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TCC PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

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UNIJUÍ-UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL 
DECON-DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO REALIZADO EM UMA EMPRESA 
QUE ATUA NO RAMO DE COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS 
 
 
 
 
 
 
 Andréia Zangirolami 
 
 
 
 
Professor Orientador: André Hoffmann 
 
 
 
 
Ijuí, RS, Agosto de 2010. 
 
2 
 
 
UNIJUÍ-UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL 
DECON-DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO REALIZADO EM UMA EMPRESA 
QUE ATUA NO RAMO DE COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão do curso para obtenção do 
título de Bacharel em Ciências Contábeis, 
apresentado no Decon - Departamento de 
Economia e Contabilidade da Universidade 
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande 
do Sul-Unijuí. 
 
 
 Andréia Zangirolami 
 
 
Professor Orientador: André Hoffmann 
 
 
Ijuí, RS, Agosto de 2010. 
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AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus que iluminou o meu caminho durante 
esta caminhada. 
 
Á minha família, em especial meus pais, pelo apoio, incentivo e carinho 
dedicados a mim. Devo a eles tudo o que sou hoje. 
 
Agradeço à amigas, pela amizade e por estar sempre ao meu lado em 
diversos momentos da minha vida, sou muito grata á elas. 
 
Aos professores do curso pela atenção, em especial ao meu orientador, 
Professor André Hoffmann, pela dedicação e disponibilidade. 
 
Agradeço a Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – 
Unijuí, por ter nos repassado o conhecimento necessário à nossa formação. 
 
A todos que colaboraram de uma maneira ou outra para a elaboração deste 
trabalho, o meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................... 11 
1.1 Área de Conhecimento Contemplada ......................................................................... 11 
1.2 Caracterização da organização .................................................................................... 11 
1.3 Problematização do tema ............................................................................................ 11 
1.4 Objetivos ..................................................................................................................... 12 
1.4.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 13 
1.4.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 13 
1.5 Justificativa ................................................................................................................. 13 
1.6 Metodologia do Trabalho ............................................................................................ 14 
1.6.1 Classificação da Pesquisa ............................................................................................ 15 
1.6.1.1 Do Ponto de Vista de Sua Natureza ............................................................... 15 
1.6.1.2 Quanto à Forma de Abordagem do Problema ................................................ 15 
1.6.1.3 Do Ponto de Vista de Seus Objetivos ............................................................. 16 
1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos ............................................ 17 
1.6.2 Plano de Coleta de Dados ............................................................................................ 17 
1.6.3 Plano de Análise e Interpretação de Dados ............................................................... 18 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 19 
2.1 Contabilidade Tributária ............................................................................................. 19 
2.2 Planejamento Tributário .............................................................................................. 19 
2.3 Sistema Tributário Nacional ....................................................................................... 20 
2.3.1 Conceito de tributo ....................................................................................................... 21 
2.3.2 Espécies de tributos ...................................................................................................... 21 
2.3.2.1 Impostos ......................................................................................................... 22 
2.3.2.2 Taxas .............................................................................................................. 23 
2.3.2.3 Contribuição de melhoria ............................................................................... 23 
2.3.2.4 Contribuição social ......................................................................................... 24 
2.3.2.5 Empréstimo Compulsório............................................................................... 25 
2.4 Elementos Fundamentais do Tributo .......................................................................... 25 
2.4.1 Obrigação Tributária ............................................................................................ 25 
2.4.2 Elementos fundamentais da obrigação tributária ................................................. 26 
2.4.2.1 Lei ................................................................................................................... 26 
5 
 
 
2.4.2.2 Objeto ............................................................................................................. 27 
2.4.2.3 O fato gerador ................................................................................................. 27 
2.5 Legislação tributária .................................................................................................... 27 
2.5.1 Vigência ......................................................................................................................... 28 
2.5.2 Aplicação ....................................................................................................................... 28 
2.5.3 Princípios Constitucionais do Sistema Tributário Nacional ................................... 29 
2.6 Forma de Tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica ...................................... 30 
2.6.1 Lucro Real ..................................................................................................................... 31 
2.6.1.1 Ajustes do Lucro Líquido Contábil para Apuração do Lucro Real ................ 31 
2.6.1.1.1 Adições ..................................................................................................... 32 
2.6.1.1.2 Exclusões e Compensações ...................................................................... 32 
2.6.2 Pessoas jurídicas obrigadas a optar ............................................................................ 33 
2.6.3 Formas de tributação do Lucro Real .......................................................................... 33 
2.6.3.1 Lucro Real Trimestral .................................................................................... 33 
2.6.3.2 Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) - Lucro Real Trimestral .......... 34 
2.6.3.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - Lucro Real Trimestral35 
2.6.4 Lucro Real Anual......................................................................................................... 35 
2.6.5 Lucro Real por Estimativa (mensal) .......................................................................... 36 
2.6.5.1 Opção pelo pagamento mensal do imposto por estimativa ............................ 37 
2.6.5.2 Procedimentos para cálculo do Imposto de Renda por estimativa ................. 37 
2.6.5.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL por Estimativa .............. 39 
2.6.5.4 Pessoa jurídica exclusivamente prestadora de serviços ................................. 39 
2.6.5.5 Base de cálculo do Lucro Real por estimativa mensal ................................... 39 
2.6.6 Programa de Integração Social (PIS) – Lucro Real ............................................. 41 
2.6.7 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – Lucro Real
 .................................................................................................................................................. 42 
2.7 Lucro Presumido ........................................................................................................ 43 
2.7.1 Empresas que podem optar pelo Lucro Presumido .................................................. 45 
2.7.2 Empresas que não podem optar pelo lucro presumido ............................................ 45 
2.7.3 Valores que compõem a receita bruta ........................................................................ 46 
2.7.4 Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) – Lucro Presumido ......................... 46 
2.7.5 Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL) – Lucro Presumido ............. 48 
2.7.6 Programa de Integração Social (PIS) – Lucro Presumido ...................................... 49 
6 
 
 
2.7.7 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – Lucro 
Presumido ................................................................................................................................ 50 
2.8 Lucro Arbitrado .......................................................................................................... 51 
2.8.1Quando é cabível ........................................................................................................... 52 
2.8.2 Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta de vendas de mercadorias/produtos e 
de prestação de serviços ........................................................................................................ 52 
2.9 Simples Nacional ........................................................................................................ 53 
2.9.1 Empresas que podem optar pelo Simples Nacional ................................................. 54 
2.9.2 Empresas que estão impedidas de optar pelo Simples Nacional ............................ 54 
2.9.3 Receita bruta para fins do Simples Nacional ............................................................ 56 
2.9.4 Cálculo do Simples Nacional ...................................................................................... 56 
3. APLICAÇÃO PRÁTICA ............................................................................................... 57 
3.1 Simples Nacional ........................................................................................................ 57 
3.2 Lucro Arbitrado .......................................................................................................... 57 
3.3 Lucro Presumido ......................................................................................................... 58 
3.3.1 Apuração do IRPJ pelo Lucro Presumido ................................................................. 58 
3.3.2 Apuração da CSLL pelo Lucro Presumido ............................................................... 62 
3.3.3 Apuração do PIS e da COFINS pelo Lucro Presumido .......................................... 65 
3.3.4 Programa de Integração Social (PIS) – Não Cumulativo ........................................ 67 
3.3.5 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – Não 
Cumulativa .............................................................................................................................. 74 
3.4 Apuração Lucro Real Anual ....................................................................................... 80 
3.5 Lucro Real Trimestral ................................................................................................. 84 
3.6 Resumo e Comparação dos Encargos Tributários Federais ........................................ 88 
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 92 
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 95 
 
