Buscar

Resumo - Instituições de Direito Público e Privado (Aulas 01 e 02)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo Esquematizado - Aluno: Rosberg Rocha
1º período – Administração – UFRRJ (CEDERJ) – Itaperuna - 2019
Resumo Esquematizado – Instituições de Direito Público e Privado
Aula 01
Direito 
	Direito como Justiça 
	Direito como Ordenamento Jurídico
	
É quando utilizamos o termo para afirmar que, por exemplo, a Organização das Nações Unidas (ONU) defende a prevalência do Direito no âmbito internacional. Nesses casos, estamos usando a palavra no sentido de justiça, externando assim a importância dos deveres de cada um para com a coletividade. Aqui entra a ideia de liberdade, igualdade, fraternidade, dignidade, equidade; honestidade, moralidade, segurança, etc. Tudo aquilo que se encaixa no chamado Direito Natural desde antiguidade.
	
É um sistema de normas ou regras (LEIS) jurídicas que traga aos homens determinadas formas de comportamento, vigentes em um dado momento histórico.
Os Direitos Constitucional, Administrativo, Tributário, Civil e do Trabalho nada mais são do que aspectos do ordenamento jurídico brasileiro, do Direito brasileiro. Aqui entra a ideia de Direito Positivo (no sentido que só vale o que está escrito (LEIS). Ex: A nossa querida Constituição Federal de 1988.
Qual a diferença entre Jurisconsulto e Jurista?
O que é Jurista: Pessoa com vasto conhecimento na área do direito jurídico. É um cientista do Direito. Geralmente contesta historicamente o estudo do Direito. É um ser pensante. Não muito focado na interpretação das leis, mas sim na capacidade reflexiva. São verdadeiros críticos do Direito que é posto como regra inquestionável. 
O que é Jurisconsulto: Pessoa que conhece as leis e cuja profissão é dar pareceres sobre questões de Direito (interpretar a lei). Hoje em dia é também conhecido como “Operadores do Direito”.
O Direito Natural e o Direito Positivo
O conceito de direito natural se caracteriza como uma percepção intangível do direito, sob a qual se estruturam várias normas, crenças/religiões, princípios e costumes de uma sociedade com base na ideia da universalidade da justiça.
Segundo a ideia universal de justiça (universalidade da justiça), o indivíduo possui desde o seu nascimento vários direitos intrínsecos (não precisa de LEI escrita), como o direito à vida por exemplo. Também é conhecido como jusnaturalismo.
Mas aí você pergunta: O Artº 5 da Constituição cita que: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...” (Todos também são direitos naturais)
Se está escrito, logo, não é um direito natural, correto? NÃO! 
Como foi o dito: o direito à vida, por exemplo, está intrínseco. Quando uma pessoa nasce, ela já ganha o direito de viver. O Legislador, ao fazer a Constituição da República, acrescentou esses direitos naturais, pois, com a chegada do pensamento positivista, tudo passou a ser escrito baseado nos fatos e na realidade concreta do homem. Surge daí o termo Direito Positivo, no sentido de que só vale o direito que está escrito, que foi “positivado” pelo Estado, através de seu órgão competente: o Poder Legislativo (Ex: O Congresso Nacional). 
OBS: o Direito Natural é anterior ao Direito Positivo.
As principais diferenças entre Direito Positivo e Direito Natural:
Uma das críticas do direito positivo é que a lei tem que existir, desta forma causando problemas no momento de sua aplicação onde não há leis específicas para determinados assuntos, haja vista que o direito é dito como algo muito dinâmico (EX: a mudança que ocorre na sociedade constantemente), mesmo com a tentativa de criar uma ciência através do direito como algo concreto, não há resultados lógicos como na matemática e física, ficando limitado o direito positivo as leis já existentes. 
	Com a finalidade de resolver tais problemas temos uma dinâmica entre o juspositivismo e o jusnaturalismo pautado nos direitos fundamentais. O Direito Natural não foi abolido, mas incluindo dentro do Direito Positivo para se valer de algumas interpretações onde a lei não alcança.
