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P á g i n a | 1 Insuficiência Cardíaca Isabela Terra Raupp Há uma forma de tratar que passa muito por quem é o paciente em questão, dependendo da insuficiência cardíaca, se é sistólica, diastólica, se mantém a fração de ejeção preservada, se tem fração de ejeção reduzida, se tem excesso de volume (hipervolêmica), aumento de pressão (miocardiopatia hipertrófica). 1) Qual modelo de Insuficiência Cardíaca ele está? É a rota final da maioria das doenças não só cardíacas. Obviamente é a rota final de doenças cardíacas. É um coração insuficiente para tirar sangue e ajudar na troca de gases, porque ele tem como função fisiológica fazer a oxigenação sanguínea e transportar o sangue oxigenado para tecidos periféricos. Insuficiência cardíaca é quando qualquer uma dessas funções fisiológicas não está funcionando. Ou não está conseguindo suprir o tecido ou não está conseguindo fazer a troca gasosa pulmonar. Um desses mecanismos não está funcionando. Um exemplo é o paciente vinha com o coração normal, até que um dia ele faz um IAM, que é uma doença isquêmica, e ai o coração vai evoluir para uma insuficiência cardíaca. Obvio que se for tratado, vai ser tão leve que talvez não se torne nem clinicamente apresentada e eu não tratando/tratando parcialmente, vou evoluir para uma doença grave. Hipertensão Arterial não tratada → Miocardiopatia hipertrófica ou dilatada → IC. Doença de chagas é a mesma coisa → miocardiopatia Doenças valvares, uso de drogas, doenças endocrinológicas, doenças nutricionais, infiltrativas, extracardiacas, DM também vão evoluir para IC. Toda doença cardíaca evolui para IC se não ajustada, o paciente vai se tornar um paciente com coração deficiente. P á g i n a | 2 Etiopatogenia: 4 tipos de IC: 1) Distúrbio de contratilidade ventricular Coração não tem contratilidade fisiológica, não tem mais força Cardiopatia isquêmica (IAM) – uma parte do ventrículo não consegue mais contrair, e então ele tem problema de contração Miocardite Miocardiopatia idiopática – substituição de tec. Fibroso por gordura, principalmente doença de Fabby. 2) Sobrecarga pressórica Relação com aumento de pressão no coração, ventrículo faz mais força que ele deveria fazer. HAS → sobrecarga pressórica → coração tem que fazer mais força. Estenose valvar aórtica e de via de saída de VE → mais força para o sangue sair. Coarctação de aorta → em algum local na aorta há redução no calibre e o coração tem que fazer mais força para conseguir nutrir. 3) Sobrecarga volêmica Paciente já evoluiu com ins. cardíaca e começa com retenção de volume, por causa da renina, angiotensina e aldosterona → ↑ Débito cardíaco → causado pela ICC descompensada Insuficiências Valvares → coração vai ter sempre excesso de volume dentro dele para funcionar Lesão congênita com shunt – CIA, CIV Alto Débito cardíaco – tireotoxicose, anemia, beribéri – hipervolemico ao natural - no paciente anêmico, uma das formas que o corpo vê de vencer a anemia é aumentando o volume circulante, faz um aumento de carga, fazendo um aumento de carga e ai causa a IC. 4) Disfuções diastólicas – enchimento Não consigo fazer com que o sangue chegue na cavidade. Ex.: miocardiopatia hipertrófica, não faz relaxamento do ventrículo, porque para o coração funcionar, ele precisa contrair e jogar o volume para fora, mas também precisa relaxar, para encher de volume e recomeçar o ciclo. Não enche ventrículo de sangue, porque o músculo ocupa o volume que seria de sangue na miocardiopatia hipertrófica, por exemplo. Compressão extrínseca – tamponamento – compressão do pericárdio no ventrículo e ele não consegue expandir Rigidez – endomiocardiofibrose, o paciente tem uma restrição de relaxamento e faz IC diastólica por