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CONTRIBUIÇÃO MODICADA resumo

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1 
 
 
FACULDADE SANTA HELENA - FSH 
 
 
 
ELIZANGELA SOARES DA SILVA VILA NOVA 
(CTBM 1811) 
 
 
 
 
 
 
 
LUCRO REAL, PRESUMIDO OU SIMPLES 
Tributária 
 
 
 
 
 
 
 
Professor: Adriano Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recife 
2020 
2 
 
 
Sumário 
OS ASPECTOS GERAIS DOS FORMATOS DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA (Simples Nacional, 
Lucro Real, Presumido e Arbitrado) .................................................................................................... 3 
Outros fatores relevantes no cálculo do Simples Nacional .................................................................. 6 
PIS/COFINS Monofásico Simples Nacional ................................................................................. 6 
Exclusão do ISS e do ICMS do DAS .............................................................................................. 6 
CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO DO TRIBUTO NÃO CUMULATIVO ........................................................ 11 
COMPARANDO TRIBUTOS CUMULATIVOS E NÃO CUMULATIVOS: .................................................... 11 
REFERÊNCIAS: ....................................................................................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
OS ASPECTOS GERAIS DOS FORMATOS DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA 
(Simples Nacional, Lucro Real, Presumido e Arbitrado) 
 
Antes de analisarmos as questões tributárias do Simples Nacional, Lucro 
Presumido ou Lucro Arbitrado e Real, deve-se primeiramente verificar a capacidade 
de modalidade que a empresa deseja exercer mediante o imposto que será pago e 
em qual modalidade essa empresa pode ser optante de acordo com o faturamento 
anual que possui. Se a decisão for equivocada, a empresa sofrerá efeito de tributação 
pelo período de 01 (um) ano. No geral, o intuito de buscar a melhor forma de tributação 
para uma empresa comercial e industrial, será analisando o planejamento tributário 
adequado comparando: Lucro Real x Lucro Presumido e o Simples Nacional. Segundo 
levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT se observa 
como um dos maiores problemas para a sobrevivência das empresas brasileiras 
mediante as elevadas cargas tributárias. De acordo com a atual legislação federal, 
qual deveria ser um eficiente planejamento tributário para uma empresa industrial e 
comercial, comparando todos os processos de tributos. Partindo dessa problemática, 
o presente trabalho tem como objetivo geral abordar os aspectos legais para a 
tributação do Lucro Real x Lucro Presumido e Simples Nacional, verificando qual a 
melhor modalidade de tributação para a empresa. Pelos quais processos das Leis 
Tributárias as empresas precisam seguir tendo em média, 3.512 normas tributárias 
para estar em dia com a legislação brasileira. "O cumprimento das determinações da 
nossa Constituição obriga as empresas brasileiras a destinarem, no geral, cerca de 
bilhões por ano, com equipe de funcionários, tecnologias, sistemas e equipamentos, 
a fim de acompanhar as modificações, evitar multas e eventuais prejuízos nos 
negócios", observa o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike (ibpt.org.br). 
De acordo com Engelmann (2011) explica sobre o planejamento tributário como 
um procedimento que proporciona uma economia legal de tributos para as empresas, 
que envolve aspectos fiscais, contábeis, financeiros, societários e jurídicos de elevada 
complexidade. Fazer planejamento tributário é um dever legal determinado pelo art. 
153 da Lei nº 6.404/76. 
CTN - Lei nº 5.172 de 25 de Outubro de 1966 
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito 
tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. 
Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão 
em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: 
I - o prazo de duração do favor; 
II - as condições da concessão do favor em caráter individual 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91647/CTN-Lei-no-5172-de-25-de-Outubro-de-1966#art-153
4 
 
A importância de uso adequado em um planejamento tributário estar 
demonstrado em Lei Ordinária, as normas são de direitos e as condições e 
concessões de caráter individuais. O planejador deverá dispor de informações para 
zelar pela maximização dos recursos financeiros disponíveis, valendo-se de 
procedimentos lícitos que proporcionem uma menor carga tributária, especialmente 
pela relevante influência destes elementos sobre a formação do preço da sua 
mercadoria ou serviço. 
 