 
7 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
 
BC – Base de Cálculo 
CTN – Código Tributário Nacional 
CF – Constituição Federal 
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional 
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício 
DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais 
EPP – Empresa de Pequeno Porte 
EC – Emenda Constitucional 
IRPJ – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas 
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras 
II – Imposto de Importação 
IE – Imposto de Exportação 
ME – Micro Empresa 
PGDAS – Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional 
RIR – Regulamento do Imposto de Renda 
SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia 
SIMPLES – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições da Microempresa 
e da Empresa de Pequeno Porte 
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso 
UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1: Alíquotas, deduções e prazo de pagamento do Imposto de Renda Trimestral ........ 34 
Quadro 2: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta mensal ................................................ 38 
Quadro 3: Percentuais aplicáveis para determinação do lucro estimado (mensal) ................... 40 
Quadro 4: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta de vendas de mercadorias/produtos e/ou 
da prestação de serviços ........................................................................................................... 47 
Quadro 5: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta ............................................................ 52 
Quadro 6: Apuração IRPJ pelo Lucro Presumido – 2007 ........................................................ 59 
Quadro 7: Apuração IRPJ pelo Lucro Presumido – 2008 ........................................................ 60 
Quadro 8: Apuração IRPJ pelo Lucro Presumido – 2009 ........................................................ 61 
Quadro 9: Apuração CSLL pelo Lucro Presumido - 2007 ....................................................... 62 
Quadro 10: Apuração CSLL pelo Lucro Presumido - 2008 ..................................................... 63 
Quadro 11: Apuração CSLL pelo Lucro Presumido - 2009 ..................................................... 64 
Quadro 12: Apuração PIS e COFINS pelo Lucro Presumido - 2007 ....................................... 65 
Quadro 13: Apuração PIS e COFINS pelo Lucro Presumido - 2008 ....................................... 66 
Quadro 14: Apuração PIS e COFINS pelo Lucro Presumido - 2009 ....................................... 67 
Quadro 15: Apuração PIS - Não Cumulativo -2007................................................................. 68 
Quadro 16: Demonstrativo do PIS a pagar ou a compensar - 2007 ......................................... 69 
Quadro 17: Apuração PIS - NãoCumulativo – 2008 ............................................................... 70 
Quadro 18: Demonstrativo do PIS a pagar ou a compensar - 2008 ......................................... 71 
Quadro 19: Apuração PIS Não - Cumulativo – 2009 ............................................................... 72 
Quadro 20: Demonstrativo do PIS a pagar ou a compensar - 2009 ......................................... 73 
Quadro 21: Comparativo do PIS Não - Cumulativo ................................................................ 73 
Quadro 22: Apuração COFINS Não-Cumulativa - 2007 ......................................................... 74 
Quadro 23: Demonstrativo da COFINS a pagar ou a compensar -2007 .................................. 75 
Quadro 24: Apuração COFINS Não-Cumulativa - 2008 ......................................................... 76 
Quadro 25: Demonstrativo da COFINS a pagar ou a compensar -2008 .................................. 77 
Quadro 26: Apuração COFINS Não Cumulativa – 2009 ......................................................... 78 
Quadro 27: Demonstrativo da COFINS a pagar ou a compensar -2009 .................................. 79 
Quadro 28: Comparativo da COFINS Não Cumulativa ........................................................... 79 
Quadro 29: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Anual -2007 ......................................... 81 
Quadro 30: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Anual -2008 ......................................... 82 
Quadro 31: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Anual -2009 ......................................... 83 
9 
 
 
Quadro 32: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Trimestral - 2007 ................................. 85 
Quadro 33: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Trimestral - 2008 ................................. 86 
Quadro 34: Apuração IRPJ e CSLL pelo Lucro Real Trimestral - 2009 ................................. 87 
Quadro 35: Quadro Comparativo dos Encargos Tributários .................................................... 88 
Quadro 36: Quadro Comparativo dos Encargos Tributários .................................................... 89 
Quadro 37: Quadro Comparativo dos Encargos Tributários .................................................... 93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A contabilidade é de fundamental importância para a tomada de decisão gerencial nas 
empresas. Tem como finalidade principal coletar, sistematizar e registrar fatos contábeis 
praticados pela empresa, demonstrando sua real situação patrimonial e econômico-financeira, 
de acordo com os princípios e normas de contabilidade. 
 
Com a intenção de se estabilizar no mercado e enfrentar a concorrência, as empresas 
procuram alternativas para reduzir seus custos e obter lucros. A maior dificuldade de quem 
abre uma empresa, não é só a alta carga tributária, mas também o desconhecimento dessa 
carga. O empresário, muitas vezes, não tem o conhecimento da responsabilidade fiscal e, 
quando se depara com tais conhecimentos, perde o controle da situação. 
 
Diante das constatações acima se decidiu realizar este estudo, porque além do 
interesse particular observa-se também uma carência de profissionais qualificados para 
atender as demandas da área. 
 
No primeiro capítulo deste trabalho é apresentada a contextualização do estudo, onde 
demonstra-se a área de conhecimento contemplada, a caracterização da empresa estudada, a 
problematização do tema, objetivos gerais e específicos, justificativa da escolha do tema. Em 
seguida apresenta-se a metodologia do trabalho, a classificação da pesquisa e seus pontos de 
vista: Quanto a sua natureza, seus objetivos e procedimentos técnicos. 
 
A revisão bibliográfica, apresentada no segundo capítulo, contém os embasamentos 
teóricos que fundamentarão a área do conhecimento, buscando a base teórica para análise da 
problemática definida. Por fim, apresenta-se a aplicação prática, a conclusão e a bibliografia 
consultada. 
 
 
 
11 
 
 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
 
Nesse trabalho apresenta-se o Planejamento Tributário de um Posto de Combustível 
localizado na cidade de Ijuí/RS. 
 
 A contextualização do estudo apresenta a área do conhecimento contábil escolhida 
para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso, bem como a caracterização da 
organização, a problematização do tema, os objetivos a serem alcançados durante o trabalho, 
a justificativa do aluno pela escolha do tema, e por fim, a metodologia que será utilizada. 
 
 
1.1 Área de Conhecimento Contemplada 
 
 
Atualmente a legislação fiscal vem enfrentando constantes alterações, em pequenos 
períodos de tempo, deixando os empresários cada vez mais preocupados e inseguros, pois mal 
entendem uma lei, já surge outra para substituí-la. Em virtude disso foi desenvolvido este 
trabalho na área de contabilidade tributária, com ênfase no planejamento tributário de 
impostos, para orientar o empresário a administrar com clareza e segurança seus tributos, 
dentro das devidas leis. 
 
 
1.2 Caracterização da organização 
 
 
O presente trabalho foi desenvolvido na empresa Zan & Cia Ltda, localizada no 
município de Ijuí/RS com ramo de comércio varejista de combustíveis e lubrificantes para 
veículos automotores e lubrificantes e inclusive gás. Iniciou suas atividades em 19 de agosto 
de 1999. Sendo enquadrada no ICMS como modalidade geral e seu atual regime de tributação 
federal é o Lucro Real. 
 
 
1.3 Problematização do tema 
 
 
A carga tributária que incide sobre as empresa é bastante alta, o que faz com que estas 
paguem um montante significativo de impostos sobre as suas receitas. Em função disso, os 
empresários e profissionais envolvidos, necessitam de alternativas rápidas e precisas para a 
redução de seus custos. Para que obtenham sucesso, é necessário que sejam feitos diversos 
12 
 
 
estudos e análises das informações contábeis disponíveis na empresa, visando assim encontrar 
alternativas legais que venham maximizar seus lucros. 
 
Não bastasse a pesadíssima carga tributária imposta aos contribuintes, existe ainda a 
complexa legislação tributária brasileira, que se apresenta como um emaranhado de normas 
legais e infralegais, que devem ser conhecidas e estudadas para serem aplicadas aos mais 
variados casos. 
 