déficit de enchimento de VE. Relaxamento – hipertrofia. P á g i n a | 3 Tudo na IC passa por renina, angiotensina e aldosterona. Eu faço hipoperfusão renal, eu ativo renina e angiotensina, que aciona a aldosterona. Fisiologicamente, esses hormônios surgem para tentar compensar um tecido que está insuficiente. Só que isso, como vira um ciclo, vai fazer com que esse coração que já estava com uma excesso de força, tenha que fazer mais força, tenha que se tornar mais hipertrófico, tenha que guardar mais volume... Fazendo um ciclo vicioso até a insuficiência cardíaca. Os tratamentos agem na vasodilatação periférica, no cronotropismo ou ionotropismo ventricular, na força dos ventrículos, no controle das resistências. Se eu tenho um paciente por exemplo, com miocardiopatia hipertrófica eu tenho que fazer com que esse coração trabalhe com menos força. Se tenho IC por excesso de volume, tenho que ir tirando o volume desse ventrículo, tirando ele da IC. A partir da renina-angiotensia-aldosterona que se tem a IC. Remodelamento cardíaco na IC: Remodelamento cardíaco acontece por 2 mecanismos: (1) por excesso de pressão ou (2) por excesso de volume. DILATADA: Excesso de volume aumenta o estresse parietal do coração na diástole. Na diástole o coração relaxa pra receber o volume que tem que ser jogado para fora. Então, na diástole é sempre relacionada a volume. Se eu tenho um excesso de volume, provavelmente eu não consigo alocar todo o volume que deveria ser alocado. O coração vai dilatar para captar todo o volume disatólico, replicando sarcômeros em série e vai tentando abrir as câmaras cardíacas. Pela lei de Frank-Starlin, toda superfície pode retornar ao que ela era, mas chega um momento em que a fibra distende tanto que fica dailatada. Ai não consegue mais fazer pressão durante a sístole. Coração grande e dilatado, não jogando todo o sangue para fora reduzindo a fração de ejeção. P á g i n a | 4 HIPERTRÓFICA: No paciente com excesso de pressão, é o excesso de força que o coração tem que fazer pra vencer as resistências periféricas, é a pressão sistólica. Ex.: paciente com 120/80mHg (PAM:95mmHg), mas se tenho o mesmo paciente com PA 160/10 mmHg (PAM: 130 mmHg), ou seja, esse meu coração vai ter que fazer 40mmHg a cada sístole para vencer essa pressão. É um estresse na sístole. Para isso, o coração tem que fazer força, que precisa replicar fibras em paralelo, e para fazer o excesso de pressão, vou causar hipertrofia. É uma replicação de miofibrinas em paralelo. Fração de ejeção preservada ou melhorada, o problema do VE é que ele deixa entrar muito pouco sangue. Uma vez hipertrófico, ele pode virar dilatado porque falta volume e ele dilata para alcançar esse volume. Uma miocardiopatia hipertrófica pode migrar para uma dilatada, porque começa a fazer sobrecarga de volume. Pacientes que fazer miocardiopatia hipertrófica por HAS, faz crescer tanto o músculo que as coronárias não consigam suprir e por isso faz uma miocardiopatia isquêmica, e o coração hipertrófico começa a dilatar. P á g i n a | 5 Diagnóstico: Critérios de Framingham: Critérios Maiores Critérios Menores Dispneia Paroxística Noturna Edema Maleolar Bilateral Estase Jugular a 45º Tosse Noturna Creptação Pulmonar Dispneia Aos Esforços Cardiomegalia Hepatomegalia Edema Agudo De Pulmão Derrame Pleural com Transudato B3 Capacidade Vital < 1/3 Do Previsto PVC>16cm H2O FC > 120bpm Refluxo Hepatojugular Perda Ponderal > 4,5Kg Com Tratamento (diurético) Tem IC ou não 2 maiores ou 1 maior e 2 menores Dispneia paroxística noturna → paciente deita e 3 horas depois ele acorda com muita dispneia. Isso acontece porque o volume que vinha sido produzido durante o dia, por questões de gravidade nos MMII, tem retorno venoso facilitado pelo decúbito, o