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2012 Contabilidade ComerCial Prof. Fabio Darci Kowalski Copyright © UNIASSELVI 2012 Elaboração: Prof. Fabio Darci Kowalski Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. 657.839 K886c Kowalski, Fabio Darci Contabilidade Comercial / Fabio Darci Kowalski. Indaial : Grupo UNIASSELVI, 2012. 217 p. il. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-7830-363-1 1. Contabilidade Comercial I. Centro Universitário Leonardo da Vinci II. Núcleo de Ensino a Distância III. Título Impresso por: III apresentação A Contabilidade é uma ciência social, pois é a ação humana que pode modificar toda a estrutura patrimonial de qualquer tipo de empresa. Sendo assim, na contabilidade faz-se necessária a utilização de diversos controles, regras, leis e princípios que devem ser seguidos, os quais permitirão que as empresas saibam, a todo o instante, qual a sua situação e o caminho que deve ser seguido. Dentre os vários ramos da contabilidade, destaca-se a Contabilidade Comercial, na qual se aplica o estudo e o controle do patrimônio das empresas comerciais, cuja finalidade é oferecer informações sobre sua composição e suas variações, além do resultado decorrente da atividade mercantil. Logo, o contador tem um papel fundamental, o de ser o responsável por esse controle. O Caderno de Estudos da disciplina de Contabilidade Comercial foi construído com esta intenção, ou seja, proporcionar, ao(à) acadêmico(a), conhecimento suficiente para que este(a) possa atuar, além de contador(a), como um(a) consultor(a) de empresas. Dessa forma, apresentamos, na Unidade 1, as principais características e elementos de uma sociedade e o conjunto de contas necessárias para construir a Demonstração do Resultado do Exercício. Na Unidade 2, os tributos incidentes sobre as compras e vendas de produtos, mercadorias ou serviços, bem como, devoluções, fretes e abatimentos. E por fim, na Unidade 3, apresentamos operações contábeis envolvendo juros e descontos, provisão para créditos de liquidez duvidosa e uma revisão do Caderno de Estudos de Contabilidade Comercial. Então, vamos seguir em frente! Desejo, a todos vocês, ótimos estudos. Prof. Fabio Darci Kowalski IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfi m, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais que possuem o código QR Code, que é um código que permite que você acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar mais essa facilidade para aprimorar seus estudos! UNI V VI VII sumário UNIDADE 1 – A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS SOCIEDADES COMERCIAIS ................................................................................. 1 TÓPICO 1 – SOCIEDADES COMERCIAIS .................................................................................. 3 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3 2 HORIZONTES DA ESPECIALIZAÇÃO DO CONTADOR DE ENTIDADES COMERCIAIS .................................................................................................................................... 3 2.1 DEVERES LEGAIS DO CONTADOR ............................................................................... 5 3 EMPRESA COMERCIAL ................................................................................................................. 8 3.1 CARACTERÍSTICAS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS ........................................ 10 3.2 NOME SOCIAL ......................................................................................................................... 15 3.3 RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS .............................................................................. 15 4 LIVROS OBRIGATÓRIOS .............................................................................................................. 16 5 LIVROS AUXILIARES ...................................................................................................................... 20 5.1 LIVRO RAZÃO .......................................................................................................................... 21 6 LIVROS FISCAIS ............................................................................................................................... 25 7 DOCUMENTOS FISCAIS ............................................................................................................... 26 8 SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED ................................................ 26 8.1 SPED CONTÁBIL ..................................................................................................................... 29 8.2 SPED FISCAL ............................................................................................................................ 29 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 31 RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 34 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 35 TÓPICO 2 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ..................................... 41 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 41 2 CRITÉRIOS BÁSICOS CONTÁBEIS ............................................................................................ 41 2.1 PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO DA RECEITA .............................................................. 44 2.2 PRINCÍPIO DO CONFRONTO COM AS DESPESAS ................................................ 44 2.3 CRITÉRIOS BÁSICOSDE APRESENTAÇÃO DE ACORDO COM A LEI Nº 11.638/07 ...................................................................................................................................... 46 3 EXEMPLO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO .............................. 55 RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 63 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 64 UNIDADE 2 – OPERAÇÕES ENVOLVENDO COMPRAS E VENDAS ................................... 69 TÓPICO 1 – TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS E VENDAS ................................ 71 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 71 VIII 2 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – ICMS ................ 72 2.1 DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS DE ICMS - DIFA .................................................... 78 2.2 ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA .............................................................................. 79 2.3 ICMS SOBRE COMPRAS E VENDAS NORMAIS ....................................................... 85 2.4 ICMS INCIDENTE SOBRE BENS DO ATIVO IMOBILIZADO ............................. 93 3 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IPI ............................................... 97 4 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA – ISSQN ............................... 104 5 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – PIS E CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS .................................................. 108 5.1 REGIME NÃO CUMULATIVO ........................................................................................... 109 5.2 REGIME CUMULATIVO....................................................................................................... 116 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 122 RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 124 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 125 TÓPICO 2 – OPERAÇÕES DIVERSAS QUE AFETAM AS COMPRAS E VENDAS DE MERCADORIAS ........................................................................................................... 131 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 131 2 REGISTRO EM CONTAS DESDOBRADAS ............................................................................... 131 3 SISTEMA DE INVENTÁRIO PERIÓDICO E SISTEMA DE INVENTÁRIO PERMANENTE................................................................................................................................... 132 4 FRETES E SEGUROS SOBRE COMPRAS ................................................................................... 137 5 ABATIMENTOS SOBRE COMPRAS ............................................................................................ 