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Processos Inflamatórios da Mama

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P á g i n a | 1 
 
 
 A mama da mulher adulta é composta 
por três principais tecidos: 
o Epitélio glandular; 
o Estroma e tecido de 
sustentação; 
o Gordura. 
 O estroma mamário é formado por 
tecido conjuntivo e adiposo, e confere 
também sustentação à mama. 
 O corpo glandular ou glândula 
mamária, propriamente dita, é formado 
por dois sistemas: 
o lobular e ductal 
 A mama é composta de 15 a 20 lobos de tecido glandular túbulo-alveolar que convergem 
para o mamilo em um arranjo radial. Os lobos são separados um dos outros por projeções 
de tecido fibroso que envolvem o parênquima mamário. São formados por 20 a 40 lóbulos, 
e cada lóbulo (armazena o leite) é formado por 10 a 100 alvéolos (ácinos). 
 
É mais frequente no puerpério, ao redor da 3 
semana. 
Agentes etiológicos: Estafilococo 
penicilinase-resistente, anaeróbios e 
colibaciolos. 
Isabela Terra Raupp 
Período Gravídico 
Puerperal
•Mastite aguda puerperal
•Abscesso mamário
Período Não 
Gravídico 
•Ectasia ductal e mastite periductal
•Abscesso subareolar crônico
recidivante e fístulas mamárias
•Eczema areolar
•Necrose gordurosa
•Mastite por corpo estranho
•Doenças mamárias de origem sistêmica
P á g i n a | 2 
 
Fisiopatologia: 
Normalmente há história de fissura 
do mamilo ou queimadura de pele, 
que resulta na quebra de defesa 
do organismo e aumenta o número 
de bactérias sobre a pele. 
Ocorre penetração do 
microrganismo pelos linfáticos 
superficiais, expostos pela fissura. 
 
 
 
 
 
Fatores predisponentes: 
 Mamas ingurgitadas; 
 Fissura mamilar 
 Infecção rinofaringea do lactente; 
 Anormalidade do mamilo; 
 Primiparidade; 
 Má higiene; 
 Escabiose. 
Sinais e sintomas 
 Inicia com estase láctea e, posteriormente, aparecem sinais de 
inflamação: 
o dor, tumor, calor, rubor; 
o Podem ser acompanhados de febre, mal estar e calafrios. 
Adeopatia axilar costuma se apresentar. 
 Casos mais graves podem fazer sepse, mas são raros. 
 
Profilaxia 
 
Orientar pega correta na hora da 
amamentação: 
Orientar limpeza da mama antes da 
amamentação, bem como a higiene das 
mãos. 
Evitar engurgitamento mamário ou fissuras 
mamilares. 
 
P á g i n a | 3 
 
Tratamento 
 Orientação quanto à amamentação; 
 Esvaziamento da mama – drenagem manual do leite; 
 Compressas frias; 
 Anti-inflamatórios 
 Analgésicos 
 Antitérmicos; 
 Antibioticoterapia: 
o Cefalexina VO 500 mg 6/6h 7 a 10 dias ou 1g de 12/12h. 
o Outras alternativas: ampicilina, eritromicina, lincomicina. 
o Prescrever anaerobivida quando mastite crônica resistente. 
 Casos mais graves: ATB EV 
o Oxacilina 500 mg EV 6/6 h 
o Cefotixina 1g EV 8/8 h 
Se a infecção persistir após 48-72 horas de tratamento, deve-se suspeitar de abcesso, que se 
estabelece em 5-10% dos casos, apesar do tratamento. 
Diagnóstico diferencial 
 
Ocorrem sinais de inflamação associados a 
flutuação e, muitas vezes, com a pele brilhosa e 
descamativa. 
85% dos abcessos de mama, no período da 
lactação acontecem no 1º mês de gestação. 
Agente etiológico: Staphylococcus aureus. 
Avaliação: ecografia mamária, orienta punção. 
Tratamento: drenagem com incisão arciforme, no 
ponto de flutuação, com anestesia geral. O uso de 
antibióticos está associado para reduzir infecção sistêmica e celulite local. 
Está indicado o esvaziamento das mamas. 
P á g i n a | 4 
 
Localização: 
 Subareolar 
 Intramamário 
 Supra-aponeurótico 
 
 
 
 
 
 
Episódio de infecção aguda e flutuação seguido por orifício fistuloso na junção cutaneoareolar. 
Drenagem pode ser espontânea ou haver necessidade de cirurgia, pela dor que causa. 
O processo pode durar 2 a 3 semanas a meses, e sofrer reagudizações. 
É comum a presença de retração e invaginação da papila, desconhecendo-se se trata de causa ou 
consequência. 
Há uma tendência a considerar parte do complexo ectasia ductal-mastite periductal. 
Existe uma alta relação com o tabagismo (89,7%). Não se sabe se o fenômeno explicaria a indução 
de metaplasia escamosa ou seria por efeito toxico 
(isquemia), ou por via hormonal indireta. 
Tratamento: 
Na fase aguda o tratamento é anti-inflamatório não 
hormonal, antibióticos e drenagem simples. Os 
antibióticos de escolha são cefalexina + 
metronidazol por 7 dias. 
Se insucesso na drenagem simples, pode se fazer 
excisão dos ductos afetados, fistulectomia e 
cicatrização por segunda intenção. 
Alta recidiva. 
 
