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3ªSérie_FILOSOFIA_PROF_3ºBI

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Prévia do material em texto

Professor 
Filosofia 
 
 
 
CCaaddeerrnnoo ddee AAttiivviiddaaddeess 
PPeeddaaggóóggiiccaass ddee 
AApprreennddiizzaaggeemm 
AAuuttoorrrreegguullaaddaa -- 0033 
33ªª SSéérriiee || 33°° BBiimmeessttrree 
Disciplina Curso Bimestre Série 
Filosofia Ensino Médio 3° 3ª 
Habilidades Associadas 
1. Compreender o papel da política na antiguidade e compará-lo com o papel da política na 
atualidade. 
2. Identificar e discutir filosoficamente justiça, relações de poder, democracia e liberdade; 
3. Perceber-se como sujeito político na vida da “cidade”. 
 
2 
 
 
A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o 
envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem 
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes 
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado. 
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma 
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar 
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma 
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções 
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional. 
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das 
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades 
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é 
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem. 
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam, 
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o 
a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática. 
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior 
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para 
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as 
ferramentas da autorregulação. 
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se 
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o 
aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser. 
 A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da 
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede 
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim 
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às 
suas aulas. 
Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer 
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material. 
 
Secretaria de Estado de Educação 
 
Apresentação 
http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/
mailto:curriculominimo@educacao.rj.gov.br
 
3 
Caro Tutor, 
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas 
habilidades e competências do 3° Bimestre do Currículo Mínimo de filosofia da 3ª Série 
do Ensino Médio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um 
mês. 
 A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades 
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as 
trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no 
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da 
disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de 
nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI. 
Neste Caderno de Atividades, apresentamos a invenção da política na 
antiguidade grega valorizando a criação da democracia pelos gregos, mais 
especificamente pelos atenienses. Criação essa que estabelece uma forma de 
constituição e do exercício do poder inteiramente novos na humanidade e que 
defendemos até hoje. Na Aula 02, vamos discutir a concepção de poder, segundo 
Michel Foucault, que ao apresentar o poder como um jogo de relações múltiplas abre 
novas possibilidades para analisarmos as relações de poder da contemporaneidade e a 
influência das novas tecnologias na política. E por fim, apresentamos uma critica ao 
conceito de globalização opondo a ele o conceito de mundialização, alertando para o 
excesso de otimismo para a atual fase do capitalismo internacional. O que vemos na 
grande mídia, muitas vezes, se presta a camuflar e esconder os imensos bolsos de 
pobreza que existem no mundo dando a ideia de que todos participam da “festa da 
abundância global”. 
Sugerimos uma pequena avaliação, na sequencia das aulas para que possa testar 
seus conhecimentos e também indicamos duas atividades de pesquisa: a primeira é a 
realização de uma oficina on-line, criada pelo IBASE em parceria com o CEDERJ, que 
oferece gratuitamente uma capacitação em controle social do orçamento público, 
importante para todo e qualquer cidadão, independente da idade ou faixa escolar. A 
segunda é pesquisar alguns dos mais importantes documentos criados para garantir os 
 
4 
direitos dos cidadãos ao longo da história e apresentar em forma de seminário para a 
turma. 
Para os assuntos abordados em cada bimestre, apresentamos, sempre que 
possível, relações diretas com os materiais que estão disponibilizados no portal 
eletrônico Conexão Professor , fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para 
o Professor Tutor. 
Este documento apresenta 03 (três) aulas. As aulas são compostas por uma 
explicação base, para que o aluno seja capaz de compreender as principais ideias 
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e 
atividades respectivas. 
As Atividades são referentes a dois tempos de aulas semanais previstos na matriz 
da terceira série. Para reforçar a aprendizagem, propomos, ainda, uma pesquisa e uma 
avaliação sobre o assunto. 
 
Um abraço e bom trabalho! 
 Equipe de Elaboração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 Introdução .......................................................................................................... 3 
 Objetivos Gerais.................................................................................................... 6 
 Materiais de Apoio Pedagógico ............................................................................ 6 
 Orientação Didático-Pedagógica .......................................................................... 8 
 Aula 1: Invenção da política .................................................................................. 9 
 Aula 2: Poder ...................................................................................................... 15 
 Aula 3: Globalização ou mundialização? ............................................................ 20 
 Avaliação ............................................................................................................. 26 
 Pesquisa .............................................................................................................. 30 
 Referências ......................................................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523507file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523508
file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523509
file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523510
file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523511
file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523512
file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523513
file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523514
file:///C:/Users/fsouza/Desktop/Planos%20de%20Aulas%20para%20serem%20retificados/Pronto%203º%20Bimestre/Filosofia/Word/Filosofia%203o%20bi%203%20ano%20professor-formatado.docx%23_Toc376523515
 
6 
 
O foco do bimestre indica que o ser político é inerente ao ser humano, de 
modo que a política não deve ser confundida com o que poderíamos chamar, 
grosso modo, de “política profissional” ou “política partidária”. Temos como 
objetivo que, o jovem que tiver acesso a essas aulas, possa ser sensibilizado e se 
sinta motivado a buscar informações e a participar percebendo-se como sujeito 
político e, por isso, construtor da vida da cidade. 
 
 
 
No portal eletrônico Conexão Professor, é possível encontrar alguns materiais 
que podem auxiliá-los. Vamos listar estes materiais a seguir: 
 
Aula 
Referência 
Teleaulas 
nº 
Orientações Pedagógicas do CM 
Aula 1 03- EM 
Músicas: Construção. Chico Buarque. "Construção". 
1971. 
Cálice. Gilberto Gil e Chico Buarque. "Chico Buarque". 
1978 
 Livros: BIGNOTTO, Newton (org). Pensar a República. Belo 
Horizonte: UFMG, 2012. 
 STARR, Chester G. O nascimento da democracia ateniense: 
a assembleia no século V a.C. São Paulo: Odysseus, 2005. 
Seminário: dividir a turmas em grupos que deverão 
apresentar um trabalho sobre o que diferencia os diferentes 
sistemas políticos, tais como democracia, aristocracia, 
monarquia, tirania, oligarquia, teocracia 
Aula 2 03- EM 
Músicas: Podres poderes. Caetano Veloso. "Vel". 1984. 
Apesar de você. Chico Buarque. "Chico Buarque". 1978. 
 Filmes: EDUKATORS. . Direção de: Hans Weingartner. 
ALE, 2004. - fala das revoluções sociais de uma forma 
absolutamente original, colocando todos os lados em 
questão em uma mesma mesa. O filme fala de 
Materiais de Apoio Pedagógico 
Objetivos Gerais 
 
