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$ 100,00 Administrativa $ 140,00 Financeira $ 60,00 ($ 300,00) (=) Resultado Líquido $ 400,00 UNI Após a Revolução Industrial, no século XVIII, a função do contador tornou-se mais complexa, antes ele não dispunha facilmente de dados relacionados aos estoques; seu valor de “Compras” na empresa comercial passou a ser substituído por uma série de valores pagos pelos insumos ligados à produção. Segundo Martins (1998, p. 12), “a contabilidade de custos nasceu da contabilidade financeira, quando havia a necessidade de avaliar os estoques na indústria especificamente”. Anteriormente os produtos eram fabricados por artesãos, sendo que estes eram constituídos manualmente, que pouco se preocupavam com os custos de seus produtos. Todavia, naquela época, o processo de produção era muito semelhante ao processo artesanal, que entendia por custo basicamente a matéria-prima e a mão de obra, que eram sem dúvida os mais relevantes. UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS 24 Com a migração de pessoas para os grandes distritos industriais e o aumento do emprego, estes por sua vez utilizando cada vez mais máquinas no processo de produção para a transformação de matéria-prima, surgem os novos custos tornando bem mais complexos os métodos para mensurá-los. A complexidade destes métodos contábeis, capazes de solucionar cada vez com mais eficácia e rapidez os custos de fabricação, foi que deu origem à contabilidade de custos. A contabilidade de custos surgiu da derivação da contabilidade financeira e da contabilidade geral, foi concebida como um instrumento para resolução dos problemas da mensuração dos valores dos estoques e do resultado das organizações, a princípio não era utilizada como ferramenta gerencial de administração (SCHIER, 2006). IMPORTANT E Quando não há processo de fabricação, o custo é chamado Custo da Mercadoria Vendida (CMV); já quando há processo de fabricação, o custo de venda é denominado Custo do Produto Vendido (CPV). 3 CONCEITO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS Conforme Leone (1997, p. 16), “a Contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisão”. Passareli e Bonfin (2002) definem a contabilidade de custos como sendo aquela que se destina à geração de informações contábeis de interesse dos usuários internos da empresa, servindo de apoio indispensável a decisões gerenciais das mais diversas naturezas. Nesse sentido, a contabilidade de custos tem o papel de coletar, classificar e registrar dados operacionais das diversas atividades da empresa, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetários (envolvendo dinheiro) como físicos (como por exemplo números de unidades em estoque). É neste ponto que reside uma das grandes potencialidades da Contabilidade de Custos: a combinação de dados monetários e físicos resulta em indicadores gerenciais de grande poder informativo para a tomada de decisões. FONTE: Adaptado de: <http://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/humanas/ contabilidade/analise-de-custos-industriais/>. Acesso em: 23 set. 2015. TÓPICO 2 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS 25 Genericamente é possível visualizar o sistema de custos conforme a figura a seguir: FIGURA 2 – FASES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS – TRANSFORMAÇÃO DE DADOS EM INFORMAÇÃO FONTE: Leone (1997) A Contabilidade de Custos analisa diversos dados operacionais: os dados podem ser históricos (levando em consideração o passado da empresa), estimados (fazendo uma previsão do futuro organizacional), padronizados e produzidos. Através destes dados são perceptíveis vantagens em realizar a Contabilidade de Custos, pois com seus dados concatenados podem fornecer informações relacionadas a custos para atender diferentes áreas gerenciais. Os principais objetivos da contabilidade de custos são: • Análise de alternativas; • Avaliar o desempenho; • Avaliar os estoques; • Atender exigências fiscais; • Controle gerencial; • Controle operacional; UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS 26 • Determinar o resultado; • Estabelecer parâmetros; • Formar preço de venda; • Obter dados para orçamentos; • Planejar; • Tomar decisão. FIGURA 3 – POR QUE DEVEMOS ESTUDAR CUSTOS? FONTE: Adaptado de: Bruni e Famá (2004) TÓPICO 2 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS 27 A Contabilidade de Custos atua sobre a organização como um todo, desde seus produtos, seus serviços, todos os recursos operacionais e administrativos que compõem a estrutura funcional e objetiva, seus segmentos de distribuição, as atividades especiais como o transporte dos funcionários, serviço médico etc. Sobre planos que a organização possui, o gestor responsável pela área de custos ajuda o administrador a escolher a melhor alternativa, como, por exemplo: a) ter um centro de processamento de dados ou contratar um serviço terceirizado; b) ter sua própria frota de caminhões para a entrega dos produtos ou alugar uma frota, ou ainda, contratar uma transportadora para executar o serviço etc. A Contabilidade de Custos, para cada um desses segmentos, tem como objetivo estudá-los, para ser capaz de fornecer informações gerenciais de custos com maior eficiência para os gestores responsáveis por cada um desses setores. 4 TERMINOLOGIAS APLICADAS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS É necessária a adoção de termos homogêneos, pois assim simplifica o entendimento e a comunicação na organização. Com um padrão de terminologia, tanto o participante como o profissional experiente conseguem compreender o que está sendo transmitido ou no que estão se embasando para busca de informações. Por isso, faz-se necessário criar uma nomenclatura para custos. Realizando uma pesquisa nos termos mais usuais em custos encontramos algumas definições que, segundo Martins (1998), Bruni e Famá (2004), Berti (2006), Leone (2000), Bornia (2002), podem ser assim definidas: 4.1 GASTOS Os gastos ocorrem em todos os momentos e em qualquer setor da empresa. Este termo é utilizado para definir as transações financeiras, com que a organização desembolsa para adquirir um produto ou serviço, normalmente representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (geralmente por valores monetários). Portanto, o gasto pode ser classificado como gasto de investimento (aquele que vai ser integralizado ao ativo, ou seja, quando compra uma máquina, ela vai fazer parte dos bens da empresa) ou como gasto de consumo (que será uma despesa, por exemplo, quando compra material de escritório), pois só existe gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem UNIDADE 1 | CONCEITOS INICIAIS 28 ou serviço, ou seja, no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo (dinheiro) em dado pagamento. FONTE: Adaptado de: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/197/Custos%20e%20forma%C3%A7%C3%A3o%20do%20 pre%C3%A7o%20de%20venda.pdf?sequence=1>. Acesso em: 24 set. 2015. Exemplos: • Gasto com mão de obra (salários e encargos sociais); • Gasto com aquisição de mercadorias para revenda; • Gasto com aquisição de matérias-primas para industrialização; • Gasto com energia elétrica = aquisição de serviços de fornecimento de energia; • Gasto com aluguel de edifício (aquisição de serviços); • Gasto com Reorganização Administrativa (serviço). UNI Ativos: São bens e direitos de uma empresa. É necessário compreender alguns conceitos