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Pneumonia: Definição, Epidemiologia e Diagnóstico

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P á g i n a | 1 
 
Pneumonia 
Definição 
A pneumonia é definida como uma doença inflamatória aguda que acomete as vias aéreas terminais 
e o parênquima pulmonar. A pneumonia adquirida da comunidade (PAC) é a que acomete o indivíduo 
fora do ambiente hospitalar ou se manifesta em até 48 horas da admissão. 
• Tem causa infecciosa geralmente. 
• ***INFLAMATÓRIA – não é sinônimo de infecção e sim de inflamação. 
• Microorganismo causando inflamação aguda na via aérea pulmonar. 
• Não necessariamente pneumonia é causada por infecção, mas muitas vezes é. 
Epidemiologia 
 
Ocupa um percentual significativo nas 
causas de morte do mundo. Ocupa a 
4ª colocação bem à frente do 5° 
colocado. 
Se constarmos as infecções como um 
todo, a infecção do trato respiratório 
inferior é a que mais mata. 
 
 
 
 
 
 
Acomete mais comumente a população 
idosa, aumentando significantemente as 
internações. 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
 
Isabela Terra Raupp 
Sintomas compatíveis + opacidade radiológica 
P á g i n a | 2 
 
 
o Sintomas com processo inflamatório e infeccioso 
o Opacidade radiológica nova – no raio x de tórax ou na TC. 
• Se não houver opacidade, não podemos chamar essa infecção de pneumonia, porque muitos 
pacientes são erroneamente diagnosticados e tratados com PAC e na verdade são 
traquobronquite aguda que é infecção da via aérea proximal e não da via aérea terminal. 
• Raio X: até 20% pode não ter opacidade porque na posição não aparece, ou é retrocardíaca 
e só aparece no perfil. 
 
Sinais e sintomas 
• Típica vs atípica – classicamente é dividido assim, mas é inadequado porque tanto os germes 
típicos e atípicos podem dar sintomatologia superponível, é difícil de diferenciar. 
• Não é infrequente que o paciente diga que está com diarreia e outros sintomas 
gastrointestinas na verdade, são relativamente comuns. 
• trunfo: presença de estertores localizados em porção lateral do hemitórax direito, com tosse 
e catarro, logo pensar em pneumonia. Se no raio x está normal, fazer TC para confirmar que 
não é. 
Radiologia 
 
• Consolidação no raio x 
• Na pneumonia lobar, acomete um lobo no pulmão, porque acaba atingindo a totalidade dos 
alvéolos do paciente com exsudato inflamatório. 
P á g i n a | 3 
 
• A broncopneumonia se manifesta com opacidades pontuais esparsas e mal definidas, se 
apresentando como vidro fosco ou consolidação, porque a infecção acomete mais a via aérea 
distal e não em totalidade do saco alveolar, mas alguns segmentos. 
• Faz parte da fisiopatologia causar infecção na aérea terminal e parênquima pulmonar. 
 
Grande consolidação no pulmão direito no lobo superior. Tem uns broncogramas aéreos que 
favorecem ainda mais o diagnóstico de consolidação. Perfil pouco chama a atenção. As vertebras 
ficam mais claras no perfil. 
Vidro fosco – eventualmente nem todos os germes se apresentam como consolidação, o influenza e 
coronavirus tem padrão de vidro fosco que parece asa de borboleta. Em paciente com HIV pensar 
em diagnóstico diferencial de pneumocistose. 
O mesmo paciente pode apresentar duas imagens diferentes no mesmo paciente – vidro fosco a 
esquerda e consolidação a direita. 
Broncopneumonia – várias opacidades, parece vidro fosco, com borro da silhueta do coração, parece 
um borrado pontual. 
 
Mais fácil de diagnosticar pela TC. Aparecem broncograma aéreo no TC, brônquio repleto de ar com 
parênquima circunjacente tomado por infiltrado inflamatório. 
Pode se apresentar como uma mistura de consolidação com vidro fosco. 
Complicação da pneumonia - pneumonia necrotizante com necrose do parênquima pulmonar 
levando a pneumonia do lobo pesado, que empurra a cissura, abaulando-a. Tem broncogramas e 
bolas pretas que não é broncograma aéreo, é necrose do parênquima pulmonar. 
Cuidar do sinal da borboleta: olhar dos dois lados – pontada dupla. 
P á g i n a | 4 
 
Agentes etiológicos 
A depender da gravidade da apresentação clínica tem germes causadores diferentes conforme a 
gravidade. 
Independente da gravidade o pneumococo é o germe que mais causa PAC. 
Em pacientes em uti, graves, os bacilos gram negativos são importantes como agentes causais – S. 
colli, Pseudomonas, Clebisiela. Hemofilos, Legionella e S. aureus e muito raramente Micoplasma 
pneumoniae. Exceção é em pandemia, porque os vírus passam a ter papel mais relevante. 
 
 
A grande questão é que o principal causador de pneumonia comunitária a gente não conhece, não 
temos certeza do que é. 
Em quem devemos buscar o agente etiológico? 
 
P á g i n a | 5 
 
Classificação da gravidade 
Logo após o diagnóstico, temos que classificar para saber qual o tratamento e onde vai tratar. 
1) Excluir que tenha PAC grave da comunidade 
 
Choque séptico ou necessidade de 
ventilação mecânica – ambiente 
nosocomial. 
2 critérios menores - também tem PAC 
grave da comunidade, indicando 
necessidade de cuidados na UTI. 
 
