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Anatomofisiologia da Pele e Bioquímica do Envelhecimento Prof. Dr. Marco Aurélio dos Santos Silva CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/972702924503246 http://lattes.cnpq.br/972702924503246 • Proteção mecânica, microbiológica e fisiológica; • Regulação da temperatura corporal; • Recepção de estímulos (de calor, frio, tato, pressão, dor); • Produção de vitamina D. Funções Maior órgão do corpo humano Mede ~2 m² Pesa de 3 – 4 Kg no adulto 30 mil células substituídas por dia Regeneração completa em 21 dias Pele ... Qual é a espessura da pele? Pele Fina (0,07 a 0,12 mm) Pele Espessa (0,8 a 1,4mm) Camada córnea pouco desenvolvida Ausência da camada lúcida Presença de anexos Camadas córnea e espinhosa desenvolvidas Presença de camada lúcida Glândulas sebáceas e folículos pilosos ausentes Palma da mão e planta do pé Espessura EPIDERME DERME HIPODERME O que nós iremos estudar? A pele é organizada como uma casa construída TECIDO ADIPOSO MÚSCULO OSSO EPIDERME DERME Pele Tecido adiposo Músculo Osso SUSTENTAÇÃO Tecidos que sustentam a pele Perda da Base com envelhecimento SUSTENTAÇÃO Ruga Flacidez EPIDERME DERME HIPODERME O que nós iremos estudar? Epiderme e Derme Epiderme é a camada mais superficial, avascularizada, constituída por queratina, tem cerca de 100 μm de espessura dividida em estratos (Seeley, et alii, 2003, Harris, 2009). Derme é responsável pela resistência estrutural da pele. Constituída por tecido conjuntivo denso, divide-se em derme papilar (mais superficial) e reticular (mais profunda) e é nesta que se situam os anexos cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos, receptores sensoriais, glândulas, músculos lisos e folículos pilosos. Características maiores das camadas Epiderme Impermeabilidade de água ● Camada granulosa Resistência e Elasticidade ● Queratina – Queratinócitos HIPODERME HIP ODE RME EPIDERME Pigmentação ● Melanina – Melanócitos Características da Epiderme A epiderme é composta por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. E é constituída por quatro tipos celulares: • Queratinócitos • Melanócitos • Células de Langerhans • Células de Merkel. Vamos agora abordar cada uma deles. Epiderme tem muita célula e pouca MEC MEC = Matriz Extracelular Epiderme Queratinócitos Função: Queratinização Proteína: Queratina Organização: estratos ou camadas Queratinócitos • Células: Queratinoblastos, melanócitos e células de Merkel • Camada mais profunda da epiderme; • Contem 70% de água (semelhante a derme) • Rica em cisteína que ao ser oxidada forma cistina para síntese de queratina que confere resistência). Estrato ou Camada Basal Camada mais espessa da epiderme onde o queratinoblasto se diferencia em queratinócito Rica em Filamentos intermediários de queratina – tonofilamentos Aspecto espinhoso: expansões citoplasmáticas unidas com as das células vizinhas através dos desmossomos - Coesão entre as células e resistência ao atrito Estrato ou Camada Espinhosa • 3 a 5 camadas de queratinócitos achatados da camada espinhosa que migraram para superfície barreira impermeável da epiderme. Constituídas por querato- hialina. • Grânulos revestidos por membrana – grânulos lamelares, que são liberados no espaço extracelular por exocitose (substâncias lipídicas) Estrato ou Camada Granulosa Células achatadas (Sem núcleo) - Filamentos de querato-hialina disperso e queratina densamente compactas Pele da palma da mão e planta dos pés Estrato ou Camada Lúcida • Camada mais superficial, 20 a 25 camadas de células achatadas, anucleadas, desidratadas, mortas e unidas (Intensamente queratinizadas). • Células descamadas cuja queratina confere elasticidade e resistência. Estrato ou Camada Córnea Neste estrato superficial há uma quantidade de água muito menor, cerca de 7 a 15 % sendo compensada pela quantidade de queratina. Sendo um estrato em constante descamação sofre uma renovação celular a cada 27 dias (aproximadamente). Queratinização