139 6 DESCONTOS INCONDICIONAIS OBTIDOS........................................................................... 140 7 DEVOLUÇÕES DE COMPRAS ...................................................................................................... 142 8 DEVOLUÇÕES DE VENDAS ......................................................................................................... 144 9 ABATIMENTOS SOBRE VENDAS ............................................................................................... 146 10 DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS ............................................................... 147 11 FRETES SOBRE VENDAS ............................................................................................................. 148 RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 151 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 152 UNIDADE 3 – OPERAÇÕES DIVERSAS EM CONTABILIDADE COMERCIAL ................. 159 TÓPICO 1 – JUROS E DESCONTOS ............................................................................................. 161 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 161 2 JUROS ATIVOS, JUROS PASSIVOS, DESCONTOS OBTIDOS E DESCONTOS CONCEDIDOS ................................................................................................................................... 161 RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 169 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 170 TÓPICO 2 – PROVISÃO PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA – PCLD .......... 177 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 177 2 CÁLCULO DA PCLD ........................................................................................................................ 177 3 CONTABILIZAÇÃO DA PCLD ...................................................................................................... 179 4 REVERSÃO DA PCLDA .................................................................................................................. 180 5 PCLD CONFORME O REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA.................................. 183 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 186 RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 189 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 190 IX TÓPICO 3 – INVENTÁRIO PERMANENTE .................................................................................. 193 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 193 2 SISTEMA DE INVENTÁRIO PERMANENTE ............................................................................ 193 RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 205 AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 206 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 215 X 1 UNIDADE 1 A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir desta unidade você será capaz de: • conhecer as principais características e elementos de uma sociedade; • identificar o conjunto de contas necessário para construir a Demonstração do Resultado do Exercício. Esta unidade de estudo está dividida em dois tópicos. Em cada um deles você encontrará os conceitos básicos de uma sociedade e os critérios que devem ser seguidos na elaboração da Demonstração de Resultado do Exercício, além de exercícios de fixação. TÓPICO 1 – SOCIEDADES COMERCIAISTÓPICO 2 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Assista ao vídeo desta unidade. 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 SOCIEDADES COMERCIAIS 1 INTRODUÇÃO Neste primeiro tópico vamos conhecer as principais características e elementos de uma sociedade. Veremos desde a definição de contabilidade comercial, a perspectiva do profissional contador nessa área, bem como as obrigações legais, fiscais e contábeis exigidas no decorrer das atividades. Notaremos que, no cotidiano, não basta apenas gerarmos a informação em grande quantidade, é preciso trabalhar de maneira tal que essa represente de forma qualitativa a atual situação vivida pela sociedade, ou seja, o contador precisa se adequar às obrigações exigidas diariamente pelos usuários internos e externos da contabilidade, proporcionando, cada vez mais, a agregação de valor em sua informação prestada. 2 HORIZONTES DA ESPECIALIZAÇÃO DO CONTADOR DE ENTIDADES COMERCIAIS A Contabilidade Comercial pode ser definida como o ramo da Contabilidade aplicado ao estudo e ao controle do patrimônio das empre sas comerciais, cuja finalidade é oferecer informações sobre sua composição e suas variações, além do resultado decorrente da atividade mer cantil. Logo, o contador tem um papel fundamental, o de ser o responsável por esse controle. A perspectiva profissional do Contador de empresas comerciais, até pouco tempo atrás, era bastante modesta, seja pelo número de empresas em que este prestava serviços ou pela própria dimensão das entidades, que eram consideradas pequenas. Atualmente, cada vez mais é cobrada do contador uma posição diferente do que se exigia há algum tempo atrás, ou seja, o contador não está no mercado de trabalho apenas para fornecer informações ao fisco, calcular os impostos e enviar as guias de arrecadação para as empresas. O contador está assumindo a função de gestor, pois é ele, muitas vezes mais do que ninguém, que sabe e pode dizer para onde vai essa empresa, quais rumos devem ser tomados, mercados que devem ser analisados, produtos que devem ser vendidos e que trarão benefícios às empresas. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 4 Não há mais empresas grandes ou pequenas, todas são e devem ser vistas pelo contador como únicas, cada uma com suas peculiaridades. Todas as empresas querem a melhor informação possível, de preferência algo que lhes garanta sua presença no mercado, trazendo bons retornos sobre o capital investido. Segundo Iudícibus e Marion (2002, p. 28): Com o desenvolvimento dos conglomerados em que a atividade de dis tribuição é um dos pontos básicos e mesmo com a ampliação e moderniza ção das empresas mercantis, que atuam em grandes mercados, às vezes ul trapassando até as fronteiras geográficas de um país, multiplicam-se as oportunidades para tais profissionais. Para que o contador possa fornecer esse tipo de informação, precisará ter uma boa formação, ampla e flexível. Dessa forma, por exemplo, é preciso conhecer e interpretar informações do tipo: qual o verdadeiro custo do produto, mercadoria ou serviço, qual o preço de venda adequado, qual o capital de giro necessário para a empresa, quando e como captar recursos de terceiros ou próprios, como administrar a mão de obra empregada nos mais diversos departamentos, entre outras. ESTUDOS FU TUROS No decorrer do curso de Ciências Contábeis você verá e aprenderá a gerar e interpretar ess\as informações. A cobrança desses conhecimentos, das empresas para os contadores, será sempre maior. Espera-se que não dependa da empresa, por exemplo, a iniciativa de buscar novos benefícios fiscais, como redução da carga tributária. Sendo assim, depende do contador a informação eficaz e, uma vez que há cada vez mais pessoas qualificadas, quem souber mais e souber repassar esse conhecimento é que se sairá bem no mercado de trabalho. NOTA Cultura, conhecimento técnico, bons relacionamentos profissionais e o mínimo de empatia podem ser o diferencial do contador comercial. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 5 2.1 DEVERES LEGAIS DO CONTADOR O contador deve respeitar e seguir todas as normas exigidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Caso contrário, poderá sofrer punições financeiras ou até mesmo perder seu registro como contador. O Código Civil aprovado pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, comenta nos artigos 1177 e 1178, Seção III, onde trata da responsabilidade civil dos contadores, que caso o contabilista venha a provocar qualquer dano à empresa ou à sociedade, este será responsável solidariamente junto com o empresário pelos seus atos: Art. 1177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos. Art. 1178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito. Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor. FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=codcivil2livro2tit4c3.