Com a globalização, o mercado competitivo e o pesado ônus tributário que domina as 
empresas, requerem do profissional da contabilidade, a todo instante, práticas de 
gerenciamento eficazes para preservar a continuidade do empreendimento. Procurar formas 
lícitas de reduzir o pagamento de tributos e ao mesmo tempo permanecer atento ás mudanças 
da legislação é uma necessidade indispensável para manutenção dos negócios e maximização 
dos lucros. 
 
É em casos como esses, que o planejamento tributário assume um papel de extrema 
importância na estratégia e finanças das empresas, pois quando se analisam os balanços das 
mesmas, percebe-se que os encargos relativos a impostos, taxas e contribuições são em alguns 
casos mais representativos do que os custos de produção. 
 
O presente trabalho é um estudo de caso, em uma empresa que atua no comércio 
varejista de combustíveis e lubrificantes no município de Ijuí. O estudo foi um instrumento 
para a tomada de decisões, através do planejamento tributário, permitindo a análise e opção 
pela melhor forma de tributação para minimizar os gastos com impostos e otimizar seus 
lucros. 
 
Diante destes fatores pergunta-se: Qual é a melhor forma de enquadramento em nível 
federal para uma empresa que atua no ramo de comércio varejista de combustíveis? 
 
 
1.4 ObjetivosOs objetivos têm como base a problematização do tema. O objetivo geral evidencia a 
idéia central do trabalho, enquanto os objetivos específicos definem detalhadamente o que se 
pretende alcançar com a realização do TCC. 
13 
 
 
1.4.1 Objetivo geral 
 
 
O presente trabalho tem como objetivo geral efetuar um estudo sobre a melhor 
alternativa de enquadramento e pagamento de tributos federais de uma empresa que atua no 
comércio varejista de combustíveis. 
 
 
1.4.2 Objetivos específicos 
 
 
 -Efetuar uma pesquisa bibliográfica dos embasamentos teóricos da Legislação 
Tributária, Contabilidade Tributária, Planejamento Tributário; 
 -Coletar documentos e relatórios contábeis necessários á realização do Planejamento 
Tributário; 
 -Proceder os cálculos das diversas formas de tributação; 
 -Realizar análises e comparações, verificando qual a forma mais econômica de 
tributação a nível federal. 
 
 
1.5 Justificativa 
 
 
Para as empresas, redução de custos e despesas é de extrema importância para a 
tomada de decisões, pois o mercado de trabalho é bastante competitivo e o empresário deve 
estar preparado para adequar-se as constantes mudanças. Quando esta redução trata-se de 
tributos, o único profissional habilitado para proceder a um estudo e avaliar se estes não estão 
sendo excessivos é o profissional contábil. 
 
Através do Planejamento Tributário, o profissional contábil poderá auxiliar a empresa 
a reduzir legalmente sua carga tributária, analisando as diversas formas de tributação, dentro 
dos princípios contábeis e da legislação vigente. 
 
É função do contador, conhecer a legislação pertinente e certificar-se de que sua 
aplicabilidade não poderá ser considerada ilícita e, simultaneamente, procurar maneiras para 
que, dentro da legalidade e com segurança, a empresa obtenha economias no pagamento de 
tributos. 
 
Diante disto, este trabalho é de grande importância para a empresa objeto do estudo, 
14 
 
 
pois através deste ficará conhecendo como funciona cada método de tributação e poderá assim 
escolher dentre eles o mais vantajoso para ela. Assim economizando recursos, a empresa 
poderá utilizá-lo para a expansão do negócio. 
 
Como acadêmica busca-se o aprimoramento na área tributária, a qual considera uma 
das mais importantes na profissão contábil. Colocando em prática, com conhecimentos 
técnicos desenvolvidos durante as aulas, aprofundados agora com a revisão bibliográfica, para 
que no futuro possa vir a atuar nessa área. Ao nível acadêmico, produzir material que sirva 
como conteúdo de estudo para profissionais e estudantes tanto do Direito como da 
Contabilidade. 
 
Este estudo aborda uma técnica que contribui para uma importante área de atuação dos 
contadores – de planejamento tributário – que não é explorada com profundidade na 
Universidade. Também, contribui como fonte para novas pesquisas, pois há carência em 
livros relacionados a esse tema e os que são encontrados muitas vezes estão desatualizados, o 
que acaba comprometendo o estudo, pois esta é uma área que vive em constante mudança. 
 
O presente estudo torna-se viável á medida em que consegue demonstrar aos demais 
usuários das informações, dados essenciais de como elaborar um planejamento tributário de 
acordo com a legislação. Os empresários e os profissionais devem estar preparados para a real 
necessidade de se planejar, sendo que é mais que viável realizar esse processo, porque hoje o 
mercado é muito competitivo, e a maioria está despreparada ou não tem esse conhecimento, 
ou ainda não se conscientizaram para este tipo de situação. 
 
 
1.6 Metodologia do Trabalho 
 
 
Esta etapa busca classificar a pesquisa explicitando qual a metodologia utilizada. A 
metodologia inclui o conjunto de técnicas empregadas para a realização de um trabalho. Está 
voltada aos procedimentos, ferramentas e caminhos que serão usados para chegar ao resultado 
que se quer. 
 
Na metodologia do Trabalho de Conclusão de Curso é definido o tipo de pesquisa, as 
formas de coleta, análise e interpretação de dados mais apropriados para a sua realização, 
tanto na fase teórica como na fase prática. Inicialmente apresenta-se o tipo de classificação da 
pesquisa que será realizada, a seguir, o plano de coleta de dados, o plano de análise e 
15 
 
 
interpretação de dados. 
 
 
1.6.1 Classificação da Pesquisa 
 
 
Em observância ao artigo 8º, item “b”, do Regulamento do Trabalho de Conclusão de 
Curso da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, o trabalho é 
realizado na modalidade de monografia por se tratar de relatório técnico-científico decorrente 
de estudos e pesquisas ligadas ao campo do conhecimento contábil. 
 
A pesquisa pode ser classificada segundo a sua natureza, quanto à forma de 
abordagem do problema, do ponto de vista de seus objetivos e seus procedimentos técnicos. 
 
 
1.6.1.1 Do Ponto de Vista de Sua Natureza 
 
 
Boaventura (2004) classifica a pesquisa em fundamental ou básica e aplicada. A 
pesquisa fundamental busca aumentar o conhecimento científico através da descoberta de leis 
e efeitos. 
 
De acordo com Gil (1999) a pesquisa básica é um conhecimento mais generalizado, 
objetivando a formulação de teorias e leis. 
 
Segundo Boaventura (2004) a pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos para a 
aplicação prática dirigida à solução de problemas específicos. 
 
Considerando o exposto acima este trabalho se classifica como pesquisa aplicada, pois 
objetiva a geração de conhecimento através do estudo de bibliografia específica e legislação 
tributária, para aplicação prática com intuito de simular as diversas formas de tributação dos 
impostos federais permitindo a análise das variações ocorridas através do planejamento 
tributário. 
 
 
1.6.1.2 Quanto à Forma de Abordagem do Problema 
 
 
De acordo com Boaventura (2004) outra forma de pesquisa é a qualitativa e 
quantitativa, conforme trabalhe e se expresse em números. A pesquisa qualitativa é uma 
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pesquisa descritiva, em que os pesquisadores se interessam mais pelo processo do que pelos 
resultados e examinam os dados de maneira indutiva privilegiando o significado. Já a 
pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo emprego da quantificação na coleta de informações e 
no tratamento dessas através de técnicas estatísticas. 
 
Este trabalho é classificado como pesquisa quantitativa, pois fará a quantificação das 
informações coletadas para que as mesmas sejam classificadas e analisadas. 
 
 
1.6.1.3 Do Ponto de Vista de Seus Objetivos 
 
 
Conforme Gil (1999), quanto aos seus objetivos, a pesquisa pode ser classificada em 
Pesquisa Exploratória, Pesquisa Descritiva e Pesquisa Explicativa. 
 