7 
injustiça, companheirismo, triângulo amoroso, 
questionamentos filosóficos e sequestro. Tudo isso 
com um final surpreendente! 
 MARIGHELLA: retrato falado do guerrilheiro. Direção 
Silvio Tendler. BRA, 2012. 
SÍTIOS: 
 Oficina gratuita : Portal da educação - direitos 
humanos. Disponível em: 
<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/histor
ia/index.html>. 
 O sítio reúne textos e atividades sobre direitos 
humanos. 
 Oficina gratuita : Portal da educação Visões 
historiográficas: o reverso das versões. Disponível em: 
<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/histor
ia/index.html>. O sítio apresenta textos e atividades 
acerca da três diferentes versões para um dos mais 
conhecidos episódios da História do Brasil , a 
Independência. 
Aula 3 03- EM 
 "Desafios para a cidadania mundial". Disponível em: 
<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materia
s/0515.html>. artigo do sociólogo Cândido Grzybowski. 
 Filme: 
 AS INVASÕES Bárbaras. Direção de: Denys Arcand. 
CAN, 1986. son, color, 86 min. 
 QUANTO vale ou é por quilo. . Direção de: Sérgio 
Bianchi. BRA, 2005. son, color, 90 min. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/historia/index.html
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/historia/index.html
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/historia/index.html
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/historia/index.html
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materias/0515.html
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materias/0515.html
 
8 
 
 
Para que os alunos realizem as atividades referentes a cada dia de aula, 
sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no 
Caderno do Aluno: 
1° - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa 
compreendê-lo sem o auxílio de um professor. 
2° - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na página 3. 
3° - Reproduza as atividades para que os alunos possam realizá-las de forma 
individual ou em dupla. 
4° - Se houver possibilidade de exibir vídeos ou páginas eletrônicas sugeridas na 
seção Materiais de Apoio Pedagógico, faça-o. 
5° - Peça que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos 
abordados no texto base. 
6° - Após a leitura do material, os alunos devem resolver as questões propostas 
nas ATIVIDADES. 
7° - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas 
com toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala 
para que os alunos possam verificar se acertaram as questões propostas na Atividade. 
Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientação Didático-Pedagógica 
 
9 
 
 
 O analfabeto político 
Bertold Brecht 
 
O pior analfabeto é o analfabeto político. 
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. 
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, 
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio 
dependem das decisões políticas. 
 
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia 
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, 
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, 
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo. 
Nada é impossível de Mudar 
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. 
E examinai, sobretudo, o que parece habitual. 
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de 
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem 
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, 
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural 
nada deve parecer impossível de mudar. 
http://www.mcpbrasil.org.br/o-mcp/poemas/item/344-bertold-brecht-o-analfabeto-pol%C3%ADtico 
 
Hoje em dia, é comum ouvirmos muitas pessoas dizendo que não querem saber 
de política ou detestam política. Espero que o poema de Brecht tenha ajudado você, 
estudante, a perceber o quão grave é essa afirmação. Não há como o ser humano se 
ausentar da política. A “ausência” já seria um posicionamento e com graves 
consequências, como vimos pelo poema. 
 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0132.html 
Aula 1: Invenção da política 
http://www.mcpbrasil.org.br/o-mcp/poemas/item/344-bertold-brecht-o-analfabeto-pol%C3%ADtico
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0132.html
 
10 
 Mas se a política é tão importante, como tanta gente pode afirmar que não 
gosta de política? É que as pessoas que assim falam, estão se referindo a “política 
profissional” e ao afirmarem que detestam política querem na verdade, fazer uma 
critica ao andamento das políticas e ao comportamento de alguns políticos 
profissionais que se corrompeme não fazem política, mas POLITICAGEM. Vamos usar 
esse termo para falar da má política, a partir de agora ok? 
 A corrupção, o “se dar bem” à custa do dinheiro do povo, não é política. É 
politicagem e crime. E precisamos criar mecanismos de defesa para combater essas 
más práticas. 
Espero que essa introdução tenha ajudado a você a querer saber mais sobre 
política para que possa assumir o seu papel de cidadão consciente e ativo na 
comunidade que vive. Vamos começar a aula de hoje: a invenção da política! 
Falamos que a política nasce na Grécia. Quer dizer que não existia política 
antes dos gregos? Não é bem assim! Sempre existiu o poder, mas o exercício dele era 
exercido por autoridades patriarcais e despóticas. Foram os gregos que reformularam 
o sistema de poder e por isso falamos que a política nasceu com eles. Os gregos 
inventaram a democracia. E é a democracia que nos lança na possibilidade de 
participação política e elimina a arbitrariedade dos poderes tirânicos. 
Na democracia somos cidadãos e podemos participar das decisões políticas. Na 
democracia, os governantes não são mais definidos hereditariamente, como nas 
monarquias. Ao contrário, são eleitos. Separa-se o poder político do religioso. Separa-
se o poder militar do poder civil. 
 