>. Acesso em: 16 jan. 2011. O contador é a pessoa responsável por todas as informações contábeis, ou seja, responde diretamente pela veracidade dessas informações, indiferente se este alegar estar ciente ou não do que ocorreu ou está ocorrendo na sociedade. É preciso ficar atento a todas as exigências legais, uma vez que, a partir do momento em que o contador assume a contabilidade da sociedade, esta então passa a ser de sua responsabilidade. O Código de Ética do Profissional Contabilista – CEPC, instituído pela Resolução nº 803/1996 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, define em seu Capítulo II, artigo 2o, os deveres do contabilista, os quais são enunciados a seguir: I - exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 6 II - guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade; III - zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo; IV - comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores; V - inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso; VI - renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia; VII - se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas; VIII - manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão;IX - ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e seu aprimoramento técnico. FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=codetica>. Acesso em: 16 jan. 2011. E quanto ao desempenho de suas funções, o CEPC, em seu Capítulo II, artigo 3o, comenta que é vedado ao contabilista: I - anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes; TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 7 II - assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio para a classe; III - auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita; IV - assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua orientação, supervisão e fiscalização; V - exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não habilitados ou impedidos; VI - manter Organização Contábil sob forma não autorizada pela legislação pertinente; VII - valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos honorários a receber; VIII - concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção; IX - solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba aplicação ilícita; X - prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua responsabilidade profissional; XI - recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas; XII - reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua guarda; XIII - aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; XIV - exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas; XV - revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento; UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 8 XVI - emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles; XVII - iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas; XVIII - não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado; XIX - intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão contábil; XX - elaborar demonstrações contábeis sem observância dos Princípios Fundamentais e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; XXI - renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho; XXII - publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado. FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=codetica>. Acesso em: 16 jan. 2011. 3 EMPRESA COMERCIAL As empresas podem ser separadas em três segmentos distintos: indústria, comércio e/ou prestadoras de serviços. As indústrias em geral são responsáveis pela operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo. Nesse sentido, segundo o Regulamento do IPI aprovado pelo Decreto 7.212/2010, considera-se industrialização: ● Transformação: a que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de espécie nova. ● Beneficiamento: a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto. No beneficiamento não há a fabricação de um produto. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 9 ● Montagem: a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal. ● Acondicionamento ou reacondicionamento: a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria. ● Renovação ou Recondicionamento: a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização. FONTE: Adaptado de: <http://www.normaslegais.com.br/legislacao/decreto7212_2010.htm>. Acesso em: 16 jan. 2010. Já nas empresas consideradas como prestadoras de serviços não há a venda de algum bem ou produto, mas sim da própria prestação de serviços, ou seja, considera-se como prestação de serviço o resultado de um trabalho realizado por um indivíduo, que tem como consequência uma remuneração. Ocorre a circulação econômica, não de um bem material, mas sim, de capital intelectual, ou seja, é fornecido o trabalho e não a mercadoria. As práticas existentes no ato do comércio possibilitam definir a Empresa Comercial como sendo aquela que serve de intermediária ou mediadora entre o produtor e o consumidor ou usuário dos bens, para obtenção de resultados positivos. Conforme Iudícibus e Marion (2008, p. 3), “a atividade comercial é uma das mais importantes, pois permite colocar à disposição dos consumidores, física ou economicamente delimitados, grande variedade de bens e serviços, necessários à satisfação das necessidades humanas”. Obviamente que numa mesma empresa é possível encontrar vários segmentos reunidos, ou seja, a empresa pode ter como atividade a prestação de serviços, a industrialização e o comércio, dividida em atividades primárias e secundárias, conforme o ato constitutivo. A empresa comercial poderá ser constituída por uma só pessoa física, no exercício individual do comér cio, ou por um grupo de pessoas sob a forma de sociedade. Segundo Andrade (2002, p. 7), a “sociedade mercantil é a união de duas ou mais pessoas que celebram con trato e mutuamente se obrigam a combinar esforços, com o objetivo de tirar proveito dos atos de comércio praticados em comum”. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 10 A sociedade tem como início a ideia de uma ou mais pessoas físicas que no decorrer do tempo é colocada em prática através de uma nova pessoa, a Jurídica, que pode ser caracterizada pelos seguintes elementos: • Diversidade de pessoas: duas ou mais pessoas concorrem para sua criação, sejam elas físicas ou jurídicas. • Patrimônio próprio: constituído, inicialmente, por sócios, acionistas ou associados. • Finalidade lucrativa: o objetivo social de toda empresa comercial é o resultado positivo, ou seja, a remuneração do investimento aplicado. Assim, pode-se dizer que tudo começa de uma boa ideia, na qual, após várias análises sobre a viabilidade de pô-la ou não em prática, poderá então surgir a empresa, através de aportes de bens e direitos, tendo como finalidade a melhor remuneração destes do que em outra fonte de investimento. 3.1 CARACTERÍSTICAS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS A partir do momento emque a sociedade é constituída e registrada, assume personalidade jurí dica própria, ou seja, personalidade independente dos sócios. Conforme Andrade (2002), essa situação permite à empresa: • Agir em defesa de seus próprios fins. • Possuir seu patrimônio. • Assumir direitos e obrigações. • Assumir em juízo. A sociedade tem vida própria e capacidade de, através das pessoas físicas ou jurídicas que a compõem, atingir plenamente seus objetivos sociais. A sociedade, na maioria das vezes, é constituída por contrato, onde é identificada por um nome social pelo qual será reconhecida publicamente. O contrato deve designar, também, quem representará a sociedade nos direitos e obrigações que vier a ter em decorrência de suas atividades. Uma das formas mais comuns de sociedade é a Sociedade por Cotas de Responsabilidade Limitada, representada pela sigla LTDA, em que o capital é dividido em cotas e cada quotista ou sócio entra com uma parcela do capital. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 11 As Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada ou Sociedades Limitadas foram reformuladas pelo Código Civil de 2002, que, de forma expressa, derrogou o Decreto nº 3.708/1919. A sociedade limitada é o tipo de sociedade na qual cada sócio responde pelo valor de sua cota, porém, todos terão responsabilidade solidária pela integralização do chamado capital social. A constituição da sociedade LTDA se dá mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará as informações abaixo; sendo ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato segundo preleciona o disposto nos artigos 997 e 1.054 do Código Civil: • nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; • denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; • capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação pecuniária; • a quota de cada sócio no capital social e o modo de realizá-la; • as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; • as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade e seus poderes e atribuições; • a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; • se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. FONTE: Disponível em: <http://www.cartoriosaojose.com.br/infopjsoccso.htm>. Acesso em: 16 jan.1011. Nos 30 dias subsequentes à constituição da sociedade, deverá a mesma requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede, consoante determina o art. 998 do Código Civil. O pedido de inscrição será acompanhado do instrumento autenticado do contrato e, se algum sócio nele tiver sido representado por procurador, da respectiva procuração. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 12 ESTUDOS FU TUROS No decorrer do curso de Ciências Contábeis você verá outras formas jurídicas de Sociedades Mercantis, como, por exemplo, as sociedades por ações, mais conhecidas como Sociedades Anônimas. O patrimônio é da sociedade, ou seja, da Pessoa Jurídica, não podendo ser confundido com o patrimônio de seus sócios. A partir do momento em que a empresa é registrada, nasce uma nova pessoa, a Pessoa Jurídica, que é independente do patrimônio das pessoas que a fundaram. Para que haja quaisquer modificações na sociedade, como, por exemplo, alteração de capital, do quadro social, do nome social, dentre tantas, desde que seja legal, basta, pela vontade de seus sócios, modificar a estrutura da sociedade elaborando uma alteração contratual. Quanto à forma de tributação, a maioria das empresas comerciais, pelo fato de serem Microempresas – ME ou Empresas de Pequeno Porte – EPP, optam pelo regime tributário simplificado, denominado Simples Nacional. O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte, a partir de 01.07.2007. • Microempresa (ME) é a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário (individual) que, no ano calendário anterior, auferiu receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00. • Empresa de pequeno porte (EPP) é a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário (individual) que, no ano calendário anterior, auferiu receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00. NOTA As micro e pequenas empresas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representam: 67% do pessoal ocupado, 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e 99% das empresas de comércio, indústria e serviços do país. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 13 Dentre as principais características do Simples Nacional, destacam-se: • Ser facultativo. • Ser irretratável para todo o ano calendário. • Abranger os seguintes tributos: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, ICMS, ISS, Contribuição Previdenciária Patronal. • Apurar e recolher os tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação. • Disponibilizar às ME e às EPP sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido. • Apresentar declaração anual, única e simplificada, de informações socioeconômicas e fiscais. • Vencer no último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente ao do período de apuração. • Possibilitar aos Estados adotarem sublimites de EPP em função da respectiva participação no PIB. FONTE: Adaptado do site: <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/sobre/caracte- risticas.asp>.Acesso em: 16 jan. 2011. Entretanto, há outras formas de tributação em que as empresas comerciais podem optar, dentre as mais comuns: Lucro Presumido e Lucro Real. Nessas duas formas de tributação, os tributos: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, ICMS, ISS e Contribuição Previdenciária Patronal são calculados separadamente, ou seja, uma guia para cada imposto, ao contrário do que acontece no Simples Nacional, onde todos os impostos podem ser pagos em guia única. O Lucro Presumido é uma variável usada por muitos contribuintes com a finalidade de apurar o lucro e, por consequência, o Imposto de Renda das pessoas jurídicas que, partindo do total da receita bruta, encontra uma presunção de lucro, que na verdade á uma ficção tributária criada para simplificar o pagamento dos impostos de determinados contribuintes previamente selecionados. Já o regime do Lucro Real, por ser a forma mais exata de determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, resulta, na maioria das vezes, ser mais vantajoso do que o lucro presumido, simplesmente pelo fato de que pelo Lucro Real é pago IRPJ e CSLL sobre o lucro e não sobre as receitas, como acontece no Lucro Presumido. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 14 NOTA Atualmente, no Brasil: • Temos cerca de 5,5 milhões de empresas com CNPJ ativo; dessas, 250 mil estão no Lucro Real e as restantes são Lucro Presumido e Simples Nacional. • De cada R$ 100,00 arrecadado, R$ 84,00 são de empresas que estão no Lucro Real. • Lucro Real (maioria empresas de grande porte) = 4% das empresas do Brasil = 84% da arredacação nacional. • Lucro Presumido (maioria empresas de pequeno e médio porte) = 26% das empresas do Brasil = 10% da arrecadação nacional. • Simples (micro e pequenas empresas) = 70% das empresas do Brasil = 6% da arrecadação nacional. Algumas estão obrigadas a optar pelo Lucro Real, como, por exemplo: - bancos comerciais; - bancos de investimentos; - bancos de desenvolvimento; - caixas econômicas;- sociedades de crédito; - financiamento e investimento; - sociedades de crédito imobiliário; - sociedades corretoras de títulos; - valores mobiliários e câmbio; - distribuidoras de títulos e valores mobiliários; - empresas de arrendamento mercantil; - cooperativas de crédito; - empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; - empresas que auferiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital no exterior, prestação de serviços (factoring). As empresas cujas receitas brutas no ano anterior foram superiores a R$ 48.000.000,00 ou a R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade do ano calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, estão obrigadas a optar pelo Lucro Real. Esse fato faz com que esta forma de tributação seja responsável por 84% de toda a arrecadação nacional. São poucas empresas (4% das empresas no Brasil), mas empresas gigantes, como, por exemplo, a Petrobrás S/A. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 15 NOTA Não há como concluir, de forma generalizada, qual a melhor forma de tributação, pois cada empresa apresenta situações diferentes. Por isso, é obrigação do contador analisar a melhor alternativa, dentro da legalidade, para não onerar a empresa em sua carga tributária. 3.2 NOME SOCIAL Obrigatoriamente, as sociedades precisam de um nome pelo qual desejam ficar conhecidas publicamente. De acordo com o Código Civil de 26 de dezembro de 2002, artigo 1158, há duas classificações técnicas para dife renciar os nomes sociais: a) Firma ou razão social: é composto pelo nome de um, de alguns, ou de to dos os sócios por extenso ou abreviadamente. Exemplo: Silva e Soares. b) Denominação social: quando a empresa utiliza algum nome, sem que possa identificar algum sócio ou sócios, mas que indique qual a sua atividade. Exemplo: Imobiliária Central, Padaria dos Sonhos. Em função da forma jurídica da sociedade mercantil, haverá casos em que a lei exigirá somente a razão social, a denominação social ou ambas em sua identificação pública. No caso das Sociedades Limitadas, vistas até o momento, poderão utilizar ambas: denominação ou razão social. 