	Em relação ao Direito:
	Fontes Escritas (direito positivo) são as chamadas genericamente de lei:
· Constituição
· Emenda Constitucional
· Lei Complementar
· Lei Ordinária, Medida Provisória, entre outras
	Não Escritas (direito natural) são:
· A jurisprudência (Direito Natural e Positivo)
· Os costumes (direito natural)
· Os princípios (direito natural).
Direito Objetivo e Direito Subjetivo
O Direito Objetivo é o conjunto de leis dirigidas a todos norma agendi (norma de ação), ao passo que o Direito Subjetivo (facultas agendi, faculdade de ação) é a faculdade que tem cada um de invocar essas leis a seu favor sempre que houver violação de um direito por elas resguardado.
Vamos a um exemplo de Direito Objetivo e Subjetivo:
O Direito Objetivo se refere ao que é determinado por lei, a algo que se deve fazer para se estar de acordo com a lei. Se você ou qualquer pessoa (todos) desrespeitar a lei, ela será dirigida a quem desobedecer. Ex: Matar Alguém – Artº 121 do Código Penal. 
Direito Subjetivo se refere ao que se pode fazer, ao que é permitido, concedido pela lei. Ex: se uma pessoa te deve um valor em dinheiro, a lei te concede o direito de cobrar a dívida por meio de um processo judicial de execução. Você pode fazer isso para garantir os seus direitos.
Direito Público e Direito Privado
		A esquematização didática do Direito, assim como tudo o mais nesta ciência, não é unânime entre os autores. De todo modo, numa abordagem pragmática, podemos propor as seguintes especializações:
Creio que não é necessário memorizar o diagrama acima. Vamos focar na compreensão!
· O Direito Internacional Público refere-se às relações travadas entre países (Estados). Organismos internacionais como a já citada ONU baseiam-se no ordenamento jurídico público, já que medeiam conflitos entre países (Estados). 
· O Direito Internacional Privado diz respeito aos interesses dos particulares submetidos ao ordenamento jurídico de mais de um país. É o caso das famosas empresas multinacionais (ou transnacionais, aquelas que mantêm sua sede em um país e operam em outros).
· No âmbito interno (ou nacional), ambos os ramos do Direito, o Público e o Privado, referem-se às relações internas de um país, sejam elas travadas entre cidadãos ou entre os cidadãos e o Estado.
DEZ RAMOS DO DIREITO E SEUS OBJETOS DE ESTUDO
	Direito Internacional Público – ocupa-se dos interesses de Estados independentes (ou soberanos), como o Brasil, a Argentina, os Estados Unidos da América, dentre outros. Um exemplo de sua aplicação é a celebração de tratados entre nações.
	Direito Constitucional – estuda a Constituição, a principal lei de um país, onde estão definidos a organização do Estado e os direitos, as garantias e os deveres individuais e coletivos. Tomemos, por exemplo, a Constituição Federal (Lei Máxima).
	Direito Administrativo – trata das normas que regulam a Administração Pública, uma estrutura de que se vale o governante para poder realizar os fins do Estado. Um exemplo de ato jurídico ligado a esse ramo do Direito é a nomeação de um servidor público.
	Direito Tributário – estuda as normas que regulam a arrecadação dos tributos, especialmente os impostos, indispensáveis para que o governo tenha recursos para realizar seus objetivos. Exemplo: a isenção ou a redução de impostos para empresas que investem em projetos beneficentes é um exemplo de sua aplicação.
	Direito Penal – trata das condutas prejudiciais à sociedade, denominadas crimes ou contravenções, previstas no Código Penal ou em outras leis, como a Lei das Contravenções Penais. Exemplo: Um homicídio, é objeto do Direito Penal
	Direito Processual – compreende as regras para a submissão ao Poder Judiciário dos conflitos que venham a se estabelecer no seio da sociedade. Possibilita a formação e o desenrolar do processo judicial. Por exemplo: um processo não pode ser iniciado pelo juiz sem que o interessado lhe dirija umapetição. Você tem que ir lá e “provocar” o Judiciário para solucionar o seu problema.
