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AULA 02

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Direito do Consumidor
Aula 2 - Princípios básicos do Código de Defesa
do Consumidor
INTRODUÇÃO
Os princípios de proteção do consumidor a serem apresentados são diferentes princípios gerais insculpidos em outras
normas. Exemplo típico desta assertiva é o entendimento do princípio da vulnerabilidade que é ínsito (de forma
exclusiva) ao consumidor, por via de consequência inaplicável a outro sujeito de direito que não o já citado
(consumidor).
Analisaremos os princípios consumeristas em espécie, quais sejam, o princípio da vulnerabilidade e suas espécies, o
da boa-fé e suas funções, o da transparência, da segurança e harmonia.
OBJETIVOS
De�nir os princípios na ordem jurídica;
Examinar os princípios consumeristas;
Aplicar a casos concretos.
PRINCÍPIOS
Pode-se conceituar o princípio jurídico como pensamento inexorável (rígido, que não cede à �exibilização, implacável)
resultante das interações humanas, dentro do Direito, no qual é gerado um microssistema cujos macrossistemas
deverão, para ter credibilidade e segurança, recorrer.
Como exemplo maior de princípio, a Constituição de 1988 contém os fundamentos valorativos aceitos pela sociedade,
portanto, a CF/88 é o plano diretor do sistema jurídico brasileiro, ordenando não somente os princípios, como também,
as leis e os procedimentos necessários para que todos possam ser aplicados com correção.
Sendo assim, é importante destacarmos a norma e a lei na Defesa do Consumidor.
PRINCÍPIOS NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Absorvidos esses conceitos, podemos identi�car no art. 4º do CDC, a existência da norma-princípio, por excelência da
lei consumerista, na qual está contida a política das relações de consumo, destacando-se como princípios maiores:
1. Princípio Da Vulnerabilidade
Fonte da Imagem:
Art, 4, (...)
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
O princípio da vulnerabilidade é de suma importância porque estabelece a igualdade dentro da relação de consumo,
coisa que antes do Código de Defesa do Consumidor não existia e o fornecedor estava sempre em posição de
vantagem.
Caracterizamos o princípio da vulnerabilidade como aquele em que o consumidor está em desvantagem jurídica,
decorrente de uma expressa determinação legal oriunda da L.8.078 de 1990, art. 4, I. Independentemente de sua
situação social, pelo simples fato de ser consumidor, já o faz ser classi�cado como vulnerável.
Também não se pode esquecer que todo consumidor é vulnerável, mas nem todo consumidor é hipossu�ciente. Este
princípio é o resultado da “qualidade” especial do consumidor. Pois, além de lhe ser inerente, é a identi�cação
permanente da subordinação, do desequilíbrio entre o consumidor e o fornecedor.
É importante frisar que a vulnerabilidade pode ser:
Importante!
, Hipervulnerabilidade:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
(...)
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social,
para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
A hipervulnerabilidade decorre da evolução da vulnerabilidade. O hipervulnerável é a criança, o enfermo, o paupérrimo. Que, na
condição de consumidor juridicamente vulnerável, temos a hipervulnerabilidade como um um “algo mais”.
Além do princípio da Vulnerabilidade, os outros dois maiores são:
2. Princípio Da Harmonia Das Relações De Consumo
3. Princípio Da Repressão E�ciente De Todos Os Abusos
Veja ainda os seguintes princípios e sua importância nas relações de consumo:
BOA FÉ
Art. 4. (...)
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do
consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos
quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas
relações entre consumidores e fornecedores [...]
É o regramento de conduta social de agir com lealdade e honestidade. Fazer o que é certo e na medida do prometido.
Importante!
, A Boa-fé Objetiva - A Teoria do Risco do Empreendimento (ou do negócio)., , Signi�ca atuação re�etida, uma atuação observando,
pensando no outro, no parceiro contratual, respeitando-o, respeitando seus interesses legítimos, suas expectativas razoáveis, seus
direitos, agindo com lealdade, sem abuso, sem obstrução, sem causar lesão ou desvantagem excessiva., , Cooperando para
atingir o bom �m das obrigações: o cumprimento do objetivo contratual e a realização dos interesses das partes.
A relevância do tema é positivada nos seguintes fundamentos:
Constituição Federal – 5; V, X, XXII; §2
Código Civil – 112; 113; 166, VI; 167, § 2; 171; 172; 186; 187; 309; 317; 421; 422; 423; 424; 425; 478; 479; 480; 927, §
único; 1201 e 1208.
Código de Processo Civil – 374, I, III e IV;
Código de Defesa do Consumidor – 1; 4, III; 39, V; 51, IV; 54; 84
TRANSPARÊNCIA
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos
consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria
da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios [...]
Não basta que o fornecedor informe ao consumidor sobre seu produto ou serviço, é necessário que tal informação seja
prestada de maneira clara, possibilitando ao consumidor que adquira o bem de consumo de forma consciente.
SEGURANÇA
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos
consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria
da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios:
Art. 4º [...]
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios e�cientes de controle de qualidade e segurança de produtos e
serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de con�itos de consumo;
No que diz respeito à segurança, o Código não estabelece um sistema de segurança absoluta para produtos e serviços.
O que se quer é uma segurança dentro dos padrões da expectativa legítima dos consumidores.
HARMONIA
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria
da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios [...]
O princípio da harmonia (ou equidade) é um princípio de técnica de hermenêutica que deve estar presente na aplicação
da lei. É a justiça diante do caso concreto.
ATIVIDADE PROPOSTA
Questão de concurso para Fiscal do PROCON - PROCON-Itumbiara/GO - Ano: 2014 - Banca: UEG - Direito do
Consumidor - Código de Defesa do Consumidor.
Ao tratar da defesa do consumidor como garantia fundamental, determinando ao legislador a adoção de norma
especí�ca para sua proteção, a Constituição Federal de 1988 abriu caminho para a criação de um microssistema que
se concretizou com a edição da Lei 8.098/90 (Código de Defesa do Consumidor). Assim, além dos princípios
constitucionais, outros foram adotados pela legislação consumerista. Indique e discorra brevemente sobre os
princípios que regem o microssistema de defesa do consumidor.
Resposta Correta
Questão 1: Com referência às características do CDC e aos princípios que o fundamentam, assinale a opção correta.
A defesa do consumidor compõe o rol dos princípios gerais da atividade econômica.
As normas do CDC são imperativas e de interesse social, devendo prevalecer sobre a vontade das partes.
Compete aos juízes de primeiro e segundo graus o conhecimento de ofício das cláusulas abusivas insertas em contratos
bancários.
O direito do consumidor está inserido entre os direitos fundamentais de segunda geração.
Os dispositivos do CDC devem retroagirpara abranger os contratos celebrados antes de sua vigência.
Justi�cativa
Questão 2: Vários princípios informam as relações de consumo, que são regulamentadas por lei especial no Brasil.
Entre esses princípios, podem ser identi�cados, os seguintes, exceto:
Boa-fé
Transparência
Prevenção
Veracidade
Ambivalência
Justi�cativa
Questão 3: No sistema das relações de consumo reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, a identi�cação de
que existe um elo mais fraco na relação traduz o reconhecimento da:
Qualidade
Impessoalidade
Vulnerabilidade
Referibilidade
Informalidade
Justi�cativa
Glossário

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