que faz sobrecarga de volume nos pulmões. Estadiamento: Critérios do New York Heart Association (NYHA): Classe Sintomas Mortalidade em 5 anos NYHA I Doença cardíaca sem limitações de atividades habituais5% NYHA II Limitação leve, assintomático ao repouso 10% NYHA III Limitação importante, assintomático ao repouso 30% NYHA IV Sintomático ao repouso 50-60% Ex. de NYHA I: paciente que fez IAM, perdendo a parede lateral do VE, já fez o tratamento, mas ficou com fração de ejeção de 50%. É um processo agudo, então ainda não ativou o eixo renina-angiotensina—aldosterona. Esse paciente foi pra casa sem ser tratado e depois de um tempo percebeu que quando subia uma lomba ele tinha uma limitação. Em repouso ele é assintomático. Novamente não tratado, esse paciente retorna porque está com dificuldade de fazer coisas de casa, por exemplo, tomar banho, escovar os dentes, trocar de roupa (NYHA III) Ainda não tratado, retorna com falta de ar o tempo todo – NYHA IV No NYHA tem que ter doença cardíaca! P á g i n a | 6 Classificação de AHA: Classificação Achados A Risco de IC, sem lesão estrutural ou funcional B Agressão miocárdica, sem limitação nas atividades habituais (NYHA I) C Agressão miocárdica, sintomática ou em progressão (NYHA III ou IV) D Sintomas intensos apesar do tratamento, requer intervenção (NYHA IV, Choque cardiogênico) A - não tem doença cardíaca, mas tem risco de IC. Ex.: paciente com hipertensão, não tem lesão estrutural ou funcional. Se não fizer nada ele pode evoluir para sintomatologia. Não é estadiado pelo NYHA B – sintomatologia – doença cardíaca estabelecida. D – descompensado Estágios clínicos na crise de IC: Perfil Achados Mortalidade A Sem Congestão E Perfundido Seco E Quente 39% B Congestão E Perfundido Úmido E Quente 52% C Congestão E Não Perfundido Úmido E Frio 66% D Sem Congestão E Não Perfundido Seco E Frio 56% Na crise de IC, chega na emergência, é o paciente com insuficiência cardíaca descompensada. Critérios e quanto de chance tem de sair bem. No perfil C a mortalidade intra-hospitalar é de 66%, então a maioria dos pacientes morre. A grande maioria morre depois de 3- 4 anos de IAM, que não foi bem cuidado e morre por IC descompensada congesta e não perfundida. A. Seco e quente – paciente não tem excesso de volume e está perfundido → envolve valvulopatias. B. Úmido e quente – congesto, hipervolêmico, mas ventrículo consegue perfundir (quente) dando suporte para periferia → miocardiopatia hipertrófica por crise hipertensiva ou com edema agudo pulmonar. Edema agudo pulmonar hipertensivo – baixar a pressão (vasodilatação periférica) e dá suporte ventilatório (não tem troca) com vasodilatação. Pode ficar cianótico por não ter troca de oxigênio. C. Úmido e frio – coração não põe sangue pra fora. Paciente chega com excesso de volume e não perfundido, edemaciado e cianótico → Miocardiopatia dilatada, que chega hipervolêmico. Diurético e cronotrópico para melhorar a contração. D. Seco e frio – ventrículo seco, sem excesso de volume, mas tem mal perfusão porque o ventrículo não funciona → Chega dilatado mas não hipervolemico, não responde a furosemida, tem que usar cronotrópicos para melhorar a sístole. Tratamento: Tratar etiologia, se possível P á g i n a | 7 o Tratamento de Doença coronariana - isquêmico o Cessar alcoolismo - miocardiopatia alcoólica o Tratamento de valvulopatia o Tratamento anemia, distúrbio tireoidiano, arritmias, TEP, HAS Tratamento da Insuficiência cardíaca possui 2 planos: 1) Não farmacológico 2) Farmacológico - Os dois tem que andar juntos tendo peso igual! Tem que andar juntos! Tratamento Não-farmacológico – prescrição de cuidados: Mudança de Hábitos de vida e controle de fatores de risco – obeso, fuma, síndrome metabólica, DM. Redução