	Direito Internacional Privado – compreende as regras que regulam os problemas ocasionados pelo conflito de leis de mais de um país onde as pessoas concentrem seus interesses. Perceba que, uma vez em solo estrangeiro, certos direitos seus ficam submetidos às regras daquele país. A lei a ser aplicada irá depender da situação. 
	Direito Civil – parte do Código Civil onde estão reunidas as principais regras que regulam os interesses dos particulares, tais como as que dizem respeito à família, à propriedade, aos contratos e aos bens em geral. Exemplo: uma mulher deseja o divórcio, se um proprietário de imóvel quer despejar o inquilino, se alguém deixa de pagar uma dívida, todas essas situações são objeto do Direito Civil.
	Direito Comercial – é o conjunto de regras que regulam a atividade comercial. Tem como base o Código Comercial, o Código Civil e leis esparsas. Exemplo: uma empresa de grande porte é sociedade anônima fechada, mas decide tornar-se aberta para novos acionistas.
	Direito do Trabalho – trata das regras que dizem respeito à relação entre patrão e empregado (relação de emprego), bem como das ações oriundas da relação de trabalho (relações entre trabalhadores sem vínculo de emprego), quais sejam as decorrentes de trabalho autônomo; temporário; eventual e avulso, conforme alteração introduzida pela Emenda à Constituição nº 45, de 30 de dezembro de 2004. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê a maioria dos dispositivos relacionados a este ramo especializado do Direito, que terá o seu estudo aprofundado na disciplina Legislação Social.
Aula 02
O Ordenamento Jurídico
Lembre-se de que Norma Jurídica é o mesmo que regra jurídica e que, sendo assim, o objetivo delas é regular a conduta dos indivíduos dentro de uma sociedade. Já Ordenamento Jurídico são conjuntos de normas (não existem isoladamente) e guardam as relações particulares entre si. 
Sobre Norma Jurídica: há uma relação de autoridade institucionalizada em seu grau máximo, protagonizada pelo Estado. Essa relação de autoridade manifesta-se, no relato: é permitido, é proibido ou é obrigatório. Tem caráter impositivo, ou seja, possui caráter de obrigatoriedade do cumprimento da regra, esta se dá através da punição, logo, quando há o descumprimento de alguma norma, automaticamente, há um determinado tipo de punição para o ato. Ou seja, levam consequência jurídica.
Vamos iluminar este conceito:
Podemos, sinteticamente, dizer que os fatos jurídicos são fenômenos que ocorrem sem a manifestação da vontade humana e que levam a consequências jurídicas previstas nas normas jurídicas (por exemplo, a queda de um raio que cause um dano à rede elétrica e a consumidores de eletricidade). Já os atos jurídicos são acontecimentos provocados pela vontade humana e que, se ocorrerem, devem levar a consequências jurídicas (por exemplo, a celebração de um contrato válido tem por consequência que suas cláusulas devem ser cumpridas pelas partes).
Sobre Ordenamento Jurídico: Podemos adotar as palavras de Barzotto, que em estudos feitos sobre a obra de Kelsen, concluiu que “O direito não é, contudo, uma norma, mas um sistema de normas (conjunto de normas). O caráter jurídico de uma norma dá-se por sua pertinência a um sistema de normas jurídicas conhecido como ‘ordenamento jurídico’. 
É importante perceber então que o ordenamento jurídico é algo harmônico. Por mais que se sustente sobre diversos tipos de documentos (normas) (leis, decretos, medidas provisórias etc.), esses se articulam de modo que um não invalide o que determina outro.
Avançando nos estudos lançados por Hans Kelsen, que deflagrou o estudo do Direito a partir não apenas da norma jurídica vista isoladamente, mas sim a partir do conjunto ou sistema de normas formado pela pirâmide colocada sob uma norma fundamental que lhe inspire validade. 
As normas de um ordenamento não estão todas em um mesmo
plano/hierarquia. Há normas superiores e inferiores, sendo que as normas
inferiores devem observância às superiores.