A pesquisa exploratória consiste especialmente em aprofundar conhecimentos quando 
o tema escolhido é pouco explorado e de difícil entendimento. Ela visa esclarecer e modificar 
conceitos e idéias, com o objetivo de facilitar a compreensão do assunto para estudos 
posteriores. De modo geral utilizam-se o levantamento bibliográfico e documental, entrevistas 
e estudos de caso. 
 
A pesquisa descritiva tem como objetivo principal identificar as características de 
determinada população ou fenômeno. As técnicas padronizadas de coleta de dados são as 
mais empregadas neste tipo de pesquisa. 
 
A pesquisa explicativa objetiva identificar os fatores que interferem ou contribuem 
para ocorrência dos fenômenos. É o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da 
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Nas ciências naturais utiliza quase que 
exclusivamente o método experimental, e nas ciências sociais, sobretudo, o método 
observacional. 
 
Assim este trabalho é enquadrado como pesquisa exploratória,uma vez que se 
utilizará pesquisa bibliográfica, documental e o estudo e análise da melhor forma de 
tributação a ser aplicada na empresa de que trata o trabalho. 
 
17 
 
 
1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos 
 
 
Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa pode ser classificada em pesquisa 
bibliográfica, pesquisa documental, levantamento e estudo de caso. 
 
De acordo com Gil (1999) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material 
já existente, como livros e artigos científicos. A pesquisa documental é elaborada a partir de 
materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, como documentos oficiais, 
contratos, etc. A pesquisa do tipo levantamento se caracteriza pelo questionamento direto das 
pessoas cujo comportamento se almeja conhecer. E o estudo de caso se caracteriza pelo 
estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, permitindo assim o seu 
conhecimento vasto e detalhado. 
 
Este trabalho é classificado como pesquisa bibliográfica porque se utiliza de matérias 
literárias para o aprofundamento do tema estudado. Como pesquisa documental, pois foi 
efetuado o estudo de documentos fornecidos pela empresa, tais como balancete, balanço, etc. 
E estudo de caso por se tratar de circunstâncias específicas da empresa a qual se refere este 
trabalho, objetivando realizar o planejamento tributário da mesma. 
 
 
1.6.2 Plano de Coleta de Dados 
 
 
Conforme Roesch (2006) no plano de coleta de dados é necessário especificar os 
documentos que serão analisados, quando os mesmos serão levantados e quais instrumentos 
serão utilizados para este fim, ou seja, de que forma serão coletados os dados para a 
realização do trabalho. 
 
Inicialmente foi realizada a revisão bibliográfica para a qual será utilizada a legislação 
tributária e ainda livros, artigos, internet. A seguir foi realizado o levantamento dos dados 
através de documentos contábeis dos fatos ocorridos, como balanços patrimoniais, balancete, 
relatórios de faturamento e demais demonstrativos contábeis fornecidos pela empresa. 
 
 
 
 
 
18 
 
 
1.6.3 Plano de Análise e Interpretação de Dados 
 
 
No plano de análise e interpretação dos dados o pesquisador deverá encontrar meios 
de organizar o material coletado, para após efetuar a análise das informações e realizar uma 
conclusão sobre a pesquisa. 
 
Segundo Roesch (2006) no plano de análise de dados sugere-se que o aluno visualize 
como fará a descrição e análise dos resultados, sendo que para tal poderá prever a utilização 
de gráficos e tabelas. 
 
No caso deste trabalho a análise e interpretação das informações foram feitas com base 
na revisão teórica, a qual foi aplicada nos cálculos efetuados, sendo que estes foram 
demonstrados através de tabelas. Por final foi emitida a conclusão a qual se chegou através de 
todos os dados levantados. 
 
Por se tratar de planejamento tributário, o trabalho foi realizado no domicílio da 
autora, sendo que a produção dos cálculos, tabelas, gráficos e conclusões foram feitos através 
de ferramentas disponíveis em Word e Excel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
A revisão bibliográfica é uma pesquisa na literatura dos fundamentos para o 
entendimento do tema a que se refere o trabalho. A sua função é dar suporte com informações 
teóricas e técnicas para a realização da parte prática do Trabalho de Conclusão de Curso. 
 
 
2.1 Contabilidade Tributária 
 
 
As principais funções da contabilidade tributária é apurar com exatidão o resultado 
tributável de determinado exercício fiscal, bem como cuidar da emissão, escrituração, do 
registro dos documentos fiscais, com base na legislação pertinente. 
 
De acordo com Oliveira et al (2004), pode-se dizer que contabilidade tributária é o 
ramo da contabilidade, o estudo da teoria e a aplicação prática dos princípios e normas básicas 
da legislação tributária, sendo responsável pelo gerenciamento dos tributos. 
 
 O contador deve estar sempre atento à legislação tributária, pois esta vive em constante 
mudança. Por este motivo o mesmo deve estar sempre atualizado a fim de não causar danos à 
empresa. 
 
A Contabilidade Fiscal operacionaliza com a escrituração de fatos que geram 
obrigações tributárias e fiscais. Representa a obrigatoriedade das empresas de prestarem 
informações legalmente exigidas pelos órgãos governamentais dos diferentes entes públicos. 
 
 
2.2 Planejamento Tributário 
 
 
 O planejamento tributário é muito importante para a tomada de decisão na empresa. 
Este tem como objetivo principal a economia de tributos e assim tenta buscar alternativas para 
reduzir, eliminar e até retardar legalmente o pagamento de tributos. Também, é uma das 
funções da contabilidade tributária, que consiste em um estudo minucioso dos tributos 
incidentes na operação de determinada empresa, além de considerar a legislação tributária 
vigente. 
 
 
20 
 
 
De acordo com Oliveira et al (2004. P.38) entende-se planejamento tributário como: 
 
 
Uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento 
técnico e bom-senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente 
corporativo. Trata-se do estudo prévio á concretização dos fatos administrativos, dos 
efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o 
objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte. 
 
 
Para uma empresa obter sucesso, é de fundamental importância ter uma contabilidade 
bem feita e um bom planejamento tributário. É nesse contexto que entra o papel do contador, 
tendo a oportunidade de dar enormes contribuições á direção da empresa. 
 
Segundo Fabretti (2003, p. 32), planejamento tributário é “o estudo feito 
preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus 
efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”. 
 
 
2.3 Sistema Tributário Nacional 
 
 
O Sistema Tributário Nacional esta estruturado de forma a permitir ao Estado a 
cobrança de impostos, taxas e contribuição de melhoria e contribuições sociais. 
 
Segundo Art. 2°/CTN. O Sistema tributário nacional é regido: 
 
 
 O Sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional 
n.18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado 
Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas 
Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. 
 
 
De acordo com Harada (2006 p.324) conceitua o Sistema Tributário Nacional como: 
 
 
O Sistema Tributário Nacional é o conjunto de normas constitucionais de natureza 
tributária, inserido no sistema jurídico global, formado por um conjunto unitário e 
ordenado de normas subordinadas aos princípios fundamentais, reciprocamente 
harmônicos, que organiza os elementos constitutivos do Estado, que outra coisa não 
é senão a própria Constituição. 
 
 
A Lei 5.172, de 25 de Outubro de 1966, com alterações posteriores, passa á 
denominar-se Código Tributário Nacional, conforme artigo 7º: 
 
 
21 
 
 
 Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito 
público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. 
 §1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que 
competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. 
 §2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral dapessoa 
jurídica de direito público que a tenha conferido. 
 §3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito 
privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 
 
 
2.3.1 Conceito de tributo 
 
 
Tributo é a obrigação imposta aos indivíduos e pessoas jurídicas com a finalidade de 
recolher valores ao Estado, ou entidades equivalentes. É comumente chamado por imposto. 
 
De acordo com Oliveira et al (2004. p.23) o Código Tributário Nacional conceitua 
tributo como: 
 
 
O Código Tributário Nacional conceitua tributo como toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua 
sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. 
 