 
www.brasilescola.com 
 
http://www.brasilescola.com/
 
11 
 Na democracia, a leis são criadas depois de muitas disputas, mas emergem 
como aspiração da comunidade e por isso são impessoais. Ou seja, não existem 
porque esse ou aquele quer, mas nascem de um consenso, da vontade da maioria. 
Essa é a ideia de direito! As novas leis criam direitos e deveres para todos os cidadãos 
que são iguais perante a lei. 
 A palavra política vem de pólis que em grego significa cidade. Por aí, podemos 
perceber que a política se relaciona com a cidade, ou seja, com o bem comum. 
 Não ficamos nada felizes quando os “políticos” se esquecem disso e ao invés 
de cuidarem do bem comum se beneficiam indevidamente do lugar que ocupam e 
tratam de encher o próprio bolso. Mas lembre-se! Isso é politicagem! 
Para os antigos, que criaram esse belo caminho para a humanidade, que 
considera todos os cidadãos como iguais, “a polís perfeita deve ser autárquica. 
Autarquia ( auto=próprio + arquia, derivado de arché=princípio), ou seja, capaz de 
governar a si próprio e prover as necessidades básicas de seus cidadãos”. 
A democracia é então, o melhor caminho para os seres humanos praticarem a 
justiça. As leis impedem a justiça “do olho por olho, dente por dente”. Ninguém pode 
fazer justiça com as próprias mãos. Essa é a lei do mais forte, da selva. 
O ser humano é dotado de logos (pensamento, linguagem, racionalidade) e isso 
nos leva a buscar entre nós, um consenso sobre como devemos viver, o que é mais 
justo ou injusto, o que é certo ou errado. 
E todos os cidadãos podem e devem participar dessa discussão, pois somos 
“animais políticos”, nos ensina o filósofo Aristóteles. Sim, somos os únicos animais que 
CRIAM leis. Então, dizemos que os seres humanos são políticos por natureza, em 
oposição aos demais animais que vivem segundo as leis da natureza. 
Até hoje estamos buscamos mecanismos para aperfeiçoarmos a democracia 
que foi inventada há tantos séculos. Muita coisa já mudou ao longo dos anos. 
Os gregos, mais especificamente, os atenienses, criaram a democracia direta. 
Hoje, vivemos na democracia representativa. Votamos e elegemos quem vai nos 
representar. Por isso é fundamental acompanhar de perto o que fazem os políticos 
profissionais. Outra diferença grande em relação à democracia de hoje e a da 
antiguidade é que quando foi criada só eram considerados cidadãos os atenienses, 
homens e livres. Ou seja, mulheres, estrangeiros e escravos não participavam da vida 
 
12 
pública. Demorou muito tempo para as mulheres serem consideradas cidadãs e 
poderem participar da vida pública. Como a democracia pressupõe a igualdade de 
todos os cidadãos, não deixar ninguém de fora é aperfeiçoar a democracia. Entendeu? 
 
1 
 
Espero que você esteja, a partir dessa aula, mais consciente da sua importância 
na cidade e que quando ouvir alguém falar que “detesta política” possa declamar o 
poema de Brecht para os amigos que ainda não compreenderam isso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
http://www.google.com.br/search?hl=ptBR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=637&q=inven%C3%A7ao+da+pol
itica&oq=inven%C3%A7ao+da+politica&gs_l=img.12..0i24.1131468.1136241.0.1138882.20.20.0.0.0.0.275.2804.9j2j9.20.0....0...1a
c.1.26.img..6.14.1573.GwrkWKxseS0#facrc=_&imgdii=_&imgrc=x5gLUNKN5pr53M%3A%3B6X75EQEqk_CDtM%3Bhttp%253A%252
F%252Fsociologiapoliticaufpr.files.wordpress.com%252F2012%252F06%252Fforoprivilegiado.jpg%253Fw%253D750%3Bhttp%253
A%252F%252Fsociologiapolitica.com.br%252F2012%252F06%252F24%252Fa-invencao-da-politica%252F%3B263%3B192 
 
 
13 
 
 
Questão 01: Escreva sobre a diferença de politicagem e política, segundo a aula de 
hoje. 
Resposta pessoal que deve identificar a politicagem com a má política partidária e 
profissional é que essa constitui crime contra a sociedade. Ao contrário da política 
que leva a participação dos mais diversos atores sociais, para que se possa 
acompanhar e minimizar os efeitos dos políticos profissionais que ao exercerem mal 
a função para a qual são eleitos lesam o povo e devem ser punidos. 
Obs: valorize as respostas que apresentem o ser humano como animal político e a 
política não sendo o que “ eles” ( profissionais) fazem, mas a ação humana. 
 
Questão 02: Explique com suas palavras a concepção de Aristóteles: o homem é um 
animal político. 
Resposta pessoal. Segundo Aristóteles, o homem, diferentemente de outros animais 
não pode viver isolado. O homem grego só poderia realizar sua finalidade na pólis. O 
homem é um ser racional e social e por isso, para Aristóteles, a política é a principal 
ciência e a ética um prolongamento da política. 
 
 Questão 03: (FGV) Leia atentamente os versos de cunho político do poeta e 
dramaturgo alemão Bertolt Brecht: 
 
“Nós vos pedimos com insistência: 
Nunca digam — isso é natural! (...) 
A fim de que nada passe por ser imutável” 
 
De acordo com as ideias de Brecht expostas no trecho acima é correto afirmar que: 
 
a) O ser humano faz parte da natureza e por isso o mundo que constrói é imutável. 
b) Os valores humanos são absolutos, portanto não podem ser modificados. 
c) O homem é superior à natureza e por isso o mundo construído por ele é imutável. 
Atividade Comentada 1 
 
14 
d) Os valores humanos são estáticos, pois são frutos de suas predisposições naturais. 
e) O ser humano é criador de valores e por isso estes podem ser modificados. 
 
Comentário: A alternativa E está correta, pois a poesia de Brecht nos ensina 
justamente sobre a possibilidade de transformação do mundo realizada pelos 
homens a partir dos valores por nós criados. Todas as outras alternativas 
apresentam um mundo estático, imutável, não possível de ser modificado e por isso 
estão erradas. 
 
Questão 04: (FGV) Partimos do pressuposto de que filosofar é não aceitar como óbvias 
e evidentes as coisas sem antes tê-las investigado. Entre os inimigos da filosofia 
encontram-se políticos a quem interessa que a filosofia seja desprezada. Impedir que 
os homens se tornem sensatos é uma estratégia da má política. No texto Filosofia no 
mundo, Carl Jaspers, seu autor, afirma: “massas e funcionários são mais fáceis de 
manipular quando não pensam, mas tão somente usam de uma inteligência de 
rebanho”. 
 