Visualizando a conexão entre os dois extremos, teríamos, portanto, a seguinte relação de hierarquia:
OBS: repare que todas as outras leis, decretos e resoluções precisam respeitar a Lei Máxima (Constituição da República Federativa – CF/88) na pirâmide.
 	Quais são os dois princípios indispensáveis para que haja um ordenamento jurídico e, por via de consequência, uma ordem jurídica – em lugar de uma desordem jurídica???
	Princípio do Entrelaçamento - segundo o qual as diversas fontes do Direito encontram-se interligadas, entrelaçadas, de modo a possibilitar um todo harmonioso. Isso equivale a dizer que uma lei federal relaciona-se a outra estadual, somando-se o que cada uma determina, e não se anulando uma à outra;
	Princípio da Fundamentação ou da derivação - segundo o qual as normas jurídicas se fundam, isto é, se originam e derivam de outras normas. É graças a este princípio que percebemos a existência de uma hierarquia de normas. Por exemplo: qualquer lei municipal precisa encontrar respaldo na constituição (Lembra da pirâmide de Hans Kelsen).
Fontes do Direito
Segundo o Dicionário Larousse da Língua Portuguesa, o vocábulo fonte significa ”lugar em que continuamente nasce água”; “princípio, origem, causa”. Nesse contexto, as fontes do Direito são as formas pelas quais a disciplina jurídica é levada ao conhecimento dos seus destinatários.
O Direito se manifesta através da lei, sua fonte principal, primária e imediata,
e também por meio da doutrina, analogia, jurisprudência, princípios gerais do Direito e costumes, sua fonte secundária ou mediata.
LEI: FONTE IMEDIATA, PRIMÁRIA E DIRETA
	Em decorrência do princípio da legalidade, a lei é a mais importante de todas as fontes do Direito, apresentando-se como o único instrumento hábil a criar obrigações e deveres e para os que com ela se relacionem juridicamente. 
	
	No âmbito da expressão “lei” devem ser incluídas as normas constitucionais e os atos normativos primários previstos no artigo 59 da Constituição Federal:
· Emendas Constitucionais - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pode ser apresentada pelo presidente da República, por um terço dos deputados federais ou dos senadores ou por mais da metade das assembleias legislativas, desde que cada uma delas se manifeste pela maioria relativa de seus componentes. Não podem ser apresentadas PECs para suprimir as chamadas cláusulas pétreas da Constituição (forma federativa de Estado; voto direto, secreto, universal e periódico; separação dos poderes e direitos e garantias individuais). A PEC é discutida e votada em dois turnos, em cada Casa do Congresso, e será aprovada se obtiver, na Câmara e no Senado, três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49). O texto da Emenda à Constituição se integra ao da própria Constituição, dele passando a fazer parte.
· Leis Complementares - A lei complementar é uma lei criada para dar mais informações sobre o modo funcionamento de direitos ou obrigações (normas) que são definidos na Constituição Federal (complementa). Pode ser proposta pelo presidente da República, por deputados, senadores, comissões da Câmara, do Senado e do Congresso, bem como pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais superiores, procurador-geral da República e por cidadãos comuns. A lei complementar fixa normas para a cooperação entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, conforme a Constituição. O quórum para aprovação de projeto de lei complementar é maioria absoluta das duas Casas do Congresso (41 senadores e 257 deputados). A votação no Senado é feita em turno único, mas na Câmara realiza-se em dois turnos. Por exemplo, o art. 93 da Constituição Federal, caput, aduz que “Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:…”.
· Leis Ordinárias - cobrem residualmente toda matéria que não for expressamente delegada à lei complementar. Ou seja,outros temas. O projeto de lei ordinária é aprovado por maioria simples. Pode ser proposto pelo presidente da República, deputados, senadores, Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais superiores e procurador-geral da República. Os cidadãos também podem propor tal projeto, desde que seja subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado do país, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. Um bom exemplo de lei ordinária é a lei n º 8.069, de 13 de julho de 1990, a qual trata do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
· Medidas Provisórias - Norma legislativa adotada pelo presidente da República que, pela sua definição, deve ser editada somente em casos de relevância e urgência. A MP começa a vigorar imediatamente após sua edição, mas, para virar lei, precisa ser aprovada pelo Congresso. Vigora por 60 dias, que podem ser prorrogados por igual período, caso não seja votada nesse tempo. Se não for aprovada pela Câmara e o Senado até o prazo final perde a validade desde sua edição, ficando o Executivo impedido de reeditá-la na mesma sessão legislativa.
