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Caso Concreto 5

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DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO - CCJ0135
Título	
Caso Concreto 5
Descrição	
Questão discursiva 1:
(OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir.
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique.
R: A norme é formalmente inconstitucional, pois deveria ser feito pela Câmara Municipal e não pelo Prefeito. Há também uma inconstitucionalidade de vício material na lei Municipal, uma vez que ofende consequentemente o principio da separação dos poderes segundo o artigo 29, V da CF/88. 
Sobre o valor não há que se falar de vício de constitucinalidade, pois está de acordo com o artigo 37, XII da CF/88.
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique.
R: Não, o Vereador não possui legitimidade para propor uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI),é norma Municipal. Conforme artigo 102 e 103 da CF/88. 
Questão discursiva 2:
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda:
a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique.
R: Na coexistência da Jurisdição Constitucional, Estadual, Federal. Havendo a propositura simultânea de ação direta de inconstitucionalidade de lei estadual perante o STF e ao Tribunal de Justiça, haverá suspensão no âmbito Estadual até a deliberação definitiva do STF.
b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique.
R:O Presidente pode sim propor ação direta de inconstitucionalidade porque ele é legitimado para o ajuizamento de ADI e demais dispositivos da Constituição e do Estado, que são objetos passiveis de impugnação de ADI.
Em caso de conflitos com a CF/88, rassalta-se que a clara violação do artigo 19, III da CF, uma vez que houve diferenciação entre brasileiros por razão de naturalidade
Questão objetiva:
Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar:
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior revogada pela norma impugnada.
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário.
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa.
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo.
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade.
JURISPRUDÊNCIA – VÍCIOS DE INSCONSTITUCIONALIDADE 
RE 1158273 AgR / SP - SÃO PAULO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a):  Min. CELSO DE MELLO
Julgamento:  06/12/2019           Órgão Julgador:  Segunda Turma
Publicação
PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-282 DIVULG 17-12-2019 PUBLIC 18-12-2019
Parte(s)
AGTE.(S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO
ADV.(A/S) : MARCELO RODRIGUES MAZZEI
AGDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO
ADV.(A/S) : NEY DUBOC GARCIA
Ementa
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – FISCALIZAÇÃO NORMATIVA ABSTRATA PERANTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA (CF, ART. 125, § 2º) – CONSTITUIÇÃO DO PRÓPRIO ESTADO-MEMBRO COMO PARÂMETRO ÚNICO E EXCLUSIVO DE VERIFICAÇÃO DA VALIDADE DE LEIS OU ATOS NORMATIVOS LOCAIS – IMPOSSIBILIDADE DE SE CONSTESTAR LEI MUNICIPAL EM FACE DE NORMA CONSTITUCIONAL FEDERAL, SALVO QUANDO SE TRATAR DE CLÁUSULA QUE SE QUALIFIQUE COMO PRECEITO DE REPRODUÇÃO OBRIGATÓRIA POR PARTE DOS ESTADOS MEMBROS – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDENCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – SUCUMBÊNCIA RECURSAL (CPC, ART. 85, § 11) – NÃO DECRETAÇÃO, NO CASO, ANTE A INADMISSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO EM VERBA HONORÁRIA, POR TRATAR-SE, NA ORIGEM, DE PROCESSO DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
– Em tema de fiscalização abstrata perante os Tribunais de Justiça locais, o parâmetro de controle a ser invocado (e considerando) nas ações diretas deve ser a constituição do próprio Estado-Membro, e não a Constituição da República. possibilidade de invocação, em caráter excepcional, de normas inscritas na Constituição Federal, como parâmetro de controle em sede de representação de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça local (CF, Art. 125, § 2º), unicamente na hipótese de referidas normas Constitucionais Federais qualificarem-se como preceitos de observância obrigatória pelas unidades federadas.
Decisão
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 29.11.2019 a 5.12.2019.

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