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1 FACULDADE SANTA HELENA - FSH ELIZANGELA SOARES DA SILVA VILA NOVA (CTBM 1811) LUCRO REAL, PRESUMIDO OU SIMPLES Tributária Professor: Adriano Ferreira Recife 2020 2 Sumário OS ASPECTOS GERAIS DOS FORMATOS DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA (Simples Nacional, Lucro Real, Presumido e Arbitrado) .................................................................................................... 3 Outros fatores relevantes no cálculo do Simples Nacional .................................................................. 6 PIS/COFINS Monofásico Simples Nacional ................................................................................. 6 Exclusão do ISS e do ICMS do DAS .............................................................................................. 6 CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO DO TRIBUTO NÃO CUMULATIVO ........................................................ 11 COMPARANDO TRIBUTOS CUMULATIVOS E NÃO CUMULATIVOS: .................................................... 11 REFERÊNCIAS: ....................................................................................................................................... 13 3 OS ASPECTOS GERAIS DOS FORMATOS DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA (Simples Nacional, Lucro Real, Presumido e Arbitrado) Antes de analisarmos as questões tributárias do Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado e Real, deve-se primeiramente verificar a capacidade de modalidade que a empresa deseja exercer mediante o imposto que será pago e em qual modalidade essa empresa pode ser optante de acordo com o faturamento anual que possui. Se a decisão for equivocada, a empresa sofrerá efeito de tributação pelo período de 01 (um) ano. No geral, o intuito de buscar a melhor forma de tributação para uma empresa comercial e industrial, será analisando o planejamento tributário adequado comparando: Lucro Real x Lucro Presumido e o Simples Nacional. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT se observa como um dos maiores problemas para a sobrevivência das empresas brasileiras mediante as elevadas cargas tributárias. De acordo com a atual legislação federal, qual deveria ser um eficiente planejamento tributário para uma empresa industrial e comercial, comparando todos os processos de tributos. Partindo dessa problemática, o presente trabalho tem como objetivo geral abordar os aspectos legais para a tributação do Lucro Real x Lucro Presumido e Simples Nacional, verificando qual a melhor modalidade de tributação para a empresa. Pelos quais processos das Leis Tributárias as empresas precisam seguir tendo em média, 3.512 normas tributárias para estar em dia com a legislação brasileira. "O cumprimento das determinações da nossa Constituição obriga as empresas brasileiras a destinarem, no geral, cerca de bilhões por ano, com equipe de funcionários, tecnologias, sistemas e equipamentos, a fim de acompanhar as modificações, evitar multas e eventuais prejuízos nos negócios", observa o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike (ibpt.org.br). De acordo com Engelmann (2011) explica sobre o planejamento tributário como um procedimento que proporciona uma economia legal de tributos para as empresas, que envolve aspectos fiscais, contábeis, financeiros, societários e jurídicos de elevada complexidade. Fazer planejamento tributário é um dever legal determinado pelo art. 153 da Lei nº 6.404/76. CTN - Lei nº 5.172 de 25 de Outubro de 1966 Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o prazo de duração do favor; II - as condições da concessão do favor em caráter individual https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91647/CTN-Lei-no-5172-de-25-de-Outubro-de-1966#art-153 4 A importância de uso adequado em um planejamento tributário estar demonstrado em Lei Ordinária, as normas são de direitos e as condições e concessões de caráter individuais. O planejador deverá dispor de informações para zelar pela maximização dos recursos financeiros disponíveis, valendo-se de procedimentos lícitos que proporcionem uma menor carga tributária, especialmente pela relevante influência destes elementos sobre a formação do preço da sua mercadoria ou serviço. SIMPLES NACIONAL LUCRO PRESUMIDO LUCRO REAL Nível de Faturamento Até R$ 4,8milhões por ano Até R$ 78 milhões. Todas as empresas. Cálculo de Impostos As alíquotas são fixas e dependem do faturamento do setor. O percentual mínimo é de 4% para comércios e máximo de 19%. Já para indústria o mínimo é de 4% e máximo é de 30% laboratórios 6% mínima e máxima de 33%, empresas de publicidades 15,5% mínima e 39,5% máxima sobre a receita. Os 25% de IR incidem sobre um lucro pré-definido de 8% da receita para a indústria e a maior parte do comércio e de 32% para a maioria dos serviços. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 9% incide sobre 12% da receita da indústria e do comércio e sobre 32% nos serviços. O Imposto de Renda de 25% e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 9% são cobrados sobre o lucro realmente apurado. Apenas as instituições financeiras pagam 15% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Para quem serve Microempresas (faturamento até R$ 360 mil ao ano) e pequenas empresas (faturamento de R$ 360 mil a 3,6 milhões ao ano). Para as empresas que possuem uma margem líquida real superior a presumida pela legislação fiscal (8% da receita para a indústria e a maior parte do comércio e de 32% para a maioria dos serviços). Para empresas que possuem margem líquida real inferior a presumida pela legislação fiscal. 5 Fonte: Adaptado de pesquisa em Internet. SIMPLES NACIONAL, de acordo com a Receita Federal (2016), é um regime tributário diferenciado e é o mais simplificado e favorecido se comparado aos demais regimes. Existem benefícios específicos e estão previstos na Lei Complementar nº 123, de 2006, aplicáveis às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007. Empresas com receita bruta até R$ 2,4 milhões (o limite deve ser elevado para R$ 3,6 milhões) e que não se enquadrem em alguma das mais de vinte exceções, podem optar por tributar seus lucros pelo Simples Nacional. A principal característica é a simplificação da apuração e a substituição do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS sobre a folha de pagamento (parte da empresa), IPI, ICMS e ISS por uma alíquota única. “Segundo Chaves (2013), o Simples por ser um regime com menos encargos trabalhistas, costuma ser o melhor regime tributário para empresas de prestação de serviço, principalmente quando têm muitos funcionários.” Principais Regras O Simples Nacional é um regime unificado de cobrança e arrecadação de tributos (IR, contribuição social e previdenciária PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS E ISS). A alíquota do PIS é de 0,65% e a da Cofins 3% sobre a receita. Mas nenhum crédito pode ser descontado. A legislação é mais complexa. As alíquotas Cofins (7,6%) sobre a receita são maiores que no lucro presumido. Atenção Outros benefícios ou isenções fiscais municipais ou estaduais não são possíveis no simples. Se a margem real de lucro for inferior aos percentuais pré definidos, a empresa pagará mais impostos pelo sistema de lucro presumido É possível descontar créditos referentes a despesas relacionadas ao processo produtivo, entreoutras, o que pode representar ganhos. 6 O Simples Nacional, como o próprio nome diz, são todos os tributos inclusos numa única alíquota, por meio do recolhimento dos impostos em um DAS onde se acumulam quase 100% das taxas tributárias, devendo ser colhidos em guias a parte apenas o INSS do Empregado e o FGTS. O DAS sobe de acordo com o aumento do faturamento, até atingir o valor máximo anual de R$ 3.6000.000,00. O diretor da Fradema alerta que não são todas as atividades aceitas neste regime, e por isso, o Governo disponibiliza no site da RFB uma lista com as permitidas. Vale a pena registrar que o novo limite, desde o ano de 2018, é de R$ 4.8000.000,00, entretanto, ao ultrapassar o limite de 3.600.000,00, as alíquotas se tornam elevadíssimas e na maioria dos casos não valerá a pena para a empresa permanecer no simples nacional, mais um grande motivo para uma análise muito detalhada. Outros fatores relevantes no cálculo do Simples Nacional O Simples Nacional, precisa prestar atenção em alguns outros fatores relevantes no recolhimento desse tributo. Veja quais são eles: PIS/COFINS Monofásico Simples Nacional As empresas do Simples Nacional que atuam como revendedoras, atacadistas ou varejistas podem se beneficiar da redução tributária por conta do PIS/COFINS Monofásico. Para isso, é importante identificar com clareza quais são os produtos que estão sujeitos ao benefício. O valor economizado varia de acordo com o faturamento obtido pela sua empresa – podendo chegar a 1,98% do total da receita auferida com a venda de produtos monofásicos e com substituição tributária. Para descobrir o valor exato, basta retirar o PIS e COFINS dos produtos