 
2) Não tendo PAC grave da comunidade o próximo passo é estratificar a gravidade do paciente que 
não vai pra UTI. É avaliado pelo CURB-65: 
 
• Avalia risco de o paciente morrer. 
• Ureia > 50mg/dL 
• 0 – 1: Tratado em casa desde que tenha condições de ser tratado em casa – suporte familiar, 
vomitando, pode ficar internado. 
P á g i n a | 6 
 
• 2 – Inicia tratamento dentro do hospital em observação até melhora e pode terminar o 
tratamento em casa conforme evolui. 
• >3 pontos alto– provavelmente vai para UTI. (critérios superponíveis para critérios de PAC 
grave). 
Outra classificação de risco possível é o PSI: 
 
• Se apresentar 1 desses critérios 
já não pode ser classificado com 
pneumonia leve. 
• Se não tem nenhum desses 
critérios é PAC leve e pode ser tratado em 
casa. 
• Desvantagem é que não avalia 
necessidade de UTI como o CURB-65. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Investigação etiológica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Leve – não indica a pesquisa de agente etiológico. 
• Moderada que vão para enfermaria – antígenos urinários, painel viral, cultura sanguínea, 
gram e cultura de secreções. 
• Graves – uti - mesma coisas que pacientes da enfermaria, mas pode fazer PCR, 
broncoscopia, cultura fúngica. 
P á g i n a | 7 
 
 
 
4) Estratificação do nível de tratamento: 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
Considerar: 
• Idade > 65 anos. 
• Antibioticoterapia nos últimos 3-6 meses. 
• Contato com criança internada. 
• História de alergias. 
• Comorbidades 
o DPOC 
o Hepatopatia 
o Nefropatia 
o DM 
o IC 
o Câncer 
o Etilismo 
o Imunossupressão
 
 
 
 
 
 
 
 
Amoxi + azi, amoxiclav+ claritromicina 
P á g i n a | 8 
 
Tratamento ambulatorial (PAC leve): 
o Amoxicilina 
o Amoixi + clav 7 dias 
o Azitromicina 500mg 1x ao dia por 3-5 dias. 
o Claritromicina 7 dias 
• Com fator de risco, especialmente uso recente de ATB, sugere-se associar beta lactâmico 
com macrolideo – amoxi + clav. 
• Alergia a beta lactâmico e macrolideo, sugere-se usar moxifloxacino. 
Avaliação do tempo de início do tratamento: 
Tempo para início de antibiótico – gráfico 
mostra que quanto mais tempo um 
paciente com pneumonia em pacientes 
não leves (que precisam ficar internados) 
quanto mais demora para paciente receber 
a primeira dose, maior a chance do 
paciente morrer de pneumonia. 
 
 
 
Uso de corticoide sistêmico: 
• Existe logica pela fisiopatologia, em pacientes que vão ficar internados no hospital, a 
inflamação é muito intensa, talvez o corticoide ajudasse. Mas em uma meta-análise, com 
relação a mortalidade, os pacientes que usam corticoide morrem menos que os que não 
usam, mas o intervalo de confiança passou um pouco da metade, então não é certo. 
• EM TODO PACIENTE COM PAC QUE INTERNA NO HOSPITAL EU POSSO USAR 
CORTICOIDE SISTÊMICOS. 
 
Tempo para resolução dos sintomas 
 
• Febre é a primeira coisa que resolve, em 3 dias. 
P á g i n a | 9 
 
• Mialgia vem na sequência pelo5 dia. 
• A tosse e a fadiga levam 2 semanas para melhorar. 
• Só no 21 dia ele fica sem sintomas. 
 
Falha terapêutica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
incorreto 
Doenças não-infecciosas, 
TEP, ICC, neoplasia, 
doenças inflamatórias 
(Pneumonite de 
hipersensibilidade, 
pneumonias eosinofilicas, 
pneumonia organizante, 
sarcoidose, granulomatose 
de Wegener, pneumonite 
intersticial aguda, 
colagenoses), hemorragia 
alveolar e reação a drogas. 
Diagnóstico 
correto 
Relacionado ao 
patógeno 
Resistência 
bacteriana, patógenos 
incomuns: YB, vírus, 
leptospirose, Coxiella 
sp., Nocardia sp., 
fungos 
(paracoccidiodomicos
e, histoplasmose), 
pneumocistose. 
Relacionado a droga 
Posologia, nível 
sérico ou via 
inadequada, falta 
de correção para 
DCE, reação 
adversa, 
patógenos não 
cobertos, como 
pneumococo 
resistente à 
penicilina, S. 
aureus, P. 
aeruginosa, 
anaeróbios. 
Relacionado ao 
hospedeiro 
Fator local: neoplasia, 
obstrução brônquica, 
corpo estranho. 
Complicações: 
Pulmonares 
(empiema, abcesso), 
extrapulmonares 
(metástase, 
endocardite, 
pericardite, artrite, 
meningite). 
Superinfecção: 
pneumonia hospitalar, 
bacteremia de cateter, 
infecção urinária 
nosocomial. 
Resposta inadequada: 
resposta inflamatória 
disseminada. 
P á g i n a | 10 
 
 
Prevenção 
➢ Cessação tabágica 
➢ Vacinação anti-influenza 
➢ Todos com > 6 meses de idade 
➢ Vacinação anti-pneumococo

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