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ADMINISTRAÇÃO Wilson Monteiro de Oliveira Custos, Demanda, Mercado e demais Fatores que Impactam na Formação de Preço de Vendas JABOATÃO DOS GUARARAPES 2020 Atividade Pratica Supervisionada – (APS) 1. O aluno deverá efetuar a leitura criteriosa dos seguintes artigos: a. CALLADO et al. Análise da Gestão de Custos e Formação de Preços em Organizações Agroindustriais Paraibanas. V Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, 2005. Disponível em http://www.congressousp.fipecafi.org/anais/artigos52005/142.pdfb. SOUZA et al. Proposta de ferramenta de análise de custos para o suporte à formação de preços em empresas varejistas de pequeno porte. XVIII Congresso Brasileiro de Custos, 2011. Disponível em https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/480/480 2. O aluno deverá redigir um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Custos, Demanda, Mercado e demais Fatores que Impactam na Formação de Preço de Vendas”. 3. Todo o texto deverá ser referenciado (ABNT), no mínimo, nos artigos indicados. 4. Em seus argumentos o aluno deverá necessariamente explorar as diferentes abordagens para a formação do preço de vendas, dando especial ênfase aos modelos baseados em custos e aos modelos baseados em demanda (preço de mercado). 5. Deverá ser discutida qual foi a metodologia mais utilizada em ambos os seguimentos dos artigos (Agroindustrial e Varejo), com argumentos sobre sua adequação ao conteúdo aprendido na aula e apresentado na literatura especializada. Artigo 1 – Análise da Gestão de custos e formação de Preços em Organizações Agroindustriais Paraibanas RESUMO Qualquer abordagem que trate da análise da eficiência empresarial irá tratar também da definição de preços, Administração Financeira, Contabilidade e Marketing, trazendo em seu conteúdo a Análise de Gestão de Custos e a formação de preços, (FP). Podemos demonstra de forma segura, à implantação do sistema de custos, e torna-se irrefutável que o principal critério a atingir ao processo de formação de vendas nas empresas que foram analisadas foi o markup, que é o que indica quanto do preço, do produto, está acima do seu custo de produção e distribuição, ou a diferença entre o custo de um bem ou serviço e seu preço de venda, que pode ser expresso como uma quantia fixa ou um percentual. 1. INTRODUÇÃO: É um grande desafio para as empresas, firmar o preço de seus produtos ou serviços, devido os impactos sofridos em decorrência das influências do mercado, considerando a qualidade dos produtos, a oferta, poder aquisitivo das pessoas, e as escolhas que são feitas. O mercado se impõe naturalmente, de forma cada vez mais seletiva e essencial, trazendo a qualidade agregada aos preços que se dispõe a ser pago. Consequentemente, os preços cobrirão as despesas e os custos, e obter margem de retorno ao capital aplicado. A formação de preços é fundamental para que se conheçam seus limites financeiros. É através dos resultados em termos de vendas, que as empresas asseguram suas atividades ao longo do tempo. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 AGROINDUSTRIA A agroindústria é um segmento da cadeia que vai desde o fornecimento de insumos agrícolas até o consumidor. Em comparação a outros segmentos industriais da economia, ela apresenta uma certa originalidade decorrente de três características fundamentais das matérias-primas: sazonalidade, perecibilidade e heterogeneidade. A agroindústria traz a soma das operações de produção, a distribuição dos suprimentos agrícolas, e também especiais cuidados com o armazenamento, processamento e distribuição de seus produtos e os itens que deles são produzidos, abrangendo assim as áreas de cadeia produtiva. O agronegócio (também chamado de agrobusiness) é uma das referências de crescimento do País; o que inclui desde sua participação no PIB, o seu desempenho na Balança Comercial, além da Internacionalização do agronegócio. 