monofásicos da tabelas do Simples Nacional. Para mais detalhes de como identificar Produtos Monofásicos e reduzir a base de calculo do Simples Nacional acesse: Artigo: PIS/COFINS Monofásico Simples Nacional: como economizar dinheiro? Exclusão do ISS e do ICMS do DAS Após as mudanças do Simples Nacional de 2018, as empresas que faturam de R$ 3,6 milhões a R$ 4,8 milhões anuais devem calcular o ISS e o ICMS por fora do DAS. https://portaldacontabilidade.clmcontroller.com.br/tributos/pis-e-cofins-monofasico-simples-nacional/ https://portaldacontabilidade.clmcontroller.com.br/tributos/pis-e-cofins-monofasico-simples-nacional/ 7 Esta distorção ocorre pois, enquanto houve a alteração do limite do Simples de impostos federais para R$ 4,8 milhões anuais, os limites para o recolhimento dos impostos estaduais e municipais continuaram R$ 3,6 milhões. A forma como ocorrerá o recolhimento do ISS e do ICMS no caso da superação do limite de R$ 3,6 milhões ainda não foi regulamentada nem Prefeitura e nem pelo SEFAZ de São Paulo. Faturamento Anual < R$ 3,6 milhões = Cálculo normal Faturamento Anual > R$ 3,6 milhões = ISS e ICMS por fora da tabela LUCRO PRESUMIDO, o lucro presumido é um regime de tributação simplificado que utiliza apenas as receitas da empresa para a apuração do resultado do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica- IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. Dessa forma, esses tributos são calculados por um resultado estimado, encontrado por meio de percentuais definidos em lei, desde que a empresa não esteja obrigada no ano calendário a” se declarar pelo Lucro Real, de acordo com o Decreto 3.000/1999, art. 516. Apesar disso nem todas as empresas podem optar por esse tipo de tributo, principalmente as que são ligadas as áreas financeiras, além de outras regras que um contador pode verificar se a empresa enquadra nesse sistema de tributação. De acordo com Young (2008, p. 36), na declaração pelo lucro presumido as empresas estão dispensadas da escrituração contábil, porém existem outras escriturações que sobre o lucro presumido é uma modalidade optativa de apurar o lucro e, consequentemente, o imposto de renda das pessoas jurídicas que, observando determinados limites e condições, dispensam a escrituração contábil, exceto a do Livro de Registro de Inventário e do Livro Caixa, e que está baseado em valores globais da receita para assumir o lucro a ser tributado. (SÁ e SÁ, 1995, p. 301). O Lucro Presumido É Um Regime Que Permite O Recolhimento De Impostos De Uma Empresa Através De 5 Tributos. São Eles: • Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento; 8 • Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, apurado de conformidade com o Regulamento; • Contribuição para o PIS, são contribuições sociais de • natureza tributária, devidas pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita (...); • COFINS, são, respectivamente, de 0,65% e de 3%. As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro Presumido ou arbitrado estão sujeitas à incidência cumulativa; e • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) ou Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); • O Lucro de CSLL e IRPJ, são recolhidos trimestralmente e o restante de forma mensal como o PIS, com alíquotas de 0,65%, CONFINS, com alíquotas de 3% e o ISS para serviços ou ICMS para comércios 2,5 a 5% de acordo com o município. Tributos referentes à opção do Lucro Presumido Tributos Alíquota PIS/PASEP 0,65% COFINS 3,00% IRPJ 15,00% CSLL 9,00% INSS 20,00% INSS Terceiros 5,80% FGTS 8,00% Fonte: Internet Alguns tributos do Lucro Presumido se utilizam da presunção do lucro de determinada atividade para sua base de cálculo, ou seja, são fixos e variam somente de acordo com o setor. Enquanto outros, são calculados de acordo com o faturamento bruto da empresa. Uma empresa ao optar pela tributação com base no lucro presumido terá que declarar por todo ano-calendário, só podendo mudar sua opção para o período posterior, antes de efetuar o primeiro pagamento, haja vista que o período de 9 apuração do lucro presumido é trimestral, conforme dispõe o § 1º do art. 13 da Lei n° 9.718/98. As regras gerais de tributação para o lucro presumido estão elencadas nos art. 516 até 528 do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/99, aprovado pelo Decreto 3.000/99. A partir de 01.01.1997, o lucro presumido passou a ser apurado trimestralmente nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, ou na data de extinção da pessoa jurídica, ocorrida no curso do