 SIMPLES 
NACIONAL 
LUCRO 
PRESUMIDO 
LUCRO REAL 
Nível de 
Faturamento 
Até R$ 4,8milhões 
por ano 
Até R$ 78 
milhões. 
Todas as 
empresas. 
 
 
 
 
Cálculo de 
Impostos 
 
As alíquotas são fixas 
e dependem do 
faturamento do setor. 
O percentual mínimo 
é de 4% para 
comércios e máximo 
de 19%. Já para 
indústria o mínimo é 
de 4% e máximo é de 
30% laboratórios 6% 
mínima e máxima de 
33%, empresas de 
publicidades 15,5% 
mínima e 39,5% 
máxima sobre a 
receita. 
Os 25% de IR 
incidem sobre um 
lucro pré-definido 
de 8% da receita 
para a indústria e 
a maior parte do 
comércio e de 
32% para a 
maioria dos 
serviços. A 
Contribuição 
Social sobre o 
Lucro Líquido de 
9% incide sobre 
12% da receita da 
indústria e do 
comércio e sobre 
32% nos 
serviços. 
 
 
O Imposto de 
Renda de 25% e a 
Contribuição Social 
sobre o Lucro 
Líquido de 9% são 
cobrados sobre o 
lucro realmente 
apurado. Apenas 
as instituições 
financeiras pagam 
15% de 
Contribuição Social 
sobre o Lucro 
Líquido. 
 
 
 
Para quem 
serve 
 
 
 
Microempresas 
(faturamento até R$ 
360 mil ao ano) e 
pequenas empresas 
(faturamento de R$ 
360 mil a 3,6 milhões 
ao ano). 
Para as 
empresas que 
possuem uma 
margem líquida 
real superior a 
presumida pela 
legislação fiscal 
(8% da receita 
para a indústria e 
a maior parte do 
comércio e de 
32% para a 
maioria dos 
serviços). 
 
 
 
Para empresas 
que possuem 
margem líquida 
real inferior a 
presumida pela 
legislação fiscal. 
5 
 
 Fonte: Adaptado de pesquisa em Internet. 
 
SIMPLES NACIONAL, de acordo com a Receita Federal (2016), é um regime 
tributário diferenciado e é o mais simplificado e favorecido se comparado aos demais 
regimes. Existem benefícios específicos e estão previstos na Lei Complementar nº 
123, de 2006, aplicáveis às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir 
de 01.07.2007. Empresas com receita bruta até R$ 2,4 milhões (o limite deve ser 
elevado para R$ 3,6 milhões) e que não se enquadrem em alguma das mais de vinte 
exceções, podem optar por tributar seus lucros pelo Simples Nacional. A principal 
característica é a simplificação da apuração e a substituição do IRPJ, CSLL, PIS, 
COFINS, INSS sobre a folha de pagamento (parte da empresa), IPI, ICMS e ISS por 
uma alíquota única. 
“Segundo Chaves (2013), o Simples por ser um regime com menos encargos 
trabalhistas, costuma ser o melhor regime tributário para empresas de prestação de 
serviço, principalmente quando têm muitos funcionários.” 
 
 
 
 
Principais 
Regras 
O Simples Nacional é 
um regime unificado 
de cobrança e 
arrecadação de 
tributos (IR, 
contribuição social e 
previdenciária 
PIS/PASEP, COFINS, 
IPI, ICMS E ISS). 
 
A alíquota do PIS 
é de 0,65% e a 
da Cofins 3% 
sobre a receita. 
Mas nenhum 
crédito pode ser 
descontado. 
 
A legislação é mais 
complexa. As 
alíquotas Cofins 
(7,6%) sobre a 
receita são 
maiores que no 
lucro presumido. 
 