3.3 RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS A responsabilidade do sócio com relação às dívidas sociais varia segundo a forma jurídica que a sociedade assumir, podendo ela ser classificada em li- mitada ou ilimitada. De acordo com o Código Civil de 26 de dezembro de 2002, artigo 1052, quando a responsabilidade é limitada, os sócios, com relação às dívidas sociais, respondem somente pelo valor do capital por eles subscritos, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Entretanto, quando a responsabilidade é ilimitada, respondem também com seus bens particulares. Por exemplo: O Sr. Fulano e o Sr. Beltrano resolveram abrir uma empresa com o nome de Fulano e Beltrano Padaria Ltda. Ambos iniciaram a empresa com um capital de R$ 10.000,00 cada, num total de R$ 20.000,00. Se, por acaso, a empresa vier a ter dívidas sociais e não quitá-las, a dívida alcançará apenas o total de R$ 20.000,00, que faz parte do capital da empresa. Entretanto, se fosse uma sociedade ilimitada, a dívida alcançaria, além dos R$ 20.000,00 que fazem parte do capital da empresa, também os bens particulares do Sr. Fulano e do Sr. Beltrano. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 16 NOTA Conforme o artigo 1158, § 3, do Código Civil de 2002, a omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. 4 LIVROS OBRIGATÓRIOS Na constituição da empresa faz-se necessário alguns livros obrigatórios, onde serão registradas as operações referentes às atividades da mesma. Na sociedade comercial há o Livro Diário, onde, como o próprio nome já diz, são registradas todas as operações que aconteceram no dia, em ordem cronológica, com individualização, clareza e caracterização do documento respectivo. A obrigatoriedade do Livro Diário está prevista: a) no novo Código Civil, pela Lei nº 10.406/2002, art. 1.180; b) no Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/1999), em seu art. 258; e c) na Lei das S.A. (Lei nº 11.638/2007), em seus artigos 100, 176 e 177. De acordo com o art. 258 do Regulamento do Imposto de Renda de 26 de março de 1999, o Livro Diário poderá ser substituído por folhas numeradas seguidamente, quando empregadas na escrituração mecanizada, devendo o livro ou folhas do Diário conter termos de abertura e de encerramento, submetidos à autenticação do órgão competente do Registro do Comércio, ou seja, onde foi registrado o ato constitutivo da empresa. A autenticação é um registro (assinatura) adquirido junto ao órgão competente do Registro do Comércio. A autenticação é feita na primeira folha do Livro Diário, ou seja, no termo de abertura, fazendo com que, dessa forma, o livro não seja posteriormente alterado. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 17 No termo de abertura e de encerramento do Livro Diário deverá constar a finalidade a que se destina o livro, o número de ordem, o número de folhas, a firma individual ou o nome da sociedade a que pertença, o local da sede ou estabelecimento, o número e data do arquivamento dos atos constitutivos no órgão de registro do comércio e o número de registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Os termos de abertura e encerramento serão datados e assinados pelo comerciante ou por seu procurador e por contabilista legalmente habilitado, ou seja, que tenha registro no CRC. O novo Código Civil (Lei nº 10.406/2002), em seu art. 1.179, § 2º, dispensa o pequeno empresário da escrituração contábil. A legislação fiscal dispensa as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, assim como as microempresas e empresas de pequeno porte, da escrituração contábil, desde que mantenham escrituração em Livro Caixa e Registro de Inventário. Apesar de essas empresas estarem dispensadas da escrituração contábil, a utilização do Livro Diário é essencial a todas as empresas que detêm patrimônio, tendo em vista que a escrituração contábil é uma ferramenta da administração dos negócios das empresas. A entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos por intermédio de processo manual, mecanizado ou eletrônico. A escrituração será executada: • em idioma e moeda corrente nacional; • em forma contábil (partidas dobradas); • em ordem cronológica de dia, mês e ano (o Livro Diário poderá ser escriturado por meio de partidas mensais, resumida ou sintética, com valores totais que não excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros auxiliares; • com ausência de espaço em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens; • com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 18 A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das transações. O uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lançamentos é admitido, desde que permanentes e uniformes, devendo constar, em elenco identificador, do Livro Diário ou de registro especial revestido das formalidades extrínsecas. No caso de ser adotada a escrituração contábil mecanizada ou eletrônica, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro. Exemplo simples de escrituração no Livro Diário: A Cia. Alfenas Ltda. teve as seguintes operações no mês de setembro: (Neste exemplo não estão sendo reconhecidos os encargos sobre os salários e os tributos sobreas operações de compra e venda de mercadorias). 02-09 – Integralização de capital social no valor de $ 50.000 pelo sócio Ademar Bel em dinheiro, cujo depósito foi feito no Banco do Brasil em conta corrente. 04-09 – Comprou à vista, via banco, através do Cheque 001, um veículo marca/modelo MB 2428 no valor de $ 10.000. O veículo foi adquirido do fornecedor Carro Bom Ltda., através da Nota Fiscal 234.239. 08-09 – Comprou à vista, via banco, através do Cheque 002, um computador modelo Windows XP 4600 no valor de $ 1.000. O computador foi adquirido do fornecedor Computel Ltda., através da Nota Fiscal 4.899. 10-09 – Compra a prazo de 10 unidades da mercadoria tipo A para o estoque no valor total de $ 2.000. A mercadoria foi adquirida do fornecedor Albatroz Ltda., através da Nota Fiscal 432. 15-09 – Venda à vista, via banco, de 6 unidades da mercadoria tipo A no valor total de $ 2.280. A mercadoria foi vendida ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 20-09 – Pagamento da compra efetuada em 10-09 do fornecedor Albatroz Ltda. Nota Fiscal 432. O pagamento foi via banco, através do Cheque 003. 30-09 – Provisão de salários no mês no valor de $ 600,00. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 19 QUADRO 1 – EXEMPLO DE LIVRO DIÁRIO DATA CONTA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO 02/09 Capital Integralização de capital em dinheiro do Sócio Ademar Bel em dinheiro, numa conta corrente no Banco do Brasil. 50.000 02/09 Banco do Brasil Integralização de capital em dinheiro do Sócio Ademar Bel em dinheiro, numa conta corrente no Banco do Brasil. 50.000 04/09 Veículo Aquisição de 01 veículo marca/modelo MB 2428, do fornecedor Carro Bom Ltda., através da Nota Fiscal 234.239 – pago pelo cheque 001 BB. 10.000 04/09 Banco do Brasil Aquisição de 01 veículo marca/modelo MB 2428, do fornecedor Carro Bom Ltda., através da Nota Fiscal 234.239 – pago pelo cheque 001 BB. 10.000 08/09 Computador Aquisição de 01 computador modelo Windows XP 4600, do fornecedor Computel Ltda., através da Nota Fiscal 4.899 – pago pelo cheque 002 BB. 1.000 08/09 Banco do Brasil Aquisição de 01 computador modelo Windows XP 4600, do fornecedor Computel Ltda., através da Nota Fiscal 4.899 – pago pelo cheque 002 BB. 1.000 10/09 Estoque Compra a prazo de 10 unidades da mercadoria tipo A, do fornecedor Albatroz Ltda., através da Nota Fiscal 432. 2.000 10/09 Fornecedores Compra a prazo de 10 unidades da mercadoria tipo A, do fornecedor Albatroz Ltda., através da Nota Fiscal 432. 2.000 15/09 Receita de Venda Venda à vista, via banco de 6 unidades da mercadoria tipo A, ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 2.280 15/09 Banco do Brasil Venda à vista, via banco de 6 unidades da mercadoria tipo A, ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 2.280 15/09 Custo da Mercadoria Vendida Venda à vista, via banco de 6 unidades da mercadoria tipo A, ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 1.200 15/09 Estoque Venda à vista, via banco de 6 unidades da mercadoria tipo A, ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 1.200 20/09 Fornecedores Pagamento da compra efetuada em 10-09, do fornecedor Albatroz Ltda. Nota Fiscal 432 - pago pelo cheque 003 BB. 2.000 20/09 Banco do Brasil Pagamento da compra efetuada em 10-09, do fornecedor Albatroz Ltda. Nota Fiscal 432 - pago pelo cheque 003 BB. 2.000 30/09 Salário Provisão de salários no mês. 600 30/09 Salário a pagar Provisão de salários no mês. 600 Total 69.080 69.080 FONTE: O autor UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 20 Este é apenas um simples exemplo de escrituração, mas há outras informações que deveriam ser lançadas no campo histórico, como, por exemplo, número da conta do Banco do Brasil na qual foi lançada a integralização, melhor descrição da marca ou modelo dos bens etc. NOTA Desde 1º de janeiro de 1992, as empresas optantes pela tributação no Lucro Real estão obrigadas a escriturar também o Livro Razão. Porém, para as demais empresas não optantes do Lucro Real, o Livro Razão é considerado apenas um livro auxiliar. 