CERTEAU, Michel de. A operação histórica. In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre. Histó-
ria, Novos Problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976. p.17-48. 
CHARTIER, Roger. A beira da falésia: a história entre incertezas e inquietudes. Trad. Pa-
trícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Ed. Universidade /UFRGS, 2002.
REFERÊNCIAS
FINALIZANDO
43
REFERÊNCIAS
_______. A história ou a leitura do tempo. Trad. Cristina Antunes. Belo Horizonte: Editora 
Autêntica, 2009.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. 
16. ed. São Paulo: Loyola, 2008.
FONSECA, Selva G. A história na educação básica: conteúdos, abordagens e Metodo-
logias. In: SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – PERSPECTIVAS 
ATUAIS, 1., Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte, nov. 2010. 
_______. (Org.) Ensino fundamental: conteúdos, metodologias e práticas. Campinas: Áto-
mo & Alínea, 2009. 
FUNARI, Pedro Paulo et al. Identidades, discurso e poder: Estudos da arqueologia con-
temporânea. São Paulo: Fapesp e Annablume, 2005. 
GÜLLICH, Ismael da Costa. Educar pela pesquisa: formação e processos de estudo e 
aprendizagem com pesquisa. Revista de Ciências Humanas, Universidade Regional Inte-
grada do Alto Uruguai e das Missões, Ano VIII, n. 10, 2007.
ROCHA, Antonio Penalves. F. Braudel: tempo histórico e civilização material. Um ensaio 
bibliográfico. Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 3, jan./dez., 1995. 
SHANKS, Michael; TILLEY, Christopher. Social Theory and Archeology. Oxford: Polity 
Press, 1987.
SILVA, Marcos. Além das coisas e do imediato: cultura material, História imediata e ensino 
de História. Revista do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense - 
Revista Tempo, Niterói, n. 21, jul. 2006. 
SILVA, Marcos; FONSECA, Selva G. Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e per-
das. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 31, n. 60, 2010.
VASCONCELOS, José Antônio. Fundamentos Epistemológicos da História. Curitiba: 
Ibpex, 2009. (Col. Metodologia do Ensino de História e Geografia, v.5).
44
Antropologia: é a ciência que tem como objeto o estudo sobre o homem e a humanidade 
de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões. 
Cotidianas: que ou aquilo que se faz ou que se sucede todos os dias. 
Cultura material: por cultura material entende-se aquele segmento do meio físico que 
é socialmente apropriado pelo homem. Por apropriação social convém pressupor que o 
homem intervém, modela, dá forma a elementos do meio físico segundo propósitos e normas 
culturais. Essa ação, portanto, não é aleatória, casual, individual, mas se alinha conforme 
padrões, entre os quais estão inclusos objetos e projetos. Assim, o conceito pode abranger 
artefatos, estruturas, modificações de paisagem, como coisas animadas (uma sebe, um 
animal doméstico) e, também, o próprio corpo, na medida em que ele é passível deste tipo 
de manipulação (deformações, mutilações), ou, ainda, seus arranjos espaciais (um desfile 
militar, uma cerimônia litúrgica) (MENESES, 1983, p. 112 FUNARI, 2006, p. 13). 
Paleontologia: é a ciência natural que estuda a vida do passado da Terra e seu 
desenvolvimento ao longo do tempo geológico, bem como os processos de integração da 
informação biológica no registro geológico, isto é, a formação dos fósseis.
GLOSSÁRIO
45
GABARITO
Questão 1
Resposta: Deve-se reconhecer que a história pode ser apreendida por todo e qualquer 
vestígio material deixado pelos homens. É possível encontrar a história nas ruas, nas 
fachadas dos prédios, em monumentos, nos utensílios domésticos, nas roupas, na 
decoração das casas, entre outros. Embora o livro didático seja uma fonte muito útil e 
rica em informações, o ensino da história não pode se restringir a ele. A história pode ser 
apreendia a partir da cultura material e imaterial. É possível entender a história a partir dos 
hábitos, dos costumes, a partir da linguagem, das tradições religiosas, entre outros.
Questão 2
Resposta: PALEONTOLOGIA, uma ciência que estuda a vida do passado da Terra e seu 
desenvolvimento ao longo do tempo geológico, bem como os processos de integração da 
informação biológica no registro geológico. 