 
 
 
Atenção 
 
Outros benefícios ou 
isenções fiscais 
municipais ou 
estaduais não são 
possíveis no simples. 
Se a margem real 
de lucro for 
inferior aos 
percentuais pré 
definidos, a 
empresa pagará 
mais impostos 
pelo sistema de 
lucro presumido 
É possível 
descontar créditos 
referentes a 
despesas 
relacionadas ao 
processo 
produtivo, entreoutras, o que pode 
representar 
ganhos. 
6 
 
O Simples Nacional, como o próprio nome diz, são todos os tributos inclusos 
numa única alíquota, por meio do recolhimento dos impostos em um DAS onde se 
acumulam quase 100% das taxas tributárias, devendo ser colhidos em guias a parte 
apenas o INSS do Empregado e o FGTS. O DAS sobe de acordo com o aumento do 
faturamento, até atingir o valor máximo anual de R$ 3.6000.000,00. O diretor da 
Fradema alerta que não são todas as atividades aceitas neste regime, e por isso, o 
Governo disponibiliza no site da RFB uma lista com as permitidas. Vale a pena 
registrar que o novo limite, desde o ano de 2018, é de R$ 4.8000.000,00, entretanto, 
ao ultrapassar o limite de 3.600.000,00, as alíquotas se tornam elevadíssimas e na 
maioria dos casos não valerá a pena para a empresa permanecer no simples nacional, 
mais um grande motivo para uma análise muito detalhada. 
 
Outros fatores relevantes no cálculo do Simples Nacional 
O Simples Nacional, precisa prestar atenção em alguns outros fatores 
relevantes no recolhimento desse tributo. Veja quais são eles: 
PIS/COFINS Monofásico Simples Nacional 
As empresas do Simples Nacional que atuam como revendedoras, atacadistas 
ou varejistas podem se beneficiar da redução tributária por conta do PIS/COFINS 
Monofásico. Para isso, é importante identificar com clareza quais são os produtos que 
estão sujeitos ao benefício. 
O valor economizado varia de acordo com o faturamento obtido pela sua 
empresa – podendo chegar a 1,98% do total da receita auferida com a venda de 
produtos monofásicos e com substituição tributária. Para descobrir o valor exato, 
basta retirar o PIS e COFINS dos produtos monofásicos da tabelas do Simples 
Nacional. 
Para mais detalhes de como identificar Produtos Monofásicos e reduzir a base 
de calculo do Simples Nacional acesse: 
Artigo: PIS/COFINS Monofásico Simples Nacional: como economizar 
dinheiro? 
Exclusão do ISS e do ICMS do DAS 
Após as mudanças do Simples Nacional de 2018, as empresas que faturam de 
R$ 3,6 milhões a R$ 4,8 milhões anuais devem calcular o ISS e o ICMS por fora do 
DAS. 
https://portaldacontabilidade.clmcontroller.com.br/tributos/pis-e-cofins-monofasico-simples-nacional/
https://portaldacontabilidade.clmcontroller.com.br/tributos/pis-e-cofins-monofasico-simples-nacional/
7 
 
Esta distorção ocorre pois, enquanto houve a alteração do limite do Simples de 
impostos federais para R$ 4,8 milhões anuais, os limites para o recolhimento dos 
impostos estaduais e municipais continuaram R$ 3,6 milhões. 
A forma como ocorrerá o recolhimento do ISS e do ICMS no caso da superação 
do limite de R$ 3,6 milhões ainda não foi regulamentada nem Prefeitura e nem pelo 
SEFAZ de São Paulo. 
Faturamento Anual < R$ 3,6 milhões = Cálculo normal 
Faturamento Anual > R$ 3,6 milhões = ISS e ICMS por fora da tabela 
 
 
LUCRO PRESUMIDO, o lucro presumido é um regime de tributação 
simplificado que utiliza apenas as receitas da empresa para a apuração do resultado 
do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica- IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido - CSLL. Dessa forma, esses tributos são calculados por um resultado 
estimado, encontrado por meio de percentuais definidos em lei, desde que a empresa 
não esteja obrigada no ano calendário a” se declarar pelo Lucro Real, de acordo com 
o Decreto 3.000/1999, art. 516. Apesar disso nem todas as empresas podem optar 
por esse tipo de tributo, principalmente as que são ligadas as áreas financeiras, além 
de outras regras que um contador pode verificar se a empresa enquadra nesse 
sistema de tributação. 
 