Nesse contexto, inteligência de rebanho é: 
 
a) a existência de muitas pessoas inteligentes que tomam decisões comuns, sensatas e 
benéficas para a maioria da sociedade. 
b) fruto de um grupo de homens sensatos que consegue se diferenciar da má política 
através de uma atuação coletiva e organizada.c) a massa e os funcionários que se organizam para defender seus direitos, fazendo 
frente à má política. 
d) uma maioria de pessoas que se deixa influenciar por um pensamento dominante 
na sociedade, sem antes criticá-lo. 
e) a originalidade de um pensamento que acaba por influenciar muitas pessoas se 
tornando assim mais forte para efetivar mudanças no mundo. 
Comentário: A alternativa D está correta porque rebanho é o coletivo de gado e por 
isso nos transmite a ideia de massa acrítica, que não pensa. Essa massa é conduzida 
por alguém que a domina. Assim, inteligência de rebanho é uma figura de linguagem 
para a passividade, sobre se deixar levar sem criticar. 
 
15 
 
 
Quando falamos em PODER pensamos em governos, polícia, exércitos, justiça. 
Esse caminho do pensamento nos leva a uma determinada concepção de poder 
que se localiza no Estado. E é certo que os aparelhos do Estado detêm bastante poder. 
Mas será que o poder só pode ser pensando dessa forma? Claro que não! 
Há poder entre um homem e uma mulher, entre pais e filhos, entre os que 
sabem e os que não sabem. E muitas outras relações! 
 
2 
Isso nos ajuda a pensar que se além da possibilidade de pensarmos o poder 
associando diretamente ao Estado institucionalizado, um poder que vem de cima para 
baixo, também há a possibilidade de pensarmos um caminho inverso. 
Veja o que nos ensina o filósofo Francês, Michel Foucault. 
3 
Michel Foucault 
 
2
http://www.google.com.br/search?hl=ptBR&biw=1366&bih=637&site=imghp&tbm=isch&sa=1&q=poder&oq=pod
er&gs_l=img.12..0l10.58755.61710.0.63367.24.11.0.0.0.1.282.1369.6j3j2.11.0....0...1c.1.26.img..21.3.160.fEMpWJiK 
3
 Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Foucault5.jpg 
Aula 2: Poder 
 
16 
“Na sociedade, há milhares e milhares de relações de poder e, por 
conseguinte, relações de forças de pequenos enfrentamentos, microlutas, 
de algum modo. Se é verdade que essas pequenas relações de poder são 
com frequência comandadas, induzidas do alto pelos grandes poderes do 
Estado ou pelas grandes dominações de classe, é preciso ainda dizer que, 
em sentido inverso, uma dominação de classe ou uma estrutura de Estado 
só pode funcionar se há, na base, essas pequenas relações de poder. O que 
seria o poder do Estado, aquele que impõe, por exemplo, o serviço militar, 
se não houvesse, em torno de cada indivíduo, todo um feixe de relações de 
poder que o liga a seus pais, a seu patrão, a seu professor — àquele que 
sabe, àquele que lhe enfiou na cabeça tal ou tal ideia?” 
 
(FOUCAULT, Michel. “Poder e Saber” – entrevista com S. Hasumi, 1977, in Ditos e Escritos, Vol. 
IV. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006, pp.231-232 
Isso nos ajuda a pensar que o poder não se encontra em um ponto 
determinado, por isso falamos em relações de poder. E onde há poder há sempre 
alguma resistência. Por isso, nenhuma relação de poder é absoluta ou incontestável. E 
mais: as relações de poder são reversíveis. Ou seja, sujeitas a mudanças. 
Sim! As relações de poder são um jogo que se transforma, às vezes reforçando 
o sentido; outras, o invertendo. 
O poder não esta num centro definido, ele esta em toda parte, múltiplo. 
Foucault, fala em “onipresença do poder”: não porque tenha o privilégio de agrupar 
tudo sob sua invencível unidade, mas porque se produz a cada instante, em todos os 
pontos, ou melhor, em toda relação entre um ponto e outro. O poder está em toda 
parte; não porque englobe tudo e sim porque provém de todos os lugares.(...) Poder é 
o nome dado a uma situação estratégica complexa numa sociedade determinada.” 
E o que podemos extrair dessa nova concepção de poder? A antiga era que o poder 
tem um centro e vem de cima. A que apresentamos hoje, pra você, mostra que o 
poder é múltiplo, está em todos os lugares, é reversível. 
 
Seguindo os passos de Foucault, aprendemos que: 
→O poder se exerce! 
 
17 
→ as relações de poder não estão em posição de superestrutura, com um 
simples papel de proibição ou de recondução; possuem, lá, onde atuam um papel 
diretamente produtor. 
–→que o poder vem de baixo. 
→não há poder que se exerça sem uma série de miras e objetivos. O poder é 
intencional e não subjetivo. Isso não quer dizer que provém de uma determinada 
pessoa, de um indivíduo. Lembre-se de que estamos no âmbito das relações de poder 
e não de um poder central. 
→onde há poder há resistência. Nenhum poder se manteria sem uma 
multiplicidade de resistências. E a resistência também não nasce de um foco central 
revolucionário. As resistências se dão no plural e existem nos mesmos campos do 
poder. 
→Resistencia é um dos termos nas relações de poder. “Os focos de resistência 
disseminam-se com mais ou menos densidade no tempo e no espaço, às vezes 
provocando o levante de grupos ou indivíduos de maneira definitiva, inflamando 
certos pontos de corpo, certos momentos da vida, certos tipos de comportamento.” 
(FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1, A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal, 
1987. p. 88-97.) 
Nas ruas dizem que “o gigante acordou”, em uma menção sobre o povo 
brasileiro que na sua frágil e recente democrática tomou, enfim às ruas, lembrando 
que elas são nossas! 
Graúna_ Henfil 
http://massapartida.wordpress.com/2013/06/28/e-por-centavos-e-por-direitos-e-por-poder/ 
O convite é para que você, estudante busque se politizar e isso, implica desejar 
a mudança. Fazer do seu desejo uma força, uma resistência. 
http://massapartida.wordpress.com/2013/06/28/e-por-centavos-e-por-direitos-e-por-poder/
 
18 
Então, deixo para sua reflexão final, uma pergunta com a qual o filósofo da 
aula de hoje, Foucault, nos provoca: “Como o desejo pode e deve despender suas 
forças na esfera do político e se intensificar no processo de mudança da ordem 
estabelecida?” 
E ele nos alerta sobre os perigos do poder e nos alerta! 
Não se apaixone pelo poder! 
 