de peso – obesos → coração consegue nutrir IMC 35-30. IMC alto sobrecarga o coração para conseguir passar todo o volume. É o que mais funciona na ICC. Restrição de Cloreto de Sódio (até 4 gramas/dia). Restrição Hídrica (IC grave) – perfil úmido e frio ou úmido e quente. Quando faz IC por excesso de volume. Vacinação (influenza e pneumococo). Exercício físico – fisioterapia, reabilitação cardiopulmonar. Tratamento Farmacológico: Evitam progressão de doença - atua no sistema neuro-hormonal: Betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), inibidores do receptor da angiotensina II (BRA)*, antagonistas da aldosterona, nitratos + hidralazina, tiazídicos* Mudam mortalidade em 20-30% quem usa IECA, mudando também necessidade de classificação da IC. Atuam no sistema neuro-hormonal fazendo controle, que reduz sofrimento cardíaco por remodelamento. Melhoram sintomas, mas não reduzem mortalidade: Digitais e diuréticos Inibidores enzima conversora da angiotensina: Base do Tratamento (+ betabloqueadores) Inibem a formação de angiotensina II – Enalapril, captopril Dose máxima tolerada – Enalaprill 20 mg/ 2 x dia | captopril 50 mg 2x dia | ramipril 10 mg 2 x ao dia Reduz pré e pós- carga – reduzem a precarga porque fazer vasodilatação periférica e pós carga porque evitam remodelamento e melhoram contração Inibe SRAA - bloqueio neuro-hormonal → evita remodelamento cardíaco Deve ser usado em todas as classes funcionais. o NYHA I – paciente com IAM sem sintoma – sai tomando captopril, para evitar miocardiopatia dilatada, pelo remodelamento. Paciente com sintomatologia, ou com grave vai tomar IECA. Efeitos adversos: o Tosse seca (6% posso trocar por BRA); o Hipotensão (sintomática, temos que ajustar dose, mas se mesmo assim ficar baixo, eu troco); P á g i n a | 8 o Piora da função renal (vasodilatação da a. eferente e piora em primeiro momento, fazendo hipofluxo dentro do néfron, paciente piora nos primeiros dias e depois tudo se compensa, mas depois começo a proteger o rim, não devo troca por BRA); o Hipercalemia (retenção de potássio no início por dilatação da a. eferente, não troca por BRA); o Fração de excreção de creatinina baixa, ele faz vasodilatação de artéria eferente, fazendo com que de forma inicial tenha hipofluxo dentro do néfron. É um protetor renal a longo prazo. Creatinina até 30% do valor dela. Cuidar com taxa de filtração glomerular <30%. Inibidores do receptor da angiotensina II (BRA): Opção ao IECA → Funciona como opção, mas não é substituto natural. Não há eficácia igual frente a IC. Losartana 50 mg 2x dia | Vaosartana 320 mg/dia | Omezartana 40 mg/dia Betabloqueadores Base do Tratamento (+ IECA) Antagonista da atividade simpática, faz bloqueio neuro-hormonal → evita remodelamento cardíaco!**** – bloquei neuro-hormonal pelo sistema RAA. Antagonista da atividade simpática, fazendo FC mais tolerável para evitar remodelamento cardíaco. Evita coração hipertrófico e dilatado Bisoprolol, Succinato de metoprolol, Carvedilol, Nebivolol – mais usado é carvedilor e succinato de metoprolol (celuzoc)→recomendados para IC por fração de ejeção reduzida <55% Para pacientes que não perdem fração de ejeção, pode ser qualquer beta-bloqueador. Iniciado em pacientes que não estão em franca descompensação clínica. Iniciar medicamento sem descompensação clínica – não inicia em IC descompensada. Porque a forma fisiológica do coração tentar compensar é aumentando a FC, logo, se eu diminuir a FC, eu tiro uma parte da compensação cardíaca dele, piorando o quadro. Se o paciente já usava BB e faz descompensação, não devo tirar e devo manter a dose. Frequência cardíaca é parâmetro de eficiência de tratamento → mais perto de 50 é melhor e 70 em paciente com fibrilação. Efeito adverso: Bradicardia