De acordo com Young (2008, p. 36), na declaração pelo lucro presumido as 
empresas estão dispensadas da escrituração contábil, porém existem outras 
escriturações que sobre o lucro presumido é uma modalidade optativa de 
apurar o lucro e, consequentemente, o imposto de renda das pessoas 
jurídicas que, observando determinados limites e condições, dispensam a 
escrituração contábil, exceto a do Livro de Registro de Inventário e do Livro 
Caixa, e que está baseado em valores globais da receita para assumir o lucro 
a ser tributado. (SÁ e SÁ, 1995, p. 301). 
 
 
O Lucro Presumido É Um Regime Que Permite O Recolhimento De Impostos De 
Uma Empresa Através De 5 Tributos. São Eles: 
• Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) seja comercial ou civil o seu 
objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, 
apurado de conformidade com o Regulamento; 
8 
 
• Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) seja comercial ou civil o 
seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, 
apurado de conformidade com o Regulamento; 
• Contribuição para o PIS, são contribuições sociais de 
• natureza tributária, devidas pelas pessoas jurídicas, com objetivo de 
financiar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita (...); 
• COFINS, são, respectivamente, de 0,65% e de 3%. As pessoas jurídicas 
de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, 
que apuram o IRPJ com base no Lucro Presumido ou arbitrado estão sujeitas à 
incidência cumulativa; e 
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) ou Imposto sobre 
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); 
• O Lucro de CSLL e IRPJ, são recolhidos trimestralmente e o restante de 
forma mensal como o PIS, com alíquotas de 0,65%, CONFINS, com alíquotas de 3% 
e o ISS para serviços ou ICMS para comércios 2,5 a 5% de acordo com o município. 
 
Tributos referentes à opção do Lucro Presumido 
Tributos Alíquota 
PIS/PASEP 0,65% 
COFINS 3,00% 
IRPJ 15,00% 
CSLL 9,00% 
INSS 20,00% 
INSS Terceiros 5,80% 
FGTS 8,00% 
 Fonte: Internet 
 
Alguns tributos do Lucro Presumido se utilizam da presunção do lucro de 
determinada atividade para sua base de cálculo, ou seja, são fixos e variam 
somente de acordo com o setor. Enquanto outros, são calculados de acordo 
com o faturamento bruto da empresa. 
 
Uma empresa ao optar pela tributação com base no lucro presumido terá que 
declarar por todo ano-calendário, só podendo mudar sua opção para o período 
posterior, antes de efetuar o primeiro pagamento, haja vista que o período de 
9 
 
apuração do lucro presumido é trimestral, conforme dispõe o § 1º do art. 13 da Lei n° 
9.718/98. As regras gerais de tributação para o lucro presumido estão elencadas nos 
art. 516 até 528 do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/99, aprovado pelo 
Decreto 3.000/99. A partir de 01.01.1997, o lucro presumido passou a ser apurado 
trimestralmente nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro 
de cada ano-calendário, ou na data de extinção da pessoa jurídica, ocorrida no curso 
do ano-calendário. 
 
LUCRO REAL, qualquer empresa pode optar pelo. Lucro Real, 
independentemente do seu porte ou ramo de atividade. Sua principal característica é 
a “apuração dos tributos” tendo como base o resultado determinado através da 
contabilidade e, ocorrendo prejuízo fiscal, não serão apurados IRPJ e CSLL, ou seja, 
o prejuízo poderá ser compensado com futuros lucros, sempre observando o limite 
máximo de 30% do lucro real. 
 
O art. 258 do RIR/2018, lucro real é o lucro líquido do período de apuração 
ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou 
autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será 
precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com 
observância das leis comerciais. (Normativo: RIR/2018, art. 258.) 
 
Notas: 
 
1) Para se constituir legalmente, a pessoa jurídica deve 
registrar, no órgão competente do Registro de Comércio ou 
no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, seu estatuto, contrato 
ou declaração de firma individual e se inscrever no Cadastro 
Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);2) Para ser considerada contribuinte, e como tal sujeitar-se ao 
pagamento do imposto de renda como pessoa jurídica, basta 
aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de renda, 
esteja ou não devidamente legalizada. 
 