Epiderme Melanócitos • Localizados na camada basal da epiderme ou na junção dermo-epidérmica. • Responsáveis pela produção de melanina • O aa Tirosina é transportado preferencialmente para dentro dos melanossomas, onde a tirosinase a converte em melanina • Tirosinase é ativada pela luz ultravioleta Melanócitos Epiderme Células de Langerhans • Células ramificadas (Dispersas em toda epiderme) - Entre os queratinócitos – prolongamentos • São células que fazem parte do Sistema imunológico mononuclear fagocitário • Fagocitam e processam antígenos estranhos e apresentam aos linfócitos T Células de Langerhans (Imunohistoquímica para S100p) Elas apresentam núcleo denso e citoplasma pálido. Observem que elas estão mais presentes na epiderme da pele Células de Langerhans Epiderme Células de Merkel • Localizada na camada basal da epiderme • Prolongamentos entre os queratinócitos e Aderidos por desmossomos • Nervos sensitivos mielínicos – atravessam a lâmina basal e se aproximam da cel de Merkel • Célula Merkel + terminação nervosa = Complexos Células de Merkel-Axônio. • Células mecanorreceptoras (ponta dos dedos) Célula de Merkel Como estrutura de união entre a epiderme e a derme existe a lâmina dermo- epidérmica constituída por papilas e sintetizada na camada basal, esta permite a nutrição da epiderme (ascendente) e a entrada de substâncias para a derme (descendente). Estas papilas permitem sobretudo aumentar a área de superfície de contato entre camadas (Seeley, et al., 2003, Silverthorn, 2010). São projeções do tecido conjuntivo da derme, que acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme Junção dermo-epidérmica Papilas dérmicas Função: aumentar área de contato entre derme e epiderme Junção dermo-epidérmica 70% de água e os restantes 30% correspondem a fibras de colágeno e de elastina Derme São capazes de absorver água (higroscópicos) a fim de manterem a elasticidade e hidratação da pele (Robert, et al., 2010) Glicosaminoglicanos (GAG’s) Glicosaminoglicanos (GAG’s) Ácido hialurónico, sulfato de condroitina, de dermatano e ceratano - Conferem viscosidade, elasticidade e flexibilidade. Este sistema conjuntivo forma uma dispersão coloidal que sustenta todos os anexos cutâneos presentes nesta camada (Seeley, et al., 2003, Harris, 2009). HIPODERME HIP ODE RME DERME Vascularizada ● Plexos Vasculares Flexibilidade, Elasticidade e Resistência● Colágeno e Elastina Glicosaminoglicanos ● Retenção de água, hidratação e elasticidade Ácido hialurônico Sulfato de dermatano Anexos cutâneos ● Glândulas sudoríparas e sebáceas Folículo piloso Características da Derme Derme Derme tem muita MEC e pouca Célula Derme reticular ou profunda (Tecido conjuntivo denso não modelado) •Fibras de colágeno tipo I •Fibras do sistema elástico Derme papilar ou superficial (Tecido conjuntivo frouxo) •Fibras de colágeno tipo I e tipo III •Fibras do sistema elástico Derme D E R M E P A P IL A R D E R M E R E T IC U L A R Bioquímica e homeostase cutânea Fibras Colágenas e Elásticas O colágeno é o tipo mais abundante de proteína do organismo, representando 30% do seu peso seco. Atividade enzimática – Metaloproteinases da Matriz (MMPs) Como a atividade das MMPs e dos TIMPs pode influenciar na homeostase cutânea? MMPs = Metaloproteinases da Matriz Enzimas Proteases TIMPs = Inibidores Teciduais da MMPs Antiproteases Degradação do Colágeno Tipo I MMP-1 MMP-8 MMP-13 MMP-2 MMP-9 Fragmentos das fibras colágenas TIMP TIMP TIMP TIMP TIMP Colagenases Gelatinases MMPs vs TIMPs Degradação das Fibras Elásticas MMP-12 TIMP Metaloelastase Fragmentos das fibras elásticas MMPs vs TIMPs MMP ColágenoFragmento Colagenase Colágeno MMPs Colagenase Inibidores Colagenases Equilíbrio Degradação Ressíntese Colágeno Degradação Estímulo para ressíntese de colágeno • Citocinas • Hormônios• Fatores de crescimento • Estiramento • Estresse de cisalhamento • Estresse oxidativo • Radiação Ultravioleta • Radiação Infravermelha • Calor • Oxigênio Fatores que estimulam a liberação