 
Dilatação dos ductos terminais com acúmulo de detritos celulares, 
podendo causar derrame papilar. 
2 formas clínicas: 
Abordagem específica: 
 Pacientes jovens – Como primeira 
abordagem, fistulectomia e fechamento. 
 Pacientes jovens com diversas 
intervenções e/ou alterações mamilares – 
Ressecção do sistema ductal com 
reconstrução plástica, se necessário. 
 Pacientes de qualquer idade que não 
desejam mais gestar – Ressecção do sistema 
ductal terminal (incluindo o mamilo, se este 
apresentar alterações) com reconstrução 
plástica. 
P á g i n a | 5 
 
 Derrame papilar: mais comum na peri ou pós-menopausa, com secreções amarelo-
esverdeadas purulentas. Se o sintoma não for espontânea e abundante, não precisa de 
tratamento. Caso contrário, é necessário exérese do sistema ductal terminal. 
 Tumoral: ruptura dos ductos e inflamação circundante, com sinais de mastite. Pode cronificar 
e gerar massa endurecida e retração de mamilo, simulando carcinoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro clínico: Tratamento: 
 Dor mamária: acíclica e subareolar 
 Derrame papilar: amarelo-esverdeado, multiductal, uni ou 
bilateral 
 Nodularidade mamária 
 Retração mamilar 
 Abcesso mamário não-puerperal 
 Fístula mamária 
 
 É uma dermatite descamativa e exsudativa do complexo areolomamilar. 
 Muitas vezes bilateral e pruriginosa. 
 Pode envolver completamente o mamilo e a aréola. 
Causas: 
 psoríase, dermatite seborreica, dermatite de 
contato e dermatite atópica e alergia aos tecidos 
do sutiã. 
Tratamento: 
 Na fase aguda: tratamento com solução de 
Thiersch + corticoide tópico. 
 Nas lesões crônicas: corticoterapia. 
 Se não regredir em 1 ou 2 semanas, deve-se fazer 
biopsia de mamilo a fim de excluir carcinoma de 
Paget. 
Ectasia ductal: conservador 
OU 
Nodularidade mamária, 
derrame papilar persistente: 
abordagem cirúrgica – 
exérese do sistema ductal 
terminal 
 
P á g i n a | 6 
 
Relacionada ao trauma. 
É resultado da saponificação asséptica da gordura por meio 
de lipase do sangue ou tecido. 
Surge como uma lesão firme, maldelimitada, indolor e imóvel. 
Avaliação radiológica: Pode ser confundido com processo 
neoplásico: nódulo espiculado, densidade assimétrica 
 Assintomática: calcificações arredondadas com o 
centro translúcido em mamografia de rotina. 
 Sintomática: Mais rara, produz tumor detectável 
clinicamente. Massa com história prévia de trauma, 
equimose, dor e retração de pele. Mas frequente em 
mamas adiposas da pós-menopusa. Também ocorre após cirurgias mamárias. 
Tratamento: Acompanhamento radiológico com estabilização da lesão/ biópsia de mama/ abordagem 
cirúrgica 
 Mastites e reações inflamatórias secundárias às injeções de substâncias como parafinas e 
silicone líquido 
 Reação inflamatória crônica do tipo granulomatosa 
 Dor, hiperemia, assimetria, edema, abcessos, necrose 
 Excluir carcinomatose de mama 
 Mastites e reações inflamatórias secundárias às injeções 
de substâncias como parafinas e silicone líquido 
 Reação inflamatória crônica do tipo granulomatosa 
 Dor, hiperemia, assimetria, edema, abcessos, necrose 
 Excluir carcinomatose de mama 
 Sífilis 
 Hanseníase 
 Fungos 
 Lúpus eritematoso sistêmico 
Eczema Areolar
•Geralmente bilateral
•Intermitente, com evolução rápida
•Úmido
•Bordos indefinidos•Lesão descamativa de papila
•Prurido associado
•Responde ao corticoide tópico
Doença de Paget
•Unilateral
•Progressão lenta
•Úmido ou seco
•Bordos irregulares mas definidos
•Destruição de papila
•Sem ou com pouco prurido
•Não responde ao corticoide tópico
P á g i n a | 7 
 
 Sarcoidose 
Tromboflebite das veias superficiais da mama 
Rara e associada a traumatismo 
Quadro clínico: dor aguda na veia trombosada e cordão 
fibroso no local. 
É autolimitada e a dor desaparece em 2 a 3 semanas e em 6 
a 8 a doença não apresenta sinais. 
 
Obstrução canalicular em mamas 
lactantes, com consequente 
acúmulo de leite. 
Quadro clínico: tumoração sem 
características inflamatórias 
nutrizes, com massa cística ou 
amolecida. 
Diagnóstico: punção com agulha 
calibrosa. 
Tratamento: drenagem ou incisão 
cirúrgica.

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