ano-calendário. LUCRO REAL, qualquer empresa pode optar pelo. Lucro Real, independentemente do seu porte ou ramo de atividade. Sua principal característica é a “apuração dos tributos” tendo como base o resultado determinado através da contabilidade e, ocorrendo prejuízo fiscal, não serão apurados IRPJ e CSLL, ou seja, o prejuízo poderá ser compensado com futuros lucros, sempre observando o limite máximo de 30% do lucro real. O art. 258 do RIR/2018, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais. (Normativo: RIR/2018, art. 258.) Notas: 1) Para se constituir legalmente, a pessoa jurídica deve registrar, no órgão competente do Registro de Comércio ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, seu estatuto, contrato ou declaração de firma individual e se inscrever no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);2) Para ser considerada contribuinte, e como tal sujeitar-se ao pagamento do imposto de renda como pessoa jurídica, basta aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de renda, esteja ou não devidamente legalizada. Normativo: RIR/2018, art. 158, §§ 2º e 4º. É a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. Olhando somente pelo lado do imposto de renda, para uma empresa que opera com prejuízo, ou margem mínima de lucro, normalmente optar pelo regime de Lucro Real é vantajoso. 10 A apuração do Lucro Real é feita de forma trimestral, detalhada no art. 220 do RIR/99, que define o encerramento nos trimestres seguintes, ainda que dentro do mesmo ano-calendário. Uma das desvantagens nesta opção é a limitação na compensação dos prejuízos fiscais. Nesta modalidade, não é permitida a antecipação do imposto durante o curso do ano-calendário, como prevê o regime de tributação anual. Assim a pessoa jurídica, pagará o imposto referente à alíquota de15% para o IRPJ sobre o Lucro Real apurado no período-base. A parcela do lucro que exceder a R$ 60.000,00 (R$ 20.000,00 x 3 meses), ou proporcional ao número de meses do trimestre nos casos de início ou encerramento de atividades, estará sujeita à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de 10%. • APURAÇÃO ANUAL DO LUCRO REAL, de acordo com o art. 221 do RIR/99, para uma apuração do Lucro Real Anual, a pessoa jurídica deverá apurar e efetuar a declaração em 31 de dezembro de cada ano-calendário, com antecipações mensais do IRPJ e da CSLL, feitas de duas formas: • Com base na receita bruta somada aos acréscimos definidos em lei, e mediante a elaboração de balanços ou balancetes de suspensão; • Redução de imposto, onde a pessoa jurídica pode suspender ou reduzir o imposto devido a qualquer momento, mediante a elaboração de balanços ou balancetes de suspensão ou redução de imposto devendo escriturar a Parte “A” do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR e o Livro Diário. A base de cálculo para o Lucro Real Anual será a mesma usada para o Lucro Presumido, aplicando os mesmos percentuais de presunção para o IRPJ e para a CSLL, porém, considerando apenas os valores registrados e contabilizados no mês. Desta forma, a empresa calcula pelas duas sistemáticas e opta pelo valor menos oneroso. Para as contribuições do COFINS e o PIS, as empresas que optarem ou estiverem obrigadas a tributar o IRPJ e a CSLL pelo Lucro Real, automaticamente estarão obrigadas a tributar independentemente de sua denominação ou classificação contábil, conforme a Leis n° 10.637/02 e 10.833/03.Sua base de cálculo é o valor do faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente da sua denominação ou classificação contábil. 11 Tributos referentes à opção do Lucro Real Tributos Alíquota PIS/PASEP 1,65% COFINS 7.60% IRPJ 15,00% CSLL 9,00% INSS 20,00% INSS Terceiros 5,80% FGTS 8,00% Fonte: Internet CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO DO TRIBUTO NÃO CUMULATIVO Citamos o exemplo de compras de 600 reais e vendas no total de R$ 4000,00. Considerando uma alíquota de 10% para IPI, 18% para ICMS, 1,65% para PIS e 7,6% para COFINS. Porém neste caso aplicando o princípio da não cumulatividade para o cálculo e contabilização: • ICMS a recuperar: R$ 108,00 • ICMS a recolher: R$ 720,00 • IPI a recuperar: R$ 60,00 • IPI a recolher: R$ 400,00 • PIS a recuperar: R$ 9,9 • PIS a recolher: R$ 66,00 • COFINS a recuperar: R$ 45,60 • COFINS a recolher: R$ 304,00 Nesta situação hipotética, os valores que a empresa pagaria seriam a diferença dos tributos a recolher do tributo a recuperar. Nesse caso: R$612,00 de ICMS, R$ 340,00 de IPI, R$56,10 de PIS e R$258,40 de COFINS. COMPARANDO TRIBUTOS CUMULATIVOS E NÃO CUMULATIVOS: Comparação o total de tributos que a empresa de cada enquadramento, e, considerando apenas os quatro tributos seria: • Empresa do lucro presumido: R$973,40 • Empresa do lucro real: R$1266,50 Isso totaliza uma diferença de R$ 293,10 em impostos a pagar, e a explicação é clara: alíquota. 