Normativo: RIR/2018, art. 158, §§ 2º e 4º. 
 
 
 
É a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. Olhando somente pelo lado 
do imposto de renda, para uma empresa que opera com prejuízo, ou margem mínima 
de lucro, normalmente optar pelo regime de Lucro Real é vantajoso. 
10 
 
A apuração do Lucro Real é feita de forma trimestral, detalhada no art. 220 do 
RIR/99, que define o encerramento nos trimestres seguintes, ainda que dentro do 
mesmo ano-calendário. Uma das desvantagens nesta opção é a limitação na 
compensação dos prejuízos fiscais. Nesta modalidade, não é permitida a antecipação 
do imposto durante o curso do ano-calendário, como prevê o regime de tributação 
anual. Assim a pessoa jurídica, pagará o imposto referente à alíquota de15% para o 
IRPJ sobre o Lucro Real apurado no período-base. A parcela do lucro que exceder a 
R$ 60.000,00 (R$ 20.000,00 x 3 meses), ou proporcional ao número de meses do 
trimestre nos casos de início ou encerramento de atividades, estará sujeita à 
incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de 10%. 
 
• APURAÇÃO ANUAL DO LUCRO REAL, de acordo com o art. 221 do RIR/99, 
para uma apuração do Lucro Real Anual, a pessoa jurídica deverá apurar e 
efetuar a declaração em 31 de dezembro de cada ano-calendário, com 
antecipações mensais do IRPJ e da CSLL, feitas de duas formas: 
• Com base na receita bruta somada aos acréscimos definidos em lei, e 
mediante a elaboração de balanços ou balancetes de suspensão; 
• Redução de imposto, onde a pessoa jurídica pode suspender ou reduzir o 
imposto devido a qualquer momento, mediante a elaboração de balanços ou 
balancetes de suspensão ou redução de imposto devendo escriturar a Parte “A” do 
Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR e o Livro Diário. 
A base de cálculo para o Lucro Real Anual será a mesma usada para o Lucro 
Presumido, aplicando os mesmos percentuais de presunção para o IRPJ e para a 
CSLL, porém, considerando apenas os valores registrados e contabilizados no mês. 
Desta forma, a empresa calcula pelas duas sistemáticas e opta pelo valor menos 
oneroso. 
Para as contribuições do COFINS e o PIS, as empresas que optarem ou 
estiverem obrigadas a tributar o IRPJ e a CSLL pelo Lucro Real, automaticamente 
estarão obrigadas a tributar independentemente de sua denominação ou classificação 
contábil, conforme a Leis n° 10.637/02 e 10.833/03.Sua base de cálculo é o valor do 
faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa 
jurídica, independentemente da sua denominação ou classificação contábil. 
 
11 
 
Tributos referentes à opção do Lucro Real 
Tributos Alíquota 
PIS/PASEP 1,65% 
COFINS 7.60% 
IRPJ 15,00% 
CSLL 9,00% 
INSS 20,00% 
INSS Terceiros 5,80% 
FGTS 8,00% 
Fonte: Internet 
 
CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO DO TRIBUTO NÃO CUMULATIVO 
Citamos o exemplo de compras de 600 reais e vendas no total de R$ 4000,00. 
Considerando uma alíquota de 10% para IPI, 18% para ICMS, 1,65% para PIS e 7,6% 
para COFINS. Porém neste caso aplicando o princípio da não cumulatividade para o 
cálculo e contabilização: 
• ICMS a recuperar: R$ 108,00 
• ICMS a recolher: R$ 720,00 
• IPI a recuperar: R$ 60,00 
• IPI a recolher: R$ 400,00 
• PIS a recuperar: R$ 9,9 
• PIS a recolher: R$ 66,00 
• COFINS a recuperar: R$ 45,60 
• COFINS a recolher: R$ 304,00 
Nesta situação hipotética, os valores que a empresa pagaria seriam a diferença 
dos tributos a recolher do tributo a recuperar. 
Nesse caso: R$612,00 de ICMS, R$ 340,00 de IPI, R$56,10 de PIS e R$258,40 
de COFINS. 
 