 
O tributo é devido á um ente público (União, Estado e Município). É algo obrigatório 
instituído em lei e não há como negar recolhe-los, porém existem maneiras de se pagar menos 
e de forma lícita. Sua principal finalidade é obter meios para o atendimento das necessidades 
financeiras do Estado. 
 
 
2.3.2 Espécies de tributos 
 
 
O Sistema Tributário Nacional está estruturado de forma a permitir ao Estado a 
cobrança de: Impostos, Taxas e Contribuições de melhoria. 
 
 
Art. 145/CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou 
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
 
Segundo Art. 5º do CTN, os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
22 
 
 
De acordo com Art. 146/CF. Cabe à lei complementar: 
 
 
I - Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente 
sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos 
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo 
e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades 
cooperativas. 
 
 
2.3.2.1 Impostos 
 
 
O imposto é a quantia em dinheiro legalmente exigida pelo Poder Público, que deverá 
ser paga pela pessoa física ou jurídica a fim de atender às despesas feitas no interesse comum, 
sem levar em conta vantagens de ordem pessoal ou particular. 
 
 Segundo Fabretti (2003 p.116) imposto é: 
 
 
É aquele que, uma vez instituído por lei, é devido, independentemente de qualquer 
atividade estatal em relação ao contribuinte. Portanto, não está vinculado a nenhuma 
prestação específica do Estado ao sujeito passivo. 
 
 
 De acordo com Art. 16/ CTN/66. O imposto é tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte. 
 
Segundo Art. 154 – CF/88 - A União poderá instituir: 
 
 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que 
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprio dos 
discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
2.3.2.2 Taxas 
 
 
 A taxa diferencia-se do imposto, pois quando paga-se uma taxa, em contrapartida tem-
se a prestação de um serviço público. Possuí natureza jurídica de Direito Público e como fato 
gerador o exercício regular do poder de polícia, estando sujeitas a todas as limitações legais, 
sendo que a sua cobrança está vinculada à efetiva prestação do serviço. 
 
 Segundo art. 77/CTN as taxas tem como fator gerador: 
 
 
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o 
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço 
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
 
 De acordo com Harada (2006, p. 329): 
 
 
 Podemos conceituar a taxa como um tributo que surge da atuação estatal 
diretamente dirigida ao contribuinte, quer pelo exercício do poder de polícia, quer 
pela prestação efetiva ou potencial de um serviço público específico e divisível, cuja 
base de cálculo difere, necessariamente, da de qualquer imposto. 
 
 
 O fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado. O 
Estado exerce determinada atividade e, por isso, cobra taxa da pessoa a quem aproveita aquela 
atividade. A taxa possui um caráter contraprestacional, pois existe nela um benefício ou 
vantagem para o contribuinte. 
 
 
2.3.2.3 Contribuição de melhoria 
 
 
De acordo com a legislação brasileira a contribuição de melhoria é o tributo, onde a 
obrigação tem por fato gerador uma situação que representa um benefício especial auferido 
pelo contribuinte. Seu fim se destina às necessidades do serviço ou à atividade estatal, 
previsto no art. 145, III, da Constituição Federal. 
 
Segundo Art.81/CTN: 
 
 
 A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para 
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo 
24 
 
 
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor 
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
 
 
De acordo com Machado (2004, p.72) contribuição de melhoria é: 
 
 
É o tributo cuja obrigação tem como fato gerador a valorização de imóveis 
decorrente de obra pública. Distingue-se do imposto porque depende de atividade 
estatal específica, e da taxa porque a atividade estatal de que depende é diversa. 
Enquanto a taxa esta ligada ao exercício regular do poder de polícia, ou a serviço 
público, a contribuição de melhoria está ligada á realização de obra pública. 
Caracteriza-se, ainda, a contribuição de melhoria por ser o seu fato gerador 
instantâneo e único. 
 
 
A contribuição de melhoria pode ser instituída e cobrada por quaisquer dos entes 
tributantes, desde que, por evidente, seja realizada a obra pública que dá sustentação ao fato 
gerador desse tributo. Ela é um instrumento de grande valia para o desenvolvimento da 
atividade urbana. Percebe-se que o tributo da contribuição de melhoria é um meio capaz de 
aperfeiçoar a gestão urbanística brasileira, de forma a propiciar uma melhor condição de vida 
no espaço em que habitam. É um tributo de aspecto quantitativo simplificado, já que não 
possui base de cálculo. São exemplos de obras públicas as de saneamento básico, construção 
de estradas e metrôs, construção, alargamento e pavimentação de ruas, canalização, etc. 
 
 
2.3.2.4 Contribuição social 
 
 
Foram criadas pelo art. 195 da CF. e tiveram sua redação alterada pela EC nº 20/1998. 
Essa emenda constitucional ampliou o conceito de contribuinte das contribuições sociais, que 
era o empregador, passando a definir com contribuinte, além do empregador, a empresa e a 
entidade a ela equiparada na forma de lei. 
 
 
Art. 195/CF - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta,nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
 
25 
 
 
 
A Constituição Federal em seu artigo 149 da a competência exclusiva para a União de 
instituir três tipos de contribuições: 
 
 
Art. 149-CF/88. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o 
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir 
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de 
sistemas de previdência e assistência social. 
 
 
2.3.2.5 Empréstimo Compulsório 
 
 
O empréstimo Compulsório pode ser tido como uma espécie particular de tributo, pois 
além de ser autorizado em situações próprias deverá ser devolvido ao sujeito passivo que o 
tenha suportado. No texto da Constituição Federal no seu artigo 148 dispõe: 
 
 
Art. 148 – CF/1988. A União, mediante lei complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de 
guerra externa ou sua iminência; 
 II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. 
 Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório 
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
 
2.4 Elementos Fundamentais do Tributo 
 
 
Os elementos fundamentais do tributo são: A obrigação tributária, os elementos 
fundamentais da obrigação tributária, contribuinte ou responsável, base de cálculo e alíquota. 
 
 
2.4.1 Obrigação Tributária 
 
 
 A obrigação tributária é o vínculo jurídico pelo qual o Estado, com base 
exclusivamente na legislação tributária, pode exigir do particular uma prestação tributária 
positiva ou negativa. 
 
26 
 
 
De acordo com Oliveira et al (2004. P.28), é possível afirmar que obrigação tributária 
é: 
 
 
É possível afirmar que obrigação tributária é a relação de Direito Público na qual o 
Estado (sujeito ativo) pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) uma prestação 
(objeto) nos termos e nas condições descritos na lei (fato gerador). 
 
 
A obrigação tributária é uma relação jurídica tributária em que o contribuinte ou 
responsável, tem o dever de prestar dinheiro ou de fazer algo em favor do sujeito ativo, que 
seria o Estado. 
 
 
2.4.2 Elementos fundamentais da obrigação tributária 
 
 
 Os três elementos fundamentais da obrigação tributária são: a lei, o objeto e o fato 
gerador. 
 
 
2.4.2.1 Lei 
 
 
 A lei é uma regra jurídica que permite, proíbe ou obriga uma conduta humana. 
 
Segundo Oliveira et al (2004. P.28) caracteriza a lei como: 
 
 
A lei é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as 
condições de sua cobrança (princípio da legalidade dos tributos). Contudo, assume, 
em um sistema jurídico, formas diferentes de expressão, a partir de um texto 
fundamental (Constituição), as regras ordinárias de convivência (leis em sentido 
restrito). 
 
 
De acordo com Harada (2006, p. 483), “é a lei que elege certos fatos econômicos, 
aptos a suportar a imposição fiscal, como veículo de incidência tributária. Determinados fatos 
são abstratamente descritos na lei, tornando-se, assim, juridicizados.” 
 