de colagenases pelos fibroblastos Degradação Estiramento e Fibroblasto Vascularização da pele 2 plexos: superficial (derme papilar) e profundo (no meio da derme reticular) 3 plexos venosos: dois nas posições descritas para as artérias e um mais na região média da derme. Plexos vasculares Resistência ao fluxo Ansiedade e Adrenalina Inervação da pele Estímulos do meio ambiente Terminações nervosas livres Terminações nervosas encapsuladas • Corpúsculo de Meissner • Corpúsculo de Pacini • Corpúsculo de Rufinni Inervação Epiderme e Derme Detecção de tato fino, dor, calor e frio Derme Receptor de pressão e vibração Derme Receptor de tensão Derme Receptor de tato Terminações nervosas livres e encapsuladas Anexos cutâneos Glândulas sudoríparas Glândulas sebáceas Folículos pilosos Unhas Anexos Cutâneos Físicos Químicos Biológicos Exposição da pele agressores extrínsecos Sensível Ereção do pelo e SeboSudorese - Glândulas Sudorípara Coceira (Prurido) Atividade dos melanócitos Filme Hidrolipídico (FHL) Suor + Sebo Mecanismos regulatório e de defesa da pele Écrinas (merócrinas) Função: Termorregulação Desenvolvidas ao nascimento e estimuladas por calor, exercícios e situações emocionais. Glândulas sudoríparas Apócrinas Função: Termorregulação Ativadas na puberdade e estimuladas situações emocionais. Glândulas sudoríparas • Produz e libera sebo para a lubrificação do pelo e da pele, constituindo portanto a fase oleosa do filme hidrolipídico (FHL*). • Ativada na puberdade por alterações hormonais desta fase, e podem ser estimuladas pelo consumo de alimentos muito calóricos ricos em gorduras ou açúcares, mas também pela testosterona endógena (Silverthorn, 2010, Harris, 2009). *FHL = consiste numa emulsão que reveste toda a superfície do nosso corpo de forma invisível. Glândulas Sebáceas • Proteção contra desidratação • Estabelecimento de uma barreira contra agressores externos • Manutenção da acidez da pele, que tem um pH de 5 a 5,5 garantindo assim a manutenção da presença da flora saprófita da nossa pele impedindo a invasão por agentes externos (Civatte, 2000). Obs: outras moléculas capazes de reterem água: • aminoácidos (40%) • Íons de sódio (Na), potássio (K), magnésio (Mg) (18%) • Ácido 2-pirrolidona 5-carboxilico (12%) • ácido lático (12%) • ureia (6 a 7%) entre outros Filme Hidrolipídico O processo de perda de água transepidérmica (TEWL ou “Transepidermal Water Loss”) é um processo que ocorre a nível cutâneo consistindo numa libertação contínua de moléculas de água para a atmosfera pelo processo de difusão e evaporação, sendo contudo um processo controlado. Fatores que contribuem para a alteração deste são o clima, género, idade e eventuais lesões cutâneas. Tewameter® Perda de Água Transepidérmica Folículo Piloso Músculo eretor do pêlo Diante de tanta informação, como avaliar a pele? Existem vários métodos adotados de classificação da pele: 1) Classificação consoante a cor da pele 2) Classificação de Fitzgerald 3) Classificação do IBGE 4) Classificação consoante a textura da pele método este que divide a pele em fina, normal e espessa 5) Classificação consoante as excreções. Adota-se esta por ser a mais comum, usada também pela praticidade, mesmo restringindo-se a pele facial (Neto, 2013, Roberts, 2009). Classificação da Pele Na verdade, o melhor exemplo de uma pele normal é a de um bebé. A pele dita normal é aquela que não é uma pele seca, oleosa, sensível, sendo uma pele sem qualquer tipo de anomalia. Pele Normal O conceito de pele seca é igualmente controverso, pois geralmente diz-se “seca” devido às sensações que transmite, nomeadamente, efeito de pergaminho, a falta de elasticidade havendo sensação de repuxamento e a descamação contínua. A pele pode ser seca por: • Perda de água transepidérmica Pele desidratada • Redução da produção de lípídios Pele alípica Pele Seca Resulta de um desequilíbrio, ao nível do filme hidrolipídico, normalmente O/A (óleo/água). • Pele Seborreica - Há uma predominância ou excesso da