· Leis Delegadas - Feita pelo presidente da República, que solicita concessão especial ao Congresso, ou seja, uma delegação do Legislativo para poder elaborar a lei. Não podem ser objetos de lei delegada atos de competência exclusiva do Congresso, da Câmara e do Senado, nem temas relacionados com a organização do Judiciário e do Ministério Público. Outros assuntos que ficam fora da lei delegada: nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos, eleitorais, planos plurianuais e orçamentos.
· Decretos Legislativos - Regula matérias de competência exclusiva do Congresso, tais como: ratificar atos internacionais, sustar atos normativos do presidente da República, julgar anualmente as contas prestadas pelo chefe do governo, autorizar o presidente da República e o vice-presidente a se ausentarem do país por mais de 15 dias, apreciar a concessão de emissoras de rádio e televisão, autorizar em terras indígenas a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de recursos minerais.
· Resoluções - É uma espécie normativa emanada do Poder Legislativo que regula as matérias de competência privativa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. 
As características que mais nos interessam desta espécie são suas
finalidades:
 Na regulamentação de competências privativas da Câmara dos
Deputados (art. 51) e do Senado Federal (art. 52);
 Para possibilitar que o Presidente da República edite leis delegadas
(art. 68, §2º);
 Como instrumento para que o Senado Federal fixe (art. 155):
(i) as alíquotas máximas do ITCMD de competência dos Estados e do DF;
(ii) facultativamente estabeleça as alíquotas mínimas e máximas
internas, e, obrigatoriamente, as alíquotas mínimas e máximas
externas do ICMS;
(iii) as alíquotas mínimas do IPVA.
DECRETOS, REGULAMENTOS e PORTARIAS – são todos atos administrativos, isto é, documentos expedidos pelos diversos órgãos da Administração Pública, através de seus titulares. 
· Decretos são atos administrativos da alçada dos chefes de Poder Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos). 
· Regulamentos são regras disciplinadoras de assuntos previstos em lei. Assim como a lei complementar explica melhor a Constituição, o regulamento explica melhor a lei. 
· Portarias são destinadas ao exercício da competência de altas autoridades da Administração Pública, tais como Ministros, Reitores, Diretores de Institutos, etc.
OBS: É da competência do Poder Legislativo a elaboração de emendas à constituição, leis complementares, leis ordinárias, decretos legislativos etc.
 As leis passam por um processo de elaboração a que denominamos processo legislativo. Este processo legislativo, sendo da lei ordinária, compreende as seguintes fases: 
• Iniciativa – – É o poder de dar a partida no processo legislativo. O das leis, complementares ou ordinárias, está previsto na Constituição Federal, art. 61. Ex: Iniciativa Popular é um instrumento da democracia direta ou democracia semidireta que torna possível, à população, apresentar projetos de lei.
• Aprovação – Consiste em três etapas: Instrução; Discussão; e Votação.
• Sanção - – É o consentimento do chefe do Executivo à lei (Constituição Federal, art. 66), devendo dar-se no prazo de 15 dias úteis, após o seu recebimento, em caso de sanção expressa. Decorrido este prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Presidente da República importará em sanção tácita, passando a lei à fase seguinte: a promulgação. 
 • Veto - É a negativa de sanção, podendo referir-se a todo o texto do projeto de lei (veto total) ou a parte dele (veto parcial).
• Promulgação - É o ato pelo qual se atesta a existência da lei. Consiste na atribuição de um número à nova lei, que passa então a fazer parte do conjunto das leis brasileiras. É feita pelo Chefe do Executivo.