 
 
 
Questão 01- Cite pelo menos duas diferenças entre a concepção de poder para 
Foucault e a concepção mais tradicional de poder. 
Para Foucault o poder não vem de cima, mas de baixo. Não tem um centro gerador, 
mas está em toda parte, é múltiplo. Não provém de um determinado indivíduo ou 
instituição, mas se dá através de relações de poder. O Poder para Foucault é 
intencional e não subjetivo. 
 
Questão 02- Em junho de 2013, as ruas das principais cidades brasileiras foram 
tomadas pela população, em sua maioria, jovens, em uma grande mobilização popular. 
O protesto foi, inicialmente, contra o aumento das passagens de ônibus. Mas o 
levante popular trouxe outras importantes reinvindicações da sociedade brasileira. As 
novas tecnologias exerceram um papel fundamental no movimento que alguns 
chamam de a Primavera Brasileira, em comparação à primavera árabe que derrubou 
governos ditatoriais no oriente. Comente essa afirmação à luz da concepção de poder 
da aula de hoje. 
Resposta pessoal: A relação que podemos estabelecer entre a concepção de poder 
que Foucault apresenta e os recentes acontecimentos políticos no Brasil e no mundo 
é de similaridade. O que vivenciamos foi um produto das relações de poder que se 
transformam continuamente a partir da atuação de diversos atores sociais. A 
população “tomou” as ruas exigindo melhoras nas prestações de serviços do Estado, 
Atividade Comentada 2 
 
19 
sem uma organização definida, de forma descentralizada, mas nem por isso menos 
potente. 
 
Questão 03-(FGV) A imagem que nos foi transmitida do povo brasileiro como 
submisso, ignorante e fanático é uma construção recente das minorias dirigentes e de 
seus intelectuais. (...) É necessário se aproximar do povo comum com um mínimo de 
realismo. Ele não pediu licença às elites para lutar por seus direitos e mostrar ser mais 
consciente mais politizado e mais agressivo do que as minorias esclarecidas gostariam. 
(Aquino, R.et.al. BRASIL: uma históriapopular. Rio de Janeiro: Record 2003) 
De acordo com o trecho é possível afirmar que: 
a) Somente as minorias são submissas. 
b) A elite intelectual ajuda a desfazer a imagem do brasileiro como submisso. 
C) O brasileiro não é submisso, a má qualidade da educação leva à ignorância. 
d) O povo comum é submisso diferente da minoria intelectual que o dirige. 
e) A imagem do brasileiro como submisso é falsa. 
 
Comentário: O autor afirma que a imagem do brasileiro como submisso foi 
construída pelas elites e intelectuais e que essa imagem não faz justiça a todos os 
movimentos populares pela liberdade realizados pelo povo brasileiro em diferentes 
épocas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Muito se fala em globalização e nessa aula vamos refletir sobre a relação desse 
conceito com o advento das novas tecnologias. Sim, os dois conceitos estão 
interligados, e ainda nos remetem a um terceiro que seria o neoliberalismo. Mas 
vamos devagar... 
 A noção primeira de globalização nos traz a ideia de “aldeia global”. Perceba 
como a imagem já nos dá uma pista de como globalização e tecnologia dialogam 
diretamente. O mundo é uma aldeia! 
 
www.brasilescola.com 
 
A imagem é que todos podem se comunicar com todos. As novas tecnologias 
aproximaram os espaços e alteraram a relação com o tempo. Num clique falamos com 
alguém do outro lado do mundo; em poucas horas chegamos ao outro lado do mundo. 
O processo de globalização é efetivado pelas novas formas de comunicação e 
transporte. 
 Parece maravilhoso que o ser humano tenha conseguido tamanho progresso, 
não é mesmo? 
 Mas será que o que dizem por aí é o que é de fato? A Globalização seria 
mesmo a grande maravilha da atualidade? 
 A grande mídia apresenta a globalização como uma solução para reduzirmos a 
desigualdade social, pois todos podem ter acesso a tudo no mundo globalizado. Quase 
tudo fica ao alcance do seu Clik! 
Aula 3: Globalização ou mundialização? 
 
21 
 Na verdade, a globalização é o apogeu da internacionalização do capital. 
Hoje, convivemos com a lógica do mercado em todas as dimensões da vida. Lógica que 
se alicerça sobre o desenvolvimento econômico. 
 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cienciassociais/0007.html 
 
 E na aldeia global, o que se verifica não é a maravilha prometida: vemos países 
desenvolvidos e países periféricos que não participam da “festa” da abundância 
prometida pela globalização. 
 
 A fábula da globalização tenta nos vender a ideia de um mundo 
harmonioso e homogêneo, mas o que podemos perceber é 
muito diferente: desemprego, fome e desabrigados no mundo 
inteiro. A pobreza cresceu. 
 
 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0141_04.html 
 
Mas o que tem a globalização que acaba por gerar consequências que levaram 
a humanidade para o lado oposto de onde gostaríamos de ter ido? Sim, pois tenho 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cienciassociais/0007.html
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cidadania/0141_04.html
 
22 
certeza de que você, estudante vai concordar comigo que todos desejamos ser felizes 
e vivermos em um mundo mais justo e com menos desigualdades sociais. 
Vamos caminhar, então, no sentido de uma reflexão crítica ao conceito de 
globalização. É nesse ponto que o conceito de globalização se aproxima do 
neoliberalismo. Muitos teóricos usam o termo mundialização para diferenciar a crítica 
que fazem do otimismo que a grande mídia criou para a internacionalização do capital. 
 