12 Apesar de a empresa do lucro presumido não contar com crédito em dois tributos, as diferenças de alíquotas são significativas: 1% de diferença em relação ao PIS e 4,6% de diferença em relação ao COFINS. Isso impactará em toda a receita da empresa, pois, o valor de obrigações com o fisco, será enorme. LUCRO ARBITRADO, este tributo que segue a mesma linha de tributação ao Lucro Presumido, entretanto, com um acréscimo de 20% nas alíquotas. Diminuindo a incidência de cargas tributárias Grandes consultorias, como a da Fradema, possuem ferramentas eletrônicas que checam e apuram os tributos com todos os aproveitamentos de créditos, auxiliando assim as empresas na escolha correta do Regime de Tributação, o que diminuirá a incidência de grandes cargas tributárias. CONCLUSÃO, quando a empresa inicia seu planejamento não deve se iludir olhando apenas a simplicidade de um regime, ou àquele com menores alíquotas de imposto de renda, ou então não escolher devido às imensas obrigações acessórias exigidas do regime. A escolha de um regime tributário não pode ser com base em apenas um tipo de tributo a empresa deve ser vista como um todo, pois por um lado ela pode pagar um valor menor em um determinado tributo, mas por outro lado, submeter-se a outros tipos de impostos com alíquotas mais altas. É possível afirmar, nas condições atuais da empresa, após as devidas análises nas opções tributárias disponíveis, que a participação no regime do Simples Nacional é a melhor decisão, a mais vantajosa e rentável, desde que mantenha suas compras dentro do estado e não ultrapasse o limite bruto de faturamento. Todavia, é importante falar que, para que uma empresa seja considerada uma empresa saudável é imprescindível a realização de um planejamento tributário com o auxílio de profissionais capacitados, para que através de levantamentos e análises, escolha o melhor regime para se enquadrar, evitando o pagamento de tributos em excesso ou aproveitamentos lícitos. Sugere-se que estudos sejam aplicados em empresas, com o objetivo de verificar qual o melhor sistema de tributação que possa reduzir as cargas tributárias e que melhor se adeque às necessidades financeiras. 13 REFERÊNCIAS: https://ibpt.com.br/ https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91647/codigo-tributario-nacional-lei- 5172-66#art-153 https://www.jornalcontabil.com.br/lucro-presumido-quem-pode-optar-aliquotas- tabelas-e-impostos/ https://www.jornalcontabil.com.br/tributos-lucro-real-presumido-arbitrado-e-simples- nacional/ https://www.contabilidadenatv.com.br/2019/01/em-2019-qual-e-o-melhor-regime-de- tributacao-para-a-sua-empresa/ https://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e- demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/erguntas-e-respostas-pessoa-juridica- 2019-arquivos/capitulo-vi-irpj-lucro-real-2019.pdf https://ibpt.com.br/ https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91647/codigo-tributario-nacional-lei-5172-66#art-153 https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91647/codigo-tributario-nacional-lei-5172-66#art-153 https://www.jornalcontabil.com.br/lucro-presumido-quem-pode-optar-aliquotas-tabelas-e-impostos/ https://www.jornalcontabil.com.br/lucro-presumido-quem-pode-optar-aliquotas-tabelas-e-impostos/ https://www.jornalcontabil.com.br/tributos-lucro-real-presumido-arbitrado-e-simples-nacional/ https://www.jornalcontabil.com.br/tributos-lucro-real-presumido-arbitrado-e-simples-nacional/ https://www.contabilidadenatv.com.br/2019/01/em-2019-qual-e-o-melhor-regime-de-tributacao-para-a-sua-empresa/ https://www.contabilidadenatv.com.br/2019/01/em-2019-qual-e-o-melhor-regime-de-tributacao-para-a-sua-empresa/ https://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/erguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2019-arquivos/capitulo-vi-irpj-lucro-real-2019.pdfhttps://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/erguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2019-arquivos/capitulo-vi-irpj-lucro-real-2019.pdf https://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal/erguntas-e-respostas-pessoa-juridica-2019-arquivos/capitulo-vi-irpj-lucro-real-2019.pdf
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