sintomática, Bloqueio atrioventricular, broncoespasmo. O que mais da broncoespasmo é o carvedilol Carvedilol 25mg 2 x dia – beta não seletivo e alfa agonista. Metoprolol 100 mg 2x dia, mas pode usar 200 Nebivolol 10 mg F. ejeção > 55% pode ser qualquer bb → Atenolol – 200 mg 2x dia | propranolol – 100mgdia Antagonistas da aldosterona – Espironolactona 25mg/dia dose única Reduz deposito de colágeno - melhora função miocárdica NYHA III-IV / FEVE < 35% (Estudo RALES) – fração de ejeção P á g i n a | 9 Efeito adverso: Ginecomastia, hipercalemia (poupador de potássio), mastodínea (dor na mama). 1 comprimido por dia. Contra-indicação: K> 5 mEq/L e creatinina > 2,5 mg/dL. Aumenta potássio e piora função renal Digitálicos NÃO MUDA MORTALIDADE, SÓ SINTOMATOLOGIA Digoxina e deslaosideo (EV) – NYHA IV, FA e sem FC controlada. Efeito inotrópico – controle de FC e força do miocárdio Janela terapêutica limitada → 07 – 1,2 e dos tóxica começa em 0,9 IC NYHA IV, IC assintomáticos com FA de alta resposta ventricular Não alteram mortalidade, mas alteram sintomatologia e internações Efeito adverso: Sintomas gastrointestinais, neurológicos, arritmias, faz intoxicação e bloqueios AV Indicação: Toda a indicação otimizada e classe funcional 4, tendo FA grave sem compensação. Paciente fibrilado que não consigo compensar com nenhum outro medicamento. Diuréticos: Tiazídicos: IC por hipervolemia Redução de hipervolemia / primeira escolha mudam mortalidade (miocardiopatia hipervolemica) Diuréticos de alça – furosemida, não muda mortalidade, só sintomatologia (reduz volume) i. Diuréticos mais potentes Efeito adverso: Distúrbios hidroeletrolíticos Vasodilatadores: Hidralazina / nitrato: opção para afroamericanos e intolerantes a IECA e BRA – fizeram tosse, hipotensão forte, perda de função renal... Opção ao IECA – não tolerou IECA, piora da função renal Efeito inferior IECA / BRA – não é tão bem tratado IECA reduz 30-40% mortalidade. Nitrato e hidralazina reduzem 8% Afroamericanos - acrescentado ao tratamento – boa resposta. Contra-indicação: estenose aortica severa, hipotensão, LES por drogas, hidralazina é lúpus-like. BANDEJAS DE TRATAMENTO: P á g i n a | 10 1. Paciente, tem uma doença cardíaca, mas sem sintomatologia (NYHA I). Bandeja 1: Bandeja 2: *Todo paciente NYHA I, II, III ou IV VAI PEGAR OS DOIS* Bandeja 3: Espironolactona Bandeja 4: IECA OU BRA * EM DOSE PLENA IECA – guiada pela PA Enalapril – 20 mg 2x ao dia Captopril - 50mg 3x dia Ramipril - 10mg 1 x/dia BRA – se o paciente não tolerou IECA – guiada pela PA: Losartana – 50 mg 2x/dia Vaosartana – 320mg/dia Candesartana – 32mg/dia Ondesartana – 40mg/dia BB BB – guiado pela FC: Carvedilol 25mg 2 x dia Succinato de Metoprolol 100 mg /dia, mas pode usar 200 (broncoespasmo) Nebivolol 10 mg/dia Bisoprolol 10mg/dia Se F. Ejeção > 55%: Atenolol 200 mg 2x/dia Tartarato de metoprolol 200mg/dia Propranolol 160 mg/dia Pacientes NYHA III-IV / FEVE < 35%, não tendo: K> 5 mEq/L e creatinina > 2,5 mg/dL 25 mg/dia Hidralazina e nitrato Pacientes que não toleraram IECA e BRA ou afroamericanos. Não conseguiram pegar a bandeja 1 Hidralazina é lúpus-like P á g i n a | 11 Bandeja 6: Tratamento refratário Ex.: Miocardiopatia por pericardite, fração de ejeção ruim e não recuperou, antes era atleta e ativo e fez miocardite por quadro infeccioso. Fração de ejeção = 19%. Precisa evoluir no tratamento: Ressincronizador cardíaco - miocardiopatia dilatada afasta paredes de ventrículo, em paciente com QRS>125ms e não consigo fazer sincronia entre paredes ventriculares. Atua liberando descargas elétricas para miocárdio contrair junto Cardiodesfibrilador implantável – taquiarritmias – prevenção primaria de arritmias causadas por ICC, F ejeção < 35%, taxas maiores de