A lei é uma norma, uma prescrição que visa orientar o comportamento humano, 
levando o homem a agir na sociedade segundo os preceitos legais. É um preceito criador de 
direitos e obrigações para o cidadão que introduz algo de novo na sociedade e inova no 
direito. 
 
27 
 
 
2.4.2.2 Objeto 
 
 
De acordo com Oliveira et al (2004. P.29) pode-se entender objeto como: 
 
 O objeto representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve 
cumprir, segundo as determinações legais. Basicamente, as prestações consistem 
em: pagamento do valor em dinheiro referente ao tributo devido ou á multa imposta 
por não-atendimento á determinação legal (obrigação principal) ou cumprimento de 
formalidades complementares, destinadas a comprovar a existência e os limites da 
operação tributada e a exata observância da legislação aplicável (obrigação 
acessória), como, por exemplo, a escrituração de livros fiscais, a apresentação de 
declarações de rendimento, o preenchimento de formulários, a abstenção da prática 
de certos atos etc. 
 
 
2.4.2.3 O fato gerador 
 
 
O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para sua 
ocorrência. 
 
Segundo Fabretti (2003, p. 128), “denomina-se fato gerador a concretização da 
hipótese de incidência tributária prevista em abstrato na lei, que gera (faz nascer) a obrigação 
tributária.” 
 
Para Harada (2006, p.484) “costuma-se definir o fato gerador como uma situação 
abstrata, descrita na lei, a qual, uma vez ocorrida em concreto enseja o nascimento da 
obrigação tributária.” 
 
 
2.5 Legislação tributária 
 
 
A legislação tributária se refere às leis referentes à definição de tributos, atribuição de 
responsabilidade tributária e à cobrança de tributos no país, incluindo a fiscalização e as 
penalidades para quem não cumpre a lei. 
 
 Segundo Art. 96/CTN “A expressão legislação tributária compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, 
no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.” 
 
28 
 
 
 Conforme exposto acima, percebe-se que a Legislação Tributária indica os atos que 
constituem as fontes normativas do Direito Tributário no sistema positivo brasileiro. 
 
 
2.5.1 Vigência 
 
 
A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições 
legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo, 
Art. 101/CTN. 
 
 
 Segundo Harada (2006, p. 474) a “vigência é qualidade daquilo que está em vigor, 
isto é, diz respeito á validade formal da lei.” 
 
Assim sendo, entende-se que uma lei para que seja legalmente aplicada, deve estar em 
vigor. E no que diz respeito ao tempo, a lei entra em vigor 45 dias depois da sua publicação 
oficial, exceto se estiver estipulado o contrário. 
 
 As disposições legais aplicáveis ás normas jurídicas em geral estão estabelecidas na 
Lei de Introdução ao Código Civil Lei 4.657/1942 que estabelece em seu art. 1º: “... salvo 
disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada”. 
 
 
2.5.2 Aplicação 
 
 
 Art. 105/CTN “A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores 
futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não 
esteja completa nos termos do artigo 116.” 
 
 De acordo com o artigo citado acima, entende-se que iniciada a concretização do fato 
gerador aplica-se a norma que então vigorava, mesmo que no curso deste venha ocorrer 
alteração da lei. Não se admiteno âmbito tributário que o contribuinte seja surpreendido por 
uma tributação que não tinha conhecimento. 
 
 
 
 
29 
 
 
2.5.3 Princípios Constitucionais do Sistema Tributário Nacional 
 
 
O Sistema Constitucional Tributário está sujeito a uma série de Princípios 
constitucionais: 
 
Principio da Legalidade: O texto do referido art. 150, I da CF/88 estabelece que "é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei 
que o estabeleça". Esse principio limita a atuação do poder tributante em prol da justiça e da 
segurança jurídica dos contribuintes. 
 
Principio da Igualdade: Segundo art.150, II, CF/88, este princípio proíbe distinção 
arbitraria, entre contribuintes que se encontrem em situações semelhantes. Visa á garantia do 
individuo, evitando perseguições e favoritismos. "Nem pode o aplicador, diante da lei, 
discriminar, nem se autoriza o legislador, ao ditar a lei a fazer discriminações". 
 
Principio da Irretroatividade: De acordo com art. 150, III, “a”, CF/88, este principio proíbe 
a lei de retroagir: ou seja, não podem ser exigidos tributos sobre fatos geradores ocorridos 
antes do início da vigência da lei que instituiu ou aumentou algum tributo. 
 
Principio da Anterioridade: Segundo art. 150, III, “b”, CF/88, este princípio estabelece que 
os entes tributantes não podem exigir tributos no mesmo exercício financeiro em que estes 
foram criados ou majorados. Sendo que o mesmo não se aplica aos seguintes tributos: 
Empréstimo compulsório para atender despesas extraordinárias, IPI, IOF, II, IE, que poderão 
ter alteradas suas regras, inclusive com aumento da carga tributária, no próprio exercício 
financeiro. 
 
Principio do Não Confisco: De acordo com art. 150, IV, CF/88, este principio visa 
estabelecer uma limitação á atividade tributária do Estado, estabelecendo que o valor do 
tributo não poderá ter alíquota tão elevada a ponto de representar a perda do bem ou 
mercadoria sobre o qual esteja incidindo. A cobrança não poderá significar a perda do bem, 
pois se assim fosse, estaríamos diante da possibilidade de negar vigência do principio da 
garantia da propriedade privada. 
 
 
 
30 
 
 
2.6 Forma de Tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica 
 
 
As Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por uma das 
seguintes formas: 
 
a) Lucro Real 
b) Lucro Presumido. 
c) Lucro Arbitrado. 
d) Simples Nacional 
 
 Segundo Pinto (2007, p.49) determina da seguinte forma a tributação do imposto de 
renda: 
 
 
A partir do ano-calendário de 1997, o Imposto de Renda das pessoas jurídicas 
passou a ser determinado com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, por 
períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 
de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. 
 
 
Conforme art. 43/ CTN dispõe da seguinte forma o fato gerador do IR: 
 
 
Art. 43/CTN - O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de 
qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica 
ou jurídica: 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de 
ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais 
não compreendidos no inciso anterior. 
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do 
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e 
da forma de percepção. 
 § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá 
as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de 
incidência do imposto referido neste artigo. 
 
 
O Simples Nacional é um tratamento tributário previsto na Lei Complementar nº 123, 
de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa 
de Pequeno Porte. Entrou em vigor em 1° de julho de 2007. A partir de então tornaram-se sem 
efeitos todos os regimes especiais de tributação para as microempresas e empresas de pequeno 
porte próprio da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O Simples Federal 
previsto na Lei nº 9.317, de 1996, portanto, deixou de ser aplicado às ME e às EPP, sendo 
substituído pelo Simples Nacional, a partir de 1° de julho de 2007. 
31 
 
 
2.6.1 Lucro Real 
 
 
Para fins da legislação do imposto de renda, o lucro real significa o próprio lucro 
tributável, onde o mesmo é distinto do lucro líquido apurado contabilmente. 
 
Segundo Rodrigues et al (2009, p.33) “ Lucro Real é a forma completa de apuração do 
Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido direcionada a todas as 
pessoas jurídicas quer por obrigatoriedade prevista na legislação vigente quer por livre 
opção.” 
 
De acordo com Oliveira et al ( 2004, p.176) considera que Lucro real é: 
 
 
É o lucro líquido do período apurado na escrituração comercial, denominado lucro 
contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações autorizadas pela 
legislação do Imposto de Renda. Os ajustes do lucro líquido do período de apuração 
e a demonstração do lucro real devem ser transcritos no Livro do Lucro Real 
(LALUR). 
 