fase oleosa que • Pele Oleosa Desidratada - Há uma diminuição de fase aquosa. Este tipo de pele tendencialmente desenvolve alguns sinais abertos e fechados (“pontos negros” e “pontos brancos”, respetivamente), presença de quistos e abertura de poros. É uma pele com aspeto brilhante. Pele Oleosa Onde coexistem zonas de pele seca e zonas de pele oleosa na face. Assim existe a zona T (testa, nariz e queixo) onde há uma maior concentração de glândulas sebáceas resultando assim numa zona mais oleosa, sendo que as restantes zonas são mais secas podendo apresentar alguma descamação. Pele Mista Anomalia afeta preferencialmente indivíduos de pele branca, acreditando-se que a sua justificação se deve a uma alteração genética ainda indefinida que conduz a uma maior reatividade por parte do sistema imunitário e a uma capilaridade superficial hiperativa. Existem características comuns a estes indivíduos, designadamente, a tez clara, uma espessura de pele extremamente fina apresentando frequentemente telangiectasias, e produção de secreções diminuída na generalidade (Barel, et alii, 2009). Pele Sensível Envelhecimento Processo de degeneração progressiva e diferencial, afetando todos os seres vivos tendo como momento final a morte do organismo. Fases da vida: a fase de crescimento e desenvolvimento, a fase reprodutiva e por fim, a fase de senescência (fase de declínio funcional de qualquer organismo). (Cancela, 2007). Envelhecimento ↑ Degradação e ↓ Ressintese Envelhecer Longevidade Programada Endócrina Imunológica Reparação do DNA Desgaste Mitocondrial Cross- linking Radicais livres Teorias Similarmente a outros órgãos também a pele sofre a perda ou alterações das suas funções normais. Por ser um órgão de proteção e estando, constantemente em contato com o meio externo, acumula todas as ações do meio ambiente, resultando assim mudanças físicas, químicas e mecânicas no seu normal funcionamento (Zouboulis e Makrantonaki, 2011). Segmentos da pele mais expostos a fatores estimuladores de envelhecimento: 1. Face 2. Pescoço 3. Mãos Processo Bioquímico e Morfológico do Envelhecimento Funções comprometidas no envelhecimento Epiderme • Redução da permeabilidade - Perda progressiva de lipídios do estrato córneo devido a incapacidade de síntese de colesterol; • Redução dos queratinócitos - Redução da capacidade de queratinização e acúmulo de células na superfície, resultando em espessamento cutâneo; Função de barreira permeável e proteção mecânica • Expressão desregulada de MMPs - Aumento da expressão (degradação proteica) e redução da expressão (acúmulo de proteínas); • Diminuição da Angiogênese - Desaparecimento do plexo cutâneo, vasodilatação dos poucos vasos que sobram no plexo subpapilar por fotoenvelhecimento. Diminuição do tamanho dos vasos por envelhecimento. Cicatrização de Feridas e Renovação Celular • Hipotrofia das glândulas sebáceas - A menopausa causa alterações endócrinas que reduzem o tamanho das glândulas sebáceas até cessar a função aumentando a incidência de prurido e dermatites; Produção de Sebo – Glândula Sebácea • Hipotrofia das glândulas sudoríparas - Menor secreção de suor e menor sensibilidade térmica Obs: O exercício aeróbico retarda o efeito do envelhecimento sob as glândulas sudoríparas Produção de Suor – Glândula Sudorípara • Redução da população de Células de Langerhans - Diminuição da função fagocitária e de reconhecimento de antígenos; • Redução de IL-1 - Sem esta interleucina, outros fatores não podem mediar a resposta inflamatória tornado a pele vulnerável a infecções. Imunidade • Redução da síntese deVitamina D - Diminuição da exposição solar e de aporte na dieta; Concluindo, com o envelhecimento há uma perda extremamente marcada das ações benéficas da vitamina D, pelo que seria viável a implementação ao nível da população idosa de um suplemento de vitamina D e cálcio (Zouboulis e Makrantonaki, 2011, Gilchrest, 2006). Vitamina D • Dano causado por Estresse Oxidativo - Aumento de oxidantes e redução