COMPARANDO TRIBUTOS CUMULATIVOS E NÃO CUMULATIVOS: 
Comparação o total de tributos que a empresa de cada enquadramento, e, 
considerando apenas os quatro tributos seria: 
• Empresa do lucro presumido: R$973,40 
• Empresa do lucro real: R$1266,50 
Isso totaliza uma diferença de R$ 293,10 em impostos a pagar, e a explicação 
é clara: alíquota. 
12 
 
Apesar de a empresa do lucro presumido não contar com crédito em dois 
tributos, as diferenças de alíquotas são significativas: 1% de diferença em relação ao 
PIS e 4,6% de diferença em relação ao COFINS. Isso impactará em toda a receita da 
empresa, pois, o valor de obrigações com o fisco, será enorme. 
 
LUCRO ARBITRADO, este tributo que segue a mesma linha de tributação ao 
Lucro Presumido, entretanto, com um acréscimo de 20% nas alíquotas. Diminuindo a 
incidência de cargas tributárias Grandes consultorias, como a da Fradema, possuem 
ferramentas eletrônicas que checam e apuram os tributos com todos os 
aproveitamentos de créditos, auxiliando assim as empresas na escolha correta do 
Regime de Tributação, o que diminuirá a incidência de grandes cargas tributárias. 
 
CONCLUSÃO, quando a empresa inicia seu planejamento não deve se iludir 
olhando apenas a simplicidade de um regime, ou àquele com menores alíquotas de 
imposto de renda, ou então não escolher devido às imensas obrigações acessórias 
exigidas do regime. A escolha de um regime tributário não pode ser com base em 
apenas um tipo de tributo a empresa deve ser vista como um todo, pois por um lado 
ela pode pagar um valor menor em um determinado tributo, mas por outro lado, 
submeter-se a outros tipos de impostos com alíquotas mais altas. É possível afirmar, 
nas condições atuais da empresa, após as devidas análises nas opções tributárias 
disponíveis, que a participação no regime do Simples Nacional é a melhor decisão, a 
mais vantajosa e rentável, desde que mantenha suas compras dentro do estado e não 
ultrapasse o limite bruto de faturamento. 
Todavia, é importante falar que, para que uma empresa seja considerada uma 
empresa saudável é imprescindível a realização de um planejamento tributário com o 
auxílio de profissionais capacitados, para que através de levantamentos e análises, 
escolha o melhor regime para se enquadrar, evitando o pagamento de tributos em 
excesso ou aproveitamentos lícitos. Sugere-se que estudos sejam aplicados em 
empresas, com o objetivo de verificar qual o melhor sistema de tributação que possa 
reduzir as cargas tributárias e que melhor se adeque às necessidades financeiras. 
 
 
13 
 
REFERÊNCIAS: 
 
https://ibpt.com.br/ 
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91647/codigo-tributario-nacional-lei-
5172-66#art-153 
https://www.jornalcontabil.com.br/lucro-presumido-quem-pode-optar-aliquotas-
tabelas-e-impostos/ 
https://www.jornalcontabil.com.br/tributos-lucro-real-presumido-arbitrado-e-simples-
nacional/ 
https://www.contabilidadenatv.com.br/2019/01/em-2019-qual-e-o-melhor-regime-de-
tributacao-para-a-sua-empresa/ 
https://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-
demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/erguntas-e-respostas-pessoa-juridica-
2019-arquivos/capitulo-vi-irpj-lucro-real-2019.pdf 
https://ibpt.com.br/
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91647/codigo-tributario-nacional-lei-5172-66#art-153
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https://www.jornalcontabil.com.br/lucro-presumido-quem-pode-optar-aliquotas-tabelas-e-impostos/
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https://www.jornalcontabil.com.br/tributos-lucro-real-presumido-arbitrado-e-simples-nacional/
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https://www.contabilidadenatv.com.br/2019/01/em-2019-qual-e-o-melhor-regime-de-tributacao-para-a-sua-empresa/
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https://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/erguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2019-arquivos/capitulo-vi-irpj-lucro-real-2019.pdf

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