• Publicação – É o ato pelo qual se divulga a lei. É feita no órgão oficial (normalmente o Diário Oficial), onde houver, ou em órgão da imprensa local, bem como por afixação em local público habitual, onde não houver, como ocorre em pequenos Municípios. 
· Denomina-se vacatio legis (vácuo legal) a esse período em que a lei, embora publicada não tem ainda eficácia. Na prática, o objetivo da vacatio legis é permitir a adaptação da sociedade aos termos da nova lei.
• Vigência - O momento em que a lei entra em vigor é denominado vigência, que pode ser: expressa (quando vier declarada no texto da lei); ou tácita (quando a lei silencie sobre o início da vigência). No caso de vigência tácita, ela passará a vigorar nos seguintes prazos: ▪ 45 dias, após a publicação, no território nacional; e ▪ 3 meses, no estrangeiro.
Os Três Poderes
O Poder Legislativo - elabora a lei (Função Legislativa)
O Poder Executivo - executa, isto é, exige o cumprimento da lei (Função Administrativa)
O Poder Judiciário - decide as situações de violação da lei, de acordo com as disposições contidas nela (Função Jurisdicional)
Vamos lá! Caso a fonte principal (a Lei) seja imprecisa ou omissa, deve-se recorrer às fontes mediatas, secundárias e indiretas. Sabendo da possibilidade da existência de lacunas ou omissões legais que existe a previsão de o juiz decidir com base na jurisprudência, doutrina, analogia, nos costumes ou nos princípios gerais do Direito. APENAS SÃO APLICADOS CASO NÃO HAJA PREVISÃO EM LEI. 
	Analogia - Consiste em aplicar a uma situação não prevista utilizando outra lei em casos idênticos e semelhantes. Por exemplo: o ordenamento jurídico não estabelece regra específica para os acidentes em bondes elétricos. No entanto, a Lei nº 2.681, de 7 de dezembro de 1912, regula a responsabilidade civil das estradas de ferro em acidentes nela ocorridos. Assim, em casos de acidentes em bondes elétricos, numerosas decisões têm sido proferidas baseadas, por analogia, na Lei 2.681, de 1912.
	Costumes - Tem-se por costume o hábito social constatado em uma sociedade (fonte não escrita). Mas muita atenção: não confunda hábito, que é o comportamento individual, com uso, que é coletivo. A existência de costume pressupõe, portanto, uma evolução que se iniciou com o hábito, transformou-se em uso e, com a aceitação convicta da coletividade – ou com a incorporação do elemento psicológico –, transformou-se em costume. EX: Podemos citar uma decisão da 1ª Turma Julgadora do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), no RO-0000094-38.2013.5.18.0010, onde ficou estabelecido que “embora a terça-feira de carnaval não conste no rol de feriados nacionais insertos nas Leis n. 9.093/95 e 10.607/02, e não haja lei municipal em Goiânia/GO instituindo tal feriado, é fato público e notório que a folga nesse dia é prática observada em todo país, sendo aceito como feriado em face do costume, que é também fonte do Direito”. 
	Princípios gerais do Direito - Os princípios são postulados fundamentais universalmente (genérica) reconhecidos no mundo jurídico, sejam eles expressos ou implícitos. Também são considerados fonte de Direito,já que servem de fundamento e base para a criação da própria legislação. Sendo estes constituídos de regras que se encontram na consciência dos povos e podem ser universalmente aceitas, mesmo não escritas. Ex:
· A boa-fé se deve presumir e a má-fé deve ser provada; 
· As obrigações contraídas devem ser cumpridas; 
· A interpretação a ser seguida é aquela que se revelar menos onerosa para o devedor; 
· A pessoa deve responder pelos próprios atos e não pelos atos alheios
· Nas relações sociais se deve tutelar a boa-fé e reprimir a má-fé; etc.
Exemplo de princípios gerais do Direito expressos na Constituição Federal - “Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações” (Art. 5º, I, da Constituição da República Federativa do Brasil).