2.2 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA As decisões empresariais, passa pela opção da escolha que melhor se enquadre a seus interesses, fazendo a coleta de dados sobre custos, despesas, mercado e tecnologia. O maior desafio das empresas é reduzir os custos e despesas para que a sua margem de contribuição seja maior, elaborando assim estudos sobre os seus limites, não oferecendo produtos e serviços inferiores aos custos e despesas ou com margem insuficiente ao capital. O preço de um produto ou serviço sempre vai levar em conta a oferta e a demanda, e as influências que incidem sobre elas: os clientes, os concorrentes e os custos. Os clientes influenciam na análise que fazem do valor cobrado pelo bem ou serviço e os benefícios advindos deles. Não é só o preço baixo que conta na sua diferenciação para que valha mais. Os custos e os preços da concorrência afetam os preços cobrados. Produtos alternativos e similares (muitas vezes, sem a menor preocupação com a qualidade), podem afetar a demanda e forçar muitas vezes a empresa a baixar seus preços. Já uma empresa livre de concorrência pode elevar seus preços naturalmente. Os custos influenciam os preços à medida que afetam a oferta. Quanto menor for o custo de um produto em relação ao seu preço, maior será a capacidade de fornecimento da empresa. 3. METODOLOGIA Na pesquisa descrita aqui, com relação aos fins é exploratória e descrita. Exploratória, pois se preocupou em ampliar o acompanhamento sobre a FP em agroindústrias, e descrita porque descreve a participação dos gestores das agroindústrias na FP, e a indispensável gestão de custos neste processo. 4. RESULTADOS OBTIDOS O que ficou mais evidente, foi a importância da implantação de um sistema de controle de custos, e de que os que não o possuem atualmente, se dividem entre os que reconhecem sua necessidade declarando que estão em fase de adaptação, ou que pretende fazê-lo o quanto antes. A pesquisa evidenciou também, a variação no que atinge á responsabilidade do profissional quanto ao registro dos custos, havendo uma prevalência relativa ao Gerente Geral, com cerca de 30% das empresas pesquisadas tendo este profissional neste papel. Este trabalho apresentou ainda, na relação dos fatores limitantes, a pouca preocupação dos gestores no acompanhamento e controle dos custos de produção, não dispondo assim de um sistema eficaz de controle. No que se refere a critérios de FP de vendas, o mais relevante foi perceber a utilização de um índice sobre o custo da produção representando 70% destas empresas no universo da pesquisa. Com referência aos preços das vendas a prazo, o que se destaca é a constatação de que 45% das empresas pesquisadas negociam com os preços e os prazos também. Observou-se que 65% das agroindústrias pesquisadas utilizaram formulários específicas para controle dos estoques de produção, e que quanto ao processo do registro dos custos de produção, constatou-se que 50% fazem todos os registros corretamente. No que se refere à forma de organização do registro dos custos de produção, 75% são agrupados em conta. Verificou-se ainda que quanto à base de valorização dos insumos, a base de valor mais utilizada é a reposição com 45% destas empresas. Com relação ao método de custeio, o método de apropriação dos custos de produção, o custeio direto é o mais utilizado, com 50%, embora o custeio por absorção também é muito empregado com 45% das empresas utilizando-o. O período mais utilizado como base para elaboração dos relatórios de custo é o mensal com 65% de representação. Quando se aborda os critérios utilizados no processo de definição dos lucros, quase sempre não há certeza da existência de lucros: 35% do total de entrevistados identificam a existência de lucros através das sobras de caixa ao final do processo. No que se trata de periodicidadede atualização dos relatórios de custos, 40% possuem atualização periódica e 40% possuem atualização constante. E finalmente, quanto à forma de registros dos custos de produção 65% destes registros são feitos em formulários próprios. 