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Trabalho - Mídias digitais

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MÍDIAS DIGITAIS
PROFESSOR: MARCELO REMÍGIO
ANNA BEATRIZ ASMAR MAIA
MARIA JULIA MARTINS
ADRIELY SANTA RITA
ANÁLISE CRÍTICA
Umberto Eco – “Informação demais faz mal”
 A princípio, se levarmos em conta toda a bagagem intelectual do escritor, torna-se compreensível todo o apresso e cuidado pelo conhecimento e de fato, e em partes, é possível concordar. O conhecimento tem o poder suficiente para alavancar ou destruir uma sociedade. No entanto, ao observar a temática sob a perspectiva jornalística e sociológica, quando levantamos a hipótese de filtrar os conteúdos online, significa “segregar” informação, o que vai totalmente em direção oposta aos ofícios citados anteriormente, pois o acesso à informação deve ser livre.
 Além disso, devemos levar em conta que existem diversas formas de conhecimento, principalmente no universo “online”. Na internet, cada vez mais é possível encontrar diferentes formas de conteúdo, indo de receitas de bolos à fórmulas de física e conteúdos de entretenimento, anular isso seria ir contra a várias décadas de avanço tecnológico. 
 Em contra partida, é claro que diante de tanto conteúdo, é possível encontrar páginas que prestam um desserviço aos usuários com falsas informações e baixa credibilidade, como acontece no caso das “fake news”. 
 Não é de hoje que mentiras são divulgadas como verdade na internet e o próprio Umberto Eco se antecipou ao comentar sobre o tema, porém, apenas em 2016, durante a eleição nos Estados Unidos na qual Donald Trump tornou-se presidente, o termo passou a ser utilizado pela mídia internacional para se referir às notícias falsas divulgadas, principalmente, em redes sociais. 
 Na época em que Trump foi eleito, empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso e a maioria das notícias divulgadas por esses sites se tratava de conteúdos sensacionalistas, envolvendo, em alguns casos, personalidades importantes, como a adversária de Trump, Hillary Clinton. Além disso, criando um populismo midiático durante todo o processo. Grande parte da população acreditava em coisas errôneas ditas pelo atual presidente, a fim de moldar as pessoas para alcançar os seus objetivos.
 As “fake news” correm na internet por diversos motivos, podendo partir de donos de sites querendo faturar com publicidade digital ao atrair acessos com manchetes sensacionalistas, “bots” – robôs- criados por empresas próprias no ramo para disseminar notícias falsas principalmente em período eleitoral e por fim, a mais comum de todas, compartilhamentos em grande escala nas redes sociais, inclusive no whatsapp, para reforçar um ideal a todo custo, sem qualquer preocupação em checar a fonte da notícia ou informação compartilhada. Principalmente quando esse tipo de informação é passada por algum parente ou amigo de sua confiança. Com isso, fica claro que não só celebridades, políticos e empresas podem sofrer com esta prática, como pessoas comuns também podem ser afetadas. 
 É notório que na visão do autor a internet seja destinada aos “sábios” capazes de distinguir o certo do errado. Na internet é possível aprender de tudo, até mesmo “o que não presta’’ e já que vivemos em uma sociedade livre, qualquer um pode falar o que pensa. Porém, não somos todos “sábios”, a maioria acredita em tudo que vê, e a partir daí formulam sua própria opinião, o que acarreta em uma disseminação de notícias erradas, contribuindo para as “fake news”.
 Umberto Eco ainda diz, durante a entrevista, que a internet é perigosa e propõe uma ferramenta de filtragem. De acordo com ele, a rede está imersa em informações e ideias que precisam ser analisadas de forma consciente, pois de fato, a maioria das pessoas não possui “bom senso” e acabam distribuindo coisas erroneamente. No entanto, não se pode “silenciar” uma pessoa, pois quando isso ocorre, colabora-se para o fim da liberdade de expressão. Porém, quando o limite a liberdade de expressão de um, fere o outro, pode ser considerado como crime. 
 Logo, apesar do filtro ter que estar dentro de cada um, acaba sendo necessária a criação de leis que restrinjam situações assim, devido à ignorância e a falta de discernimento de muitas pessoas. Segundo Eco, a TV seria mais útil do que a internet, exatamente por selecionar o conteúdo e distribuir informações que segundo o veículo, são necessárias para a sociedade. Na internet isso não é possível, notícias são jogadas na rede sem o mínimo de apuração sobre a veracidade e necessidade de discussão.
	Além disso, o que pode ser feito para absorver a maioria das coisas “boas” que a rede proporciona é filtrar aquilo se vê e lê. Nas redes sociais, por possuirmos um perfil privado, existe a possibilidade de podermos escolher qual tipo de conteúdo consumir, seguindo pessoas que gostamos e que nos passem confiança sobre o que está sendo publicado. Como medidas mais extremas, ainda podemos bloquear contas que publicam conteúdos inadequados e marcar como “spam” todo post suspeito que encontrarmos na internet.
 No que tange aos livros de papel e leitores digitais, Eco se passa por um defensor “ferrenho” da primeira opção para estudo, pois para ele é necessário fazer anotações, riscar e marcas as páginas. Atualmente existem leitores digitais “e-book” que já possuem essas funções, como o “kindle”. Tais leitores possuem tecnologia projetada para não forçar a visão e ainda possui o benefício da memória de armazenagem, conseguindo manter centenas de livros em um único aparelho. Ou seja, contrariando a ideia de ECO, hoje em dia conseguimos fazer estudos em aparelhos eletrônicos. 
 Na rede ainda precisamos estar alertas a todo o momento, pois somos vulneráveis a tudo quando estamos on-line e tudo o que “postamos” pode ser compartilhado inúmeras vezes. Como o próprio autor disse, os livros são a porta para o aprendizado, porém não são a única porta. Não podemos anular a internet, uma vez que a mesma vem nos possibilitando diversos conhecimentos e benefício. Ela é capaz de encurtar distâncias entre pessoas e nações e interligar toda a esfera global com apenas “cliques”.

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