taquicardia ventricular. Assistência circulatória com dispositivos paralelo – Infarto de tronco coronariano esperando coração para transplante. FEJ ruim, jovem. Deixa oxigenando em membranas artificiais ou circulação extra-corpórea. Transplante cardíaco Diuréticos Furosemida Bandeja 5: Mudança de sintomatologia – paciente que já teve todos os outros tratamentos que mudam mortalidade, mas continua com sintomas hipervolêmicos. Digitálicos Paciente NYHA IV, fibrilado, já tendo passado por todos os outros tratamento com FC não controlada. P á g i n a | 12 IC Descompensada Sistema circulatório entra em colapso, começando a dar sintomas no primeiramente no sistema pulmonar (eleva volume no pulmão). Nosso sistema pulmonar tem uma parte de sistema linfático que drena todo o líquido que passa pela pleura e pelo parênquima pulmonar. O que acaba acontecendo é que eu tenho o paciente com IC crônica que vão ter um derrame pleural mínimo, mas o coração deles vai compensar. No entanto, quando estamos frente a um episódio de IC descompensada, a gente está levando tanto volume para esse pulmão que o sistema linfático não consegue compensar. Paciente faz insuficiência Respiratória associada. Paciente chega com MMII com edema Maioria é em modelo úmido com excesso de volume, mas pode ser seco. Em tese é úmido. Sistólico - dificuldade de bombear Diastólico - dificuldade de receber o sangue rigidez do VE - Diástole comprometida (FE normal) - Obstrução via saída de VE - Estenose mitral (adaptação) - HAS / Renovascular Manejo no paciente é pensando que ele for hipervolêmico – diuréticos ****Cuidar o com ICC + IAM, especialmente Infarto com supra na parede posterior (DII, DIII e AVF) = choque cardiogênico - pensar em insficiência Cardíaca em VD! Tratamento é dar volume para ter ciclo circulatório, por definição é um ICC SECO. NÃO PODE DAR DIURÉTICO. - Gatilho - precipitastes - HAS – SISTOLICA (porque não vou ter força ventricular para vencer a resistência da pressão) E DEPOIS (Faz tanta força que excede a capacidade de volume). - SCA - S/D ( Rupt Sep IV)- lesão miocárdica em paciente com IAM por exemplo. - Doença valvar aguda (regurgitação, endocardite, ruptura de cordoaria de mitral). - obstrução por trombose / tumor) - Taquicardia (valva / coronarias) Tratamento: TRATAR A CAUSA ETIOLOGICA IAM – tratar com angioplastia. TEP – trata ICAguda e trata TEP com anticoagulantes, trombolíticos, trombectomia. Valvar – tratar endocardite do paciente. P á g i n a | 13 TRATAMENTO INICIAL: 1. Furosemida – ICD mortalidade de 39-66% - ampola de furosemida, monitorando pela diurese e a resposta ao tratamento. 2. Nitrato – vasodilatação periférica 3. Nitropuciato – crises hipertensivas ou coronarianas 4. CPAP / Ventilação não invasiva – insuf respiratórias 5. Drogas vasoativas – úmido e frio – dobutamina – aumenta o cronotropismo ventricula, melhora contratilidade miocárdica 6. BIA / Impella / ECMO / SECV 7. Transplante cardíaco **LEMBRAE Q BB NÃO USA IECA E BRA NÃO USA Figura A – Balão intra-optico – fica na aorta torácica e de acordo com um ciclo, ele abre, fazendo com que o volume na aorta torácica vá para órgãos intra-abdominais e membros e também retorne volume para coronárias, carótidas e MMSS. Quando o coração vai bater tem resistência periférica menor, ficando mais volume – usado em choque cardiogênico e miocardiopatia isquêmica aguda. Figura B – Impella – instrumento de uso que pega o volume saindo do VE e joga na aorta – melhora 2,5L/min, fazendo com que o coração precise trabalhar um pouco menos. Figuras C – ECMO - melhora oxigenação, tira sangue venoso, oxigena por membranas semipermeáveis e devolve sangue arterial Figura D - SECV - auxílio de suporte/FORÇA
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