 “O neoliberalismo é uma teoria econômico-politica formulada por um 
grupo de economistas, cientistas político e filósofos que se opunha ao 
surgimento do Estado de Bem-Estar social e social democrata. 
Navegando contra as correntes das décadas de 1950 e 1960, esse 
grupo elaborou um detalhado projeto econômico e político que 
atacava o Estado do Bem-Estar social com seus encargos sociais e com 
a função de regulador das atividades do mercado. Afirmava que esse 
tipo de experiência destruía a liberdade dos cidadãos e a competição, 
sem as quais não há prosperidade.” (Iniciação a filosofia, Chauí_ pg. 358) 
 
 Perceba que o neoliberalismo é contra a teoria do Bem-Estar Social que é uma 
das tarefas do Estado. No neoliberalismo prevalece a ideia de um Estado mínimo. É dai 
que surgem as privatizações, tema recorrente na mídia! O que é propriedade e função 
do Estado passa para mãos de empresas privadas. 
O que chamamos de Estado Moderno se baseia na soberania militar (defesa do 
território nacional) soberania cultural ( identidade do Estado) soberania econômica ( 
limitações às importações e exportações com, as barreiras alfandegárias). 
 Note que uma importante base de poder dos Estados Modernos se assentava 
no mercado nacional. 
Na fase globalizada do capitalismo, essa base se corrompe e fragiliza o poder 
público. E se o poder do Estado diminui, diminui também a capacidade do Estado 
proteger os cidadãos. 
A lógica de mercado se apoia nas políticas neoliberais que tendem a dissolver 
a noção de Estado. 
Se o Estado se fragiliza os poderes públicos passam a ter menos poderes para 
defender os interesses dos cidadãos. A perda da independência econômica torna o 
Estado um gestor de grandes corporações (multinacionais) e criador de condições 
favoráveis aos investimentos estrangeiros. 
 
23 
 A globalização também destrói a soberania cultural. Na aldeia global, as 
culturas são pasteurizadas. E os países mais fortes impõem sua cultura aos mais 
fracos. 
Come-se Mac Donald no mundo inteiro. Mas não se come acarajé! Entendeu 
onde mora o perigo? A diversidade das culturas se reduz a um modelo único. 
 No neoliberalismo, somos consumidores. Como assim? Consumimos desde 
sempre! Sim, mas no neoliberalismo, o consumo é o principal motor. A propaganda é 
a alma do negócio e antecede a lógica da produção. 
Isso muda tudo! Saímos de um modo de vida que se baseava na produção para 
um modo de vida que se baseia no consumo. E saiba que esse modelo é copiado pelo 
modo norte-americano que disseminou essa ideia como fez com o Mac Donald! Esse 
estilo é conhecido como “american way of life” ( para saber mais sobre isso, assista um 
excelente e divertido vídeo no youtube, que se chama A história das coisas.) 
“Na sociedade de consumo, o desejo de ser, de dar uma vida, é substituído 
pelo desejo de ter, de consumir desenfreadamente.” (Apostila_ EJA_EM Filosofia_VOL: 
3). 
 
 
http://geografiapulsante.forumeiros.com/t12-hino-da-globalizacao 
 
http://geografiapulsante.forumeiros.com/t12-hino-da-globalizacao
 
24 
Pobres ou ricos, ficamos reféns de uma mesma lógica: a de consumir para 
sermos felizes. As tecnologias, principalmente a televisão, e as atraentes imagens das 
propagandas criam a ilusão de que todos podem ter as mesmas coisas, basta se 
esforçarem. O neoliberalismo dá ênfase à meritocracia e esconde as diferenças de 
oportunidades que dependem do contexto de cada época e de cada lugar. 
Poucos são os que podem consumir e aproveitar as maravilhas da globalização. 
Na verdade, a globalização deu mais oportunidades aos mais ricos, que já têm 
acesso às recentes tecnologias de forma efetiva e criou bolsões de enorme pobreza no 
mundo inteiro. É por isso que globalização vira mundialização, quando queremos fazer 
uma crítica a esse modelo. 
A globalização é um paradoxo: é muito benéfica para poucos, mas deixa de 
fora dois terços da população mundial. (John Kavanagh- membro de pesquisa política 
de Washington). 
O nobre passado indígena da América, a brilhante civilização europeia, a sábia 
história das nações asiáticas e a riqueza ancestral da África e da Oceania são corroídas 
pelo modo de vida americano. O neoliberalismo impõe a destruição de nações e de 
grupos de nações, ao fundi-los num único modelo. Trata-se, assim, de uma guerra 
planetária (a pior e a mais cruel) que o neoliberalismo move contra a humanidade.Mas lembre-se da aula anterior, onde há poder há resistência. E por isso, na 
mesma esteira das tecnologias que promovem a globalização, grupos se organizam 
mundialmente como resistência a americanização do mundo. Um outro mundo é 
possível e ele também esta inscrito como possibilidade na nova ordem mundial! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Questão 01- Relacione o conceito de globalização com tecnologia. 
Resposta pessoal: A globalização é um fenômeno da contemporaneidade que só foi 
possível graças ao avanço das novas tecnologias de transporte e de comunicação. 
Dessa forma, vendem uma imagem de “aldeia Global” (conceito de Mac Luhan), 
como se o mundo fosse agora pequeno e todos tivessem acesso a todos e a tudo. 
 
Questão 02- Porque a globalização é um paradoxo? 
Resposta pessoal: No estágio da internacionalização do capital, conhecido como 
globalização o que vemos não é uma “festa da abundância para todos”. Ao 
contrário, os mais ricos ficaram mais ricos, pois já como já eram detentores de maior 
tecnologia conseguiram enriquecer mais. E os mais pobres correm desesperados 
atrás do modelo único e do desenvolvimento econômico, mas a maioria (2/3) da 
população mundial esta excluída da “festa”. A mídia vende a ideia de que todos 
estão conectados, mas isso é uma ilusão que esconde que grande parte da população 
mundial não tem sequer saneamento. Ou seja, a grande maioria não tem acesso aos 
serviços básicos, quando mais as maravilhas que as tecnologias podem oferecer. 
 
Questão 03- Você aprendeu que“ american way of life” é o estilo de vida norte- 
americano. O que caracteriza esse estilo que na globalização é difundido como um 
modelo único para todos os povos? 
Resposta pessoal: A mudança de uma sociedade de produção para uma sociedade de 
consumo, onde ter é mais importante do que ser. O consumo é apresentado como a 
melhor maneira de atingir o bem-estar e a felicidade. 
 
 
 
 
 
Atividade Comentada 3 
 
26 
 
 
 Caro Professor, Aplicador, apresentamos comentários em cada questão e 
colocamos em negrito a alternativa correta no caso das objetivas. 
 