5 LIVROS AUXILIARES Os livros auxiliares são livros facultativos, porém necessários internamente na empresa para melhor rapidez e exatidão nas informações. Os livros auxiliares mais utilizados e úteis na contabilidade são: • Razão: um dos mais importantes livros do dia a dia contábil. Registra, individualmente, cada conta do Livro Diário. Utilizado para analisar a movimentação exclusiva de determinada conta, de forma rápida e simples, facilita a busca de informações. O seu for mato, assim como o Diário, pode ser em fichas, folha solta etc; • Caixa: registra toda a movimentação de dinheiro da empresa. Indispensável para qualquer empresa, independentemente do seu tamanho; • Livro de Contas a Pagar e Contas a Receber: utilizados para controle das contas a receber e a pagar da empresa. A maioria das empresas já possui esses livros em meio eletrônico. Há alguns anos se notava que, principalmente, as pequenas empresas mantinham um controle do livro caixa e de contas a pagar e a receber em cadernetas ou cadernos, o que muitas vezes provocava erros no saldo do caixa, falta de cobranças, falta de pagamentos etc. As operações eletrônicas aprimoraram os controles na contabilidade e tendem a cada vez mais facilitar e deixar de forma mais eficiente e eficaz o trabalho do contador. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 21 5.1 LIVRO RAZÃO O Livro Razão é uma forma individualizada de evidenciar o Livro Diário, uma vez que este último demonstra a movimentação diária da empresa, de todas as contas juntas naquele dia, porém, o primeiro evidencia cada conta separadamente, facilitando a conciliação de saldos e a procura por determinados valores. Conforme o artigo 259, do Regulamento do Imposto de Renda de 1999, desde 1º de janeiro de 1992 tornou-se obrigatória, para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, a escrituração e a manutenção do Livro Razão ou fichas, utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subcontas, os lançamentos efetuados no Diário, mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação. A escrituração deverá ser individualizada, obedecendo- se a ordem cronológica das operações. Também de acordo com o artigo 259, do Regulamento do Imposto de Renda de 1999, o Livro Razão ou as respectivas fichas estão dispensados de registro ou autenticação em qualquer órgão. Entretanto, na escrituração deverão ser obedecidas as regras da legislação comercial e fiscal aplicáveis aos lançamentos em geral. A não manutenção do Livro Razão ou fichas, nas condições determinadas na legislação, implicará no arbitramento do lucro da pessoa jurídica (RIR/1999, art. 530, inciso VI e art. 259, §2º). ATENCAO O Livro Razão pode ser considerado como sendo o Razonete da conta contábil, ou seja, a individualização de todas as contas que tiveram algum movimento no período. Exemplo simples de escrituração no Livro Razão: Com base nas informações da Cia. Alfenas Ltda., vistas anteriormente e escrituradas do Diário, será registrado o Livro Razão: UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 22 QUADRO 2 – LIVRO RAZÃO – BANCO DO BRASIL Conta: BANCO DO BRASIL RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 02/09 Integralização de capital em dinheiro do sócio Ademar Bel, numa conta corrente no Banco do Brasil. 50 000 D 50 000 04/09 Aquisição de 01 veículo marca/modelo MB 2428, do fornecedor Carro Bom Ltda., através da Nota Fiscal 234.239 – pago pelo cheque 001 BB. 10 000 C 40 000 08/09 Aquisição de 01computador modelo Windows XP 4600, do fornecedor Computel Ltda., através da Nota Fiscal 4.899 – pago pelo cheque 002 BB. 1 000 C 39 000 15/09 Venda à vista, via banco, de 6 unidades da mercadoria tipo A, ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 2 280 D 41 280 20/09 Pagamento da compra efetuada em 10-09 do fornecedor Albatroz Ltda. Nota Fiscal 432- pago pelo cheque 003 BB. 2 000 C 39 280 SALDO MÊS D 39 000 FONTE: O autor QUADRO 3 – LIVRO RAZÃO – ESTOQUE Conta: ESTOQUE RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 10/09 Compra a prazo de 10 unidades da mercadoria tipo A, do fornecedor Albatroz Ltda., através da Nota Fiscal 432. 2 000 D 2 000 15/09 Venda à vista, via banco, de 6 unidades da mercadoria tipo A, ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 1 200 C 800 SALDO MÊS D 800 FONTE: O autor TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 23 FONTE: O autor FONTE: O autor FONTE: O autor QUADRO 4 – LIVRO RAZÃO – VEÍCULO Conta: VEÍCULO RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 04/09 Aquisição de 01 veículo marca/modelo MB 2428, do fornecedor Carro Bom Ltda., através da Nota Fiscal 234.239 – pago pelo cheque 001 BB. 10 000 D 10 000 SALDO MÊS D 10 000 QUADRO 5 – LIVRO RAZÃO – COMPUTADOR Conta: COMPUTADOR RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 08/09 Aquisição de 01 computador modelo Windows XP 4600, do fornecedor Computel Ltda., através da Nota Fiscal 4.899 – pago pelo cheque 002 BB. 1 000 D 1 000 SALDO MÊS D 1 000 QUADRO 6 – LIVRO RAZÃO – FORNECEDOR Conta: FORNECEDOR RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 10/09 Compra a prazo de 10 unidades da mercadoria tipo A, do fornecedor Albatroz Ltda., através da Nota Fiscal 432. 2 000 C 2 000 20/09 Pagamento da compra efetuada em 10-09, do fornecedor Albatroz Ltda. Nota Fiscal 432- pago pelo cheque 003 BB. 2 000 D 0 000 SALDO MÊS 0 000 UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 24 QUADRO 7 – LIVRO RAZÃO – SALÁRIOS A PAGAR Conta: SALÁRIOS A PAGAR RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 30/09 Provisão de salários no mês 600 C 600 SALDO MÊS C 600 FONTE: O autor FONTE: O autor FONTE: O autor FONTE: O autor QUADRO 8 – LIVRO RAZÃO – CAPITAL Conta: CAPITAL RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 02/09 Integralização de capital em dinheiro do sócio Ademar Bel numa conta corrente no Banco do Brasil. 50 000 C 50 000 SALDO MÊS C 50 000 QUADRO 9 – LIVRO RAZÃO – RECEITA DE VENDA QUADRO 10 – LIVRO RAZÃO – CUSTO DA MERCADORIA Conta: RECEITA DE VENDA RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 15/09 Venda à vista, via banco, de 6 unidades da mercadoria tipo A, ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 2 280 C 2 280 SALDO MÊS C 2 280 Conta: CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 15/09 Venda à vista, via banco, de 6 unidades da mercadoria tipo A, ao cliente Comércio MM Ltda., através da Nota Fiscal 001. 1 200 D 1 200 SALDO MÊS D 1 200 TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 25 FONTE: O autor QUADRO 11 – LIVRO RAZÃO – SALÁRIOS Conta: SALÁRIOS RAZÃO Código Ano Data Histórico Débito Crédito D/C Saldo SALDO ANTERIOR 0 00 15/09 Provisão de salários no mês 600 D 600 SALDO MÊS D 600 Este também é apenas um simples exemplo de escrituração. Automaticamente, as outras informações que deveriam ser lançadas no campo histórico apareceriam também no Livro Razão. Nota-se que aparece a palavra código nas fichas do Livro Razão. Este código será o número da conta que aparece no plano de contas do sistema contábil. Perceba que o Livro Razão é escriturado seguindo a ordem do plano de contas, ou seja, primeiro as contas do ativo, depois passivo e em seguida as de resultado. 