de antioxidantes com a idade; Estresse e dano oxidativo • Redução da capacidade de reparo do DNA - Com a baixa capacidade de reparo de mutações do DNA ocorre redução da síntese de proteínas da derme; Reparo de DNA Envelhecimento Funções comprometidas Epiderme ● ↓ queratinócitos e melanócitos ↓ lipídeos no estrato córneo ↓ da sudorese ↓ espessura epidérmica ↓ da consistência da junção dermo-epidérmica Derme ● ↓ fibroblastos ↓ colágeno ↓ da elastina Anexos cutâneos● Despigmentação e/ou perda do pêlo ↓ microcirculação ↓ suor e sebo ↓ espessura epidérmica ↓ das sensações Redução Elasticidade e Maleabilidade Resseca (desidrata) Perda Fina e descamada Rugas e flacidez Tipos de Envelhecimento O envelhecimento intrínseco ou cronológico é dependente do tempo, e resulta do processo de senescência natural, depende principalmente de caracteres hereditários e regulação hormonal. É dependente de fatores externos, entre os principais temos as radiações solares (fotoenvelhecimento), o tabaco, poluição. Intrínseco (cronológico) Extrínseco Alterações histológicas e estruturais da constituição do sistema tegumentar com o ENVELHECIMENTO INTRÍNSECO (Gilchrest, 2006). Rugas, flacidez, perda de elasticidade e perda de expressões. Em alguns casos podem surgir melanomas benignos, dermatite seborreica e angiomas. Manifestações visuais O principal agente causal é a radiação UV e IV. São fatores influentes e geradores de alterações significativas ao nível cutâneo conduzindo a manifestações clínicas de envelhecimento: • Tabagismo • Poluição ambiental • Estilo de vida (exercício físico, alimentação, consumo de álcool) • Estresse fisiológico e físico. Envelhecimento extrínseco - Fotoenvelhecimento Alterações histológicas e estruturais da constituição do sistema tegumentar com o ENVELHECIMENTO EXTRINSECO (Gilchrest, 2006). Clinicamente a pele “fotoenvelhecida” ou actínica manifesta diferenças significativas quando comparada com a pele naturalmente envelhecida, designadamente, maior espessura, com pigmentação irregular, há um maior número de rugas (é mais enrugada), tendo tendência a desenvolver hiperpigmentações (efélides (sardas) ou lentigos (comumente designados de sinais)) Manifestações visuais Hipoderme HIPODERME HIP ODE RME HIPODERME Reserva energética ● Gordura Sustenta a Derme e a Epiderme ● Adipócitos Absorção de forças● Proteção Principal célula: Adipócito Peso corporal Mulher: 20-25% Homem: 10-15% Tecido adposo Múltiplas Gotículas Uma Gotícula Transporte de Triglicerídeos e Outros Lipídios do Trato Gastrointestinal pela Linfa — Os Quilomícrons Trajetória dos lipídios ATP Energia para as Funções Prioridade de poupar proteína Hipoderme Pacientes com sobrepeso e obesos (alimentação rica em lipídeos) e nem sempre (rica em aminoácidos) Limita a síntese protéica desequilíbrio entre a sintese e degradaçao de colágeno e elastina (Dioguardi et al., 2004) possível causa da variação das fibras elásticas em relação ao IMC. 118 O estresse atrapalha na promoção de saúde estética? Metabolismo dos Macronutrientes Carboidratos e Lipídios Cortisol 119 Cortisol Cortisol é o principal glicocorticóide secretado pelas adrenais Por que o cortisol é conhecido como hormônio do estresse? RESPOSTA Porque este hormônio protege o corpo contra a hipoglicemia no jejum! Funções metabólicas Metabolismo de Carboidratos ● •Promove a gliconeogênese; •Reduz glicólise celular; Metabolismo de Proteínas ● • Aumenta a degradação proteica muscular; • Aumenta a síntese de nova proteína; Metabolismo de Lipídeos ● • Promove lipólise • Aumenta a oxidação de ácidos graxos para reservar glicose Diabetes adrenal ↑ lipólise = ácido graxo livre ↑ proteólise = aminoácido livre ↑ Gliconeogênese hepática ↓ Glicólise celular Hiperglicemia Resistência insulínica muscular e adiposa Diabetes Adrenal (semelhante ao DM) 1 2 3 4 5 124 O metabolismo basal atrapalha na promoção de saúde estética? Metabolismo dos Macronutrientes Carboidratos e Lipídios Hormônios da Tireóide Funções de T3 e T4 ↑ a atividade metabólica celular ● • ↑ o número e a atividade das mitocôndrias • Aumentam o transporte ativo de íons (bomba de Na+/K+) Metabolismo de carboidratos ● • ↑ captação de glicose pela célula, glicólise e gliconeogênese • ↑ absorção pelo TGI, secreção de insulina Metabolismo de lipídios● • ↑ lipólise • ↓ acúmulo de gordura corporal • ↑ [ ] de ácido graxos no sangue ↑ da oxidação de ácido graxos AUMENTO DE T4 e T3 ↓ a [ ] de colesterol, fosfolipídeo e triglicerídeos no plasma, embora ↑ ácido graxos DIMINUIÇÃO DE T4 e T3 ↑ a [ ] de colesterol, fosfolipídeo e triglicerídeos no plasma Hipotireoidismo ↑ a [ ] de colesterol aterosclerose 127 Efeitos sobre os lipídios plasmáticos Hipotiroidismo Primário – Falta de Iodo na dieta ● Tratamento T4 (oral) Doença de Gravis Hipertrofia da Tireóide + Hipersecreção (anticorpos que imitam o TSH) Bócio Sintomas do excesso + Exoftamia 130 Seu paciente chega ansioso, estressado, deprimido, baixo metabolismo e com sobrepeso 132 Causas de Obesidade A obesidade resulta da ingestão maior do que o gasto energético 133 Ingesta alimentar x gasto energético Atividade física diminuída e regulação anormal da ingestão como causa de obesidade 134 Baixa atividade física Estilo de vida sedentário importante causa de obesidade 135 Sedentarismo Fatores ambientais, sociais e psicológicos contribuem para a ingestão anormal 136 Fatores Supernutrição infantil como causa de obesidade 137 Supernutrição infantil IMC é superior a 30 kg/m2. % Gordura Corporal Homens 25% ou + de Gordura Corporal Mulheres 35% ou + de Gordura Corporal 138 Triagem de obesidade Dieta e perda de peso 139 Bioimpedância 140 Cirurgia plástica no Brasil 15 Cirurgias Plásticas mais realizadas Organize suas férias Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois Antes Depois 143 Lipoaspiração Antes Depois E Depois... Nova lipoaspiração Método alternativo Lipocavitação E depois da lipoaspiração? Bani, D. et al., 2013 Lipólise por lipocavitação E depois da lipólise... O problema da obesidadeApós a lipólise o que ocorre com ácido graxo e triglicerídeo? O problema da obesidadeSobrecarga Hepática promovida pela Lipocavitação Bani, D. et al., 2013 Antes Depois E quem se responsabilizará por retirar a maior parte dos metabólitos Referências (Livros) 1. GARTNER, Leslie P.; HIATT, James L. Tratado de histologia em cores. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 2. JUNQUEIRA, L. C. Uchôa; CARNEIRO, José. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 3. KIERSZENBAUM, Abraham L. Histologia e biologia celular: uma introdução à patologia. 4. CHAMPE, P.C.; HARVEY, R.A.; FERRIER, D.R. Bioquímica ilustrada. 5. ed Porto Alegre: Artmed, 2012. 5. MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 6. HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 7. SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana: Uma abordagem integrada. 5ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 995p. 8. CURI, Rui; ARAÚJO FILHO, Joaquim Procópio de. Fisiologia básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Referências (Artigos) Trajano, L.A.S.N. ; Trajano, E.T.L. ; SANTOS-SILVA, M. A. ; Stumbo, A. C. ; Mencalha, A. L. ; FONSECA,A. S. . Genomic stability and telomere regulation in skeletal muscle tissue. BIOMEDICINE & PHARMACOTHERAPY, v. 98, p. 907-915, 2018. SANTOS-SILVA, M. A.; TRAJANO, E.T.L. ; SCHANUEL, F. S. ; MONTE- ALTO-COSTA, A. . Heat delays skin wound healing in mice. Experimental Biology and Medicine (Maywood, N.J.: Print), p. 1, 2016.Citações:1 TRAJANO, E.T.L. ; TRAJANO, L. A. S. N. ; SILVA, M.A.S. ; VENTER, N. G. ; PORTO, L. C. S. ; FONSECA, A. S. ; MONTE-ALTO-COSTA, A. . Low-level red laser improves healing of second degree burn when applied during proliferative phase. 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Obrigado aí gente!!! Marco Aurélio dos Santos Silva santos-silvabiomec@hotmail.com mailto:Santos-silvabiomec@hotmail.com
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