5. CONCLUSÕES De uma vez que abordamos acima, os destaques em cada item, ressaltamos que muitas das empresas pesquisadas, com referência aos fatores limitantes para a implantação de custos alegou que a Contabilidade Gerencial fornecia dados suficientes para a gestão de seus negócios. Nota: Pôde-se observar, no âmbito geral da pesquisa, que uma parcela considerável das empresas pesquisadas não desenvolveu ainda toda a qualificação necessária para a devida gestão de custos, e a cosequente eficiência de seu produto produtivo e lucrativo com segurança e garantia de sua continuidade no mercado. REFERÊNCIAS CALLADO, Aldo Leonardo Cunha et al. Análise da gestão de custos e formação de preços em organizações agroindustriais paraibanas. In: Anais do Congresso Brasileiro de Custos-ABC. 2005. https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/1911/1911 https://www.researchgate.net/publication/277093967_CUSTOS_E_FORMACA O_DE_PRECOS_NO_AGRONEGOCIO https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/1911/1911 Artigo 2 - Proposta de Ferramenta de Análise De Custos Para o Suporte à Formação de Preços em Empresas Varejistas de Pequeno Porte RESUMO O varejo conseguiu grande crescimento nos últimos 50 anos sendo considerado um dos maiores setores da economia mundial. O processo de formação de preços (FP) é essencial para o crescimento e continuidade dos negócios. O presente estudo possui natureza descritiva e qualitativa, sendo realizado através das constatações após o estudo realizado numa empresa varejista do setor de autopeças. 1. INTRODUÇÃO É evidente que em toda a sociedade, que o varejo nas últimas décadas, expandiu-se grandemente e é considerado um dos maiores setores da economia mundial, gerando emprego e renda, e movimentando assim toda a economia. A grande expansão deste segmento trouxe também novos modelos de lojas, muita variedade de produtos e serviços, e consequentemente mais fornecedores e produtos, fazendo com que exista por parte dos consumidores uma maior exigência no que consiga a uma melhor qualidade no atendimento e no preço. No processo de (FP), se observam os objetivos da empresa, que podem ser, o estabelecimento de uma imagem forte e a conquista de uma parcela importante do mercado com preços competitivos. 2. O MERCADO VAREJISTA E O SETOR DE AUTOPEÇAS O varejo é o conjunto de atividades que englobam o processo de venda de produtos e serviços, visando atender às necessidades do consumidor final. Consiste no elo entre o nível de consumo e o nível do atacado ou produção. O varejo é um segmento dinâmico, que se transforma rapidamente, que abre espaços e atende aos diversos tipos de consumidores. O varejo é o intermediário entre o produtor e o consumidor final, objetivando o lucro. O setor de autopeças nos últimos anos vem apresentando um crescimento motivado principalmente pelas montadoras que influenciaram a demanda nos mercados interna e externo. 3- O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS A (FP) é influenciada pela lei a oferta e da procura, sendo que o preço é a expressão quantitativa que ajuda a controlar a eficiência expressada em valores, de um bem ou serviço. Os cinco fatores determinantes para a (FP) de vendas com os objetivos da empresa são: A AÇÃO DO GOVERNO – que tem sua relação com os impostos incidentes sobre a empresa; A SITUAÇÃO COMPETITIVA DA EMPRESA – ligada à posição com os seus concorrentes; A ESTRUTURA DE CUSTOS – que depende também do poder de negociação frente aos fornecedores e A DEMANDA DO MERCADO – que está relacionada ao tipo de setor que a empresa está inserida; A (FP) também leva em conta de forma imprescindível, AS INFORMAÇÕES DOS PREÇOS DA CONCORRÊNCIA. A empresa só pode manter-se competitiva no mercado, considerando os tributos para a (FP); aqueles que atingem resultados sobre o faturamento ou os lucros. O preço determinado pelo custo é obtido com uma margem de lucro pré- estabelecida que permita cobrir as despesas e ainda resulte na obtenção do lucro esperado. Os custos fixos e variáveis devem ser utilizados para o cálculo dos preços de vendas pelo varejista, sendo que custos bem controlados mantêm os preços de níveis competitivos. A (FP) deve ser feita com base na percepção de valor. Nesse caso, o preço de venda deve ser formado considerando o valor que os clientes entendem como justo para adquirir aquela mercadoria. É óbvio que não é apenas o preço que influencia as compras dos clientes, uma vez que eles consideram também o benefício percebido ao comprar em uma loja ou em outra. Os varejistas possuem concorrência e desenvolvem técnicas variadas para atrair os clientes e gerar assim satisfação. Diversos fatores motivam o cliente a decidir pela compra de uma mercadoria. A relação entre o preço e a percepção do benefício que a mercadoria proporciona é impactantes variáveis na decisão pela compra. 