Questão 01 - A não participação política não deixa de ser um posicionamento político, 
pois não há como ficar de fora. Lembre-se do poema, o analfabeto político e comente 
essa afirmação. 
Resposta pessoal: O ser humano é político por “natureza”. Não temos como escapar 
dessa singularidade. Diferentemente dos outros animais, não vivemos isolados, mas 
em sociedades e para isso criamos leis. Somos seres sociais e por isso políticos. Não 
querer saber de política é se ausentar da responsabilidade de sermos seres racionais 
e livres. Mas nem assim é possível ficar “de fora da política”, pois somos todos 
submetidos às regras sociais. A não participação política é uma escolha que define o 
posicionamento de quem decide não se informar, não participar. É uma escolha pela 
alienação. É não decidir por si mesmo e deixar que outros decidam. Um modo de 
estar no mundo sem se dar conta de que todos os dias a injustiça ou a justiça entram 
em confronto e que é necessário se posicionar para a construção de um mundo com 
menos desigualdades sociais e econômicas. É através da participação política que 
conseguimos propor mudanças efetivas. A participação política é um vetor de força 
através da qual influenciamos nas decisões coletivas para que a humanidade 
caminhe para o sentido que consideramos melhor. A não participação política, a 
passividade, fica, nesse sentido, como uma “força fraca” e que deixa os mais 
poderosos agirem sem nenhuma pressão. 
Questão 02 - (FGV) “O perigo é a coisa política desaparecer do mundo. Mas os 
preconceitos se antecipam; jogam fora a criança junto com a água do banho, 
confundem aquilo que seria o fim da política com a política em si, e apresentam aquilo 
que seria uma catástrofe como inerente à própria natureza da política, por 
conseguinte inevitável.” 
Avaliação 
 
27 
“Por trás do preconceito contra a política, estão hoje em dia, ou seja, desde a invenção 
da bomba atômica, o medo da Humanidade poder varrer-se da face da terra por meio 
da política e dos meios de violência colocados à sua disposição, e _ estreitamente 
ligado a esse medo – a esperança da humanidade ter juízo e, em vez de eliminar a si 
mesma, eliminar a política- atráves de um governo mundial que transforme o Estado 
numa máquina administrativa, liquide de maneira burocrática os conflitos políticos e 
substitua os exércitos por tropas de polícia.” (Arendt,H. O que é Política? (editora 
Ursula Ludz) Tradução Reinaldo Guarany, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998 p.25 a 
28.) 
Ao falar de esperança, a autora faz uma crítica: 
a) À vontade de que todos os homens vivam em paz mediados por governo mundial 
b) À valorização do fim da política com possibilidade de um governo mundial despótico 
c) Ao fim da política para a possibilidade de um governo mundial despótico 
d) À paz no mundo eliminando os conflitos dos Estados através de um governo 
mundial 
e) À esperança de acabar os com a politica corrupta substituindo-a por tropas de um 
governo mundial que uma os interesses de todos os estados. 
Comentário: a alternativa correta é a letra “C”. A palavra esperança aparece, 
ironicamente, para criticar a não participação política, a não busca consensual dos 
conflitos e fugindo disso cairmos num governo despótico, pois sem política a tirania 
impera. 
 
Questão 03 - Em que se baseia o que chamamos de Estado Moderno? 
Resposta: O que chamamos de Estado Moderno se baseia na soberania militar 
(defesa do território nacional) soberania cultural ( identidade do Estado) soberania 
econômica ( limitações às importações e exportações com, as barreiras 
alfandegárias). 
 
Questão 04 - Na democracia todos os cidadãos têm direito e deveres iguais perante a 
lei. Mas vimos que nem todos eram cidadãos na Grécia antiga. Então, podemos 
concluir que a cidadania na democracia é um direito, mas também uma conquista de 
 
28 
alguns setores da sociedade. Por exemplo: no Brasil, por muito tempo, os analfabetos 
não podiam votar. Ou seja, eram excluídos do processo democrático. 
 
Leia o texto apresentado a seguir e reflita antes de responder: 
 
“No que diz respeito aos sujeitos chamados a tomar (ou colaborar para a tomada de) 
decisões coletivas, um regime democrático caracteriza-se por atribuir este poder (que 
estando autorizado pela lei fundamental torna-se um direito) a um número muito 
elevado de membros do grupo. Percebo que "número muito elevado" é uma expressão 
vaga. No entanto, os discursos políticos inscrevem-se no universo do 
"aproximadamente", e do "na maior parte das vezes" e, além disto, é impossível dizer 
"todos" porque mesmo no mais perfeito regime democrático não votam os indivíduos 
que não atingiram uma certa idade. A omnicracia, como governo de todos, é um ideal-
limite. “(BOBBIO, Norberto. O Futuro da Democracia. Uma defesa das regras do jogo. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. p. 19) 
 
Segundo o enunciado, a democracia é realmente o governo de todos? Justifique a 
sua resposta. 
 
Resposta pessoal: na democracia, ainda que todos os cidadãos tenham os mesmos 
direitos, o que podemos ter é um governo da maioria. Ou seja, na prática, o poder 
não é exercido por todos, mas por uma grande parte de cidadãos. O ideal da 
democracia é a participação de todos, mas na prática isso se limita a uma maioria 
(que é no mínimo, 50% + 01). O ideal democrático só pode ser atingido por 
proximidade. Assim, quando votamos para escolher nossos representantes, certos 
setores defendem um candidato e outros defendem outros. Quem tiver mais votos 
ganha, mas ao ser eleito, o vencedor deve governar para todos e não somente para a 
parcela que o elegeu. Isso representa tensões inerentes à própria democracia que 
tem como característica inerente ao conceito, o conflito de interesses. O que temos 
é um caminhar políticoatravés do consenso, a partir da vontade da maioria. 
 