 
Conforme artigo 247 do RIR/99 o Lucro Real é: 
 
 
Art. 247. Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas 
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este Decreto 
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º). 
§ 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de 
cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais 
(Lei nº 8.981, de 1995, art. 37, § 1º). 
§ 2º Os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para 
efeito de determinação do lucro real, adicionados ao lucro líquido do período de 
apuração, ou dele excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de 
apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele adicionados, 
respectivamente, observado o disposto no parágrafo seguinte (Decreto-Lei 
nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 4º). 
§ 3º Os valores controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real -
 LALUR, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão atualizados 
monetariamente até essa data, observada a legislação então vigente, ainda que 
venham a ser adicionados, excluídos ou compensados em períodos de apuração 
posteriores (Lei nº 9.249, de 1995, art. 6º). 
 
 
2.6.1.1 Ajustes do Lucro Líquido Contábil para Apuração do Lucro Real 
 
 
 Segundo Rodrigues et al (2009, p.43) : 
 
 
32 
 
 
 Quando do levantamento do Balanço ou Balancete em cada trimestre, o lucro 
líquido contábil deverá ser ajustado de acordo com a legislação comercial e fiscal 
para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido. 
 
 
A partir da contabilidade, no final da apuração do exercício da DRE, encontra-se o 
Resultado antes da CSLL, que poderá ser lucro ou prejuízo. Após apuração deste valor serão 
feitos os ajustes, sendo estes compreendidos como as adições e exclusões. 
 
De acordo com o art. 247 do RIR/1999, lucro real é o lucro líquido do período de 
apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela 
legislação fiscal. 
 
 
2.6.1.1.1 Adições 
 
 
 Segundo Pinto (2007, p.150), para determinação do lucro real, serão adicionados ao 
lucro líquido do período-base: 
 
 a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros 
valores deduzidos na apuração do lucro líquido, que, de acordo com o Regulamento do 
Imposto de Renda, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; 
 
 b)os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na 
apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, devam 
ser computados na determinação do lucro real. 
 
 
2.6.1.1.2 Exclusões e Compensações 
 
 
 Segundo Pinto (2007, p.151) para determinação do lucro real, poderão ser excluídos 
do lucro líquido, no período-base: 
 
 a) os valores cuja dedução seja autorizada pelo Regulamento do Imposto de Renda e 
que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido contábil do período-base; 
 
33 
 
 
 b) os resultados, rendimentos, receitas ou quaisquer outros valores incluídos na 
apuração que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, não sejam computados no 
lucro real; 
 
 c) prejuízos fiscais apurados em períodos-base anteriores, nas condições definidas na 
legislação. 
 
 
2.6.2 Pessoas jurídicas obrigadas a optar 
 
 
 De acordo com a lei 7.918 Art. 14, estão obrigadas a optar pelo lucro real as pessoas 
jurídicas que estiverem enquadradas em uma das seguintes situações: 
 
 
I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 
48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou ao limite proporcional de R$ 
4.000.000,00 (quatro milhões de reais), multiplicados pelo número de meses do 
período, quando inferior a 12 (doze) meses; 
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de 
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedade de crédito, financiamento e 
investimento, sociedade de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas 
de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e 
de capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior; 
IV- que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais 
relativos á isenção ou redução do imposto; 
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do 
imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do 
RIR/1999, art. 222; 
VI - que exerçam atividade de factoring. 
 
 
 
2.6.3 Formas de tributação do Lucro Real 
 
 
 São caracterizadas em três formas de tributação: Lucro real trimestral, lucro real anual 
e lucro real por estimativa (mensal). 
 
 
2.6.3.1 Lucro Real Trimestral 
 
 
A apuração com base no lucro real trimestral será procedida com o levantamento de 
Balanços ou Balancetes no encerramento de cada trimestre. 
 
34 
 
 
 De acordo com Rodrigues et al (2009) a apuração do lucro real trimestral é uma forma 
completa e definitiva de tributação. Este deve ser determinado por períodos trimestrais 
encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano 
calendário, com base no resultado líquido de cada trimestre. 
 
 O resultado da apuração do lucro real trimestral será apurado com base nas 
demonstrações contábeis, levando em consideração a legislação comercial e fiscal, onde o 
mesmo será ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas pela legislação 
tributária. 
 
 De acordo com Art. 21 da Lei nº 9.249/1995, “a pessoa jurídica que tiver parte ou todo 
o seu patrimônio absorvido em virtude de incorporação, fusão ou cisão deverá levantar 
balanço específico para esse fim, no qual os bens e direitos serão avaliados pelo valor contábil 
ou de mercado.” 
 
São consideradas as receitas e as despesas que a empresa obtenha durante o trimestre. 
Esta forma de tributação é a que mais se aproxima da apuração verdadeira do lucro/prejuízo 
auferido pela pessoa jurídica. Para as empresas que possuem muitas despesas, consideradas 
dedutíveis para fins do imposto de renda, esta é uma forma de tributação aconselhável. 
 
 
2.6.3.2 Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) - Lucro Real Trimestral 
 
 
 Segundo Oliveira et al ( 2004), o imposto de renda trimestral será calculado mediante a 
aplicação de alíquotas, poderão ser feitas deduções do valor do imposto de renda trimestral e 
o prazo de pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social poderão ser pagos em 
quota única no mês seguinte ao trimestre,sem acréscimos. 
 
 
 Quadro 1: Alíquotas, deduções e prazo de pagamento do Imposto de Renda Trimestral 
 
 
 
Alíquota 
a) alíquota normal de 15% (quinze por cento) sobre a totalidade da base de cálculo, ou 
seja, 15% do lucro real; 
b) alíquota adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder o limite de 
R$ 60.000,00 - limite trimestral. No caso de início de atividades, o limite trimestral será 
proporcional ao número de meses, ou seja, R$ 20.000,00 para cada mês em que a 
empresa exerceu atividades no trimestre. 
35 
 
 
 Fonte: Oliveira et al (2004,p.183) 
 
 
2.6.3.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - Lucro Real Trimestral 
 
 
A contribuição social devida, apurada trimestralmente, será paga em quota única, até 
o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração. A pessoa 
jurídica também poderá optar o pagamento em três quotas mensais, iguais e com vencimento 
no último dia útil dos três meses subseqüentes ao de encerramento do período de apuração a 
que corresponder, acrescidas de juros equivalentes á taxa Selic. 
 
Após as adições e exclusões ao resultado antes da CSLL, faz-se a compensação da 
base de cálculo negativa de períodos anteriores (limitada em 30% do resultado apurado) e 
encontra-se a base de cálculo da CSLL, sobre a qual se aplica a alíquota de 9% e apura-se o 
valor da CSLL devida. 
 
 
2.6.4 Lucro Real Anual 
 
 
 A legislação atual permite a quem estiver obrigada, a optar pela tributação de lucro real, 
a opção de escolher entre fazer o recolhimento do imposto de renda e da contribuição social 
por estimativa, ou, então, utilizar o sistema de apuração trimestral. 
 
 Segundo Oliveira et al (2004), o lucro Real Anual será apurado no período de janeiro a 
dezembro de cada ano, sendo que a empresa deverá recolher os tributos mensalmente. 
 
 De acordo com Rodrigues et al (2009, p.34) o Lucro Real Anual “é uma forma de 
tributação em que deverá apurar o lucro real, definitivamente, em 31 de dezembro de cada 
ano-calendário, com antecipações mensais, do imposto de renda e da contribuição social.” 
 
 
Deduções 
a) os incentivos fiscais, dentro dos limites e condições fixados pela legislação; 
b) o Imposto de Renda pago ou retido na fonte sobre receitas computadas na 
determinação do lucro real. 
c) o saldo de imposto pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores. 
Prazo para 
Pagamento 
a) o Imposto de Renda e a Contribuição Social a pagar, apurados em cada trimestre, 
poderão ser pagos em quota única no mês seguinte ao trimestre, sem qualquer 
acréscimo. O contribuinte tem a opção de pagar em três quotas mensais, com juros 
pela taxa Selic até o mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês. 
36 
 
 
Ainda, conforme Rodrigues et al (2009, p.34), a pessoa Jurídica: 
 
 
 Pode suspender ou reduzir o imposto devido a qualquer momento, mediante a 
elaboração de balanços ou balancetes de suspensão ou redução de imposto devendo 
escriturar a Parte “A” do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) e do Livro 
Diário. 
 