	Doutrina - representa o estudo científico e sistematizado dos juristas e professores em geral sobre a aplicabilidade e interpretação das normas administrativas. Tem a função de esclarecer e explicar o correto conteúdo das leis, bem como influenciar a criação de novas legislações através de opiniões manifestadas em livros especializados, artigos, pareceres, etc.
	Jurisprudência - pode ser definida como o conjunto reiterado de decisões dos Tribunais, acerca de determinado assunto, no mesmo sentido. Dessa forma, a jurisprudência é uma orientação que deve ser usada em outros casos parecidos e que serve para uniformizar as decisões judiciais, dando um padrão às decisões. OBS: A jurisprudência não possui efeito vinculante, isto é, não obriga os órgãos judiciários de instância inferior a decidirem de forma idêntica. Serve apenas como auxílio para uniformizar (padronizar) as decisões judiciais no mesmo sentido.
Entretanto, com a promulgação da Emenda Constitucional 45/04 o Supremo Tribunal Federal recebeu a competência para editar súmula vinculante (CF/1988, art. 103-A), que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante (de observância obrigatória). A súmula vinculante apresenta-se como fonte primária (direta ou principal), já que produz efeitos semelhantes ao da lei. Ex de súmula vinculante: SV12 – “a cobrança de taxa de matrícula por universidade pública é inconstitucional.” 
A HIERARQUIA DAS LEIS
A hierarquia entre as leis se dá da forma como apresentamos a seguir: 
1. As normas da Constituição prevalecem sobre todas as outras; 
2. As da Emenda à Constituição sobre as que se lhe seguem; 
3. Não há hierarquia entre as demais espécies normativas constitucionais, de modo que, havendo conflito entre alguma delas, como no caso da lei ordinária e da medida provisória prevalecerá a mais atual. Se a força hierárquica for diferente, prevalecerá a de maior força hierárquica. 
4. Todas as espécies normativas constitucionais prevalecem sobre as leis em sentido amplo: os decretos, os regulamentos, os regimentos, etc. 
5. Finalmente, entre os decretos, os regulamentos e as portarias, bem como outros atos normativos de caráter administrativo, prevalece a hierarquia da autoridade que as editou, de modo que o decreto, que é expedido pelo chefe do Executivo (presidente da república), prevalece sobre a portaria de um ministro, e assim por diante.
LEI ORGÂNICA - É a lei que rege a atuação de um órgão público ou que serve de fundamento e organiza uma instituição jurídica. Os municípios, por exemplo, são organizados por leis orgânicas. Neste caso, têm a função de constituições municipais; os magistrados também têm sua lei orgânica, assim como os promotores de Justiça e outras carreiras públicas.
Resumo do Resumo:
Toda organização social se sustenta sobre as bases do ordenamento jurídico. O conjunto de normas ou regras jurídicas que compõem os ordenamentos é normalmente condensado na forma das constituições. Estas expressam os usos, os costumes, que, alimentados pela convicção, transformam-se em leis. 
A Constituição é a mais alta fonte jurídica na linha hierárquica das leis. Abaixo dela, no caso brasileiro, encontram-se as leis complementares, ordinárias etc. Nenhuma determinação judicial ou proposta de lei pode ir de encontro ao que diz a Constituição. Isso nos remete ao princípio da fundamentação (ou derivação), segundo o qual todas as normas originam-se de uma fonte comum. 
Ainda por esse caminho, vimos que todas as leis encontram-se agindo umas sobre as outras, de modo a formar um todo harmonioso. É daí que se depreende o princípio do entrelaçamento. 
Além da lei escrita, que constitui a fonte primária do Direito, existem ainda fontes secundárias e supletivas. Os costumes, a analogia, os chamados princípios gerais do Direito, até mesmo o conjunto de sentenças emitido por juízes servem como fontes para a solução de impasses jurídicos e dão o caráter subjetivo que acompanha o ordenamento jurídico de qualquer sociedade. 
O ordenamento jurídico, por sua vez, tem como objetivo a instauração da ordem jurídica, em oposição à desordem jurídica.

Outros materiais