ANTROPOLOGIA, uma ciência que tem como objeto o estudo sobre o homem e a 
humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões. 
ARQUEOLOGIA, uma ciência que estuda as culturas e os modos de vida da humanidade 
no passado, a partir de uma análise dos vestígios materiais.
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Questão 4
Resposta: Alternativa B.
Questão 5
Resposta: Alternativa B.
46
GABARITO
Questão 6
Resposta: A Arqueologia era encarada como adequada para as sociedades que produziram 
fontes a partir da escrita; quando eram ágrafas, a preocupação recaía, sobretudo, nos 
elementos estéticos, de cunho artístico. A visão tradicional de História compreendia a Arte a 
partir das produções de grandes personagens, de estilos considerados mais significativos, 
e colocava à margem das pesquisas arqueológicas a História Local e dos Costumes.
Questão 7
Resposta: A busca por artefatos, por vestígios da cultura material permaneceu como uma 
das preocupações da Arqueologia; todavia, a pesquisa arqueológica não se restringia 
somente às escavações, pois, ao assumir os critérios científicos que se sustentam na reflexão 
metodológica e teórica, reconheceu que os artefatos podiam trazer ricas contribuições 
para o entendimento dos aspectos culturais da sociedade a que pertenciam. Embora a 
escavação seja importante, visto que é responsável pela produção de novas documentações 
arqueológicas, ela passou a ser rigorosamente analisada levando em consideraçãonão 
somente sua materialidade, mas muitas outras relações que, amparadas por outras áreas 
do conhecimento científico, como a História, a Geografia, a Psicologia, a Antropologia, 
resultavam em boas análises sociais e culturais.
Questão 8
Resposta: O museu é um espaço complexo no qual ocorrem os processos de pesquisa, 
guarda, conservação e comunicação à sociedade dos vestígios materiais produzidos pela 
sociedade. Seu papel na atualidade é definido por uma ação educativa. Os produtos da 
cultura material, conservados em museus, permitem que o público tenha acesso à produção 
humana do passado. No museu, os alunos podem conhecer a cultura material que ajuda a 
explicar aspectos da comunidade/sociedade de diversas épocas e dimensões. Este é um 
espaço em que os objetos narram histórias, cristalizam memórias que podem ajudar outras 
histórias, novas narrativas.
Questão 9
Resposta: Embora a fotografia apresente um indício gravado de algo que aconteceu, ela 
precisa ser trabalhada como uma representação da realidade, elaborada a partir de valores, 
culturais e estéticos de seu autor. A fotografia é carregada de intenção, possui objetivos que 
precisam ser considerados. A “realidade” situada nas fotografias precisa ser situada em seu 
47
GABARITO
tempo e espaço. A fotografia pode ser um bom instrumento para que sejam comparadas 
imagens que retratam o passado e o presente, o que permite que sejam analisadas as 
mudanças históricas.
Questão 10
Resposta: Apesar da tentativa de reconstituir ou explicar o passado, os filmes, sejam 
eles documentários ou de ficção histórica, remetem a representações e ao conhecimento 
histórico de seus criadores. Assim, os filmes tornam-se documentos, fontes que podem 
ser analisadas tanto em relação a seu conteúdo quanto em relação à sua constituição, por 
serem produções intencionais, produzidos com a consciência de que serão problematizados. 
Os vestígios humanos não foram produzidos para serem investigados a posteriori como 
objetos de composição histórica. Estes objetos estavam relacionados a objetivos funcionais. 
Deve-se ter a consciência de que as imagens são recursos narrativos construídos a partir 
de intencionalidades e valores, não traduzem a verdade histórica absoluta dos fatos, pois 
representam a interpretação humana, subjetiva dos fatos. A cultura material apresenta objetos 
concretos, que também são frutos de intencionalidades, porém que não foram criados para 
serem investigados, à época de sua produção, pois os objetos foram desenvolvidos com 
pretensões utilitárias. Enquanto os filmes são construídos a partir da seleção de elementos 
que irão compor a imagem, do som que os acompanha, da articulação destes elementos a 
partir da edição, procurando apresentar ideias, valores, sentidos plurais, a cultura material 
se apresenta tal como foi produzida, sem a intenção de orientar olhares, de interferir nos 
valores e sentidos dos outros ou de expor conscientemente a subjetividade dos envolvidos 
em sua produção.

Outros materiais