 
 
29 
Questão 05 - leia o texto a seguir: 
“Dizendo poder, não quero significar ‘o Poder’, como conjunto de instituições e 
aparelhos garantidores da sujeição dos cidadãos em um estado determinado. Também 
não entendo poder como um modo de sujeição que, por oposição à violência, tenha a 
forma da regra. Enfim, não o entendo como um sistema geral de dominação exercida 
por um elemento ou grupo sobre outro e cujos efeitos, por derivações sucessivas, 
atravessem o corpo social inteiro. A análise em termos de poder não deve postular 
como dados iniciais, a soberania do Estado, a forma da lei ou a unidade global de uma 
dominação; estas são apenas e, antes de mais nada, suas formas terminais. Parece-me 
que se deve compreender o poder, primeiro, como a multiplicidade de correlações de 
força imanentes ao domínio onde se exercem e constitutivas de sua organização”. 
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1, A Vontade de Saber. Rio de Janeiro: 
Graal, 1987. p. 88. 
 Faça uma reflexão sobre a concepção de poder que Foucault nos indica com os 
recentes acontecimentos da política brasileira que levou grandes parcelas da 
população, principalmente os mais jovens, a se tornarem uma força política efetiva e 
conseguirem até mesmo pressionar os governantes a abaixarem o preço das 
passagens de ônibus. 
Resposta pessoal: O texto de Foucault e os recentes acontecimentos políticos 
confluem para uma mesma perspectiva de compreensão do poder como 
descentralizado, produto das relações de força e poder, que se transformam a partir 
da atuação dos atores sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 Caro professor aplicador, ressalte com os alunos a importancia de não ficarem 
somente com uma única fonte de pesquisa. 
Sugerimos duas atividades para o trabalho de pesquisa desse bimestre. 
 A primeira é que você faça a oficina no Portal da educação pública, 
(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/ ) inteiramente on-line sobre controle 
social do orçamento público. 
 É fundamental que a sociedade civil participe desse debate para que possamos 
aprender a dialogar com o poder público. Para isso, precisamos nos capacitar para o 
exercício do controle social. De nada adianta somente reclamar e reclamar. Precisamos 
aprender a cobrar nossos direitos. Vamos lá? 
 “A oficina de controle do orçamento público é de natureza informativa e vai 
mostrar como você pode fazer para participar, compartilhar, interferir na vida da sua 
cidade em busca do bem-estar social e da consequente melhoria da qualidade de vida 
da população”. Ela foi desenvolvida pelo IBASE em parceria com o CEDERJ e é 
totalmente gratuita. Aproveite! 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/index.html 
A oficina é dividida em 3 (três) módulos, abrangendo, assim, as etapas do 
processo orçamentário que mais interessam aos (às) cidadãos(ãs) em geral. 
 Essa atividade deve ser desenvolvida no laboratório de informática da escola 
ou como tarefa a ser realizada em casa. 
Caso na sua escola não tenha no laboratório de informática um número 
suficientes de computadores para que cada aluno realize a tarefa sozinho, escolha 
uma dupla e aproveitem pra discutir bastante. 
 
 
 
 
 
Pesquisa 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/cidadania/index.html
 
31 
A Outra atividade de pesquisa que sugerimos é que navegue e encontre os seguintes 
documentos. 
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) 
A Declaração Universal dos Direitos dos Povos (1976) 
Carta da Terra, também chamada de Declaração do Rio, de 1992. 
 Estatuto da criança e do adolescente 
 Constituição brasileira de 1988. (compare com constituições anteriores e analise os 
avanços nos direitos dos cidadãos conquistados ao longo dos tempos e das lutas 
políticas. A nossa primeira constituição é de 1824.) 
 Busque sempre em mais de uma fonte e compare os documentos que encontrar para 
saber se estão completos. Depois de ler os documentos, faça uma nova pesquisa e 
responda o roteiro abaixo. 
 Quando foi criada? (breve descrição do contexto histórico) 
 Quem a elaborou? (breve explicação da origem e do funcionamento) 
 Com que objetivo? 
 O grupo acha que a elaboração desse documento representou algum avanço 
para a humanidade? 
 Todos os artigos do documento são respeitados no Brasil? (caso algum não 
seja, o grupo deve transcrevê-lo e fazer um comentário a respeito) 
Obs: anote outras questões importantes que puder observar e que não estão 
contempladas nesse roteiro. 
Essa pesquisa pode ser feita em grupo de 03 ou 04 alunos e como trabalho final, se 
houver possibilidade, faça uma apresentação para a turma. 
Caro professor aplicador, a escolha é sua. Cada grupo poderá pesquisar todos 
os documentos ou você poderá dividir os documentos entre os grupos e marcar uma 
data para apresentação oral e troca de informações entre os grupos que 
pesquisaram diferentes documentos. Ou seja, um seminário. 
A importância desse trabalho pode ir além da turma específica que realizou 
esse trabalho. Você poderá marcar um dia no auditório da escola e apresentar o 
seminário para outras turmas. Incentive os alunos a usarem as novas tecnologias: o 
 
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power point, por exemplo, é um recurso fácil e que tem dará grande visibilidade ao 
trabalho. 
 Caso se interesse, no já citado Portal da educação você poderá encontrar 
entre as oficinas de história, um trabalho específico sobre o tema: “direitos 
humanos: uma construção histórica” que irá enriquecer a sua formação política para 
muito além desse trabalho. O Portal da educação foi criado para a formação 
continuada do professor e todo o seu material é gratuito e as oficinas totalmente on-
line. Aproveite! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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[1] Apostila_ EJA_EM Filosofia_VOL: 3 Ciências Humanas e suas tecnologias- 2000. 
Autoras: Ingrid Muller e Zuleika de Abreu. 
[2] Banco de questões FGV. Disponível em: 
http://ensinomediodigital.fgv.br/staticpages/acesso-ao-banco-deslogado.aspx 
[3] BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação de pessoas em 
mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. 
_______________ Globalização: as consequências humanas, RJ, Jorge Zahar, 1999. 
[4] CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia: 1ª edição. São Paulo: Ática, 2011. 
 _______________O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980. (Coleção Primeiros 
Passos). 
[5] Filosofia/Vários autores._ Curitiba, SEED_PR. 
[6] GALLO, Sílvio (coord.). Ética e cidadania: caminhos da Filosofia. 13 ed. Campinas, 
SP: Papirus, 2005. 
 
 
 
Referências 
 
http://ensinomediodigital.fgv.br/staticpages/acesso-ao-banco-deslogado.aspx
 
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COORDENADORES DO PROJETO 
 
Diretoria de Articulação Curricular 
 
Adriana Tavares Maurício Lessa 
 
Coordenação de Áreas do Conhecimento 
Bianca Neuberger Leda 
Raquel Costa da Silva Nascimento 
Fabiano Farias de Souza 
Peterson Soares da Silva 
Marília Silva 
 
PROFESSORES ELABORADORES 
Giovânia Alves Costa 
 Julio Cesar F. Offredi 
 
 
Equipe de Elaboração

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