6 LIVROS FISCAIS São os livros exigidos pelos governos federal, estadual e municipal. Dentre os mais importantes destacam-se: • Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR (apura o lucro tributá vel base para cálculo do Imposto de Renda); • Livro de Apuração do IPI: utilizado pelos estabelecimentos industriais e equiparados a industrial, para controle do Imposto sobre Produtos Industrializados; • Registro de Entrada de Mercadorias: utilizado para registro de todas as entradas de produtos ou mercadorias; • Registro de Saída de Mercadorias: utilizado para registro de todas as saídas de produtos ou mercadorias; • Livro de Apuração do ICMS: utilizado para registro de todas as entradas e saídas de produtos ou mercadorias, independente se houver ou não a tributação do ICMS; • Livro de Inventário: utilizado pelos estabelecimentos que mantiverem estoques, prontos ou em elaboração; • Livro Registro de Apuração do ISSQN: utilizado para escriturar as prestações de serviços da empresa e o respectivo imposto devido sobre essas; UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 26 • Registro de Impressão de Documentos Fiscais: utilizado pelos estabelecimentos que confeccionarem documentos fiscais, para o uso próprio ou para terceiros; • Registro de Empregados: utilizado em todas as atividades, para registrar informações acerca dos funcionários e sua movimentação. Poderá ser feito através de livros, fichas ou sistema eletrônico. 7 DOCUMENTOS FISCAIS Há vários tipos de documentos fiscais a serem emitidos, dentre os principais destacam-se: a) Nota Fiscal - modelo 1 b) Nota Fiscal de Produtor - modelo 4 c) Nota Fiscal Avulsa d) Nota Fiscal Conta de Energia - modelo 6 e) Nota Fiscal de Venda a Consumidor - modelo 2 série D f) Cupom Fiscal g) Nota Fiscal Eletrônica - modelo 55 h) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas - modelo 8 i) Nota Fiscal de Serviço de Comunicação - modelo 21 j) Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação - modelo 22 Porém, nas empresas comerciais, o documento fiscal mais comum a ser utilizado nas saídas, mais comumente as vendas, é a Nota Fiscal, modelo 1, a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2 série D, o Cupom Fiscal e a Nota Fiscal Eletrônica, modelo 55, as quais são utilizadas na comercialização de mercadorias. Já nas entradas, mais comumente as compras, a empresa poderá receber qualquer tipo de documento, dependendo de sua operacionalidade. 8 SISTEMA PÚBILICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED Instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o projeto do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-2010) e, conforme a Receita Federal do Brasil – RFB (2011), constitui-se em mais um avanço na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes. De acordo com a RFB (2011), o SPED consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando- se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 27 Dentre as principaiscaracterísticas do SPED destaca-se que: • É composto por três grandes subprojetos: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a NF- e - Ambiente Nacional. • Representa uma iniciativa integrada das administrações tributárias nas três esferas governamentais: federal, estadual e municipal. • Possibilita, com as parcerias fisco-empresa, planejamento e identificação de soluções antecipadas no cumprimento das obrigações acessórias, em face às exigências a serem requeridas pelas administrações tributárias. • Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na definição dos meios de atendimento às obrigações tributárias acessórias exigidas pela legislação tributária contribua para aprimorar esses mecanismos e confira a esses instrumentos maior grau de legitimidade social. • Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na transparência mútua, com reflexos positivos para toda a sociedade. O SPED tem como objetivos, entre outros: • Promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais. • Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores. • Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica. FONTE: Disponível em: <http://www1.receita.fazenda.gov.br/sobre-o-projeto/objetivos.htm>. Acesso em: 16 jan. 2011. Quanto aos principais benefícios do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), destacam-se: • Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel e até mesmo a eliminação do papel. • Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 28 • Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas. • Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas. • Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte. • Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação). • Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias. • Rapidez no acesso às informações. • Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos. • Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão. • Redução de custos administrativos; melhoria da qualidade da informação. • Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais. • Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes. • Redução do “Custo Brasil”. • Aperfeiçoamento do combate à sonegação. • Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel. FONTE: Adaptado do site: <http://www.fiscosoft.com.br/a/4idu/sistema-publico-de-escritura- cao-digital-sped-glauce-vianna>. Acesso em: 16 jan. 2011. A facilidade de acesso à escrituração, ainda que não disponível em tempo real, amplia as possibilidades de seleção de contribuintes e, quando da realização de auditorias, gera expressiva redução no tempo de sua execução. A maioria dos contribuintes já se utiliza dos recursos de informática para efetuar tanto a escrituração fiscal como a contábil. As imagens em papel simplesmente reproduzem as informações oriundas do meio eletrônico. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 29 8.1 SPED CONTÁBIL O SPED contábil também é conhecido pela sigla ECD – Escrituração Contábil Digital. De acordo com a RFB (2011), é a substituição da escrituração em papel pela Escrituração Contábil Digital - ECD, também chamada de SPED- Contábil. Trata-se da obrigação de transmitir em versão digital os seguintes livros: I - Livro Diário e seus auxiliares, se houver; II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver; III - Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos. FONTE: Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/2007/in7872007.htm>. Acesso em: 16 jan. 2011. Segundo a Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007, estão obrigadas a adotar a ECD em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008, as sociedades empresárias sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 11.211, de 7 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 926, de 11 de março de 2009); em relação aos fatos contábeis desde 1º de janeiro de 2009, as demais sociedades empresárias sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real. (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 926, de 11 de março de 2009). Para as demais sociedades empresárias a ECD é facultativa. As sociedades simples e as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional estão dispensadas desta obrigação. 8.2 SPED FISCAL O SPED fiscal também é conhecido pela sigla EFD – Escrituração Fiscal Digital. De acordo com a RFB (2011), a Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. Dentro da EFD já está em andamento o Projeto Nota Fiscal Eletrônica (NF- e), o qual está sendo desenvolvido, de forma integrada, pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e Receita Federal do Brasil, desde a assinatura do Protocolo ENAT 03/2005, de 27/08/2005, que atribui ao Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT) a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto NF- e. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 30 De forma geral, o SPED fiscal já vem sendo utilizado por várias empresas desde o ano de 2005 e, segundo a RFB (2011), a tendência é que todas as empresas venham a adotar essa sistemática eletrônica. DICAS Maiores informações sobre o SPED podem ser obtidas no site da Receita Federal do Brasil em:<http://www.receita.gov.br.>. Neste site você poderá verificar quais empresas estão obrigadas a utilizar o SPED e a partir de que período. ESTUDOS FU TUROS Caro(a) acadêmico(a), para aprofundar os seus conteúdos, sugerimos a leitura complementar do texto a seguir, do livro Contabilidade Comercial, de autoria de Eurídice Mamede de Andrade (2002, p. 16-18). A partir dele teremos condições de compreender que a função do contador já não é apenas a escrituração, mas também, a consultoria. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 31 LEITURA COMPLEMENTAR Eurídice Mamede de Andrade Antes da constituição da sociedade, o profissional da área contábil é comumente chamado a opinar sobre os diversos aspectos dos novos negócios ou sobre as necessárias alterações dos já existentes. Durante a entrevista inicial com o empreendedor é necessário averiguar alguns aspectos fundamentais para o início e o sucesso do empreendimento, ou seja: 1) Oportunidade 2) Projeto 3) Recursos 4) Capacidade Para tornar viável a prestação de um bom serviço é necessário que ocon sultor mantenha-se sempre informado, ou seja, adquira cultura geral inces- santemente e, antes da entrevista, informe-se sobre as características particu- lares daquele negócio, através de contato com as associações de classe, revis tas especializadas etc. No quesito “oportunidade” é fundamental avaliar se o momento é oportuno para o início da atividade proposta. Questões relacionadas com o mercado consumidor, o momento econômico, condições climáticas, cultura socioeconômica da região, à sazonalidade, dentre outras, devem ser avaliadas em conjunto com o empreendedor. O projeto do futuro empresário, em geral, não está formalizado. Normal- mente, encontra-se apenas em sua ideia, sem nenhuma anotação em papel ou meio magnético. A formalização do projeto é fundamental para um início pro- missor. O projeto nada mais é do que um plano, um estudo, com desenho e descrição de qualquer coisa que se deseja realizar. Pode configurar-se, também, como o conjunto de medidas que se devem tomar para realizar alguma coisa. Ao discriminar, no papel, o tipo, as dimensões, a estrutura física, o nível de estoques, a quantidade de empregados, os móveis, os utensílios, as máquinas, os equipamentos, dentre outros itens necessários ao início e à manutenção das atividades, o empreendedor terá uma visão geral do negócio que preten de realizar; terá, ainda, a oportunidade de visualizar falhas ou pontos fracos do próprio projeto. Nesta fase, o consultor deverá auxiliar na elaboração ou reformulação do projeto inicial, de modo a viabilizar a implantação do negó cio, no menor prazo e custo possíveis. UNIDADE 1 | A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL NAS SOCIEDADES COMERCIAIS 32 Uma vez aprovado o projeto, será necessário identificar as fontes de re- cursos para realizá-lo. Normalmente, a fase de alocação de recursos é paralela à fase de ajuste e reformulação do projeto, ou seja, o projeto se submeterá aos recursos disponíveis e estes devem ser aplicados de forma a oferecer o melhor retorno possível. Nessa avaliação devem estar incluídos não só os recursos financeiros próprios ou de terceiros, como os recursos humanos e os recursos materiais. Com esta finalidade, convém avaliar a disponibilidade de: • Recursos financeiros próprios - se suficientes para montar e manter o negócio durante seu prazo de maturação, ou seja, período necessário para atingir e ultrapassar o ponto de equilíbrio. • Linha de crédito liberada para utilização imediata, com amortização prevista no médio prazo. • Recursos humanos residentes próximos ao local do estabelecimento - seu nível de conhecimentos e habilidades, se algum treinamento será preciso, e apreciação de outras alternativas. • Recursos materiais para aquisição ou necessidade de encomendas prévias; possibilidade de escassez devido à conjuntura econômica e social ou situação climática iminentes. Por último, porém tão importante quanto as demais, deve-se avaliar a questão da capacidade pessoal dos sócios para gerenciar o negócio. Pelo me nos um deles deve possuir conhecimentos indispensáveis sobre o ramo de atividade que vão operar. Não basta apenas que o conheça superficialmente. A operacionalidade do processo poderá fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso do empreendimento. Deve-se conhecer todo o giro do negócio, des de as particularidades até as generalidades. Alguns itens devem fazer parte desses conhecimentos, não apenas teóricos, mas também colhidos na prática; dentre outros, a saber: • Principais fornecedores e suas condições de vendas. • Processamento do material, principais problemas e suas soluções. • Alternativas de produção, terceirização, importação. • Rede de distribuição, logística. • Hábitos, localização, perfil dos clientes. • Fatia do mercado que pretende alcançar. • Principais concorrentes. TÓPICO 1 | SOCIEDADES COMERCIAIS 33 • Associações de classe. • Condições gerais do mercado. FONTE: Adaptado de: ANDRADE, Eurídice Mamede de. Contabilidade comercial: teoria e prática. Rio de Janeiro: Campus, 2002. Em resumo, o contador deve averiguar, junto ao empreen dedor, suas reais condições de desenvolver o projeto com a eficiência e eficá cia, que poderão fazer dele um referencial no mercado em que operará. Para que isso ocorra, o contador precisa estar atento ao mercado de trabalho e às necessidades do empreendedor, buscar fontes de informações confiáveis e participar de cursos de educação continuada, eventos, palestras etc. constantemente, uma vez que a legislação brasileira e o próprio mercado globalizado mudam rapidamente. NOTA Sempre quando formos prestar quaisquer serviços de consultoria, temos que estar profundamente atualizados. Em função disso, o profissional contábil jamais para de estudar, uma vez que sempre haverá novas empresas, novas atividades e clientes necessitando de informações fidedignas, as quais, nós, contadores, temos como fornecer. 34 Neste tópico vimos a definição de contabilidade comercial e a posição que um contador deve tomar frente às atividades exigidas diariamente em seu trabalho. Observamos também que a contabilidade comercial está amarrada a várias obrigações, sejam elas fiscais, contábeis ou administrativas, mas todas com suas características que devem ser seguidas. Percebemos que o contador, a partir de agora, deve ser muito mais do que um simples prestador de serviços, o qual está ali para cumprir as obrigações junto ao fisco, ou seja, ele deverá ser a pessoa que dará pontos norteadores capazes de direcionar as empresas para a melhor tomada de decisão. RESUMO DO TÓPICO 1 35 1 Qual função o contador de empresas comerciais vem assumindo? Por quê? 2 Complete a seguinte sentença: As práticas existentes no ato do comércio possibilitam definir a Empresa Comercial como sendo aquela que serve de _______________________ou _____________________ entre o produtor e o consumidor, ou usuário dos bens, para obtenção de resultados positivos. 3 Explique esta afirmação: A parir do momento em que a sociedade é constituída e registrada, assume personalidade jurí dica própria, ou seja, personalidade independente dos sócios. 4 Complete a seguinte sentença: Nas sociedades comerciais, o Livro obrigatório é o _____________. Porém, tão importante quanto ele é o Livro _________________, uma vez que:____ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________. 5 O Código de Ética do Profissional Contabilista – CEPC define como o contabilista deve se portar frente ao mercado de trabalho. Quando o contabilista deseja opinar sobre determinado caso, o que o CEPC enuncia sobre esta situação? Por quê? 6 Cite os principais diferenciais entre uma empresa que seja considerada prestadora de serviços, comércio e indústria. 7 Qual a diferença entre uma Microempresa (ME) e uma Empresa de Pequeno Porte (EPP)? 8 Quais as três principais formas de tributação existentes hoje no mercado? 9 Qual o livro contábil que pode ser considerado como o Razonete da conta contábil? Por quê? 10 Qual a diferença entre SPED Fiscal e SPED Contábil? AUTOATIVIDADE Assista ao vídeo de resolução da questão 10 Assista ao vídeo de resolução da questão 6 36 11 Com base nas informações a seguir, escriture o Livro Diário, em seguida o Livro Razão: A Cia. Camargo Ltda. teve as seguintes operações no mês de setembro: 02-09 – Integralização de capital social no valor de $ 60.000 pelo sócio João Matos em dinheiro, cujo depósito foi feito no Banco do Brasil em conta corrente. 04-09 – Comprou à vista, via banco, através do Cheque 001, um veículo marca/ modelo VW 160, no valor de $ 16.000. O veículo foi adquirido do fornecedor FeedCar Ltda., através da Nota Fiscal
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