4 - METODOLOGIA Este trabalho desenvolveu além de sua forma descritiva, a sua natureza qualitativa, tendo o estudo de caso como o seu meio de execução. Através do estudo descritivo, identificaram-se as variáveis que impactam na (FP), e através da análise qualitativa, pôde-se fazer uma relação minuciosa das relações destas variáveis. Os dados coletos tiveram natureza primária, junto ao gestor da empresa, e a natureza secundária por meio de consulta a arquivos, documentos disponíveis na empresa e por meio da revisão literária. 5- ESTUDO DE CASO Este item procurou descrever: 5.1 A DESCRIÇÃO DA EMPRESA - É uma empresa varejista de pequeno porte da cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais. A pesquisa considerou seu ano de fundação, a quantidade de sócios e de funcionários e a existência ou não de filiais. Sua missão, sua missão é atender às necessidades dos clientes, oferecer um bom atendimento e um estoque amplo e diversificado com linhas de produtos atualizadas. Além disso, a empresa tenta oferecer preços atrativos e compatíveis com os praticados pela concorrência. Além de sua forma de negociação com os fornecedores. A pesquisa considerou ainda a forma de revenda de seus produtos que compõem sua atividade principal, o seu faturamento anual e o seu regime de tributação, e consequentemente a forma de como ela recolhe os impostos. 5.2 A DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE VENDAS DA EMPRESA Percebeu-se que a empresa pesquisada realiza o controle de estoques de mercadorias através de um sistema automatizado, que compreende desde a compra até a venda de seus produtos. Faz-se ali a sistemática conferência das entradas e saídas das mercadorias, verificando assim a média de vendas e o relacionamento com os seus fornecedores, o que vai refletir de maneira impactante na aquisição das mercadorias e a sua relação com os preços dos produtos adquiridos. 5.3 O DIAGNÓSTICO E AS PERSPECTIVAS EM RELAÇÃO AO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PREÇOS A (FP) da empresa é baseada no custo sobre o qual é aplicado um markup estipulado pela empresa. Atualmente, para realizar o cálculo do preço das mercadorias a ser vendida, a empresa utiliza uma planilha que consideram variáveis como a escolha das mercadorias, os impostos incidentes sobre as compras, e o markup que a empresa deseja aplicar ao custo da mercadoria. O processo de (FP) atual gera uma margem de contribuição sobre o custo abaixo do esperado, pois não considera as variáveis que incidem sobre o preço de venda, tornando a margem de lucro mais baixa que o desejado. 6- CONCLUSÕES O processo de (FP) é essencial para o Crescimento e continuidade de um negócio. Para tanto, a empresa deve analisar variadosaspectos mercadológicos, a percepção do valor pelo cliente, a tributação entre outros fatores que concorrem para a (FP) das mercadorias. Vale ainda salientar que o markup pré-estabelecido pode ser alterado de acordo com as necessidades da empresa e ao final são apresentados os resultados de forma que a mesma possa avaliar as possíveis mudanças a serem realizadas no segmento do varejo. A altíssima tributação dos impostos, o oportunismo por parte de alguns fornecedores, além da concorrência desleal referente à pratica de preços abusivos, especialmente em períodos de crise (ou de pandemia, como o que estamos vivendo), são apenas alguns dos fatores de desaceleração da economia e a luta heroica e quase desumana de toda esta categoria. REFERÊNCIAS DE SOUZA, Antônio Artur; TOLEDO, Renata Rubia Torres Costa; ALMEIDA, Fernando Toledo. Proposta de ferramenta de análise de custos para o suporte à formação de preços em empresas varejistas de pequeno porte. In: Anais do Congresso Brasileiro de Custos-ABC. 2011.
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