 
 A pessoa jurídica optante pelo lucro real anual pode apurar o IRPJ e a CSLL, com 
base na receita bruta auferida mensalmente e com base em Balanços ou Balancetes de 
Suspensão ou Redução. 
 
 
2.6.5 Lucro Real por Estimativa (mensal) 
 
 
 Nesta forma de tributação,o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são 
calculados mensalmente, com base no faturamento. São aplicados percentuais (definidos em 
lei, de conformidade com a atividade desempenhada) sobre a base de cálculo. Esta deverá ser 
acrescida de demais receitas não operacionais para que sobre este montante, seja aplicada a 
alíquota do imposto de renda. 
 
 Deve ser efetuado um balanço de ajuste em dezembro, para confrontação entre o que foi 
pago durante o ano-calendário como lucro estimado e o resultado efetivo da empresa. 
 
 Segundo Rodrigues et al (2009, p.34) Lucro Real por Estimativa Mensal “ é uma forma 
de tributação anual onde o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são 
apurados mensalmente e determinados sobre a base de cálculo estimado.” 
 
 A opção por esse tipo de recolhimento deve ser manifestada com o pagamento do 
imposto de renda correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade e será 
considerada irretratável para todo o ano-calendário (RIR/1999, art. 222). 
 
De acordo com a Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996, a pessoa jurídica sujeita a 
tributação com base no lucro real por estimativa mensal poderá optar: 
 
 
Art. 2º A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar 
pelo pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de cálculo 
estimada, mediante a aplicação, sobre a receita bruta auferida mensalmente, dos 
percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, 
observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 e nos arts. 30 a 32, 34 e 35 da Lei nº 
37 
 
 
8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho 
de 1995. 
§ 1º O imposto a ser pago mensalmente na forma deste artigo será determinado 
mediante a aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota de quinze por cento. 
§ 2º A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder a R$ 
20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional de imposto de 
renda à alíquota de dez por cento. 
§ 3º A pessoa jurídica que optar pelo pagamento do imposto na forma deste artigo 
deverá apurar o lucro real em 31 de dezembro de cada ano, exceto nas hipóteses de 
que tratam os §§ 1º e 2º do artigo anterior. 
 
 
2.6.5.1 Opção pelo pagamento mensal do imposto por estimativa 
 
 
Conforme Oliveira et al (2004), destacaram os seguintes aspectos dessa modalidade de 
tributação: 
 
 a) Incidirá o adicional do imposto de renda sobre a parcela do lucro real que exceder 
ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses 
do respectivo período de apuração, sujeitar-se à incidência de adicional de imposto à alíquota 
de 10% (dez por cento); 
 
 b) O imposto devido em cada mês, calculado em bases estimadas deverá ser pago até o 
último dia útil de cada mês; 
 
 c) O imposto de renda devido em cada mês será calculado mediante a aplicação da 
alíquota de 15% (quinze por cento). 
 
 
2.6.5.2 Procedimentos para cálculo do Imposto de Renda por estimativa 
 
 
 Conforme Rodrigues et al (2009, p.57) a base de cálculo do imposto mensal será a 
somatória dos seguintes valores: 
 
 
a) resultado da aplicação dos percentuais de atividade, sobre a receita bruta mensal 
proveniente das vendas de mercadorias ou produtos, da prestação de serviços e de 
outras atividades compreendidas no objeto social da empresa; 
b) ganhos de capital e outras receitas ou resultados auferidos no mês, não 
compreendidos na receita bruta proveniente das atividades de venda de produtos de 
fabricação própria. 
 
 
 
38 
 
 
Quadro 2: Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta mensal 
 Espécies de atividades geradoras da receita Percentuais aplicáveis sobre a 
receita 
- Revenda para consumo de combustível derivado de 
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural 
1,6% 
- Venda de mercadorias ou produtos (exceto revendas 
de combustível para consumo) 
- Transporte de cargas 
- Serviços hospitalares 
- Atividade rural 
- Industrialização 
- Atividades imobiliárias 
- Construção por empreitada, quando houver emprego 
de materiais próprios, em qualquer quantidade 
- Qualquer outra atividade (exceto prestação de 
serviços), para a qual não esteja previsto percentual 
específico 
 
 
 
8% 
 
 
 
 
 
- Serviços de transporte (exceto o de cargas) 
- Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de 
sociedades civis de profissões regulamentadas) 
prestados com exclusividade por empresas com receita 
bruta anual não superior a R$ 120.000,00 
- Instituições financeiras e entidades a elas equiparadas 
 
 16% 
 
- Serviços em geral, para os quais não esteja previsto 
percentual específico, inclusive os prestados por 
sociedades civis de profissões regulamentadas 
- Intermediação de negócios, inclusive representação 
comercial e corretagem (de seguros, de imóveis etc.) 
- Administração, locação ou cessão de bens imóveis, 
móveis e direitos de qualquer natureza 
- Factoring 
- Construção por empreitada, quando houver emprego 
unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de 
materiais 
- Administração de consórcios 
- Hotelaria e estacionamento 
 
 
32% 
 
Fonte: Rodrigues et al (2009, p.59) 
 
 
39 
 
 
2.6.5.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL por Estimativa 
 
 
 De acordo com Rodrigues et al (2009, p.61) a base de cálculo da CSLL devida em 
cada mês corresponderá á soma dos seguintes valores: 
 
 
a) 12% da receita bruta auferida nos meses, provenientes das atividades que 
 constituam objeto social da empresa segundo definição válida para o imposto de 
 renda; 
b) 32% da receita bruta auferida nos meses, provenientes das seguintes atividades: 
 b.1) prestação e serviços em geral, exceto serviços hospitalares e de transporte, 
 inclusive carga; 
 b.2) intermediação de negócios; 
 b.3) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza; 
 b.4) factoring; 
c) ganhos de capital obtido na alienação de bens pertencentes ao ativo permanente e 
 demais ganhos, receitas e resultados auferidos no mês; 
d) demais receitas não compreendida na receita bruta de vendas e serviços. 
 
 
2.6.5.4 Pessoa jurídica exclusivamente prestadora de serviços 
 
 
 Segundo Rodrigues et al (2009, p.63) a pessoa jurídica prestadora de serviço poderá 
utilizar o seguinte percentual: 
 
 
a) A pessoa jurídica exclusivamente prestadora de serviços ( exceto serviços 
hospitalares, de transporte e os relativos ao exercício de profissões legalmente 
regulamentadas) poderá utilizar o percentual de 16% enquanto a sua receita bruta 
acumulada no ano em curso se comportar dentro do limite de R$ 120.000,00, 
observando-se que: 
b) Se a receita bruta acumulada até determinado mês ultrapassar o referido limite, a 
pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% ficará sujeita ao percentual 
normal de 32%, retroativamente ao mês de janeiro do ano em curso, impondo-se o 
pagamento das diferenças de imposto, apuradas em cada mês, até o último dia útil 
do mês subseqüente ao da verificação do excesso; 
c) Dentro do prazo mencionado na letra “a”, as diferenças de imposto poderão ser 
pagas sem acréscimos moratórios. 
 
 
 
2.6.5.5 Base de cálculo do Lucro Real por estimativa mensal 
 
 
A base para o cálculo da estimativa mensal será o montante determinado pela soma 
das seguintes parcelas (RIR/1999, arts. 223 e 225): 
 
 
40 
 
 
1. do valor resultante da aplicação dos percentuais fixados na lei, variáveis 
conforme o tipo de atividade explorada, sobre a receita bruta auferida mensalmente;

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